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Síncope - Roteiro de anamnese

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ANAMNESE AULA 7 - SÍNCOPE, TONTURA E VERTIGEM
TONTURA - Descrita como sensação de vazio na cabeça ou de desequilíbrio ou iminente desmaio
(manifestação que deve ser diferenciada de vertigem). É resultado de redução transitória no fluxo
sanguíneo cerebral.
➔ A sua tontura refere-se a uma sensação de rodopio, rotação (sugere Vertigem), ou a uma
sensação de desmaio (sugere pré-sincope)?
➔ Tem sintomas associados como escurecimento visual, sudorese fria e náuseas (sugere
pré-síncope)?
➔ Tem sensação de estar balançando como se estivesse em um barco (sugere Vertigem
oscilatória)?
VERTIGEM - é a sensação de rotação
● Subjetiva - sensação de se estar girando em torno dos objetos
● Objetiva - objetos girando em torno de si
● De posição - é aquela que só surge em determinadas posições da cabeça.
A vertigem (sensação de rotação) é sempre de natureza labiríntica. Os menores movimentos da
cabeça, ao acarretarem deslocamento da endolinfa, são capazes de despertar repetidas crises
vertiginosas.
Anamnese
1. Início – súbito ou gradual
2. Duração do episódio
3. Intensidade - EVA (0
4. Caráter – intermitente ou contínua
5. Fatores desencadeantes
6. Sintomas associados
● Perda de equilíbrio (às vezes com queda), dores de cabeça, perda auditiva, zumbido,
sudorese, náuseas e vômitos, visão turva, déficit motor e dificuldade para caminhar
7. Fatores de melhora e/ou piora
Disturbios vestibulares
● Periféricos: sintomas auditivos (p. ex., zumbido, plenitude e perda auditiva), são tipicamente
associados à vertigem e não à tontura generalizada (a menos que causada por fraqueza
vestibular periférica descompensada).
➔ Os sintomas são quase sempre paroxísticos, graves e episódicos; tontura contínua
raramente é decorrente de vertigem periférica. Perda de consciência não está
relacionada à tontura decorrente do distúrbio vestibular periférico.
● Centrais: sintomas auditivos raramente estão presentes, mas distúrbios da marcha/equilíbrio
são comuns. Nistagmo não é inibido pela fixação ocular.
Causas
● A causa mais comum são as labirintites que acompanham algumas viroses. Nesses
casos, não há surdez e os zumbidos são raros ou inexistentes.
● Intoxicação alcoólica
● Medicamentos, como aminoglicosídios - antibióticos (neomicina,amicacina,
gentamicina...)
Doença de Ménière - crises vertiginosas acompanhadas de zumbidos e diminuição da audição de
duração variável (de alguns minutos a dias). Durante ou após os episódios vertiginosos, náuseas
e vômitos podem ocupar lugar de destaque no quadro clínico
➔ Trétrade sintomática - Vertigem episódica, perda auditiva progressiva, zumbido e
plenitude aural
A crise vertiginosa tem início súbito, duração de alguns minutos a 24 h; em geral, a sensação
vertiginosa permanece 2 a 3 h, persistindo o desequilíbrio o resto do dia.
A perda auditiva é neurossensorial, flutuante, progressiva, acometendo, inicialmente, frequências
mais graves.
Vertigem postural paroxística benigna - crises vertiginosas desencadeadas por movimentos
bruscos da cabeça, associadas a nistagmo posicional paroxístico.
A vertigem tem duração de alguns segundos e cessa espontaneamente. Não há sintomas
auditivos. O diagnóstico pode ser feito pela manobra de DixHallpike
Neuronite vestibular - decorrente da inflamação da divisão vestibular do VIII par craniano;
alguma disfunção vestibular pode persistir após o episódio.
Ataque de vertigem grave, com náuseas, vômitos e nistagmo persistente, em direção ao lado
afetado, que dura de 7 a 10 dias. O nistagmo é unidirecional, horizontal e espontâneo, com
oscilações de batida rápida na direção da orelha não afetada. A ausência de zumbido ou perda
auditiva concomitante é uma característica da neuronite vestibular
Labirintite bacteriana - deve-se a uma extensão de um processo infeccioso prévio no ouvido
médio, meninges ou mastóides. Quadro clínico consiste em vertigem intensa, náuseas, vômitos e
hipoacusia importante, além de cefaléia, dor local, hipertermia, secreção purulenta e quadro
tóxico-infeccioso grave.
SÍNCOPE - perda súbita e transitória da consciência e tônus muscular postural. Quando o sintoma
ocorre de maneira incompleta, chamamos de pré-sincope ou lipotimia.
Pode ser de origem psicogênica (impactos emocionais, medo intenso) ou por redução aguda –
mas transitória – do fluxo sanguíneo cerebral.
Na síncope a pressão arterial baixa de modo rápido e intenso, a frequência cardíaca diminui e a
respiração torna-se superficial e irregular.
Tipos de síncope
Existem diferentes tipos de desmaios, que estão relacionados, por exemplo, com a situação que
desencadeou a síncope.
● Vasovagal: o paciente acaba desmaiando em decorrência de uma forte resposta emocional
de seu organismo a sensações como medo, pânico e estresse. Até mesmo ver sangue é
capaz de desencadear uma síncope. Nessas situações, a pressão sanguínea cai
subitamente e o indivíduo acaba por desmaiar.
● Situacional: é aquela que acontece, por exemplo, depois que uma pessoa realiza um
exercício físico muito intenso. Até mesmo urinar, tossir e espirrar quando se tem uma
pressão baixa, por exemplo, é capaz de causar um desmaio na pessoa.
● Cardíaca: é aquela cujas causas estão relacionadas diretamente com a saúde do coração
● A síncope pode ser causada também por algum problema no corpo da pessoa. Indivíduos
com embolia pulmonar, desidratação e arritmia cardíaca são alguns dos que podem ter o
desmaio como um de seus sintomas.
Anamnese
1. Como iniciou?
● Fraqueza, tontura, sudorese, palidez;
● Outras vezes ocorre subitamente sem manifestações prodrômica
2. Número, frequência e duração
3. Posição
● Ortostatismo (em pé): síncope vasovagal
● Variação da posição (supina → ortostatica): Síncopes por hipotensão ortostática,
mas a síncope pode vir a ocorrer apenas minutos após a variação.
● Decúbito: síncopes arrítmicas
4. Fatores desencadeantes
● Ocorreu durante ou imediatamente após o exercício?
➔ Imediatamente após: provavelmente é reflexa, e, portanto, benigna;
➔ Durante o exercício: sugere causa cardíaca, seja arrítmica ou estrutural
(como cardiomiopatia hipertrófica ou estenose aórtica
● A síncope ocorreu durante ou após tossir, defecar, urinar ou deglutir?
● Ocorreu após emoção ou dor intensa?
● O ambiente em que ocorreu a síncope era quente ou estava lotado?
● O episódio ocorreu durante período de ortostase prolongada?
● Houve movimentação brusca do pescoço?
➔ Se sim, sugere hipersensibilidade do seio carotídeo, mais comum em
pessoas com mais de 60 anos.
5. Síntomas que precedem a síncope
- Sintomas autonômicos: Sudorese, palidez (cianose), frio/calor, tontura, náusea e
vômitos. síncope vasovagal
- Dor anginosa: síncope cardíaca
- Dor associada (ou não) a dispneia: embolia pulmonar
6. Sintomas pós-síncope
● Confusão mental, cefaléia, tonturas, malestar, mas o paciente pode recuperar a
consciência sem sentir praticamente nada, convulsão
● Déficits neurológicos pós-perda de consciência indicam causas como AVC ou
convulsão.
● Caso o paciente retorne e sinta-se nauseado, pálido, com sudorese, é possível que
tenha se tratado de uma síncope reflexa.
7. Alimentação
● Qual foi a última vez que se alimentou?
● Tipo de alimentos que ingeriu
8. Doenças recentes ou prévias
● DM: Síncope por hipotensão ortostática oriunda de neuropatia autonômica (ou
perda de consciência por hipoglicemia, o que não é síncope).
● HAS: Síncope por hipotensão ortostática por conta dos anti-hipertensivos
● Pacientes psiquiátricos: Síncope por hipotensão ortostática por medicações do
SNC que alarguem o intervalo QT, favorecendo arritmias. Síncope induzida por
hiperventilação, oriunda de transtorno de ansiedade, pânico
9. Medicações
● Diuréticos (hipovolemia, disturbio eletrolítico): furosemida, espironolactona,
hidroclorotiazida
● Anti-hipertensivos (hipotensão ortostática): captopril, benazepril, losartana
● Antiarrítmicos: propranolol, diltiazem, amiodarona
● Antifúngicos: bifonazol, ciclopirox, fenticonazol

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