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Sistem� Circulatóri� PELVE As principais estruturas neurovasculares da pelve são extraperitoneais, situadas adjacentes às paredes posterolaterais. Em geral, as vv. pélvicas situam-se entre as aa. pélvicas (localizadas medial ou internamente) e os nervos somáticos (localizados lateral ou externamente). Na dissecção da cav. pélvica em direção às paredes da pelve, primeiro encontram-se as aa. pélvicas, seguidas pelas vv. pélvicas associadas e, a seguir, os nervos somáticos da pelve. Artérias pélvicas A pelve é ricamente irrigada por artérias, entre as quais ocorrem múltiplas anastomoses, o que proporciona significativa circulação colateral. FIGURA: Artérias e anastomoses arteriais na pelve. Seis artérias principais entram na pelve menor das mulheres: ★ 2 artérias ilíacas internas, 2 artérias ováricas, 1 artéria sacral mediana e 1 artéria retal superior. E nos homens? Apenas 4 artérias principais entram na pelve menor; pq as artérias testiculares ñ entram. ARTÉRIA ILÍACA INTERNA Origem: A. ilíaca comum Trajeto: Passa medialmente sobre a margem da pelve e desce até a cav. pélvica; muitas vezes forma as divisões anterior e posterior Distribuição: MM. glúteos e períneo Principal responsável pela vascularização das vísceras pélvicas e por parte da porção musculoesquelética da pelve; também envia ramos para a região glútea, regiões mediais da coxa e períneo. Cada artéria ilíaca interna começa como a artéria ilíaca comum e bifurca-se nas artérias ilíacas interna e externa no nível do disco entre as vértebras L5 e S1. O ureter cruza a a. ilíaca comum ou seus ramos terminais na bifurcação ou imediatamente distal a ela. A a. ilíaca interna é separada da articulação sacroilíaca pela veia ilíaca interna e pelo tronco lombossacral. Desce posteromedialmente até a pelve menor, medialmente à veia ilíaca externa e ao nervo obturatório, e lateralmente ao peritônio. Divisão anterior da artéria ilíaca interna.: Origem: A. ilíaca interna Trajeto: Passa anteriormente ao longo da parede lateral da pelve, dividindo-se nas Aa. viscerais, obturatória e pudenda interna Distribuição: Vísceras pélvicas, músculos da parte medial superior da coxa e períneo. Embora as variações sejam comuns, a artéria ilíaca interna geralmente termina na margem superior do forame isquiático maior, dando origem às divisões (troncos) anterior e posterior. Os ramos da div. ant. da artéria ilíaca interna são principalmente viscerais (isto é, irrigam a bexiga urinária, o reto e os órgãos genitais), mas tbm incluem ramos parietais que seguem até a coxa e a nádega. A disposição dos ramos viscerais é variável. Artéria umbilical. Origem: Divisão anterior da A. ilíaca interna Trajeto: Segue um trajeto pélvico curto, dá origem às Aa. vesicais superiores e depois se fecha, formando o ligamento umbilical medial Distribuição: Face superior da bexiga urinária e, em alguns homens, ducto deferente (via Aa. vesicais superiores e A. do ducto deferente) Anastomoses: (Ocasionalmente a parte pérvia da A. umbilical) Curiosidade> Antes do nascimento, as artérias umbilicais são a principal continuação das artérias ilíacas internas. Elas seguem ao longo da parede lateral da pelve, ascendem pela parede anterior da pelve, chegam ao anel umbilical e atravessam-no até o cordão umbilical. No período pré-natal, as artérias umbilicais levam o sangue pobre em O2 e nutrientes até a placenta, onde é feita a reposição. Qnd o cordão umbilical é seccionado, as partes distais desses vasos não funcionam mais e são ocluídas distalmente aos ramos que seguem até a bexiga urinária. As partes ocluídas formam cordões fibrosos chamados ligamentos umbilicais medianos. Os ligamentos elevam pregas de peritônio (as pregas umbilicais medianas) na face profunda da parede anterior do abdome. No período pós-natal, as partes pérvias das artérias umbilicais seguem anteroinferiormente entre a bexiga urinária e a parede lateral da pelve. Artéria obturatória. Origem: variável; em geral surge perto da origem da artéria umbilical, onde é cruzada pelo ureter. Trajeto: Segue anteroinferiormente sobre a fáscia obturatória da parede lateral da pelve, saindo da pelve através do canal obturado; Distribuição: Músculos pélvicos, artéria nutrícia para o ílio, cabeça do fêmur e músculos do compartimento medial da coxa; Anastomoses: A. epigástrica inferior (via ramo púbico); A. umbilical Na pelve, a A. obturatória emite ramos musculares, uma artéria nutrícia para o ílio e um ramo púbico. ★ O ramo púbico origina-se logo antes da artéria obturatória deixar a pelve. Ascende na face pélvica do púbis para se anastomosar com seu companheiro do lado oposto e o ramo púbico da artéria epigástrica inferior, um ramo da artéria ilíaca externa. Em uma variação comum (20%), uma artéria obturatória aberrante ou acessória origina-se da artéria epigástrica inferior e desce até a pelve ao longo da via habitual do ramo púbico. OBS. Os cirurgiões que realizam reparos de hérnias não devem se esquecer dessa variação comum. Artéria vesical inferior. A artéria vesical inferior é encontrada apenas nos homens, sendo substituída pela artéria vaginal nas mulheres. Trajeto: Passa subperitonealmente no ligamento lateral vesical, dando origem à A. prostática (♂) e, às vezes, à A. do ducto deferente; Distribuição: Face inferior da bexiga urinária masculina, parte pélvica do ureter, próstata e glândulas seminais; às vezes, ducto deferente; Anastomose: A. vesical superior Artéria uterina. Trajeto: Segue anteromedialmente na base do ligamento largo/parte superior do ligamento transverso do colo do útero, dá origem ao ramo vaginal, depois cruza o ureter superiormente para chegar à face lateral do colo do útero; Distribuição: Útero, ligamentos do útero, partes mediais da tuba uterina e ovário, e parte superior da vagina Anastomose: A. ovárica (via ramos tubários e ováricos); A. vaginal Ao seguir medialmente, a A. uterina passa diretamente acima do ureter. A relação entre o ureter e a artéria costuma ser lembrada pela expressão “A água (urina) passa sob a ponte (artéria uterina)”. Ao chegar ao lado do colo, a artéria uterina divide-se em um ramo vaginal descendente menor, que irriga o colo e a vagina, e um ramo ascendente maior, que segue ao longo da margem lateral do útero, irrigando-o. O ramo ascendente bifurca-se em ramos ovárico e tubário, que continuam a suprir as extremidades mediais do ovário e da tuba uterina e anastomosam-se com os ramos ovárico e tubário da artéria ovárica. Artéria vaginal. Origem: A. uterina Trajeto: Divide-se nos ramos vaginal e vesical inferior, o primeiro desce sobre a vagina, o segundo vai até a bexiga urinária. Distribuição: Ramo vaginal: parte inferior da vagina, bulbo do vestíbulo e reto adjacente; ramo vesical inferior; fundo da bexiga. Anastomose: Ramo vaginal da A. uterina, A. vesical superior; A artéria vaginal é o homólogo da artéria vesical inferior em homens. Artéria retal média. Origem: Divisão anterior da A. ilíaca interna Trajeto: Desce na pelve até a parte inferior do reto Distribuição: Parte inferior do reto, glândulas seminais, próstata (vagina) Anastomose: Aa. retais superior e inferior Artéria pudenda interna. Trajeto: Sai da pelve através da parte infrapiriforme do forame isquiático maior, entra no períneo (fossa isquioanal) através do forame isquiático menor, segue através do canal do pudendo até a região urogenital Distribuição: Principal artéria do períneo, incluindo músculos e pele das regiões anal e urogenital, corpos eréteis Anastomose: (A. umbilical; ramos prostáticos da A. vesical inferior em homens) A artéria pudenda interna é maior nos homens do que nas mulheres; Quando sai do canal do pudendo, medialmente ao túber isquiático, a artéria pudenda interna divide-se em seus ramos terminais, as artérias profunda e dorsal do pênis ou clitóris. Artéria glútea inferior. Origem: é o maior ramo terminal da div; ant. da A. ilíaca interna, mas pode originar-se da div. post. Trajeto: Sai da pelve através da parte infrapiriforme do forame isquiático maior Distribuição: Diafragmada pelve (Mm. isquiococcígeo e levantador do ânus), Mm. piriforme e quadrado femoral, porção superior dos Mm. isquiotibiais, M. glúteo máximo e N. isquiático Divisão posterior da artéria ilíaca interna. Origem: A. ilíaca interna Trajeto: Segue posteriormente e dá origem aos ramos parietais Distribuição: Parede da pelve e região glútea Quando a artéria ilíaca interna dá origem às divisões anterior e posterior, a divisão posterior normalmente dá origem às 3 artérias parietais a seguir: Artéria iliolombar: Origem: Divisão posterior da A. ilíaca interna Trajeto: Ascende anteriormente à articulação sacroilíaca e posteriormente aos vasos ilíacos comuns e músculo psoas maior, dividindo-se em ramos ilíaco e lombar Distribuição: Mm. psoas maior, ilíaco e quadrado do lombo; cauda equina no canal vertebral Anastomose: A. circun�lexa ilíaca e 4a A. lombar (inferior) Na fossa, a artéria divide-se em um ramo ilíaco, que supre o músculo ilíaco e o ílio; E um ramo lombar, que supre os músculos psoas maior e quadrado do lombo. Artérias sacrais laterais: Origem: Divisão posterior da A. ilíaca interna Trajeto: Segue na face anteromedial do M. piriforme para enviar ramos para os forames sacrais pélvicos Distribuição: M. piriforme, estruturas no canal sacral, M. eretor da espinha e pele sobrejacente Anastomose: Aa. sacrais mediais (da A. sacral mediana) Artéria glútea superior: Origem: Divisão posterior da A. ilíaca interna Trajeto: Segue entre o tronco lombossacral e o ramo anterior do nervo espinal S1 e sai da pelve através da parte suprapiriforme do forame isquiático maior Distribuição: M. piriforme, os três Mm. glúteos e M. tensor da fáscia lata Anastomose: Aa. sacral lateral, glútea inferior, pudenda interna, circun�lexa femoral profunda, circun�lexa femoral lateral; ARTÉRIA OVÁRICA Origem: Parte abdominal da aorta Trajeto: cruza a margem da pelve, desce no ligamento suspensor do ovário Distribuição: Parte abdominal e/ou pélvica do ureter, ovário e extremidade ampular da tuba uterina Anastomose: A. uterina via ramos tubário e ovárico A artéria ovárica origina-se da parte abdominal da aorta inferiormente à artéria renal, mas bem superiormente à artéria mesentérica inferior. Enquanto segue inferiormente, a artéria ovárica adere ao peritônio parietal e passa anteriormente ao ureter na parede abdominal posy., geralmente emitindo ramos para ele. Ao entrar na pelve menor, a artéria ovárica cruza a origem dos vasos ilíacos externos. A seguir, continua medialmente, dividindo-se em um ramo ovárico e um ramo tubário, que irrigam o ovário e a tuba uterina, respectivamente. Esses ramos anastomosam-se com os ramos correspondentes da artéria uterina. ARTÉRIA SACRAL MEDIANA Origem: Face posterior da parte abdominal da aorta Trajeto: Desce perto da linha mediana sobre as vértebras L4 e L5, sacro e cóccix; Distribuição: Vértebras lombares inferiores, sacro e cóccix Anastomose: A. sacral lateral (via ramos sacrais mediais) É uma pequena artéria ímpar que geralmente se origina na face posterior da parte abdominal da aorta, imediatamente superior à sua bifurcação, mas pode originar-se na face anterior. Segue ant. aos corpos da última ou duas últimas vértebras lombares, do sacro e do cóccix e termina em uma série de alças anastomóticas. Às vezes antes de entrar na pelve menor, dá origem a um par de artérias L5. Qnd desce sobre o sacro emite pequenos ramos parietais (sacrais laterais) que se anastomosam com as Aa. sacrais laterais. Tbm dá origem a pequenos ramos viscerais para a parte posterior do reto, que se anastomosam com as Aa. retais superior e média. A artéria sacral mediana representa a extremidade caudal da aorta dorsal embrionária, que diminui de tamanho quando a eminência caudal do embrião desaparece. ARTÉRIA RETAL SUPERIOR Origem: Continuação da A. mesentérica inferior Trajeto: Cruza os vasos ilíacos comuns esquerdos e desce para a pelve entre camadas de mesocolo sigmoide Distribuição: Parte superior do reto Anastomose: A. retal média; A. retal inferior (A. pudenda interna) Veias pélvicas Os plexos venosos pélvicos são formados pelas veias que se anastomosam circundando as vísceras pélvicas. Os vários plexos na pelve menor (retal, vesical, prostático, uterino e vaginal) se unem e são drenados principalmente por tributárias das veias ilíacas internas, mas alguns deles drenam através da veia retal superior p/ a veia mesentérica inferior do sistema porta do fígado ou através das veias sacrais laterais para o plexo venoso vertebral interno. Outras vias relativamente pequenas de drenagem venosa da pelve menor são a veia sacral mediana parietal e, nas mulheres, as veias ováricas. As veias ilíacas internas formam-se superiormente ao forame isquiático maior e situam-se posteroinferiormente às artérias ilíacas internas. As tributárias das veias ilíacas internas são mais variáveis do que os ramos da artéria ilíaca interna com as quais compartilham os nomes, mas acompanham-nas aprox., drenando os mesmos territórios que as artérias irrigam. No entanto, não há veias acompanhando as artérias umbilicais entre a pelve e o umbigo, e as veias iliolombares das fossas ilíacas da pelve maior geralmente drenam para as veias ilíacas comuns. As veias ilíacas internas unem-se às veias ilíacas externas para formar as veias ilíacas comuns, que se unem no nível da vértebra L4 ou L5 para formar a veia cava inferior. As veias glúteas superiores, as Vv. acompanhantes das Aa. glúteas superiores da região glútea, são as maiores tributárias das veias ilíacas internas, exceto durante a gravidez, qnd as veias uterinas tornam-se maiores. As veias testiculares atravessam a pelve maior enquanto seguem do anel inguinal profundo em direção a suas terminações abdominais posteriores, mas geralmente não drenam estruturas pélvicas. As veias sacrais laterais costumam parecer desproporcionalmente grandes em angiografias. Elas anastomosam-se com o plexo venoso vertebral interno, estabelecendo uma via colateral alternativa para chegar à veia cava inferior ou superior. Curiosidade: Essa via também pode servir para metástase de câncer da próstata ou do ovário para áreas vertebrais ou cranianas. Vascularização das Vísceras Pélvicas URETERES A irrigação arterial das partes pélvicas dos ureteres é variável, proporcionada por: ★ ramos uretéricos originados das Aa. ilíacas comuns, ilíacas internas e ováricas. ★ eles anastomosam-se ao longo do trajeto do ureter, formando uma vascularização contínua, embora não necessariamente vias colaterais efetivas. As artérias mais constantes que irrigam as partes terminais do ureter nas mulheres são ramos das artérias uterinas. As origens de ramos semelhantes nos homens são as artérias vesicais inferiores. A drenagem venosa das partes pélvicas dos ureteres geralmente é paralela à irrigação arterial, drenando para veias de nomes correspondentes. Os vasos linfáticos seguem principalmente para os linfonodos ilíacos comuns e internos. BEXIGA URINÁRIA As principais artérias que irrigam a bexiga urinária são ramos das artérias ilíacas internas. As artérias vesicais superiores irrigam as partes anterossuperiores da bexiga urinária. Nos homens, as artérias vesicais inferiores irrigam o fundo e o colo da bexiga. Nas mulheres, as artérias vaginais substituem as artérias vesicais inferiores e enviam pequenos ramos para as partes posteroinferiores da bexiga urinária. As artérias obturatória e glútea inferior também enviam pequenos ramos para a bexiga urinária. As veias que drenam a bexiga urinária correspondem às artérias e são tributárias das veias ilíacas internas. Nos homens, o plexo venoso vesical é contínuo com o plexo venoso prostático, e o conjunto de plexos associados envolve o fundo da bexiga e a próstata, as gl. seminais, os ductos deferentes e as extremidades inferiores dos ureteres. Tbm recebe sangue da veia dorsal profunda do pênis, que drena para o plexo venoso prostático. O plexo venoso vesical é a rede venosa que tem associação mais direta à própria bexiga urinária. Nas mulheres, o plexo venosovesical envolve a parte pélvica da uretra e o colo da bexiga, recebe sg. da veia dorsal do clitóris e comunica-se com o plexo venoso vaginal ou uterovaginal. PARTE PROXIMAL (PÉLVICA) DA URETRA MASCULINA As partes intramural e prostática da uretra são irrigadas por ramos prostáticos das artérias vesicais inferiores e retais médias. As veias das 2 partes proximais da uretra drenam para o plexo venoso prostático. URETRA FEMININA A uretra feminina é irrigada pelas artérias pudenda interna e vaginal. As veias seguem as artérias e têm nomes semelhantes. RETO A artéria retal superior, a continuação da artéria mesentérica inferior abdominal, irriga a parte proximal do reto. As artérias retais médias direita e esquerda, que normalmente originam-se das divisões anteriores das artérias ilíacas internas na pelve, irrigam as partes média e inferior do reto. As artérias retais inferiores, originadas das artérias pudendas internas no períneo, irrigam a junção anorretal e o canal anal. Anastomoses entre as artérias retais superior e inferior podem garantir a circulação colateral em potencial, mas as anastomoses com as artérias retais médias são esparsas. O sangue do reto drena pelas veias retais superiores, médias e inferiores. Há anastomoses entre as veias portas e sistêmicas na parede do canal anal. Como a veia retal superior drena para o sistema venoso porta e as veias retais média e inferior drenam para o sistema sistêmico, essas anastomoses são áreas clinicamente importantes de anastomose portocava. O plexo venoso retal submucoso circunda o reto e comunica-se com o plexo venoso vesical nos homens e com o plexo venoso uterovaginal nas mulheres. O plexo venoso retal tem 2 partes: o plexo venoso retal interno, imediatamente profundo à túnica mucosa da junção anorretal, e o plexo venoso retal externo subcutâneo, externamente à parede muscular do reto. Órgãos genitais internos masculinos DUCTO DEFERENTE A pequena artéria do ducto deferente geralmente origina-se de uma artéria vesical superior (às vezes inferior) e termina anastomosando-se com a artéria testicular, posteriormente ao testículo. As veias da maior parte do ducto drenam para a veia testicular, incluindo o plexo pampiniforme distal. Sua parte terminal drena para o plexo venoso vesical/prostático. GLÂNDULAS SEMINAIS As artérias para as glândulas seminais originam-se nas artérias vesical inferior e retal média. As veias acompanham as artérias e têm nomes semelhantes. DUCTOS EJACULATÓRIOS As artérias do ducto deferente, em geral ramos das artérias vesicais superiores (mas muitas vezes das artérias vesicais inferiores), suprem os ductos ejaculatórios. As veias unem os plexos venosos prostático e vesical. PRÓSTATA As artérias prostáticas são principalmente ramos da artéria ilíaca interna, sobretudo as artérias vesicais inferiores, mas também as artérias pudenda interna e retal média. As veias se unem para formar um plexo ao redor das laterais e da base da próstata. Esse plexo venoso prostático, situado entre a cápsula fibrosa da próstata e a bainha prostática, drena para as veias ilíacas internas. O plexo venoso prostático é contínuo superiormente com o plexo venoso vesical e comunica-se posteriormente com o plexo venoso vertebral interno. Órgãos genitais internos femininos OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS As artérias ováricas originam-se da parte abdominal da aorta e descem ao longo da parede abdominal posterior. Na margem da pelve, cruzam sobre os vasos ilíacos externos e entram nos ligamentos suspensores, aproximando-se das faces laterais dos ovários e das tubas uterinas. Os ramos ascendentes das artérias uterinas (ramos das artérias ilíacas internas) seguem ao longo das faces laterais do útero e se aproximam das faces mediais dos ovários e tubas uterinas. Tanto a artéria ovárica quanto a artéria uterina ascendente terminam bifurcando-se em ramos ováricos e tubários, que irrigam ovários e tubas uterinas das extremidades opostas e anastomosam-se entre si, criando uma circulação colateral de origem abdominal e pélvica para ambas as estruturas. As veias que drenam o ovário formam um plexo venoso pampiniforme, semelhante a uma trepadeira, no ligamento largo perto do ovário e da tuba uterina. As veias do plexo geralmente se fundem para formar uma única veia ovárica, que deixa a pelve menor com a artéria ovárica. A veia ovárica direita ascende e entra na veia cava inferior; a veia ovárica esquerda drena para a veia renal esquerda. As veias tubárias drenam para as veias ováricas e para o plexo venoso uterino (uterovaginal). ÚTERO A vascularização do útero provém principalmente das artérias uterinas, com possível irrigação colateral das artérias ováricas. As veias uterinas penetram nos ligamentos largos com as artérias e formam um plexo venoso uterino de cada lado do colo. As veias do plexo uterino drenam para as veias ilíacas internas. VAGINA As Aa. que irrigam a parte superior da vagina originam-se das artérias uterinas. As artérias que suprem as partes média e inferior da vagina são ramos das artérias vaginal e pudenda interna, incluem pubovaginal, esfíncter externo da uretra (principalmente a parte do esfíncter uretrovaginal) e bulboesponjoso. Os músculos compressor da uretra e esfíncter externo da uretra comprimem a uretra. As veias vaginais formam plexos venosos vaginais ao longo das laterais da vagina e na túnica mucosa vaginal. Essas veias são contínuas com o plexo venoso uterino, formando o plexo venoso uterovaginal, e drenam para as veias ilíacas internas através da veia uterina. Esse plexo também se comunica com os plexos venosos vesical e retal. CANAL DO PUDENDO O canal do pudendo (canal de Alcock) é uma passagem praticamente horizontal na fáscia obturatória que cobre a face medial do músculo obturador interno e reveste a parede lateral da fossa isquioanal. A artéria e veia pudendas internas, o nervo pudendo e o nervo para o músculo obturador interno entram nesse canal na incisura isquiática menor, inferiormente à espinha isquiática. Os vasos pudendos internos e o nervo pudendo irrigam, drenam e inervam, respectivamente, a maior parte do períneo. Quando a artéria e o nervo entram no canal, dão origem à artéria retal inferior e ao nervo anal inferior, que seguem medialmente para suprir o mm. esfíncter externo do ânus e a pele perianal. Próximo à extrem. distal (ant.) do canal pudendo, a artéria e o nervo bifurcam-se, dando origem ao nervo e à artéria perineais, que são distribuídos principalmente para o espaço superficial (inferior à membrana do períneo), e à artéria dorsal do pênis ou clitóris (e nervo tbm) que seguem no espaço profundo (superior à membrana). Quando essas últimas estruturas chegam ao dorso do pênis ou do clitóris, os nervos seguem distalmente na face lateral da continuação da artéria pudenda interna enquanto ambos prosseguem até a glande do pênis ou do clitóris. CANAL ANAL A artéria retal superior irriga o canal anal acima da linha pectinada. As duas artérias retais inferiores irrigam a parte do canal anal abaixo da linha pectinada, bem como os músculos adjacentes e a pele perianal. As artérias retais médias auxiliam a vascularização do canal anal formando anastomoses com as artérias retais superiores e inferiores. O plexo venoso retal interno drena nas 2 direções a partir do nível da linha pectinada. Superiormente à linha pectinada, o plexo retal interno drena princ. p/ a veia retal superior (uma tributária da veia mesentérica inferior) e o sistema porta. Inferiormente à linha pectinada, o plexo retal interno drena para as veias retais inferiores (tributárias do sistema venoso cava) ao redor da margem do músculo esfíncter externo do ânus. As veias retais médias (tributárias das veias ilíacas internas) drenam princ. a túnica muscular externa da ampola do reto e formam anastomoses com as veias retais superiores e inferiores. Além das abundantes anastomoses venosas, os plexos retais recebem várias anastomoses arteriovenosas (AAV) das artérias retais superiores e médias.