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hemodinâmica e circulação cardiovascular

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Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
HEMODINÂMICA E CIRCULAÇÃO 
HEMODINÂMICA 
A hemodinâmica é o ramo da fisiologia cardiovascular 
que estuda as leis reguladoras da circulação 
sanguínea. Sendo assim, tudo que rege a circulação 
sanguínea é estudada pela hemodinâmica. 
Muitas dessas leis aplicadas à circulação sanguínea 
tiveram origem inicialmente na hidrodinâmica, que 
são validas para todos os fluidos, com algumas 
correções. Estes fluidos são a água, ar e sangue, entre 
outros, sendo o grande diferencial entre elas as suas 
densidades. 
Mercúrio > Sangue > Água > Ar 
 
Direção do Fluxo Sanguíneo 
O fluxo sanguíneo vai sempre, sem exceções, da 
região de MAIOR pressão para a região de MENOR 
pressão. A força motriz (que move o fluxo) desse fluxo 
é a diferença de pressão (ΔP) entre dois pontos 
considerados do sistema. 
Quanto maior a diferença de pressão (ΔP) 
maior será o fluxo sanguíneo! 
- Fluxo sanguíneo é proporcional ao gradiente de 
pressão e é expresso em litros/minuto; 
- Pressão é representa, fisicamente, por força x área 
e é expressa em mmHg. 
CARACTERÍSTICA 
DOS VASOS SANGUÍNEOS 
A circulação possui uma sequência anatômica: 
• Artérias de grande calibre 
• Artérias de médio calibre 
• Artérias de pequeno calibre (arteríolas) 
• Esfíncteres pré-capilares 
• Capilares 
• Veias de pequeno calibre (vênulas) 
• Veias de médio calibre 
• Veias de grande calibre 
Esses vasos possuem várias características como: 
espessura da parede, luz do vaso, quantidade de 
tecido elástico e muscular liso. Além disso, pode-se 
observar os gradientes pressóricos (ΔP), os volumes 
sanguíneos, as áreas de secção transversa dos 
conjuntos de vasos no mesmo segmento vascular e a 
velocidade de fluxo nos diferentes leitos vasculares. 
 
Espessura das Paredes 
- Artérias Grandes = 2 mm; possui grande espessura 
de parede, porque está submetida à altos valores 
pressóricos e necessita suportá-los. 
- Artérias Médias = 1 mm 
- Artérias Pequenas (Arteríolas) = 20 μ 
- Esfíncter Pré-Capilar = 30 μ; este é maior que as 
artérias pequenas, porque irá realizar o controle do 
fluxo capilar e, portanto, possui uma quantidade 
de musculatura lisa muito grande, que permitirá, 
através de uma vasodilatação ou vasoconstrição, o 
controle do fluxo sanguíneo para os capilares. 
- Capilar = 1 μ; é muito pequeno e possui apenas 
uma camada de células; é muito importante, 
porque, é nesta estrutura, que acontecem as 
trocas entre o que está dentro dos capilares com o 
que está no interstício e nas células desse tecido e, 
além disso, esse mecanismos pode ocorrer ao 
contrário; isso permite o processo de transporte 
pela membrana endotelial do capilar de maneira 
bem fácil. 
- Veias Pequenas (Vênulas) = 2 μ 
- Veia Médias = 0,5 mm 
- Veias Grandes = 1,5 mm 
A espessura da parede é maior nas artérias e vai 
diminuindo; no entanto, há uma elevação da 
espessura do esfíncter pré-capilar e, em seguida, 
atinge o menor valor no capilar, no qual há apenas 
uma camada de células. A partir desse momento, a 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
espessura das paredes volta a aumentar até as veias 
de grande calibre. 
Comparando uma artéria de grande calibre (aorta) 
com uma veia de grande calibre (cava), observa-se 
que na artéria a espessura é um pouco maior, uma vez 
que, nas veias as pressões são muito baixas e, assim, 
não há a necessidade de uma espessura muito grande 
para suportar o sangue venoso. 
Portanto, nas artérias existe um volume sob uma 
pressão muito alta, ou seja, a artéria é submetida à 
uma pressão elevada à Reservatório de Pressão. 
Luz dos Vasos 
- Artérias Grandes = 2,5 cm 
- Artérias Médias = 0,4 cm 
- Artérias Pequenas (Arteríolas) = 30 μ 
- Esfíncter Pré-Capilar = 35 μ 
- Capilar = 8 μ 
- Veias Pequenas (Vênulas) = 20 μ 
- Veia Médias = 0,5 cm 
- Veias Grandes = 3,0 mm 
A luz do vaso diminui da artéria de grande calibre 
(aorta) até o capilar e, em seguida, aumenta até uma 
veia de grande calibre (cava). 
Comparando a parte arterial com a parte venosa, 
observa-se que a luz de uma veia de grande calibre é 
maior que a de uma artéria grande calibre. Ou seja, 
uma veia de maior calibre possui um volume de 
sangue maior à Reservatório de Volume. 
O capilar é a estrutura mais diminuta, no entanto, 
antecedendo à ele, existe uma estrutura muito 
importante chamada de esfíncter pré-capilar, que é 
apresentada em grande número. Esta estrutura 
controla o fluxo sanguíneo para os capilares. Caso 
haja uma vasodilatação (aumento da luz), o fluxo 
sanguíneo dos capilares aumenta; mas, caso haja uma 
vasoconstrição (diminuição da luz), o fluxo diminui. 
Quantidade de Tecido Elástico 
A quantidade de tecido elástico é maior nas artérias 
de grande calibre, vai diminuindo e, chega a ser zero 
nos capilares (possui uma única camada de células e 
não há nada de tecido elástico). No entanto, essa 
quantidade começa aumentar até as veias de grande 
calibre. 
A quantidade de tecido elástico no lado arterial é bem 
maior, pois este é uma reservatório de pressão, ou 
seja, precisa conter o sangue sob uma alta pressão. 
Quantidade de Fibra Muscular Lisa 
Das artérias de grande calibre até as artérias de 
pequeno calibre (arteríolas), a quantidade de fibra 
muscular lisa se mantém mais ou menos iguais. 
Nos esfíncteres pré-capilar, essa quantidade 
aumenta, apesar de possuir um diâmetro pequeno, 
porque esse músculo é o responsável por contrair e 
promover a vasoconstrição e, consequentemente, a 
redução do fluxo; além disso, é responsável também 
pelo relaxamento, visando promover a vasodilatação 
e, consequentemente, o aumento do fluxo sanguíneo. 
Nos capilares não há fibras musculares lisas e, no lado 
venoso, há pouca quantidade de tecido muscular liso. 
Pressão e Volume do Vasos 
 
Lado Arterial = Reservatório de Pressão 
Lado Venoso = Reservatório de Volume 
Pressão 
Nas artérias de grande e médio diâmetro, 
praticamente, não há alterações na pressão e esta é 
elevada (reservatório de pressão). No entanto, a partir 
das artérias de pequeno calibre (arteríolas), a pressão 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
começa a diminuir rapidamente. E, no lado venoso, a 
pressão é muito baixa, chegando próximo de zero. 
No lado arterial, a pressão varia entre 80-120 mmHg. 
Essa oscilação é a pressão de curva intra-aórtica 
(incisura dicrótica) e grandes artérias. Quando chega 
nas artérias de pequeno calibre (arteríolas) e nos 
esfíncter pré-capilares, há uma queda muito grande 
de pressão e não há mais oscilações. A pressão, 
portanto, é muito baixa e, isso, se estica até o lado 
venoso, onde a pressão está entre 5-10 mmHg. 
Podemos dizer então, que o lado arterial é uma 
reservatório de pressão que possui oscilação. 
Volume dos Vasos 
No lado arterial, o volume de sangue (de toda 
volemia) possui 20%. Os esfíncteres pré-capilares e os 
capilares possuem 5% do volume de sangue. E, o lado 
venoso, possui 75%. Então, por conta disso, o lado 
venoso é chamado de reservatório de volume. 
Caso seja necessário o aumento do volume circulante, 
ocorre uma constrição, chamada de venoconstrição. 
Este mecanismo faz com que o sangue que estava no 
lado venoso volte para a circulação. 
Gradiente de Pressão (ΔP) 
 
A força motriz da circulação é 
a variação de pressão (ΔP). 
O sangue flui da artéria de maior calibre para a artéria 
de menor calibre, uma vez que a artéria de maior 
calibre possui uma pressão maior e, assim, é uma 
variação de pressão que faz a circulação (ΔP), pois o 
sangue sempre flui do lugar de MAIOR pressão para o 
de MENOR pressão. 
A pressão no esfíncter pré-capilar é maior que nos 
capilares e, por isso, ocorre a circulação nos capilares. 
Além disso, há uma ΔP entre os capilares e as veias de 
grande calibre, porém esta é muito menor. 
Área de Secção Transversa e Velocidade do Fluxo 
 
Apesar de serem extremamente finos, existe uma 
quantidade muito grande decapilares. Quando soma-
se todos os capilares, observa-se uma área de secção 
transversa muito grande (500-600 cm2). 
No lado arterial, observa-se que a secção transversa é 
muito pequena (menor 10 cm2). No entanto, quando 
chega nos capilares, a secção transversa aumenta 
absurdamente. Porém, no lado venoso, a secção 
transversa abaixa novamente, mas, ainda, é um 
pouco maior, se comparado com o lado arterial, 
porque a luz do vaso é maior no lado venoso. 
Relacionando: 
Área de Secção Transversa com a Velocidade do Fluxo 
A área de secção transversa é inversamente 
proporcional à velocidade do fluxo! 
No lado arterial, que possui as grandes artérias, a 
velocidade do fluxo é alta (50-55 cm/s). Assim, a 
velocidade do fluxo é alta, porque a área de secção é 
baixa. 
Próximo aos capilares, a secção transversa começa 
aumentar e, consequentemente, a velocidade do 
fluxo cai. 
Exatamente nos capilares, onde se tem uma área de 
secção transversa muito grande, a velocidade do fluxo 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
se aproxima de zero (1-2 cm/s). No entanto, esta baixa 
velocidade é essencial, uma vez que são nos capilares 
que ocorrem as trocas com os tecidos. Caso este fluxo 
fosse rápido, não haveria tempo o suficiente para que 
ocorressem essas trocas. 
A diferença, de aproximadamente 10 cm/s, entre o 
lado arterial e o lado venoso, se dá devido à luz das 
veias serem maiores que a das artérias, obtendo, 
assim, uma secção transversa maior e uma 
diminuição do fluxo, como consequência. 
Além disso, os capilares possuem uma alta área de 
secção transversa, apesar de possuírem uma luz 
pequena, porque eles são encontrados em grande 
abundância, ou seja, existe uma quantidade muito 
grande de capilares. E, as artérias de grande calibre 
possuem uma área de secção transversa muito 
pequena, mesmo possuindo uma alta luz, porque se 
encontra em menor quantidade. 
A área de secção transversa pode ser definida como 
a área de somatória da luz dos vasos sanguíneos. 
V = Q/A ou Q = V x A 
• V = velocidade do fluxo 
• Q = volume de sangue 
• A = área de secção transversal 
LEI DE POISEUILLE 
A Lei de Ohn explica o fluxo de elétrons em um fio 
elétrico. A força motriz é a diferença de potencial 
(ddp). Além disso, o fluxo de elétrons é inversamente 
proporcional à resistência. 
I = U/R 
I = fluxo de elétrons; U = ddp; R = fluxo de elétrons 
OBS: Pode-se ter essa mesma lei, mas com 
modificações para a circulação. 
 
Esta equação só é válida para tubos rígidos e fluxos 
contínuos. 
• 8 – é uma constante; 
• n – em condições normais, também é considerado 
uma constante, uma vez que a viscosidade não se 
altera, a não ser em casos de patologia; 
• l – também é praticamente uma constante, uma 
vez que o comprimento dos vasos não se altera, a 
não ser no crescimento da criança para adulto, no 
entanto, este processo, leva muito tempo; 
• ΔP = coração atua no gradiente de pressão, pois é 
uma bomba pulsátil 
• r = controlado pelas meta-arteríolas (esfíncteres 
pré-capilares) 
Sendo assim, pode-se determinar o fluxo sanguíneo 
para um determinado órgão, conhecendo as 
variações de pressões (ΔP) e o raio do vaso, em função 
dos esfíncteres pré-capilares. 
No entanto, como essa equação de Poiseuille-Hagen 
só é válida nas condições de tubo rígido e fluxos 
contínuos, ela não pode ser aplicada sem erros para o 
estudo da hemodinâmica, uma vez que os vasos 
sanguíneos são distensíveis e o fluxo sanguíneo é 
pulsátil, pois o coração é uma bomba pulsátil. Porém, 
este erro é muito pequeno e se aproxima muito do 
valor correto. E, para evitar estes erros de fluxo 
pulsátil, utiliza-se a equação de Womersley. 
LEI DE WOMERSLEY 
 
Esta equação é válida para tubos distensíveis e 
fluxos pulsáteis. 
Essa equação é exatamente o fluxo pulsátil e não 
contém erros. No entanto, é uma fórmula muito difícil 
de ser trabalhada e vária com o tempo, justamente, 
por ser pulsátil. Sendo assim, é mais usual a equação 
de Poiseuille-Hagen, pois seu erro é baixo, de 2-5%, e 
é mais fácil de ser tratada. 
Fluxos Pulsáteis na Circulação Arterial 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
A circulação é pulsátil e, portanto, a forma pulsátil 
varia um pouco com o diâmetro da artéria. 
CIRCULAÇÃO ARTERIAL 
Definições Matemáticas 
I. Pressão Arterial (mmHg) 
PA = DC x RVP 
II. Débito Cardíac0 (litros/min) 
DC = VE (ejeção) x FC 
III. Duplo Produto (mmHg x bat/min) 
DP = PAS x FC 
A RVP (resistência vascular periférica) – não dá para 
ser medida diretamente, mas seria a somatória da 
resistência do fluxo do sangue ao passar por todos os 
vasos sanguíneos (artérias). Só se sabe o valor da RVP, 
quando se tem os valores do DC e da PA. 
Pulso Arterial ou Pulsação Arterial 
É o ciclo de expansão e retração das grandes artérias 
em função da distensibilidade da artéria, que se dá 
devido ao mecanismo de recolhimento e extensão 
(artéria como mola). 
Pode ser medido em artérias de maiores calibres e 
mais superficiais, seno identificado na pulsação 
braquial, radial, ulnar, poplítea, tibial posterior, 
pedial, femoral e carotídea. 
Como a expansão arterial deve-se à sístole 
ventricular, o pulso arterial também permite 
mensurar a frequência cardíaca, uma vez que possui o 
mesmo ritmo do coração. Então, conta-se o número 
de pulsos em 15 seg e multiplica-se por 4. 
Sendo assim, pulso arterial e FC não são a mesma 
coisa, mas pelo pulso é possível determinar a FC. 
Características 
Ritmo: determina-se a regularidade dos batimentos 
cardíacos. 
Frequência: permite-se calcular o valor da FC naquele 
momento. 
Forma: apresenta um ramo ascendente (expansão) 
que é brusco e rápido e uma ramo descendente 
(retração) que é mais lento. 
Amplitude e Magnitude: é o valor subjetivo da 
movimentação da artéria, ou seja, não possui valor e 
é representando em número cruzes. 
Pode ser classificado como forte (ampla ou na escala 
de cruzes +++/3), média (mediana, intermediária ou 
++/3), fraca (pequena ou +/3) ou ausente (nula ou -/3) 
quando não se percebe o pulso, apesar de o indivíduo 
estar vivo. As possíveis causas de pulso ausente são: 
obesidade, artérias profundas, hipotensão, 
hipovolemia, parada cardíaca ou técnica incorreta. 
Além disso, as variações individuais da amplitude da 
pulsão arterial pode-se dever a: grau de enchimento 
da artéria na sístole, alterações na volemia ou da 
pressão arterial, obesidade ou magreza e certas 
doenças. 
Gradientes Pressóricos (ΔP) 
 
Observando a circulação como um todo (pulmonar e 
sistêmica), pode-se verificar o gradiente de pressão 
para que ela ocorra. 
Na circulação pulmonar, o valor de pressão arterial é 
em torno de 24-25 mmHg, enquanto na venosa é em 
torno de 8 mmHg. Sendo assim, essa diferença de 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
pressão (ΔP = 16 mmHg) é a força motriz para que 
ocorra circulação. 
Na circulação sistêmica, o valor da pressão arterial é 
em torno de 120 mmHg, enquanto na venosa é em 
torno de 2 mmHg. Sendo assim, essa diferença de 
pressão (ΔP = 118 mmHg) é a força motriz para que 
ocorra essa circulação. Além disso, raramente, essa 
pressão nos átrios pode se tornar negativa pela ação 
de sucção dos ventrículo. 
A circulação pulmonar é uma circulação de baixa 
pressão, primeiramente pela distância percorrida ser 
pequena e pelos vasos e artérias apresentarem menor 
RVP, visto que apresentam maior grau de 
distensibilidade. Já, a circulação sistêmica é uma 
circulação de alta pressão, uma vez que a distância 
percorrida é longa, possui muitos vasos e sua 
distensibilidade não é tão grande. 
Flutuações de Pressão 
 
As oscilações pressóricas apresentam valor máximo, 
chamado de pressão arterial máxima ou pressão 
arterial sistólica. Apresenta também valor menor, 
chamado de pressão arterial mínima ou pressão 
arterial diastólica. Além disso, apresenta um valor 
pressórico médio, chamado de pressão arterial média. 
Se as curvas das pressõesfosse uma senoide, a 
pressão arterial seria PA = maior valor – menor valor / 
dividido por dois. No entanto, a curva não é uma 
senoide, visto que o tempo sistólico é bem menor que 
o tempo diastólico e, sendo assim, não se trata de 
uma senoide (sístole mais rápida que a diástole). 
Para que se possa determinar, em um processo de 
flutuação de pressão, a pressão arterial média, é 
necessário ter conhecimento sobre a área sobre a 
curva. Assim, é determinada diretamente por uma 
integral, ou seja, à área sobre a curva, mas este 
processo não é fácil de ser identificado. Então, é usada 
uma fórmula que é possível inferir esse valor e essa 
possui um pequeno erro de 2-3 mmHg. 
A partir das artérias menores (médio e pequeno 
calibres) se perde a flutuação presente nas artérias de 
grandes calibres, levando a um amortecimento, que 
faz com ocorra perda do valor sistólico, diastólico e da 
flutuabilidade, permanecendo apenas a pressão 
arterial média. 
OBS: O mesmo acontece na pressão venosa. 
E, este gráfico nos permite identificar quatro tipos de 
pressã0. 
Tipos de Pressão 
PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA (PAS) ou Máxima 
É o valor de pressão durante o pico máximo 
(120 mmHg, considerando um homem, adulto jovem, 
no momento de repouso). 
PRESSÃO ARTERAL DIASTÓLICA (PAD) ou Mínima 
É o valor de pressão durante o final da diástole 
(80 mmHg). 
PRESSÃO ARTERIAL DE PULSO (PP) ou Diferencial 
É a diferença de pressão entre PAS – PAD (40 mmHg). 
Representa a capacidade de manter o regime de fluxo 
sanguíneo durante o período de diástole 
(recolhimento diastólico). 
PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA (PAM) 
É o valor médio da pressão ao longo de um batimento 
cardíaco (93 mmHg). 
PAM = PAD + 1/3 PP 
 
 
 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
Detalhamento: 
Gradientes Pressóricos na Circulação 
 
Na circulação pulmonar: o pulmão está mais alto que 
o coração, assim, há a ação da gravidade, devido a 
isso, a passagem de sangue é facilitada, com isso a 
pressão é baixa. 
Na circulação sistêmica: dos pés ao coração o fluxo 
vai contra a gravidade, assim, sua pressão é maior. O 
DP= 8mmHg (venosa) pode ser muito pequena, sendo 
assim, não vence a energia potencial da gravidade, 
dificultando o retorno venoso. 
NÚMERO DE REYNOLDS 
O número de Reynolds (Re) é adimensional (não 
possui unidade) e leva em consideração a velocidade 
de fluxo de um fluido em um tubo, o diâmetro deste 
tubo, a viscosidade e massa específica (densidade) 
deste fluido e caracteriza os regimes de fluxos em 
laminar (não audível), transitório e turbilhonar 
(audível). 
 
• V = velocidade média 
• D = diâmetro do tubo 
• P = densidade 
• N = viscosidade 
 
Fluxo Laminar: Re < 1.500 
Fluxo Transitório: Re entre 1.500 – 2.000 
Fluxo Turbilhonar: Re > 2.000 
 
Fluxo Laminar 
No escoamento de um fluido na forma laminar, a 
maior velocidade do fluxo ocorre no centro do tubo e 
esta vai diminuindo e direção às bordas do mesmo, 
sendo a menor velocidade junto à parede, devido a 
perda cinética das moléculas do fluido. Este tipo de 
fluxo, não produz sons. 
As moléculas que estão na parede do tubo se chocam 
com a própria parede e perdem energia cinética, 
então, sua velocidade é menor. Exatamente, no 
centro do tubo, a velocidade é máxima, uma vez que 
a perda de energia cinética é menor. E, é isso que 
formam as lâminas no fluxo laminar. 
 
Fluxo Turbilhonar 
No fluxo turbilhonar as moléculas do fluido têm 
velocidades e direções aleatória. Este tipo de fluxo 
produz sons. 
 
Substituindo o tubo por um cano com formato cônico. 
No início do tubo, com diâmetro grande, o fluxo ainda 
é laminar. No entanto, num dado momento, com a 
diminuição do diâmetro, o fluxo passa a ser transitório 
e, após, passa a ser um fluxo turbilhonar, uma vez que 
a diminuição do diâmetro, promoveu o aumento na 
velocidade do fluxo. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
Este princípio de fluxos laminar (não audível) e 
turbilhonar (audível), baseado no Número de 
Reynolds (Re), possibilitou a mensuração da pressão 
arterial pelo método auscultatório. 
MENSURAÇÃO DA PRESSÃO 
ARTERIAL 
A mensuração ou quantificação (mas não aferição, 
pois não se compara dois ou mais métodos ou 
equipamentos) da pressão arterial é de grande 
importância fisiológica e clínica. Há dois métodos 
básicos para a mensuração da Pressão Arterial. 
Método Direto – Cateterismo: Há a inserção de uma 
cânula de polietileno, preenchido com soro 
fisiológico, que vai em uma artéria de grande ou 
médio calibre. A outra extremidade dessa cânula, esta 
ligada a um sistema de mensuração de pressão (a 
presença do cateter na artéria pode ficar no máximo 
12h, estourando 24h). Tem como vantagem a 
precisão da mensuração, mas como desvantagens, 
por ser um método invasivo, não pode ser realizado 
com frequência e deve ser realizado por profissional 
especializado e em ambiente hospitalar. 
Método Indireto – Auscultatório: Permite mensurar 
quantas vezes for necessário, pois não oferece perigo 
ao paciente. Tem como vantagens ser um método 
não invasivo, pode ser realizado com grande 
frequência e não exige pessoal altamente habilitado, 
porém tem como desvantagem um discreto erro 
(determinado em cerca de 2 mm Hg). 
A mensuração da Pressão Arterial, pelo método 
auscultatório, foi baseado no princípio de Reynolds, 
pois quando se gera um fluxo turbilhonar numa 
artéria, por constrição parcial da mesma, há a 
formação de sons, denominados de Sons ou Ruídos 
de Korotkoff à São ruídos formados pelo fluxo 
turbilhonar distante, após uma constrição parcial de 
uma artéria, pelo manguito do esfigmomanômetro. 
Quando se instala o manguito sobre o braço de um 
voluntário, cerca de 3 cm acima da dobra do cotovelo, 
na altura do coração e coloca a campânula do 
estetoscópio sobre a artéria braquial, na altura do 
cotovelo, e se não inflar o manguito, nenhum ruído de 
Korotkoff será audível distalmente ao manguito, pois 
o fluxo sanguíneo é do tipo laminar. 
Se o manguito for inflado acima do valor da PAS, não 
haverá fluxo sanguíneo distalmente ao manguito, 
pois ocorre o colabamento da artéria braquial e 
nenhum ruído é audível (não haverá fluxo sanguíneo). 
Se, no entanto, inflar o manguito com valor pressórico 
entre a PAS e PAD, o fluxo sanguíneo abaixo do 
estetoscópio será do tipo turbilhonar o que leva ao 
aparecimento dos ruídos (sons) de Korotkoff. Como a 
luz da artéria foi reduzida pela ação do manguito e 
houve elevação da velocidade do fluxo, o Número de 
Reynolds é maior que 2.000 e, assim, o fluxo 
sanguíneo é turbilhonar e audível pelo estetoscópio. 
Obs: Para o aparecimento dos ruídos de Korotkoff, a 
artéria deve estar semi colabada. 
Método da Mensuração da Pressão Arterial 
 
O manguito, do tamanho adequado a pessoa, foi 
posicionado na posição correta (cerca de 3cm acima 
da dobra do cotovelo, na altura do coração). O 
estetoscópio foi colocado distalmente sobre a arterial 
braquial. Fecha a válvula, pressiona a pera a fim de 
encher o manguito. 
Elevo a pressão dentro do manguito, expresso no 
manômetro, até aproximadamente 200 mmHg (valor 
para um individuo em condição de repouso, em 
condição de exercício, um pouco mais, 220-230 
mmHg). 
Feito isso, o manguito colaba a artéria, não há fluxo 
distalmente ao manguito, nenhum ruído de Korotkoff 
é audível. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
Abre-se parcialmente e lentamente a válvula, 
deixando escoar ar dentro do manguito, não pode ser 
muito rápido ou muito lento (cerca de 1-2 mmHg/s). 
Ficar atento a ausculta. Em um dado momento a 
artéria se descolaba parcialmente, passando um jato 
de sangue com a velocidade aumentada. Assim, 
assume o fluxo turbilhonar. Nesse momento se 
ausculta o primeiro som de Korotkoff, e deve-se olhar 
no manômetro o valor da pressão (essa pressão 
corresponde a PAS). 
Continua reduzindo a pressão no manguito (a cada 
jato de sangue que passa pela artéria, essefluxo é 
turbilhonar, o que é possível auscultar vários sons de 
Korotkoff). 
 
Em um dado momento, os ruídos de Korotkoff 
somem (descolaba a artéria e o regime do fluxo de 
sangue volta a ser laminar). No ultimo ruído 
corresponde a PAD. Após o último ruído, continua 
reduzindo a pressão por mais 30 mmHg, na mesma 
velocidade, ficando atento para ver se volta algum 
ruído. 
Não ocorrendo, pode abrir totalmente a válvula e 
escoar todo o ar contido no manguito. 
Retirar o esfigmomanômetro do braço da pessoa e o 
estetoscópio. Calcular PP e PAM (PP= PAS-PAD; 
PAM=PAD+1/3 PP). É ideal colocar as 4 pressões no 
prontuário do paciente. 
Resumindo... 
1. Afixar o manguito adequado em torno do braço, 
na altura do coração. 
2. Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial, na 
altura do cotovelo. 
3. Inflar o manguito até 180 mm Hg para a condição 
de repouso ou 200 mmHg no exercício 
4. Abrir lentamente a válvula para redução da 
pressão no manguito (1 a 2 mmHg/seg.) e ficar 
atento aos ruídos de Korotkoff. 
5. Ao auscultar o primeiro ruído de Korotkoff, 
verificar o valor da pressão no manômetro; é a 
Pressão Arterial Sistólica (PAS). 
6. Continuar reduzindo a pressão no manguito e 
observar as diferenças nos timbres dos ruídos de 
Korotkoff. 
7. Ao auscultar o último ruído de Korotkoff, verificar 
o valor da pressão no manômetro; é a Pressão 
Arterial Diastólica. 
8. Continuar a ausculta por cerca de mais 30 mm Hg; 
se nenhum som for observado, desinflar o 
manguito e retirar do braço. Calcule a PP e PAM. 
Timbres nas Fases dos Ruídos de Korotkoff 
Fase 1: Quando se ausculta os primeiros ruídos (PAS), 
sons claros, de baixa/média intensidade. 
Fase 2: Associado a ruídos semelhantes a sibilos ou 
sussurros, sons de baixa intensidade e abafados. 
Fase 3: Associado a batidas mais intensas e “secas”, 
sons de alta intensidade e claros. (essa fase é a mais 
alta de todas, cuidado para não confundir com a PAS) 
Fase 4: Associados a abafamento abrupto dos ruídos, 
semelhante a um sopro; sons de intensidade média. 
Fase 5: Desaparecimento dos ruídos (PAD). 
Para mensurar a pressão, o ideal é não ter nenhum 
ruído externo, não converse com o paciente, não 
deixe o paciente falar com você nesse momento, etc. 
Informações Adicionais 
- Em indivíduos saudáveis a mensuração da pressão 
nos dois braços é idêntica (não altera valor). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
- Pacientes sem braço (ou com gesso), em 
indivíduos saudáveis, faz a mensuração deitando o 
paciente, coloca o manguito (do tamanho 
adequado) na coxa, e o estetoscópio na região 
poplítea (atrás do joelho). Com o paciente deitado, 
a mensuração nas pernas e braços são idênticas. 
- Tensão é diferente de pressão. A coluna de sangue 
exerce uma força por área sobre o vaso, o vetor da 
coluna líquida, portanto, está em direção a parede 
do vaso (centrifuga). Essa força por área é a 
PRESSÃO. 
- Como o vaso não fica se expandindo 
infinitamente, este também exerce uma força por 
área sobre a coluna de sangue, assim o vetor fica 
contrário (centrípeta), isso é a TENSÃO. Esses dois 
vetores têm a mesma magnitude, mesmo 
tamanho, e mesmo valor (em mmHg), contudo, 
tem orientações diferentes. Apesar de falar no 
jargão tensão arterial, e ter o mesmo valor, 
fisicamente pressão e tensão são coisas 
diferentes. 
- 120x80 mmHg é usualmente fala (jargão) como 
12x8. Não está errado, pois um se encontra em 
mmHg e o outro em cmHg. 
- Quanto mais distante o microfone dos manguitos 
das artérias, em caso de mensuração com 
aparelhos digitais, menos preciso é a mensuração. 
- NÃO se mensura PA como aparelho digital em 
pessoas em exercício, somente em repouso. 
- Não pode mensurar PA em braço que fez 
cateterismo, pois esse braço cria um calo, 
alterando o fluxo sanguíneo e o diâmetro da 
artéria. 
- Existe diferentes tamanhos de manguito, 
correspondendo ao do diâmetro do braço do 
paciente. 
Dimensões do Manguito 
 
 
Classificação da PA 
 
Valores Médios de PAS E PAD 
 
 
OBS: A diferença entre a técnica direta (cateterismo) 
e a auscultatória tem variado na faixa de 0,3 a 2,5 mm 
Hg para a PAS e PAD, na faixa de normalidade da 
pressão arterial (PAS: 100 a 130 e PAD: 70 a 100 mm 
Hg). A diferença entre o método auscultatório e por 
técnica oscilométrica (digitais e automáticos) tem 
variado para a PAS na faixa de + 1 a 5% (superestima) 
para os aparelhos digitais e na PAD na faixa entre - 2 
a - 6% (subestima) nos aparelhos digitais. Os 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
aparelhos automáticos não podem ser utilizados na 
condição de exercício físico, pois o erro pode chegar a 
até 20%. 
AJUSTES DA PRESSÃO ARTERIAL 
NO EXERCÍCIO 
Quando um indivíduo saí da condição de repouso para 
um exercício dinâmico crescente até o máximo (numa 
esteira, por exemplo), ocorre uma série de ajustes 
fisiológicos para a manutenção do exercício, em 
especial no Sistema Cardiovascular. 
à Frequência cardíaca (FC) apresenta um 
crescimento linear na mesma proporção ao 
crescimento da intensidade do esforço, podendo 
chegar à FC máxima na carga máxima do esforço. 
FC máxima prevista = 220 – idade 
à Volume Sistólico ou de ejeção (VS) cresce de 
maneira mais acentuado nas intensidades iniciais do 
exercício e depois (acima de 70% da carga máxima) 
este crescimento é mais lento, atingindo o volume 
sistólico que poderá ser um pouco menor do esperado 
(por exemplo, era para ser 130, foi 122 mmHg), devido 
à taquicardia pronunciada (pode não haver tempo 
para o enchimento adequado do ventrículo). 
à Debito Cardíaco (DC), desta forma, apresenta uma 
elevação linear em função da intensidade crescente 
do exercício dinâmico; em geral, o fator limitante de 
um exercício máximo é o coração como bomba (DC 
insuficiente para aumentar ainda mais o exercício), ou 
seja, o coração deveria manter o DC maior, mas não 
consegue. A bomba cardíaca chega ao limite, antes de 
outros fenômenos, como bomba respiratória. Isso, 
significa que ele para o exercício quando não 
consegue mais aumentar o DC. 
à Resistência Vascular Periférica (RVP) tem um 
comportamento ambíguo. Nos leitos vasculares 
ativos no exercício (músculos esqueléticos, coração) 
há redução da RVP (devido à vasodilatação), 
favorecendo o fluxo sanguíneos à aqueles leitos 
vasculares. Nos leitos vasculares inativos no exercício 
(TGI, rins) há elevação do RVP (vasoconstrição) e 
redução do fluxo sanguíneo (deslocamento sanguíneo 
para as áreas arteriais). 
Se considerarmos a RVP global (em todos os leitos 
vasculares) há uma redução moderada deste 
parâmetro (vasodilatação nos tecidos ativos são 
maiores que a vasoconstrição nos inativos). 
O comportamento da Pressão Arterial (PA) 
é interessante. 
à Pressão Arterial Sistólica (PAS) eleva-se de 
maneira linear com a intensidade do exercício (quanto 
mais se eleva a intensidade do exercício, mais se eleva 
a PAS. Isso é fundamental pela equação de Poiseuille-
Hagen, isso é importante pois a demanda metabólica 
naqueles músculos ativos é maior) podendo atingir na 
carga máxima valores superiores a 200 mm Hg; isto é 
uma hipertensão fisiológica para facilitar o fluxo 
sanguíneos aos músculos ativos. 
 à Pressão Arterial Média (PAM) tem 
comportamento semelhante à PAS, porém com 
crescimento mais discreto (não cresce tão rápido). 
à Pressão Arterial Diastólica (PAD) no exercício 
dinâmico (esteira/ ciclo) mantem-se constante apesar 
da intensidade crescente do exercício e pode chegar 
em alguns casos a ter uma redução normal de até 15 
mm Hg para indivíduos treinados ou elevação de até 
15 mm Hg para não treinados (se for superior a 15 
mmHg, interromper o exercício, monitorizar a 
pressão ate a normalidade e encaminhar a um 
especialista). 
à Pressão de Pulso (PP) eleva-se com a intensidade 
do exercício (elevação da PAS, mas não da PAD) e 
este comportamento facilita a manutenção do regime 
de fluxo sanguíneo também durante o período 
diastólico cardíaco. 
à Consumo de Oxigênio (VO2) temcrescimento 
linear com o esforço, atingindo o VO2 máx. na carga 
máxima do exercício. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
Obs: Duplo produto elevado no repouso significa que 
o trabalho cardíaco esta aumentando em função de 
alguma coisa, por exemplo, hipertensão. 
Quando um indivíduo realiza agora um exercício 
resistido ou também chamado de musculação, há 
diferenças nos ajustes cardiovasculares em relação ao 
exercício dinâmico em esteira. A intensidade do 
exercício resistido é, em geral, expressa em 
percentual relativo a Uma Repetição Máxima (1 RM) 
(máximo de peso que posso colocar para que o 
indivíduo consiga executar aquele determinado 
exercício corretamente uma vez, mas sem força para 
uma repetição), quando o voluntário tem a 
capacidade para executar uma vez o gesto motor, 
mas não tem forças para executar outras vezes aquele 
movimento. 
O treinamento é realizado na forma de circuitos de 
exercícios, com algumas séries e a intensidade do 
treino, em função dos objetivos, oscila entre 50 a 80 % 
de 1 RM. 
à Frequência Cardíaca (FC), durante as séries dos 
diferentes exercícios não se eleva linearmente e 
raramente atinge a FC máxima (não há tempo para 
isso, normalmente é maior entre as series e não 
durante); o mesmo ocorre com o Débito Cardíaco 
(DC) e o Volume Sistólico (VS) aumenta muito pouco 
apesar do aumento da intensidade do exercício. 
Durante exercícios de musculação há compressão dos 
vasos sanguíneos pelos músculos esqueléticos ativos 
no exercício e este “colabamento” gera resistência 
adicional ao fluxo sanguíneo (aumenta a RVP, em 
função desse aumento, o DC não cresce tanto, o 
volume também não chega ao seu valor máximo). 
à Pressão Arterial Sistólica (PAS) eleva-se de 
maneira mais abrupta em exercícios de maior 
intensidade e a Pressão Arterial Diastólica (PAD) 
acompanha a elevação da PAS, porém em ritmo um 
pouco menor. Lembre-se que no exercício dinâmico 
havia manutenção da PAD independente da 
intensidade do esforço. 
à Pressão de Pulso (PP), ou seja, PP = PAS – PAD, 
eleva-se de maneira não tão acentuada e a Pressão 
Arterial Média (PAM) apresenta elevação considerada 
devido ao aumento da Resistência Vascular Periférica 
(RVP), motivada pelo colabamento vascular. 
 
 
 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
CIRCULAÇÃO CAPILAR 
 
Na posição que se encontra organizados esses 
músculos lisos, quando há uma contração desses 
músculos, há uma redução da luz do vaso, portanto, 
uma constrição. O esfíncter pré-capilar vai controlar o 
fluxo distalmente ao musculo liso, ou seja, controla o 
fluxo sanguíneo capilar. 
Relaxamento do Músculo: Vasodilatação à 
Aumento o fluxo sanguíneo nesse leito capilar. 
Contração do Músculo à Constrição à Redução do 
fluxo sanguíneo distalmente a esses esfÍncteres pré-
capilar. 
 
O controle da circulação nos diferentes leitos 
vasculares, não ocorre a níveis das artérias e veias, 
mas sim nos esfíncteres pré-capilares na circulação 
capilar. 
 
Existem forças que promovem a saída de líquido e 
substância do capilar para o interstício, e do interstício 
para a célula desse tecido onde se encontra o capilar. 
O mesmo ocorre no sentido contrário, ou seja, sentido 
interstício-capilar. 
As forças envolvidas com a saída de líquido e 
substância é chamada de forças de filtração. No 
sentido contrário chamamos de força de reabsorção. 
São ao todo 4 forças, que possuem um vetor, e, 
portanto, tem uma soma vetorial. Essa soma 
caracteriza a pressão efetiva de filtração e reabsorção. 
Na extremidade arterial do capilar, temos duas forças 
que predominam, que vão levar a filtração (saída de 
líquido e substância do capilar para o interstício. Essas 
duas forças são pressão capilar (PC), sendo 
semelhante a PA; e a segunda é a chamada de pressão 
coloidosmótica intersticial (PCI), no interstício 
existem proteínas (poucas), que puxam água para si 
por uma ação coloidosmótica. 
Por sua vez, as duas forças que predominam na 
extremidade venosa, promove a reabsorção de água 
e substância no interstício. Essas duas forças são, 
primeiro, chamada de pressão hidrostática intersticial 
(PHI), que é a pressão da água no interstício, 
promovendo um vetor na direção do capilar. Já a 
segunda, dentro dos capilares existem muitas 
proteínas (albuminas, globulinas) que exercem força 
na reabsorção, chamada de pressão coloidosmótica 
plasmática (PCP), possuindo um valor pressórico 
muito elevado (devido as muitas proteínas). 
As 4 forças têm uma formação vetorial que 
promovem ou a filtração ou a reabsorção. Na 
extremidade arterial as forças de filtração são maiores 
que as de reabsorção, então temos um vetor de uma 
pressão de filtração, promovendo a saída de líquido e 
substância. À medida que vamos da extremidade 
arterial, para a extremidade venosa essas forças de 
filtração vão diminuindo. Em um dado momento, elas 
se anulam, e a partir daí, as forças de reabsorção ficam 
maiores do que as de filtração (a medida que vai para 
a extremidade venosa, vai aumentando). Assim, o 
capilar garanti plenas trocas de substâncias e líquidos 
com o interstício, e desse com a célula no local onde 
as células estão localizadas. 
 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
Essa imagem é a representação de dois leitos 
capilares distintos, no qual no primeiro caso, os 
esfíncteres pré-capilares (rico em musculatura lisa) 
estão relaxados (diâmetro do vaso é alto), isso 
mantem um fluxo sanguíneo grande. Esse fluxo vem 
pelo canal preferencial e pelos capilares verdadeiros. 
Esse tecido, portanto, necessita de um alto fluxo 
sanguíneo, em geral por estar com uma taxa 
metabólica alta. No controle para manter a 
vasodilatação e o fluxo sanguíneo alto nos capilares, é 
feito dois mecanismos distintos, o primeiro é o 
mecanismo local, que são responsáveis por 60% dos 
ajustes; e em segundo, os ajustes autonômicos 
simpáticos responsáveis por 40% (SN parassimpático 
não inerva a musculatura lisa das metarteríolas, só 
possui estimulação simpática). 
No segundo caso, possui uma redução do fluxo 
acentuado, pois esse tecido não está precisando de 
um fluxo sanguíneo adequado, em geral por que está 
em baixa taxa metabólica. Nessa condição, as 
metarteríolas estão em contração da musculatura 
lisa, promovendo vasoconstrição, com sensível 
redução da luz do capilar. Assim, tem um fluxo baixo 
pelos canais preferenciais, para manter o tecido vivo, 
e o fluxo para os capilares verdadeiros é praticamente 
zero. 
Fatores Vasodilatadores 
• Atividade Simpática colinérgica – 40% (essa é 
uma exceção, o simpático libera como 
neurotransmissor a acetilcolina, ou seja, um 
vasodilatador). 
• Fatores Locais – 60%: potássio extracelular, ácido 
lático, pH (íons hidrogênio), óxido nítrico (NO), 
Fator de Relaxamento Endotelial e elevação da 
temperatura. 
Fator Vasoconstritor 
• Atividade Simpática Adrenérgica – Liberação de 
noradrenalina, ou adrenalina, pela circulação, vai 
levar a uma vasoconstrição, ou seja, vai acarretar 
na diminuição do fluxo sanguíneo. Também 
contribuí, os níveis baixos dos fatores locais. 
CIRCULAÇÃO VENOSA . 
O DP da circulação venosa é muito pequeno. 
O papel fundamental das veias é promover o retorno 
venoso (RV) ao coração, porém elas também servem 
como um reservatório de sangue; a estimulação 
simpática promove venoconstrição, aumentando o 
volume de sangue circulante (volemia). As veias 
oferecem baixa resistência ao fluxo sanguíneo devido 
a seus elevados diâmetros. 
 A quantidade de sangue que retorna ao coração é 
bombeada pelo coração, então, o valor do RV afeta o 
valor do DC. Se houver alteração da RV altera o DC 
naquele momento, e por consequência, altera a PA. 
O gradiente pressórico médio para o retorno venoso 
dos pés de volta ao coração é de apenas 8 mm Hg, e a 
direção deste fluxo vai contra a ação da gravidade. 
A circulação venosa de leitos vasculares acima do 
nível cardíaco, ou seja, vindo pela veia cava, estando 
o individuo em ortostase, é a favor da gravidade. 
Agora, vindo da veia cavainferior, que está abaixo do 
nível do coração, para subir é mais difícil. 
­ RV ­ DC ­ PA 
Todo fluido tende a permanecer no local de menor 
energia potencial (perto do solo ® pés), ou seja, 
tende a permanecer abaixo da linha cardíaca. pode ser 
visto pela pressão hidrostática. 
O retorno venoso é influenciado por 5 fatores 
distintos, a saber: 
1. Aumento do volume sanguíneo total (uma infusão, 
por exemplo, o que favorece o RV). 
2. Aumento do tônus simpático sobre as grandes 
veias (venoconstrição). 
3. Dilatação das arteríolas, reduzindo ainda mais a 
resistência ao fluxo. 
4. Posição do indivíduo: em ortostase estática há 
redução do RV; em ortostase dinâmica 
(deambulando) há elevação do RV e na posição 
invertida há grande elevação do RV de maneira 
muito rápida. 
5. O valor da pressão no átrio direito é chamado de 
pressão venosa central (PVC). Esta pressão varia 
de – 3 a + 4 mm Hg, porém o usual é 0 (zero) mm 
Hg; uma PVC acima de + 20 mm Hg já é uma 
situação patológica. 
Um aspecto importante que dificulta o retorno 
venoso da linha abaixo do coração é o valor da pressão 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
hidrostática dada pela coluna líquida. Nas mãos este 
valor é de 35 mm e nos pés de 90 mm, já no seio sagital 
é de – 10 mm (fluxo a favor da gravidade). ® depende 
da altura do indivíduo. 
Esta é uma força importante a ser vencida para o 
adequado retorno venoso, pois pela ação da 
gravidade (menor energia potencial) a tendência do 
sangue é permanecer nas partes mais baixas do 
corpo, com a formação de edemas. 
A Pressão Hidrostática é a pressão que a gravidade 
exerce sobre a coluna líquida. 
Se pega a circulação no córtex, possui uma pressão 
hidrostática negativa (-10 mm), ou seja, a tendência é 
do sangue retornar ao coração. Se pegar em nível 
abaixo do coração, na região do antebraço, por 
exemplo, a pressão hidrostática está em torno de +8 
mm), um fluxo contra a gravidade. Se pegar nos pés, 
+90 mm). Então, essa pressão precisa ser vencida, 
pois a tendência do sangue é permanecer nos pés. 
Força que Dificulta 0 Retorno Venoso 
- Pressão hidrostática (abaixo da linha cardíaca) 
Forças que Facilitam o Retorno Venoso 
- Gradiente de pressão venosa: no final da 
extremidade do capilar venoso, há uma pressão de 
10mmHg, enquanto no átrio é cerca de 2mmHg, 
dando uma diferença DP de 8mmHg (pouca 
diferença); sendo assim, este mecanismo sozinho 
não basta. 
- Bomba muscular 
- Pressão negativa inspiratória: não é muito forte, 
mas tem uma ação. 
- Sistema linfático: é um sistema adicional de RV. 
Obs: Os dois mais importantes, são os dois primeiros, 
na ordem. 
Vai no banco para pagar uma conta e tem uma fila 
enorme, que não anda, pode observar que algumas 
pessoas podem passar mal e desmaiar, pois está 
parado na fila, ortostático (e a fila não anda), esse 
gradiente de pressão (DP) de apenas 8mmHg não 
vence a força de pressão hidrostática isso 
compromete retorno venoso, diminuindo. Com a 
diminuição do RV, menos sangue chega ao coração, 
menos sangue é bombeado, há como consequência 
redução do DC, mas havendo redução do DC, há 
também redução da PA, uma vez que 
matematicamente a PA= DC x RVP, assim, se cai o DC 
cai a PA. Desta maneira se cair a PA, pela lei de 
Poiseuille-Hagen cai o fluxo. Reduz o DC, reduz a 
oferta de O2 para o cérebro, levando a hipóxia, assim 
o indivíduo passa mal e desmaiar. Quando o indivíduo 
cai no chão, o coração passa a ficar no mesmo nível 
dos pés, agora essa pressão hidrostática caiu, por que 
a altura de pés e coração são iguais, então o DP de 
8mmHg é suficiente para o retorno venoso (em 
relação a condição q ele desmaiou, o indivíduo tem 
uma aumento de RV).Assim, mais sangue chega ao 
coração, mais sangue é bombeado, aumenta o DC, 
que por consequência aumenta PA, levando a um 
maior fluxo sanguíneo, aumenta a oferta de O2, 
restabelecendo-o, fazendo que este indivíduo acorde 
da sincope. 
Se essa fila estiver grande, mas andando, isso não 
acontece. No ato de deambular, existe a ação da 
bomba muscular, que quando parado não existia. Essa 
bomba muscular é o principal fator, mais o gradiente 
de pressão venosa, e uma contribuição menor do 
sistema linfático, e menor ainda da pressão negativa 
inspiratória, garante uma adequado RV. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
GRADIENTE DE PRESSÃO VENOSA: o ∆P para a 
circulação venosa é cerca de 8 mm Hg, o que não é 
suficiente para garantir adequado RV das partes mais 
baixas do corpo humano (pernas e pés). 
BOMBA MUSCULAR: as veias apresentam válvulas e 
elas correm junto aos músculos esqueléticos, então 
quando da contração muscular há um aumento da 
pressão intravenosa e o sangue segue em direção ao 
coração (fluxo anterógrado); não há fluxo retrógrado 
devido ao fechamento das válvulas venosas. 
à Lesões nestas válvulas venosas levam a formação 
de variz, com a presença de trombose venosa 
importante. 
 
A contração do musculo comprime a veia. Nesse 
sangue a 2 possibilidades, um fluxo retrógrado para os 
pés (mas isso leva, em condições normais, o 
fechamento das válvulas venosas, impedindo-o); e 
outro em direção ao coração. 
O fluxo anterógrado ocorre devido ao fechamento e 
abertura das válvulas venosas, promovendo a 
passagem do sangue em direção ao coração. 
PRESSÃO NEGATIVA INSPIRATÓRIA: durante o 
ato inspiratório gera-se uma pressão intrapulmonar 
subatmosférica (negativa), o que favorece a 
passagem do sangue da região abdominal para a 
torácica, favorecendo o retorno venoso. ® quando 
inspiramos, na região toráxica (acima do diafragma), a 
pressão nesse momento é negativa (menor que a 
ambiente). Assim, o sangue contido na região 
abdominal (infra diafragmática) sofre variação de 
pressão, assim, o sangue passa da região abdominal 
para a toráxica (de maior pressão para menor pressão), 
facilitando o RV. 
SISTEMA LINFÁTICO: este sistema favorece o RV 
uma vez que drena o excesso de líquido intersticial e 
de macromoléculas (incluindo as proteínas) de volta 
para o sistema vascular. 
Os 4 mecanismos acima citados, atuando 
conjuntamente, permitem um adequado retorno 
venoso, com a manutenção do débito cardíaco, da 
pressão arterial e do fluxo sanguíneo aos diversos 
órgãos. 
CIRCULAÇÃO LINFÁTICA 
Sistema Linfático é uma via acessória no qual parte do 
líquido intersticial (LEC) e seus constituintes retornam 
ao sistema circulatório. Toda a linfa volta à circulação 
na altura da veia subclávia; o fluxo linfático, em 
condições normais, é de 2 a 3 litros/dia (em condições 
de edema, pode chegar a 5-10l por dia) e evita a 
gênese de edemas periféricos. Se não voltasse a 
circulação, não sobreviveríamos a 1 dia, pois haveria 
uma queda muito grande na volemia, e por 
consequência da PA. 
A linfa além de carrear a água e íons do LEC também 
carreira substâncias grandes que não passam pelos 
poros dos capilares sanguíneos, como as proteínas, 
restos celulares e até bactérias. 
A circulação linfática apresenta 3 funções: 
1. Controlar a concentração proteica no LEC: 
quando as proteínas saem do interstício, elas 
retornam a circulação sanguínea pelo sistema 
linfático. Assim, o sistema linfático impede a 
concentração de proteínas no interstício (LEC), 
evitando o edema. 
2. Controlar o volume de líquido no interstício: se 
tiver elevação, parte disso não volta pelo capilar 
sanguíneo, mas volta pelo sistema linfático através 
do terminal linfático. 
3. Controlar a pressão coloidosmótica intersticial: 
à medida que retira as proteínas do interstício (LEC). 
A linfa apresenta a mesma composição iônica do LEC, 
porém acrescida de proteínas. A concentração 
proteica no LEC é cerca de 2 g/dl (ou 2g %) e a 
concentração na linfa é muito maior, cerca de 6 g % 
na linfa vinda do fígado ou de 4 g % da proveniente do 
trato gastrointestinal (TGI). 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
A linfa também é uma via importante na absorção de 
nutrientes do TGI, em especial dos lipídeos na forma 
de quilomícrons. 
A linfa pode também conter bactérias,porém estas 
são destruídas quase que totalmente ao passarem 
pelos linfonodos devido a presença de leucócitos. 
Ao fazer um corte no dedo, por exemplo, e se 
contaminou com uma bactéria. A bactéria é uma 
célula que não passa pelo capilar sanguíneo, mas é 
englobado pelo terminal linfático, e ao longo do 
trajeto linfático ele apresenta algumas estruturas 
chamadas de linfonodos (ou gânglios linfáticos). Nos 
linfonodos há presença de muitos leucócitos, que 
atuam destruindo, lisando, essas bactérias. Portanto, 
é um sistema de defesa do organismo. 
O excesso do líquido intersticial força a abertura das 
válvulas no terminal linfático, promovendo o fluxo do 
líquido em direção ao terminal; este líquido não sai 
mais pois, se houver uma elevação da pressão no 
interior do terminal linfático, estas válvulas se fecham 
fortemente. O líquido, já no capilar linfático, segue de 
maneira unidirecional em direção ao ducto linfático, 
devido a presença das válvulas linfáticas e a força que 
o move é o peristaltismo do capilar (contração de 
células musculares lisas logo abaixo da válvula) e a 
ação da bomba muscular (igual ao retorno venoso). 
 
O terminal linfático é constituído por células de 
sustentação com filamentos fixadores e células 
endoteliais. Uma célula endotelial se sobrepõe a sua 
vizinha, e essa estrutura de sobreposição parcial, 
forma o que chamamos de válvula linfática. Se a 
pressão no interstício estiver alta, empurra e abre a 
válvula e o líquido entra no capilar linfático. Contudo, 
se houver uma elevação na pressão no capilar irá 
ocorrer o contrário, vai levar ao fechamento dessas 
válvulas. 
As válvulas favorecem a entrada de líquido do 
interstício para o capilar linfático, mas nunca em 
sentido contrário, pois as válvulas se fecham nessa 
condição. 
Ao longo dos capilares linfáticos também existem 
válvulas linfáticas, que impedem o fluxo retrogrado. 
Também ele conta com um pequeno peristaltismo, e 
da ação da bomba muscular. 
Laísa Dinelli Schiaveto 
 
 
 
O sistema linfático drena todo o excesso do líquido 
intersticial de praticamente toda a parte do 
organismos e, em alguns pontos, formam os 
chamados gânglios linfáticos. 
Os linfonodos se concentram em algumas regiões, 
como virilha, região abdominal, axilar, toráxica. 
Nessas regiões o sangue é filtrado, e tem muitos 
leucócitos, que vão atacar esse invasor, os linfonodos 
fica edemaciado, infartado, com dor ao apertar, isso é 
chamado de íngua. 
 
Nos linfonodos devido a canalículos estreitos e a 
presença de leucócitos, há a destruição e fagocitose 
de restos celulares ou de agentes patogênicos, 
bactérias ou vírus, por exemplo. Estes gânglios 
linfáticos estão aglomerados nas seguintes regiões: 
cervicais anteriores e profundos, submandibulares 
(pescoço); pulmões e mediastinais (tórax); 
mesentérico, do baço e timo, epigástrico e ilíacos 
(abdômen); superiores e profundos do braço e axilares 
(braços); poplíteo e inguinais superficiais e profundos 
(pernas). 
EDEMA: É um desequilíbrio entre as pressões 
hidrostáticas e coloidosmótica do líquido intersticial 
devido a desordens do sistema linfático, doenças do 
fígado, coração, rins ou idiopáticas e, em alguns 
casos, durante a gravides. 
 
FILARIOSE ou ELEFANTÍASE: É uma doença 
causada pelo verme Wuchereria brancofti (filária) que 
destrói e obstrui os gânglios linfáticos, leva ao inchaço 
acentuado principalmente das pernas e, apresenta 
dificuldade ao retorno venoso.

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