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@brunapvilla Doenças da aorta ➥ A aorta é o maior vaso do corpo humano ➥ É dividida em 3 segmentos: – Inicial ou aorta ascendente à junção sinotubular – Arco aórtico que é o segmento médio – Segmento distal ou aorta descendente ➥ Os diâmetros médios das aortas nas porções: – Junção sinotubular 3,0cm – Aorta ascendente 3,1cm – Arco aórtico 2,8cm – Aorta descendente 2,5cm Aneurisma de aorta ➥ É uma dilatação irreversível que excede seu diâmetro normal para idade e peso. ➥ Esse aneurisma excede em 1,5x o diâmetro normal. ➥ O aneurisma fusiforme é quando toda a circunferência da aorta é acometida e dilatada. ➥ O aneurisma sacular é uma dilatação restrita por uma porção da parede aórtica, estando o restante em circunferência normal. ➥ Pseudoaneurisma é quando a dilatação não envolve a camada íntima, ocorre em sítios de anastomoses, materiais protéticos, após trauma torácico fechado e aneurisma micóticos. Manifestações clínicas ➥ 75% dos aneurismas são assintomáticos e são diagnosticados por acaso em exames de rotina ou durante investigações de outras doenças. ➥ Quando sintomáticos apresentam: – Dor torácica – Dor lombar ou abdominal Esses sintomas podem apresentar ou não instabilidade hemodinâmica. ➥ Nos casos de ruptura de aorta pode ocorrer: – Exteriorização de sangramentos – Tamponamento cardíaco – Hemotórax – Hemomediastino – Sangramento para o retroperitônio – Sinal de Einstein – Hematêmese – Hemoptoicos ➥ Quando houver comprometimento da valva aórtica com insuficiência valar, o paciente pode apresentar sintomas de insuficiência cardíaca. ➥ Efeito de massa da dilatação aneurismática secundária a compressão de estruturas adjacentes, como síndrome da veia cava superior, disfagia, insuficiência respiratória e disfonia podem estar presentes. Eventos embólicos como AVC, IAM ou sinais de embolia periférica também poderão ocorrer. Tratamento ➥ Cirurgia: pode ser terapêutica ou paliativa (rara). ➥ Tem intuito de evitar a ruptura ou dissecção de aorta - profilaxia ➥ Deve-se avaliar as comorbidades relacionadas ➥ <5cm tem letalidade menor que 2% Dissecção de aorta ➥ É um evento patológico agudo causado pela delaminação da camada média, a partir de uma ruptura da camada íntima, criando uma falsa luz por onde o sangue corre paralelamente. Classificações ➥ até 2 semanas é classificado como agudo ➥ > 2 semanas é considerado como dissecção crônica ➥ Tipos, segundo Debakey – I: quando houver acometimento da aorta ascendente com delaminação estendendo-se pelo arco aórtico e aorta descendente por extensões variadas. – II: quando a delaminação se restringir a aorta ascendente – III: quando a delaminação se estende a partir da subclávia esquerda em direção: IIIa ao diafragma IIIb em direção ao abdome @brunapvilla ➥ Também pode ser describa por Daily: – Standford tipo A quando ocorre comprometimento da aorta ascendente – Standford tipo B quando acomete a partir da artéria subclávia esquerda Manifestações clínicas ➥ Dor intensa de início súbito, de caráter migratório e geralmente descrito como sensação de rasgamento ou pontada. ➥ A localização inicial da dor sugere o local de início da dissecção ➥ Os pacientes também podem apresentar: angina que resulta em agitação psicomotora, perda de consciência e AVC. Déficit motor em MMII secundários à isquemia medular, insuficiência renal, angina abdominal por isquemia mesentérica e isquemia de MMII por prejuízo da perfusão ilíaco-femoral. ➥ Quando há comprometimento da valva aórtica, nos pacientes com dissecção proximal, há dispneia devido a IC secundária a regurgitação aórtica. ➥ Tamponamento cardíaco que leva a uma instabilidade hemodinâmica ➥ Ruptura de aorta descendente e abdominal à hemotórax, hemoperitônio ou sangramento para o retroperitôneo. Tratamento ➥ Cirurgia, para as dissecções proximais tipo I e II ou Stanford tipo A. ➥ Para as dissecções distais e não apresentando complicações podem ter comportamento mais benigno. Variantes Úlcera aterosclerótica penetrante ➥ Placas ateroscleróticas penetrantes (UAP) que desorganizam a lâmina elástica interna, penetrando profundamente no meio da íntima até a camada média da aorta Hematoma intramural ➥ É uma dissecção de aorta sem ruptura de íntima (HIM). Se inicia pela ruptura dos vasa vasorum que forma um hematoma na camada média da aorta. Manifestações clínicas ➥ Dores alucinantes no precórdio ou nas costas, de início súbito, podendo apresentar características migratórias. Tratamento ➥ Encaminhar para o cirurgião torácico, conduta semelhante as de dissecção clássica de aorta. Diagnóstico nas doenças de aorta ➥ Normalmente, ocasional. ➥ Apenas o aneurisma abdominal pode ser identificado secundariamente ao exame físico. Aortografia ➥ Mapeamento de toda a aorta, com informações precisas sobre ramos, orifícios de entrada e reentradas, locais de ruptura, ulcerações e pseudoaneurimas ➥ Avaliação endovascular, mas não avalia estado do trombo ou da parede da aorta Ecocardiografia transesofágica (TEE) ➥ Avaliação em relação a sístole e a diástole, de valvas cardíacas, espessura da parede do músculo cardíaco, avaliação de isquemia regional e presença de derrame pericárdico. ➥ Limitações: visualização da parte distal da aorta ascedente e na transição do arto aórtico para aorta descedente pelo distanciamento. ➥ Vantagens: rápido, portátil e uso a beira leito TC ➥ Não invasivo ➥ Depende de constraste ➥ Rápido disponibilidade e execução e reconstrução 3D @brunapvilla ➥ Fornece informações sobre estruturas adjacentes, espessura da parede ventricular e presença de calcificação de cornárias, de derrame pericárdico e alterações das dimensões da aorta, extensão do comprometimento, presença de trombos, etc. ➥ Desvantagens: Alergia ao contraste e IRA RM ➥ Baseia-se na concentração de hidrogênio móvel dos sangues e dos tecidos para gerar imagem. ➥ Indicação semelhante a TC, com possibilidade de reconstrução 3D das imagens e não expõe o paciente a radiação ionizante, nem a contrastes iodados. ➥ Desvantagens: custo elevado, execução demorada, não sendo prática para politraumatizados ou pacientes clinicamente instáveis, nem em pacientes portadores de próteses metálicas (marca-passo ou clips cirúrgicos). Tratamento medicamentoso ➥ É bastante controverso ➥ Uso de betabloqueador ➥ Controle rigoroso da PA e FC ➥ IECAS à distensibildiade aórtica e redução do índice de rigidez em pacientes com síndrome de Marfan ➥ Estatinas: atenuam o crescimento dos aneurismas, podendo ser associadas com betabloqueadores ➥ MEV: suspensão de tabagismo e de consumo de bebidas alcoólicas. – Pacientes com aneurismas devem evitar exercícios isométricos e levantamento de peso por causa do aumento da pressão intratorácica e da PA