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Atenção Domiciliar

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(
 Sarah 
Michalsky
 3º Período, 101
)Atenção Domiciliar
Histórico:
- Segundo relatos históricos, os cuidados em saúde realizados nos domicílios já são descritos no Egito Antigo e também na Grécia 500 anos a.C. (em relatos de Hipócrates) (BENJAMIN, 1993).
- A medicina científica, no século XIX, iniciou o processo de transformação do sujeito em paciente, tendo o hospital como o local que contribuía para a neutralização das perturbações externas. O hospital surgiu como espaço de consolidação da identidade do doente, de assistência, segregação e exclusão. (BRANT; MINAYO, 2004).
- A hospitalização deu visibilidade ao paciente, reafirmando-o como doente na família, no trabalho e na comunidade. Uma vez internado, não havia dúvidas de sua condição de doente, mesmo quando não se tinha ainda diagnóstico, assim, a residência deixaria de ser o lugar onde o sofrimento se manifestava e a família perdeu a autoridade sobre a maneira de cuidar do seu ente, que seria isolado e “olhado cientificamente.” (BRANT; MINAYO, 2004).
- Com a crise do modelo médico hegemônico e de novas necessidades decorrentes do envelhecimento populacional, as “demandas por melhor qualidade da atenção, por cuidados integrais e contínuos necessitando de formulação de novas estratégias e mecanismos para o cuidado em saúde.” (SILVA et AL, 2010).
- Dessa forma, a atenção domiciliar surge como alternativa ao cuidado hospitalar, provocando a possibilidade de retomar o domicílio como espaço para produção de cuidado e despontando como um “dispositivo para a produção de desinstitucionalização e trazendo grande potencial de inovação no atendimento médico.” (MEHRY; FEUERWERKER, 2008).
- A atenção domiciliar como extensão do hospital surgiu, propriamente dita, em 1947 para “descongestionar” os hospitais vistos as quantidades de doenças que estavam aparecendo como febre tifoide. A partir de então, as experiências desse tipo multiplicaram-se na América do Norte e Europa. (REHEM; TRAD, 2005).
- O Serviço de Assistência Médica Domiciliar de Urgência (SAMDU), fundado em 1949 e vinculado ao Ministério do Trabalho, foi a primeira experiência de atendimento domiciliar brasileira organizada como um serviço.
- Em 27 de outubro de 2011 foi publicada a portaria Nº 2.527/GM que reconhece os cuidados domiciliares realizados pelas equipes de atenção básica (eSF), instituindo a modalidade AD1 em atenção domiciliar, que é aquela realizada pelas eSF, e também o Melhor em Casa.
- Melhor em Casa: “a segurança do hospital no conforto do seu lar”
Benefícios do projeto:
- Melhorar e ampliar a assistência no SUS a pacientes com agravos de saúde, que possam receber atendimento humanizado, em casa e perto da família.
- Estudos apontam que o bem estar, carinho e atenção familiar, aliados a adequada assistência em saúde são elementos importantes para a recuperação de doenças.
- Pacientes submetidos a cirurgias e que necessitam de recuperação, quando atendidos em casa apresentam redução dos riscos de contaminação e infecção.
- Melhor em Casa representa um avanço para a gestão de todo o sistema público de saúde, já que ajudará a desocupar os leitos hospitalares, proporcionando um melhor atendimento e regulação dos serviços de urgência dos hospitais.
MODALIDADE AD1 – ATENÇÃO BÁSICA
- Destina-se a pacientes que possuam problemas de saúde controlados e com dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde; e/ou pacientes que necessitem de cuidados de menor intensidade/complexidade, incluídos os de recuperação nutricional, avaliação física, com menor necessidade de recursos de saúde e dentro da capacidade de atendimento das equipes que compõem a atenção básica.
MODALIDADE AD2 E AD3 – SISTEMA DE ATENÇÃO DOMICILIAR (SAD) – MELHOR EM CASA
- Destina-se, na modalidade AD2, a usuários que possuam problemas de saúde, dificuldade ou impossibilidade física de locomoção até uma unidade de saúde e que necessitem de maior frequência de cuidado, recursos de saúde e acompanhamento contínuo, mais especializado.
- A modalidade AD3 destina-se aos usuários semelhantes aos da AD2, mas que façam uso de equipamentos específicos (ex: paciente com DPOC que necessita de oxigenioterapia domiciliar).
- São pacientes de maior complexidade que dificilmente terão alta dos cuidados domiciliares.
EQUIPES DO MELHOR EM CASA
Composição da EMAD (Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar) Tipo 1 – para municípios com população de 40 mil habitantes ou mais. Uma equipe para cada 150.000 habitantes, adicionando mais uma equipe para cada 100.000 habitantes.
- Profissional(is) médico(s) com somatório de carga horária semanal (CHS) de, no mínimo, 40 horas de trabalho por equipe.
- Profissional(is) enfermeiro(s) com somatório de CHS de, no mínimo, 40 horas de trabalho por equipe.
- Profissional(is) fisioterapeuta(s) ou assistente(s) social(is) com somatório de CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho por equipe.
- Profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no mínimo, 120 horas de trabalho por equipe.
Composição da EMAD Tipo 2 – para municípios com população entre 20 mil a 39.999 habitantes.
- Profissional médico com CHS de, no mínimo, 20 horas de trabalho.
- Profissional enfermeiro com CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho.
- Profissional terapeuta ou assistente social com somatório de CHS de, no mínimo, 30 horas de trabalho.
- Profissionais auxiliares ou técnicos de enfermagem, com somatório de CHS de, no mínimo, 120 horas de trabalho.
Composição da EMAP (Equipe Multiprofissional de Apoio):
- A EMAP deverá oferecer apoio a EMAD, bem como às equipes de atenção básica.
- A EMAP terá composição mínima de três profissionais de nível superior, escolhidos entre as ocupações listadas a seguir, cuja somatória das CHS de seus componentes será de, no mínimo, 90 horas de trabalho.
- Assistente social, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, odontólogo, psicólogo, farmacêutico e terapeuta ocupacional.
- Nenhum profissional componente de EMAD ou EMAP poderá ter CHS inferior a 20 horas de trabalho.
PRINCÍPIOS DA ATENÇÃO DOMICILIAR
- Abordagem integral à família: o foco não está somente no doente.
- Trabalho em equipe e interdisciplinaridade.
- Estímulo a redes de solidariedade: igreja, escolha, vizinhança.
- Consentimento da família, participação do usuário e existência do cuidador: a primeira condição para que ocorra a assistência domiciliar (AD) é o consentimento da família para a existência do cuidador. A assistência prestada no domicílio não pode ser imposta.
Processo de trabalho:
- Processo de trabalho das equipes de caráter interdisciplinar.
- Cada caso deve ser discutido e planejado pela equipe, considerando as especificidades técnicas, socioculturais e ações entre equipe, família e comunidade.
- O primeiro passo é a identificação dos pacientes elegíveis para a AD na territorialização.
- O segundo passo é classificar a complexidade desses pacientes, identificando em qual modalidade de AD se enquadram (AD1/AD2/AD3).
ATRIBUIÇÃO DA EQUIPE DE SAÚDE NO DOMICÍLIO NA ATENÇÃO BÁSICA
- Respeitar os princípios da assistência domiciliar, buscando estratégias para aprimorá-los.
- Compreender o indivíduo como sujeito do processo de promoção, manutenção e recuperação da saúde.
- Coordenar, participar e/ou nuclear grupos de educação para a saúde.
- Fornecer esclarecimentos e orientações à família.
- Monitorizar o estado de saúde do usuário, facilitando a comunicação entre família e equipe.
- Desenvolver grupos de suporte com os cuidadores (capacitar, orientar e levar o suporte necessário para esse cuidador executar as atividades necessárias).
- Realizar reuniões com o usuário e família para planejamento e avaliação da AD.
- Otimizar a realização do plano assistencial, elaborando um bom PTS (plano terapêutico singular).
Atenção domiciliar e a tríade:
- “Família, cuidador e domicílio” ou “família, cuidador, domicílio e território”.

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