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HISTOLOGIA DAS CÉLULAS DE KUPFFER São macrófagos diferenciados, que tem como principal função proteger o ambiente hepático contra processos infecciosos e modulam o processo inflamatório. FÍGADO É o segundo maior órgão do corpo, sendo a maior glândula (1,5kg). É um órgão que relaciona o sistema digestório com o sangue, pois faz o processamento e armazenamento de substancias; LÓBULO HEPÁTICO Hepatócitos: são células epiteliais agrupadas, que faz todo o processo de metabolização; O agrupamento desses hepatócitos da origem ao lóbulo hepático, no qual além dos hepatócitos temos o espaço porta (artéria hepática, ducto biliar, veia porta). Importante dizer que essa veia porta vai fazer anastomose com os sinusoides hepáticos, bifurcando na veia centro lobular. Os lóbulos hepáticos são agrupados em formato de polígono. No ser humano, não temos um limite muito definidos desses lóbulos. O centro do lóbulo tem a veia centro lobular, com as células epiteliais dessa veia. Os hepatócitos parecem “tijolos” um encima do outro, dificultando a delimitação entre eles. Os sinusoides, que são ramificações que chegam a veia centro lobular também não fica muito bem delimitado, devido a distribuição dos hepatócitos. Na outra imagem temos o espaço porta, com o ramo da veia porta, a veia hepática (onde chega os quilomicrons) e o ducto biliar. Os ramos da tríade portal se anastomose em canalículos chamados de sinusóides, separando uma placa de hepatócito da outra, formando uma conexão com a veia centro lobular. Quando fazemos um corte no sinusoide, percebemos que eles tem pequenos espaços, permitindo que substamcias atravessem por eles. Na parte intraluminal, vamos ter algumas células. CÉLULAS DE KUPFER São macrófagos presentes na superfície luminal do endotélio. Tem como principal função: metabolizar hemácias velhas, digerir hemoglobina, secretar proteínas (citocinas – nem sempre aumentam inflamação), destruir bactérias. Compõem 15% da população celular do fígado. Essas células estão nas ramificações dos sinusoides, ou seja, dentro do lúmen, com capacidade de movimentação. As células de kupffer quando são ativadas, ela pode: secretar espécies reativas de oxigênio, aumentando o estresse dentro dos hepatócitos e liberação de mediadores pro inflamatórios, secretar IL6, aumentando a proliferação de hepatócitos, ou seja, é assim que o fígado se regenera e também promove a cicatrização, através da fibroneogenese que é estimulada pelo TGF-beta que estimula as células estreladas promover a cicatrização. Além disso, podemos ter essas se diferenciando em M1 e M2. As células do tipo M1 são aquelas que vão aumentar o processo inflamatório, pela liberação de TNF-alfa, INF-gama. Numa esteatose hepática, por exemplo, vamos ter um estimulo para M1, já que é pró- inflamatório, que futuramente pode estimular as células estreladas a produzir tecido fibroso. Já as células M2 chamadas de “anti-inflamatória” são células moduladoras, que secretam principalmente a IL-10 reduzindo a expressão das M1, reduzir a infiltração de monócitos e neutrófilos na região, reduzindo consequentemente a inflamação. Em todos os casos, as duas células estarão trabalhando juntas, porém em níveis diferentes. Na esteatose, como temos uma inflamação persistente, vamos ter uma estimulação exacerbada da M1.