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FISIOLOGIA CARDIOVASCULAR II

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Fisiologia Cardiovascular II – Girley
Excitação rítmica e ECG normal 
· Condução elétrica: potencial é gerado no nó sinoatrial (apresenta células de disparo mais rápidas), é conduzido pelas vias internodaes até o nó atrioventricular (tem ligação com o átrio esquerdo, permitindo a passagem do impulso, fazendo com que os átrios se contraiam praticamente juntos) onde o impulso elétrico é atrasado (retardo atrioventricular) devido a presença de menos junções comunicantes, permitindo que os átrios se contraiam antes dos ventrículos; o impulso segue para o feixe de His, gerando a comunicação entre átrios e ventrículos; os feixes de His se ramificam em ramos direito e esquerdo e originam as fibras de Purkinge, que são responsáveis por adentrar profundamente a musculatura cardíaca, conduzindo o impulso nervoso.
· Impulso elétrico é produzido no nó sinusal e vai através das vias internodaes até o nó atrioventricular, demorando 0,03 segundos para alcançá-lo; a partir do nó atrioventricular, o impulso leva 0,12 segundos para alcançar o feixe de His, sendo assim, atrasado 0,09 segundos pelo nó atrioventricular; para finalizar, em 0,04 segundos o impulso chega até os ramos direito e esquerdo do feixe de His. (INFORMAÇÃO A TÍTULO DE CURIOSIDADE)
 
Geração e transmissão do impulso elétrico cardíaco 
Coração é dotado de sistema especial para: 
- Gerar impulsos elétricos rítmicos que causam contrações rítmicas do miocárdio;
- Conduzir esses impulsos rapidamente por todo coração;
Átrios se contraem em aproximadamente 1/6 de segundo antes dos ventrículos, o que permite que os ventrículos se encham totalmente antes de bombear o sangue;
· Nó ou nodo sinusal: onde são gerados os impulsos rítmicos normais; 
· Vias internodais: conduzem o impulso do nodo sinusal ao nodo atrioventricular;
· Nodo atrioventricular: impulsos vindos dos átrios são retardados antes de passar para os ventrículos (para que os átrios se contraiam antes dos ventriculos);
· Feixe atrioventricular: conduz impulsos dos átrios para os ventrículos;
· Ramos direito e esquerdo do feixe das fibras de Purkinge: conduzem os impulsos cardíacos para todas as partes dos ventrículos (regiões mais profundas);
Eletrocardiograma normal 
· O que é um eletrocardiograma? registro da atividade elétrica do coração (passagem do estímulo elétrico através do coração do nodo sinusal a periferia dos ventrículos); 
· Técnica de exame para diagnosticar doenças no coração;
· Reconhece, além de arritmia cardíaca, alterações nos volumes das câmaras e sobrecarga de pressão delas e, também, quando há distúrbio eletrolítico (ex: K e Ca); 
· quando há um volume maior do que o usual nas câmaras, o tempo para que aconteça a despolarização é maior, o que gera alterações no eletrocardiograma; 
· se há sobrecarga de pressão nessas câmaras, ocorre hipertrofia nas câmaras, o que gera uma intensidade de corrente elétrica maior;
· quando ocorre um distúrbio eletrolíticodo de K e Ca, altera-se a contratilidade cardíaca, o que é visível no eletrocardiograma;
· No miocárdio o fenômeno elétrico é independente do fenômeno mecânico. Mas o elétrico é o ponto de partida para o mecânico (ou seja, pode-se ter atividade elétrica no coração independente da contração cardíaca, mas não é possível haver contração cardíaca sem ter atividade elétrica suficiente para geração do impulso);
Eletrocardiógrafo 
· É um galvanômetro que amplia, filtra e registra a atividade elétrica do coração em um papel milimetrado que são captados por meio de eletrodos posicionados na superfície do individuo;
· Como acontece uma onda no eletrocardiograma: 
· Eletrodos positivos e negativos são conectados nas regiões em que a corrente elétrica equivalha a de suas respectivas cargas; a medida que o potencial de ação passa pela célula, as cargas começam a se encaminhar para o polo negativo, tornando a celula mais positiva e ocasionando a ascensão do gráfico (onda positiva); A medida que as cargas negativas vão ficando mais presentes (cargas se encaminhando para o polo positivo) é gerada uma onda descendente (onda negativa);
· Despolarização: corrente elétrica vai do polo positivo para o negativo;
· Obs: quem movimenta são as cargas negativas, então quando vemos atividade elétrica, estamos vendo os elétrons se movendo;
· Quando as cargas negativas chegam ao máximo, não tem mais diferença de potencial entre um eletrodo e outro, então a onda retorna para o ponto zero; logo, inicia-se a depolarização, aquelas cargas que eram negativas, começam a trocar de lado e ficam positivas, começando a formar uma onda inicialmente negativa. Quando igualam as cargas nos dois eletrodos, a onda retorna para a base;
Eletrocardiograma normal 
· Quando todas as cargas estão com a mesma carga, tem a linha neutra, então o potencial de ação vai despolarizar o átrio (onda positiva é a onda de despolarização (onda P na imagem);
· Após um intervalo de tempo, o impulso vai passar pelo nodo atrioventricular e irá vai despolarizar os ventrículos, produzindo três ondas: Q, R e S (Q negativa, R positiva e S negativa);
· Esse complexo QRS representa a despolarização dos ventrículos (nem sempre acontece as três ondas, depende do ângulo de posicionamento dos eletrodos no momento do exame);
· A despolarização dos ventrículos ocorre de forma mais desorganizada em função do caminho que o potencial de ação percorre, passando pelo septo, indo ate a extremidade do coração e retornando para a periferia próxima do septo;
· Enquanto o átrio está depolarizando os ventrículos estão despolarizando; desse modo, massa ventricular é muito maior que a massa atrial (os ventrículos geram uma onda elétrica muito maior que os átrios), o que faz com que o eletrocardiograma não consiga captar a depolarização dos átrios (que acontece ao mesmo tempo da despolarização dos ventrículos), não a registrando;
· Logo depois temos a onda T que representa a repolarização dos ventrículos;
· O tamanho e o formato das ondas do eletrocardiograma podem indicar a ocorrência de patologias;
· É SUPER IMPORTANTE!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 
· RESUMINHO DESSA PARTE (PRECISA SABER): 
 
· Onda P: despolarização do atrio;
· Complexo QRS: despolarização dos ventrículos 
· Repolarização do átrio: acontece ao mesmo tempo que a despolarização dos ventrículos, mas não aparece no eletrocardiograma;
· Onda T: repolarização dos ventrículos; 
 
· Intervalo P-R: vai do início da onda P até o inicio do complexo QRS (significa o tempo que demora entre os átrios serem despolarizados e os ventrículos serem despolarizados, representando, aproximadamente, quanto tempo o impulso elétrico permaneceu no nodo atrioventricular; normalmente dura 0,16s) (SUPER IMPORTANTE!) 
· Tem algumas doenças que fazem com que o impulso tenha mais dificuldade de passar pelo nodo atrioventricular, que são chamados bloqueio atrioventriculares (que no eletrocardiograma eh o aumento do intervalo P-R) 
· Intervalo R-R: vai de uma ponta da onda R até a outra ponta da outra onda R (representa o tempo entre uma despolarização do ventrículo, e a outra despolarização do ventrículo, ou seja, o tempo entre um batimento cardíaco e outro; esse intervalo é importante para calcular a frequência cardíaca pelo eletrocardiograma); 
· Intervalo Q-T: inicio da onda QRS e final da onda T (mede da despolarização do ventrículo até o final da depolarização do ventrículo, sendo importante pois a despolarização é super rápida enquanto a repolarização é mais lenta; durante esse período esse musculo fica refratário a uma nova contração, então o aumento do intervalo Q-T significa que o tempo para repolarizar está elevado, o que aumenta o período refratário daquela parte especifica do musculo cardíaco. Portanto, a célula auto excitável muitas vezes, não está com o período refratário elevado, permanecendo com esse da mesma maneira, fazendo com que FACILITE O SURGIMENTO DE ARRITMIAS VENTRICULARES 
GRAVES, TAQUICARDIAS VENTRICULAR E FIBRILAÇAO 
VENTRICULAR, que podem evoluir para ocorrência de uma parada cardíaca);
· HIDROXICLOROQUINA E CLOROQUINA ALARGAM O INTERVALO Q-T!!!!!!!!!· Obs: algumas drogas que estavam sendo usadas para tratar o coronavírus como azitromicina e hidroxicloroquina aumentam o intervalo Q-T e aumentam a chance de formação de arritmia; 
· Segmento S-T: vai do final do QRS ate o inicio da onda T, ou seja, intervalo entre a despolarização e a depolarização do ventrículo (é importante pois nas doenças isquêmicas agudas do coração, como o infarto agudo do miocárdio que altera o segmento S-T);
· Obs: no infarto agudo do miocárdio, a linha S-T vai estar acima da linha de base do coração (linha 0);
· Obs: em outra síndrome coronariana aguda como no estado que a artéria do coração esta parcialmente obstruída, o segmento S-T pode estar abaixo da linha de base;
Folha do eletrocardiograma

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