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IntBiblioterapia-U4

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83
A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA 
E SUAS APLICAÇÕES
Objetivos
• Conhecer projetos de Biblioterapia desenvolvidos em diversas áreas 
de atuação.
• Desenvolver atividades que propiciem a compreensão da integração 
do bibliotecário com os usuários.
• Compreender o processo de construção de um projeto de Biblioterapia.
Conteúdos
• Biblioterapia e a atuação do bibliotecário.
• Biblioterapia na prática.
• Como construir um projeto de Biblioterapia.
• Boas ideias em Biblioterapia: projetos inovadores.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Não se limite a este conteúdo: busque pelo conhecimento em outras fon-
tes e em páginas eletrônicas (sites) oficiais e/ou nas referências bibliográ-
ficas apresentadas ao final de cada unidade.
2) O conteúdo desta obra é fundamental para você entender o lugar do bi-
bliotecário no processo biblioterapêutico, alguns exemplos de projetos 
desenvolvidos e como construir seu próprio projeto.
UNIDADE 4
84 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
3) Para a melhor compreensão dos procedimentos, procure sempre assistir 
às videoaulas disponíveis.
85© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
1. INTRODUÇÃO
Nesta unidade, você terá a oportunidade de refletir sobre 
o papel do bibliotecário na Biblioterapia e sobre algumas carac-
terísticas importantes que o profissional deve possuir e desen-
volver. Poderá ver os diversos ambientes possíveis de se traba-
lhar com a Biblioterapia, além de um valioso roteiro comentado 
para elaboração de um projeto de Biblioterapia e dos projetos 
elaborados a partir da experiência discente.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. BIBLIOTERAPIA E A ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO
Neste tópico, abordaremos os pontos de conexão que exis-
tem entre a Biblioterapia e a Biblioteconomia e a atuação do bi-
bliotecário nessa área. Para iniciarmos, é importante pensar no 
que motiva a atuação do bibliotecário, que deve estar além das 
demandas técnicas que a área possui.
Pinto (2005) discute esse tema e nos alerta que, como em 
qualquer área profissional, não se trata apenas de um elenco de 
tarefas que fazem parte de seu desempenho, mas sim "perce-
ber que cada profissão está vinculada ao saber, ao ‘saber-fazer’ 
e também a um ‘fazer-saber’” (PINTO, 2005, p. 32). O entendi-
mento da autora sobre os conceitos de fazer e “saber-fazer” são 
baseados na obra de Bourdieu (1994), acrescentando ainda o 
86 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
“fazer-saber”. Para a autora, os bibliotecários possuem uma vi-
são "míope" da profissão, o que os impede de reconhecer outros 
campos dos saberes e os deixa apegados às técnicas de produ-
ção, organização, disseminação e recuperação de documentos. 
É nesse momento que a Biblioterapia se apresenta como 
um campo possível de atuação do bibliotecário, pois apresen-
ta a possibilidade de interlocução com outras áreas do conhe-
cimento. No caso da Biblioterapia, é imprescindível o diálogo 
com a Psicologia, Filosofia, Literatura etc., como vimos anterior-
mente nas outras unidades, configurando-se como um trabalho 
multidisciplinar.
Para tanto, é muito importante que o bibliotecário esteja a 
par das pesquisas e projetos que estão sendo desenvolvidos na 
área, para que possa desenvolver seu próprio programa de Bi-
blioterapia e envolver-se na prática. A partir de então, segue-se o 
que a autora chamou de “fazer-saber”, ou seja, documentar e di-
vulgar sua produção para as comunidades científicas e em geral.
Leite (2009, p. 34), citando Cubillos (2008), elenca uma sé-
rie de características que o bibliotecário deve possuir para tra-
balhar com pessoas, possuindo elas ou não algum tipo de sofri-
mento mental: 
Competências pessoais: comunicação interpessoal com diver-
sos tipos de usuários; capacidade de aprendizagem contínua; 
estabilidade pessoal; interesse real em trabalhar com pessoas; 
capacidade de trabalhar em equipe; empatia; sensibilidade; pa-
ciência e espírito dinâmico.
Conhecimentos: da área de especialização; informação atuali-
zada sobre as tendências, pautas de conduta, diretrizes e ser-
viços; domínio da terminologia e recursos terminológicos pró-
prios da área da saúde; recursos de informação especializada; 
fundamentos teóricos e profissionais para o estabelecimento 
87© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
de serviços orientados ao usuário; critérios éticos para dar 
atenção de qualidade ao paciente.
Para atuar em hospitais, é preciso que o bibliotecário bi-
blioterapeuta possua algumas qualificações necessárias, tais 
como um:
entendimento profundo do problema pelo qual o paciente está 
passando, a compreensão do conteúdo abordado na leitura e 
sua relação com esse problema, e a habilidade em formular hi-
póteses acerca dessa situação (LEITE, 2009, p. 34).
Ao construir um projeto/programa de Biblioterapia, o bi-
bliotecário, além de desenvolver qualidades pessoais, deverá 
(LEITE, 2009, p. 34):
• Escolher um local apropriado.
• Formar grupos de leitura.
• Organizar os materiais a serem utilizados, tais como li-
vros, revistas, jornais, vídeos e músicas que possibilitem 
a ampliação do público-alvo e o trabalho com diferentes 
formas de expressão, como o teatro, a música, a oralida-
de e a imagem.
Podemos notar que a atuação do bibliotecário como bi-
blioterapeuta é possível, desde que haja engajamento, formação 
continuada e trabalho interdisciplinar:
A Biblioterapia abre mais uma frente de trabalho aos bibliote-
cários, que podem atuar tanto na organização do acervo para 
um público específico, como na motivação, vivência e adequa-
ção desse ambiente psicossocial. Tem-se, portanto, a figura do 
bibliotecário como consultor e biblioterapeuta (LEITE, 2009, p. 
34).
88 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
2.2. BIBLIOTERAPIA NA PRÁTICA
A literatura sobre Biblioterapia traz um razoável número 
de artigos que documentam práticas desenvolvidas em diversos 
contextos. Lucas, Caldin e Silva (2006) relataram as contribuições 
da aplicação da Biblioterapia em crianças em idade pré-escolar 
matriculadas em período integral no Centro de Educação Nossa 
Senhora da Boa Viagem. O objetivo era estimular a criatividade e 
proporcionar o lazer e a diversão. Foram realizados 13 encontros, 
e os autores relataram terem tido sucesso na pesquisa. Lima e 
Caldin (2013) desenvolveram atividades biblioterapêuticas com 
crianças de 6 e 7 anos em uma escola de educação básica. A par-
tir das 10 sessões de Biblioterapia, o objetivo de desenvolver a 
criatividade foi alcançado.
Buscando atuar com outro público que não as crianças, 
Rossi, Rossi e Souza (2007) utilizaram a Biblioterapia com ido-
sas de uma sociedade espírita. Nesse projeto, os objetivos eram 
promover o alívio de tensões, aumentar a autoestima, confrater-
nizar com o grupo e diminuir o estresse das idosas internas. As 
limitações impostas pela idade do público-alvo não foram empe-
cilhos para que as atividades fossem desenvolvidas e os objeti-
vos, alcançados. Já Seitz (2006) decidiu trabalhar com pacientes 
internados em clínicas médicas, com a finalidade de verificar o 
nível de aceitação da leitura como atividade de lazer, além de 
testar a eficiência da Biblioterapia. Para a autora, "a prática bi-
blioterapêutica com pacientes internados em clínicas médicas 
demonstrou ser útil no processo de hospitalização, tornando 
esta menos agressiva e dolorosa”.
Outra experiência interessante de relatar aconteceu na Eu-
ropa, mais especificamente na Universidade de Brunel. Lá o Pro-grama de Biblioterapia foi criado para apoiar os estudantes que 
89© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
sofrem sintomas leves a moderados de ansiedade, depressão, ou 
de problemas emocionais comuns. O projeto, denominado Es-
quema Brunel de Biblioterapia, consistia em disponibilizar uma 
lista de livros de autoajuda, que eram estocados na biblioteca da 
universidade (esses livros também estavam disponíveis na inter-
net ou em livrarias locais). Um conselheiro recomendava um livro 
a um aluno, que ia para aconselhamento. O conselheiro escrevia 
o título do livro em um bloco de recomendações. O aluno levava 
isso para a biblioteca, como acontece com qualquer recomenda-
ção acadêmica. Alguns temas dos livros escolhidos eram: abuso 
sexual; abuso de drogas; adoção; raiva; ansiedade; assertivida-
de; falecimento; depressão; distúrbios de alimentação; jogos de 
azar; vivendo em uma cultura diferente; fobia; procrastinação; 
relacionamentos; autoestima; identidade sexual; problemas de 
sono; estresse e habilidades de estudo.
Bueno e Caldin (2002) desenvolveram com crianças enfer-
mas hospitalizadas um projeto de Biblioterapia, com o objetivo 
demonstrar a importância da leitura na busca da prevenção e 
educação, bem como sua função terapêutica. Com base nas ati-
vidades desenvolvidas, constatou-se que a Biblioterapia aplicada 
em crianças enfermas alivia suas tensões, angústias e medos, 
desenvolve a imaginação, favorece a introspecção, a catarse e 
ajuda no crescimento emocional e psicológico.
Várias sugestões de leituras estão em nosso conteúdo digi-
tal, mas, em especial, indicamos a leitura atenta de Ratton (1975) 
e Souza, Santos e Ramos (2013), que fazem um levantamento de 
vários projetos desenvolvidos em Biblioterapia.
90 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Com as leituras propostas no Tópico 2. 1, você vai ter 
acesso a vários projetos desenvolvidos com a Biblioterapia. 
Antes de prosseguir para o próximo assunto, realize as leituras 
indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado.
2.3. COMO CONSTRUIR UM PROJETO DE BIBLIOTERAPIA
Assim como em qualquer atividade que se tem a intenção 
de desenvolver, a Biblioterapia requer a elaboração de um proje-
to, para que se possa pleitear sua implantação em uma institui-
ção ou grupo. Para pensarmos na construção de um projeto de 
Biblioterapia, usaremos como referência o trabalho de Cavalcan-
te e Pereira (2013).
O primeiro passo é a identificação de um problema, para 
então se pensar em meios para resolvê-lo:
Um projeto surge em resposta a um problema concreto. Ela-
borar um projeto é, antes de tudo, contribuir para a busca de 
solução do problema, transformando ideias em ações. O docu-
mento chamado projeto é o resultado obtido ao se "projetar" 
no papel tudo o que é necessário para o desenvolvimento de 
um conjunto de atividades a serem executadas, a partir de al-
guns indicativos, tais como: quais são os objetivos, que meios 
serão utilizados para atingi-los, quais os recursos necessários, 
onde serão obtidos e como serão avaliados os resultados (CA-
VALCANTE; PEREIRA, 2013, p. 33).
Caro aluno, é importante lembrar que na vida profissional 
de vocês será possível desenvolver um projeto de Biblioterapia, 
e sua aprovação será baseada na qualidade dos argumentos que 
serão desenvolvidos no projeto, isto é, dependerá de quão capa-
zes vocês serão de convencer os gestores das instituições de que 
91© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
ela é uma atividade que realmente trará benefícios para seus 
usuários. Nesse sentido, é importante identificar a demanda do 
grupo escolhido, para então começar a desenhar o projeto.
A seguir, abordaremos os itens indispensáveis para a cons-
trução de um projeto, lembrando sempre que deverão ser feitas 
adaptações de acordo com o ambiente em que será implantado. 
Vídeo aula ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista a vídeo aula - Bloco 2. 
• Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone 
Videoaula, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível 
de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e o tipo de vídeo. 
Por fim, clique no nome da disciplina para abrir a lista de vídeos.
• Para assistir ao vídeo pelo seu CD, clique no botão “Vídeos” e 
selecione: Introdução à Biblioterapia – Vídeos Aulas – Bloco 2.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Como regra geral, um projeto de Biblioterapia deverá ter:
1) Título do projeto.
2) Local a ser desenvolvido (instituição pública, privada 
etc.)
3) Público-alvo.
4) Objetivo geral e objetivos específicos (definição dos te-
mos temas adotados).
5) Justificativa.
6) Procedimento.
7) Duração do projeto.
8) Infraestrutura.
9) Acervo (tópico discutido no vídeo complementar 3).
10) Recursos humanos (equipe envolvida).
11) Custos.
92 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
12) Cronograma.
13) Avaliação do projeto.
14) Divulgação.
A atividade biblioterapêutica é essencialmente pensa-
da para o desenvolvimento da pessoa humana; sendo assim, a 
participação na atividade deve ser voluntária. Essa é uma das 
variáveis com que o biblioterapeuta terá que lidar, já que al-
guns participantes podem desistir no meio do caminho. De todo 
modo, isso não quer dizer que a atividade não esteja dando cer-
to. Trabalhar com material subjetivo (emoções e sentimentos) é 
sempre incerto e, por mais que o projeto tenha sido desenhado 
pensando em todas as variáveis, acontecem mudanças que são 
inerentes ao seu conteúdo. Portanto, não devemos nos sentir in-
competentes ou fracassados e sim repensar nossas estratégias 
para que possamos sempre melhorar o que estamos propondo.
2.4. BOAS IDEIAS EM BIBLIOTERAPIA: PROJETOS INOVADORES
Neste tópico, iremos apresentar dois projetos desenvolvi-
dos por alunos de graduação em Biblioteconomia em uma dis-
ciplina de Biblioterapia. Os dois exemplos foram pensados em 
ambientes bastante distintos, mas demonstram a flexibilidade e 
a abrangência das possibilidades de atuação em Biblioterapia. Os 
alunos foram instigados a pensar na concepção de um projeto 
baseado em suas preferências, ou porque já atuam no ambien-
te, por motivos pessoais ou por acreditarem que a Biblioterapia 
poderia auxiliar em determinado grupo. Fiquem atentos à forma 
como os projetos foram pensados, pois eles poderão facilitar a 
criação de um projeto próprio.
93© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Cada etapa foi concebida pensando no público-alvo e no 
problema identificado. Todas as fases do projeto estarão basea-
das nesses dois fatores. Conceber um bom projeto é o primeiro 
passo para seu sucesso! Que sirva de inspiração!
Vamos começar com um projeto dedicado a crianças em 
idade escolar (SOBREIRA; NONATO, 2017).
Projeto 1 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
AUTORES: SOBREIRA, Fernanda Resende; NONATO, Ruth Almeida
1) Título do projeto: aplicação de Biblioterapia em crianças com 
problemas de socialização: estudo de caso na Escola Estadual D. 
A. S.
2) Local a ser desenvolvido (instituição pública, privada etc.): Escola 
Estadual D. A. S.
3) Público-alvo: O público-alvo do projeto são crianças de 8 a 10 
anos que estejam matriculadas na Escola Estadual D. A. S. e 
tenham problemas de socialização com os outros alunos ou com 
os professores e funcionários da escola, mais especificamente 
problemas relacionados à timidez.
4) Objetivo geral e objetivos específicos (definição dos temas adotados): 
O objetivo geral do projeto é: melhorar as habilidades de socialização das 
crianças participantes. 
Para atingi-lo, traçaram-se alguns objetivos específicos, que são: 
• Promover a interação e a socialização entre as crianças durante as 
sessões de Biblioterapia.
• Permitirque as crianças se expressem.
• Trabalhar a autoestima.
5) Justificativa:
As escolas estaduais de Minas Gerais:
Atualmente, não existem profissionais bibliotecários e psicólogos atuando 
na rede de escolas estaduais de Minas Gerais. Segundo Tannure (2015, p. 
22), “entre todas as bibliotecas escolares estaduais visitadas, nenhuma conta 
com a presença do profissional bibliotecário. Os espaços, em geral, são 
administrados por leigos em Biblioteconomia, que são, na maior parte das 
vezes, professores denominados ‘para uso de biblioteca’”.
94 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Existe um projeto de lei (PL 5591/2014) para incluir bibliotecários na rede 
pública estadual de Minas Gerais, mas este foi arquivado em 2015 pelo 
governador do estado. Em relação aos psicólogos, foi apresentado um projeto 
de lei (PL 3.688/2000) para que passem a existir psicólogos e assistentes 
sociais na rede pública de educação básica; o PL está em tramitação até a 
data atual (junho de 2017).
Ambos os profi ssionais acrescentariam de forma positiva na educação das 
crianças. O bibliotecário, segundo Kuhlthau (1996 apud CAMPELLO, 2009, p. 
189) pode ter um papel educativo em vários níveis, desde a ação organizadora, 
passando pela função de palestrante, instrutor e orientador. A ação educativa 
do bibliotecário, em todos os níveis, ajuda o aluno não só a ter um melhor 
desempenho nas atividades didáticas comuns, como também a desenvolver 
a cidadania.
A escola escolhida para a realização do projeto, assim como acontece em 
toda a rede estadual, não possui profi ssionais de psicologia ou biblioteconomia 
atuando.
A escola escolhida para o projeto:
A Escola Estadual D. A. S. fi ca localizada no bairro Trevo, na cidade de Belo 
Horizonte, estado de Minas Gerais. Segundo o Sistema de Monitoramento 
Escolar (2016), a escola possuía 1253 alunos (manhã, tarde e noite) do Ensino 
Fundamental (anos iniciais e anos fi nais), Ensino Médio e EJA – Educação de 
Jovens e Adultos. A escola atende um abrigo próximo, o Abrigo Lar Cristão, que 
atualmente possui 15 crianças morando na casa, e que estão lá por inúmeros 
motivos.
O bairro em que a escola está localizada possui IDHM – Índice de 
Desenvolvimento Humano Municipal – de 0,879, que, comparado ao de Belo 
Horizonte, é um índice alto. Entre as 623 UDH de Belo Horizonte, a UDH do 
Bairro Trevo está na 52ª posição.
Figura 1 – IDHM de Belo Horizonte
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2017.
Figura 2 – IDHM Garças / Trevo
95© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Fonte: Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil, 2017.
Os problemas de socialização:
Em relação ao tema que iremos tratar, problemas de socialização relacionados 
à timidez, a teoria psicossocial do desenvolvimento de Erik Erikson fala 
especifi camente sobre os problemas relacionados à faixa etária que será 
trabalhada. A criança, ao entrar na escola, enfrenta alguns problemas por sair 
do seu ambiente familiar e enfrentar um novo ambiente. Segundo Melo (2009), 
Nesse período, a criança está sendo alfabetizada e frequentando 
a escola, o que propicia o convívio com pessoas que não são 
seus familiares, o que exigirá maior sociabilização, trabalho em 
conjunto, cooperatividade e outras habilidades necessárias. 
Caso tenha dificuldades, o próprio grupo irá criticá-la, passando 
a viver a inferioridade em vez da construtividade.
Com isso, a criança pode desenvolver problemas de socialização, que devem 
ser resolvidos o quanto antes para não acarretarem maiores complicações no 
futuro.
Quanto à timidez, Casares e Caballo (2000) a identifi cam “como um 
comportamento social retraído e passivo, que está possivelmente associado a 
[...] insegurança [...], ansiedade, medo, baixa autoestima, julgamento negativo 
de si mesmo, entre outros comportamentos.” Segundo Felix (2013), o processo 
de intervenção que pode ser utilizado envolve treinamento de fatores como 
diálogo, reafi rmação de valores, fortalecimento da personalidade, entre outros.
Tendo em vista tudo o que foi apresentado, a Biblioterapia, como um “processo 
dinâmico de interação entre a personalidade do leitor e a literatura imaginativa, 
que pode atrair as emoções do leitor e liberá-las para o uso consciente e 
produtivo” (CALDIN, 2012, p. 4) conseguiria ajudar de forma signifi cativa o 
processo de sociabilização desses estudantes, por meio de sessões que 
envolveriam a possibilidade de os alunos se expressarem e dialogarem entre 
si.
Idealmente, a prática da Biblioterapia deveria ser complementar ao trabalho dos 
profi ssionais bibliotecários e psicólogos na escola, porém, na falta destes, de 
forma paliativa, a Biblioterapia ajudaria a suprir, de certa forma, essa ausência.
6) Procedimento:
96 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Para a aplicação do projeto, serão realizadas cinco reuniões, feitas de 15 em 
15 dias, no dia em que a biblioteca não recebe nenhuma turma, para que, 
dessa forma, as atividades normais da biblioteca não sejam prejudicadas.
A duração das sessões de Biblioterapia será de 50 minutos, que é o tempo 
de duração de uma aula, para que, assim, não haja conflito com as atividades 
didáticas da escola.
Tendo em vista que as crianças dessa idade nem sempre se concentram com 
facilidade nas atividades, as reuniões serão iniciadas com uma música ou 
dinâmica para atrair a atenção dos alunos.
As reuniões serão realizadas na biblioteca da Escola Estadual D. A. S. e 
conduzidas por duas bibliotecárias, com a participação da professora de uso e 
ensino da biblioteca, além da supervisora, da professora de intervenção e de 
um estudante de Psicologia.
7) Duração do projeto: o projeto terá duração de quatro meses, três 
meses de aplicação das sessões de Biblioterapia, 15 dias de 
preparação, que incluem reuniões com a equipe pedagógica e com 
os alunos participantes, e 15 dias para avaliação do projeto.
8) Infraestrutura: as sessões serão realizadas utilizando a infraestrutura 
já existente na escola. O espaço utilizado será a biblioteca da Escola 
Estadual D. A. S., com as crianças sentadas em roda, no chão, para 
deixar as sessões com um ar mais descontraído. Além disso, serão 
utilizados livros para a realização das sessões (listados abaixo).
9) Acervo: o acervo utilizado no projeto será composto pelos cinco livros 
listados a seguir (cujas ilustrações das capas estão na Figura 3), que 
tratam de temas como medo, diferenças, introspecção e timidez.
• BUARQUE, Chico; ZIRALDO. Chapeuzinho amarelo. 22. ed. Rio de 
Janeiro: José Olympio, 2008. 29 p.
• MACHADO, Ana Maria; ABREU, Alê. O menino que espiava pra 
dentro. 2. ed. São Paulo: Global, 2008. 30 p.
• FURNARI, Eva. Felpo Filva. São Paulo: Moderna, 2013. 56 p. 
(Coleção Girassol.).
• DOYLE, Malachy. Isac, o pato que não fazia quac. São Paulo: Zastras, 
2009. 28 p.
• WHITCOMB, Mary E.; KING, Tara Calahan; COSAC, Charles. Lilás: 
uma menina diferente. 2. ed. São Paulo: Cosac & Naify, 2011. 24 p.
Figura 3 – Capas dos livros que serão utilizados nas sessões de Biblioterapia
Fonte: Autoras, 2017.
10) Recursos Humanos (equipe envolvida):
97© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Para a aplicação do projeto, serão necessários os seguintes profissionais:
• Duas bibliotecárias.
• Um(a) professor(a) de uso e ensino da biblioteca.
• Um(a) professor(a) de intervenção.
• Um(a) pedagogo(a) (supervisora da escola).
• Um(a) estudante de Psicologia.
Quanto ao estudante de Psicologia, pretende-se firmar acordo com o curso 
de Psicologia da universidade para que o projeto seja realizado de forma 
conjunta e, assim, um estudante que já esteja cursando seus últimos períodos 
possa colocar em prática seus conhecimentos, com o auxílio de um professor 
orientador.
11) Custos: o projeto não terá custos, pois os envolvidos são voluntários 
e os livros que serãoutilizados serão emprestados pela biblioteca 
da própria escola. Como a própria escola fornece alimentação para 
as crianças matriculadas, não faz parte dos propósitos do projeto 
fornecer coffee break para estas nem atuar de forma recreativa.
12) Cronograma
O cronograma do projeto se dará conforme o quadro 1.
Quadro 1 – Cronograma do projeto.
Sem
ana 1
Sem
ana 2
Sem
ana 3
Sem
ana 4
Sem
ana 5
Sem
ana 6
Sem
ana 7
Sem
ana 8
Sem
ana 9
Sem
ana 10
Sem
ana 11
Sem
ana 12
Sem
ana 13
Sem
ana 14
Sem
ana 15
Sem
ana 16
Reunião com a equipe 
pedagógica 
Apresentação do projeto 
para os alunos
Envio do TCLE para 
os responsáveis pelos 
alunos
Recebimento do 
TCLE assinado pelos 
responsáveis
Primeira sessão 
de Biblioterapia 
(Chapeuzinho Amarelo)
Segunda sessão de 
Biblioterapia (Felpo Filva)
98 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Sem
ana 1
Sem
ana 2
Sem
ana 3
Sem
ana 4
Sem
ana 5
Sem
ana 6
Sem
ana 7
Sem
ana 8
Sem
ana 9
Sem
ana 10
Sem
ana 11
Sem
ana 12
Sem
ana 13
Sem
ana 14
Sem
ana 15
Sem
ana 16
Terceira sessão de 
Biblioterapia (O menino 
que espiava pra dentro)
Quarta sessão de 
Biblioterapia (Isac, o pato 
que não fazia quac)
Quinta sessão de 
biblioterapia (Lilás)
Aplicação de entrevista 
em grupo
Aplicação dos 
questionários 
Fonte: elaborado pelas autoras, 2017.
13) Avaliação do projeto: a avaliação do projeto será realizada durante 
os últimos 15 dias previstos no cronograma e, para isso, serão 
elaborados dois questionários, um para a equipe pedagógica da 
escola (APÊNDICE A) e outro para os responsáveis pelos alunos 
participantes do projeto (APÊNDICE B). Também será elaborado 
um roteiro semiestruturado para uma entrevista em grupo com os 
alunos (APÊNDICE C). Durante a entrevista, as falas serão gravadas 
para posterior análise e também observação do comportamento das 
crianças ao longo da entrevista.
14) Divulgação: o público-alvo do projeto é restrito e, portanto, para a 
divulgação, torna-se necessário, no primeiro momento, uma reunião 
com a equipe pedagógica para que os estudantes que possuem 
problemas de socialização possam ser apontados.
Assim que as crianças aptas a participar sejam identificadas, haverá uma 
segunda reunião, desta vez já com as crianças escolhidas, para que seja 
explicado o projeto, deixando-se claro que a participação deve ser voluntária.
Em seguida, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE D) 
será enviado aos pais, novamente apontando que a participação é voluntária.
REFERÊNCIAS
Atlas do Desenvolvimento Humano do Brasil. Desenvolvido por PNUD – 
Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Fundação João 
99© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Pinheiro e IPEA – Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. 2013. Apresenta o 
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) e outros 200 indicadores 
de demografia, educação, renda, trabalho, habitação e vulnerabilidade para os 
municípios brasileiros.
BRASIL. Congresso Nacional. Projeto de Lei n. 3688, de 2000. Dispõe sobre 
a introdução de assistente social no quadro de profissionais de educação em 
cada escola. 2000.
CALDIN, Clarice Fortkamp. A leitura como função terapêutica: Biblioterapia. 
Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia e Ciência da Informação, 
Florianópolis, n. 12, dez. 2001. 
CAMPELLO, Bernadete Santos. Perspectivas de letramento informacional no 
Brasil: práticas educativas de bibliotecários em escolas de ensino básico. Enc. 
Bibli: R. Eletr. Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, v. 15, n. 29, p. 184-208, 2010.
FELIX, Tatiane da Silva Pires. Timidez na escola: um estudo histórico-cultural. 
2013. 158 f. – UNESP, Presidente Prudente, 2013.
KUHLTHAU, C. C. Seeking meaning: a process approach to library and 
information services. Norwood, NJ.: Ablex, 1996. 199 p. apud CAMPELLO, 
Bernadete Santos. Perspectivas de letramento informacional no Brasil: práticas 
educativas de bibliotecários em escolas de ensino básico. Enc. Bibli: R. Eletr. 
Bibliotecon. Ci. Inf., Florianópolis, v. 15, n. 29, p. 184-208, 2010.
MELO, Maria Aparecida da Silva. Teoria Psicossocial do Desenvolvimento em 
Erik Erikson. Psicologado, [S.l.], jun. 2009. 
MINAS GERAIS. Assembleia Legislativa. Projeto de Lei 5591, de 2014. Altera 
a Lei 15293, de 5 de agosto de 2004, que institui as carreiras dos profissionais 
de educação básica do Estado, e a Lei 15301, de 10 de agosto de 2004, que 
institui as carreiras do grupo de atividades de defesa social do poder executivo, 
e dá outras providências. 2014.
Sistema de Monitoramento Escolar. Desenvolvido pela Secretaria de Educação 
de Minas Gerais. Apresenta, de forma consolidada, dados provenientes de 
sistemas de gestão e avaliação – como o Sistema Mineiro de Administração 
Escolar (SIMADE) e o Sistema Mineiro de Avaliação e Equidade da Educação 
Pública (SIMAVE) – reunindo informações administrativas e medidas 
educacionais, o que permite a análise comparativa de um amplo conjunto de 
indicadores ao longo do tempo. 2013.
TANNURE, Lúcio. Bibliotecas escolares estaduais em minas gerais: um breve 
diagnóstico. CRB-6 Informa, v. 10, n. 2, 2015.
100 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO PARA A EQUIPE PEDAGÓGICA
Questionário de avaliação do projeto
Prezada equipe pedagógica, pedimos que nos ajudem a avaliar o projeto 
“Aplicação de Biblioterapia em crianças com problemas de socialização: es-
tudo de caso na Escola Estadual Deputado Álvaro Salles” respondendo ao 
questionário a seguir. Obrigada!
1-Qual a sua opinião a respeito do projeto?
2-Você acha que os temas abordados foram relevantes? Por quê?
3-Houve alguma mudança de comportamento notável nos estudantes que 
participaram do projeto? Se sim, qual(is)?
4-Qual sua opinião sobre a continuidade do projeto?
5-Sugeriria outros temas a serem trabalhados?
APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO PARA OS PAIS OU RESPONSÁVEIS
Questionário de avaliação do projeto
Prezados pais ou responsáveis, pedimos que nos ajudem a avaliar o projeto 
“Aplicação de Biblioterapia em crianças com problemas de socialização: es-
tudo de caso na Escola Estadual Deputado Álvaro Salles” respondendo ao 
questionário a seguir. Obrigada!
1-Qual a sua opinião a respeito do projeto?
2-Você acha que os temas abordados foram relevantes? Por quê?
3-Houve alguma mudança notável no comportamento de seu(sua) filho(a)? 
Se sim, qual(is)?
4-Qual sua opinião sobre a continuidade do projeto?
5-Sugeriria outros temas a serem trabalhados?
101© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
APÊNDICE C – ROTEIRO SEMIESTRUTURADO PARA ENTREVISTA
Roteiro semiestruturado para entrevista com os alunos
1-O que vocês acharam dos nossos encontros?
2-Há algum outro assunto sobre o qual vocês gostariam de ler e conversar?
3-Vocês gostariam de continuar com os encontros? 
PÊNDICE D – TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO RESPONSÁVEL
Prezado(a) Senhor(a),
Nós, bibliotecárias, Fernanda Resende Sobreira e Ruth Almeida Nonato, 
estamos realizando um projeto em parceria com o curso de Psicologia da 
universidade, cujo objetivo é utilizar a prática da Biblioterapia para melhorar 
as habilidades de socialização de alunos com idade de oito a dez anos, da 
Escola Estadual D. A. S. Esse projeto não possui fins comerciais.
Diante disso, temos a satisfação de convidar seu(sua) filho(a) para participar 
desse projeto, como voluntário(a), participando de cinco sessões de Bibliote-
rapia, com duração aproximada de 50 (cinquenta) minutos, e respondendo a 
uma entrevista em grupo para avaliação do projeto. A entrevista será grava-
da e posteriormente transcrita. Essa entrevista será feita durante um período 
combinado com a coordenação da escola e terá duração aproximada de 50 
(cinquenta) minutos.
A identidade e a participação de seu(sua)filho(a) nesta pesquisa serão 
mantidas em sigilo. Os arquivos contendo as gravações e transcrições da 
entrevista, bem como as anotações feitas durante a observação não serão 
acessados por outras pessoas, além das bibliotecárias, do estudante de Psi-
cologia e da equipe pedagógica da escola. Garantimos a confidencialida-
de desses registros, Acomprometendo-nos a manter os arquivos sob nossa 
guarda para eventuais trabalhos futuros.
102 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
O(A) senhor(a) ou seu(sua) filho(a) não terão nenhum gasto com a participa-
ção no projeto e também não receberão pagamento ou indenizações por ela. 
Um risco que pode advir desse projeto consiste em possíveis desconfortos 
causados por emoções sentidas pelo seu(sua) filho(a) durante as sessões.
Caso isso aconteça, o estudante de Psicologia conversará separadamen-
te com seu(sua) filho(a) até que ele se recupere e decida se deseja con-
tinuar ou não. O seu(sua) filho(a) tem o direito de não querer participar ou 
de sair do projeto a qualquer momento, sem nenhuma penalidade. Caso 
o seu(sua) filho(a) decida retirar-se do estudo ou necessite de quaisquer 
outros esclarecimentos sobre ele, favor nos contatar, pessoalmente ou por 
meio do telefone ou do e-mail informado no final deste Termo. O benefício da 
participação de seu(sua) filho(a) será a possível melhora de sua capacidade 
de sociabilização.
Certas de que as informações acima apresentadas lhe forneceram os escla-
recimentos necessários em relação a esse projeto, e caso haja concordância 
de sua parte para que seu(sua) filho(a) participe, solicitamos que manifeste 
sua concordância assinando o seguinte Termo de Consentimento Livre Es-
clarecido em duas vias de igual teor (uma cópia ficará em seu poder):
Eu, _____________________________________________________
_______, portador(a) do RG.: _______________________ e do CPF: 
___________________________, responsável pelo menor __________
_________________________________________, portador(a) do RG: 
_________________________ e do CPF: __________________________, 
declaro que li as informações contidas neste documento antes de assinar 
este termo de consentimento. Compreendo que a participação neste projeto 
é inteiramente voluntária e que tenho total liberdade para recusar ou retirar 
meu consentimento, sem sofrer nenhuma penalidade.
Assinatura do(a) responsável
Assinatura da Bibliotecária 
Assinatura da Bibliotecária 
Local e data
Escola Estadual D. A. S.
Endereço / Telefone
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
103© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Após conferirmos um modelo dedicado a um projeto esco-
lar, passemos a outro direcionado a um público-alvo completa-
mente distinto: adultos integrantes de um grupo de "Alcoólicos 
Anônimos" (NONAKA; CARVALHO, 2017).
Projeto 2 ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
AUTORES: NONAKA, Débora; CARVALHO, Matheus Aguiar de Carvalho
1) Título do projeto: Um copo de leitura, por favor!
2) Local a ser desenvolvido e público-alvo: grupo de Alcoólicos Anônimos.
O “Alcoólicos Anônimos” (AA) é uma comunidade informal de mais de 
2.000.000 membros em mais de 180 países (AA PORTUGAL, 2012) que 
busca, por meio de grupos de encontro e metodologia específica, o apoio e 
recuperação do alcoolismo em reuniões públicas e fechadas, configurando-se 
como um trabalho voluntário sem fins lucrativos e autossuficiente.
No Brasil, unidades básicas em AA estão presentes em todos os Estados e 
elaboram, junto com seus membros, troca de experiências, acolhimento e 
informação sobre a dependência alcoólica. Para ser um membro e participar 
das reuniões, é necessário somente partilhar do desejo de parar de beber e 
combater a doença do alcoolismo.
Em Belo Horizonte, o grupo de Alcoólicos Anônimos foi fundado em 27 de 
outubro de 1973 e conta com reuniões semanais de segunda a sábado. Como 
toda unidade básica de AA, a metodologia usada tem como base “as doze 
tradições” e “os doze passos”, teorias que ajudam os membros a seguirem 
passos práticos na procura da sobriedade e de um novo modo de vida longe 
do álcool.
As reuniões fechadas feitas pelo grupo são de extrema importância, pois é 
nesse momento que os participantes compartilham experiências em comum 
e expõem dificuldades e anseios mais íntimos. É nesse momento e com esse 
grupo homogêneo que o projeto de Biblioterapia será aplicado, uma vez que 
as reuniões abertas ao público acontecem de maneira esporádica e com 
finalidades diferentes das do grupo fechado – divulgar a iniciativa e atrair novos 
membros. Assim, procuramos como público-alvo os membros já estabelecidos 
e que estejam receptivos ao projeto desenvolvido. 
O grupo a ser trabalhado é composto por homens e mulheres de qualquer 
idade que estejam combatendo a doença e que identifiquem sentimentos 
relacionados à depressão e à ansiedade como motivadores para o consumo 
de álcool, sentimentos com que as sessões biblioterapêuticas, ao seu modo, 
104 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
objetivam trabalha. Não se faz distinção em relação à idade e ao nível 
socioeconômico; não há uma relação descritiva dos participantes, uma vez 
que o anonimato é buscado e é também um dos principais componentes que 
constitui o ambiente como seguro para a livre expressão dos participantes. 
Dessa forma, busca-se manter esse caráter de diversidade social e etária do 
grupo, voltando-se o trabalho aos sentimentos em comum que são motivadores 
do alcoolismo.
3) Justificativa:
O alcoolismo é considerado um dos mais sérios problemas de saúde pública 
da atualidade, despertando a atenção de autoridades médicas e sanitárias 
de diversos países (CAMPOS, 2005). A doença pode ser compreendida a 
partir de três instâncias: de caráter físico, devido aos males da substância no 
corpo; mental, já que o “bebedor revela uma incapacidade em controlar seus 
pensamentos que, no limite, podem conduzir à própria loucura” (CAMPOS, 
2005, p. 19); e também social, pois vemos, em muitos dos casos do referido 
estudo, depoimentos em que há um afastamento, voluntário ou não, do doente 
em relação à família, passando este a ser visto como um “problema”. A respeito 
dessa última questão, verifica-se que não há socialmente a compreensão da 
separação entre sujeito e doença, no sentido de que o combate à doença é 
visto como um combate ao próprio doente, concepção que inclusive pode 
dificultar o processo de recuperação.
Com essas considerações em mente e reafirmando a importância da existência 
de instituições como AA para o apoio e a assistência de dependentes alcoólicos, 
projetos de Biblioterapia seriam efetivos como uma prática complementar ao 
processo de superação do problema desse grupo, que é, de certa forma, 
homogêneo desde sua gênese, já que se forma em função de um problema 
em comum. 
As palestras, os depoimentos e os encontros semanais favorecem o ambiente 
propício para troca, gerando benefícios individuais e coletivos inegáveis, e a 
leitura terapêutica direcionada poderia favorecer ainda mais toda a evolução 
de compreensão do problema enfrentado. O acolhimento de pessoas em 
situação delicada como a do alcoolismo requer motivação para o controle e 
a abstinência, sendo a prática da Biblioterapia uma aliada no alcance desse 
objetivo.
Entende-se esta como um instrumento útil ao processo de desintoxicação 
e controle, visto que os principais motivadores do consumo de álcool estão 
associados com a angústia e a depressão sentidas pelos dependentes, como 
trazem Pillon e Luis (2004, citados por JORGE et al., 2007, p. 3).
Nas últimas décadas, tem-se observado o consumo crescente de 
bebidas alcoólicas. Desde a década de oitenta, os especialistas 
105© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
têm apontado vários fatores que estariam influenciando o usode álcool e drogas e destacam os socioeconômicos e políticos, 
como desemprego, insegurança do indivíduo em relação ao 
futuro, carência de alternativas de lazer e trabalho para jovens, 
repressão política, atividade educativa opressiva, ambos 
restringindo a postura crítica e a ação criativa. Tudo isso surge 
como fatores geradores de angústia e depressão, conduzindo 
à necessidade de evasão psicológica e à busca de satisfação 
propiciada por substâncias como álcool e outras drogas 
psicoativas.
Nesse sentido, as sessões biblioterapêuticas funcionariam como forma de 
suprir essa necessidade de “evasão psicológica” e “busca de satisfação” que 
motivam os sujeitos ao consumo alcoólico e inclusive poderiam diminuir o 
número de pessoas que têm recaídas no decorrer do programa e retornam ao 
consumo de álcool.
Entende-se a capacidade da Biblioterapia a partir de seus objetivos, que são 
elencados por Bryan (1939, citado por GUEDES, 2013, p. 36-37): 
1) mostrar ao leitor que ele não é o primeiro a sentir o problema; 
2) evidenciar que existe mais de uma solução para o problema 
do leitor; 
3) ajudar o leitor a ver os valores envolvidos na sua experiência; 
4) oferecer fatos necessários para a solução de seu problema e 
5) encorajar o leitor a encarar o seu problema.
Dessa forma, a prática contribui com o autodesenvolvimento dos sujeitos, já 
que proporciona momentos de autodescoberta de suas questões emocionais, 
que, por sua vez, promove a melhor compreensão de seu problema com o 
álcool, que se relaciona tanto aos males causados em si quanto em seu círculo 
social e, por consequência, contribui na ressocialização dos sujeitos quando 
essas questões são despertadas, desenvolvidas e superadas. 
Destacamos ainda que nosso objetivo com a Biblioterapia não é realizar as 
sessões por questões políticas, ideológicas e religiosas, mas sim auxiliar os 
sujeitos nesse momento de autodesenvolvimento. Ressalte-se que não há um 
combate a essas questões, mas que se objetiva certa neutralidade ao compor 
o espaço e o programa, a fim de construí-los de modo mais democrático 
possível, para que tais questões não sejam colocadas como diferenciadoras 
ou inibidoras entre os participantes.
106 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
4) Objetivo geral e objetivos específicos:
Como objetivo geral, promover a catarse com fins de alívio de sentimentos de 
depressão e angústia que motivam o alcoolismo.
Como objetivos específicos,
• promover a autoconfiança dos sujeitos a partir do enfrentamento dos 
sentimentos negativos relacionados ao problema que podem ser 
despertados nas sessões;
• constituir um ambiente de livre expressão das dificuldades enfrentadas 
pelos sujeitos durante o programa, em conjunto com o trabalho já 
realizado pelas AAs;
• contribuir no autoconhecimento dos sujeitos participantes;
• diminuir o número de dependentes que recaem no uso de álcool.
5) Procedimentos do projeto:
• O público: para conhecer melhor o público e identificar suas questões 
relacionadas ao alcoolismo, inicialmente frequentaríamos as reuniões 
fechadas para compreender melhor as realidades do local pretendido 
e, posteriormente, para selecionar os materiais que pudessem ser 
trabalhados com o público.
• Recursos humanos: o trabalho ocorreria em conjunto com uma 
equipe de dois ou três bibliotecários, um estudante de Psicologia e 
um professor do curso de graduação da área. Compreendendo as 
limitações da formação bibliotecária no que tange à compreensão 
mais profunda das questões psicológicas é que se pensa nesse 
trabalho em conjunto com a área da Psicologia, trabalho este a ser 
realizado em parceria com o Serviço de Psicologia Aplicada (SPA) 
da universidade, composto por alunos da graduação a partir do 8º 
período de Psicologia, assim como por professores do curso. 
Atualmente, o serviço já é oferecido na universidade tanto para os alunos 
quanto para o público externo. Em razão desse contato com o público externo é 
que se pensa então na parceria, uma vez que o serviço já desempenha outras 
ações que vão além da faculdade, como o atendimento aos adolescentes que 
cumprem medidas socioeducativas e o projeto de extensão CAVAS, que faz 
atendimento a crianças e adolescentes que sofreram abuso sexual. 
6) Infraestrutura e duração:
Propõe-se a utilização do próprio espaço onde ocorrem as reuniões do AA, 
com frequência a ser determinada após o período de reconhecimento do 
público a ser atendido, com as sessões sendo realizadas 30 minutos antes da 
reunião ou nos 30 minutos após o término da reunião.
107© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
7) Custos:
No que diz respeito aos custos do projeto, pretende-se a realização das 
sessões a partir de um projeto de extensão pela faculdade, em conjunto com o 
SPA (Serviço de Psicologia Aplicada), sendo a responsabilidade pelos custos 
da atividade conferida à universidade.
8) Material de leitura
Após o conhecimento do público, pretende-se selecionar o material mensalmente 
e, nesse mesmo período, avaliar as oportunidades e problemáticas levantadas 
durante as sessões, corrigindo esses pontos na seleção do acervo do mês 
seguinte (ver ANEXO I – MATERIAIS SELECIONADOS PARA O PRIMEIRO 
MÊS, p. 9).
9) Divulgação:
A divulgação da atividade aconteceria entre os participantes das reuniões, a 
fim de oferecer essa forma de auxílio no combate à doença, além de possíveis 
publicações de caráter científico, prezando sempre, nestas, o anonimato dos 
integrantes e do local da AA, passando pela validação da equipe que guiará as 
sessões (bibliotecários e psicólogos).
10) Avaliação:
A avaliação foi dividida em três partes: do acervo; do retorno dos sujeitos que 
compõem o círculo social dos participantes e da forma que as sessões são 
conduzidas.
• Do acervo
Seleção e avaliação mensal, para que eventuais falhas e oportunidades sejam 
trabalhadas no material selecionado no mês seguinte. Avaliação a partir da 
observação e análise no decorrer das sessões em relação às reações dos 
participantes.
• Do círculo social
Bimestralmente, aos participantes que voluntariamente identificarem familiares 
ou amigos que convivem com eles. Agendar reuniões com esse círculo social 
a fim de verificar como tem ocorrido o processo de ressocialização, verificando 
se houve melhora dos pacientes e os efeitos sentidos por esse círculo em 
relação ao convívio com o doente.
• Das sessões 
Verificar a ocorrência de recaídas relatadas nas reuniões e se houve diminuição 
do número de recorrentes; observar se o autodesenvolvimento tem ocorrido 
junto aos participantes por meio de observação e da conversa realizada nas 
sessões. Sobre as sessões, realizar uma avaliação constante após cada uma 
108 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
delas, em reunião da equipe composta pelos bibliotecários e pelo pessoal da 
Psicologia.
A partir dessas três etapas de avaliação, será possível desenvolver e 
aperfeiçoar as sessões de Biblioterapia.
11) Programação:
• Inicialmente
Frequentar durante 15 a 30 dias o AA selecionado, a fim de identificar certas 
características e problemáticas apresentadas pelo grupo em reunião fechada, 
determinando o melhor horário para a realização das sessões de Biblioterapia 
(30 minutos antes ou 30 minutos após as sessões).
• Duração das sessões
O material selecionado para leitura será lido entre 10 a 15 minutos (pensa-se 
em materiais de rápida leitura), partindo-se para uma discussão voluntária nos 
15 a 20 minutos posteriores.
• Duração do projeto
Com base nas avaliações realizadas, verificar semestralmente a efetividade 
do projeto por meio de conversa, em um primeiro momento, entre os membros 
e, depois, entre os profissionais bibliotecários e psicólogos e os gestores 
imediatos do AA. No caso de as sessões biblioterapêuticas serem entendidas 
como um componente importante no combate ao alcoolismo, pretende-semanter o projeto e, a cada seis meses, realizar essa avaliação geral, discutindo-
se sobre sua continuidade ou seu encerramento.
12) Cronograma
MESES
Atividades Jul Ago Set Out Nov Dez Mar Abr
Identificação da instituição/
público x
Definição da periodicidade x x
Seleção de material x x x x x x x x
Avaliação em três etapas: 
acervo, do círculo social, das 
sessões x x x x x x x
Avaliação semestral do 
projeto x
Sessões x x x x x x X
Divulgação x x x x x x x
109© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
REFERÊNCIAS
AA PORTUGAL. Sobre AA. O que são os Alcoólicos Anónimos? Disponível em: 
<http://www.aaportugal.org/page/sobreaa>. Acesso em: 29 mai. 2017.
BRYAN, Alice I. Can there be a science of bibliotherapy? Library Journal, v. 64, 
p. 773-776, out. 1939.
CAMPOS, Edemilson Antunes de. Contágio, doença e evitação em uma 
associação de ex-bebedores: o caso dos Alcoólicos Anônimos. Revista 
Antropológica, São Paulo, v. 48, n. 1, p. 315-361, jun. 2005. 
GUEDES, Mariana Giubertti. A biblioterapia na realidade bibliotecária no Brasil: 
a mediação da informação. 2013. 189 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da 
Informação) – Faculdade de Ciência da Informação, Universidade de Brasília, 
Brasília, 2013.
JORGE, Maria Salete Bessa; LOPES, Consuelo Helena Aires de Freitas; 
SAMPAIO, Cynthia De Freitas; SOUZA, Lyara Veríssimo de; SILVA, Michelle 
Soares Joseno da; ALVES, Marcela Soares. Alcoolismo nos contextos social e 
familiar: análise documental à Luz de Pimentel. Revista RENE, Fortaleza, v. 8, 
n. 3, p. 34-43, set./dez. 2007.
JUNAAB (MG). Sobre A.A. Disponível em: <http://mg.aabrasil.org.br/index.
php/sobre-a-a>. Acesso em: 29 mai. 2017.
PILLON, Sandra Cristina; LUIS, Margarita Antonia Villar. Modelos explicativos 
para o uso de álcool e drogas e a prática da enfermagem. Revista Latino-
Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12, n. 4, p. 676-682, ago. 2004.
110 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
ANEXO I – MATERIAIS SELECIONADOS PARA O PRIMEIRO MÊS
1. ALVES, Rubem. O retorno e terno: crônicas. 27. Ed. Campinas: Papirus, 
2008. 176 p.
“As coisas essenciais” – Crônica de Rubem Alves
A crônica fala das coisas essenciais que o autor recolheu de diversas pers-
pectivas: poetas, filósofos, de sua própria experiência. Poderia suscitar nos 
participantes a reflexão do que é essencial para o grupo e para cada um 
individualmente.
2. COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia. Rio de Janeiro: Rocco, 1996. 
192 p.
“Eu sei, mas não devia” – Marina Colasanti
O texto de Maria Colasanti nos questiona sobre as várias situações do dia a 
dia com que nos acostumamos, sem perceber. É uma reflexão interessante 
sobre o mundo à nossa volta e sobre o quanto estamos insensíveis a quase 
tudo, atitude que, é claro, não deveríamos ter.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Se tiver oportunidade, não deixe de visitar alguma dessas 
iniciativas, para conhecê-las mais de perto!
3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. BIBLIOTERAPIA E A ATUAÇÃO DO BIBLIOTECÁRIO
A Biblioterapia se configura como mais um campo de atua-
ção do bibliotecário. Se, por um lado, essa atuação demanda 
uma formação específica, por outro, correlaciona-se com os co-
111© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
nhecimentos da área. Nos textos a seguir, você poderá ver essa 
relação com mais clareza:
• GUEDES, M. G.; BAPTISTA, S. G. Biblioterapia na 
Ciência da Informação: comunicação e mediação. 
Encontros Bibli: Revista Eletrônica de Biblioteconomia 
e Ciência da Informação, v. 18, n. 36, p. 231-253, 
jan./abr. 2013. Disponível em: <https://periodicos.
ufsc .br/ index .php/eb/art i c le/v iewFi le/1518-
2924.2013v18n36p231/24527>. Acesso em: 06 fev. 
2017.
• SILVA, T. M. Como o bibliotecário pode se inserir 
nas atividades de leitura como biblioterapia? Natal: 
UFRN, 2011. 41p. Monografia (Bacharelado em 
Biblioteconomia) – Centro de Ciências Sociais Aplicadas, 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 
2011. Disponível em: <http://monografias.ufrn.br:8080/
jspui/bitstream/1/181/1/TaiseMS_Monografia.pdf>. 
Acesso em: 26 jan. 2018.
• VALENCIA, M. C. P.; MAGALHÃES, M. C. Biblioterapia: 
síntese das modalidades terapêuticas utilizadas pelo 
profissional. Biblos: Revista do Instituto de Ciências 
Humanas e da Informação, Rio Grande, v. 29, n. 1, 
2015. Disponível em: <https://www.seer.furg.br/biblos/
article/view/4585>. Acesso em: 26 jan. 2018.
3.2. BIBLIOTERAPIA NA PRÁTICA
A Biblioterapia possui bases psicológicas, filosóficas e uma 
interlocução com a Literatura, podendo ser trabalhada a partir 
de diferentes metodologias. A seguir, indicamos textos que apre-
112 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
sentam diferentes aplicações da Biblioterapia, demonstrando as 
várias possibilidades de aplicação.
• ALVES, M. H. H. A aplicação da biblioterapia no 
processo de reintegração social. Revista Brasileira 
de Biblioteconomia e Documentação, v. 15, n. 1-2, 
p. 54-61, jan./jun. 1982. Disponível em: <http://
www.brapci.ufpr.br/brapci/_repositorio/2011/08/
pdf_09e78c51e2_0018372.pdf>. Acesso em: 26 jan. 
2018.
• CASTRO, R. B.; PINHEIRO, E. G. Biblioterapia para idosos: 
o que fica e o que significa. Biblionline, v. 1, n. 2, 2005. 
Disponível em: <www.biblionline.ufpb.br/Arquivos2/
SUMARIO.pdf>. Acesso em: 26 jan. 2018.
• LOBO, L. M. A biblioterapia como proposta de um 
programa para portadores de deficiência visual na 
seção Braille da Biblioteca Pública Arthur Vianna. 
Belém, 2017. 42 p. Mongrafia (Bacharelado em 
Biblioteconomia) – Faculdade de Biblioteconomia, 
Universidade Federal do Pará, Belém, 2017. Disponível 
em: <http://bdm.ufpa.br/jspui/bitstream/prefix/89/1/
TCC_BiblioterapiaPropostaPrograma.pdf>. Acesso em: 
26 jan. 2018.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em respon-
der às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos estu-
dados para sanar as suas dúvidas. 
113© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
1) Pinto (2005) faz uma crítica a alguns profissionais bibliotecários que vol-
tam suas atenções apenas para um aspecto da profissão. Na visão da au-
tora, qual é essa limitação?
a) Os bibliotecários ficam demasiadamente apegados a pesquisar os 
usuários e suas necessidades de demandas.
b) Os bibliotecários atuam, principalmente, no desenvolvimento de pes-
quisas da área, documentando práticas e produzindo saber.
c) Os bibliotecários ficam apegados à técnica, em processos tais como 
organização e disseminação da informação.
2) Em seu entendimento, quais são os dois principais itens que devem ser 
considerados para o desenvolvimento de um projeto de Biblioterapia?
3) Enumere com (1) a característica relacionada às competências pessoais e 
com (2) os conhecimentos que o bibliotecário deve ter para atuar com a 
Biblioterapia:
( ) Estabilidade pessoal.
( ) Empatia.
( ) Domínio da terminologia da área.
( ) Paciência.
4) Na elaboração de um projeto, em qual item deve ser explicitada a impor-
tância de utilizar a Biblioterapia no contexto escolhido?
a) Público-alvo.
b) Local a ser desenvolvido.
c) Justificativa.
d) Procedimento.
5) A partir de sua experiência pessoal, profissional e acadêmica, cite um gru-
po de sujeitos e um problema/característica que você gostaria de traba-
lhar com a Biblioterapia.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
114 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
1) C
2) Público-alvo e Objetivo.
3) 1, 1, 2,1
4) C
5) Pergunta aberta, que deverá ser elaborada pelo aluno.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Nesta obra, você teve a oportunidade de entrar em contato 
com conceitos e definições de Biblioterapia, além de fundamen-
tos filosóficos e psicológicos que ajudarão a ampliar sua visão do 
homem e do mundo que o cerca, adquirindo a compreensão da 
complexidade humana e aprofundando seu olhar sobre os fenô-
menos humanos.
Na Unidade 1, vimos que o uso da leitura com objetivos 
terapêuticos é bastante antigo. Desde a Idade Média, as biblio-
tecas eram consideradas lugares sagrados por guardarem os 
materiais com potencial terapêutico, ou seja, possibilitavam um 
alento para a alma.
Com relação aos conceitos de Biblioterapia, existem vários, 
criados por estudiosos na tentativa de sua definição. Todos es-
ses conceitos nos remetem à noção terapêutica da leitura e aos 
seus benefícios, na medida em que amplia a visão humana a par-
tir das experiências compartilhadas. Essa troca de experiências 
pode levar ao autoconhecimento e a uma melhor compreensão 
do outro e do mundo.
Estudamos também as duas categorias da Biblioterapia, ou 
seja, a Biblioterapia clínica e a Biblioterapia de desenvolvimento, 
115© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
sendo a primeira desenvolvida por psicólogos e profissionais que 
atuam na área da saúde e a segunda, por bibliotecários, profes-
sores e profissionais da educação.
Já a metodologia indicada para a Biblioterapia requer uma 
fase indispensável em seu processo: a fase da interpretação. Sa-
bemos que o conteúdo de um livro pode ser terapêutico, no en-
tanto, a interpretação e o diálogo que seguem a leitura do texto 
trazem o diferencial do processo de Biblioterapia. É nessa fase 
que é possível entrarmos em contato com os significados dados 
por nós e pelos outros, trocando experiências e saberes que 
podem nos tirar da angústia e nos levar a um estado de maior 
consciência.
De forma geral, as fases da Biblioterapia abordam a identi-
ficação do público-alvo; a identificação do aspecto do grupo que 
precisa ser trabalhado (pode ser uma demanda do próprio grupo 
ou uma sugestão do profissional; em ambos os casos, deve haver 
um acordo); a escolha do material a ser utilizado e a realização 
da sessão de Biblioterapia (leitura e interpretação). É importante 
lembrar que a fase da avaliação do projeto é um passo importan-
te para avaliar seu andamento, sua eficácia e sua permanência.
A Unidade 2 é fundamental para se pensar a Biblioterapia, 
pois traz as possíveis bases psicológicas e filosóficas da área. A 
discussão sobre o existencialismo fenomenológico de Merleau-
-Ponty nos dá uma base filosófica acerca da concepção do ho-
mem, trazendo toda a complexidade e a subjetividade necessá-
rias para refletirmos sobre nosso objeto de estudo e atuação. As 
noções de corpo e linguagem são desenvolvidas pelo filósofo, 
que nos chama a refletir sobre a forma como nos expressamos, 
seja pela fala (linguagem), seja pelo gesto (corpo).
116 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Já com relação às bases psicológicas, apresentamos a Teo-
ria Social Cognitiva de Albert Bandura, um dos grandes psicólo-
gos do século 20. As bases psicológicas nos ajudam a entender 
o homem no mundo, ou seja, a forma como se comporta e as 
origens de suas ações. Para Bandura, o comportamento tem raí-
zes em fatores pessoais e ambientais. Sendo assim, os comporta-
mentos variam em relação a cada pessoa, pois cada um tem ba-
gagens diferentes, influenciando as situações em que se insere.
Outro ponto importante abordado nesse tópico foi o das 
habilidades sociais, que muitas vezes são manifestadas em 
comportamentos antissociais, que podem estar ligados a práti-
cas educativas negativas oriundas de pais e responsáveis. Essa 
discussão, proposta pelos autores Del Prette e Del Prette, nos 
dá a dimensão da importância de se investir na boa orientação 
das crianças, para que se tornem adultos mais responsáveis e 
conscientes.
Na Unidade 3, entramos no mundo de possibilidades da li-
teratura, sendo ela o maior instrumento da Biblioterapia, e tam-
bém pudemos entender melhor seu processo de utilização e a 
importância de se escolher bons textos para a prática bibliotera-
pêutica. Discutimos a teoria da Estética da Recepção, que passou 
a considerar o leitor como parte fundamental do processo de 
leitura, juntamente com o autor e com o texto.
Abordamos o valor terapêutico de contar histórias, espe-
cialmente para o público infantil. Muitas vezes, é por meio das 
histórias que as crianças conseguem expressar seus sentimentos 
de angústia e solidão, por ser a linguagem de metáforas a que 
é melhor compreendida pelas crianças para esse contato com 
sentimentos dolorosos.
117© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
Falamos também sobre o potencial dos contos de fadas e 
sobre como eles são recursos valiosos para a compreensão do 
significado da própria vida e do mundo. As metáforas e o con-
teúdo subjetivo dos contos de fadas são um meio para o conta-
to com nosso mundo interior e, por isso, atuam como recurso 
terapêutico.
Uma boa oportunidade para ter contato com o universo 
literário é conhecer os chamados "booktubers" e visitar seus 
blogs e canais na internet. São pessoas que apresentam títulos 
de diferentes áreas e fazem resenhas que podem auxiliar muito 
no processo de escolha do material literário.
Na Unidade 4, apresentamos uma vasta bibliografia, que 
expressa a atuação do bibliotecário na Biblioterapia, e entramos 
em contato com relatos de atividades desenvolvidas no Brasil e 
no exterior, além de colher informações para a elaboração de um 
projeto de Biblioterapia.
Todas as experiências relatadas e as sugestões de projeto 
são uma forma de incentivar a discussão e despertar o interes-
se em introduzir essa prática em sua atuação profissional mas, 
antes de tudo, possibilitam a reflexão sobre seus próprios pro-
cessos subjetivos, sobre o contato com o outro e sobre o mundo 
que nos cerca!
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BRUNEL UNIVERSITY COUNSELLING SERVICE. Brunel Bibliotherapy Scheme “Books 
CanHelp”. Disponível em: <www.brunel.ac.uk/counselling>. Acesso em: 09 out. 2017.
118 © INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
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119© INTRODUÇÃO À BIBLIOTERAPIA 
UNIDADE 4 – A BIBLIOTERAPIA, A BIBLIOTECONOMIA E SUAS APLICAÇÕES
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