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Bioquímica Prática – Segundo Bimestre, Aula 8! 
 Dosagem de Glicose: A glicose é a principal fonte energética do 
organismo humano, e pode ser proveniente da dieta ou produzida 
através de vias metabólicas a partir das gorduras ou outros 
componentes. 
 A doença mais comumente associada aos distúrbios da glicose no 
sangue é o Diabetes mellitus, que se caracteriza pela hiperglicemia 
(elevação da taxa de glicose sanguínea e pela deficiência na 
produção de insulina), apesar de o paciente poder apresentar quadros 
hipoglicêmicos (diminuição dos teores de glicose no sangue). Outros 
eventos clínicos podem ser causar hiperglicemia como distúrbios da 
tiroide. 
 A glicemia pode assumir uma amplitude de variação (<10mg/dL até 
>2.000mg/dL). No caso da Diabetes mellitus se obtém o valor de 
126mg/dL em jejum de 8-12 horas. 
 Amostra: deve ser centrifugada o mais rápido possível para fazer a 
separação do sangue. Pode ser feitas por vários líquidos são eles: 
 No plasma: recém-obtido e separdo o mais rápido possível, não 
hemolisado, coletado com EDTA; Para se evitar a glicólise in vitro, 
recomenda-se que a coleta seja feita com anticoagulante a base de 
fluoreto. Mesma condição do soro para ser armazenado. 
 No soro: sangue coletado do recipiente sem anti-coagulante; recém-
obtido e não hemolisado. Deve ser separado o mais rápido possível, 
visto que as enzimas glicolíticas presentes nas células do sangue 
mantém-se ativas, ocasionando um decréscimo da concentração da 
glicose nas amostras na razão 7mg/dL a cada hora. 
 Líquor (Liquido cefalorraquidiano – LCR): amostras devem ser 
analisadas o mais rápido possível, vista que na temperatura ambiente 
mantém-se estável por até 8 horas ou por algumas semanas em 
freezer (-20°C), desde que não haja contaminação por células 
sanguíneas. 
 Critérios para rejeição: devem ser rejeitadas as amostras com alto grau 
de hemólise, ou sinais de contaminação microbiana. 
 Precauções e cuidados especiais: seu descarte deve ser feito 
preferencialmente após sua autoclavação a 121°C por uma hora ou mais 
devendo-se evitar sua eliminação diretamente no meio ambiente. O 
mesmo cuidado deve ser adotado para os materiais utilizados. 
 Princípio de técnica: leite enzimático. 
 D-Glicose + H2O + O2  Ác. Glucurônico + H2O2 (reação 
mediada pela Glicose Oxidase). 
 2 H2O2 + Hidroxibenzoato + 4-aminofenazona  Complexo corado 
(reação mediada pela Peroxidase). 
 O complexo corado (vermelho) apresenta absorbância proporcional 
à concentração de glicose na amostra analisa, medida a 500nm 
(filtro verde, 500 a 520nm). 
 Reagentes: 4-Aminofenazona; 
 Hidroxibenzoato; 
 Tampão (para manter o pH próximo de 7 no trabalho das 
enzimas); 
 Solução padrão da glicose: 100mg/dL de glicose em ácido benzoico a 
0,16%. Em equipamentos automáticos, usa-se calibradores com matriz 
proteica. 
 Procedimento técnico: deixar o reagente e amostras adquirirem a 
temperatura ambiente; ajustar o comprimento de onda do equipamento 
para 505nm (filtro verde 490- 530nm); identificar 3 tubos com B, P e T; 
misturar e incubar 5 min a 37°C. A reação de cor mantem-se estável por 
ate 60 minutos. 
 Reagentes de trabalho: 
 Branco: Hidroxibenzoato, 4-aminofenazona, Peroxidase e Glicose 
oxidase, menos a glicose. 
 Padrão: Glicose, Hidroxibenzoato, 4-aminofenazona, Peroxidase e 
Glicose oxidase. 
 Amostra do teste: plasma + Hidroxibenzoato, 4-aminofenazona, 
Peroxidase e Glicose oxidase. 
 Cálculo: determina a concentração da glicose no sangue; Com fator de 
calibração. 
 Glicose (mg/dL): Absorbância do teste x100 
 Absorbância do padrão 
 Fator de calibração: 100 . 
 Absorbância padrão 
 Glicose (mg/dL): Absorbância do teste x for de calibração (f) 
 Resultados do cálculo: 
 Normal: 60 a 100 mg/dL 
 Intolerante: 100 a 125 mg/dL (pré-diabético); 
 Diabético: > ou = 1126 mg/dL (repete o exame em 2 dias); 
 Muito alto: > ou = 500 mg/dL. 
 Limite do Método: 
 Linearidade: a metodologia apresenta linearidade até uma 
concentração 400mg/dL de glicose na amostra analisada. Acima 
deste, a amostra deve ser diluída em solução fisiológica (NaCl 
0,85%) e novamente analisada, devendo o resultado obtido ser 
multiplicado pelo fator de diluição. 
 Interferentes: O interferente mais comum é o ácido ascórbico (VitC), 
que em concentração muito elevada, produz resultados falsamente 
reduzidos. Outros açúcares que não provocam nenhuma 
interferência significativa. 
 Teste pós-prondial: realizado após o almoço, duas horas depois a 
primeira dosagem e duas horas depois a segunda dosagem. 
 140-200 (pré-diabético); Acima de 200 (diabético).

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