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APARELHO UROGENITAL
UNIDADE 2 - SISTEMA UROGENITAL
Autoria: Luís Otávio Carvalho De Moraes - Revisão técnica: Rita de Cássia 
Machado
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Introdução
Nessa unidade aprofundaremos o conhecimento histológico dos corpúsculos renais e correlacionaremos com
sua função essencial que é a filtração renal (filtrar o plasma sanguíneo).
As funções renais são a formação da urina e a produção de hormônios. A formação e excreção da urina envolve
diversas etapas complexas fisiológicas. A uropoese, denominação do processo de formação da urina, é realizada
pelas seguintes etapas: filtração glomerular, reabsorção tubular, secreção tubular e excreção tubular. Após
realizar essas etapas os rins excretam a urina.
Por meio da excreção da urina os rins controlam a osmolaridade plasmática (volume de soluto/solventes), a
pressão hidrostática, eliminam xenobióticos e/ou substâncias tóxicas plasmáticas, e equilibram o pH do plasma.
A produção dos hormônios renais está envolvida em processos como a regulação da pressão arterial sistêmica
(regulação hormonal da pressão, mecanismo de regulação lento), e estimulação da formação de eritrócitos pela
medula óssea.
Com esse contexto inicial percebemos que a função renal é vital para o corpo e, pacientes com doenças renais
crônicas ou falência renal, apresentam distúrbios além da filtração do plasma, sendo pacientes com alterações de
pressão arterial; alterações no número de hematócritos; que acumulam toxinas no plasma; e alterações do pH
(desequilíbrio ácido-básico).
Bons estudos!
2.1 Conceito de filtração, reabsorção e secreção
A produção de urina (uropoese) é realizada pelas unidades morfofuncionais denominadas de néfrons. Os néfrons
são estruturas formadas por tecido epitelial, com algumas especializações). Relembrando a unidade passada, os
néfrons são compostos de: corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, alça do néfron (Henle) (com seus
ramos descendente e ascendente), túbulo contorcido distal e túbulo conector, esse túbulo conecta o néfron com
o ducto coletor (que por sua vez recebe túbulos conectores de néfrons diversos).
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Figura 1 - Esquema ilustrativo das partes que compõem o néfron
Fonte: ilusmedical, mediapool, 2020.
#PraCegoVer: a ilustração exibe os componentes do néfron: corpúsculo renal, túbulo contorcido proximal, alça 
do néfron (Henle) (com seus ramos descendente e ascendente), túbulo contorcido distal e túbulo conector, em
cor alaranjada, com veias (em azul) e artérias (em vermelho) entrelaçadas a eles, as artérias na parte superior
mais próximas ao corpúsculo renal e as veias na parte inferior.
Os néfrons executam as funções de filtração, reabsorção, secreção e excreção. Falaremos mais detalhadamente
dessas funções a seguir. Por meio desses três processos iniciais a nossa urina é formada e excretada.
A filtração glomerular ocorre nos corpúsculos renais. O sangue arterial proveniente das artérias renais, suas
ramificações até atingir as arteríolas aferentes alcança os glomérulos (com uma pressão em torno de 60 mmHg,
lembre-se que glomérulos são capilares sanguíneos, e esses capilares apresentam uma pressão maior que os
capilares de outros órgãos).
O plasma ao passar pelos glomérulos é filtrado em direção ao interior do néfron, atravessando a Cápsula de
Bowman. A regra de filtração é tudo que possui baixo peso molecular será filtrado e este quando alcança o
interior do néfron passa a ser denominado de filtrado glomerular.
Importante nesse momento é estabelecermos uma ideia geral funcional. Os rins filtram cerca de 125 ml de
plasma por minuto, assim, o volume filtrado durante 24h é de 180 litros (125 ml x 60 minutos = 7500 ml/hora x
24 horas = 180000 ml/dia). Apesar dos 180 litros de filtrados atravessarem os túbulos dos néfrons não teremos
a excreção desse volume na urina. Assim, podemos perceber que outra função ocorre, a de reabsorção tubular.
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A reabsorção tubular (que envolve diferentes tipos de transporte passivos ou ativos de substâncias por meio da
membrana) é a capacidade das substâncias que estão no interior no néfron retornarem para a corrente
sanguínea (especificamente para os capilares peritubulares). A reabsorção tubular é cerca de 99% do volume
que foi filtrado.
Uma outra função que ocorre nos néfrons é a capacidade das células epiteliais que formam os túbulos renais
secretarem substâncias do sangue para o interior dos néfrons, sem que essas substâncias sejam filtradas pelo
glomérulo. Quando uma substância do sangue é transferida da corrente sanguínea (capilares peritubulares) para
o interior do néfron esse processo é chamado de secreção tubular.
No final dos néfrons o filtrado glomerular é concentrado sendo direcionado para as papilas renais, nesse
momento não há mais possibilidade de secretar o reabsorver substâncias do filtrado, e ao gotejar das papilas
renais para o interior dos cálices renais menores teremos a excreção da urina.
Assim, o volume urinário que ocorre em uma pessoa normal é estabelecido pelo volume filtrado menos o volume
reabsorvido mais o volume secretado de substâncias pelos néfrons.
2.2 Histologia e função do corpúsculo renal: taxa de 
filtração glomerular e depuração (clearance)
Como visto anteriormente o corpúsculo renal consiste em uma rede capilar (glomérulo) envoltos por tecido
epitelial especializado denominado de Cápsula de Bowman. Os corpúsculos renais são encontrados
exclusivamente nas áreas corticais dos rins.
Os capilares glomerulares transportam sangue arterial, com uma pressão em torno de 60mmHg. Esses capilares
formam uma rede enovelada, aumentando a área de superfície. Os capilares glomerulares estão localizados entre
duas arteríolas: a arteríola aferente, que transporta sangue para a rede capilar glomerular; e a arteríola eferente
que recolhe o sangue que fluiu pela rede capilar peritubular.
VOCÊ SABIA?
Uma nova esperança está surgindo para os pacientes com falência renal pois um projeto de rim
bioartificial está em desenvolvimento. Esse rim bioartificial pode ser implantado no paciente
tornando a vida do paciente mais independente e com maior qualidade de vida.
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Figura 2 - Esquema ilustrativo das arteríolas aferente, eferente, lâmina parietal e lâmina visceral (com 
podócidos) dos corpúsculos renais
Fonte: Aldona Griskeviciene, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer a ilustração mostra as arteríolas aferente (entrando) e eferente (saindo) pelo topo do corpúsculo: 
renal, e no interior lâmina parietal e lâmina visceral (com podócidos) dos corpúsculos renais.
A inserção da rede capilar glomerular inserida entre duas arteríolas (aferente e eferente) é importante para
manter a pressão de filtração constante. As arteríolas são vasos sanguíneos que apresentam músculo liso em sua
parede, podendo então realizar a vasoconstrição e a vasodilatação. A atividade dos músculos lisos das arteríolas
aferentes e eferentes influenciam diretamente na pressão de filtração, como veremos adiante.
As substâncias que chegam na rede capilar glomerular precisam atravessar a barreira de filtração, para
posteriormente, alcançar o interior dos néfrons (se transformando em filtrado glomerular). Para que a
substância alcance o interior do néfron, ou seja, sofra o processo de filtração, ela precisa atravessar uma
barreira, denominada de barreira de filtração.
A barreira de filtração é constituída por três elementos.
Endotélio dos
glomérulos
Tecido epitelial pavimentoso simples com fenestrações.
Membrana
basal
Glicoproteínas de cargas negativas.
Epitélio da
cápsula de
Bowman
Formado pelos podócitos.
Os capilares glomerulares são fenestrados (apresentam poros) isso facilita o processo de filtração. Contudo, nem
todas as substâncias conseguem atravessar as fenestrações dos capilares, como por exemplo as células
vermelhas do sangue (eritrócitos) e as macromoléculas protéicas (albumina), pois não possuem baixo peso
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todas as substâncias conseguem atravessar as fenestrações dos capilares, como por exemplo as células
vermelhas do sangue (eritrócitos) e as macromoléculas protéicas (albumina),pois não possuem baixo peso
molecular.
Após atravessar as fenestrações dos capilares glomerulares as substâncias precisam passar pela membrana
basal. A membrana basal está associada aos ânions, desta forma, substâncias plasmáticas de carga negativa
apresentam dificuldade em serem filtradas, sendo repelidas pela membrana basal.
Por fim, para que a substância seja filtrada, ela deve atravessar as células epiteliais da lâmina visceral da Cápsula
de Bowman, denominadas de podócitos. Os podócitos formam o último componente da membrana de filtração.
Os podócitos são células que apresentam diversos prolongamentos, denominados de pedicelos, que cobrem a
superfície dos glomérulos. Entre os pedicelos se formam as fendas de filtração. Os pedicelos contêm filamentos
de actina, apresentando propriedade contrátil, que pode aumentar o diminuir as fendas de filtração. Associado
aos pedicelos há ânions proteicos, assim os pedicelos também repelem substância com cargas negativas,
dificultando sua filtração.
Nos corpúsculos renais localizamos também as células denominadas de mesangiais, que cercam os capilares
glomerulares. As células mesangiais servem de suporte para os glomérulos e são células capazes de executar a
fagocitose (para remoção de substâncias que se acumulam na barreira de filtração) e a contração.
Vimos então que para a substância que está no plasma ser filtrada ela precisa atravessar a barreira de filtração
(epitélio do glomérulo, membrana basal e os podócitos). Contudo, um outro fator é importante para que ocorra a
filtração, que é a pressão.
O fluido se desloca de um local de alta pressão para um local de baixa pressão. Nos capilares glomerulares e no
interior dos néfrons podemos identificar duas pressões: hidrostática e a coloidosmótica.
A pressão hidrostática é a força da água exercida na parede do vaso, tentando superar a parede vascular e
deslocar o fluido para fora do vaso (em direção ao interior do néfron, em nosso estudo).
A pressão coloidosmótica, gerada pela presença de proteínas plasmáticas (como a albumina) é a força que retém
a água no interior dos vasos. Perceba então que a pressão coloidosmótica é uma força contrária à pressão
hidrostática, enquanto a pressão hidrostática empurra a água para fora do vaso (em direção ao interior do
néfron) a pressão coloidosmótica tenta reter a água no interior do vaso (dificultando o fluxo para o interior do
néfron).
CASO
Uma mulher com 40 anos vai ao médico pois apresenta edema facial e nos membros inferiores,
afirma sentir náuseas e dor abdominal, e relata que sua urina está espumosa. Foram
solicitados exames que demonstraram proteinúria (proteínas 3+) e albumina sérica de 1,4 g
/dL (VR: 3,5 - 5,2 g/dL). No retorno dos exames, não foi detectada lesão glomerular ou
hematúria. O médico suspeita de síndrome nefrótica, causada por lesão mínima em podócitos.
Como podemos explicar a proteinúria e o edema apresentados pela paciente?
Com a lesão dos podócitos, a barreira de filtração perde a capacidade de repelir substâncias
com carga negativa, como as proteínas plasmáticas. Desta forma, as proteínas plasmáticas que
seriam repelidas passam para o interior do néfron em grande quantidade, sendo
posteriormente, excretadas na urina.
O aparecimento do edema ocorre por conta da diminuição da pressão coloidosmótica dos
capilares teciduais. Lembre-se essa paciente esta com proteinúria e os níveis de proteína
plasmáticas estão abaixo do normal, o que gera o edema.
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Vamos analisar como essas pressões interferem na filtração. Primeiro precisamos dos valores das pressões
(hidrostática e coloidosmótica) fisiológicos.
Nos glomérulos temos a pressão hidrostática no valor de 60mmHg (força que empurra o fluido em direção ao
interior do néfron, atravessando assim a barreira de filtração). A pressão coloidosmótica nos glomérulos é cerca
de 32mmHg (força que retém o fluido nos glomérulos, impedindo que atravesse a barreira de filtração).
Desta forma, temos no interior dos glomérulos uma força resultante a favor da filtração de 28mmHg (60mmHg –
32mmHg, lembre-se que as pressões hidrostáticas e coloidosmótica são de sentidos opostos).
No interior do néfron não encontramos substancialmente proteínas (pela dificuldade dessas atravessarem a
barreira de filtração, ou por conta do seu tamanho ou por conta da sua carga negativa), assim a pressão
coloidosmótica no interior do néfron é insignificante e podemos descarta-la. Mas, no interior dos néfrons
encontramos o filtrado glomerular, que apresenta uma pressão hidrostática de 18mmHg (que força o líquido que
está no interior do néfron a voltar para o glomérulo).
Estudando as pressões hidrostática e coloidosmótica do glomérulo e do interior do néfron percebemos que a
resultante final, ou seja, a pressão de filtração é de 10mmHg (empurrando o fluido do glomérulo para o interior
do néfron). Essa pressão de filtração é estabelecida pela conta:
Pressão hidrostática glomerular (60mmHg) – [Pressão coloidosmótica glomerular (32mmHg) + Pressão
hidrostática do filtrado (18mmHg)] = 10mmHg.
Observe que tanto a pressão coloidosmótica glomerular e a pressão hidrostática do filtrado tem a mesma direção
para determinar o fluxo do fluido (assim elas se somam).
Alterações da pressão arterial e nas quantidades de proteínas plasmáticas podem influenciar a pressão de
filtração. Quanto a pressão arterial se eleva, ocorre elevação da pressão glomerular o que ocasionaria uma maior
pressão de filtração, por outro lado, a queda da pressão arterial levaria a uma menor pressão de filtração. Para
que os rins continuem desempenhando sua filtração de forma constante, não sendo influenciado pelas alterações
da pressão arterial, há o mecanismo de regulação miogênica, que mantém a pressão de filtração constante
independente dos valores da pressão arterial, até certos limites fisiológicos.
A regulação miogênica ocorre pela vasoconstrição ou vasodilatação das arteríolas aferentes e eferentes. Quando
as arteríolas eferentes sofrem vasoconstrição, a pressão do glomérulo aumenta, assim aumenta a pressão de
filtração. O mesmo ocorre quando as arteríolas aferentes sofrem vasodilatação, aumentando o volume na rede
capilar glomerular, aumentando a pressão de filtração.
Caso ocorra vasodilatação da arteríola eferente ou vasoconstrição da arteríola aferente, a pressão de filtração
diminuirá.
A taxa de filtração no glomérulo é mantida em valores ideais graças a pressão de filtração. A taxa de filtração
glomerular fisiológica é de 125ml/minuto.
Alterações na pressão de filtração estão relacionadas com variações do volume filtrado. Assim, o aumento da
pressão provoca aumento da filtração, e o inverso é verdadeiro.
Podemos avaliar a filtração glomerular utilizando substâncias exógenas como a inulina ou endógenas como a
VOCÊ O CONHECE?
Sue Kimber e Adrian Woolf são pesquisadores da Universidade de Manchester, no Reino
Unido, a partir de estudos realizados com células tronco eles desenvolveram mini-rins. Isso é
extremamente importante porque é um passo para o desenvolvimento de tecidos e órgãos
para realização de transplantes. Saiba mais em: https://ccb.med.br/noticia/521-rins-feitos-a-
partir-de-celulas-tronco-e-que-funcionam-em-organismos-vivos.
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Podemos avaliar a filtração glomerular utilizando substâncias exógenas como a inulina ou endógenas como a
creatinina. A inulina é um polissacarídeo que pode demonstrar a função renal. Essa substância, a inulina, é 100%
filtrada, 0% reabsorvida e 0% secretada. Desta forma, a inulina demonstra a função da filtração renal,
denominada de depuração renal. Como a inulina é uma substância exógena, podemos verificar a depuração renal
por meio de uma substância presente no plasma, denominada de creatinina. A creatinina é filtrada (em alta
quantidade) e secretada (em baixa quantidade) pelos néfrons, não sofrendo o processo de reabsorção tubular.
Desta forma, caso os níveis de creatinina plasmática aumentem podemos associar que a depuração renal não
está adequada.
Podemos avaliar os níveis de creatinina no exame de sangue e, destaforma, estabelecer a função de depuração
renal do paciente. Contudo, existe atualmente um aparelho que realiza a leitura rápida dos níveis de creatinina
do paciente. Basta realizar uma punção digital e coletar uma gota de sangue do paciente, colocar na fita para a
leitura do aparelho (sensor para medida de creatinina), em 30 segundos os resultados estão disponíveis no leitor
do aparelho.
Ossos
De forma geral, nos ossos ele promove aumento da reabsorção da matriz óssea, desprendendo cálcio para o
plasma (efeito hipercalcemiante).
Intestino
No intestino atua aumentando a absorção de cálcio (efeito hipercalcemiante ocasionado pela ativação da
vitamina D – calcitriol, realizada pelo PTH).
Rins
Nos rins, o efeito do PTH é o mais rápido se comparados ao efeito nos ossos e intestino. O PTH aumenta a
reabsorção de cálcio no ramo ascendente da alça de Henle e no túbulo contorcido distal.
2.3 Transporte tubular e a homeostase do sódio, cálcio e 
potássio
Os túbulos renais conduzem o filtrado glomerular. Durante esse processo de transporte do filtrado, as
substâncias podem ser reabsorvidas ou secretadas pelos túbulos. A reabsorção definida como o movimento do
soluto e solvente, do interior dos túbulos do néfron para a corrente sanguínea (para os vasos peritubulares).
A maior parte da reabsorção de água e solutos ocorre no túbulo contorcido proximal (cerca de 65% do filtrado).
A reabsorção é isosmótica, assim, muita água e muito soluto são removidos do filtrado, retornando para a
corrente sanguínea. Os principais solutos que são reabsorvidos no túbulo contorcido proximal são: glicose
(100% da glicose filtrada é reabsorvida no túbulo contorcido proximal, assim, em situações fisiológicas não é
normal encontrarmos glicose na urina = glicosúria), 100% dos aminoácidos e vitaminas que foram filtrados,
parte do sódio e cloreto.
Na alça de Henle observamos que água e solutos como o sódio, potássio e cloreto são reabsorvidos. Contudo, isso
ocorre em segmentos específicos da alça de Henle.
No ramo descendente da alça de Henle encontramos muitos canais de aquaporina 1, que permitem a passagem
da água pela membrana das células epiteliais que formam esse ramo. Os capilares sanguíneos em torno do ramo
descendente da alça de Henle apresentam uma alta osmolaridade enquanto no interior da alça de Henle (no
ramo descendente) a osmolaridade é baixa. Assim, a água flui do meio hiposmótico para o meio hiperosmótico
(do ramo descentende da alça de Henle para os capilares peritubulares) atravessando os canais de aquaporina 1.
Podemos destacar que o ramo descendente da alça de Henle é permeável a água, e cerca de 25% da reabsorção
de água ocorre nesse local (BERNE , 2006; AIRES, 2012; GUYTON, HALL, 2017).et al
Um fato importante para reabsorção de água nesse local é a hiperosmolaridade dos capilares peritubulares. Para
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Um fato importante para reabsorção de água nesse local é a hiperosmolaridade dos capilares peritubulares. Para
esses capilares se tornarem hiperosmóticos ocorre reabsorção de soluto (sódio, potássio e cloreto), no ramo
ascendente da alça de Henle (caso não ocorra a reabsorção no ramo ascendente de solutos, o ramo descendente
não conseguirá reabsorver a água) (BERNE , 2006; AIRES, 2012; GUYTON, HALL, 2017).et al
O ramo ascendente da alça de Henle não apresenta canais de aquaporina 1, desta forma, esse ramo é
impermeável à água. As células epiteliais que formam o ramo ascendente da alça de Henle apresentam um
transportador (NKCC2, que transporta sódio, potássio e cloreto). No ramo ascendente a osmolaridade está muito
alta (há muito soluto e pouca água, que foi reabsorvida no ramo descendente). O transportador NKCC2
transporta sódio, potássio e cloreto para os capilares peritubulares (que nesse momento estão hiposmótico)
(BERNE , 2006; AIRES, 2012; GUYTON, HALL, 2017).et al
Quando os solutos sódio, potássio e cloreto são reabsorvidos pelo ramo ascendente da alça de Henle, o sangue
dos capilares peritubulares se torna hiperosmótico. Assim, os capilares peritubulares hiperosmóticos promovem
a reabsorção de água no ramo descendente da alça de Henle (esse sistema é denominado de sistema contra-
corrente). Os diuréticos de alça (como a furosemida) atuam no ramo ascendente da alça de Henle (ver adiante).
Nos túbulos contorcidos distais ocorre reabsorção de água e sódio (influenciados pelo hormônio aldosterona),
cálcio (influenciado pelo calcitriol – forma ativa da vitamina D) e cloreto (AIRES, 2012; GUYTON, HALL, 2017).
Os ductos coletores reabsorvem água pela influência do hormônio antidiurético (ADH ou vasopressina). O ADH é
sintetizado pelos núcleos paraventricular e supra-optico do hipotálamo, e conduzidos pelo trato hipotálamo-
hipofisário (no fluxo axoplasmático do citoesqueleto realizado pela proteína dineína), armazenados nos
corpsúculos de Herring da neurohipófise. Quando o ADH é secretado pela neurohipófise, esse hormônio atua nos
ductos coletores, promovendo a inserção de canais de aquaporina 2, o que provoca reabsorção de água no ducto
coletor, e torna a urina mais concentrada (maior volume de solutos por reabsorção de água).
Os túbulos renais também realizam processo de secreção de substâncias. No túbulo contorcido proximal ocorre
secreção de uréia e creatinina. No túbulo contorcido distal ocorre secreção de potássio e hidrogênio. A
reabsorção de sódio no túbulo contorcido distal (influenciado pela aldosterona) promove secreção de potássio,
assim, a hiperaldosteronemia (aumento da aldosterona) ocasiona hipocalemia (diminuição do potássio
plasmático) (AIRES, 2012; GUYTON, HALL, 2017).
Avaliando o íon cálcio, em situações fisiológicas 98% dos íons de cálcio que são filtrados retornam para a
corrente sanguínea por meio da reabsorção tubular, mantendo níveis normais da calcemia (AIRES, 2012;
GUYTON, HALL, 2017). Vale a pena destacar que os íons de cálcio são importantes para o processo de contração
muscular, sinalização sináptica, coagulação sanguínea e sinalizador intracelular. O mecanismo de excreção de
cálcio (2% do filtrado) não se altera caso a ingestão alimentar do cálcio diminua, assim, ao se diminuir a ingestão
de cálcio a hipocalcemia será controlada por remoção do cálcio dos óssos. O paratormônio (PTH), secretado
pelas glândulas paratireoides realizam o controle da hipocalcemia, assim, o efeito do PTH é hipercalcemiante.
O PTH tem como alvo três locais: o osso, o intestino e os rins.
2.4 Controle da osmolaridade e do volume dos fluídos 
corporais e ação dos diuréticos
Os dois compartimentos líquidos do corpo são o compartimento intracelular (com cerca de 65% do volume
líquido) e o compartimento extracelular, representado pelo interstício, plasma, linfa, líquido cerebrospinal e
transcelular.
A composição dos líquidos intracelular e extracelular são diferentes na concentração de seus eletrólitos, como
por exemplo o meio intracelular é um meio com alta concentração de potássio e baixa concentração de sódio. No
meio extracelular, a concentração de potássio é baixa e a concentração de sódio é alta.
Já o equilíbrio hídrico é mantido normalmente pela quantidade de água ingerida e a quantidade de água
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Já o equilíbrio hídrico é mantido normalmente pela quantidade de água ingerida e a quantidade de água
excretada pelo corpo (pelos rins, pelas glândulas sudoríparas, pela expiração e excreção intestinal) (BERNE et al,
2006; GUYTON, HALL, 2017). A quantidade de água ingerida por um adulto é em torno de 2200ml por dia
(consideramos água também encontrada nos alimentos).
A osmolaridade é definida como o número de eletrólitos (íons) em uma solução. No ser humano, a osmolaridade
plasmática é em torno de 325mOsmol. Já a osmolaridade do filtrado é cerca de 300mOsmol., sendo a diferença
básica entre o plasma e o filtrado é a presença de proteína (barradas pela membrana de filtração). A reabsorção
e excreção de água altera sua concentração ou nos compartimentos internos do corpo ou na urina. A eliminação
ou reabsorção de água ocorre por meio de mecanismo que atuam na osmolaridade dos túbulosrenais ou dos
capilares peritubulares e interstício renal. O aumento de reabsorção de água pode ocasionar aumento da pressão
arterial e da carga de trabalho do miocárdio. Assim, atuando como mecanismos reguladores temos a classe
medicamentosa dos diuréticos. Por meio da fisiologia podemos compreender os mecanismos básicos de
funcionamento dos diuréticos (eliminadores de água).
Caso ocorra aumento da osmolaridade no túbulo contorcido proximal a reabsorção de água neste local ficará
reduzida (consequentemente a água será excretada). O manitol provoca bloqueio dos canais de sódio no túbulo
contorcido proximal e no ramo ascendente da alça de Henle (GUYTON, HALL, 2017). Assim, o sódio não será
reabsorvido, permanecendo no interior dos túbulos do néfron, o que ocasiona o aumento da osmolaridade
tubular e consequentemente diminui a reabsorção de água, tento um efeito diurético potente.
Outro mecanismo ocorre quando há inibição da anidrase carbônica, bloqueando a reabsorção de bicarbonato
(HCO3 ) e sódio no túbulo contorcido proximal, assim esses íons permanecem no túbulo renal, aumentando sua-
osmolaridade e retendo água no filtrado, que será eliminada na urina. Esse tipo de ação é feito pela
acetazolamida.
O bloqueio da absorção de sódio, potássio e cloreto no ramo ascendente da alça de Henle leva ao aumento de
diurese. Esse mecanismo é conhecido como diurético de alça. A furosemida bloqueia o transportador NKCC2,
assim os íons permanecem no interior dos túbulos do néfron. Além de aumentar a osmolaridade nos túbulos do
néfron, ocorre diminuição da osmolaridade nos capilares peritubulares, desta forma, o ramo descendente da alça
de Henle, apesar de permeável, não tem diferença osmótica suficiente para fazer a reabsorção da água e,
finalmente a água será eliminada (GUYTON, HALL, 2017) .
Os tiazídicos são diuréticos que inibem a reabsorção e sódio e cloreto no túbulo contorcido distal, assim ocorre
maior excreção desses íons junto da água.
A uréia também é um fator que promove alteração da osmolaridade no interstício renal e no interior dos túbulos
renais. Parte da uréia é secretada e reabsorvida constantemente para manter a osmolaridade intersticial
adequada.
Já o ADH apresenta ação oposta aos diuréticos. Na presença de ADH, o ducto coletor apresenta uma maior
permeabilidade a água (devido a inserções de canais de aquaporina 2 realizadas pelo ADH), a água passa a ser
mais reabsorvida, deixando a urina mais concentrada (maior osmolaridade da urina). Caso ocorra a diminuição
VOCÊ SABIA?
O acúmulo de líquido no espaço intersticial é denominado de edema. O edema pode ser
ocasionado por diversos fatores, podemos destacar as alterações das pressões de Starling
(pressão hidrostática e pressão coloidosmótica). O edema surge quando a pressão hidrostática
capilar aumenta ou quando a pressão coloidosmótica capilar diminui.
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mais reabsorvida, deixando a urina mais concentrada (maior osmolaridade da urina). Caso ocorra a diminuição
do ADH, o ducto coletor apresentará menor capacidade de reabsorção de água e, por sua vez, ocorrerá maior
excreção, sendo a urina considerada diluída (menor osmolaridade).
2.5 Papel dos rins na regulação do equilíbrio ácido-básico
Para que aconteça a homeostase, com as reações químicas do corpo ocorrendo de forma e velocidade adequadas,
é necessário que o organismo equilibre a quantidade de ácidos e bases (equilíbrio ácido-basico). O pH (potencial
hidrogeniônico) é a medida da quantidade de substâncias ácidas ou alcalinas em uma determinada solução.
Assim, temos pHs diferentes em diferentes meios do corpo, como por exemplo o pH 0,5 encontrado no estômago,
ou o pH 7 da água. O pH do sangue é de 7,40 (podendo variar entre 7,35 e 7,45), quando o pH do sangue está
abaixo de 7,35 estamos diante de uma acidose e, quando acima de 7,45 denominamos de alcalose.
Figura 3 - Ilustração de uma escala científica de pH.
Fonte: nazmullhasann, Shutterstock, 2020.
#PraCegoVer essa ilustração demonstra uma escala científica de pH, indicando na escala o pH ácido entre 0 e 6,:
o pH 7 sendo o neutro, e básico do 8 ao 14.
Para melhor compreendermos como isso ocorre vamos utilizar uma denominação simples do que é um ácido e
uma base.
Ácido é uma substância que se dissocia em H , ou seja, libera hidrogênio. Quanto mais hidrogênio é liberado em+
uma solução menor vai ser o pH desta solução, sendo denominada de solução ácida.
Base é uma substância capaz de se combinar com o H livre em uma solução, ao passo que a base se liga ao+
hidrogênio livre a solução perde esse hidrogênio e seu pH aumenta, tornando-se alcalina.
Assim quanto maior a quantidade de hidrogênio menor é o pH da solução e, quanto menor a quantidade de
hidrogênio maior é o pH da solução.
A maior parte do hidrogênio no nosso corpo é proveniente das reações químicas do metabolismo.
Exemplificando, quando a glicose é metabolizada de forma aeróbia ela produz como substrato o dióxido de
carbono. O dióxido de carbono pode ser combinado com a água, na presença da anidrase carbônica, quando isso
ocorre forma o ácido carbônico (H 0+CO = H CO ). O ácido carbônico se dissocia em H e HCO .
2 2 2 3 acido carbônico
+ 
3
-
Assim, quanto mais dióxido de carbono reagindo com a anidrase carbônica, maior a quantidade de ácido
carbônico formado e será maior a quantidade de hidrogênio liberado na solução, tornando o meio ácido.
Para controlar o pH o organismo apresenta mecanismos regulatórios, como o sistema tampão (realizado pelo
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Para controlar o pH o organismo apresenta mecanismos regulatórios, como o sistema tampão (realizado pelo
sangue), o sistema respiratório que pode alterar a quantidade de dióxido de carbono no corpo por meio da
hiperventilação ou hipoventilação e, o sistema renal, que pode alterar a quantidade de hidrogênio ou
bicarbonato por meio da excreção ou reabsorção desses íons. Como os rins são reguladores potentes do pH,
pacientes com doenças renais se tornam acidóticos.
A acidose metabólica é a diminuição do pH (aumento da concentração de hidrogênio no plasma) associados a
causas não respiratórias, como por exemplo: diabetes mellitus descontrolado, períodos prolongados de quadros
de vômitos, diarreia severa provocam aumento da excreção do bicarbonato, e doenças renais tornam o rim
incapaz de excretar o hidrogênio. Lembre que o bicarbonato é uma base, capaz de se combinar com o hidrogênio.
Caso a concentração de bicarbonato plasmático diminua, o hidrogênio não terá com quem se ligar, ficando livre,
ocasionando o quadro de acidose metabólica.
A alcalose metabólica é o aumento do pH, por diminuição dos íons de hidrogênio livre no plasma, não associados
a causas da respiração. As causas da alcalose metabólica podem ser excesso do uso de antiácidos gástricos (o
ácido gástrico para ser formado remove dióxido de carbono do sangue), medicamentos que contém excesso de
bicarbonato. Para corrigir a alcalose metabólica os rins precisam diminuir a excreção de hidrogênio. No entanto,
quando falamos em desiquilíbrios ácido-básico a compensação no caso de uma acidose ou alcalose metabólica
(desequilíbrios por culpa do rim) será realizada pelo sistema respiratório.
2.6 Urolitíase e insuficiência renal aguda e crônica
A insuficiência renal aguda é caracterizada pela diminuição da taxa de filtração glomerular, quando a taxa de
filtração glomerular é menor que 90ml/minuto o paciente já apresenta insuficiência renal. Quando a taxa de
filtração glomerular é igual ou menor que 15ml/minuto o paciente apresenta falência renal. A insuficiência renal
pode ser causada por distúrbios vasculares (como a hipertensão), sendo uma insuficiência renal pré-renal
(AIRES, 2012; GUYTON, HALL, 2017). Ou pode ser ocasionada por lesões nos néfrons (como a necrose tubular
aguda) sendo uma insuficiência renal-renal. Ou ainda por obstruções do fluxo da via urinária (como as litíases,
tumores de próstata, bexigomas), denominada de insuficiência renal pós-renal.
A sintomatologia da insuficiência renal desenvolve: retenção hídrica provocando edema, dispneia,fadiga,
confusão, náuseas, astenia, alterações no ritmo cardíaco, convulsões e às vezes coma. Quando a persistências
desses sintomas permanece por mais de três meses a insuficiência é denominada de insuficiência renal crônica.
VOCÊ QUER VER?
A Nefropatia diabética pode ter sua origem no rim ou ser resultante de lesões ocasionadas pela
Diabetes Mellitus ou lúpus eritematoso sistêmico. É a principal patologia das insuficiências
renais crônicas terminais. É dividida por estágios conforme o avanço da doença. Não deixe de
assistir ao vídeo para saber mais sobre a Nefropatia diabética em: https://www.youtube.com
/watch?v=F4Lt0AjMxEY .
VOCÊ QUER LER?
Em casos de pacientes que apresentam uma doença renal crônica avançada, é necessário a
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A urolitíase (lito=pedra) promove obstrução do fluxo urinário na via urinária. A obstrução pode ser parcial ou
total da via. O cálculo, também conhecido popularmente como pedra, obstrui principalmente a junção
ureteropélvica (junção do ureter com a pelve renal), outros pontos estreitos do ureter também podem ser
comprometidos como a junção ureterovesical (ureter e bexiga urinária) e a constrição ilíaca, quando os ureteres
cruzam por cima da artéria ilíaca externa.
Os cálculos são produzidos por excesso de solutos específicos, que são filtrados e excretados, se acumulando no
sistema pielocalicial, como: fofasto e cálcio, oxalato e fosfato, ácido úrico e estruvita (aglutinação de cristais de
amoníaco, fosfato e magnésio).
A obstrução da via urinária gerada pela presença do cálculo provoca distensão da parede do ureter e do sistema
pielocalicial, sendo denominado de hidronefrose. Por conta da irritação e dilatação da parede ureteral ocorre as
dores, denominadas de cólicas.
Em casos de pacientes que apresentam uma doença renal crônica avançada, é necessário a
realização do transplante renal. Mas, quem pode ser os doadores? Como é feita a cirurgia?
Quanto tempo dura o rim transplantado? Conheça mais sobre transplante renal clicando aqui: 
.https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/transplante-renal/
https://www.sbn.org.br/orientacoes-e-tratamentos/tratamentos/transplante-renal/
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Figura 4 - Cólica, um dos sintomas provocado pelo cálculo
Fonte: dragon_fang, Mediapool, 2020.
#PraCegoVer a imagem ilustra um homem de costas, com a mão pressionando na altura dos rins,: 
representando as cólicas renais.
O filtrado glomerular apresenta dificuldade de entrar no sistema pielocalicial, por meio das papilas renais. O
sistema pielocalicial está sobrecarregado. Assim, o filtrado glomerular se acumula nos néfrons, o que ocasiona o
aumento da pressão hidrostática do filtrado glomerular. Ao passo que a pressão do filtrado aumenta a filtração
torna-se mais difícil, ocasionando a insuficiência renal.
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Conclusão
Chegamos ao final desta unidade, em que trabalhamos conceitos fundamentais de fisiologia renal, demonstrando
como ocorre o processo de formação da urina, o equilíbrio da osmolaridade sanguínea e pH, e correlações
clínicas importantes.
Nesta unidade, você teve a oportunidade de:
• conhecer o processo de filtração glomerular, reabsorção e secreção tubular;
• conhecer mecanismos que regulam a osmolaridade do sangue;
• compreender a importância do pH no sangue;
• explorar sobre a insuficiência renal e a urolitíase.
Bibliografia
AIRES, M. . 4. ed. São Paulo: Grupo Gen, 2012.Fisiologia
BERNE, R.; LEVY, M. N.; KOEPEN, B.M. Fisiologia Berne e Levy. 6. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2009.
CCB. Centro de Criogenia Brasil. Rins feitos a partir de células-tronco e que funcionam em organismos
 São Paulo, online. Disponível em: vivos? https://ccb.med.br/noticia/521-rins-feitos-a-partir-de-celulas-tronco-e-
. Acesso em: 16 de maio de 2020.que-funcionam-em-organismos-vivos
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. . 12. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2011.Tratado de fisiologia médica
KHANACADEMYMEDICINE. - Mechanisms | Endocrine system diseases | NCLEX-RN |Diabetic nephropathy 
Khan Academy. 14/05/2015. 1 vídeo (9 min). Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=F4Lt0AjMxEY
. Acesso em: 16 de maio de 2020.
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https://ccb.med.br/noticia/521-rins-feitos-a-partir-de-celulas-tronco-e-que-funcionam-em-organismos-vivos
https://ccb.med.br/noticia/521-rins-feitos-a-partir-de-celulas-tronco-e-que-funcionam-em-organismos-vivos
https://www.youtube.com/watch?v=F4Lt0AjMxEY
	Introdução
	2.1 Conceito de filtração, reabsorção e secreção
	2.2 Histologia e função do corpúsculo renal: taxa de filtração glomerular e depuração (clearance)
	2.3 Transporte tubular e a homeostase do sódio, cálcio e potássio
	2.4 Controle da osmolaridade e do volume dos fluídos corporais e ação dos diuréticos
	2.5 Papel dos rins na regulação do equilíbrio ácido-básico
	2.6 Urolitíase e insuficiência renal aguda e crônica
	Conclusão
	Bibliografia