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1 CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS MATEMÁTICA FINANCEIRA Juazeiro do Norte - 2016. 2 CURSO TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS - TTI Os textos do presente Módulo não podem ser reproduzidos sem autorização da ALVO Cursos Preparatórios, Técnicos e Profissionalizantes. Rua: São Paulo, 1687, Salesianos, Juazeiro do Norte – CE Tel: (88)9.8878.6004 / (88)9.9785.6011 CURSO DE FORMAÇÃO DE TÉCNICOS EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS COORDENAÇÃO NACIONAL Maria Laiane Quesado – Mantenedora COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA Maria Madalena da Silva – Pós-graduação em Gestão Escolar/Diretora Administrativa COORDENAÇÃO/DESENVOLVIMENTO DE CONTEÚDO Maria Laiane Quesado – Graduando Administração de Empresas João Paulo da S. Olegário – Licenciatura em Ciências Matemáticas EQUIPE DE APOIO TÉCNICO: ALVO/CE Maria Laiane Quesado Yasmym Souza Barros Maria Daiane da Silva Quesado EDITORAÇÃO ELETRÔNICA E CAPA Maria Laiane Quesado ________________, MATEMÁTICA FINANCEIRA I e II, Módulo III, ALVO, Curso Técnico em Transações Imobiliárias. Ceará. Conteúdo: Unidade I: Números Proporcionais; Números Diretamente Proporcionais; Números Inversamente Proporcionais; – Unidade II: Operações Sobre Mercadorias; Preços de Custo e Venda; Operações Comerciais; – Unidade III: Taxa de Juros; Homogeneidade Entre o Tempo e a Taxa; Juro Exato e Juro Comercial; Juro Exato; Taxas de Juros Diários; Juro Exato Obtido; Juro Comercial; Taxa de Juro Diário Comercial; Juro Comercial - Unidade IV: Inflação; Definição de Inflação; Inflação de Demanda; Inflação de Custos; Índices de Inflação; Capitalização Simples; Juros e Montante Simples; Desconto Simples; Capitalização Composta; Juros e Montantes Compostos; Exercícios; Outros Exercícios; Bibliografia. Todos os direitos desta edição são reservados à ALVO CURSOS PREPARATÓRIOS. 3 Sumário 1 – NÚMEROS PROPORCIONAIS................................................................................7 1.1 – NÚMEROS DIRETAMENTE PROPORCIONAIS...................................................7 1.2 – NÚMEROS INVERSAMENTE PROPORCIONAIS................................................7 2 – OPERAÇÕES SOBRE MERCADORIAS.................................................................11 2.1 – PREÇOS DE CUSTO E VENDA..........................................................................11 2.2 – OPERAÇÕES COMERCIAIS – LUCROS E PREJUÍZOS....................................11 3 – TAXA DE JUROS....................................................................................................17 3.1 – HOMOGENEIDADE ENTRE O TEMPO E A TAXA.............................................17 3.2 – JURO EXATO E JURO COMERCIAL..................................................................18 3.3 – JURO EXATO.......................................................................................................18 3.4 – TAXAS DE JUROS DIÁRIOS EXATOS...............................................................18 3.5 – JURO EXATO OBTIDO........................................................................................18 3.6 – JURO COMERCIAL.............................................................................................19 3.7 – TAXA DE JURO DIÁRIO COMERCIAL...............................................................19 3.8 – JURO COMERCIAL.............................................................................................19 4 – INFLAÇÃO..............................................................................................................23 4.1 – DEFINIÇÃO..........................................................................................................23 4.2 – INFLAÇÃO DE DEMANDA...................................................................................24 4.3 - INFLAÇÃO DE CUSTOS......................................................................................24 4.4 - INDICES DE INFLAÇÃO.......................................................................................24 5 - CAPITALIZAÇÃO SIMPLES....................................................................................27 5.1 - JUROS E MONTANTE SIMPLES.........................................................................27 5.2 - DESCONTO SIMPLES.........................................................................................30 6 - CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA...............................................................................35 6.1 - JUROS E MONTANTES COMPOSTOS...............................................................35 EXERCÍCIOS................................................................................................................37 BIBLIOGRAFIA..............................................................................................................41 4 UNIDADE I INTRODUÇÃO 5 Estamos no século XXI, na era da informação e atualização. O mundo nos transporta para conhecer a cada dia os desafios do cotidiano, o ser que nasce e se transforma de maneira diferente, o aquecimento global, as guerras, o mundo tecnológico e várias outras conquistas que temos em nossas mãos. Sem esquecer que viver se torna um desafio, diante das adversidades que enfrentamos. A matemática neste contexto se torna uma desatadora de “nós”, ela aproxima a quantidade exata dos valores da economia mundial, nos informa os índices de desemprego e emprego e contabiliza a situação interna e externa de todos os fatores que divergem a sociedade. Há cientistas que afirmam que para se sair bem neste século precisamos empregar no nosso contexto profissional e prático, o mundo dos números como forma de garantirmos nossos próprios interesses e subsistência, ou seja, ser melhor que a máquina, mais cedo ou mais tarde ela irá nos substituir de forma geral. Será filosofia de vida? Fatos reais dos pesquisadores? Enquanto isso vamos nos dedicar a ser expoentes das nossas próprias potências de mundo profissional. Veja como se iniciou o estudo da matemática financeira: Os cálculos financeiros, é um ramo da matemática que utiliza-se de bases, conceitos, dados, números, dentre outros para conceituar a economia de mercado, empresarial, social, financeiro próprio, de forma linear e integral no mundo globalizado. A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o nome de juros. O conceito de juros surgiu no momento em que o homem percebeu a existência de uma afinidade entre o dinheiro e o tempo. As situações de acúmulo de capital e desvalorização monetária davam a ideia de juros, pois isso acontecia em razão do valor momentâneo do dinheiro. Algumas tábuas matemáticas se caracterizavam pela organização dos dados e textos relatavam o uso e a repartição de insumos agrícolas através de operações matemáticas. Os sumérios registravam documentos em tábuas, como faturas, recibos, notas promissórias, operações de crédito, juros simples e compostos, hipotecas, escrituras de vendas e endossos. Essas tábuas retratavam documentos de empresas comerciais e algumas eram utilizadas como ferramentas auxiliares nos assuntos relacionados ao sistema de peso e medida. Havia tábuas para a multiplicação, inversos multiplicativos, quadrados, cubose exponenciais. As exponenciais com certeza estavam diretamente ligadas aos cálculos relacionados a juros compostos; e as de inverso eram utilizadas na redução da divisão para a multiplicação. 6 Tábua que relatava o sistema de escrita dos sumérios Nessa época os juros eram pagos pelo uso de sementes e de outros bens emprestados, os agricultores realizavam transações comerciais com as quais adquiriam sementes para as suas plantações. Após a colheita, os agricultores realizavam o pagamento através de sementes com a seguida quantidade proveniente dos juros do empréstimo. A forma de pagamento dos juros foi modificada para suprir as exigências atuais. No caso dos agricultores, era lógico que o pagamento seria feito na colheita seguinte. A relação tempo/ juros foi se ajustando de acordo com a necessidade de cada época. Atualmente, nas transações de empréstimos, o tempo é preestabelecido pelas partes negociantes. Por Marcos Noé, BRASIL ESCOLA, http://www.brasilescola.com/matematica/matematica- financeira.htm Vamos aprender um pouco sobre este ramo da matemática? Bom curso a todos e vamos nessa! http://www.brasilescola.com/matematica/matematica-financeira.htm http://www.brasilescola.com/matematica/matematica-financeira.htm 7 1 - Números proporcionais Os números proporcionais são divididos em diretamente e inversamente proporcionais, e são utilizados em situações envolvendo regra de sociedade, abordando as divisões de lucros, prejuízos, sociedade em investimentos entre outras situações de repartição de capitais. 1.1 Números diretamente proporcionais Dados os números a, b, c e d, e, f, dizemos que eles são diretamente proporcionais quando a igualdade entre as respectivas razões possuem o mesmo valor. Dessa forma, concluímos que: . O resultado das divisões é denominado coeficiente de proporcionalidade. E no caso das proporções, também é válida a seguinte propriedade: . Exemplo-1 Vamos verificar se os números 2, 5, 8 e 10 são diretamente proporcionais aos números 6, 15, 24 e 30 respectivamente. Para isso, vamos aplicar a regra da igualdade entre as razões. Após simplificar as frações à forma irredutível, verificamos que a igualdade entre as razões foi comprovada. Dessa forma, dizemos que os números nessa ordem são proporcionais e o coeficiente de proporcionalidade é igual a, 1/3. Exemplo-2 Vamos determinar os valores de x e y, considerando que os números 6, 8, 16 são diretamente proporcionais aos números 30, x, y. Os valores de x e y são, respectivamente, 40 e 80. 1.2 Números inversamente proporcionais Dados os números a, b, c e d, e, f, dizemos que eles são inversamente proporcionais quando um número está para o inverso do outro, prevalecendo a igualdade entre as respectivas razões. Dessa forma, concluímos que: Exemplo-3 Verifique se os números 2, 4, 6 são inversamente proporcionais aos números 90, 45, 30, respectivamente. 8 Para desenvolver as frações acima, devemos conservar o numerador e multiplicar pelo inverso do denominador. Verificada a igualdade, dizemos que os números são inversamente proporcionais. Exemplo-4 Vamos verificar se os números 2, 4, 8 são inversamente proporcionais aos números 20, 10, 5. Para que eles sejam inversamente proporcionais, devemos aplicar a regra do exemplo 3. Os números são inversamente proporcionais, pois possuem o mesmo coeficiente de proporcionalidade. Exercícios 1) Um prêmio de R$ 600.000,00 vai ser dividido entre os acertadores de um bingo. Observe a tabela e responda: Número de acertadores Prêmio 3 R$ 200.000,00 4 R$ 150.000,00 a) Qual a razão entre o número de acertadores do prêmio de R$200.000,00 para o prêmio de R$150.000,00? b) Qual a razão entre os prêmios da tabela acima, considerando 3 acertadores e 4 acertadores? c) O número de acertadores e os prêmios são grandezas diretamente ou inversamente proporcionais? 2) Diga se é diretamente ou inversamente proporcional: a) Número de pessoas em um churrasco e a quantidade (gramas) que cada pessoa poderá consumir. b) A área de um retângulo e o seu comprimento, sendo a largura constante. c) Número de erros em uma prova e a nota obtida. d) Número de operários e o tempo necessário para eles construírem uma casa. e) Quantidade de alimento e o número de dias que poderá sobreviver um náufrago. 3) Os números x, y e 32 são diretamente proporcionais aos números 40, 72, 128. Determine os números x e y. 4) Sabendo que a, b, c e 120 são diretamente proporcionais aos números 180, 120, 200 e 480, determine os números a, b e c. Cálculos .... 9 ESPAÇO PARA CALCULO 10 UNIDADE II 11 2 - Operações sobre mercadorias 2.1 – PREÇOS DE CUSTO E VENDA; Veremos neste capítulo problemas de percentagem relacionados às OPERAÇÕES DE COMPRA E VENDA DE MERCADORIAS, fazendo cálculos de LUCRO ou PREJUÍZO sobre os preços de custo e de venda de mercadorias. A venda de mercadorias pode oferecer um lucro, e este lucro pode ser sobre o preço de custo ou sobre o preço de venda. O preço de custo de uma mercadoria compreende o preço de aquisição, acrescido das despesas diretas sobre a compra e sobre a venda e, ainda, das despesas de administração e funcionamento da empresa. 2.2 - OPERAÇÕES COMERCIAIS – LUCROS E PREJUÍZOS * Noção de compra e venda de mercadoria Todo comerciante compra uma certa mercadoria por um determinado preço, que é chamado de preço de custo, e em seguida, efetua a revenda do mesmo com lucro ou prejuízo, dependendo do preço que a mercadoria foi passada ao mercado consumidor. Em tutoriais anteriores, estudamos sobre porcentagem e juros, e agora iremos aplicar alguns conhecimentos para tratar deste assunto. Em problemas envolvendo porcentagem sobre compra e venda de mercadorias, temos os seguintes casos distintos: » porcentagem (%) sobre venda » porcentagem (%) sobre custo E porque ter noção desta distinção?? Ela se torna muito importante na resolução de problemas envolvendo dinheiro. * Porcentagem sobre o preço de custo Quando o cálculo sobre o preço de lucro (ou prejuízo) é calculado, em bases percentuais, em cima do preço de custo do produto adquirido, temos o que é chamado de porcentagem sobre o custo. Este é o processo normal, e que é usado e adotado no mercado comercial. Desta forma, se um comerciante ou pessoa física, compra um determinado produto por um valor de R$ 200,00 (preço de custo) e este for ser revendido com um lucro de 30%, isto quer dizer que nesta operação o lucro em espécie da operação é de R$ 30,00 (lucro) para cada valor de R$ 100,00 do preço do custo. Acompanhe o raciocínio: 12 Através de um cálculo da regra de três (já estudado anteriormente), temos: R$ 200,00 --------------- 100% X --------------- 30% X = 200 . 30 100 X = 6000 100 X = R$ 60,00 (valor do lucro total na operação Em toda operação, envolvendo problemas relacionados com porcentagem sobre o custo do produto, as partes obrigatórios de cálculos na operação são: » Venda » Custo » Lucro (ou prejuízo, conforme operação) Para que haja uma memorização melhor sobre estes elementos fundamentais de cálculo sobre porcentagem de custo, observe: C = CUSTO V = VENDA L = LUCRO P = PREJUÍZO Exercícios para fixar conteúdo sobre CUSTO, VENDA, LUCRO E PREJUÍZO Para uma melhor compreensão do tema acima, veremos como resolver os problemas abaixo. Para poder resolver os problemas citados com facilidade,basta saber as seguintes questões: - o preço de custo (ou preço de compra) é sempre igual a 100% (cem por cento) - a venda do produto (com prejuízo na operação) é sempre igual ao preço de custo menos o prejuízo, da seguinte forma: C – P = V ou V = C – P 100% - 30% = 70% 70% = 100% - 30% - a venda do produto (com lucro na operação) é sempre igual à soma do custo mais o lucro, da seguinte forma: C + L = V ou V = C + L 100% + 30% = 130% 130% = 100% + 30% a) Qual o preço que é possível vender um produto que teve seu custo de R$ 700,00, para se ter um lucro final de 15%? 13 Solução: C * L = V » 100% + 15% = 115% R$ 700,00 ---------- 100% (custo da operação) X ---------- 115% (venda da operação) X = 115 . 700 100 X = 10.500/100 = R$ 805,00 O valor do produto será de R$ 805,00 b) Qual o preço que é possível vender um produto que teve seu custo de R$ 300,00, para se ter um lucro final de 50%? Solução: C * L = V » 100% + 50% = 150% R$ 300,00 ---------- 100% (custo da operação) X ---------- 150% (venda da operação) X = 150 . 300 100 X = 45000/100 = R$ 450,00 O valor do produto será de R$ 450,00 c) Uma pessoa vendeu um automóvel pelo valor de R$ 25.000,00, ganhando o valor de 20% (vinte por cento) sobre o custo. Qual foi o lucro desta pessoa nesta operação? Solução: C + L = V » 100% + 20% = 120% 25.000 ---------- 120% (venda da operação) X ---------- 20% (lucro da operação) X = 25.000 . 20 120 X = 500.000 / 120 = R$ 4.166,67 (valor arredondado) O lucro da operação foi de R$ 4.166,67 d) Uma geladeira foi vendida com um lucro final de 35%. Calcule o valor da venda, sabendo que o lucro na operação foi de R$ 250,00. Solução: C + L = V -à 100% + 35% = 135% 14 250 ---------- 35% (lucro da operação) X ---------- 135% (venda da operação) X = 135 . 250 35 X = 33.750 / 35 = R$ 964,29 (valor arredondado) O valor da venda foi de R$ 964,29 Exercícios: 1- Um objeto foi vendido com um prejuízo de 40% sobre o preço de custo. Sabendo que esse objeto custou R$300,00, qual foi o preço de venda? 2- Um bem de consumo que custa R$6000,00 foi vendido com um prejuízo de 25% sobre o preço de venda. Calcule o preço de venda. 3- Vendendo por R$ 600,00 um objeto que custou R$ 480,00, qual será a percentagem de lucro? 4- De quanto por cento foi meu prejuízo sobre a venda de um objeto que me custou R$ 280,00 e foi vendido por $ 250,00? ESPAÇO PARA CALCULO 15 16 UNIDADE III 17 3 - TAXA DE JUROS: 3.1) Homogeneidade entre o tempo e taxa; O que é homogeneidade? Significa que num determinado meio, as suas propriedades mantêm-se em toda a sua extensão. Na matemática financeira a homogeneidade apresenta-se como um fator que está estabelecido entre o tempo e a taxa de juros; TAXAS Suponhamos que num torneio de futebol, o artilheiro do time A tenha marcado 18 gols, e o artilheiro do time B marcado 24 gols. A razão entre o número de gols o jogador do time A e o número de gols do time B é: 18 = 3 = 0,75 = 7524 4 100 Quando uma razão é apresentada com o consequente 100, neste caso 75 , ela é chamada razão centesimal. 100 Podemos ainda, substituir 1 pelo símbolo %, que lemos: por cento. 100 Então: 75 100 = 75% Esse número 75% é denominado taxa percentual. Daí pode definir que: TAXA: é o valor que representa a quantidade de unidades tomadas em cada 100. PECENTAGEM: é o valor que representa a quantidade tomada de outra, proporcionalmente a uma taxa. PRINCIPAL: é o valor da grandeza da qual se calcula a percentagem. OBS: Para efeito de cálculo de Percentagem, designaremos por: P o principal p a percentagem r a taxa De forma geral temos: 𝒑 𝑷 = 𝒓 𝟏𝟎𝟎 Exemplo 1: Um vendedor tem 3% de comissão nos negócios que faz. Qual sua comissão numa venda de $360,00? Temos que: P = 360 r = 3 Então, temos: 𝒑 𝟑𝟔𝟎 = 𝟑 𝟏𝟎𝟎 =10,8 Logo, a comissão é de $10,80 Exemplo 2: Em uma faculdade 26% dos alunos são mulheres. Quantos alunos possui a faculdade, se elas são em número de 182? Temos que: p = 182 r = 26 18 Então, temos: 𝟏𝟖𝟐 𝑷 = 𝟐𝟔 𝟏𝟎𝟎 =→ 𝑷 = 𝟕𝟎𝟎 Taxa Unitária De um modo mais prático, recomenda-se o uso da taxa unitária e representamos pela letra i, ONDE 15/100 = i /1 ONDE A RELAÇÃO QUE APRESENTAMOS ANTES: p/P = r/100 PODE SER ESCRITA: p/P = i EXERCICIOS: 1- Um bem de consumo foi adquirido por R$5.000,00 e vendido com um lucro de R$400,00. Qual a percentagem de lucro? 2- Em uma liquidação, uma camisa que custava R$30,00 foi vendida com 15% de abatimento. De quanto foi o abatimento e qual o valor que o consumidor pagou? 3- As agências de viagens informaram que os pacotes para final de ano cresceram em vendas 70% em relação ao ano, anterior (1999). Sabendo que em 2000 foram vendidos 115.000 pacotes de viagens, quantos foram vendidos em 1999? 3.2 Juro exato e juro comercial. É conveniente, em algumas situações, fazer uma distinção entre o ano civil (365 dias) e o ano comercial (360 dias). Essas situações ocorrem quando existe a necessidade de se trabalhar com taxas de juros expressas em dias. Algumas aplicações executam seus cálculos com base em taxas de juros diárias, mas expressam essas taxas de juros em termos mensais ou anuais; portanto, torna-se necessária a utilização de taxas proporcionais diárias e para o seu cálculo é obrigatória a definição de uma base de cálculo: a) ano civil de 365 dias ou b) ano comercial de 360 dias. A base de cálculo escolhida (360 ou 365 dias) leva às definições de juros exatos (base 365 dias) e juros comerciais (base 360 dias). 3.3 Juro exato Nos cálculos de juro exato toma-se o ano civil de 365 dias como referência para se calcular taxas de juros proporcionais. 3.4 Taxas de juros diários exatos A taxa de juros diários exatos (ide), proporcional a uma dada taxa de juros anual ia é calculada por proporcionalidade tomando-se como base o ano civil de 365 dias. Assim, tem-se: 365 i = i a de (2.1) 3.5 Juro exato obtido 19 É o juro obtido quando o período está expresso em dias e se utiliza para os cálculos a taxa de juros diária exata e o prazo em dias, de acordo com a expressão abaixo: Je = C*ide*n n expresso em dias ide taxa de juros diária exata Esta expressão combinada com a expressão (2.1) dá o juro comercial obtido para um período “n” expresso em dias e para taxa de juros expressa em ano: 365 n*i*C = Je a (2.2) Exemplo 2.1: um investidor aplica um capital de $ 10.000,00 por 65 dias em um banco que oferece uma remuneração de 24% aa, em regime de juros simples. Qual o montante desse investimento? Sumário de dados: i = 24% aa, n = 65 dias, C= 10.000,00, M = ? Solução: deve-se calcular a taxa de juros diária proporcional (ou equivalente) e calcular o montante com base nessa taxa. a) Fórmula a ser aplicada: M = C*(1 + i*n) com n e “i” expressos em dias. b) Cálculo de ide tomando o ano civil como base: ide= 24/365 = 0,065753 % ad c) Transformando a taxa de juros para sua forma unitária: ide = 0,065753/100 =0,00065753 ad d) Aplicando a fórmula: M = 10.000 * (1 + 0,00065753865) = 10.427,39 3.6 Juro comercial Nos cálculos de juro comercialtoma-se o ano comercial de 360 dias como referência para se calcular taxas de juros proporcionais. 3.7 Taxa de juros diária comercial A taxa de juros diária comercial (idc) proporcional a uma dada taxa de juros anual ia é calculada por proporcionalidade tomando-se como base o ano comercial de 360 dias. Assim, tem-se: 30 i i ou 180 i i ou 360 i = i mdc s dcdc a (2.3) 3.8. Juro comercial É o juro obtido quando o período está expresso em dias e se utiliza para os cálculos a taxa de juros diária comercial e o prazo em dias, de acordo com a expressão abaixo: Jc = C*idc*n 20 n expresso em dias idc taxa de juros diária comercial Esta expressão combinada com a expressão (2.3) dá o juro comercial obtido para um período “n” expresso em dias e para taxa de juros expressa em ano: 360 n*i*C = Je a (2.4) Exemplo 2.1: um investidor aplica um capital de $ 10.000,00 por 65 dias em um banco que oferece uma remuneração de 24% aa, em regime de juros simples. Qual o montante desse investimento: a) com o critério exato e b) com o critério comercial? Sumário de dados: i = 24% aa, n = 65 dias, C= 10.000,00, M = ? Solução: deve-se calcular a taxa de juros diária proporcional (ou equivalente) e calcular o montante com base nessa taxa. Fórmula a ser aplicada: M = C*(1 + i*n) com n e “i” expressos em dias. a) Cálculo de ide tomando o ano civil como base: ide= 24/365 = 0,065753 % ad transformando a taxa de juros para sua forma unitária: ide = 0,065753/100 =0,00065753 ad aplicando a fórmula: M = 10.000 * (1 + 0,00065753865) = 10.427,39 b) Cálculo de id tomando o ano comercial como base: id= 24/360 = 0,066667 % ad transformando a taxa de juros para sua forma unitária: id = 0,066667/100 =0,000666 ad aplicando a fórmula: M = 10.000 * (1 + 0,000666*65) = 10.432,90 O livro texto se aterá exclusivamente aos juros comerciais adotando o ano de 360 dias e o mês de 30 dias. ESPAÇO PARA CALCULO 21 22 UNIDADE IV 23 4-INFLAÇÃO Saiba o que é Inflação, definição, causas, índices de inflação Inflação: aumento no preço dos produtos 4.1 Definição Inflação é um conceito econômico que representa o aumento de preços dos produtos num determinado país ou região, durante um período. Num processo inflacionário o poder de compra da moeda cai. Exemplo: num país com inflação de 10% ao mês, um trabalhador compra cinco quilos de arroz num mês e paga R$ 10,00. No mês seguinte, para comprar a mesma quantidade de arroz, ele necessitará de R$ 11,00. Como o salário deste trabalhador não é reajustado mensalmente, o poder de compra vai diminuindo. Após um ano, o salário deste trabalhador perdeu 120% do valor de compra. A inflação é muito ruim para a economia de um país. Quem geralmente perde mais são os trabalhadores mais pobres que não conseguem investir o dinheiro em aplicações que lhe garantam a correção inflacionária. Podemos citar as seguintes causas da inflação: - Emissão exagerada e descontrolada de dinheiro por parte do governo; - Demanda por produtos (aumento no consumo) maior do que a capacidade de produção do país; - Aumento nos custos de produção (máquinas, matéria-prima, mão-de-obra) dos produtos. No Brasil, existem vários índices que medem a inflação. Os principais são: IGP ou Índice Geral de Preços (calculado pela Fundação Getúlio Vargas), IPC ou Índice de Preços Ao Consumidor (medido pela FIPE - Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), INPC ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor (medido pelo IBGE) e IPCA ou Índice de Preços ao Consumidor Amplo (também calculado pelo IBGE). Você sabia? 24 No ano de 2011, a inflação brasileira foi de 6,5% (IPCA - Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). A inflação é o aumento persistente e generalizado no valor dos preços. Quando a inflação chega a zero dizemos que houve uma estabilidade nos preços. A inflação pode ser dividida em: 4.2 Inflação de Demanda É quando há excesso de demanda agregada em relação à produção disponível. As chances de a inflação da demanda acontecer aumentam quando a economia produz próximo do emprego de recursos. Para a inflação de demanda ser combatida, é necessário que a política econômica se baseie em instrumentos que provoquem a redução da procura agregada. 4.3 Inflação de Custos É associada à inflação de oferta. O nível da demanda permanece e os custos aumentam. Com o aumento dos custos ocorre uma retração da produção fazendo com que os preços de mercado também sofram aumento. As causas mais comuns da inflação de custos são: os aumentos salariais fazem com que o custo unitário de um bem ou serviço aumente; o aumento do custo de matéria-prima que provoca um super aumento nos custos da produção, fazendo com que o custo final do bem ou serviço aumente; e, por fim, a estrutura de mercado que algumas empresas aumentam seus lucros acima da elevação dos custos de produção. 4.4 Índices de Inflação A inflação possui vários índices entre eles o IGP (Índice Geral de Preços), IPA (Índice de Preços no Atacado), INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), INCC (Índice Nacional do Custo da Construção), CUB (Custo Unitário Básico). ESPAÇO PARA CALCULO 25 26 UNIDADE V 27 5 - CAPITALIZAÇÃO SIMPLES 5.1 – JUROS E MONTANTE SIMPLES: Antes de começarmos o estudo de Juro Simples, precisamos conhecer alguns conceitos importantes: a) Capital ou Principal ou Valor Presente, representaremos pela letra C. Corresponde a um valor que será submetido a uma correção dentro de um certo período. b) Taxa, será representado pela letra i. A taxa de juro é expresso em porcentagem numa determinada unidade de tempo, que servirá como um fator de correção. c) Montante ou Valor Futuro, representado pela letra M. Corresponde ao valor do Capital adicionado ao Juro calculado no período em questão. d) Juro é a remuneração, a qualquer título, atribuída ao capital. O Juro Simples é um Regime de Capitalização, onde apenas o capital inicial rende juro, isto é, o juro formado no fim de cada período a que se refere a taxa não é incorporado ao capital para, também, render juro no período seguinte; dizemos, neste caso, que os juros não são capitalizados. Ou seja, Juro Simples é aquele calculado unicamente sobre o capital inicial. Por definição, o Juro Simples é diretamente proporcional ao capital inicial e ao tempo de aplicação, sendo a taxa de juro por período o fator de proporcionalidade. Podemos definir juros como o rendimento de uma aplicação financeira, valor referente ao atraso no pagamento de uma prestação ou a quantia paga pelo empréstimo de um capital. Atualmente, o sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, por ser mais lucrativo. Os juros simples eram utilizados nas situações de curto prazo, hoje não utilizamos a capitalização baseada no regime simples. Mas vamos entender como funcionava a capitalização no sistema de juros simples. No sistema de capitalização simples, os juros são calculados baseados no valor da dívida ou da aplicação. Dessa forma, o valor dos juros é igual no período de aplicação ou composição da dívida. A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações envolvendo juros simples é a seguinte: J = C.i.n ; obs: i e n (período) , devem estar na mesma unidade de tempo. NOTA: nos estudos de funções, essa relação representa uma Função de 1º grau, chamada Linear, que é uma reta passando pela Origem J(n) = Cin Exemplo 1: Coloquei uma importância de R$ 12.000,00, aplicada pelo prazo de 2 anos, à umataxa de 30% ao ano. Qual será o valor do juro a ser pago e o valor total do resgate, respectivamente? Como J = C.i.n J = 12000 . 0,3 . 2 J = 7.200 O valor resgatado é o Montante: M = C + J M = 12000 + 7200 M = 19200 Logo, temos: R$ 7.200,00 e R$ 19.200,00 Exemplo 2: Foi aplicada uma importância de R$ 30.000,00, pelo prazo de 2 anos, à taxa de 28 1,2% ao mês. Qual o valor do juro a receber? Temos agora, o período e a taxa em unidade de tempo diferente, então devemos fazer: n = 2 anos = 2 x 12 meses = 24 meses Agora sim, J = C.i.n J = 30000 . 0,012 . 24 J = 8.640,00 Resposta: R$ 8.640,00 OUTROS EXEMPLOS: Exemplo 1 Qual o valor do montante produzido por um capital de R$ 1.200,00, aplicado no regime de juros simples a uma taxa mensal de 2%, durante 10 meses? Capital: 1200 i = 2% = 2/100 = 0,02 ao mês (a.m.) t = 10 meses J = C * i * t J = 1200 * 0,02 * 10 J = 240 M = C + j M = 1200 + 240 M = 1440 O montante produzido será de R$ 1.440,00. Exemplo 2 Vamos construir uma planilha especificando passo a passo a aplicação de um capital durante o período estabelecido inicialmente. Um capital de R$ 5.000,00 foi aplicado a uma taxa de juros mensais de 3% ao mês durante 12 meses. Determine o valor dos juros produzidos e do montante final da aplicação. O montante final foi equivalente a R$ 6.800,00, e os juros produzidos foram iguais a 29 R$ 1.800,00. Exemplo 3 Determine o valor do capital que aplicado durante 14 meses, a uma taxa de 6%, rendeu juros de R$ 2.688,00. J = C * i * t 2688 = C * 0,06 * 14 2688 = C * 0,84 C = 2688 / 0,84 C = 3200 O valor do capital é de R$ 3.200,00. Exemplo 4 Qual o capital que, aplicado a juros simples de 1,5% ao mês, rende R$ 3.000,00 de juros em 45 dias? J = 3000 i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015 t = 45 dias = 45/30 = 1,5 J = C * i * t 3000 = C * 0,015 * 1,5 3000 = C * 0,0225 C = 3000 / 0,0225 C = 133.333,33 O capital é de R$ 133.333,33. Exemplo 5 Qual foi o capital que, aplicado à taxa de juros simples de 2% ao mês, rendeu R$ 90,00 em um trimestre? J = C * i * t 90 = C * 0,02 * 3 90 = C * 0,06 C = 90 / 0,06 C = 1500 O capital corresponde a R$ 1.500,00. Exemplo 6 Qual o tempo de aplicação para que um capital dobre, considerando uma taxa mensal de juros de 2% ao mês, no regime de capitalização simples? M = C * [1 + (i *t)] 30 2C = C * [1 + (0,02 * t)] 2C = C * 1 + 0,02t 2C/C = 1 + 0,02t 2 = 1 + 0,02t 2 – 1 = 0,02t 1 = 0,02t t = 1 / 0,02 t = 50 O tempo para que o capital aplicado a uma taxa mensal de 2% dobre é de 50 meses. EXERCICIOS 1) Qual o valor do juro correspondente a um empréstimo de R$ 320.000,00 pelo prazo de 18 meses, sabendo que a taxa cobrada é de 3% ao mês? 2) Calcule o juro simples do capital de R$ 360.000,00 colocando à taxa de 30% ao ano, de 2 de janeiro de 1990 a 28 de maio do mesmo ano. 3) Qual a taxa de juro cobrada em um empréstimo de R$ 150.000,00 a ser resgatado por R$ 270.000,00 no final de 2 anos? 4) A que taxa o capital de R$ 2.400.000,00 rende R$ 108.000,00 em 6 meses? 5) Um capital de R$ 300.000,00 aplicando durante 10 meses, rende juro de R$ 60.000,00. Determine a taxa correspondente. 6) Um capital emprestado a 24% ao ano rende, em 1 ano,2 meses e 15 dias, o juro de R$ 78.300,00. Qual foi esse capital. 7) Em quanto tempo um capital triplica de valor à taxa de 20% ao ano? 8) Empregam-se 2/3 de um capital a 24% ao ano e o restante a 32% ao ano, obtendo-se,assim, um ganho anual de R$ 86.400,00. Qual é o valor desse capital? 5.2 - DESCONTO SIMPLES Quando se deve uma quantia em dinheiro numa data futura, é comum que entregue ao credor um título de crédito, que é o comprovante dessa dívida. Esse título tem uma data de vencimento, porém o devedor pode resgatá-lo antecipadamente, com isso terá direito a um abatimento denominado DESCONTO. No sistema financeiro, as operações de empréstimo são muito utilizadas pelas pessoas, tais movimentações geram ao credor um título de crédito, que é a justificativa da dívida. Esses títulos possuem datas de vencimento pré-determinadas, mas o devedor tem o direito de antecipar o pagamento; caso isto aconteça, um abatimento chamado de desconto é efetuado. Existem vários produtos utilizados nas operações financeiras, como principais temos: Duplicata: papel emitido por pessoas jurídicas contra clientes físicos ou jurídicos, especificando vendas de mercadorias com prazo ou prestação de serviços a serem 31 pagos mediante contrato firmado entre as partes. Nota promissória: título que comprova uma aplicação com vencimento determinado. Este produto é muito utilizado entre pessoas físicas e ou pessoas físicas e instituições financeiras credenciadas. Letra de câmbio: como a promissória, é um título que comprova uma aplicação com estabelecimento prévio do vencimento. No caso da letra, o título ao portador somente é emitido por uma instituição financeira credenciada. Ao descontar um dos títulos citados ou qualquer outro produto do mercado financeiro, são levadas em conta algumas condições: Dia do vencimento: o dia estabelecido para vencimento do título. Tempo ou prazo: diferença entre o dia do vencimento e o dia da negociação. Essa diferença costuma ser definida em dias. Valor nominal: valor mostrado no título e que deve ser pago no dia do vencimento. Valor atual: valor a ser pago ou recebido em data anterior ao vencimento. Comumente efetuado com desconto. O desconto simples comercial pode ser calculado aplicando a seguinte expressão matemática: d = N * i * n Na expressão para cálculo do desconto simples temos: d = valor do desconto N = valor nominal do título i = taxa de desconto n = tempo (antecipação do desconto) Com base na expressão para o cálculo do desconto, podemos estabelecer outra expressão matemática capaz de determinar o valor atual comercial, que é dado por: A = N – d, lembrando que d = N * i * n. A = N – N * i * n A = N*(1 – i * n) É importante ressaltar que as operações de desconto comercial devem ser efetuadas em períodos de curto prazo, já que em períodos longos o valor do desconto pode ser maior que o valor nominal do título. Exemplo 1 Um título de R$ 10 000,00 é descontado à taxa de 1,5% ao mês, faltando 25 dias para o vencimento. Determine: a) o valor do desconto simples comercial. b) o valor atual comercial do título. Temos: 32 N = 10 000 n = 25 i = 1,5% = 1,5/100 = 0,015 ao mês = 0,0005 ao dia a) d = N * i * n d = 10 000 * 0,0005 * 25 d = 125 Desconto comercial de R$ 125,00. b) A = 10 000 – 125 A = 9875 Valor atual, o desconto simples comercial será de R$ 9 875, 00. Exemplo 2 Um título no valor de R$ 4 800,00 foi resgatado anterior ao seu vencimento por R$ 4 476,00 e a taxa de desconto comercial utilizada foi de 32,4% ao ano. Determine o tempo de antecipação do resgate. N = 4 800 A = 4 476 i = 32,4% a.a. = 32,4/100 = 0,324 a.a. = 0,324/12 = 0,027 a.m. A = N*(1 – i *n) 4476 = 4800*(1 – 0,027 * n) 4476/4800 = 1 – 0,027n 0,9325 = 1 – 0,027n 0,9325 – 1 = – 0,027n – 0,0675 = – 0,027n (multiplicar por –1) 0,0675 = 0,027n 0,0675/0,027 = n n = 2,5 O tempo de resgate do título foi o correspondente a 2,5 meses ou 2 meses e 15 dias. ESPAÇO PARA CALCULO 33 34 6 - CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA 6.1- JUROS E MONTANTES COMPOSTOS O atual sistema financeiro utiliza o regime de juros compostos, pois ele oferece uma maior rentabilidade se comparado ao regime de juros simples, onde o valor dos rendimentos se torna fixo, e no caso do composto o juro incide mês a mês de acordo com o somatório acumulativodo capital com o rendimento mensal, isto é, prática do juro sobre juro. As modalidades de investimentos e financiamentos são calculadas de acordo com esse modelo de investimento, pois ele oferece um maior rendimento, originando mais lucro. Considere que uma pessoa aplique R$ 500,00 durante 8 meses em um banco que paga 1% de juro ao mês. Qual será o valor ao final da aplicação? A tabela demonstrará mês a mês a movimentação financeira na aplicação do regime de juros compostos. No final do 8º mês o montante será de R$ 541,43. Uma expressão matemática utilizada no cálculo dos juros compostos é a seguinte: M = C * (1 + i)t, onde: M: montante C: capital i: taxa de juros t: tempo de aplicação Obs.: Os cálculos envolvendo juros compostos exigem conhecimentos de manuseio de uma calculadora científica. Exemplo 2 Qual o montante produzido por um capital de R$ 7.000,00 aplicados a uma taxa de juros mensais de 1,5% durante um ano? C: R$ 7.000,00 i: 1,5% ao mês = 1,5/100 = 0,015 t: 1 ano = 12 meses M = C * (1 + i)t M = 7000 * (1 + 0,015)12 35 M = 7000 * (1,015)12 M = 7000 * 1,195618 M = 8369,33 O montante será de R$ 8.369,33. Com a utilização dessa fórmula podemos também calcular o capital de acordo com o montante. Exemplo 3 Calcule o valor do capital que, aplicado a uma taxa de 2% ao mês, rendeu em 10 meses a quantia de R$ 15.237,43? M: R$ 15.237,43 t: 10 i: 2% a.m. = 2/100 = 0,02 M = C * (1 + i)t 15237,43 = C * (1 + 0,02)10 15237,43 = C * (1,02)10 15237,43 = C * 1,218994 C = 15237,43 / 1,218994 C = 12500,00 O capital é de R$ 12.500,00. Calculando a taxa de juros da aplicação. Exemplo 4 Qual a taxa de juros empregada sobre o capital de R$ 8.000,00 durante 12 meses que gerou o montante de R$ 10.145,93? C: R$ 8.000,00 M: R$ 10.145,93 t: 12 i: ? A taxa de juros da aplicação foi de 2%. Calculando o tempo da aplicação. (Uso de técnicas de logaritmo) 36 Exemplo 5 Por quanto tempo devo aplicar um capital de R$ 800,00 a uma taxa de juros de 3% ao mês, para que produza um montante de R$ 1.444,89? C: R$ 800,00 M: R$ 1.444,89 i: 3% a.m.= 3/100 = 0,03 t: ? 1.444,89 = 800 * (1 + 0,03)t 1.444,89 = 800 * 1,03t 1.444,89/800 = 1,03t 1,03t = 1,806 (aplicar propriedade dos logaritmos) log1,03t = log1,806 t * log1,03 = log1,806 t * 0,013 = 0,257 t = 0,257/0,013 t = 20 O capital deverá ficar aplicado por 20 meses. OUTROS EXEMPLOS: Exemplo1: Calcule o montante produzido por $3000,00, aplicado em regime de juro composto a 4% ao mês, durante 2 meses. Temos que: M = C(1 + i)n C = 3000; n = 2 me ; i = 4% a.m. = 0,04 a.m. Então: M = 3000(1 + 0,04)2 M = 3000(1,04)2 M = 3000 x 1,0816 M = 3244,80 Logo, o valor do montante é igual a: $3244,80 Exemplo2: Calcule o capital inicial que, no prazo de 2 meses, a 5% ao mês, produziu um montante de $2205,00 no regime de juro composto. Temos que : M = 2205 ; n = 2 me ; i = 5% a.m. = 0,05 a.m. Então: 2205 = C(1 + 0,05)2 2205 = C(1,05)2 C = 1,1025 2205 C = 2000 Logo, o valor do capital inicial é igual a: $2.000,00. EXERCICIOS 1) O montante de um capital igual a R$ 47.000,00, no fim de 1 ano, com juros de 48% a.a., capitalizados semestralmente, é, em R$ e desprezando os centavos: a) 75.248,00 b)82.010,00 c) 99.459,00 d) 81.576,00 e) 72.267,00 2) O juro pago, no caso do empréstimo de R$ 26.000,00, à taxa de 21% ao semestre, capitalizados bimestralmente, pelo prazo de 10 meses, é, em R$: a) 10.466,35 b) 36.466,35 c 9.459,45 d) 12.459,68 e) 10.000,69 3) O montante composto de R$ 86.000,00, colocados a 4,5% a.m., capitalizados mensalmente, em 7 meses, é, em R$ e desprezando os centavos: a) 113.090,00 b) 115.368,00 c) 117.090,00 d) 129.459,00 e) 114.687,00 4) Qual é o capital que, aplicado a 2,5% a.m., capitalizados trimestralmente, durante 15 meses, produz o montante de R$ 50.000,00? (despreze os centavos) 37 a) R$ 36.363,00 b) R$ 33.586,00 c) R$ 30.854,00 d) R$ 34.820,00 e) R$ 30.584,00 5) Uma pessoa aplica R$ 680,00 à taxa de juros vigente no mercado de 27,6% a.a., com capitalização mensal, durante dois anos. Utilizando a tabela fornecida no final deste capítulo e o método de interpolação linear, determine os juros proporcionados pela aplicação ao final do prazo dado (despreze os centavos). a) R$ 670,00 b) R$ 500,00 c) R$ 890,00 d) R$ 420,00 e) R$ 200,00 6) A taxa anual de juros equivalente a 3,5% a.m., capitalizados mensalmente, é, aproximadamente, igual a: a) 42% b) 35% c) 0,50% d) 51% e) 10% 7) A taxa trimestral, equivalente a 21,55% a.a. capitalizados anualmente, é, aproximadamente: a) 5% b) 7% c) 8% d) 9% e) 10% 8) A taxa nominal anual aproximada, equivalente a uma taxa efetiva de 60,1% a.a., é: a) 60% b) 48% c) 4% d) 56% e) 39% 9) A taxa de juros mensal, capitalizada mensalmente, aproximada, que fará um capital dobrar em 1 ano é, aproximadamente, igual a: a) 8% b) 7% c) 5% d) 9% e) 6% 10) As taxas efetivas anuais, aproximadas, cobradas nas seguintes hipóteses: 1) taxa nominal 18% a.a., capitalização mensal; 2) taxa nominal 20% a.a., capitalização trimestral; são iguais a, respectivamente: a) 19,6% e 21,9% b) 18,0% e 21,6% c) 19,6% e 21,6% d) 21,9% e 19,6% e) 21,6% e 23,8% OUTROS EXERCICIOS 1- Calcule o montante de uma aplicação de $8.200,00, por um prazo de 8 meses, no regime de juro composto, à taxa de 1,5% ao mês. 2- Calcule o montante do capital de $65.000,00, colocado a juros compostos à taxa de243 % ao mês, no fim de 6 meses. 38 3- Qual o montante produzido por $16.000,00, em regime de juro composto, à taxa de3% ao mês durante 40 meses? 4- Sabendo que um capital inicial, em regime de juro composto, à taxa de 2,5% ao mês, durante 4 meses, rendeu um montante de $79.475,00, , calcule esse capital. 5- Se uma pessoa investir, hoje, uma quantia de $16.000,00 para receber $18.127,00daqui a 10 meses. Qual a taxa de rentabilidade mensal do investimento proposto no regime de juro composto? 6- O capital de $8.700,00, colocado a juros compostos, `a taxa de 2,5% ao mês, elevou-se no fim de certo tempo a $11.456,00. Calcule esse tempo. 7- Um capital de $25.000,00, empregado em regime de juro composto, à taxa de 35%ao ano, durante 2 anos e 6 meses. Quanto receberá o investidor? ESPAÇO PARA CALCULO 39 BIBLIOGRAFIA DANTE, Roberto. ed. Moderna, SP, 2008. RIBEIRO, Tadeu, Matemática Financeira – edição individualizada – cursos. SIZO, Ruy. Matemática Financeira: com uso da HP-12C e do MSExcel. Belém – Pará, GTR, 2002. WWW.SOMATEMATICA.COM.BR http://www.brasilescola.com/matematica/matematica-financeira http://www.somatematica.com.br/ http://www.brasilescola.com/matematica/matematica-financeira