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15PROMILITARES.COM.BR O COMÉRCIO MUNDIAL O comércio internacional é um dos responsáveis pelo crescimento e desenvolvimento da economia dos países. Comércio significa a troca de bens e serviços por capital. Já o comércio internacional é caracterizado por essa troca a nível internacional, que acontece entre nações e não de forma interna dentro do país. Em grande parte dos países esse ramo representa uma fatia considerável do seu PIB. A história desse tipo de comércio é antiga. Na antiguidade, por exemplo, os egípcios exportavam e importavam artigos de luxo e também compravam madeira para construir palácios. Outro exemplo são as expansões marítimas do século XV, que proporcionou um grande crescimento do comércio. Mas foi a partir do século XX que houve um destaque especial, ainda mais com a intensificação da globalização, onde houve um crescimento da população mundial, da produção industrial, o avanço dos meios de transporte e das telecomunicações, etc. Outro fato foi o desenvolvimento das empresas e, portanto, a necessidade de expansão. À medida que ocorreu esta evolução, a participação dos países se tornou cada vez mais intensa, principalmente no pós-guerra. Esse crescimento trouxe transações que envolveram atividades de exportação e importação, investimentos, empréstimos e transações diversas. ET A PA S COMERCIAL INDUSTRIAL FINANCEIRO INFORMACIONAL MERCANTILISMO LIBERALISMO KEYNESIANISMO NEOLIBERALISMO D O U TR IN A S Surgiu com os Estados nacionais absolutistas e vigorou durante o capitalismo comercial. Defendia a intervenção do Estado na economia e o protecionismo. Seus objetivos principais: fortalecer o Estado e aumentar a riqueza nacional via acúmulo de metais preciosos (ouro e prata) e obtenção de superávits comerciais. Para seus teóricos a riqueza vinha do comércio Criticava o absolutismo e o mercantilismo: defendia, no plano político, a democracia representativa, a independência dos três poderes e a liberdade do indivíduo; e no econômico, o direito à propriedade, a livre iniciativa e a concorrência. Era contra a intervenção do Estado na economia e favorável à livre ação das forças do mercado. Para seus teóricos a riqueza vinha da indústria (produção). Criticava o pensamento econômico clássico e o princípio da "mão invisível", do suposto equilíbrio espontâneo do mercado, por isso defendia a intervenção do Estado na economia para evitar crises de superprodução como foi a de 1929. Propunha o aumento dos gastos públicos como mecanismos para estimular o crescimento econômico e a geração de empregos. Buscar aplicar os princípios do liberalismo clássico ao capitalismo atual. Diversamente daqueles, os teóricos neoliberais não creem na regulação espontânea do sistema. Visando disciplinar a economia de mercado, aceitam uma intervenção mínima do Estado para assegurar a estabilidade monetária e a livre concorrência. Também defendem a abertura econômica/financeira e a privatização de estatais. TE Ó R IC O S Thomas Mun (1571 - 1641) Economista inglês, um dos principais teóricos da doutrina mercantilista. Jean-Baptiste Colbert (1619 - 1683) Ministro das finanças de Luís XIV, responsável pela aplicação das políticas mercantilistas na França. Adam Smith (1723 - 1790) Economista escocês, um dos mais importantes teóricos do liberalismo clássico e um de seus fundadores. David Ricardo (1772 - 1823) Economista inglês, tido como sucessor de Smith, deu importante contribuição à teoria econômica. John M. Keynes (1883 - 1946) Economista inglês. O mais importante até meados do séc. XX; influenciou as políticas de recuperação da crise de 1929. Joan Robinson (1903 - 1983) Economista inglesa, seguiu as propostas keynesianas e aperfeiçoou algumas delas. Alexander Rustow (1885 - 1963) Economista alemão, crítico do liberalismo clássico e criador do termo neoliberalismo. Milto Friedman (1912 - 2006) Norte-americano, Nobel de economia (1976) e um dos continuadores das propostas neoliberais; assessorou os governos Reagan e Thatcher. PO TÊ N C IA S No início, Espanha e Portugal; depois, Inglaterra, Países Baixos e França. No início, Grã-Bretanha; depois, Estados Unidos, França, Alemanha e Japão. EUA emergem como potência, seguidos por Alemanha e Japão; Grã-Bretanha perde influência. EUA se mantêm como principal potência, seguidos por Japão e maiores economistas da União Europeia. 16 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR ET A PA S COMERCIAL INDUSTRIAL FINANCEIRO INFORMACIONAL MERCANTILISMO LIBERALISMO KEYNESIANISMO NEOLIBERALISMO PR O C ES SO S / FA TO S M A R C A N TE S - 1494 - Tratado de Tordesilhas - Grandes navegações (Expansão marítima europeia) - Colonialismo: partilha e exploração da América; comércio com Ásia e África - Auge da Revolução comercial. - 1498 - Viagem de Vasco da Gama às Índias via Atlântico. - Mundialização do comércio. - Utilização do trabalho escravo na América. - Acumulação primitiva de capitais na Europa. - 1688 - Revolução Gloriosa (Inglaterra). - 1776 - Início do processo de independência das colônias americanas - Independência dos Estados Unidos - Ocupação da África: interiorização - Primeira Revolução Industrial. - 1765 - 85 - Aperfeiçoamento da máquina a vapor por James Watt (Inglaterra). - Utilização do carvão mineral. - Indústrias inovadoras; têxtil, siderúrgica e naval. - Disseminação do trabalho assalariado. - 1822 - Independência do Brasil. - 1884 - 85 - Congresso de Berlim: partilha da África entre as potências Europeias. - Imperialismo: partilha e exploração das colônias africanas e asiáticas. - Segunda Revolução Industrial - Utilização do petróleo e da eletricidade. - Indústrias inovadoras: petroquímica, elétrica e automobilística. - Expansão mundial do processo de industrialização. - Monopólios e oligopólios. - 1886 - Construção do primeiro carro com motor a gasolina por Gottlieb Daimler (Alemanha). - 1914 - 1918 - Primeira Guerra Mundial. - 1929 - Crise econômica mundial. - 1939 - 1945 - Segunda Guerra Mundial. - Pós-guerra - Independência das colônias e surgimento dos países subdesenvolvidos. - 1990 - 2000 - Emergência da China como potência e surgimento das economias emergentes. - Globalização: expansão de capitais produtivos e especulativos. - Terceira Revolução Industrial ou Revolução - Técnico- científica. - 1946 - Construção do ENIAC, o primeiro computador pela Electronic Control Company (Estados Unidos). - Crescentes investimentos em P&D e agregação de valor aos produtos. - Ampliação do meio técnico- científico-informal. - Indústrias inovadoras: informática, robótica, telecomunicações e biotecnologia. - Industrialização de países em desenvolvimento e expansão das multinacionais. - 1980 - 1990 - Crises financeiras em diversos países. - 1999 - Criação do G-20 - 2008 - Crise financeira mundial. Neoliberalismo em xeque. http://geododia.blogspot.com.br(adaptado) As transformações econômicas mundiais ocorridas nas últimas décadas, sobretudo no pós segunda guerra mundial, são fundamentais para entendermos as dinâmicas de poder estabelecidas pelo grande capital e, também, pelas grandes corporações transnacionais. Além delas, não podemos deixar de mencionar a importância crescente das instituições supranacionais, que atuam como verdadeiros agentes neste jogo de interesses, como, por exemplo, o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, entre outros. www.nexojornal.com.br 17 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR O cenário que se afigura com a chegada destes novos agentes econômicos é imprescindível para compreendermos o significado da chamada globalização econômica. Esta tem como características: • A ruptura de fronteiras, ou seja, tal ruptura é atribuída à dinâmica do capital, que circula livremente pelo globo, sem respeitar a delimitação de fronteiras territoriais; • Perdada soberania local, ou seja, países, estados e cidades têm que se submeter à lógica do capital para conseguir gerar lucro em seus orçamentos; • Expansão da dinâmica do capital, fato que se relaciona à ruptura de fronteiras, ou seja, o capital se dirige agora também à periferia do capitalismo, uma vez que as transnacionais compreenderam que a exploração (no sentido de explorar a força de trabalho diretamente) dos países subdesenvolvidos promoveria grandes lucros para estes. Com o crescimento expressivo da atuação do capital em nível mundial, chegou-se a questionar o papel do Estado, isto é, o Estado seria de fato um agente importante neste processo ou atuaria como um impeditivo para a livre circulação do capital, uma vez que poderia criar regras ou leis que inviabilizariam a livre circulação do capital? Segundo este raciocínio, as transnacionais estariam comandando a dinâmica econômica mundial em detrimento dos Estados. Vale destacar que muitas empresas transnacionais passaram a desempenhar papéis que antes eram oferecidos pelo Estado, como serviços ligados à infraestrutura básica (exemplo: transporte e saneamento básico). No entanto, as sucessivas crises geradas pelo capitalismo mostraram que o papel do Estado não se apagou, como pensavam alguns, pelo contrário, em momentos de crise financeira, o Estado é chamado a ajudar as empresas em dificuldade econômica. Portanto, o papel do Estado no contexto de globalização reestruturou-se, passando este a atuar como um salvador dos excessos econômicos promovidos pelas empresas nacionais ou internacionais, controlando taxas de juros, câmbios, manutenção de subsídios em setores estratégicos, bem como fiscalizando, direta e indiretamente, os recursos energéticos. www.nexojornal.com.br Diplomatique.org.br PRINCIPAIS ORGANISMOS INTERNACIONAIS DO COMÉRCIO Os organismos internacionais são organizações criadas a partir do pós-guerra, responsáveis por dar apoio ao sistema capitalista, ao processo de internacionalização das economias e também definir as regras referentes a esse comércio. • Fundo Monetário Internacional (FMI) - Criado em 1994 através do acordo de Bretton Woods tem a função de garantir a estabilidade financeira do mundo e ajudar os países em crises econômicas através de empréstimos. • Banco Mundial - foi criado durante a 2ª Guerra Mundial com a função inicial de auxiliar e reconstruir a Europa pós- guerra. Após essa reestruturação focou no auxilio a desastres naturais, ajudas humanitárias e outras necessidades advindas de conflitos, sendo seu principal foco contribuir para a redução da pobreza de países em desenvolvimento. • Organização Mundial do Comércio (OMC) - em 1948 foi criado o Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT) com o objetivo de incentivar o crescimento da economia mundial, através de negociações de acordos entre os países, a fim de reduzir as barreiras comerciais. Mas, em 1994, o acordo se transformou na OMC, entrando em funcionamento em janeiro de 1995. • Câmara de Comércio Internacional (CCI) - é um organismo não governamental, criado em 1919, composta pelas câmaras de comércio. ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (OMC) Em funcionamento desde 1995 substituindo o GATT (Acordo Geral de Tarifas e Comércio), a OMC é uma instituição com personalidade jurídica que surgiu com o objetivo de proporcionar e regulamentar o livre comércio entre as nações participantes. Durante os anos 30 (e principalmente durante o período da “Grande Depressão”) os EUA iniciaram a imposição de barreiras comerciais absurdas na tentativa de deter a crescente inflação que afetava o país. Essa atitude por parte dos norte-americanos levou outros países a fazer o mesmo em retaliação a política protecionista, dificultando o comércio entre os países e desestabilizando a economia mundial. Entretanto, as barreiras agravaram ainda mais a crise, fazendo com que, após a Segunda Guerra e através do Conselho Econômico e Social da ONU, EUA e Inglaterra convocassem uma Conferência sobre Comércio e Emprego onde apresentaram o GATT. A princípio o objetivo não era regulamentar o “livre comércio”, 18 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR mas sim garantir o acesso equitativo dos países membros aos mercados através de um documento que seria provisório, até a criação da OIC (Organização Internacional de Comércio, em inglês, Internacional Trading Organization – ITO) que acabou não saindo do papel. Contudo, o surgimento de uma nova onda protecionista devido ao relativo fracasso da Rodada de Tóquio fez com que se realizasse a mais ambiciosa rodada de negociações, a Rodada do Uruguai, que culminou com a criação da OMC e grandes avanços na liberalização do comércio internacional. A OMC surgiu com as atribuições de gerenciar os acordos multilaterais e plurilaterais de comércio sobre serviços, bens e direitos de propriedade intelectual comercial, além de servir de fórum para a resolução das diferenças comerciais e para as negociações sobre novas questões. Ficou estabelecido, também, que a OMC supervisionaria as políticas comerciais dos países e trabalharia junto ao Banco Mundial e ao FMI (Fundo Monetário Internacional) na adoção de políticas econômicas em nível mundial. RODADAS DO GATT/OMC DATA LOCAL N° DE PAÍSES COMÉRCIO AFETADO(US$) 1947 Genebra-Suíça 23 10 bilhões 1949 Annency-França 13 n.d. 1951 Torquay-Reino Unido 38 n.d. 1956 Genebra na Suíça 26 2,5 bilhões 1960-61 Rodada Dillon 26 4,9 bilhões 1964-67 Rodada Kennedy 62 40 bilhões 1973-79 Rodada Tóquio 102 155 bilhões 1986-94 Rodada do Uruguai 123 3,7 trilhões 2001-14 Rodada de Doha - Catar 148 n.d. www.emaze.com OS BLOCOS REGIONAIS TOTAL(1): Exportação: US$ 1,4 bilhão Importação: US 1,6 bilhão Saldo: - US$ 199,1 milhões EUA/CANADÁ Exportação: US$700,8 (61,9%) Importação: US$ 831,1 (52,4%) Saldo: - US$ 130,3 EUROPA Exportação: US$ 246,4 (21,8%) Importação: US$ 609,0 (38,4%) Saldo: - US$ 362,6 ÁSIA Exportação: US$ 40,3 (3,6%) Importação: US$ 48,1 (3,0%) Saldo: - US$ 7,8 OCEANIA Exportação: US$ 5,0 (0,4%) Importação: US$ 4,8 (0,3%) Saldo: - US$ 0,2 ÁFRICA Exportação: US$ 2,9 (0,3%) Importação: US$ 3,4 (0,2%) Saldo: - US$ 0,5 AMÉRICA LATINA E CARIBE Exportação: US$136,2 (12,0%) Importação: US$ 91,0 (5,7%) Saldo: - US$ 45,2 www.nexojornal.com.br A OMC é regida por cinco princípios que devem ser seguidos pelos seus membros: o princípio da “não discriminação” garante tratamento igual a todos os membros no que se refere aos privilégios comerciais e aos produtos importados e nacionais, os quais não podem ter privilégios em detrimento dos importados; o segundo princípio é o da “previsibilidade” de normas e do acesso aos mercados através da consolidação dos compromissos tarifários para bens e das listas de ofertas em serviços; o princípio da “concorrência leal” que visa coibir práticas desleais de comércio (exemplo, dumping e antidumping); o princípio da “proibição de restrições quantitativas” como proibições e quotas permitindo apenas as quotas tarifárias desde que previstas nas listas de compromissos dos países; e o princípio do “tratamento especial e diferenciado para países em desenvolvimento”. Concluindo, a OMC garante o acesso equitativo entre os países através de quatro mecanismos: o processo de adesão, os princípios, as rodadas de negociações comerciais e as soluções de controvérsias. Bem mais ampla que o GATT (atualmente a terminologia é aplicada apenas ao acordo comercial sobre mercadorias), a OMC oferece uma base institucional semelhante ao FMI e ao Banco Mundial para as negociações em torno do comércio internacional e a cada nova rodada de negociações (a última foi a Rodada de Doha) consegue ampliar ainda mais a abertura dos mercados nacionais. 19 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR Desde o final da II Guerra Mundial muitos países têm procurado diminuir as barreiras impostas pelas fronteiras nacionais aos fluxos de mercadorias, capitais, serviços, e até mesmo de mão de obra, na busca de aumentaros lucros das empresas, os empregos dos trabalhadores e seus respectivos PIBs, para o fortalecimento de suas economias. Os países podem se organizar em diferentes tipos de blocos regionais como zonas de livre comércio, uniões aduaneiras, mercados comuns e uniões econômicas e monetárias e, até política e militar. O surgimento dos blocos econômicos coincide com a mudança exercida pelo Estado. Em um primeiro momento, a ideia dos blocos econômicos era de diminuir a influência do Estado na economia e comércio mundiais. Mas, a formação destas organizações supranacionais fez com que o estado passasse a garantir a paz e o crescimento em períodos de grave crise econômica. Assim, a iniciativa de maior sucesso até hoje foi a experiência vivida pelos europeus. QUAIS SÃO OS TIPOS DE BLOCOS ECONÔMICOS ATUAIS • Zona de preferências tarifárias: é o começo de uma relação entre os países, havendo pequenas medidas que facilitam a troca de produtos. • Zona livre comércio: consiste na eliminação ou diminuição significativa das tarifas dos produtos comercializados entre os países-membros. • União Aduaneira: é uma relação entre os países que diminui impostos e torna os produtos de países externos ainda mais caros. • Mercado Comum: é um bloco econômico que conta com um grande nível de integração econômica, indo muito além de um acordo comercial, pois envolve a livre circulação de produtos, pessoas, bens, capital e trabalho, tornando as fronteiras entre os países quase inexistentes. • União Política e Monetária: consiste em um mercado que ampliou ainda mais o seu nível de integração, que passa a alcançar também o campo monetário. Adota-se, então, uma moeda comum que substitui as moedas locais ou passa a valer comercialmente em todos os países-membros. Também é criado um Banco Central do bloco, que passa a adotar uma política econômica comum para todos os integrantes. A União Europeia iniciou-se como uma simples entidade econômica setorial, a chamada CECA (Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, surgida em 1951) e depois, expandiu-se por toda a economia como “Comunidade Econômica Europeia” até atingir a conformação atual, que extrapola as questões econômicas perpassando por aspectos políticos e culturais. Além da União Europeia, podemos citar o NAFTA (North American Free Trade Agreement, surgido em 1993); o Mercosul (Mercado Comum do Sul, surgido em 1991); o Pacto Andino; a SADC (Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, surgida em 1992), entre outros. A busca pela ampliação destes blocos econômicos mostra que o jogo de poder exercido pelas nações tenta garantir as áreas de influência das mesmas, controlando mercados e estabelecendo parcerias com nações que despertem o interesse dos blocos econômicos. Além disso, o jogo de poder também está presente internamente aos blocos, ou seja, existem países líderes dentro do bloco, que acabam submetendo os outros países do acordo aos seus interesses. Assim, nem sempre a constituição de um bloco econômico é benéfica a todos os membros; por exemplo, a constituição do NAFTA (México, Canadá e EUA) fez com que a frágil economia mexicana aumentasse ainda mais sua dependência em relação aos EUA. O Canadá, por sua vez, passou a ser considerado uma extensão dos EUA, dada sua subordinação à economia de seu vizinho. Numa zona de livre comércio, como o acordo do Nafta (Acordo Norte- Americano de Livre Comércio), busca-se apenas a gradativa liberalização do fluxo de mercadorias e de capitais dentro dos limites do bloco. Na união aduaneira, um estágio intermediário entre a zona de livre comércio e mercado comum, além da abolição de tarifas alfandegárias nas relações comerciais no interior do bloco, é definida uma tarifa externa comum, que é aplicada aos países fora do bloco. Assim, quando os integrantes da união negociam com outros países do mundo, embora haja exceções, utilizam uma tarifa de importação padronizada, igual para todos eles. O Mercosul (Mercado Comum do Sul) é um exemplo de união aduaneira. No caso de um mercado comum, como a União Europeia (caso único até o momento), há uma integração econômica plena. Existe uma padronização da legislação econômica, fiscal, trabalhista e ambiental; entre os países que compõem o bloco. Entre os resultados estão a eliminação das barreiras alfandegárias internas, a uniformização das tarifas de comércio exterior e a liberalização da circulação de mercadorias, serviços e pessoas no interior do bloco. No caso da União Europeia o auge da integração deu-se com a implementação da moeda única (euro), o que exigiu a criação do Banco Central Europeu. Assim, o bloco atingiu a condição de união econômica e monetária, embora continue funcionando como um mercado comum. A União Europeia também dá mostras de uma integração política e militar, com uma defesa mútua entre os integrantes do bloco em caso de necessidade. Existe ainda, paralelamente à formação de blocos regionais, os acordos bilaterais de livre comércio que integram países isoladamente ou que pertencem a algum bloco. Por exemplo, o México que pertence ao Nafta, firmou acordo com a União Europeia e o Chile, que por sua vez é associado ao Mercosul e tem acordos bilaterais com os EUA, a China e o Japão. http://mundoeducacao.bol.uol.com.br O COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL Brasil é a 9ª maior economia mundial, de acordo com os critérios de Produto Interno Bruto diretamente convertido a dólares americanos, e está entre as 10 maiores economias mundiais em critérios de “Paridade do poder de compra”, sendo a maior da América Latina, e está na 84ª posição no ranking do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano). 20 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR Apesar de ter dado, ao longo da década de 90, um salto qualitativo na produção de bens agrícolas, alcançando a liderança mundial em diversos insumos, com reformas comandadas pelo governo federal, a pauta de exportação brasileira foi diversificada, com uma enorme inclusão de bens de alto valor agregado como joias, aviões, automóveis e peças de vestuário. O Brasil é o 20° país em volume importado e o 24° em exportações. Em cada categoria, os produtos incluídos são: minerais: petróleo bruto, petróleo refinado, gás de petróleo, minério de ferro, minério de cobre, etc; produtos animais: carne bovina, carne de porco, carne de aves, crustáceos, queijos, leite, filés de peixes, etc.; transportes: carros, partes de veículos, helicópteros, aviões e similares, caminhões de entrega, etc; plásticos e borrachas: pneus de borracha, polímeros de etileno, polímeros de propileno, poliacetatos, etc; tecidos: suéteres de malha, camisetas de malha, colchas, algodão cru, tecidos sintéticos, etc; metais preciosos: ouro, joias, platina, diamantes, prata, etc; alimentos: vinho, destilados, ração animal, açúcar, extrato de malte, peixe processado; produtos vegetais: soja, trigo, chá, arroz, café, frutas ACORDOS COMERCIAIS Participação no comércio mundial (por Blocos econômicos): BLOCO DE PAÍSES EXPORTAÇÃO MUNDIAL IMPORTAÇÃO MUNDIAL SALDO US$ Trilhões Part.% US$ Trilhões Part.% US$ Trilhões NAFTA 2,417 13,2 3,198 17,4 -0,781 ÁSIA 5,769 31,6 5,855 31,8 -0,086 UNIÃO EUROPEIA 6,636 36,3 6,595 35,9 0,041 AMÉRICA SUL/CARIBE 0,737 4,0 0,773 4,2 -0,036 ÁFRICA 0,599 3,3 0,628 3,4 -0,029 ORIENTE MÉDIO 1,334 7,3 0,771 4,2 0,563 EUROPA ORIENTAL 0,778 4,3 0,575 3,1 0,203 TOTAL 18,270 100,0 18,395 100,0 -0,125 BLOCOS DE PAÍSES EXPORTAÇÃO BRASIL IMPORTAÇÃO BRASIL SALDO US$ Bilhões Part.% US$ Bilhões Part.% US$ Bilhões NAFTA 31,8 13,1 45,1 18,8 -13,3 ÁSIA 77,7 32,1 73,2 30,6 4,5 UNIÃO EUROPEIA 51,2 21,1 54,7 22,8 -3,5 AMÉRICA SUL/CARIBE 49,6 20,5 35,0 14,6 14,6 ÁFRICA 11,1 4,6 17,4 7,3 -6,3 ORIENTE MÉDIO 10,9 4,5 7,4 3,1 3,5 EUROPA ORIENTAL/ OCIDENTAL 5,8 2,4 6,1 2,5 -0,3 PROVISÃO NAVIOS/ Ñ DEC 4,1 1,7 0,7 0,3 3,4 TOTAL 242,2 100,0 239,6 100,0 2,6 cítricas, etc; instrumentos: instrumentos médicos, LCDs, equipamentos ortopédicos,outros instrumentos de medida, etc; máquinas: circuitos integrados, telefones, computadores, equipamentos de transmissão, transformadores elétricos, etc; metais: alumínio bruto, cobre refinado, estruturas de ferro, ferro semifinalizado, barras de ferro, etc; produtos químicos: medicamentos empacotados, sangue humano e animal, hidrocarbonetos cíclicos, álcoois acíclicos, produtos de limpeza, produtos de beleza, etc. O Brasil é visto pelo mundo como um país com muito potencial, assim como a Índia, Rússia e China. A política externa adotada pelo Brasil prioriza a aliança entre países subdesenvolvidos para negociar commodities com os países ricos. O Brasil, assim como a Argentina e a Venezuela, vêm rejeitando o projeto da ALCA em discussão, apesar das pressões dos EUA. Existem também iniciativas de integração e cooperação econômica na América do Sul. Seus maiores parceiros comerciais são a União Europeia, os Estados Unidos da América, o MERCOSUL e a República Popular da China. para: CHINA ($40,9bi) EUA ($27,2bi) ARGENTINA ($14,3bi) HOLANDA ($10,8bi) ALEMANHA ($3,8bi) Brasil exporta de: CHINA ($37,2bi) EUA ($35,1bi) ARGENTINA ($14bi) ALEMANHA ($13,8bi) NIGÉRIA ($ 8,77 bi) Brasil importa 21 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR Os acordos são ferramentas poderosas para inserir melhor as empresas brasileiras no mercado internacional, tanto via comércio quanto via investimentos. Essas ações são necessárias porque, em 2015, as vendas externas brasileiras caíram 15,1% em relação a 2014. Foi a quarta queda consecutiva das exportações. Em agosto de 2016, os produtos brasileiros só têm acesso facilitado, livre de tarifas de importação e barreiras não tarifárias, a menos de 8% do mercado internacional, enquanto os dos Estados Unidos atingem 24%, os da União Europeia 45% e México, 57%. O Brasil já começou a fazer acordos com países da América do Sul como Peru, Chile e Colômbia. Mesmo as negociações sendo limitadas, este é um primeiro passo para ampliar o mercado das empresas nacionais. EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. (CFTMG 2018) O BRICS, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, tem papel relevante para a retomada da economia brasileira, na avaliação de especialistas entrevistados pela Agência Brasil. O cientista político e coordenador do departamento de Relações Internacionais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Maurício Santoro, disse que o grupo reúne três dos maiores parceiros comerciais do Brasil e tem influência na definição de regras econômicas internacionais que podem favorecer o país. “O grupo é importante para o Brasil, sobretudo em termos da possibilidade de ampliação de seus mercados de exportação para os demais integrantes. China, Índia e Rússia estão entre os dez maiores parceiros comerciais brasileiros. Os chineses, sozinhos, já compram 25% de tudo o que o Brasil vende no exterior”, disse Santoro. (Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia /2017-08/brics-eimportante-para-retomada-da-economia-brasileira-dizem>. Acesso em: 15 set. 2017 - adaptado.) Nesse contexto, uma ação brasileira que está relacionada ao fortalecimento de sua parceria dentro do grupo é a a) atuação na suspensão política da Venezuela no Mercosul. b) cooperação na criação do novo Banco de Desenvolvimento. c) equiparação de direitos promovida com a nova Lei de Imigração. d) ampliação do controle estatal em concessões aos grupos internacionais. 02. (UERJ 2019) O processo de globalização das últimas décadas vem redefinindo os fluxos de bens entre os países. A partir do gráfico, a mudança dos locais de origem dos bens pode ser explicada pela seguinte característica do processo de globalização: a) Difusão espacial das fontes de matéria-prima. b) Integração nacional dos centros de tecnologia. c) Redistribuição territorial das atividades industriais. d) Concentração regional dos mercados consumidores. 03. (UPF 2018) Sobre relações de comércio, é correto afirmar que: a) a acentuada expansão do comércio verificada na segunda metade do século XX foi impulsionada, em grande parte, pelos avanços tecnológicos na área dos transportes e na área das comunicações, reduzindo distâncias e tempo. b) a formação de blocos econômicos está associada à economia globalizada e competitiva, instituindo barreiras comerciais entre países formadores e entre diferentes blocos, privilegiando poucos países e reduzindo o poder de negociação de outros. c) o Acordo Transpacífico de Cooperação Econômica, criado em 2016 e que envolve países da América, Ásia e Oceania, é um mercado de 40% do PIB mundial, aprovado pelo Parlamento e confirmado pelo presidente norte-americano no início de 2017. d) o Mercosul, principal bloco econômico da América do Sul e do qual o Brasil é membro, foi criado nos primeiros anos de século XXI. É com esse bloco que o Brasil realiza o maior volume de suas exportações. e) até o final do século XX, comércio, produção, finanças e tecnologia estavam concentrados nos países desenvolvidos; na entrada do século XXI, observa-se forte ascensão dos países periféricos no comércio mundial de produtos industrializados. 04. (ESPCEX/AMAN 2018) Leia os relatos a seguir: Ao final da reunião ministerial da Organização Mundial do Comércio (OMC), em julho de 2008, a sensação foi de desalento, como fica evidente nas palavras do Ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim: “É uma pena, pois para qualquer observador externo [...] seria inacreditável que, depois do progresso alcançado, nós não conseguimos chegar a uma conclusão”. (Adaptado de: Sene, E.; Moreira, J.C. - Geografia Geral e do Brasil: espaço geográfico e globalização. 2ª ed. 2v. São Paulo: Scipione, 2012, p. 230.) Mike Froman, o representante do governo dos Estados Unidos para assuntos de comércio internacional, escreveu um artigo publicado ontem pelo jornal Financial Times que a agenda do desenvolvimento da Rodada de Doha, iniciada 14 anos atrás, deveria ser substituída, porque ela simplesmente não produziu resultados. (www1.folhauol.com.br/mercado/2015/12/1719245_negociações.da.rodadadoha.) O fracasso atribuído por Celso Amorim e Mike Froman às sucessivas negociações acerca do comércio internacional de commodities e de bens industrializados deveu-se, principalmente, ao fato de que a) não houve consenso, entre países desenvolvidos e subdesenvolvidos, acerca do comércio de bens e serviços ambientalmente sustentáveis. b) os países desenvolvidos exigiram que os países em desenvolvimento eliminassem os subsídios oferecidos pelos governos destes países às suas produções agrícolas, a fim de ampliar a participação de seus próprios produtos agrícolas no comércio internacional. c) o tema da liberalização do comércio agrícola e de bens não agrícolas continuou a figurar como principal entrave político nas relações de comércio entre os países desenvolvidos e os países em desenvolvimento. d) não houve consenso entre países desenvolvidos e em desenvolvimento acerca da redução das emissões de gases de estufa e do comércio mundial dos créditos de carbono, a fim de desacelerar o aquecimento global. e) ocorreu, por parte da OMC, a imposição de medidas impopulares para o equilíbrio das contas públicas dos países subdesenvolvidos, com vistas a atenuar os efeitos da crise financeira sobre os fluxos globais de comércio. 05. (UFU 2018) Considere o seguinte texto: TARIFA SOBRE AÇO PODE CAUSAR “RECESSÃO PROFUNDA”, ALERTA DIRETOR-GERAL DA OMC Em meio à tensão gerada pelo anúncio do presidente americano, Donald Trump, que pretende impor tarifas sobre as importações de 22 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR aço e de alumínio nos EUA, o diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC) disse que os estados-membros da entidade devem impedir “a queda dos primeiros dominós” de uma guerra comercial. Segundo o dirigente, a política de “olho por olho nos deixará todos cegos, e o mundo em depressão profunda”. (Disponívelem: <https://oglobo.globo.com/economia/tarifa-sobre-aco-pode-causar- recessao-profunda-alertadiretor-geral-da-omc-22457430>. Acesso em: 20 de mar, 2017.) A referida recessão comercial entre os países membros da OMC com o anúncio do aumento das tarifas sobre o aço e sobre o alumínio pelo governo americano se relaciona ao fato de que ela pode a) ampliar o comércio de mercadoria em todo o mundo a partir da redução do preço dos produtos com a instalação de uma guerra comercial. b) gerar uma diminuição no valor dos produtos comercializados entre os países membros, prejudicando o PIB desses países. c) desencadear um aumento de barreiras comerciais em todo o mundo, dificultando o comércio global. d) melhorar a relação comercial entre EUA e China, cujo comércio não envolve aço e alumínio. 06. (FUVEST 2019) Analise o gráfico: Com base no gráfico referente à pauta das exportações brasileiras, é correto afirmar que, no período analisado, houve a) ampliação do setor secundário, especialmente de bens de capital intermediários. b) consolidação do Brasil como exportador de alta tecnologia, cujo percentual vem se ampliando na pauta de exportações brasileiras. c) fortalecimento do setor primário e declínio do setor de maior valor agregado. d) maior peso do setor primário, pela primeira vez na história econômica brasileira. e) diminuição da agroindústria nas exportações e aumento do peso dos bens manufaturados. 07. (ESPCEX/AMAN 2019) “Desde o início da década de 1980, a China tem sido a economia que mais cresce no mundo, a uma taxa média de 10% ao ano […]. Como consequência desse impressionante crescimento, entre 1980 e 2010 o PIB chinês aumentou 2.810% e se tornou o segundo maior do planeta.” (SENE, Eustáquio & MOREIRA, J.C. Geografia Geral e do Brasil: Espaço Geográfico e Globalização (2). 2ª ed. São Paulo: Moderna, 2012, p.199.) Dentre os fatores associados a esse avanço econômico podem-se destacar: I. a presença de enormes reservas de minérios e combustíveis fósseis no subsolo chinês que concede ao País autossuficiência em termos de matéria-prima e fontes de energia e o caracteriza como grande exportador mundial de petróleo. II. o modelo de economia planificada que, promovendo crescimento econômico com equilibrada distribuição de renda, amplia o mercado consumidor interno chinês, um dos mais gigantescos do mundo, e elimina as desigualdades sociais. III. a liberalização econômica e os baixos custos da mão de obra, principal fator de competitividade da indústria chinesa, têm sido fundamentais para o crescimento econômico do País. IV. o esforço chinês em atrair indústrias intensivas em capital para as chamadas zonas de desenvolvimento econômico e tecnológico, fazendo com que nas últimas décadas o País esteja entre os maiores receptores de investimentos produtivos do mundo. Assinale a alternativa em que todas as afirmativas estão corretas. a) I e II. b) I e III. c) I e IV. d) II e III. e) III e IV. 08. (CFTMG 2018) Os gráficos a seguir referem-se ao comércio exterior brasileiro. Sobre a dinâmica econômica internacional, afirma-se que I. O superavit brasileiro nas transações com a União Europeia deve- se aos acordos bilaterais firmados recentemente. II. As trocas comerciais do Brasil com países emergentes e em desenvolvimento geram maior superavit do que com nações desenvolvidas. III. O deficit do Brasil em relação aos Estados Unidos deve-se ao predomínio de exportações brasileiras com baixo valor agregado. IV. A participação do Brasil em organismos de cooperação como o Mercosul e o BRICS gera expressivo deficit no país. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) I e III. c) II e III. d) III e IV. 23 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR 09. (UNESP 2018) Analise os gráficos. A partir dos gráficos, conclui-se que o Brasil se destaca por a) importar bens primários sem concorrência local. b) exportar bens de consumo com elevado valor agregado. c) importar mercadorias com baixo valor agregado. d) exportar bens de produção com custo subsidiado. e) exportar produtos com baixo valor agregado. 10. (FUVEST 2017) Em 2015, os Estados Unidos (EUA), país que não é membro da OPEP, tornaram-se o maior produtor mundial de petróleo, superando grandes produtores históricos mundiais, de acordo com a publicação Statistical Review of World Energy (BP) - 2015. Sobre essa fonte de energia, é correto afirmar: a) A queda da oferta de petróleo, em 2015, pelos países não membros da OPEP é resultado do uso de fontes de energia alternativas, como os biocombustíveis, e também da expansão das termelétricas. b) O Brasil, país que não é membro da OPEP, destaca-se pela exploração de jazidas de petróleo em rochas vulcânicas do embasamento cristalino do pré-sal. c) O crescimento da produção de petróleo nos EUA, que levou esse país à condição de maior produtor mundial em 2015, deu-se pela exploração das jazidas de óleo de xisto. d) A elevação da produção de petróleo em países da OPEP, como Arábia Saudita, Rússia e China, é resultado da alta dos preços dessa commodity em 2015. e) A exploração das jazidas de óleo de xisto do subsolo oceânico foram fatores para a industrialização de países, como México, Japão e EUA. EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. (UERJ 2017) As agências de classificação de risco avaliam a maior ou menor possibilidade de prejuízo que cada país oferece aos investidores, principalmente em função do grau de estabilidade política e econômica desses mesmos países. Com base no mapa, é possível reconhecer que a China tem grande peso como investidor em dois grupos de países classificados como de alto risco. O primeiro grupo é o dos aliados políticos, como o Irã e a Coreia do Norte. Já o segundo grupo inclui as nações nas quais os chineses possuem um forte interesse comercial. Um fator econômico prioritário que justifica esse interesse comercial é: a) incentivo à indústria local. b) desenvolvimento de tecnologia. c) acesso ao mercado consumidor. d) suprimento de matérias-primas. 02. (ESPCEX/AMAN 2016) “Desde 2007, o saldo comercial brasileiro vem apresentando tendência de queda, puxada pelo mau comportamento do setor industrial, e em consequência da perda da competitividade da economia brasileira” (Fonte: oglobo.globo.com/opniao/comercioexterior – Consulta em 26/03/2015). A perda sistêmica de competitividade da indústria nacional e a consequente queda de sua participação na formação da riqueza nacional estão associadas, dentre outros: I. aos elevados custos de deslocamento dos produtos de exportação, em virtude do predomínio das rodovias e da precária integração entre os modais de transporte. II. à grande dispersão espacial da indústria brasileira em regiões historicamente periféricas. III. à baixa taxa de inovação da indústria brasileira, aliada ao fato de essa inovação estar mais relacionada à aquisição de máquinas e equipamentos do que ao desenvolvimento de novos produtos. IV. aos inúmeros acordos bilaterais assinados pelo País, restringindo o número de seus parceiros comerciais no mercado externo. V. à fraca mecanização das operações portuárias de embarque e desembarque e à intricada burocracia nos portos, provocando atrasos e congestionamentos nas exportações. Assinale a alternativa que apresenta todas as afirmativas corretas. a) I, II e IV. b) II, IV e V. c) I, III e V. d) I, II e III. e) III, IV e V. 24 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR 03. (USF 2016) Observe as informações contidas no gráfico a seguir. A China é, na atualidade, o principal parceiro comercial do Brasil. Porém, ao analisar apenas os valores, pode-se omitir informações importantes sobre produtos exportados e importados pelo Brasil. Nesse contexto, pode-se concluir que a) a pauta de exportações do Brasil para o Mercosul apresenta produtos com maior valor agregado se comparada às exportações para a China. b) a China importa do Brasil uma gama de produtos, em especial, autopeças para veículos, automóveise derivados de petróleo. c) a China é o maior fornecedor de petróleo ao Brasil, garantindo, dessa forma, a segurança energética não só do Brasil como dos demais países do Mercosul. d) a principal diferença nas exportações do Brasil para a China e para o Mercosul está na predominância das commodities na pauta de exportações para o Mercosul. e) a crise hídrica que afeta o Brasil desde 2013 fez com que as importações de arroz da China aumentassem significativamente, garantindo a segurança alimentar do país. 04. (UFU 2016) Países mais ricos da Europa ajudam os agricultores com R$ 326 bilhões por ano. Organização Mundial do Comércio (OMC) iniciou uma rodada de negociações para facilitar o comércio internacional e estimular o aumento da produção agrícola, mas nenhum acordo importante foi firmado. Uma das principais fontes de discórdia é a ajuda que os países ricos dão a seus agricultores – os chamados subsídios agrícolas. (Fonte: <http://g1.globo.com/Noticias/Economia_Negocios/0,,MUL449953-9356,00-VEJA+ COMO+OS+SUBSIDIOS+DOS+PAISES+RICOS+AFETAM+O+MERCADO+DE+ALIMENTOS. html> Acesso em: 8 de jan. 2016.) A prática econômica exposta é considerada um entrave nas negociações organizadas pela OMC, porque a) inviabiliza a agricultura de subsistência. b) inflaciona o preço dos produtos no mercado internacional. c) eleva a produção de commodities nos países emergentes. d) torna desigual a competição pelos mercados. 05. (UNESP 2016) Analise a imagem abaixo: Considerando os cenários encontrados nos gráficos e os conhecimentos sobre o consumo mundial de energia primária, é correto afirmar que a) os países membros da OCDE diminuíram sua participação percentual no consumo mundial de energia primária em resposta ao aumento em seu padrão de consumo. b) o consumo mundial de energia primária entre os países desenvolvidos aumentou em razão da crise econômica no período. c) a China aumentou sua participação percentual no consumo mundial de energia primária devido ao seu desligamento do bloco dos Tigres Asiáticos. d) os países subdesenvolvidos aumentaram sua participação percentual no consumo mundial de energia primária em função do aumento em seu dinamismo econômico. e) o Oriente Médio registrou o maior aumento percentual no consumo mundial de energia primária devido ao crescimento de sua produção industrial. 25 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR 06. (PUC-CAMP 2016) No passado, navios a vapor representavam o principal meio de transporte de cargas intercontinentais. Hoje, navios de grande calado cruzam os oceanos num ir e vir frenético que impulsiona o comércio mundial representado no esquema a seguir. Da análise do esquema, pode-se concluir que a) a expansão mundial das trocas comerciais ocorreu simultaneamente à diminuição do protecionismo comercial, antiga prática exercida pelas potências econômicas. b) os canais marítimos como o Panamá e o Suez são cada vez mais fundamentais para a expansão do comércio entre as grandes potências mundiais. c) a mundialização das trocas comerciais é um elemento importante para reduzir o peso da geopolítica nas relações entre os países e regiões do mundo. d) as trocas comerciais têm caráter global, mas representam um fator de diferenciação entre as grandes potências econômicas e o resto do mundo. e) a ampliação das políticas neoliberais no mundo tem frustrado a expansão do comércio principalmente entre os países emergentes e as grandes potências. 07. (EBMSP 2016) Observe o gráfico: Na manhã de segunda-feira, 31 de agosto de 2015, sem nenhuma causa específica evidente, as ações chinesas entraram em parafuso. No fim do dia, a Bolsa de Xangai despencou 8,5%. A queda repercutiu em todo o mundo. Na Europa, nos Estados Unidos e no Brasil, o princípio de pânico desencadeou um movimento de manada na venda apressada de ações. Há algumas semanas, os sinais de uma freada mais acentuada do que o previsto na economia vinham causando oscilações intensas no mercado financeiro chinês. (SAKATE, Marcelo. A China assusta. Veja. São Paulo: Abril, e. 2441, a. 48, n.35, 2 set. 2015, p. 62-67. Adaptado.) Considerando-se as informações do texto, o gráfico e os conhecimentos sobre a economia chinesa e o mercado mundial, pode-se afirmar que: a) a valorização da moeda chinesa e a falta de transparência na divulgação de informações sobre a economia indicam que a China vive uma crise sem precedência. b) a importância da China pode ser explicada pela sua economia já que é a maior investidora em pesquisa e desenvolvimento. c) O alto poder aquisitivo da população, tanto urbana quanto rural, e o grande mercado interno explicam por que a China é a locomotiva da economia mundial. d) Os limitados recursos naturais e o aumento nos preços das commodities no mercado internacional explicam a atual crise no sistema financeiro. e) A insegurança sobre a situação da economia chinesa potencializa as incertezas tanto dos investidores quanto do mundo das finanças, já que significa risco e volatilidade. 08. (MACKENZIE 2016) “Estados Unidos, União Europeia e Japão apresentaram uma queixa na Organização Mundial do Comércio contra a China por causa de suas restrições em relação à exportação de minerais conhecidos como terras raras. O comissário europeu para o Comércio, Karel De Gucht, disse que a postura chinesa viola acordos comerciais e prejudica produtores e consumidores em todo o mundo.” (http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2011 /07/110704_china_minerais_raros_bg.shtml) A respeito do tema Terras Raras em destaque no texto, é incorreto afirmar que a) a China detém cerca de 97% da produção de terras raras, com aproximadamente 130 mil toneladas por ano, e responde por, aproximadamente, 95% do mercado exportador global. A Índia, que produziu 3 mil toneladas em 2011, aparece em um distante segundo lugar. b) entre as terras raras figuram materiais como o neodímio, utilizado em discos rígidos de computador; o lantânio, usado em lentes de câmeras e telescópios, e o praseodímio, utilizado para criar materiais de alta resistência usados em motores de aviões. c) oficialmente a China justifica a limitação nas exportações para proteger o meio ambiente, já que as terras raras são de difícil extração e alguns desses minerais são radioativos. d) apesar de possuir abundância de mão de obra barata, a extração de Terras Raras é considerada na China a atividade profissional de maior remuneração e o país cumpre rigidamente as normas internacionais de periculosidade no que tange a exploração de elementos radioativos. e) no Brasil, a importância econômica dos minerais raros começa a ganhar conotação política. No Congresso Nacional, deputados e senadores chegaram a criar um núcleo especial dentro da Comissão de Ciência e Tecnologia para discutir o peso do insumo no futuro da economia, a indústria e até mesmo o espaço geopolítico que o Brasil pode ocupar nos próximos anos. 09. (MACKENZIE 2019) O colapso da economia argentina agita o tabuleiro político faltando pouco mais de um ano para as eleições gerais. Para reabrir a torneira do crédito, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e os investidores privados exigem do presidente Mauricio Macri um plano econômico que elimine o deficit fiscal. Mas alcançar esse objetivo requer duros cortes nos gastos públicos e um acordo com a oposição peronista, um cenário pouco propício para as aspirações de reeleição de Macri em 2019. A equipe econômica, muito contestada, anunciará [...] uma série de medidas destinadas a restabelecer a confiança dos mercados, enquanto os argentinos procuram como se resguardar de uma crise que se agrava cada vez mais. (Crise econômica encurrala Mauricio Macri. El País, 02 set. 2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/09/01/internacional/1535819596_593507. html> Acesso em: 21 set. 2018.) Considerando a reportagem acima e seus conhecimentos sobre o assunto tratado, avalie as afirmativas. I. Desde o início de 2018, houve grandedesvalorização do peso em relação ao dólar, o que exigiu a intervenção do Banco Central 26 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR argentino no mercado cambiário para sustentar a moeda. II. De acordo com a maior parte dos especialistas, a Argentina é o país da América Latina onde reformas impopulares, relacionadas a ajustes fiscais, são realizadas com mais facilidade, devido às heranças do peronismo. III. A situação econômica da Argentina só não é pior em decorrência do eficiente controle da inflação, priorizado pela equipe econômica do governo. A expectativa é que o país feche 2018 com índice de 5,5%, um pouco maior que o do Brasil. É correto o que se afirma em a) I, apenas. b) I e II, apenas. c) III, apenas. d) II e III, apenas. e) I, II e III. 10. (UNESP 2016) O comércio internacional tem sido marcado por uma proliferação sem precedentes de acordos preferenciais de comércio regionais, sub-regionais, inter-regionais e, em especial, bilaterais (denominados Acordos Preferenciais de Comércio – APC). Atualmente, são poucos os países que ainda não fazem parte desses acordos. Com o impasse nas negociações da Rodada Doha da OMC, a alternativa das principais economias do mundo, como Estados Unidos, União Europeia e China, foi buscar a celebração de APC como forma de consolidar e ter acesso a novos mercados. O receio de boa parte dos países desenvolvidos, de economias em transição e em desenvolvimento de perderem espaço em suas exportações levou-os a aderir maciçamente aos APC. (Umberto Celli Junior e Belisa E. Eleoterio. “O Brasil, o Mercosul e os acordos preferenciais de comércio”. In: Enrique Iglesias et al. (orgs.). Os desafios da América Latina no século XXI, 2015.) É correto afirmar que a Rodada Doha, iniciada pela Organização Mundial do Comércio em 2001, constitui a) um encontro multipolar que procura orientar o modo de produção e as questões relativas à organização, distribuição e consumo nos países centrais e periféricos. b) uma reunião eletiva que busca regularizar os fluxos comerciais entre blocos econômicos e o seu período de duração. c) um conjunto normativo que procura regularizar a exportação de produtos desenvolvidos pelas economias periféricas sem o pagamento de royalties. d) uma cartilha de diretrizes que busca padronizar os custos de produção e os preços finais de produtos agrícolas básicos. e) um fórum internacional que objetiva solucionar impasses em questões tarifárias, sobre patentes e ações protecionistas entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. (UFRN) No contexto da globalização, uma tendência crescente é a formação de blocos econômicos regionais. Esses blocos apresentam diferentes níveis de integração. Um desses níveis é a zona de livre comércio que se caracteriza pela a) criação de uma moeda única a ser adotada pelos países membros. b) livre circulação de mercadorias provenientes dos países membros. c) unificação de políticas de relações internacionais entre os países membros. d) livre circulação de pessoas, serviços e capitais entre os países membros. 02. (UFAL) Em 1 de Janeiro de 1994, o Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA) entrou em vigor. O NAFTA criou uma das maiores zonas de comércio livre do mundo, que agora liga 450 milhões de pessoas que produzem 17 trilhões de dólares em bens e serviços. O comércio entre os países do NAFTA vem crescendo desde que o acordo entrou em vigor. (Disponível em: http://www.ustr.gov. Acesso em: 08/12/2013) O NAFTA se tornou um dos mais importantes blocos econômicos do mundo, apesar de fazer parte dele apenas a) EUA, Canadá, Venezuela e Brasil. b) EUA, Canadá e Inglaterra. c) EUA, Canadá, Brasil e Argentina. d) EUA, Canadá e México. e) EUA, Canadá, México e Brasil. 03. (UFAM) No planisfério está destacado em negrito um bloco econômico que não foi motivado pela proximidade geográfica, pois vários países de continentes diferentes participam dele. Foi oficializado em 1993 e pretende estabelecer a livre troca de mercadorias entre os países-membros até 2020. Identifique-o. pt.m.wikipedia.org a) Comunidade Econômica Eurasiática (CEEA). b) Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico (APEC). c) Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN). d) Comunidade dos Estados Independentes (CEI). e) Associação de países da África, Caribe e Pacífico (ACP). 04. (IFBA) Leia. AONDE OS EMERGENTES QUEREM CHEGAR? “(...) Dois eventos centrais para os países emergentes serão realizados em Brasília em abril: a Cúpula Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) e a Cúpula Brasil-Rússia-Índia-China (Bric). (...) Esperamos que estes encontros tenham grande ressonância para o futuro da cooperação Sul-Sul, assim como o novo papel dos países emergentes na política global.” (ROY, Tathin. Aonde os emergentes querem chegar? Folha de São Paulo. São Paulo, 11 de abril de 2010. Opinião. p. A3.) Este novo papel que os países emergentes citados no texto representam na política global se refere a) ao seu extensivo combate à fome, pobreza e exploração do trabalho infantil, através de ações e programas governamentais. b) à posição de membros efetivos no Conselho de Segurança da ONU, inclusive liderando missões, como foi o caso do Brasil no Haiti. c) à sua recente equiparação em termos bélicos a países como Estados Unidos e Japão, o que os eleva ao patamar de potências militares. 27 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR d) ao aumento da sua influência e poder na governança econômica global, devido aos bons índices de crescimento de suas economias. e) ao protagonismo nas questões ambientais e de desenvolvimento sustentável, visto que diminuíram significativamente suas emissões de gases estufa. 05. (IFBA) Mercosul debaterá espionagem e segurança da internet. No momento em que novas denúncias de espionagem foram trazidas a público (...), dessa vez envolvendo quebra de sigilo das comunicações de e-mail, SMS, chamadas telefônicas e até mesmo navegação na Internet da presidente Dilma Rousseff e seus assessores diretos, os ministros do Interior – o equivalente à Casa Civil no Brasil – e da Justiça dos países que compõem o Mercosul e outros associados ao bloco se preparam para discutir as denúncias de espionagem e a segurança da Internet. Os ministros dos países membros e associados se reunirão no dia 8 de novembro, nas Ilhas Margarita, na Venezuela, e debaterão também outras questões, como fluxos migratórios, jogos de futebol, delitos cibernéticos e integração de dados entre os países do bloco. (Disponível em http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/mercosuldebatera- espionagem-e-seguranca-da-internet (adaptado) Acesso em: 09 de setembro de 2013.) Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre o Mercosul, analise as sentenças abaixo: I. Atualmente, o Mercosul é formado por quatro países membros: Argentina, Brasil, Uruguai e Venezuela. Em 2012, o Paraguai foi expulso devido ao processo de impeachment do presidente Fernando Lugo. II. As reuniões do Mercosul, além de tratarem de questões comerciais, também são voltadas para temas das esferas política, cultural e esportiva, o que demonstra o objetivo de integração entre os países membros. III. Atualmente, o bloco se classifica como um mercado comum, depois te ter passado pelos estágios de união aduaneira e de área de livre comércio. Esse atual estágio é caracterizado pela livre circulação de pessoas, bens, serviços e capitais. IV. Esse bloco econômico foi criado com a assinatura do Tratado de Assunção, em 1991, por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Com isto, objetivavam a integração dos quatro Estados membros por meio do estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC). Estão corretas apenas as alternativas a) I e II. b) I e IV. c) II e IV. d) I, II e IV. e) II, III e IV. 06. (UCS) Os blocos regionais surgiram devido às reformas econômicas impulsionadas pelo processo de globalização, pelo desenvolvimento das comunicações e pela ampliaçãodas trocas comerciais. O objetivo era facilitar o comércio entre os países-membros. Analise a veracidade (V) ou a falsidade (F) das proposições abaixo sobre os blocos econômicos. Assinale a alternativa que completa correta e respectivamente os parênteses, de cima para baixo. NÍVEL DE INTEGRAÇÃO CARACTERÍSTICAS/ OBJETIVOS EXEMPLOS ( ) Zona de Livre Comércio Eliminação de algumas barreiras tarifárias e de tarifas que incidem sobre o comércio entre os países do Grupo. Mercosul ( ) União Econômica e Monetária Os países-membros de uma zona de livre comércio adotam uma mesma tarifa nas importações provenientes de mercados externos, a Tarifa Externa Comum (TEC), com moeda única. Nafta ( ) Mercado Comum Adoção de níveis tarifários preferenciais: tarifas comerciais entre os países- membros do Grupo são inferiores às tarifas cobradas de países não membros. União Europeia a) V – V – V b) V – F – F c) F – V – V d) V – F – V e) F – F – F 07. (PUC-RS) Chama-se “pauta de exportações” a relação de produtos que um país exporta. Sobre esse processo, é correto afirmar que I. é importante que essa pauta tenha produtos de menor valor agregado possível. II. os países desenvolvidos agregam alta tecnologia às mercadorias exportadas. III. os países industrializados centrais fabricam e exportam produtos da indústria de ponta. IV. México, Brasil e Argentina são países latino-americanos que fabricam e exportam matérias-primas minerais e vegetais. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) II e III. c) III e IV. d) I, II e III. e) II, III e IV. 08. (UEMA) Observe no mapa os maiores deslocamentos da produção de commodities do globo. (TAMDJIAN, James Onnig; MENDES, Ivan Lazzari. Geografia: estudos para a compreensão do espaço, v.1. São Paulo: FTD, 2010. - adaptado) Considerando esses deslocamentos, o oceano que assume, atualmente, o papel comercial das grandes rotas econômicas pelas dinâmicas que nele se aglutinam é a) o Atlântico, pela sua extensa área e intensa rota comercial, pelo crescimento das economias da Europa, da África e da América. b) o Ártico, por fazer parte de acordos econômicos internacionais, alcançando a Federação Russa, a América e a Península Escandinava. c) o Antártico, por constituir a base econômica no prolongamento meridional do oceano Atlântico, influenciando na América e na Ásia. d) o Índico, por ser receptor dos rios mais importantes para a economia do globo, influenciada pela ocorrência das monções na Europa e na América. e) o Pacífico, pelo crescimento das economias da Ásia, especialmente o Japão e a China, somando-se à economia dos Estados Unidos. 28 O COMÉRCIO MUNDIAL PROMILITARES.COM.BR 09. (UEA) Um informe publicado ontem pela Organização Mundial do Comércio (OMC) com avaliações de especialistas de todo o mundo alerta que as barreiras comerciais chinesas e a falta de uma política exportadora no Brasil colocaram o País em poucos anos “no degrau mais baixo” na cadeia de fornecimento de bens para a economia chinesa. De um lado, o Brasil se transformou em fornecedor de produtos sem qualquer valor agregado, enquanto passou a importar um volume cada vez maior de bens tecnológicos da China. O caso da soja é um exemplo. 95% das vendas brasileiras do produto para a China embarcaram sem qualquer tipo de processamento. As exportações de óleo de soja e de farinha não ocorreram. Isso por conta da estratégia da China de desenvolver sua própria indústria da soja, impondo tarifas de importação aos produtos de maior valor agregado na cadeia da soja. (O Estado de S.Paulo, 10.07.2013. Adaptado.) O cenário do comércio bilateral apontado pelo texto reforça a) a dependência brasileira na exportação de commodities e o protecionismo do governo chinês em seu setor industrial. b) o projeto brasileiro de exportação para países não americanos e a inexperiência chinesa nas trocas globais. c) a deficiência da política de relações exteriores brasileira e a recusa chinesa em realizar comércio com o Brasil. d) a proposta brasileira de não ser um país agroexportador de commodities e o avanço no diálogo com o governo chinês nas questões de comércio. e) o sucesso brasileiro em dar vazão à sua produção de commodities e a política de desenvolvimento agrícola na China. 10. (UFPA) A multiplicação dos acordos bilaterais, tratados de livre comércio e de blocos econômicos regionais constitui um dos fenômenos mais marcantes do cenário mundial pós-Guerra Fria. Neste contexto, ocorre destaque para a União Europeia, considerado o bloco econômico com maior nível de integração e que enfrenta nos últimos anos uma grave crise econômica. Sobre a crise europeia e o bloco União Europeia é correto afirmar que: a) o crescimento econômico deste bloco está em descompasso com o resto do mundo, uma vez que, enquanto seus países membros têm lento crescimento econômico, os países que compõem outros blocos apresentam rápido crescimento, principalmente os que compõem o NAFTA. b) a crise na Europa foi causada pela dificuldade de alguns países europeus em pagar as suas dívidas. Alguns países da região, a exemplo da Grécia e Portugal, não vêm conseguindo gerar crescimento econômico suficiente para honrar os compromissos firmados junto aos seus credores ao longo dos últimos anos. Tal fato é grave e poderá ultrapassar as fronteiras da chamada “Zona do Euro”. c) alguns países, a exemplo da Alemanha e França, que possuem maior desenvolvimento tecnológico, estão isentos desta recente crise econômica. O término da Guerra Fria e a reunificação alemã influenciaram na reformulação do equilíbrio geopolítico europeu. d) a crise atinge todos os países integrantes do bloco com a mesma proporção, sendo o desemprego estrutural e conjuntural um dos mais sérios problemas dos países integrantes deste bloco econômico. e) a economia mundial tem experimentado um crescimento lento desde a crise financeira dos Estados Unidos entre 2008 e 2009. A crise americana atravessou fronteiras e influenciou no resto do mundo, inclusive na Europa e no contexto da União Europeia, atingindo na mesma proporção todos os países integrantes deste bloco. GABARITO EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 01. B 02. C 03. A 04. C 05. C 06. C 07. E 08. C 09. E 10. C EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO 01. D 02. C 03. A 04. D 05. D 06. D 07. E 08. D 09. A 10. E EXERCÍCIOS DE COMBATE 01. B 02. D 03. B 04. D 05. C 06. E 07. E 08. E 09. A 10. B ANOTAÇÕES