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Formas de Pagamento APRESENTAÇÃO Você já ouviu falar nos DARFs? São os Documentos de Arrecadação de Receitas Federais, os documentos instituídos pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal para uso dos contribuintes no pagamento dos tributos embutidos em suas operações. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai entender que esses DARFs servem para recolhimento de tributos, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Identificar as diversas formas de pagamento de tributos.• Reconhecer as compensações como formas de pagamento.• Analisar a metodologia dos pagamentos dos tributos.• DESAFIO O Contador da livraria Leitura Prévia Ltda saiu de férias e solicitou a você que calculasse os DARFs de PIS e Cofins do mês de outubro de 2016. Porém, não havia sido apurado o valor devido, nem o valor que deveria ser recolhido. O contador deixou apenas as seguintes informações: - Relação de vendas: 01/10 - R$ 10.000,00 02/10 - R$ 15.000,00 10/10 - R$ 25.000,00 23/10 - R$ 3.000,00 31/10 - R$ 14.000,00 - Relação de compras: 01/10 - R$ 2.000,00 10/10 - R$ 2.500,00 31/10 - R$ 5.000,00 Você deve calcular o valor devido a pagar do PIS e da Cofins de outubro, lembrando-se de que a alíquota do PIS é de 1,65% e da Cofins é de 7,6%, tanto na venda quanto na compra. INFOGRÁFICO O Infográfico a seguir demonstra os tributos pagos pelas empresas por meio de DARFs. CONTEÚDO DO LIVRO Leia mais no capítulo Formas de Pagamento que faz parte do livro Legislação civil aplicada I e é a base teórica desta Unidade de Aprendizagem. Boa leitura. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO Organizadores: Filipe Martins da Silva Ramon Alberto Cunha de Faria Formas de pagamento Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: n Identifi car as diversas formas de pagamento de tributos. n Reconhecer as compensações como formas de pagamento. n Analisar a metodologia dos pagamentos dos tributos. Introdução Você já ouviu falar nos DARFs? São os Documentos de Arrecadação de Receitas Federais, os documentos instituídos pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal para uso dos contribuintes no pagamento dos tributos embutidos em suas operações. Neste texto, você vai entender que esses DARFs servem para recolhimento de tributos, tanto para pessoas físicas quanto para pessoas jurídicas. Forma de pagamento – Documento de Arrecadação de Receitas Federais O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) é um documento instituído pelo Ministério da Fazenda e pela Receita Federal para uso dos contribuintes no pagamento dos tributos embutidos em suas operações. Serve tanto para pessoas físicas como para pessoas jurídicas, o DARF pode ser dividido em dois tipos: o DARF Simples e o DARF Comum. O modelo simples de DARF entrou em vigor em janeiro de 1997, sendo semelhante ao documento de arrecadação utilizado pelas empresas que recebiam tratamento diferenciado e pagavam seus tributos unificados em uma só guia, ou seja, as pessoas jurídicas optantes pelo Simples. Os valores compreendidos por esse tipo de guia incluíam Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL), Programa de Integração Social (PIS/PASEP), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Imposto sobre Produtos Industrializados Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 104 19/01/2017 18:09:40 (IPI), Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e Imposto Sobre Serviços (ISS) – os dois últimos no caso de Estado e Município conveniados com a Receita Federal. Com o surgimento da Lei Complementar nº 123, de 2006 (BRASIL, 2006a), que instituiu o Simples Nacional, o DARF Simples entrou em desuso, sendo substituído pelo Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), ainda válido até os dias de hoje. O DARF Comum passou a entrar em vigor em 1º abril de 1997, e per- manece em uso até hoje como o principal documento na arrecadação de tributos oriundos de contribuintes pessoas físicas e jurídicas. Essa é a guia de pagamento que você deve utilizar para pagar o PIS, sobre o faturamento da sua empresa, o imposto de importação na alfândega, sobre mercadorias trazidas do exterior, ou o imposto de renda pela sua fonte pagadora. Você pode optar por preencher o DARF por meio eletrônico, através de um software da própria Receita Federal, chamado Sicalc, que é atualizado mensalmente para acompanhar a taxa Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic). Assim, guias emitidas após o prazo do vencimento são calculadas com multa e juros da forma mais correta possível. Atente para as informações necessárias para o preenchimento correto do DARF: n Nome e telefone do contribuinte. n Período de apuração (prazo em que ocorre o fato gerador do tributo). n Número do CPF ou do CNPJ. n Código de pagamento (tabela disponibilizada no site da Receita). n Número de referência (vinculado a algum evento específico com a Receita). n Data de vencimento. n Valor principal a ser pago. n Multa se houver. n Juros se houver. n Valor total. Além disso, vale ressaltar que a Receita Federal disponibiliza um modelo DARF em sua página, para que você possa usar nos pagamentos feitos em rede bancária, ficando sempre em dia com o Fisco. Se, por acaso, você tiver dificuldades no preenchimento do DARF, procure a ajuda de um contador, pois ele é o profissional mais adequado para fornecer informações precisas sobre o assunto. 105Formas de pagamento Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 105 19/01/2017 18:09:40 Os acréscimos legais são os valores referentes à multa e juros de mora, incidentes sobre o valor do tributo ou contribuição, quando a obrigação tributária não é cumprida no prazo estabelecido pela legislação. Seu objetivo é desestimular o pagamento fora do prazo. A atualização monetária foi extinta a partir de janeiro de 1995. Como os acréscimos legais somente são devidos após o vencimento da receita, a data de vencimento do tributo ou contribuição é o ponto de partida para o cálculo e a cobrança. Salientamos, entretanto, que há situações em que os juros são devidos para débito ainda não vencido, como o caso do Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR), do IRPF e do IRPJ, em quotas. Compensação de pagamentos Conforme o art. 1º da instrução normativa 1.300 de 22/11/12 (BRASIL, 2012) prevê, a compensação das quantias recolhidas a título de tributo administrado pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), a restituição e a compensação de outras receitas da União arrecadadas mediante Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) ou Guia da Previdência Social (GPS) e o ressarcimento e a compensação de créditos do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofi ns) e do Regime Especial de Reintegração de Valores Tributários para as Empresas Exportadoras (Reintegra) serão efetuados con- forme o disposto nessa instrução normativa. Como está disposto no art. 1º dessa mesma legislação, também ela também se aplica ao reembolso de quotas de salário-família e salário-maternidade, bem como à restituição e à compensa- ção relativas a contribuições previdenciárias (das empresas e equiparadas) e contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos. Já o art. 2º da instrução normativa 1.300 de 22/11/12 (BRASIL, 2012) define que poderão ser compensadas pela RFB as quantias recolhidas a título de tributo sob sua administração, bem como outras receitas da União arreca- dadas mediante Darf ou GPS, que, em linhas gerais, consistem nas seguintes hipóteses: cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou em valor maior que o devido; erro (seja na identificaçãodo sujeito passivo, na determinação da alíquota aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência de qualquer documento relativo ao pagamento); reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória. Planejamento tributário106 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 106 19/01/2017 18:09:40 Veja a seguir as regras para a compensação conforme o art. 41 da instrução normativa 1300/12 (BRASIL, 2012): Art. 41. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive o crédito de- corrente de decisão judicial transitada em julgado, relativo a tributo ad- ministrado pela RFB, passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados pela RFB, ressalvadas as contribuições previdenciárias, cujo procedimento está previsto nos arts. 56 a 60, e as contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos. § 1º A compensação de que trata o caput será efetuada pelo sujeito passivo mediante apresentação à RFB da Declaração de Compensação gerada a partir do programa PER/DCOMP ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante a apresentação à RFB do formulário Declaração de Compensação constante do Anexo VII a esta Instrução Normativa, ao qual deverão ser anexados documentos comprobatórios do direito creditório. § 2º A compensação declarada à RFB extingue o crédito tributário, sob condição resolutória da ulterior homologação do procedimento. § 3º Não poderão ser objeto de compensação mediante entrega, pelo sujeito passivo, da declaração referida no § 1º: I - o crédito que: a) seja de terceiros; b) se refira a “crédito-prêmio” instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969; c) se refira a título público; d) seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado; e) não se refira a tributos administrados pela RFB; ou f) tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei, exceto nos casos em que a lei: 1. tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em ação direta de inconstitucionalidade ou em ação declaratória de constitucionalidade; 2. tenha tido sua execução suspensa pelo Senado Federal; 3. tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada em julgado a favor do contribuinte; ou 4. seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo Supremo Tribunal Federal nos termos do art. 103-A da Constituição Federal; II - o débito apurado no momento do registro da DI; 107Formas de pagamento Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 107 19/01/2017 18:09:40 III - o débito que já tenha sido encaminhado à PGFN para inscrição em Dívida Ativa da União; IV - o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento concedido pela RFB; V - o débito que já tenha sido objeto de compensação não homo- logada ou considerada não declarada, ainda que a compensação se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa; VI - o débito que não se refira a tributo administrado pela RFB; VII - o saldo a restituir apurado na DIRPF; VIII - o crédito que não seja passível de restituição ou de ressarcimento; IX - o crédito apurado no âmbito do Programa de Recuperação Fiscal (Refis) de que trata a Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, do Parcelamento Especial (Paes) de que trata o art. 1º da Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003, e do Parcelamento Excepcional (Paex) de que trata o art. 1º da Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, decorrente de pagamento indevido ou a maior; X - o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento indefe- rido pela autoridade competente da RFB, ainda que o pedido se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa; XI - o valor informado pelo sujeito passivo em Declaração de Compen- sação apresentada à RFB, a título de crédito para com a Fazenda Nacional, que não tenha sido reconhecido pela autoridade competente da RFB, ainda que a compensação se encontre pendente de decisão definitiva na esfera administrativa; XII - os tributos apurados na forma do Simples Nacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 2006; XIII - o crédito resultante de pagamento indevido ou a maior efetuado no âmbito da PGFN; XIV - o débito ou o crédito que se refira ao AFRMM ou à TUM; e XV - outras hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo. § 4º A Declaração de Compensação constitui confissão de dívida e instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente compensados. § 5º O sujeito passivo poderá compensar créditos que já tenham sido objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento apresentado à RFB, desde que, à data da apresentação da Declaração de Compensação: I - o pedido não tenha sido indeferido, mesmo que por decisão ad- ministrativa não definitiva, pela autoridade competente da RFB; e II - se deferido o pedido, ainda não tenha sido emitida a ordem de pagamento do crédito. Planejamento tributário108 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 108 19/01/2017 18:09:40 § 6º A compensação declarada à RFB de crédito tributário lançado de ofício importa renúncia às instâncias administrativas ou desistência de eventual recurso interposto. § 7º Os débitos do sujeito passivo serão compensados na ordem por ele indicada na Declaração de Compensação. § 8º A compensação de crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição ou de ressarcimento, será efetuada pelo sujeito pas- sivo mediante a apresentação da Declaração de Compensação ainda que: I - o débito e o crédito objeto da compensação se refiram a um mesmo tributo; II - o crédito para com a Fazenda Nacional tenha sido apurado por pessoa jurídica de direito público. § 9º Consideram-se débitos próprios, para fins do disposto no caput, os débitos por obrigação própria e os decorrentes de responsabilidade tributária apurados por todos os estabelecimentos da pessoa jurídica. § 10. O sujeito passivo poderá apresentar Declaração de Compensação que tenha por objeto crédito apurado ou decorrente de pagamento efetuado há mais de 5 (cinco) anos, desde que referido crédito tenha sido objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento apresentado à RFB antes do transcurso do referido prazo e, ainda, que sejam satisfeitas as condições previstas no § 5º. Art. 42. O crédito do sujeito passivo, para com a Fazenda Nacional, que exceder ao total dos débitos por ele compensados mediante a entrega da Declaração de Compensação será restituído ou ressarcido pela RFB somente se requerido pelo sujeito passivo mediante pedido de restituição formalizado dentro do prazo previsto no art. 168 da Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966 - Código Tributário Nacional (CTN), ou pedido de ressarcimento formalizado dentro do prazo previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910, de 6 de janeiro de 1932. Art. 43. Na compensação efetuada pelo sujeito passivo, os créditos serão valorados na forma prevista nos arts. 83 e 84 e os débitos sofrerão a incidência de acréscimos legais, na forma da legislação de regência, até a data de entrega da Declaração de Compensação. § 1º A compensação total ou parcial de tributo administrado pela RFB será acompanhada da compensação, na mesma proporção, dos correspondentes acréscimos legais. § 2º Havendo acréscimo de juros sobre o crédito, a compensação será efetuada com a utilização do crédito e dos juros compensatórios na mesma proporção. 109Formas de pagamento Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 109 19/01/2017 18:09:41 § 3º Aplicam-se à compensação da multa de ofício as reduções de que trata o art. 6º da Lei nº 8.218, de 29 de agosto de 1991, salvo os casos excepcionados em legislação específica. Art. 44. O sujeito passivo será cientificado da não homologação da compensação e intimado a efetuar o pagamento dos débitos indevida- mente compensados no prazo de 30 (trinta) dias, contados da ciência do despacho de não homologação. § 1º Não ocorrendo o pagamento ou o parcelamentono prazo previsto no caput, o débito deverá ser encaminhado à PGFN, para inscrição em Dívida Ativa da União, ressalvada a apresentação de manifestação de inconformidade prevista no art. 77. § 2º O prazo para homologação da compensação declarada pelo sujeito passivo será de 5 (cinco) anos, contados da data da entrega da Declaração de Compensação. Art. 45. O tributo objeto de compensação não homologada será exigido com os respectivos acréscimos legais. § 1º Sem prejuízo do disposto no caput, será exigida do sujeito passivo, mediante lançamento de ofício, multa isolada, nos seguintes percentuais: I - de 50% (cinquenta por cento), sobre o valor do débito objeto de declaração de compensação não homologada; II - de 150% (cento e cinquenta por cento), sobre o valor total do débito tributário indevidamente compensado, quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. § 2º A multa a que se refere o inciso II do § 1º passará a ser de 225% (duzentos e vinte e cinco por cento), nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para prestar esclareci- mentos ou para apresentar documentos ou arquivos magnéticos. Art. 46. A autoridade competente da RFB considerará não declarada a compensação nas hipóteses previstas no § 3º do art. 41. § 1º Também será considerada não declarada a compensação quando o sujeito passivo, em inobservância ao disposto nos §§ 2º a 5º do art. 113, não tenha utilizado o programa PER/DCOMP para declarar a compensação. § 2º Às hipóteses a que se referem o caput e o § 1º não se aplica o disposto nos §§ 2º e 4º do art. 41 e nos arts. 44 e 77, sem prejuízo da aplicação do art. 56 da Lei nº 9.784, de 29 de janeiro de 1999. § 3º A compensação considerada não declarada implicará a consti- tuição dos créditos tributários que ainda não tenham sido lançados de oficio nem confessados ou a cobrança dos débitos já lançados de ofício ou confessados. Planejamento tributário110 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 110 19/01/2017 18:09:41 § 4º Na hipótese a que se refere o § 1º não se aplica o disposto no inciso V do § 3º do art. 41. § 5º Verificada a situação a que se refere o caput em relação à parte dos débitos informados na Declaração de Compensação, somente a esses será dado o tratamento previsto neste artigo. § 6º Será exigida multa isolada sobre o valor total do débito cuja compensação for considerada não declarada nas hipóteses do inciso I do § 3º do art. 41, aplicando-se o percentual de: I - 75% (setenta e cinco por cento); ou II - 150% (cento e cinquenta por cento), quando se comprove falsidade da declaração apresentada pelo sujeito passivo. § 7º As multas a que se referem os incisos I e II do § 6º passarão a ser de 112,5% (cento e doze inteiros e cinco décimos por cento) e 225% (duzentos e vinte e cinco por cento), respectivamente, nos casos de não atendimento pelo sujeito passivo, no prazo marcado, de intimação para prestar esclarecimentos ou para apresentar documentos ou arquivos magnéticos. § 8º O lançamento de ofício da multa isolada de que tratam os §§ 6º e 7º será efetuado por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) da unidade da RFB que considerou não declarada a compensação. Todo DARF gerado pode ser pago em dinheiro, em bancos ou lotérica, ou por débito automático. Caso pago por compensação, ela deverá ser informada pelo programa PER/DCOMP. Sicalc O programa Sicalc foi desenvolvido para auxiliar o contribuinte no cálculo de acréscimos legais e emissão do DARF para pagamento. O programa executa: n Cálculo da multa e dos juros moratórios para os pagamentos efetuados após a data de seu vencimento. n Imprime DARF , tanto para pagamentos em atraso como para paga- mentos no prazo. 111Formas de pagamento Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 111 19/01/2017 18:09:41 Veja, na Figura 1, o modelo de um DARF gerado pelo programa Sicalc. Figura 1 – Modelo de DARF. Fonte: Tax Contabilidade (c2010-2016). O que são acréscimos legais? A Receita Federal do Brasil (BRASIL, 2015d) defi ne em seu site que acréscimos legais são valores que representam multa e juros de mora, incidentes sobre o valor da obrigação principal do sujeito passivo perante o sujeito ativo – ou seja, é a obrigação do pagamento do tributo ou contribuição, quando essa obrigação tributária não é cumprida no prazo estabelecido pela legislação. A incidência de acréscimos legais também tem previsão legal e representa um ônus fi nanceiro, que tem como objetivo desestimular o pagamento fora das obrigações tributárias principais fora do prazo. Os acréscimos legais são devidos após o vencimento da obrigação tributária principal, logo, a data de vencimento do tributo ou contribuição é o ponto de partida para o cálculo e a cobrança dos mesmos. Perceba que há situações em que os juros são devidos mesmo para débito ainda não vencido; é o caso do ITR, do IRPF e do IRPJ, em quotas (BRASIL, 2015d). A Receita Federal do Brasil define, ainda em seu site, como calcular a multa de mora e juros de mora, conforme segue: Multa (BRASIL, 2015c): 1º) Calcula-se o percentual da multa de mora a ser aplicado: Planejamento tributário112 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 112 19/01/2017 18:09:41 n 0,33% por dia de atraso, limitada a 20%. n O número dos dias em atraso é calculado somando-se os dias, ini- ciando-se a contagem no primeiro dia útil a seguir do vencimento do tributo, e fi nalizando-a no dia em que ocorrer o seu pagamento. Se o percentual encontrado for maior que 20%, abandoná-lo e utilizar 20% como multa de mora. 2º) Aplica-se o percentual da multa de mora sobre o valor do tributo ou contribuição devido. Juros (BRASIL, 2015b): 1º) Calcula-se a alíquota do juro de mora: Soma-se a taxa Selic desde a do mês seguinte ao do vencimento do tributo ou contribuição até a do mês anterior ao do pagamento, e acrescenta-se a esta soma 1% referente ao mês de pagamento. Não há cobrança de juros de mora para pagamentos feitos dentro do próprio mês de vencimento Ex: tributo vence em 14/11, se pagar até 30/11, não pagará juros de mora, apenas a multa de mora. 2º) Aplica-se a taxa do juro de mora sobre o valor do tributo ou con- tribuição devido. Atualização das restituições e compensações A Receita Federal do Brasil (BRASIL, 2015a) defi ne que as quantias recolhi- das ao Tesouro Nacional a título de tributo ou contribuição e administradas pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) serão restituídas ou compensadas com o acréscimo de juros equivalentes à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) para títulos federais, acumulados mensalmente e de juros de 1% (um por cento) no mês em que a quantia for disponibilizada ou utilizada na compensação de débitos do sujeito passivo. Para o seu cálculo, você deve observar e proceder com o seguinte (BRASIL, 2015a): I – como termo inicial de incidência: a) tratando-se de restituição de imposto de renda apurada em de- claração de rendimentos de pessoa física: 1. o mês de janeiro de 1996, se a declaração referir-se ao exercício de 1995 ou anteriores; 2. o mês de maio, se a declaração referir-se aos exercícios de 1996 e subsequentes; 113Formas de pagamento Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 113 19/01/2017 18:09:41 b) tratando-se de declaração de encerramento de espólio ou de saída definitiva do País: 1. o mês de janeiro de 1996, se a declaração referir-se ao exercício de 1995 ou anteriores; 2. a data prevista para a entrega da declaração, se referente aos exer- cícios de 1996 ou 1997; ou 3. o mês seguinte ao previsto para a entrega tempestiva da declaração, se referente ao exercício de 1998 e subsequentes. c) na hipótese de pagamento indevido ou a maior: 1. o mês de janeiro de 1996, se o pagamento tiver sido efetuado antes de 1 o de janeiro de 1996; 2. a data da efetivação do pagamento, se este tiver sido efetuado entre 1 o de janeiro de 1996 e 31 de dezembro de 1997; ou 3. omês subsequente ao do pagamento, se este tiver sido efetuado após 31 de dezembro de 1997. Obs.: Nos casos “b.2” e “c.2” acima, o cálculo dos juros equivalentes à taxa referencial Selic relativos ao mês da entrega da declaração ou do pagamento indevido ou a maior que o devido será efetuado com base na variação dessa taxa a partir do dia previsto para a entrega da declaração, ou do pagamento indevido ou a maior, até o último dia útil do mês. d) na hipótese de saldo negativo de IRPJ e de CSLL, o mês subsequente ao do encerramento do período de apuração. e) tratando-se da Contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins retidas na fonte, o mês subsequente ao da retenção. f) tratando-se de compensação da Cide-Combustíveis, o mês subse- quente ao da aquisição de hidrocarbonetos líquidos. g) na hipótese de pagamento indevido ou a maior de contribuições previdenciárias e contribuições recolhidas para outras entidades ou fun- dos, o mês subsequente ao do pagamento. h) na hipótese de crédito referente a retenção na cessão de mão-de- -obra e na empreitada, no mês subsequente ao da nota fiscal, da fatura ou do recibo de prestação de serviços. i) na hipótese de reembolso, o mês subsequente ao pagamento do salário-família ou do salário-maternidade. Planejamento tributário114 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 114 19/01/2017 18:09:41 II – como termo final de incidência: a) em se tratando de restituição apurada em declaração de rendi- mentos da pessoa física, o mês anterior àquele em que o recurso for disponibilizado no banco; b) nos demais casos, no mês da efetivação da restituição. Obs.: Os valores sujeitos a restituição, apurados em declaração de ren- dimentos, bem como os créditos decorrentes de pagamento indevido ou a maior, passíveis de compensação ou restituição, apurados anteriormente a 1º de janeiro de 1996, quantificados em Unidade Fiscal de Referência (Ufir), deverão ser convertidos em reais, com base no valor da Ufir vigente em 1º de janeiro de 1996, correspondente a R$ 0,8287. O valor resultante dessa conversão constituirá a base de cálculo para atualização. Tributos cujos acréscimos legais são calculados pelo Sicalc O Sicalc calcula o valor dos acréscimos legais nas seguintes situações: 1. Pagamento das quotas do IRPF, a partir do exercício de 1996. 2. Pagamento do IRPJ, a partir do exercício de 1996. 3. Pagamento da CSLL, a partir do ano de 1996. 4. Pagamento das quotas de ITR, a partir do exercício de 1997. 5. Pagamento do Simples Federal – Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte – a partir de 1997 até junho de 2007. 6. Pagamentos dos demais tributos e contribuições administrados pela RFB, com algumas exceções, a partir do ano de 1995. Tributos cujos acréscimos legais não são calculados pelo Sicalc O Sicalc não calcula o valor dos acréscimos legais: 1. de tributos e contribuições não administrados pela Secretaria da RFB (p. ex., códigos da dívida ativa, custas judiciais etc.); 2. de alguns tributos e contribuições administrados pela RFB, a exemplo de parte dos impostos sobre o comércio exterior; de multa por atraso na entrega de declaração – códigos de receita 5300, 5320, 5338, 1345 e 2170 (os cálculos são efetuados nas unidades de atendimento da RFB, quando necessário); e de tributos lançados de ofício. 115Formas de pagamento Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 115 19/01/2017 18:09:41 1. Entre as informações a seguir, qual delas não é preenchida no DARF? a) Nome e telefone do contribuinte. b) CNPJ. c) Código da receita. d) Representante legal. e) Valor. 2. Como é calculada a multa de mora? a) Por meio da aplicação do percentual de 0,33% por dia de atraso. b) Aplica-se o percentual da multa de mora sobre o valor devido do tributo ou da contribuição, com os juros. c) Aplica-se o percentual de 0,33% por dia de atraso, limitado a 20%. d) Soma-se a taxa SELIC desde o mês seguinte ao do vencimento do tributo ou da contribuição até o mês anterior ao do pagamento. e) Não existe cobrança de multas de mora para pagamentos feitos dentro do próprio mês. 3. Pode ser objeto de restituição por meio do Perdcomp: a) Crédito tributário de terceiros. b) Pagamento de tributos em duplicidade. c) O débito que já tenha sido encaminhado à Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional. d) O crédito que não se refira a tributos administrados pela Receita Federal. e) O débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada ou considerada não declarada. 4. O Sicalc não calcula o valor dos acréscimos legais em casos de: a) Pagamento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). b) Pagamentos de PIS e Cofins em atraso. c) Tributos e contribuições não administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). d) Pagamento das quotas do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) a partir do exercício de 1996. e) Pagamento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) a partir do ano de 1996. 5. São exemplos de tributos pagos por meio de DARFs: a) ICMS e Cofins. b) ISSQN e PIS. c) PIS e IRPJ. d) ICMS e ISSQN. e) Cofins e ICMS. Planejamento tributário116 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 116 19/01/2017 18:09:42 BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Brasília, DF, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ constituicaocompilado.htm>. Acesso em: 12 nov. 2016. BRASIL. Decreto-lei nº 491, de 5 de março de 1969. Brasília, DF, 1969. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del0491.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016. BRASIL. Lei complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Brasília, DF, 2006a. Dis- ponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016. BRASIL. Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000. Brasília, DF, 2000. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9964.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016. BRASIL. Lei nº 10.684, de 30 de maio de 2003. Brasília, DF, 2003. Disponível em: <http:// www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.684.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016. BRASIL. Medida provisória nº 303, de 29 de junho de 2006. Brasília, DF, 2006b. Disponível em: <https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2006/Mpv/303.htm>. Acesso em: 27 dez. 2016. BRASIL. Receita Federal. Atualização das restituições e compensações. Brasília, DF, 2015a. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/restituicao- -ressarcimento-reembolso-e-compensacao/restituicao/atualizacao-das-restituicoes- -compensacoes>. Acesso em: 17 jan. 2017. BRASIL. Receita Federal. Como calcular juros de mora (acréscimos legais). Brasília, DF, 2015b. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/pa- gamentos-e-parcelamentos/pagamento-em-atraso/como-calcular-juros-de-mora- -acrescimos-legais>. Acesso em: 17 jan. 2017. BRASIL. Receita Federal. Como calcular multa de mora (acréscimos legais). Brasília, DF, 2015c. Disponível em: <http://idg.receita.fazenda.gov.br/orientacao/tributaria/ pagamentos-e-parcelamentos/pagamento-em-atraso/como-calcular-multa-de- -mora-acrescimos-legais>. Acesso em: 17 jan. 2017. BRASIL. Receita Federal. Instrução normativa RFB nº 1300, de 20 de novembro de 2012. Brasília, DF, 2012. 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Disponível em: <http:// www2.senado.leg.br/bdsf/bitstream/handle/id/176393/000506410.pdf>. Acesso em: 24 dez. 2016. PORTAL TRIBUTÁRIO. Declaração de compensação - PER/DCOMP. São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.portaltributario.com.br/tributario/dcomp.htm>. Acesso em: 24 dez. 2016. SANTOS, Henrique Carlos P. [Textos]. São Paulo: Jusbrasil, 2015. Disponível em: <https:// henricatzo.jusbrasil.com.br/>. Acesso em: 26 dez. 2016. TOM, Carin. DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais. [S.l.]: ContaAzul, 2016. Disponível em: <https://blog.contaazul.com/darf-documento-de-arrecadacao- -de-receitas-federais/>. Acesso em: 26 dez. 2016. Planejamento tributário118 Planejamento_Tributario_U3_C06.indd 118 19/01/2017 18:09:42 Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Veja na Dica do professor como se preenche um DARF por meio do programa Sicalc. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Entre as informações a seguir, qual delas não é preenchida no DARF? A) Nome e telefone do contribuinte. B) CNPJ. C) Código da receita. D) Representante legal. E) Valor. 2) Como é calculada a multa de mora? A) Por meio da aplicação do percentual de 0,33% por dia de atraso. B) Aplica-se o percentual da multa de mora sobre o valor devido do tributo ou da contribuição, com os juros. C) Aplica-se o percentual de 0,33% por dia de atraso, limitado a 20%. D) Soma-se a taxa SELIC desde o mês seguinte ao do vencimento do tributo ou da contribuição até o mês anterior ao do pagamento. E) Não existe cobrança de multas de mora para pagamentos feitos dentro do próprio mês. 3) Pode ser objeto de restituição por meio do Perdcomp: A) Crédito tributário de terceiros. B) Pagamento de tributos em duplicidade. C) O débito que já tenha sido encaminhado à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional. D) O crédito que não se refira a tributos administrados pela Receita Federal. E) O débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada ou considerada não declarada. 4) O Sicalc não calcula o valor dos acréscimos legais em casos de: A) Pagamento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido). B) Pagamentos de PIS e Cofins em atraso. C) Tributos e contribuições não administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). D) Pagamento das quotas do IRPF (Imposto de Renda Pessoa Física) a partir do exercício de 1996. E) Pagamento da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido) a partir do ano de 1996. 5) São exemplos de tributos pagos por meio de DARFs: A) ICMS e Cofins. B) ISSQN e PIS. C) PIS e IRPJ. D) ICMS e ISSQN. E) Cofins e ICMS. NA PRÁTICA Como identificar quais tributos devem ser gerados pelo Sicalc? O gerente da empresa Repair Jeans Comércio e Restauração de Roupas Ltda, localizada no Estado da Bahia, tem uma relação de tributos que deve pagar. Ele baixou o aplicativo Sicalc, da Receita Federal, tendo em mãos a relação de tributos que deve pagar no mês de julho. A relação era: ICMS, ISSQN, PIS, Cofins, IRPJ e CSLL. Porém, ele não havia conseguido gerar todos os tributos, apenas PIS, Cofins, IRPJ e CSLL. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Aprendendo PER - DCOMP - Baixando e Atualizando as tabelas Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! PERDCOMP Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Sistemas informatizados da Secretaria da Receita Federal Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!