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IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS DE DEFESA AGRANULARES NA INFECÇÃO VIRAL

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FOLHA DE ANOTAÇÕES 
CORNELL 
 
Nome: ALAN CRISAN ZOCCHE 
Aula: 2 Tópico: IDENTIFICAÇÃO DE CÉLULAS DE DEFESA 
AGRANULARES NA INFECÇÃO VIRAL 
Período 2° 
 
PERGUNTAS ANOTAÇÕES 
1 Os anticoagulantes retardam a coagulação à medida que inibem a formação 
de fibrina. 
PRINCIPAIS ANTICOAGULANTES UTILIZADOS 
• EDTA K2 (ácido etilenodiamino tetra-acético dipotássico): é o mais 
recomendado para análises hematológicas, pois preserva a integri-
dade celular. Atua como quelante do cálcio, impedindo a coagulação. 
Tubo com tampa roxa. 
• Heparina: é um anticoagulante natural, sendo o mais recomendado 
para análises bioquímicas, pois não interfere com os reagentes usa-
dos na maioria dos testes. Atua interferindo na conversão de pro-
trombina em trombina. Pode ser usado para contagem eritrocítica, 
mas não é recomendado para análises leucocitárias, pois pode causar 
agregação dos leucócitos, alterando a sua morfologia e dificultando a 
contagem. A heparina de lítio (não de sódio) é o anticoagulante re-
comendado para análise gasométrica e para hematologia em amos-
tras de répteis e quelônios. Tubo com tampa verde. 
• Citrato de sódio tamponado: pouco recomendado para hematologia 
por não preservar de maneira adequada a morfologia celular. Atua 
quelando o cálcio e impedindo o processo de coagulação. É o anti-
coagulante recomendado para os testes de coagulação na proporção 
de 1:9 partes de sangue. Tubo com tampa azul. 
• Fluoreto de sódio: similar ao citrato, sendo recomendado especifica-
mente para a dosagem de glicose e/ou lactato, pois inibe o processo 
de glicólise que ocorre nas hemácias, mantendo os níveis in vitro 
destes metabólitos por mais tempo. Tubo com tampa cinza. 
2 As respostas imunes são mediadas por uma variedade de células e por 
moléculas que estas células expressam. Os leucócitos são as células que 
desempenham as principais ações, mas outras células, que se encontram 
nos tecidos, também participam da resposta imunitária, enviando sinais e 
recebendo estímulos dos leucócitos. As células que participam do sistema 
imunitário se originam na medula óssea, onde muitas evoluem para a fase 
adulta. A partir da medula, e por meio de vasos sanguíneos, elas migram 
junto com todos os elementos celulares do sangue. Inclusive as hemácias, 
que transportam o oxigênio, e as plaquetas que participam da coagulação, 
uma vez que estes elementos se originam das células-tronco progenitoras 
da medula. 
O progenitor linfoide comum de origem aos linfócitos. Os linfócitos são as 
células que reconhecem, especificamente, os antígenos. Sua morfologia tí-
pica consiste em uma pequena célula redonda com núcleo esférico. Apesar 
da aparência uniforme, vários tipos de linfócitos podem ser distinguidos com 
base nas suas propriedades funcionais e proteínas específicas que expres-
sam. A distinção mais fundamental consiste na classificação destas células em 
duas linhagens principais, conhecidas como linfócitos B e linfócitos T. Os lin-
fócitos B, também chamados de células B (de bursa ou bolsa de Fabricius, 
nas aves, e derivadas da medula óssea, nos mamíferos), quando ativados, 
proliferam e se diferenciam em células plasmáticas ou plasmócitos, que são 
as células efetoras da linhagem B, cuja função principal é a secreção de 
anticorpos. Os linfócitos T, ou células T (derivados do timo), se apresentam 
em duas classes principais. Uma se diferencia, quando ativada, em células T 
CD8+ ou citotóxicas, que matam as células infectadas, ao passo que a outra 
classe de células T, chamadas de células T CD4+ ou auxiliares, atuam na 
ativação de outras células, como os linfócitos B e os macrófagos, além de 
coordenar a resposta imunitária. O receptor de antígeno da célula B (BCR). 
É uma forma de anticorpo ligada à membrana que a célula B passa a pro-
duzir, após sua ativação e diferenciação em célula plasmática. Os anticorpos 
são moléculas agrupadas em uma classe de substâncias denominadas imu-
noglobulinas, e o receptor de antígeno do linfócito B é também conhecido 
como imunoglobulina de membrana. A imunidade humoral é a principal fun-
ção das células B e dos plasmócitos, e consiste em secretar anticorpos no 
sangue e em outros líquidos orgânicos, resultando efeitos protetores, medi-
ados por líquidos teciduais. O receptor de antígeno da célula T (TCR) constitui 
uma classe heterogênea de proteínas de membrana que, embora estejam 
relacionadas evolutivamente com as imunoglobulinas, são diferentes delas, já 
que estão adaptadas para detectar antígenos derivados de proteínas estra-
nhas ou patógenos que entram nas células hospedeiras. Todavia, em con-
traste com as imunoglobulinas, os TCRs nunca são secretados, de modo que 
a célula T precisa migrar até as áreas de lesão para exercer seus efeitos 
protetores, por meio de contato direto com a célula alvo ou para influenciar 
as atividades de outras células do sistema imunitário. Juntamente com os 
macrófagos, as células T desenvolvem uma categoria de resposta imune 
denominada imunidade mediada por células. 
A maioria dos linfócitos virgens possui uma sobrevida muito curta, sendo 
programada para morrer em poucos dias após ter saído da medula óssea 
ou do timo. No entanto, se uma dessas células receber sinais indicando a 
presença de um imunógeno (antígeno que estimula uma resposta imune 
específica), ela poderá responder por meio de um fenômeno conhecido 
como ativação, durante o qual pode sofrer vários ciclos de divisão celular. 
Algumas das células-filhas retomam ao estado de repouso, tornando-se cé-
lulas de memória, que podem sobreviver por vários anos. Estes linfócitos de 
memória representam uma grande proporção das células do sistema imuni-
tário. A outra progênie do linfócito virgem ativado diferencia-se em células 
efetoras, que sobrevivem apenas alguns dias, mas que, durante este período, 
executam atividade que resultam em defesa. Outra classe de células linfoides, 
chamada de células matadoras naturais ou células natural killer (NK), é des-
provida de receptores antígeno específicos, sendo parte do sistema imune 
inato. Essas células circulam no sangue como grandes linfócitos, com diferen-
tes grânulos citotóxicos, e são capazes de reconhecer e matar algumas 
células anormais, tais como células tumorais e células infectadas por vírus. E 
parecem ser importantes na defesa contra bio patógenos intracelulares na 
imunidade inata. 
 
3 A despeito dos múltiplos mecanismos de defesa contra os vírus, as doenças 
virais não só são comuns, como hoje representam uma das mais importan-
tes doenças infecciosas associadas com a mortalidade da população. Na fase 
inicial das infecções virais, o controle dessas infecções é feito pelos interfe-
rons tipo I (IFN-a e IFN-b), pelos macrófagos e pelas células NK. 
Os interferons tipo I são produzidos por células infectadas por vírus e, ao 
interagir com uma célula não infectada, têm a propriedade de protegê-la 
contra a infecção, além de colaborar com a resposta imune adaptativa. O 
IFN-g também atua contra as infecções virais mediante a ativação dos ma-
crófagos com destruição dos vírus e também das células NK (células citotó-
xicas naturais), as quais, pela liberação de granzima e perfurina, destroem as 
células infectadas. Adicionalmente, a IL-12 possui participação importante na 
fase inicial, sendo produzida por macrófagos e outras células apresentadoras 
de antígenos, estimulando as células NK a exercer citotoxicidade e a produzir 
mais IFN-g, que por sua vez aumenta o potencial microbicida dos macrófa-
gos. 
A imunidade adaptativa contra os antígenos virais ocorre com ativação de 
células TCD8+ que vão exercer citotoxicidade pelo reconhecimento de an-
tígenos virais via MHC classe I nas células alvo, e consequente liberação de 
granzima e de perfurinas com lise das células infectadas e também dos vírus. 
Durante a resposta imune adaptativa há também ativação das células 
TCD4+, que vão colaborar com as células B na produção de anticorpos. A 
despeito de os vírusserem agentes intracelulares, os anticorpos têm papel 
importante no combate às infecções virais, desde que, por ocasião da pro-
pagação da infecção viral, após multiplicarem-se em células infectadas, os 
vírus rompem essas células, ficando livres até a penetração em outra célula. 
Nessa fase extracelular os anticorpos podem ligar-se aos vírus e, por meio 
do mecanismo de neutralização, impedir que eles penetrem uma célula não 
infectada. Alternativamente, anticorpos podem ser adjuvantes no mecanismo 
de citotoxicidade celular dependente de anticorpos, ao se ligar às células 
infectadas, permitindo a ação das células NK. Em várias doenças, a exemplo 
de poliomielite, sarampo, hepatite B e varicela, o anticorpo tem papel funda-
mental na proteção contra a infecção quando se trata de um hospedeiro 
previamente sensibilizado, seja por uma infecção prévia ou por imunização. 
Isso porque, em indivíduos já sensibilizados, a presença de anticorpos pode 
interceptar os vírus, impedindo sua ligação com a célula do hospedeiro. 
Em virtude dos múltiplos mecanismos de defesa contra os vírus, grande 
parte das infecções virais é assintomática ou tem uma apresentação subclí-
nica com manifestações inespecíficas, como febre e rash cutâneo. Todavia, 
várias infecções virais progridem, e dano tecidual importante pode ocorrer. 
A patologia associada à infecção viral pode estar relacionada com um efeito 
citopático do vírus, reação de hipersensibilidade e fenômenos autoimunes. 
Em muitas infecções virais a destruição de célula acontece por mais de um 
desses mecanismos. Por exemplo, na infecção pelo HIV e nas infecções pelo 
vírus B e vírus C da hepatite, a destruição da célula infectada é mediada 
tanto pelo efeito citopático do vírus como através de citotoxicidade por 
células NK e células CD8. Algumas infecções virais exemplificam bem a ampla 
dimensão dos mecanismos de agressão tecidual que ocorrem no curso des-
sas infecções. 
 
4 O sistema imunológico é constituído por uma intrincada rede de órgãos, 
células e moléculas, e tem por finalidade manter a homeostase do organismo, 
combatendo as agressões em geral. A imunidade inata atua em conjunto 
com a imunidade adaptativa e caracteriza-se pela rápida resposta à agressão, 
independentemente de estímulo prévio, sendo a primeira linha de defesa do 
organismo. Seus mecanismos compreendem barreiras físicas, químicas e bi-
ológicas, componentes celulares e moléculas solúveis. A primeira defesa do 
organismo frente a um dano tecidual envolve diversas etapas intimamente 
integradas e constituídas pelos diferentes componentes desse sistema. 
Esses mecanismos são ativados por estímulos específicos, representados 
por estruturas moleculares de ocorrência ubíqua em microrganismos, mas 
que não ocorrem na espécie humana. Moléculas tais como lipopolissacarí-
deos, resíduos de manose e ácidos teicoicos, comumente encontradas na 
superfície de microrganismos, constituem Padrões Moleculares Associados a 
Patógenos (PAMPs) e ativam a resposta imune inata, por interação com 
diferentes receptores conhecidos como Receptores de Reconhecimento de 
Padrões (RRP). 
A resposta imune adaptativa depende da ativação de células especializadas, 
os linfócitos, e das moléculas solúveis por eles produzidas As principais ca-
racterísticas da resposta adquirida são: especificidade e diversidade de reco-
nhecimento, memória, especialização de resposta, autolimitação e tolerância 
a componentes do próprio organismo. Embora as principais células envolvidas 
na resposta imune adquirida sejam os linfócitos, as células apresentadoras de 
antígenos (APCs) desempenham papel fundamental em sua ativação, apre-
sentando antígenos associados a moléculas do complexo de histocompatibi-
lidade principal (MHC) para os linfócitos T. 
 
5 A diapedese é a passagem dos leucócitos do sangue para o tecido conjun-
tivo. Faz-se atravessando os vasos capilares. Este processo ocorre geral-
mente quando uma parte do organismo fica lesionada, pelo que o processo 
de inflamação é necessário. Ele acontece sempre nos vasos mais finos (os 
capilares) e está muito ligado a processos de imunização inata no corpo 
humano. Resumidamente, a diapedese é a saída dos glóbulos brancos dos 
vasos sanguíneos. 
Por quimiotaxia, os neutrófilos e monócitos são atraídos até o local da infla-
mação, passando a englobar (emitindo pseudópodes) e a destruir os agentes 
invasores. Esse fenômeno designa-se fagocitose. 
 
Diapedese é o nome dado ao movimento de saída das células de defesa de 
um vaso sanguíneo para um tecido próximo. Ele acontece sempre nos vasos 
mais finos (os capilares) e está muito ligado a processos de imunização inata 
no corpo humano. 
 
6 Os LB são inicialmente produzidos no saco vitelino, posteriormente, du-
rante a vida fetal, no fígado e finalmente na medula óssea. As células que 
vão se diferenciar em LB permanecem na medula óssea durante sua ma-
turação e os LB maduros deixam a medula e entram na circulação, migrando 
para os órgãos linfoides secundários. 
 Os LB são responsáveis pela imunidade humoral que se caracteriza pela 
produção e liberação de anticorpos capazes de neutralizar, ou até mesmo 
destruir, os antígenos (Ag) contra os quais foram gerados. Para tal, os LB 
devem ser ativados, o que acarreta um processo de proliferação e diferen-
ciação, que culmina na geração de plasmócitos com produção de imunoglo-
bulinas com alta afinidade para o epítopo antigênico que originou a resposta. 
Para ativação, é preciso que o BCR ligue-se a um epítopo antigênico, o que 
desencadeia uma sequência de eventos intracelulares. 
 
Os linfócitos B são os responsáveis por garantir a chamada imunidade hu-
moral, que se destaca pela resposta imunológica realizada pela produção de 
anticorpos. Esses anticorpos são capazes de neutralizar ou ainda destruir os 
antígenos. Para que ocorra a produção de anticorpos, faz-se necessária a 
ativação dos linfócitos B, que se proliferam e diferenciam-se em plasmócitos. 
São os plasmócitos que produzem os anticorpos. 
Além da produção de anticorpos, os linfócitos B atuam como células de 
memória imunitária. Essas células são capazes de reagir rapidamente em uma 
nova infecção com o mesmo antígeno. Assim sendo, elas garantem uma 
proteção mais rápida e eficaz. 
 
FONTE MACHADO, Paulo R. L. et al . Mecanismos de resposta imune às infecções. An. 
Bras. Dermatol., Rio de Janeiro , v. 79, n. 6, p. 647-662, Dec. 2004 . Avai-
lable from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-
05962004000600002&lng=en&nrm=iso>. access 
on 12 Sept. 2019. http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962004000600002. 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/16628/236911/26.pdf/e99ab43b-116e-
4c81-b597-06c12351f749 
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n4/v50n4a08 
https://physio4dummies.wordpress.com/2017/05/13/diapedese/ 
http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap1.pdf 
https://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n5/v50n5a08.pdf 
https://www.ufrgs.br/lacvet/servicos/coleta-de-amostras-sanguineas/ 
 
RESUMO: Escreva 4 ou mais sentenças descrevendo o que você aprendeu destas anotações. 
Para essa aula creio que seja importante destacar as formas de defesa do organismo, como a resposta 
imunológica (inata e adquirida), as próprias barreiras de defesas (física, química e biológica), as células de 
defesa (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, macrófagos…), as citocinas (IL-1, IL-2, IL-8…), o Sistema 
complemento (que atua na opsonização e recrutamento de células de defesa e lise dos antígenos) e o 
MHC. (que codifica as proteínas na superfície da pilha que tem um papel importante no Sistema 
imunológico). 
http://www2.ebserh.gov.br/documents/16628/236911/26.pdf/e99ab43b-116e-4c81-b597-06c12351f749
http://www2.ebserh.gov.br/documents/16628/236911/26.pdf/e99ab43b-116e-4c81-b597-06c12351f749
http://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n4/v50n4a08
https://physio4dummies.wordpress.com/2017/05/13/diapedese/
http://www.epsjv.fiocruz.br/sites/default/files/cap1.pdf
https://www.scielo.br/pdf/rbr/v50n5/v50n5a08.pdfhttps://www.ufrgs.br/lacvet/servicos/coleta-de-amostras-sanguineas/