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Apresentação Trabalho Orientação Profissional (1)

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Orientação Profissional e as influências no processo de escolha: 
A questão da Influência Familiar
O que você vai ser quando crescer?
https://youtu.be/XJSFu4ewuBQ
O que você vai ser quando crescer?
Todos já ouviram essa pergunta e muitos responderam tendo por modelo a profissão dos pais. O processo de escolha profissional sofre influência do núcleo familiar, mas não deverá ser o fator determinante da escolha, outras questões estão envolvidas, como as identificações, as aptidões, os intereses do jovem. E, para que a escolha se dê de forma saudável e tenha como consequência o sucesso profissional é necessário estar sustentada por três pilares: Habilidades, Conhecimentos e Atitudes que, estando em interlocução, irão reverberar na construção de um profissional competente.
Quais são os seus projetos?
A família e seu papel na constituição dos sujeitos 
Segundo Levenfus (2016) o contexto familiar, o primeiro e mais significativo em que o sujeito vivencia saberes, experiências estruturantes e constrói vínculos que constituirão esse sujeito, as relações que estabelece consigo próprio e com os demais. A partir do tipo do estilo parental estabelecido teremos um nível de protagonismo do sujeito na construção da sua própria história.
O apoio parental desejável é caracterizado por aprovação, incentivo e compreensão das escolhas dos filhos de forma positiva e interessada (CARVALHO E TAVEIRA, 2009). 
A orientação familiar esperada reside em esclarecimentos quanto às questões acadêmicas, promoção de atividades que oportunizem experiências de trabalho, apoio instrumental, emocional e moral em escolhas difíceis, situações malsucedidas e reorientação e acompanhamento do desenvolvimento pessoal e desempenho escolar. 
A família e seu papel na constituição dos sujeitos 
A influência colaborativa e isenta promove autonomia, responsabilidade e desenvolvimento de valores e atitudes de trabalho, autoconfiança, autoeficácia e habilidades para a tomada de decisão (Bardagi & Hutz, 2008; Bardagui et al, 2012; Gonçalves & Coimbra, 2007; Hutz & Bardagi, 2006; Palos & Drobotb, 2010). 
Estilos Parentais e Construção de Projetos Vocacionais 
Estilo Autoritário
Os pais tentam controlar e modelar o comportamento dos jovens, segundo normas preestabelecidas e rígidas, impostas e não discutidas. Os filhos devem obediência e respeito aos pais, que mantêm distanciamento afetivo, ausência de estímulo e de encorajamento. Tal estilo cria sujeito submissos e dependentes, sem empenho, proatividade, com inabilidade social, baixa autoestima. E, na escolha profissional, os pais não permitem qualquer dúvida ou hesitação, além de criticar as decisões tomadas. (Hutz & Badagi, 2006) 
Estilo Autoritativo (Democrático)
Os pais aplicam regras e normas de forma racional a partir de diálogo franco com os filhos. Exercem controle e autoridade em situações de conflito ou de comportamento inadequado. 
São tolerantes, reconhecem e validam os interesses dos filhos. De forma afetuosa, promovem espaço de diálogo, o que permite que os filhos aprendam a negociar e assumir compromissos por suas atitudes e escolhas. Tal estilo constrói sujeitos mais maduros, assertivos, autônomos, proativos e hábeis socialmente (Hutz & Badagi, 2006). 
Estilo Indulgente (Permissivo)
Segundo Levenfus (2016) os pais indulgentes são receptivos aos desejos dos filhos, tolerantes, não exercem seu controle e tampouco estabelecem limites e não aplicam punições aos seus filhos. A ausência da figura do responsável para estabelecer diretrizes, sem cobrar comportamentos educados e cumprimento de tarefas, deixam a cargo dos filhos a autorregulação e a tomada de decisão, que podem, em geral, não ser a mais adequada.
Em geral, esses sujeitos serão imaturos, apresentando problemas de comportamento e baixo desenvolvimento acadêmico. (Aunola et al., 2000) 
Estilo Negligente
Esse estilo parental é marcado por falta de afetividade, exigência, responsabilidade ou compreensão. Segundo Levanfus (2016) os pais negligentes tendem a manter distanciamento dos filhos, somente respondendo às necessidades básicas ou atendendo solicitações dos filhos com objetivo de cessá-las de imediato. A ausência da contenção, de educação social e de orientação promove sujeitos manipuladores. 
Pode incluir negligência abusiva, com violência e maus-tratos, o que pode promover, a longo prazo, um distanciamento generacional também.
Estilo Negligente
Segundo Anoula (2000) e Hutz, Bardagi (2006) os filhos de pais negligentes tendem a ser inseguros em suas escolhas, e também com baixa prontidão para a transição da escola para o trabalho, como assinalam Way e Rossmann (1996).
Além disso, apresentam dificuldades no estabelecimento de metas (Magalhães et al, 2012), níveis maiores de ansiedade generalizada e menor competência social e cognitiva (Hutz, Bardagi, 2006; Vignoli, Croity-Belz, Chapeland, Fillips, Garcia, 2005) 
 Neste momento decisivo é importante que os jovens se conscientizem dessas influências de forma a decidir sobre quais modelos, valores e padrões ele deseja perpetuar e em que pontos se diferenciaria. A identificação das influências familiares e o reconhecimento de seus potenciais permitirá ao jovem a melhor escolha profissional. O alicerce pautado na experiência vivida nas figurais parentais, que atravessa esse sujeito em formação promove identificação de suas habilidades, competências e atitudes necessárias para o sucesso profissional.