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Imagenologia – Mód. XV – 5P – 2021 
Isadora Scheer e Nathália Moreira 
Sistema Renal 
 
 
→ Sistema coletor: árvore pielocalicinal e ureteral 
+ bexiga 
→ Onde podemos encontrar as litíases? 
o Cálices 
o Infundíbulo 
o Pelve renal 
o Junção pieloureteral (primeiro ponto 
de constrição fisiológica) 
o Ureter (maior chance no cruzamento 
dos vasos ilíacos – segundo ponto de 
constrição fisiológica) 
o Junção ureterovesical (terceiro ponto 
de constrição fisiológica) 
o Bexiga urinária 
o Uretra masculina 
Pontos de Constrição Fisiológica 
1- Saída da pelve e início do ureter – pielouretal 
(vermelho) 
2- Nos vasos ilíacos (amarelo) 
3- Na junção do ureter com a bexiga – uretovesical 
(azul) 
 
 
→ As litíases uretrais podem irradiar para o 
escroto, ou vulva, ou face interna da raiz da 
coxa 
o Paciente com dor testicular, tem como 
diagnóstico diferencial litíase no 
trajeto uretral do mesmo lado 
→ Diagnósticos diferenciais de litíase: 
 
→ Nos pontos que não são de constrição, a pedra 
pode não causar nenhum sintoma e 
permanecer no local por muito tempo 
→ Pedras menores podem passar por todo o 
sistema, mas o maior problema são os pontos 
de constrição 
→ No cruzamento dos vasos com o ureter, os 
vasos podem acabar comprimindo o ureter e 
então impedindo o cálculo de passar → 
constrição 
→ Se o cálculo não possuir um formato regular, 
pode acabar “rasgando” o ureter → hematúria 
 
 
 
 
Anatomia 
 
 
 
Litíases 
 
 
 
 
 
→ A análise do sistema renal e coletor se inicia com a 
identificação do músculo Psoas, assinalado em 
verde. 
→ A partir disso, conseguimos localizar os rins 
(laranja) na parte superior, perto da borda inferior 
da face diafragmática do fígado (vermelho) ao lado 
direito e perto do baço (azul) ao lado esquerdo; 
→ O rim esquerdo é mais alto que o direito 
→ Esse método é bom para utilizar quando já sabe que 
o paciente possui a litíase, mas precisa localizá-la → 
evitar as grandes radiações da TC 
→ Sensibilidade e especificidade baixa 
→ A visualização dos rins pelo raio-x simples se dá 
principalmente por topografia, pois existem muitas 
dificuldades técnicas; 
→ Limitações: 
o Fezes e gases nas alças intestinais → por 
isso deve-se, de preferência, realizar com 
preparo intestinal 
o Sobreposição de estruturas; 
o Não possibilita visualizar o sistema coletor 
nem o parênquima renal 
o Depende da constituição das litíases → 
aquelas com baixa calcificação podem não 
ser vistas 
 
→ Agora observe alguns cálculos renais que se 
mostraram visíveis no raio-x simples; 
 
 
→ Agora a presença de um cateter duplo J no interior 
no sistema coletor direito → sugestivo de litotripsia 
 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
RX simples 
 
→ Exame de raios- x com contrastes injetados que 
molduram o sistema renal e coletor; 
→ Ideal para verificar obstruções; 
→ Não pedir contraste para pacientes nefropatas, pois 
é nefrotóxico 
o O clearance de creatinina deve ser > 30 
o Não indicado para crianças, idosos e gestantes 
→ Desvantagem: não possibilita visualizar o 
parênquima 
→ Realização: 
o Após preparo intestinal prévio → melhor 
acurácia 
o Jejum de 8 a 10 horas 
o Hidratação prévia 
o Pacientes alérgicos é necessário fazer a 
dessensibilização 
 
 
→ De acordo com o tempo de progressão da injeção do 
contraste, observa-se a filtração pelos rins (5-10 
minutos) com posterior excreção (15 minutos) 
 
→ Além da chegada à bexiga, com micção intencional; 
 
→ Observe ao lado esquerdo da imagem a descrição 
da anatomia renal; 
→ Já a direita a divisão entre cálices do terço superior, 
médio e inferior; 
 
 
→ Observe a presença de um cálculo coraliforme: um 
cálculo progressivo que adquire a forma do sistema 
coletor ao passar do tempo; 
 
Urografia Excretora 
→ Agora a presença de compressão na bexiga → 
possivelmente se trata de uma mulher que, 
anatomicamente, possui o útero repousando sobre 
a bexiga; 
→ Complicações 
o Choque anafilactóide (alergias ao meio de 
contraste iodado EV) 
o Flebite no local de administração do meio de 
contraste 
o Dor abdominal intensa devido à 
movimentação da litíase no sistema coletor 
o Incomodo pela utilização da faixa 
compressora 
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→ Estudo detalhado e completo dos rins, ureteres e 
bexiga, sendo possível fazer diagnóstico das mais 
diferentes causas de hematúria, desde pequenos 
cálculos até, por exemplo, o carcinoma de células 
transicionais. 
 
 
→ Observe a dilatação ureteral e da pelve = obstrução 
+ hidronefrose 
 
→ Observe uma duplicação uretérica, uma anomalia 
congênita 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
 
→ Padrão ouro para cálculo renal → TC sem contraste 
o Com contraste, obtêm-se vantagem em estudo 
de parênquima e sistema coletor 
TC sem contraste 
→ Contagem, medida de densidade e localização dos 
cálculos renais 
o Vantagem de medir a densidade do cálculo, 
influenciando na conduta terapêutica; 
→ Observe um cálculo na primeira imagem, seguido 
de um edema da parede ureteral que circunda o 
cálculo na segunda imagem: 
 
 
→ Agora observe uma hidronefrose em tomografia: 
Tomografia Multislice 
Tomografia Computadorizada 
 
→ Importante sempre correlacionar com a localização 
do cálculo, então observe um perto da bexiga: 
 
→ Importante saber que as pedras mais prováveis de 
estacionar no sistema coletor são as > 7 mm de 
diâmetro; 
TC com contraste 
 
→ Em marrom, encontra-se o polo superior do 
parênquima renal, com região cortical e medular; 
→ A parte medular contém as papilas, que 
desembocam nos cálices maiores, identificado pela 
seta; 
Fase arterial 
Fase Portal 
Fase tardia 
→ Essas fases são de progressão de filtração do 
contraste pelo sistema renal, observe também: 
 
 
→ O contraste filtrou → saiu do parênquima → se 
dirige à pelve renal → segue para sistema coletor 
 
→ Observe um trauma renal, com dilaceração e 
sangue na região perirenal 
→ Problemas: apresenta os mesmos riscos que a 
urografia excretora quanto a radiação e utilização 
do meio de contraste 
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→ Deve-se solicitar das seguintes formas: 
1. Ultrassom de rins e vias urinárias ou 
2. Ultrassom de abdome total 
→ Vantagens: escolha para gestantes, não utiliza 
radiação ionizante, identifica sistema coletor e 
parênquima renal → excelente para observar 
hidrofrose; 
o Método rápido, barato e dinâmico 
→ Desvantagens: tem alta influência de gases 
intestinais e da obesidade, ureter do terço médio é 
de difícil visualização, microlitíases não são bem 
observadas (confusão com artefatos técnicos) e não 
podem ter a densidade medida; 
o Depende da colaboração do paciente 
(inspiração → abaixamento dos rins) 
 
 
→ Em rosa, vê-se o fígado, sinalizando que abaixo se 
encontra o rim direito; 
→ No rim, as partes escuras representam o 
parênquima renal córtex + medula) e as partes 
claras representam gordura presente no hilo renal; 
 
→ Nesta imagem já se observa uma litíase renal, 
demonstrando a pedra em rosa a sombra acústica 
que se forma em roxo; 
 
→ Hidronefrose é a dilatação do sistema coletor por 
excesso de líquido em estase; 
→ Ocorrem locais escuros com excesso de urina, onde 
só deveria existir gordura; 
 
 
 
 
Ultrassom 
Graus de Hidronefrose 
 
 
Bexiga 
 
→ Observe que a parede está espessada, então sempre 
observar se esta se encontra vazia ou com presença 
de infecção 
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 
 
→ Baixa sensibilidade para identificação de 
calcificações e litíases 
→ Excelente para partes moles: parênquima, seio 
renal, paredes do sistema coletor. 
 
→ Sempre encontre a gordura perirenal, pararenal, 
córtex, medula e pirâmides 
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Rim de Ferradura 
 
Rim Policístico 
Ressonância MagnéticaCuriosidades 
 
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Infecções 
 
→ Infecção no parênquima e ou no sistema coletor 
renal 
→ Pode ser resultante complicação de obstruções do 
sistema coletor ou infecção que ascendeu da bexiga 
urinária. 
→ Geralmente associada à febre 
1. Rx simples: pode ajudar na pielonefrite 
enfisematosa (diabéticos) 
2. Ultrassom: pode ajudar afastando outros 
diagnósticos diferenciais e identificar abscessos 
3. Ressonância: excelente para partes moles, 
abscessos, coleções (diagnósticos diferenciais 
tal como neoplasias, estadiamento etc). 
4. Tomografia: método de escolha para o estudo 
da pielonefrite, pois já ajuda a identificar 
litíases, obstruções; 
→ Para avaliação de pielonefrite é necessário o 
contraste, pois os achados dependem dele; 
→ O que vamos encontrar: 
1. Aumento do rim (rim globoso) 
2. Após contraste, nota-se estriações no 
parenquima renal 
3. Identificação de litiases associadas e ou 
processos obstrutivos 
4. Abscessos 
5. Identifica manifestações extra-renais tal como 
edema periportal, espessamento da parede da 
vesícula biliar 
 
 
→ Observe na primeira imagem um rim normal, 
com a presença das estriações. 
→ Já na segunda, no rim esquerdo observe a 
falha de enchimento do contraste, com a 
presença de microembolos. 
 
→ Em alguns casos de pielonefrite aguda, a 
vesícula biliar também pode apresentar 
alterações na sua parede. 
Pielonefrite Aguda 
 
→ Pio-hidronefrose → presença de pus no 
parênquima renal → pode levar à sepse 
Pielonefrite xantogranulomatosa 
 
1. Córtex delgada 
2. Rim distorcido 
3. Cálculo associado 
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→ Pode ser focal: retração do parênquima, exposição 
calicinal 
→ Pode ser difusa: redução difusa do volume renal → 
que gera perda da função 
 
→ Se caracteriza na imagem pela perda de massa 
renal e distorção do parênquima 
 
→ Pielonefrite crônica à direita 
→ Hidronefrose à esquerda 
 
→ Rim extremamente atrofiado → nascimento ou 
pielonefrite crônica 
 
 
 
 
 
Pielonefrite Crônica

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