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1 prova historia dos direitos uniceub

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ATIVIDADE AVALIATIVA DE HISTÓRIA DOS DIREITOS
CURSO: DIREITO
FAJS
PROFESSOR: Marcelo Tadeu dos Santos
SEMESTRE: 1º
TURMA:
CAMPUS: TAGUATINGA
NOME DO ALUNO:
INSTRUÇÕES: O aluno deverá se identificar no cabeçalho da atividade.
Escolha apenas uma questão e responda, num texto de até 35 linhas, em letra Arial ou Times
New Roman, tamanho 12, dentro das normas da ABNT.
A prova deve ser entregue exclusivamente via classroom, no formato google.docs.
Caso haja plágio a prova será zerada e a menção do aluno será SR.
1ª QUESTÃO
3) “Marc Bloch chegou a afirmar que a desordem resultante das tormentas vikings e
magiares do século IX deixou o corpo social do ocidente medieval “coberto de
feridas”; a vida intelectual sofreu muito com isso, pois o monaquismo decaiu
profundamente (BLOCH, 1987: 57). O papado também sofreu: no início do século XI,
estava dominado pela nobreza germânica, que elegia e depunha papas a seu bel-prazer.
Por sua vez, corruptos e devassos, os papas distinguiram-se por suas orgias e
subornos. Simonia e nepotismo, desejo de possuir coisas impuras: cupiditas (DUBY,
1992: 51). Pecado capital. Escândalo. João XII (955-964), por exemplo, foi acusado
por seus cardeais de subornar bispos, cometer adultério com a concubina de seu pai e
incesto com sua mãe; Benedito IX (1032-1044), igualmente devasso, vendeu o cargo a
Gregório VI (1045-1046) por moedas de ouro, sendo deposto por isso (DUFFY, 1998:
87).
Senhores feudais também indicavam abades para os mosteiros, apropriando-se de suas rendas.
Parecia que o mundo espiritual estava irrevogavelmente destruído. Fim dos tempos,
apocalipse. São Eudes de Cluny (†942) disse
...alguns clérigos desconsideram tanto o Filho da Virgem que praticam a fornicação em suas
próprias dependências, até mesmo nas casas construídas pela devoção dos fiéis a fim de que a
castidade possa ser conservada dentro de seus recintos cercados; inundam-nas com tanta
luxúria que Maria não tem lugar para deixar o Filho Jesus (citado em DURAND, s/d:
475-476). (COSTA, R. 2002)”
Trecho extraído do artigo “Cluny: Jerusalém celeste encarnada (sécs. X-XII)”, escrito pelo
historiador Ricardo da Costa e publicado na Revista Mediaevalia. Textos e Estudos 21
(2002), p. 115-137
(ISSN 0872-0991
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2) “Especialmente a mim, como teu representante, foi entregue e a mim foi dado pela
graça de Deus o poder de atar e desatar nos céus e na terra. Apoiando-me, portanto,
nessa fé, para a honra e defesa da Igreja e em nome de Deus onipotente, o Pai, o
Filho e o Espirito Santo, pelo teu poder e autoridade, retiro do rei Henrique, filho do
Imperador Henrique, o governo de todo o reino dos germanos e da Itália. Porque ele
se levantou contra a tua Igreja com orgulho e arrogância. Proíbo a qualquer pessoa lhe
sirva como rei, pois é justo que quem tende a diminuir a honra da Igreja perca até
mesmo a honra que parece ter. E ter visto que ele desprezou a obediência cristã e não
voltou ao Senhor que abandonou – mantendo relações com excomungados; cometendo
muitas iniquidades; desprezando meus conselhos que, como és testemunha, lhe dei para
a salvação, separando-“se de tua Igreja e tentando dividi-la – em teu nome eu o ligo
com o vínculo de anátema. (Grifo nosso). (Gregório VII. Deposição de Henrique IV, p.
177). Cartas do Sínodo de Worms a Gregório VII (janeiro de 1076). In:
BETTENSON. Henry. Documentos da Igreja Cristã. 5ª ed. São Paulo: Aste, 2007. P.
174-176.”
Trecho extraído do artigo “CONFLITOS ENTRE AUTORIDADES RELIGIOSAS E
MONÁRQUICAS NO INICIO DO SÉCULO XI: UM DEBATE A PARTIR DAS
RELAÇÕES DE PODER”, escrito pelo historiador Rafael Santos Ribeiro e publicado na
revista Plêthos, 4, 1, 2014”
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3) “Em 12 de novembro de 1215 iniciou-se o N Concílio de Latrão com a presença de cerca
de 1.200 pessoas, representando mais de 80 províncias eclesiásticas, não só do Ocidente, mas
também da Europa Central e Oriental.19 O Concílio contou ainda com a presença de
autoridades laicas da Sicília, Constantinopla, França, In-glaterra, Hungria, Jerusalém, Chipre
e Aragão. 20 Durante o Concílio foram realizadas três sessões plenárias, além de cerimônias
litúrgicas de caráter popular.21 Deste concílio resultaram 70 cânones, cujas atas ori-ginais não
foram preservadas. Possuímos uma cópia de 1216, que foi tomada como texto de autoridade e
incluída no Corpo de Direito Canônico.22
Os cânones de 63 a 66 tratam da simonia entre o clero secular e regular, não se limitando a
condenar a venda de cargos eclesiásticos, mas denunciando e criti-cando todas as práticas
religiosas que acabam sendo mediadas pelo dinheiro. No cânone 63 é reafirmado o objetivo
do papado de “desarraigar um abuso tão mani-festo, um costume que seria melhor
denominado de corrupção”. As práticas simoníacas entre monges e monjas que, sob pretexto
de pobreza. • doo mosteiros, limitam o ingresso de pessoas que não possuem dinheiro é o
terna· do cânone 64. Já nos cânones 65 e 66 é condenada a prática da venda de sepultu-ras
cristãs, do ingresso em ordens religiosas, da bênção dos esposos e •outras prá-ticas parecidas”.
No cânone 66 chega a afirmar-se que por avareza, muitos clérigos “fingem maliciosamente
impedimentos inexistentes”. O castigo será “restituir em dobro a cobrança injusta, dedicando
este valor integralmente em benefício das igrejas prejudicadas por estas práticas injustas”.
Apresentando Romualdo como um predestinado à vida eremítica, Damiano enfatiza as
condições simples de origem desta primeira comunidade anacorética em Val de Castro, cujo
fato de estar circundada por fl orestas e campos garantia não só a reprodução de uma
condição de vida inóspita (fetivame christi), como também assegurava a distância de
ambientes populosos, sujeitos a tentações mundanas e ao desvio da obediência ascética.
Porém, o elemento mais importante nessa passagem é a contínua intervenção de Romualdo no
mundo através da pregação. Dessa maneira, a opção pela vida eremítica não se resumia pura e
simplesmente a uma vida de abandono da sociedade, mas referia-se à manutenção do
equilíbrio entre momentos de isolamento e pregação. É justamente nesse momento da
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narrativa que o combate à simonia desponta como uma prerrogativa da ação interventora do
eremita no mundo. Segundo Pedro Damiano: Ele repreendeu com tamanha severidade os
clérigos seculares que tinham sido ordenados por simonia; afi rmava que eles seriam
condenados e se tornariam heréticos caso não abandonassem espontaneamente a ordem que
eles receberam. Estes, compreendendo tal dito como inconcebível, decidiram fet-lo. Com
efeito, durante todo este período até o tempo de Romualdo, o costume tinha se estabelecido
tão fetivamente que era mal visto julgar como pecado a heresia da simonia. Romualdo lhes
disse: ‘Tragam-me os livros dos santos cânones e me provem através de vossos próprios livros
se o que eu digo é verdade’! Consultando com cuidado, eles descobriram seus crimes e se
lamentaram por seus erros. Eis que o santo homem editou certas regras e ensinou aos clérigos
que viviam no século ao modo dos laicos à obedecer seus superiores e à viver conjuntamente
em comunidade. Alguns bispos que tinham ocupado suas sés por simonia vieram até ele para
fazer penitência. Se reportando ao venerável homem, eles prometeram deixar o episcopado
numa data estipulada e abraçar a vida monástica. (DAMIANO, 1844, p. 986-987)
O dragão da simonia depois de agrupar as armas de muitos negociantes desgraçados,
contornou-os com a concuspicência e vomitou seu veneno adiante. Tu fostes a única
excessão, pois permaneceu invicto e ileso como cavaleiro de Cristo, penetrando a garganta da
besta do inferno com a lança de Pedro e mantendo sua igreja livre deste contágio imundo. O
que a sé mestre perde com as faltas de seus pastores, ou melhor, de seus ladrões, a sé deste
nobre discípulo preservainviolada. [...] Eis que surge o cavaleiro de Cristo que bravamente
reúne sua força e com prudente circunspecção luta contra os vícios do diabo. Degolas a
avareza, esmagas o orgulho, ergues os caídos, estendas aos fracos a mão direita do santo
conselho, enquanto guardas tua própria integridade atrás do escudo das santas virtudes, ao
mesmo tempo, tu podes defender os outros contra o ataque do antigo inimigo. (DAMIANO,
1983, p. 107).”
O trecho acima foi extraído do artigo “A MORALIZAÇÃO DO CLERO CASTELHANO
NO SÉCULO XIII”, escrito pela historiadora Andréia Cristina Lopes Frazão da Silva
Pergunta:
Partindo dos trechos documentais acima anexados construa, em 30 linhas, de acordo com as
normas formais da ABNT, a conceituação da Reforma/Revolução Papal apontando as
principais características deste movimento, relacionando os trechos destacados com o que foi
falado em sala de aula e com o que está escrito no livro do jurista Harold J. Berman, “Direito
e Revolução”.
Sugestão de leitura para a elaboração da resposta:
https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/36058
https://www.ricardocosta.com/artigo/cluny-jerusalem-celeste-encarnada-seculos-x-xii
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https://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/veritas/article/view/36058
https://www.ricardocosta.com/artigo/cluny-jerusalem-celeste-encarnada-seculos-x-xii
https://www.historia.uff.br/revistaplethos/nova/downloads/4,1,2014/11rafael.pdf
2ª QUESTÃO
Muita coisa foi lida e dita sobre o conceito de história. É importante ressaltar que nos
ocupamos da relação da história com o conceito de Cultura e da forma como se ocupam
alguns segmentos da antropologia na hora de lidar com esta conceituação, já que é na
antropologia que muitos historiadores vão buscar amparo na hora de construir seus objetos de
análise. Nosso amparo teórico foi o antropólogo Roque de Barros Laraia. Na perspectiva que
abordamos, questões como etnocentrismo, relativismo cultural, endoculturação e
determinismo foram centrais para se perceber que, a partir do momento que a história passa a
dialogar com a antropologia, do ponto de vista metodológico, determinadas categorias são
assimiladas pelo historiador com o objetivo de estabelecer uma perspectiva muito mais ampla
e significativa no contexto dos estudos desenvolvidos pela historiografia. O objetivo é
possibilitar que o outro, representado no objeto que está sendo analisado pelo pesquisador do
campo da história, encontre espaço para realizar-se em sua multiplicidade. Partimos do
pressuposto, abordado em aulas anteriores, que a realidade é complexa e dinâmica,
obedecendo a uma lógica dialética, sendo que temos de percebê-la como algo em constante
processo. Nunca seremos capazes de abranger essa realidade de forma total e absoluta.
Como a relação do historiador com o seu objeto de estudo se constitui numa
plataforma em que este objeto se afirma como um outro, que possui uma existência própria e
singular, é importante que o pesquisador não se deixe levar pela tentação de submeter esse
outro à sua vontade. Ele precisa entender que, na sua pesquisa, esse outro precisa se constituir
como outro, que tem suas próprias determinações e está submetido a um contexto social e
cultural bem específico, diferente daquele que caracteriza a realidade do historiador. Nós,
historiadores, somos agentes contextualizadores que, em seus trabalhos, se ocupam de um
processo em que se busca colocar seus objetos dentro de marcos histórico/culturais
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https://www.historia.uff.br/revistaplethos/nova/downloads/4,1,2014/11rafael.pdf
determinantes. A relativização entra como uma ferramenta metodológica capaz de te oferecer
o espaço necessário para construir essa contextualização sem submeter o objeto às
determinantes sociais que demarcam o perfil sócio político do historiador que aborda tal
fenômeno. É importante ressaltar que quando você materializa sua pesquisa a partir de uma
abordagem de relativização, você não perde os parâmetros de realidade, mas você submete a
sua relação a um processo em que o diferente se constitui como parte fundante da dinâmica de
pesquisa. O que você pesquisa está inserido num contexto diferente do seu, com suas próprias
determinações culturais e sociais que precisam estar inseridas na equação que você constrói
para problematizar tal evento. O historiador, atuando num contexto que envolve uma profunda
articulação entre teoria, metodologia e ideologia, preserva os parâmetros de realidade, mas
dentro de uma base analítica que envolve a afirmação de uma relação contínua e dinâmica
entre diferentes que estão inseridos em contextos diversos e dinâmicos.
Pergunta:
Partindo do que está sendo dito no trecho acima e relacionando com os textos sobre
cultura e história, que foram discutidos em sala, conceitue história e estabeleça a relação que
existe entre o historiador e seu objeto de pesquisa.
Sugestão de leitura para a elaboração da resposta:
https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/35242/37963
https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/156
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622005000300009&script=sci_arttext
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https://www.revistas.usp.br/revusp/article/download/35242/37963
https://periodicos.ufrn.br/mneme/article/view/156
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-32622005000300009&script=sci_arttext