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COLUNA VERTEBRAL – ESTRUTURA DA COLUNA E OSTEOLOGIA DAS VÉRTEBRAS: 1. CARACTERÍSTICAS DA COLUNA VERTEBRAL: Vista pelo plano coronal anterior e posterior mostra uma coluna RETA; Vista pelo plano sagital mostra uma coluna com lordoses e cifoses; Composta de 33 vértebras divididas em 5 regiões: 7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 3-4 no cóccix; A coluna possui dois tipos de curvaturas: a. CIFOSES: torácica e sacral, curvatura primária desenvolvida no nascimento, embrião já possui uma cifose característica – convexidade voltada posteriormente; b. LORDOSES: cervical e lombar (permite posição bípede), curvaturas secundárias desenvolvidas após o nascimento, quando a criança começa a olhar ao horizonte e os músculos começam a se desenvolver, joga a coluna para trás possibilitando a ação de sentar; Essas curvaturas da coluna se anulam e formam um CENTRO DE GRAVIDADE em linha reta – cabeça apoiada sobre a bacia; Esse equilíbrio também é conhecido como EQUILÍBRIO ESPINOPÉLVICO; FUNÇÕES DA COLUNA: sustentação de peso, equilíbrio na posição ortostática e proteção de estruturas neurais – aloja a medula espinhal e seus ramos nervosos, protegendo ambos; As áreas com maior movimentação são: cervical e lombar – realizam inclinação e rotação, e flexão e extensão, respectivamente; 2. OSTELOGIA DAS VÉRTEBRAS: Estruturas que possuem características regionais e gerais; São denominas pela região e pelo número – C1, T12, S4... Conexão entre as vértebras se dá pelos DISCOS INTERVERTEBRAIS; Possuem corpos vertebrais (anteriores), arco ósseo, processos espinhosos e processos transversos (posteriores); Uma vértebra e sua sub ou supra adjacente forma o forame intervertebral – por onde ocorrerá a saída de raízes nervosas para os plexos; O ARCO ÓSSEO é tudo o que se encontra posteriormente na vértebra – inserção de ligamentos e músculos; O CORPO VERTEBRAL é toda a parte anterior que mais sustenta o peso do corpo – absorção de todo peso; Entre o corpo e o arco temos o CANAL VERTEBRAL por onde passa a medula espinhal – canal protege a medula; PEDÍCULOS: são processos cilíndricos e curtos que se projetam posteriormente para encontrar as LÂMINAS; LÂMINAS: são duas placas de osso largo e plano que unem o pedículo e formam o processo espinhoso; FORAME VERTEBRAL: a união do arco com a face posterior do corpo; PROCESSO ESPINHOSO: projeta-se posteriormente e inferiormente, costuma sobrepor-se a vértebra inferior; PROCESSO TRANSVERSO: geralmente são 2, projetam-se posterolateralmente a partir dos pedículos e lâminas; PROCESSO ARTICULAR: geralmente são 4, 2 superiores e 2 inferiores – apresentam faces articulares; INCISURAS VERTEBRAIS: curvaturas superiores e inferiores nos pedículos observadas lateralmente entre os processos articulares – formam os forames intervertebrais; 3. VÉRTEBRAS CERVICAIS: Arcabouço do pescoço e região de bastante mobilidade (cabeça e pescoço); Formado por 7 vértebras – C1 – C7; Pequeno e achatado corpo vertebral caracterizado por um processo uncinado (parte lateral levemente projetada); Largo canal vertebral em formato mais triangular – inervação dos membros superiores; Seus processos articulares são horizontais – MAIS MOVIMENTO Processo espinhoso curto e bífido – principalmente em homens brancos; Processo transverso com forame transverso oval e tubérculos; Discos intervertebrais mais finos pelo pouco peso que sustentam; C1 e C2 são vértebras atípicas: a. ATLAS (C1): não possui corpo vertebral, realiza articulação com o crânio, contém forames transversos e arcos anteriores e posteriores unidos pelos grandes processos articulares, possui tubérculos e forame vertebral BEM largo; b. ÁXIS (C2): possui corpo vertebral, processo odontoide ou dente do Áxis (conecta ao Atlas no processo de rotação da cabeça), também possui forame largo, processo espinhoso bífido – funciona como eixo para o Atlas rodar; 4. VÉRTEBRAS TORÁCICAS: Possui relação com as costelas – fóvea costal na parte superior e inferior; São um pouco mais robustas e realizam muito pouco movimento; Corpo vertebral mais ovalado; Processo transverso grande, forte e longo; Canal vertebral em formato de coração; Sustenta mais peso que as cervicais; Processo espinhoso longo e inferior; Faces articulares quase coronais – mais verticalizadas; 5. VÉRTEBRAS LOMBARES: Corpo em formato de rim deitado e grande; Processo transverso menor; Estreito canal vertebral – formato mais triangular e pequeno; Processo espinhoso curto e horizontal; Faces articulares mais sagitais para a realização de movimentos como a flexão e a extensão; São mais robustas pois absorvem muito peso; PROCESSO MAMILAR: face posterior do processo articular – local de fixação muscular; PROCESSO ACESSÓRIO: na fase poste ruir da base do processo transverso – local de inserção muscular; 6. SACRO E CÓCCIX: Sacro é formado por 5 vértebras fundidas – S1, S2, S3, S4 e S5; PROMONTÓRIO SACRAL: próximo a base do sacro (parte superior), ao meio das asas sacrais – importante local para a obstetrícia; Disco intervestigial permite a divisão das vértebras; Processos espinhosos se encontram na face posterior – S5 possui processo espinho ABERTO, formando o HIATO SACRAL – local importante pra a anestesiologia; Possui 4 pares de forames anteriores: de onde saem os ramos ventrais do plexo sacral; CRISTA MEDIANA: união dos processos espinhosos; CRISTA INTERMÉDIA: união dos processos articulares; CRISTA LATERAL: união dos processos transversos; Sua metade inferior não sustenta peso, por isso o menor volume; Garante resistência e estabilidade a pelve; / O cóccix é um resquício rudimentar da cauda; Não participa da formação do anel pélvico; Local de inserção de ligamentos e músculos; Vértebras diminuem em direção a sua extremidade; ESTRUTURAS LIGAMENTARES DA COLUNA VERTEBRAL: 1. LIGAMENTO LONGITUDINAL ANTERIOR Ligamento largo como uma cortina, espesso e forte - vai de C1 até S1; Recobre os corpos vertebrais e os discos intervertebrais anteriormente; Evita HIPEREXTENSÃO da coluna vertebral; 2. LIGAMENTO LONGITUDINAL POSTERIOR: Ligamento mais fraco e estreito que o de cima; Vai de C1 até S1 – dentro do canal vertebral; Recobre os corpos vertebrais posteriormente – discos intervertebrais com partes desnudas Evita a HIPERFLEXÃO DA COLUNA; 3. LIGAMENTO AMARELO: Aspecto amarelado; Une as lâminas das vértebras posteriormente; Evita a hiperflexão e protege canal vertebral; Acaba unindo vértebras; 4. LIGAMENTO SUPRA E INTERESPINHOSO: a. SUPRAESPINHOSO: fica sobre os corpos espinhosos, evita hiperflexão, posterior; b. INTERESPINHOSO; fica entre os processos espinhosos, unindo-os, evita hiperflexão anteriores; 5. LIGAMENTO CRUCIFORME: Ligamento da articulação crânio vertebral; Formado pelos ligamentos: transverso do atlas e suas fibras longitudinais superiores e inferiores – evita translação; Tem função de fixar o processo odontoide ao Atlas – 50% do movimento rotacional cervical; 6. LIGAMENTOS ALARES: Partem do processo odontoide para o crânio; Evitam a hiper-rotação da cervical; 7. DISCOS INTERVERTEBRAIS: Articulações cartilaginosas; Divididos em núcleo pulposo (gelatinoso) e ânulo fibroso (lamelas concêntricas; Núcleo pulposo fica 2/3 na parte posterior e lamelas são mais finas na parte posterior – hérnia de disco POSTERIOR;Adendo: quando o cinto dos carros era apenas envolvendo o abdômen, fraturas nos ligamentos posteriores eram muito comuns devido a hiperflexão causada por uma freada brusca por exemplo; além disso, encostos para a cabeça também foram criados com o objetivo do não rompimento do ligamento cruciforme em uma hiper-inclinação; MUSCULATURA DO DORSO: 1. MÚSCULOS EXTRÍNSECOS: Sem relação com a postura; Divididos em superiores e intermédios; SUPERFICIAIS: unem a coluna ao cíngulo do membro superior, produzem e controlam movimentos do membro – inervados por ramos dos nervos cervicais INTERMÉDIOS; finos, comumente são relacionados a respiração e ventilação, menos motores; Ajudam secundariamente a estabilização da coluna e a postura; 2. MÚSCULO TRAPÉZIO: Se insere na coluna e na escápula – superficial – e se origina na base do crânio; Musculatura bilateral; FUNÇÃO: elevação do ombro, abdução das escápulas, extensão da cabeça e rotação contralateral da cabeça; 3. MÚSCULO LATÍSSIMO DO DORSO: Também conhecido como grande dorsal; Se insere no úmero e tem origem nos processos espinhosos; FUNÇÃO: adução, extensão, rotação medial do braço; “Músculo da escalada”; 4. MÚSCULO ROMBOIDE MAIOR: Origina-se em T1 a T4 e se insere na escápula; FUNÇÃO: adução e rotação inferior das escápulas e elevação do ombro; 5. MÚSCULO ROMBOIDE MENOR: Origina-se nos processos espinhosos de C6 e C7 e se insere na escápula; FUNÇÃO: adução e rotação inferior das escápulas e elevação do ombro; 6. MÚSCULOS SERRÁTEIS: SUPERIOR: origem nos processos espinhosos da C7 a T3 e se insere nas costelas; FUNÇÃO: elevação das primeiras costelas – ajuda no processo de ventilação; INFERIOR: origem nos processos espinhosos de T11 a L3 e se insere nas últimas costelas; FUNÇÃO: realiza depressão das últimas costelas – auxílio respiratório; 7. MÚSCULOS INTRÍNSECOS: Relacionados ao controle da postura e aos movimentos da coluna; Se estendem da pelve até o crânio e são revestidos por uma fáscia muscular que se fixa ao ligamento nucal e aos processos espinhosos; Possuem três tipos de camadas: superficial, intermédia e profunda; 8. SUPERFICIAL – MÚSCULO ESPLÊNIO: CABEÇA: tem origem na linha nucal e se insere nos processos espinhosos de C7 a T4; FUNÇÃO: extensão, inclinação e rotação homolateral da cabeça; PESCOÇO: origem no processo tarsnverso das primeiras vértebras cervicais e se insere no processo espinhoso de T3 a T6; FUNÇÃO: extensão, inclinação e rotação da cabeça; 9. INTERMÉDIA – MÚSCULO ERETOR DA ESPINHA: Ficam entre um sulco de cada lado da coluna entre os processos espinhosos centrais e os ângulos das costelas laterais; São chamados de músculos longos; Dividido em m. íliocostal, m. longuíssimo e m. espinal; FUNÇÃO: principal extensor da coluna vertebral – bilateral; 10. PROFUNDA – MÚSCULO TRANSVERSOESPINAIS: Formado pelo: semiespinal da cabeça, tórax e pescoço (camada superficial); multífidos (camada intermédia) e rotadores (camada profunda); MÚSCULO SEMIESPINAL: atuam na unidade funcional das vértebras realizando micromovimentos – posteriores; FUNÇÕES: extensão da coluna segmento por segmento; MÚSCULOS MULTÍFIDOS: origem no início da cervical e inserção nos processos espinhosos; FUNÇÃO: estabilização e extensão da coluna vertebral; MÚSCULOS ROTADORES: entre os processos transversos e espinhosos, presentes na coluna torácica principalmente; FUNÇÃO: extensão e rotação lateral da coluna; 11. TRÍGONOS: a. AUSCULTA: LIMITAÇÕES: músculo trapézio, músculo grande dorsal e escápula; Local de importância devido a uma melhor ausculta dos pulmões b. DE PETIT (LOMBAR): LIMITAÇÕES: músculo oblíquo interno, músculo grande dorsal e crista ilíaca; Local de importância pois possui muito fragilidade podendo gerar hérnias; MÚSCULOS DA CERVICAL: 1. MÚSCULO OBLÍQUO SUPERIOR E INFERIOR: INFERIOR: se origina na C2 e se insere no processo transverso de C1; FUNÇÃO: extensão e rotação da cabeça; SUPERIOR: origem em C1 e inserção no osso occipital; FUNÇÃO: extensão da cabeça; 2. MÚSCULO RETO POSTERIOR MAIOR E MENOR: MAIOR: origem no processo espinhoso de C2 e inserção na parte lateral da nuca; FUNÇÃO: extensão e rotação da cabeça; MENOR: origem no tubérculo de C1 e inserção na parte medial da nuca; FUNÇÃO: extensão da cabeça; 3. TRÍGONO OCCIPITAL: LIMITES: músculo reto posterior maior e músculos oblíquos superior e inferior; Realiza a extensão da coluna cervical alta (crânio, C1 e C2); 4. MÚSCULO LONGO DA CABEÇA E DO PESCOÇO: Localizado anteriormente; CABEÇA: origem no osso occipital e inserção nas vértevras C3 a C6; FUNÇÃO: flexão da cabeça; PESCOÇO: composto pelo oblíquo supeior, inferior e vertical; FUNÇÃO: flexão do pescoço e inclinação lateral; 5. MÚSCULO ESTERNOCLEIDOMASTOIDEO: Situado na região lateral do músculo – bilateralmente; Se insere no osso esterno e divide o pescoço em trígonos; FUNÇÃO: flexão da cabeça;