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TEORIA DA PENA 
 
NOME: ORLANDO AFONSO VIEIRA DE CASTRO 
MATRÍCULA: 202002609231 
PROFESSOR: MÁRCIO VICTOR 
CURSO: DIREITO 
 ESTÁCIO: PARANGABA TURMA: 3001 NOITE 
 
ESTUDO DE CASO: AULA 04 
Limitar as penas privativas da liberdade, em regime fechado, às hipóteses de 
violência e grave ameaça, já poderia ser um objeto para reforma penal. 
Qualquer do povo compreenderia o que poderia levá-lo à espécie de reclusão. 
Para o poder público, as consequências dessa reforma seriam reduzir o 
encarceramento, e, assim, formular políticas criminais mais certeiras para a 
redução dos crimes. E isto seria possível porque existem outras formas de 
impor reprimendas à locomoção, assim como novas tecnologias aptas a 
contribuir para o controle da liberdade dos condenados. Com base nos debates 
realizados em aula, responda justificadamente: é possível debater modelos de 
punição para o problema da violência e da criminalidade, a qual passe por uma 
Justiça Penal mais seletiva e focada? A busca de medidas alternativas, 
procurando novos meios de execução da pena, evitando a privação de 
liberdade, resguardando-a, somente, para aqueles casos considerados 
estritamente necessários, como em delitos graves e para condenados de alta 
periculosidade? 
RESPOSTA: Sim é possível há meios alternativos, entende-se como 
alternativa penal mecanismos de intervenção em conflitos e violências, 
diversos do encarceramento, no âmbito do sistema penal, orientados para a 
restauração das relações e promoção da cultura da paz, a partir da 
responsabilização com dignidade, autonomia e liberdade, existem várias 
medidas como a Justiça restaurativa é uma técnica de solução de conflito e 
violência que se orienta pela criatividade e sensibilidade a partir da escuta dos 
ofensores e das vítimas. 
 há várias alternativas penais que tem que ser aplicada para crime de menor 
potencial como pequenos furtos e o comércio de drogas em pequenas 
quantidades, para essas pessoas ao invés de prender a proposta é aplicar 
novas formas de lidar com a prática de um crime como prestação de serviço a 
comunidade, privação temporária de direitos são exemplos de medidas que já 
estão previstas em lei mas nem sempre são aplicadas, por isso gera o 
encarceramento em massa de indivíduos que cometem pequenos delitos se 
misturam criando laços de irmandade com criminosos de alta periculosidade e 
o recrutamento por facções criminosa, gerando mais transtorno no sistema 
penitenciário e causando a não ressocialização dos indivíduos, quando 
retornam a conviver em sociedade cometem crimes de maior gravidade 
gerando a reincidência conforme o art.63 do código penal, “ Verifica-se a 
reincidência quando o agente comete novo crime, depois de transitar em 
julgado a sentença que, no País ou no estrangeiro, o tenha condenado por 
crime anterior.” 
 
Comentário: 
“Não se necessita ser um estudioso da sociologia jurídica para saber que 
a reincidência “salta aos olhos” no País. E os motivos são os mesmos 
supracitados. A população não tem oportunidades iguais, o Brasil, apesar 
de estar entre as maiores economias mundiais, apresenta altíssimo índice 
de concentração de renda, os governistas nunca foram fãs de 
investimentos maciços em educação e a consequência está aí: pessoas 
sem escolaridade, sem emprego, sem renda e acabando por entrar no 
mundo crime. E, uma vez nele, a tendência é nele permanecer. Isto não é 
uma hipótese, é um fato.” 
MENDES JÚNIOR, Paulo Elias Severgnini. Execução da multa penal “ad aeternum”?. Revista Jus 
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3586, 26 abr. 2013. Disponível 
em: https://jus.com.br/artigos/24298. Acesso em: 13 abr. 2021. 
ESTUDO DE CASO: AULA 05 
Tratando-se de uma espécie da pena, a pena de multa consiste no pagamento 
de determinado valor em dinheiro em favor do Fundo Penitenciário Nacional. 
Não pode ser confundida com outras sanções de cunho pecuniário, a exemplo 
da prestação pecuniária, prevista no artigo 43, inciso I do Código Penal, 
tampouco com valores em pecúnia da sanção denominada perda de bens e 
valores, também prevista no mesmo dispositivo legal, no inciso II. A pena de 
multa, quando admitida no tipo penal, é prevista de forma alternativa ou 
cumulativamente a outro preceito sancionador, de acordo com a opção política 
do legislador no processo de valoração dos bens jurídicos a serem tutelados 
pela norma penal. Portanto, o lastro da pena de multa é amplo e, 
consequentemente, as receitas advindas de sua arrecadação. Assim sendo, 
analise as consequências do não pagamento da pena de multa imposta? 
RESPOSTA: Recentemente a lei 13.964/ 2019 “pacote anticrime” Trouxe uma 
alteração ao art.51 do CP código Penal o qual versa sobre a execução penal 
da pena de multa, imposta ao réu condenado ao cumprimento desta sanção 
penal, nos últimos 35 anos o art.51 do CP passou por grandes reformas ao 
longo do tempo trazendo diversas atualizações como pela lei 7209/1984 logo 
depois pela lei 6268/1996 e a mais recente reforma pela lei 13.964/2019 
chamada,” pacote anticrime” inserida pelo ex: juiz Sérgio moro enquanto 
exercia o cargo de ministro da justiça e segurança pública do governo Jair 
Bolsonaro, essa nova redação ela aperfeiçoa a forma da execução da pena de 
multa, trazendo para dentro do âmbito do juízo das execuções penais a 
competência para levar a reparação da reivindicação executória da pena 
pecuniária, assim deixou de haver a mudança de competência para um juízo 
https://jus.com.br/tudo/sociologia-juridica
https://jus.com.br/tudo/educacao
https://jus.com.br/artigos/24298/execucao-da-multa-penal-ad-aeternum
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013/4/26
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013/4/26
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013/4
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013
civil para fazer cumprir a pena de multa, o não pagamento da multa, desde a lei 
6268/1996 que alterou o art.51 previu se a multa não for paga ela será 
considerada divida de valor devendo ser cobrada do condenado pela fazenda 
pública, por meio de execução fiscal, antes da lei (6268/1996 O não pagamento 
da pena de multa era convertido em pena privativa de liberdade, mesmo com 
essas mudanças a multa continua Tendo carácter de sanção criminal ou seja 
permanece sendo uma pena, passados vários anos o STF( Supremo tribunal 
Federal ) em decisão proferida no dia 13.12.2018, no Plenário, por maioria de 
votos (7 x 2), na ADI 3.150, decide que a multa é de natureza penal e o órgão 
legitimado a promover a execução é o Ministério Público. Essa questão está 
ligada à execução das multas elevadas impostas nas condenações da 
conhecida Ação Penal 470 (Mensalão). Logo, com a devida aprovação, não 
cabe mais enviar a execução da multa à Procuradoria da Fazenda, nem 
tampouco julgar extinta a punibilidade, quando o réu ainda não pagou a multa, 
mas cumpriu a pena privativa de liberdade. 
Cabe ao MP executar a pena de multa na Vara da Execução Penal, embora 
seguindo os ditames da Lei de Execução Fiscal. 
Segue os artigos: Art. 49 - A pena de multa consiste no pagamento ao fundo penitenciário 
da quantia fixada na sentença e calculada em dias-multa. Será, no mínimo, de 10 (dez) e, no 
máximo, de 360 (trezentos e sessenta) dias-multa. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 
11.7.1984) 
 § 1º - O valor do dia-multa será fixado pelo juiz não podendo ser inferior a um trigésimo do 
maior salário mínimo mensal vigente ao tempo do fato, nem superior a 5 (cinco) vezes esse 
salário. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 § 2º - O valor da multa será atualizado, quando da execução, pelos índices de correção 
monetária. (Redação dada pela Lei nº 7.209, de 11.7.1984) 
 Pagamento da multa 
 Art. 50 - A multa deve ser paga dentro de 10 (dez) dias depois de transitada em julgado a 
sentença. A requerimento do condenado e conforme as circunstâncias, o juiz pode permitirque 
o pagamento se realize em parcelas mensais. ( 
LEI Nº 13.964, DE 24 DE DEZEMBRO DE 2019 
“Art. 51. Transitada em julgado a sentença condenatória, a multa será executada 
perante o juiz da execução penal e será considerada dívida de valor, aplicáveis as 
normas relativas à dívida ativa da Fazenda Pública, inclusive no que concerne às causas 
interruptivas e suspensivas da prescrição. Art. 60 - Na fixação da pena de multa o juiz 
deve atender, principalmente, à situação econômica do réu. (Redação dada pela Lei nº 
7.209, de 11.7.1984) 
 
Referências de estudo: 
 https://www.dizerodireito.com.br/2015/11/o-inadimplemento-da-pena-de-
multa.html?m=1 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art49
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art49
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art50
http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%2013.964-2019?OpenDocument
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Decreto-Lei/Del2848.htm#art51.0
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art60
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/1980-1988/L7209.htm#art60
https://www.dizerodireito.com.br/2015/11/o-inadimplemento-da-pena-de-multa.html?m=1
https://www.dizerodireito.com.br/2015/11/o-inadimplemento-da-pena-de-multa.html?m=1
http://genjuridico.com.br/2018/12/14/o-stf-tardou-mas-nao-falhou-multa-penal-
deve-ser-executada-pelo-ministerio-publico/ 
MENDES JÚNIOR, Paulo Elias Severgnini. Execução da multa penal “ad aeternum”?. Revista Jus 
Navigandi, ISSN 1518-4862, Teresina, ano 18, n. 3586, 26 abr. 2013. Disponível 
em: https://jus.com.br/artigos/24298. Acesso em: 13 abr. 2021. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm 
 
http://genjuridico.com.br/2018/12/14/o-stf-tardou-mas-nao-falhou-multa-penal-deve-ser-executada-pelo-ministerio-publico/
http://genjuridico.com.br/2018/12/14/o-stf-tardou-mas-nao-falhou-multa-penal-deve-ser-executada-pelo-ministerio-publico/
https://jus.com.br/artigos/24298/execucao-da-multa-penal-ad-aeternum
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013/4/26
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013/4/26
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013/4
https://jus.com.br/revista/edicoes/2013
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del2848compilado.htm
	NOME: ORLANDO AFONSO VIEIRA DE CASTRO
	MATRÍCULA: 202002609231
	PROFESSOR: MÁRCIO VICTOR
	CURSO: DIREITO
	ESTÁCIO: PARANGABA TURMA: 3001 NOITE