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IMUNOLOGIA ANTICORPOS - História consiste em pegar o soro de animais imunizados, ou que tinham se recuperado de determinada doença, e aplicar esse soro em outro animal. Desse modo, o outro animal ficava protegido do patógeno e dos efeitos provocados por toxinas. Antitoxinas (primeiro conceito surgido): protegem contra o aparecimento dos sinais graves das doenças. Antídoto (substância capaz de neutralizar os efeitos das toxinas). Teoria das cadeias laterais: nas superfícies das células do sistema imune, existem substâncias capazes de se ligar à toxinas. Quando a toxina se liga à uma cadeia lateral, para a qual ela é específica, ela estimula a célula a produzir a cadeia lateral em maior quantidade, e a liberá-la para os fluidos do corpo. A proporção de ligação entre antígenos e anticorpos não é monovalente. (2 sítios de lig. de anticorpos para 1 sítio de ligação de antígenos) A ligação não é feita para toda a molécula, mas sim para algumas regiões. O conceito surgiu com a soroterapia: O soro é a porção livre do sangue livre do coágulo. O que havia no soro que atuava contra as toxinas? -> Surge o conceito de anticorpo: substâncias específicas que funcionam como antídotos e neutralizam os efeitos das toxinas e dos patógenos dentro do organismo. Após a realização de experimentos bioquímicos, esses anticorpos passam a ser chamados de gamaglobulinas (pois estão presentes na porção gama do soro). Caracteriza-se a propriedade proteica dos anticorpos. Mas como os anticorpos funcionam? Teoria da seleção natural dos anticorpos: ''o organismo produz ao acaso diferentes tipos de anticorpos, mas é o contato com o antígeno que selecionará quais anticorpos serão produzidos em maior quantidade.'' Foi descoberto que a molécula do anticorpo possui regiões que se ligam ao antígeno e regiões que não se ligam ao antígeno. A região que se liga está na proporção de dois para um, em relação a parte que não tem a capacidade de se ligar. A molécula do anticorpo pode ser separada em dois tipos de cadeias: cadeia leve e cadeia pesada. Ambas estão presentes na globulina na proporção 2:2, e são unidas por pontes de sulfeto. -> Modelo em Y. Como os anticorpos são produzidos? As imunoglobulinas podem possuir formatos diferentes do de Y, e também existem diferenças no comprimento da cadeia pesada. As cadeias leves são mantidas próximas as cadeias pesadas por interações não covalentes, e as cadeias pesadas são mantidas próximas através de pontes de sulfeto. Além disso, na porção amino-terminal das cadeias leves e das cadeias pesadas, existe uma variabilidade em termos de aminoácidos a ocuparem determinada posição. Foi descoberto que há uma relação entre o número de plasmócitos e o aumento de anticorpos no soro. A primeira pessoa a abordar isso foi a pesquisadora Astrid Fargraeau. A medida que há uma resposta imune, o número de plasmócitos no organismo aumenta. Como os anticorpos são formados? O paradoxo da diversidade dessas moléculas -> Como os anticorpos poderiam ser tão diversos? Primeira proposta: como os anticorpos são produzidos por células, cada determinado tipo celular está comprometido com um único tipo de anticorpo a ser produzido. Teoria da seleção clonal. Posteriormente foi dito que: os anticorpos são gerados de plasmócitos e cada plasmócito gera apenas um tipo de anticorpo. Como gerar plasmócitos diversos? Legenda: hipóteses. Descoberta: a organização dos genes que codificam os anticorpos é diferente em relação aos outros genes do organismo. Eles não são codificados propriamente por genes, mas sim, por seguimentos gênicos que são inativos. Esses seguimentos se organizam em grupos, e dentro de cada grupo, existem um certo número de possibilidades. Essas possibilidades são escolhidas para formar combinações entre cada seguimento gênico. Na porção variável da cadeia leve e da cadeia pesada, é possível, a partir dos seguimentos gênicos inativos, fazer um gene funcional. Isso explica a variabilidade dos anticorpos. Esse processo ocorre durante a maturação das células produtores de anticorpos: na fase em que o plasmócito ainda é um linfócito B.