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Andressa – P3B FMO – 2021.1 - Citar as ações fisiológicas dos glicocorticoides. ♦Glicocorticoides: O cortisol, o principal glicocorticoide, exerce efeitos multissistêmicos, visto que praticamente todas as células expressam receptores de glicocorticoides. Os glicocorticoides, como o próprio nome sugere, desempenham um importante papel na regulação da homeostasia da glicose. Eles afetam o metabolismo intermediário, estimulam a proteólise e a gliconeogênese, inibem a síntese das proteínas musculares e aumentam a mobilização dos ácidos graxos. Seu efeito essencial consiste em aumentar os níveis de glicemia, daí sua designação de “glicocorticoides”. ► No fígado, eles aumentam a expressão das enzimas gliconeogênicas, como a fosfoenolpiruvato-carboxiquinase, a tirosina-aminotransferase e a glicose-6- fosfatase. ► No músculo, os glicocorticoides interferem na translocação do transportador de glicose 4 para a membrana plasmática. ► No osso e na cartilagem, eles diminuem a expressão e a ação do fator de crescimento semelhante à insulina 1, da proteína de ligação do fator de crescimento semelhante à insulina 1 e do hormônio do crescimento, afetando também as interações dos hormônios tireoidianos. A presença de níveis excessivos de glicocorticoides resulta em osteoporose e compromete o crescimento do esqueleto e a formação óssea ao inibir a síntese de osteoblastos e de colágeno. Os glicocorticoides, que estão presentes em níveis circulantes particularmente altos, são catabólicos e resultam em perda da massa corporal magra, incluindo osso e músculo esquelético. Eles modulam a resposta imune ao aumentar a síntese de citocinas anti-inflamatórias e ao diminuir a síntese de citocinas pró-inflamatórias, exercendo, assim, um efeito anti-inflamatório global. Seus efeitos anti-inflamatórios foram explorados pelo uso de análogos sintéticos de glicocorticoides, como a prednisona, no tratamento de doenças inflamatórias crônicas. ► Na vasculatura, os glicocorticoides modulam a reatividade a substâncias vasoativas, como a angiotensina II e a noradrenalina. Essa interação torna-se evidente em pacientes com deficiência de glicocorticoides e manifesta-se na forma de hipotensão e diminuição da sensibilidade à administração de vasoconstritores. ► No sistema nervoso central, eles modulam a percepção e a emoção e podem produzir alterações acentuadas no comportamento. Esse aspecto deve ser levado em consideração quando se administram análogos sintéticos, particularmente a pacientes idosos. ♦ O excesso de glicocorticoides pode ser decorrente da superprodução por um tumor suprarrenal, da estimulação excessiva da síntese de glicocorticoides da suprarrenal pelo ACTH produzido por um tumor hipofisário ou tumor ectópico, ou à administração iatrogênica (prescrição feita pelo médico) de glicocorticoides sintéticos em excesso. A manifestação clínica do excesso de glicocorticoides, conhecida como síndrome de Cushing, pode ser dividida em duas categorias, dependendo de sua etiologia. ► A síndrome de Cushing dependente de ACTH caracteriza-se por níveis elevados de glicocorticoides em consequência da estimulação excessiva pelo ACTH produzido por tumores hipofisários ou ectópicos (tecido extra-hipofisário). A fonte mais frequente de ACTH de produção ectópica é o carcinoma de pulmão de pequenas células. A secreção ectópica de ACTH em geral não é suprimida pela administração exógena de glicocorticoides (dexametasona), e essa característica é útil no diagnóstico diferencial. ► Na síndrome de Cushing independente de ACTH, a produção excessiva de cortisol resulta de anormalidade na produção adrenocortical de glicocorticoides, independentemente da estimulação pelo ACTH. Com efeito, os níveis circulantes elevados de cortisol suprimem os Andressa – P3B FMO – 2021.1 níveis de CRH e de ACTH no plasma. Clinicamente, a manifestação inicial mais comum do excesso de glicocorticoides consiste em ganho ponderal, que costuma ser central, mas que pode ser de distribuição generalizada; espessamento dos traços faciais, conferindo o aspecto típico de face redonda ou “face de lua cheia”; aumento do coxim adiposo dorso-cervical, constituindo a “giba de búfalo”, e aumento da gordura que sobressai acima da fossa supraventricular. ► Os achados concomitantes frequentes incluem hipertensão, intolerância à glicose, diminuição ou ausência do fluxo menstrual em mulheres pré- menopáusicas, diminuição da libido nos homens e equimoses espontâneas. A debilidade e a fraqueza musculares manifestam-se por dificuldade em subir escadas ou levantar de uma cadeira baixa. Nas crianças e nos adolescentes, o excesso de glicocorticoides causa a interrupção do crescimento linear e ganho ponderal excessivo. Os outros sintomas com frequência são acompanhados de depressão e insônia. Os pacientes idosos e aqueles com síndrome de Cushing crônica tendem a apresentar adelgaçamento da pele e osteoporose, com dor lombar e colapso vertebral, causado pelo aumento da renovação óssea, resultando em osteoporose. - Caracterizar a síndrome de Cushing (manifestações clínicas e níveis de CRH e ACTH). A síndrome de Cushing (SC) é a condição resultante da exposição prolongada a quantidades excessivas de glicocorticoides. Pode ser fruto da administração terapêutica prolongada de glicocorticoides (SC exógena ou iatrogênica) ou, bem menos frequentemente, da hiperprodução crônica de cortisol (SC endógena). ‼SC endógena ainda persiste como a doença endócrina mais desafiadora em termos de avaliação diagnóstica. Diversos fatores contribuem para isso, entre eles o fato de muitas das manifestações clinico-laboratoriais da SC serem observadas em doenças bem mais frequentes (p. ex., obesidade e síndrome dos ovários policísticos), a eventual presença de alterações clinico- laboratoriais muito sutis (que podem facilmente passar despercebidas) ou de hipercortisolismo cíclico, a inexistência de exames laboratoriais com adequada acurácia diagnóstica e a variabilidade biológica dos tumores. E p i d e m i o l o g i a A SC pode ocorrer em qualquer faixa etária, mas é mais comum em adultos, com idade mediana de 41,4 anos ao diagnóstico, e predomínio no sexo feminino. Trata-se de doença rara, com estimada incidência de 2 a 5 casos novos por milhão de habitantes e prevalência de 37 a 39 por milhão em várias populações. No entanto, maior prevalência tem sido relatada para o hipercortisolismo subclínico (sobretudo, de origem adrenal) em indivíduos com diabetes tipo 2 mal controlado (2 a 3%), hipertensão (0,5 a 1%), incidentalomas adrenais (até 10%) e osteoporose de início precoce (até 11%). ‼ A SC está associada a elevadas taxas de morbidades e mortalidade (razão de mortalidade padronizada [SMR] entre 2,0 e 5,0), as quais são reduzidas, mas não necessariamente revertidas com o tratamento adequado. → Entre pacientes com adenomas hipofisários secretores de ACTH (doença de Cushing) que obtiveram reversão do hipercortisolismo após a cirurgia transesfenoidal, normalização da SMR foi demonstrada em alguns estudos, mas não em todos. Da mesma forma, podem persistir, em uma significativa proporção de casos, fatores de risco cardiovasculares (obesidade, diabetes, hipertensão e dislipidemia), distúrbios psiquiátricos (depressão e ansiedade) e distúrbios cognitivos. E t i o l o g i a As causas da SC dividem-se em duas categorias, de acordo com os níveis do ACTH circulante: ACTH-dependentes (71 a 80% dos casos) e ACTH-independentes (20 a 29% dos casos). A doença de Cushing (DC) é a etiologia mais comum (cerca de dois terços dos casos), seguida das patologias adrenais e da síndrome do ACTH ectópico (SAE). ♦ Síndrome de Cushing ACTH-dependente: ocorre quando o hipercortisolismo se origina da secreçãoexcessiva de ACTH. Em cerca 80 a 90% dos pacientes, o fator etiológico é um adenoma hipofisário secretor de ACTH (também chamado corticotropinoma ou adenoma corticotrófico), caracterizando a DC. Os casos restantes decorrem da secreção ectópica de ACTH ou, bem mais raramente, do hormônio liberador da corticotrofina (CRH). Em alguns casos, a fonte de secreção de ACTH pode permanecer incerta. ‼Doença de Cushing: A DC resulta, na grande maioria dos casos, de um microadenoma (diâmetro < 10 mm) hipofisário secretor de ACTH. Apenas 10 a 20% dos casos são associados a um macroadenoma, enquanto os carcinomas são extremamente raros. A DC tem predomínio no sexo Síndrome de Cushing x Doença de Cushing ‼Síndrome é qualquer hipercortisolismo; ‼ Doença é o hipercortisolismo causado especificamento por adenoma hipofisário hipersecretor de ACTH (corticotropinoma) Andressa – P3B FMO – 2021.1 feminino (M:H = 8:1), início, em geral, entre 20 e 40 anos e uma progressão lenta (vários anos de sintomas). Nos casos pré-puberais, contudo, há maior ocorrência no sexo masculino. ♦ Síndrome do ACTH ectópico: Também chamada de secreção ectópica de ACTH, a SAE responde por 5 a 10% dos casos de SC e cerca de 20% dos casos de SC ACTH-dependente. Ela é um pouco mais prevalente no sexo masculino, com maior incidência entre 40 e 60 anos. Em contraste, entre mulheres com SC ACTH-dependente, a DC é cerca de 9 vezes mais comum do que a SAE. É muito rara a ocorrência de SAE em crianças e adolescentes. SAE pode se originar de diversos tumores; porém, provavelmente, a causa mais comum é o carcinoma pulmonar de células pequenas. ♦Síndrome de Cushing ACTH-independente ►Distúrbios adrenais Os distúrbios adrenais primários representam até 30% dos casos da síndrome de Cushing. Em geral, são causados por um adenoma (cerca de 80%) ou, menos comumente, um carcinoma produtor de cortisol. Os adenomas em geral medem menos de 3 cm, são unilaterais e facilmente visualizados à tomografia computadorizada (TC) ou à ressonância magnética (RM). Em crianças com idade < 5 anos, os tumores adrenais, sobretudo os carcinomas, destacam-se como uma das principais causas, senão a mais prevalente. ►Carcinomas: Os carcinomas adrenocorticais (CAC) representam cerca de 20% do total de casos de SC ACTH-independentes. Geralmente, são grandes (> 6 cm) quando diagnosticados, e até 10% são bilaterais. Sua distinção histológica com os adenomas pode ser, contudo, difícil. Devem ser sempre suspeitados quando o tumor adrenal for > 6 cm e/ou cursar com hipercortisolismo associado a marcante hiperandrogenismo. A incidência dos CAC é de, aproximadamente, 0,2 por milhão ao ano. Eles são 1,5 vez mais comuns em mulheres e têm uma distribuição etária bimodal, com picos na infância e na adolescência, bem como ao final da vida. ►Adenomas Em geral, são lesões pequenas (a maioria é < 3 cm) e unilaterais. Diferentemente dos CAC, tendem a cursar com hipercortisolismo de início mais gradual e menor intensidade, e a produzir apenas uma classe de esteroides. Ocorrem com mais frequência em torno de 35 anos de idade, são significativamente mais comuns em mulheres e têm incidência de, aproximadamente, 0,6 por 1 milhão ao ano. Entre as manifestações clássicas associadas à síndrome de Cushing (SC) incluem-se ganho de peso, letargia, fraqueza, irregularidades menstruais, perda da libido, hirsutismo, acne, estrias cutâneas purpúricas, miopatia proximal, disfunção erétil e distúrbios psiquiátricos (p. ex., depressão, ansiedade e, mais raramente, psicose). Sua maior ou menor frequência dependerá da duração e da intensidade do hipercortisolismo. Mais de 70% dos pacientes com SC manifestam sintomas psiquiátricos, que variam de ansiedade ou instabilidade emocional a depressão ou franca psicose. Tais manifestações psiquiátricas podem, ocasionalmente, ser a manifestação inicial da síndrome, a exemplo da hiperglicemia, da hipertensão, das fraturas osteoporóticas ou dos distúrbios menstruais. Problemas associados, como hipertensão e diabetes melito, são comuns e podem ser o motivo que leva os pacientes a procurar assistência médica. Raramente, observa-se necrose asséptica da cabeça do fêmur, mas ela já foi relatada como manifestação inicial da síndrome ‼Algumas características, tais como aumento na pressão intraocular, catarata, hipertensão intracraniana benigna, necrose asséptica da cabeça do fêmur, osteoporose e pancreatite, são mais comuns na SC iatrogênica do que na SC endógena, enquanto outras características, notadamente hipertensão, hirsutismo e oligomenorreia/amenorreia, são menos prevalentes na SC iatrogênica - Explicar os fundamentos do teste de supressão com dexametasona. A administração de uma pequena dose de dexametasona, um análogo glicocorticoide sintético, durante dois dias (em baixa dose) ou durante a noite (em dose mais alta) suprime a liberação de CRH e de ACTH e, portanto, a produção de cortisol. Esse teste baseia-se no fato de que, na maioria das situações, as células tumorais de corticotropos na doença de Cushing conservam alguma responsividade aos efeitos de retroalimentação negativa dos glicocorticoides. Diferentemente, isso não ocorre com tumores produtores de ACTH ectópico. O teste padronizado é efetuado em coletas de urina de 24 horas para determinação do cortisol ou de seu metabólito. Por conseguinte, o teste de dexametasona-CRH é utilizado para diferenciar o hipercortisolismo dependente de ACTH hipofisário (doença de Cushing) daquele dependente de ACTH ectópico (síndrome de Cushing). - Explicar o hipercortisolismo iatrogênico. : Andressa – P3B FMO – 2021.1 O uso crônico de glicocorticoides representa a causa mais comum de síndrome de Cushing, devendo ser descartado em qualquer paciente com manifestações cushingoides. Estas últimas costumam surgir com doses diárias excedendo 7,5 mg de prednisona, 0,75 mg de dexametasona ou 30 mg de hidrocortisona. ► Ocasionalmente, o quadro pode surgir devido ao uso prolongado de preparações nasais de glicocorticoides (para o tratamento de rinite alérgica), o que, muitas vezes, não é informado pelo paciente, por julgar que não se trata de “remédios”. A utilização prolongada de cremes e colírios contendo glicocorticoides pode também resultar em síndrome de Cushing exógena (SCE). O emprego concomitante de substâncias que inibam o citocromo P450 (p. ex., itraconazol e inibidores de proteases) aumenta o risco de SCE durante o uso de glicocorticoides por via oral ou inalatória. A SCE foi também descrita em pacientes medicados com acetato de megestrol. Atenção: na SCE, devido à supressão do eixo HHA, encontram- se tipicamente baixos os níveis séricos de cortisol (exceto nos casos decorrentes do uso de hidrocortisona) e ACTH. D i a g n ó s t i c o Diante da suspeita clínica de SC, deve-se, de início, descartar o uso de glicocorticoides (por qualquer via de administração), frequentemente omitido pelos pacientes. A investigação da SC endógena inclui duas etapas: confirmação do hipercortisolismo e definição de sua etiologia. ‼ No entanto, a maioria dos protocolos de investigação utiliza, no mínimo, dois testes funcionais que enfocam diferentes aspectos da fisiopatologia do eixo HHA. A confirmação do estado de hipercortisolismo precisa ser estabelecida antes de qualquer tentativa para o diagnóstico diferencial. Caso contrário, essa abordagem resultará em diagnóstico equivocado e tratamento inadequado. ♦Confirmação do hipercortisolismo: Os três principais instrumentos diagnósticos atualmente empregados para estabelecer o diagnóstico de SC são os testes de supressão com dexametasona (DST) em baixas doses, a dosagem do cortisol salivar ao final da noite (LNSC) e a medida do cortisol livre urinário (em amostra de24 horas). Como testes de segunda linha, dispõe-se da dosagem do cortisol sérico à meia noite e do teste da dexametasona-CRH ► Na investigação da SC endógena, temos dado preferência ao teste de supressão noturna com 1 mg de dexametasona [DMS] (1 mg-DST) e ao cortisol salivar ao final da noite (LNSC) como rastreamento inicial. ‼ Se o valor do cortisol sérico (CS) no 1 mgDST for < 1,8 μg/dℓ, na manhã seguinte às 8h, e o LNSC for normal em duas amostras (separadas em 24 a 48 horas), praticamente fica descartado o diagnóstico (exceto nos casos de hipercortisolismo cíclico). ‼ O achado de CS > 1,8 μg/dℓ e elevação do LNSC confirmam o diagnóstico, particularmente se o LNSC exceder em duas vezes o limite superior da normalidade (LSN). ► Como alternativa ao LNSC, utiliza-se a dosagem do cortisol livre urinário (UFC), mais sujeito a resultados falso-negativos e falso-positivos. Valores além de 4 vezes o LSN são, contudo, patognomônicos da SC. A dosagem do UFC parece ser mais atraente em pacientes com o quadro clínico muito característico, indicativo de hipercortisolismo intenso, já que, nessa situação, o UFC está, em geral, elevado. Em contrapartida, em casos de hipercortisolismo leve a moderado ou hipercortisolismo cíclico, o UFC pode estar normal. Atualmente, temos reservado o 2 mg-DST, sobretudo, aos casos de resultados discordantes ou minimamente alterados, com outros testes de rastreamento - Citar as opções de tratamento da SC. //completar ♦Se a causa é ACTH dependente (tumor hipofisário): →Cirurgia via transesfenoidal (doença de Cushing) ou abordagem de tumor primário (tumor ectópico); → outros tratamentos medicamentosos específicos para o tumor, como agonistas dopaminérgicos, e radioterapia; → Também pode inibir a esteroidogênese com medicações ou cirurgia (adrenalectomia total). S í n d r o m e d e C u s h i n g 1. Sobre o cortisol, marque a alternativa mais adequada: A) O cortisol é produzido pela hipófise posterior após estímulo do ACTH. B) A liberação de CRH pela adeno-hipófise é regulada pelo peptídeo hipotalâmico, o hormônio de liberação da corticotrofina (ACTH) C) A liberação de cortisol é maior durante as primeiras horas de vigília, e os níveis declinam à medida que o dia prossegue. D) A maior parte do cortisol circula na sua forma livre. Andressa – P3B FMO – 2021.1 2. Sobre a síndrome de Cushing, marque a alternativa mais adequada: * A) A principal causa de síndrome de Cushing é um tumor hipofisário produtor de ACTH. → doença de cushing: causada pelo tumor B) Os carcinomas são as principais causas de síndrome de Cushing de origem adrenal. C) Síndrome de Cushing exógena pode ser causada por uso de corticoide tópico e inalatório. D) Pacientes com síndrome de Cushing exógena devem ser orientados a interromper o uso do medicamento abruptamente. 03. Mulher, 27 anos, foi encaminhada ao endocrinologista para investigação de síndrome de Cushing. Quais manifestações clínicas e laboratoriais você esperaria encontrar nesta paciente? A) Obesidade central, rubor facial, acne. B) Hipertensão Arterial Sistêmica, osteoporose, estrias finas. → estrias grossas C) Face em lua cheia, palidez facial, Diabetes Mellitus. → não tem palidez D) Osteoporose, hipoglicemias frequentes, acne. → não tem hipoglicemia ‼Estrias surgem devido a problemas com o colágeno 4. Homem de 34 anos vem à consulta com quadro compatível de síndrome de Cushing. Traz os exames: Cortisol após 1 mg de dexametasona: 16,0 mcg/dL (VR: até 1,8); Cortisol livre urinário (duas dosagens): 420 e 308 mcg/24 h (VR: 21 a 111); ACTH (duas dosagens): 62 e 56 pg/mL (VR: 10 a 45); tomografia de abdome: massa adrenal direita 1,6 cm. Qual a sua conduta? * A) Adrenalectomia unilateral direita. B) Ressonância Magnética de hipófise. C) Cateterização de adrenais. D) Iniciar cetoconazol 200 mg/dia. ‼ACTH e cortisol elevados: não precisa solicitar tomografia; esse exame foi realizado incorretamente ‼Caso esse tumor fosse secretor de ACTH, os valores de ACTH estariam baixos, por conta do feedback negativo 5. Qual das alternativas abaixo é causa de síndrome de Cushing ACTH-dependente? * A) Doença de Cushing. B) Adenoma Adrenal. C) Cushing iatrogênico por uso de corticoide. D) Carcinoma Adrenal.