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APRESENTAÇÃO DO TRABALHO FINAL DE CURSO- FRANKLIN

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TRABALHO DE FIM DE CURSO PARA OBTENÇÃO DE TÍTULO DE TÉCNICO DE ANÁLISES CLÍNICAS / 2017 – 2021
PESQUISA DE PARASITA DA MALÁRIA EM PACIENTES TENDIDO NO HOSPITAL PEDIÁTRICO DO LOBITO/2021 
Grupo Nº6
Turma: Única
1
ELABORADO PELOS ESTUDANTES:
Rosário Marques Domingos
Julieta JivalaChimucoUkuelonga
Micaela Lúcia Hossi Capeia
Florinda Nacalunga Flores De Oliveia Silva
INTRODUÇÃO
A malária é uma doença grave que afecta principalmente as pessoas que vivem nos países em desenvolvimento com o clima tropicais e subtropicais como é caso de Angola, com cerca de 212 milhões de casos por ano e 429 mil de óbitos, afectando principalmente mulheres grávidas e crianças menores de 5 anos 90% dos casos e 92% dos óbitos verificam-se na África Subsariana (WHO, 2005).
Agente etiológico da malária é um microrganismo eucariótico ao ramo dos Protozoa, da classe dos Sporozoa, ordem dos Haemoporidia, família dos Plasmodiae e ao género Plasmodium, com cinco espécies parasitas do homem: Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodiummalariae, Plasmodium ovale e Plasmodium knowlesi. Destes cinco espécies Plasmodium falciparum é o mais comum em África, responsável pelo elevado número de morte por malária em todo mundo. Do ponto de vista epidemiológico o homem é o único reservatório da malária humana.
A malária é uma das principais causas de mortalidade em Angola. Todo país é endémico com diferentes graus de endemicidade, variadas as características sócio - demográfico, ecológicas ambientais, vectoriais e do parasita.
O percurso da malária não tratada depende da espécie. A maioria dos casos fatais de malária é por P. falciparum.
As pessoas com infecção por P. faciparum ou P. malariae podem apresentar períodos livres de sintomas.
A escolha deste tema surge tendo em conta, malária é uma doença que tem cura e o tratamento é eficaz, simples e gratuito, mas pode evoluir para suas formas graves se não for diagnosticada e tratada de forma rápida e adequada.
OBJECTIVOS
GERAL
ESPECÍFICOS
OBJECTIVO GERAL
 Avaliar os Métodos para Pesquisa de Plasmódium.
OBJECTIVO ESPECÍFICOS
Descrever os métodos de pesquisa de Plasmódium
Citar os métodos de determinação de Plasmódium.
Compreender as técnicas de determinação de Plasmódium.
Citar as vantanges e desvantagens dos métodos utilizados.
Descrever a preparacão da solucão Tamponada.
 
CAPÍTULO # 1 - FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS: PESQUISA DE PARASITA DA MALÁRIA
1.2 - Historial do Plasmódio
Segundo Charles Laveran em 1880 detecta e descreve o parasita da malária no sangue de um paciente febril.
De acordo com o Relatório Mundial sobre a Malária de 2011, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), registaram-se 216 milhões de casos de malária em 2010 e estimou-se um número de 655 mil mortes, sendo as crianças africanas as principais vítimas. Actualmente, metade da população mundial reside em áreas com risco de transmissão de malária. 
1.2.1- Epidemiologia
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que seu impacto sobre as populações humanas continua aumentando: Ocorre em mais de 90 países, pondo em risco cerca de 40% da população mundial estima-se que ocorram de 300 a 500 milhões de novos casos, com média de um milhão de mortes por ano.
Por esses motivos, a OMS recomenda que seu diagnóstico, devem ser os primeiros elementos básicos estabelecidos em qualquer programa do Plano Nacional para o Controlo da Malária, no nosso pais, estima-se aproximadamente mais de 4.000.000 de casos por ano e com o registo de 20.000 óbitos por Malária por ano, pelo número apresentados 90% de casos são parasitado por Plasmódium Falciparum, 7% parasitados por Plasmódium Vivax, os 3% da população parasitados por Plasmódium malariae e por Plasmódio Oval. Os dados são desconhecidos, pelo que todo o pais é endémico principalmente por Plasmodium falciparum.
Em Angola a mortalidade por malária foi de 3.68 milhões em 2010 Este aumento no número de casos notificados nos últimos anos tende á baixar, devido o aumento de serviços de saúde e de construções de infra-estruturas 
1.2	Ciclo Evolutivo do Parasita no Homem
De acordo citações do (Jarbas Júnior, 2005) afirma que o ciclo assexuado do plasmódio, denominado esquizogônico, inicia-se após a picada do anofelino, com a inoculação de esporozoítos infectantes no homem.
A seguir, os esporozoítos circulam na corrente sanguínea durante alguns minutos e rapidamente penetram nas células do fígado (hepatócitos), dando início ao ciclo pré-eritrocítico, que dura seis (6) dias para a espécie P. falciparum.
Ao final do ciclo tecidual, os esquizontes rompem o hepatócito, liberando milhares de merozoítos na corrente sanguínas, cada epatrocito rompido libera cerca de 40mil de Plasmodium falciparum. Os merozoítos iram invadir as hemácias, dando início ao segundo ciclo de reprodução assessuada dos plasmodium.
Já no ciclo sanguíneo os plasmoduim falciparum têm tendência de invadir os eritrócitos velhos, maduros e os recentemente formados pelos órgãos hematopoetico. 
Dentro destes o Plasmódium vai sofrer uma série de transformações morfológicas até chegar a fase madura que se denomina esquizonte, quando se divide e origina novos merozoítos que serão lançados na corrente sanguínea, após a ruptura do eritrócito. Assim, no exame microscópico do sangue pode-se observar variada morfologia do parasita – trofozóitos jovens (anéis), trofozoítos maduros, formas irregulares, esquizontes jovens e esquizontes maduros. Após um período de replicação assexuada, alguns merozoítos se diferenciam em gametócitos machos e fêmeas.
A função desse gametócitos é de reproduzir pra garantir perpetuação da espécie. Eles podem ser diferenciados microscopicamente no esfregaço sanguíneo os microgametócitos (masculino) e os macrogametócitos (femininos). 
Fases assexuada na Gestante:
Agente infectante – esporócitos.
Fígado – esquizogônico.
Liberação merozoítos para o sangue.
Invasãodas hemácias.
Invasão Trofozoítos.
Liberação dos merozoítos.
 A reprodução sexuada (esporogônica) do parasita da malária ocorre no estômago do mosquito, após a diferenciação dos gametócitos em gametas e a sua fusão, com formação do ovo (zigoto). Este se transforma em uma forma móvel(oocineto) que migra até a parede do intestino médio do insecto, formando ovocisto na qual se desenvolveram os esporozoitos.
1.2.1Ciclo Evolutivo do Parasita no Mosquito
O tempo requerido para que se torne completo o ciclo esporogônico varia com a espécie de plamodium e com a temperatura em torno de 10 á 12 dias. Os esporozoítos produzidos nos oocistos são liberados na hemolinfa do insecto e migram até as glândulas salivares, de onde são transferidos para o sangue do hospedeiro humano durante o repasto sanguíneo.
Fases Sexuada do Mosquito Anopheles:
Fusão dos gametócitos femininos e masculinos.
Oocineto ou zigoto.
Penetração na parede do intestino.
Esporogonia.
Liberação dos esporócitos para as glândulas salivares do mosquito
CAPÍTULO # 2 – FUNDAMENTAÇÃO PRÁTICA
 
2.1 Diagnóstico Laboratorial
Tradicionalmente, o diagnóstico laboratorial da doença é feito pela visualização microscópica do plasmódium em exame da gota espessa de sangue, corada com corantes especiais tais como pelo corante de Giemsa de Whait Gruman. 
Apesar de a microscopia ser considerada o padrão de ouro para o diagnóstico e monitoramento do tratamento da malária, essa técnica exige pessoal treinado e experiente no exame de distensões sanguínea.
2.1.3 - Método pela Gota Espessa ou Esfregaço
Gota espessa: É o método adoptado oficialmente em Angola para o diagnóstico da malária.
A sua técnica baseia-se na visualização do parasita através da microscopia óptica, após coloração com corante azul de metileno e Giemsa, permitindo a quantificação do parasitas à partir da análise na gota de sangue.
Esfregaço delgado: É o único método que permite, com facilidade e segurança, a diferenciação específica dos parasitas, a partir da sua morfologia e das alterações provocadas no eritrócito infectado (globulos vermelhos).O esfregaço delgado, para que seja visualizado no microscópio, é importante que seja fixada e colorada com corantes especiais com objectivo de corar as diferentes estruturas a partir de misturas dos corantes eosina e azul de metileno.
O esfregaço possibilita a observação das formas parasitárias e das alterações eritrocitária concomitantes. Os eritrócitos permanecem intactos, o que permite fazer a identificação da espécie de Plasmódium responsável pela doença.
Características dos eritrócitos parasitados :
Dimensão
Forma
Presença de granulações 
Características dos parasitas:
Trofosoitos 
Esquizonte 
Gametocitos
Densidade do parasitismo
2.1.5 Preparação da Solução Tamponada
Dissolver um (1) comprimido de Bufeer tampão em 1000 ml de água e espera-se no mínimo 30 minutos, conservar em temperatura ambiente durante 1 mês.
2.1.6 Coloração de Giemsa
Coloração de giemsa recomenda-se para a identificação de parasita no sangue.
2.1.7 Solução de Giemsa 10%
10ml de Giemsa concentrado para 90ml de água tamponada
5ml de Giemsa concentrado para 45ml de água tamponada.
Tempo de coloração 10 minutos
2.1.8 Solução de Giemsa á 3%
3ml de de Giemsa concentrado para 97ml de água tamponada.
Tempo de coloração 30 minutos.
2.2 Técnica
Lavar as mãos com água corrente e sabão neutro e desinfectar com álcool 70%.
Colocar máscara. 
Calçar Luvas.
Chamar o paciente
Fazer a identificação dos materiais 
Fazer uma preparação psicológica ao paciente
Selecionar o dedo da mão para punção digital, Desinfetar o dedo selecionado com algodão humedecido com álcool a 70%.
Com ajuda de uma agulha ou lanceta realizar uma picada rápida e profunda.
Desprezar as duas primeiras gotas de sangue com um algodão seco.
Espremer sobre uma lâmina de vidro 1 gota de sangue ou aproximadamente “20ul
Com auxílio de uma lâmina distensora, estender o sangue deslisando com um movimento de aproximadamente 45º 
Secar a Lâmina com esfregaço em temperatura ambiente.
Emergir o esfregaço em álcool etílico alguns segundos e deixar secar ao ar.
Colorar a lâmina do esfregaço com corante de Giemsa diluído a 3% durante 30 minutos e enxaguar a lâmina em água corrente.
Secar a lâmina com esfregaço em temperatura ambiente
Descarta-se as luvas, lavar as mãos e desinfecta-las com álcool
Assim que a lâmina estiver seca colocamos o óleo de imersão e levamos ao microscópio para observar com as objectivas 10x a 100x.
2.2.2 Cálculo de Baixa parasitemia
2.2.3 Cálculo de Alta Parasitemia
1.Em campos cobertos, dividir o campo em 2 ou em 4 e contar parasitas em 100 leucócitos.
2.Se em 5 campos contabilizados não alcançar os 100 leucócitos, pare a contagem e aplique a fórmula usando os valores alcançados.
2.3 - Fases da Coloração
De acordo as citações de (António Oliveira e Col…) para toda lâmina com esfregaço realizado apresente as células com estruturas ou características necessárias é preciso que se cumpra as etapas tais como;
Fixação:
A preparação a ser corada deverá ser previamente fixada. O fixador rotineiro mais usado em hematologia é o metanol, que deve ser aplicado sobre a lâmina por 1 a 3 minutos.
Nesse período de tempo realiza esta etapa que é a de fixação.
Coloração:
Adicionando-se água de coloração (água tamponada, pH=7,0 ou água destilada, recentemente fervida).
Lavagem:
Após a coloração, lavar as laminas sob jacto de água corrente e em seguida secar ao ar.
2.3.2 Avaliação da Qualidade de Coloração com Gota Espessa
O exame da avaliação de um esfregaço deve ser feito, preferencialmente, na parte mais fina (cauda), onde as hemácias estão dispostas numa só camada, com as bordas separadas ou apenas com leve contacto e sem superposição, sendo facilmente observada a camada única de células fixadas formando franjas.
As seguintes características devem ser observadas para a avaliação da qualidade de coloração do esfregaço:
A coloração do esfregaço depende da espessura da camada de hemácias, bem como do método de coloração.
O esfregaço deve apresentar uma película fina e uniforme.
A cor do esfregaço pode variar do cinza-claro ao rosa-pálido.
Plasmódios: A cromatina nuclear cora-se em vermelho ou púrpura
2.3.3 Factores que Influenciam o Diagnóstico Microscópico da Malária
Habilidade técnica no preparo da lâmina.
Qualidade óptica e iluminação do microscópio.
Competência e cuidado por parte do microscopista.
2.3.4Vantagens do Esfregaço Delgado para a Pesquisa de Plasmódio
Por fixar as hemácias, permite melhor estudo da morfologia do parasita. 
Por ser fixado e não submetido à desemoglobinização, a perda de parasitas é bem menor que na gota espessa.
2.3.5Desvantagemdo esfregaço delgado para a pesquisa de plasmódio
Por ter menos quantidadede sangue, espalhada em uma única camada, o esfregaço delgado ocupa maior área da lâmina, dificultando o encontro das hemácias parasitadas. 
2.3.6 - Vantagens do Diagnóstico Microscópico
Baixo custo; 
Diferenciar uma espécie das outras; 
Diagnosticar outras patologias.
Desvantagens do diagnóstico microscópico
Necessita de técnico com experiência relevante em conhecer e identificar os estádios e as espécies do Parasita; 
Necessita de luz eléctrica ou solar;
Manuseio da coloração.
2.4 -Testes Imunocromatográficos
Mais conhecidos por teste rápidos, são testes para detenção de componentes antigeneticos do plasmoduim, este é um novo método de diagnosticar a malária.
2.4.4 Vantagens de Testes de Diagnóstico Rápido
São testes que podemos detectar mais casos positivos que a microscópio.
São técnicas rápidas praticas e sensíveis
São muito uteis como prova de confirmação 
2.4.5 Desvantagens de Testes de Diagnóstico Rápido
É qualitativo
São técnicas de alto custo financeiro
CAPÍTULO III – ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
4.1 – Discussão dos Resultados
O estudo foi realizado no Laboratório do Hospital Pediatrico do Lobito, foram colhidas 50 amostras para os exames de PesquisaPlasmodium.
	Nº	Idade	Negativo	Positivo	Total
	 	0 aos 5 anos	15	15	30
	 	6 aos 10 anos	4	8	12
	 	11 aos15 anos	3	5	8
	Total	 	28	22	50
Tabela nº 1– Resultados da pesquisa de campo 
	Nº	Sexo	Negativo	Positivo	Total
	 	Masculino	13	12	25
	 	Femenino	15	10	25
	Total	 	28	22	50
CONCLUSÃO
Conclui-se que idades mais afectadas por malária são crianças de 0 aos 15 anos e mulheres grávidas. A malária continua ser a principal causa de morte em Angola só no primeiro trimestre deste ano mais de duas mil pessoas morreram de malária seguindo dados do departamento de controle de doenças da direção nacional da saúde.
O resultado reflecte claramente do factores associado as doenças parasitaria que são:
Crescimento desordenado das cidades
Baixa qualidade das condições de vida,higiene das comunidades
Água,esgoto e lixo –
Disastre naturais 
ANEXOS
O NOSSO MUITO OBRIGADO!!
Fórmula: 
 
1. Nº de parasitas contados x 8000 leucócitos/mm3 
 Números de leucócitos contados 
De acordo com a OMS considera Baixa Parasitémia: ≤ 100.000 P/ul. 
Fórmula: 
 
Nº de parasitas contados em média x 8000 leucócitos/ ul 
Número de leucócitos contados em média. 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera Alta Parasit émia:> 
100.000 P/mm3. 
 
Figura Nº 1: Lâmina sanguínea com P. Falciparum 
 
 
 
Figura 3: Técnica do esfregaçosanguineo

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