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Esquema do Capítulo 6 (Maximiano): Processo de Planejamento Definição de Planejamento: • Ferramenta para administrar as relações com o futuro. • Definir objetivos ou resultados a serem alcançados. • Definir meios para possibilitar a realização de resultados desejados. • Interferir na realidade para passar de uma situação conhecida a uma outra desejada, num intervalo de tempo definido. • Tomar no presente decisões que afetem o futuro para reduzir suas incertezas. Planejamento Externo: • Envolve as definições de objetivos. Planejamento Interno: • Envolve a escolha de meios (ou recursos) para realizar objetivos. Duas atitudes em relação ao planejamento: atitude proativa e atitude reativa. 1. Atitude Proativa: • Forças que impulsionam e desejam a mudança. • Espírito renovador. • Capacidade de adaptação a novas situações. • Antecipação de novas situações. 2. Atitude Reativa: • Forças que desejam preservar a estabilidade. • Apego as tradições. • Espírito conservador. • Incapacidade de adaptação a novas situações. 3. Equilíbrio de Forças: • Os dois tipos estão presentes e são necessários. • A proativa é importante para o crescimento e a mudança. • A reativa é importante para manter o equilíbrio e para impedir as mudanças abruptas. Importância do Planejamento: • Necessidade ou vontade de interferir no curso dos acontecimento e criar o futuro. • Necessidade de enfrentar eventos futuros conhecidos ou previsíveis. • Necessidade de coordenar eventos e recursos entre si. 1. Invenção de futuro: • Desenhar e trabalhar para construir uma situação que não resultaria da simples evolução dos acontecimentos presentes. • Minimizar situações desfavoráveis. • Ampliar as condições favoráveis. • Decisão (criar um futuro específico). Ex: comprar outra empresa; entrar num novo mercado; mudar a estrutura organizacional. 2. Eventos futuros conhecidos ou previsíveis: • Planejar visando o futuro. Os eventos dessa categoria podem dever-se a quatro condições. 2.1. Consequências inevitáveis e bem definidas de atos e decisões presentes e passados. • Todas as decisões que estão sendo tomadas no passado ou estão sendo tomadas no presente geram consequências que deverão ser administradas em algum momento à frente. 2.2. Evolução previsível da situação presente. • Envolve eventos que estão ocorrendo agora e que terão consequências que podem ser antecipadas ou, pelo menos, estimadas. • Muitos eventos são previsíveis porque pode-se projetar a evolução da situação atual. 2.3. Regularidade ou sazonalidade dos fatos. • Certos eventos ocorrem dentro de um padrão determinado de regularidade. • Ciclos definidos. 2.4. Probabilidade elevada de repetição de fatos passados. • Se algo aconteceu, pode acontecer de novo. • Lida com a possibilidade de repetição de eventos. • Previsão. 3. Coordenação: • Planejar visando garantir a coordenação de forças internas e externas. • O estabelecimento de uma bem definida cadeia de meios e fins facilita a unidade de propósito e ajuda os gerentes a coordenar sistemas complexos de tarefas, pessoas e recursos. Técnicas para estudar o futuro: • Capacidade de fazer estimativas sobre o futuro incerto. 1. Análise de séries temporais: • Baseia-se na premissa de que o futuro é a continuação do passado. 2. Projeções derivadas: • Estudos que procuram identificar associações entre o comportamento de duas variáveis. 3. Relações causais: • Procura determinar o que provoca acontecimentos ou “leis” de comportamento e regularidade. 4. Pesquisas de opinião e atitudes: • Úteis para compreensão das tendências no presente e também para fazer projeções. 5. Método Delfos: • Pesquisa de opinião com especialistas, sempre alimentados com dados anteriores. Planejar, essencialmente, é definir objetivos e formas de realizá-los. O que são objetivos? • São os resultados finais em direção aos quais a atividade é orientada. • São os fins que uma pessoa ou organização procura realizar, por meio de suas atividades, operações e aplicações de recursos. • Representam a parte mais importante de um plano. 1. Forças que produzem objetivos: • Forças internas: disponibilidade ou escassez de recursos; motivação dos administradores; problemas e oportunidades em geral. • Forças externas: concorrência; fornecedores; clientes; problemas e oportunidades em geral. 2. Tipos de objetivos: Um mesmo objetivo pode ser classificado de diversas maneiras. Há quatro tipos principais de objetivos: 2.1. Objetivos gerais ou conceituais: • Podem ser enunciados como intenções genéricas, indicando apenas o conceito que se pretende alcançar. • Declarações de propósito. 2.2. Objetivos específicos: • São os que tem natureza operacional, indicando uma ação a ser realizada. • Normalmente está associado a um indicador de desempenho, como quantidade, data, nível de qualidade ou nível de utilização de recursos. • São também chamados de metas. 2.3. Missão: • Indica o papel ou função que a organização pretende cumprir na sociedade e o tipo de negócio no qual pretende concentrar-se. • Procura fornecer orientação para os funcionários. • Esclarece a sociedade quanto aos propósitos da organização. 2.4. Objetivos explícitos e implícitos: • Explícitos: são declarados como linha de conduta oficial da organização. • Implícitos: são os que a organização de fato procura realizar. • Em certos casos, não é necessário explicitar os objetivos, especialmente os operacionais, ficando implícito que uma ação ou atividade deve ser realizada. Às vezes, os dois objetivos coincidem; em outros, estão em conflitos. 2.5. Objetivos principais ou estratégicos: • Localizados no topo da hierarquia de objetivos. • Mais alto grau de importância. • Dependência direta para a definição dos outros objetivos: secundários e específicos. 3. Hierarquia de objetivos: • A escolha de um objetivo para realizar outros objetivos representa uma estratégia. • As cadeias de meios e fins dispõem os objetivos numa hierarquia. No começo da hierarquia, estão os objetivos de nível mais alto, que desencadeiam o processo de planejamento. Um objetivo final, principal, primário, geral e estratégico. • Hierarquia particular de objetivos: aquela por meio dos quais os executivos fazem a organização funcionar. Administração por objetivos (APO): • Processo participativo de estabelecimento de objetivos e avaliação de desempenho de pessoas. • Base da APO: processo no qual participam o chefe e sua equipe (ou um subordinado em particular). Esse processo participativo substitui o processo hierárquico, no qual o chefe simplesmente define os objetivos e transmite pela cadeia de comando abaixo, para depois avaliar o desempenho da equipe. Três princípios da APO: objetivos específicos, tempo definido e feedback sobre desempenho. 1. Objetivos específicos: • Os objetivos sempre devem ser definidos de maneira específica e mensurável. 2. Tempo definido: • Um prazo específico é definido para a realização dos objetivos, com prazos intermediários para verificação de desempenho da equipe. 3. Feedback sobre desempenho: • Ao longo do período estabelecido para a realização dos objetivos, o desempenho da equipe é avaliado. • No final do prazo, um novo plano de ação é definido para um período seguinte. • Caso o desempenho da equipe não fique próximo do esperado, o plano de ação pode ser complementado por algum tipo de reforço, como um programa de treinamento. Processo de planejamento: • Consiste em definir planos. • Um plano contém objetivos e formas de realizá-lo. • Etapas: definir objetivos, definir meios de execução, definir meios de controle. 1. Definição de objetivos: • Objetivos de primeiro nível (geral e singular). • O objetivo de primeiro nível pode ser representado de maneia diferente, dependendo do nível hierárquico, do tipo de problema ou oportunidade, da disponibilidade de recursos e de outros fatores. 2. Definição de meios de execução: • Desdobra o objetivo inicial em objetivos de segundo e terceiro nível; • A escolhados meios (alternativos) para realizar objetivos chama-se estratégia. Quatro meios principais devem ser considerados no processo de definição de meios: políticas, procedimentos, atividades e recursos. 2.1. Políticas ou Diretrizes: • Orientação prévia e padronizada. 2.2. Procedimentos ou Rotinas: • Conjuntos de atividades padronizadas. • O que deve ser feito em determinadas situações. 2.3.Atividades: • Envolvem energia e recursos. • Padronizadas ou definidas. • Cessam quando o objetivo é atingido. 2.4. Recursos: • Tempo, espaço, instalações, pessoas, equipamentos e informações. 3. Definição dos meios de controle: • Verifica se os objetivos estão sendo realizados. • Acompanha a execução das atividades e o grau de realização dos objetivos. – Sistemas de produção de informações sobre o andamento das atividades. – Forma de processamento, apresentação e destinação das informações. – Definição das decisões a serem tomadas com base nas informações. Planos: • São resultados do processo de planejamento. • Alguns são formais ou informais. • Podem abranger todo a organização ou uma de suas partes. • Devem ser comunicados. • Definir responsabilidades. • Atender a exigências legais. • Ser aprovados e avaliados. Há várias maneiras de se classificar os planos: de acordo com sua permanência, alcance de tempo, frequência e formalidade, entre outros prováveis critérios. 1. Permanência: • Refere-se ao tipo de decisão que o plano prevê. • Planos permanentes: são elaborados para funcionar como decisões automáticas. Ex: políticas, procedimentos e certos tipos de objetivos (como missões e os negócios). • Planos singulares: são finitos e perdem a razão de ser uma vez alcançado o objetivo. Ex: cronograma de execução de encomenda e um orçamento anual. 2. Alcance de tempo: • As organizações costumam ter planos de curto, médio e longo prazo. Varia de organização para organização. 3. Abrangência: • Os planos podem abranger a organização toda ou partes isoladas. • Políticas corporativas ou politicas de negócios: abrangem toda a organização. • Áreas específicas: São definições baseadas nas políticas corporativas 4. Frequência de revisão: • É a classificação pelo tempo que devem ser elaborados e revistos os planos. 5. Formalidade: • Medida pela intensidade de explicitação e documentação. • Alguns são seguidos embora não sejam explícitos. São firmados pelo uso e costumes, tornando-se planos implícitos. Planejamento Eficaz: 1. Base sólida de informações: – Pesquisa e análise de dados • Montar o cenário atual e desejado. • Verificar recursos disponíveis e necessários. – Definição precisa dos objetivos • Verificar se os objetivos são realistas e se os dados estão bem dimensionados, evitando frustrações. 2. Elasticidade: • Avaliar variações possíveis de ocorrer, evitando refazer os planos em casos de alterações no ambiente. 3. Predominância da ação: • As ações devem ter mais importância que o próprio planejamento. • O planejamento prepara a ação, mas não a substitui. Níveis de planejamento 1. Planos Estratégicos • Definir objetivos e formas de realizá-los. • Definir o que se vai oferecer e a quem oferecer. • Responsabilidade da alta administração. 2. Planos Funcionais • Definir como as diversas áreas da empresa devem trabalhar. • São elaborados para possibilitar a realização de planos estratégicos. • Responsabilidade dos gerentes das áreas e de áreas especializadas. 3. Planos Operacionais • Definir as atividades e os recursos a necessário para a realização de qualquer tipo de objetivo. • São característicos da base da pirâmide organizacional. Comentário Pessoal: Através da leitura do capítulo foi possível perceber como se dá o processo de planejamento e a sua importância. O planejamento é o processo que estuda e avalia a situação atual de uma organização, possibilita definir objetivos, metas e definir quem vai fazer o quê, como, onde e quando, tendo como resultado um plano de ação. Se a organização tem um plano de ação ela é capaz de lidar melhor com acontecimentos futuros, e o que antes era incerto passa a ser mais previsível. Mas para a organização ter um bom plano, ela tem que atentar-se ao que acontece dentro da empresa e ao que acontece fora dela. Um ponto que me chamou atenção foi a parte do capítulo que aborda a questão do planejamento eficaz, que diz que uma organização quando elabora planos, deve ter uma base sólida de informações, deve definir de forma precisa os objetivos, prever alternativas e ter a ação predominando sobre o plano. A organização então deve observar o seu cenário atual e definir os seus objetivos; deve verificar os recursos que ela tem e os que ela precisa; analisar se os objetivos são realistas; além de avaliar variações possíveis de ocorrer, para que a organização não precise refazer planos em casos de mudanças ambientais. O capítulo ressalta que o planejamento prepara para a ação, mas não a substitui. Dessa forma, conclui-se que é importante planejar, mas colocar o plano em ação é essencial.