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RELATÓRIO DE AULA PRÁTICA 
IDENTIFICAÇÃO DE COCOS GRAM POSITIVOS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA
GRUPO 07 TURMA B
Bianca Volpe 0720/18
Stefanye Catezani 1098/18
Vitória Maria 0530/18
Curso: MEDICINA
Disciplina: Microbiologia I
Docentes: Prof. Dr. Estêvão Zilioli
 Profa. Dra. Márcia Zilioli Bellini
Adamantina - SP
2019
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO	4
OBJETIVOS	5
MATERIAIS E MÉTODOS	6
RESULTADOS E DISCUSSÃO	7
CONCLUSÃO	11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS	12
INTRODUÇÃO
Os cocos Gram positivos são uma coleção heterogênea de bactérias. Apresentam características comuns como a forma esférica, a reação frente à coloração de Gram e a ausência de endósporo. A presença ou a ausência da atividade de catalase é um teste simples usado para subdividir os vários gèneros. As catalases são enzimas que catalisam o peróxido de hidrogènio à água com oxigênio. Quando uma gota de solução de peróxido é colocada sobre a colônia de uma bactéria produtora de catalase, aparecem bolhas do oxigênio formado. 
Há dois gêneros de cocos gram-positivos de importância médica: Staphylococcus e Streptococcus. Dois dos mais importantes patógenos de humanos, Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes, são descritos neste capítulo. Os estafilococos e estreptococos são imóveis e não formam esporos.
Tanto os estafilococos como os estreptococos são cocos gram-positivos, apesar de serem diferenciados por dois critérios principais:
(1) Microscopicamente, os estafilococos apresentam-se como agrupamentos semelhantes a cachos de uvas, enquanto os estreptococos formam cadeias;
(2) Bioquimicamente, os estafilococos produzem catalase (i.e., degradam peróxido de hidrogênio), ao contrário dos estreptococos (Lange. 2014)
Todos os estafilococos produzem catalase ao contrário dos estreptococos (a catalase degrada H2O2 a O2 e H2O). A catalase é um importante fator de virulência, uma vez que o H2O2 é microbicida e sua degradação limita a capacidade de os neutrófilos promoveram a morte.
Três espécies de estafilococos são patógenos de humanos: S. aureus, S. epidermidis e S. saprophyticus. Das três, S. aureus é a mais importante. S. aureus distingue-se das demais principalmente pela produção de coagulase. A coagulase é uma enzima que provoca a coagulação do plasma por ativar a protrombina, originando trombina. A trombina, então, catalisa a ativação de fibrinogênio, originando o coágulo de fibrina. S. epidermidis e S. saprophyticus são frequentemente referidos como estafilococos coagulase-negativos (Lange. 2014)
Além disso, será falado sobre os micro-organismos do gênero Enterococcus são cocos Gram-positivos e apresentam necessidades nutricionais variáveis e o crescimento pode requerer meios complexos, contendo soro ou sangue. A temperatura ótima de crescimento é de 35ºC, porém, a maioria das amostras tolera temperaturas que variam de 10ºC a 45ºC. Os enterococos são distribuídos em ambientes diversos. Nos seres humanos fazem parte da microbiota do trato gastrintestinal, da cavidade oral e do trato geniturinário. Estes microorganismos podem tolerar temperaturas equivalentes a 60ºC por até 30 minutos e são capazes de crescer em meios contendo cloreto de sódio a 6,5% (11) (Rev. brasileira de odontol. 2011) 
OBJETIVOS
Identificar cocos gram positivos através de provas bioquímicas, utilizando-se o teste de catalase, coagulase e hemolisina
MATERIAIS E MÉTODOS
MATERIAIS
Placas de Petri com meio de cultivo Ágar SANGUE
Cultura de patógenos humanos, denominadas A, B, C e D, semeadas previemente em meio àgar SANGUE 
Lamina de vidro
Peroxido de hidrogeneo 3%
Plasma sanguíneo
Alça de Platina para inoculação 
Swab estéril 
Álcool 70%;
Bico de Bunsen;
Papel toalha;
Canetas para escrever nas placa;
Estufa de cultivo microbiológico.
 3.2 METODOLOGIA
Para realização do procedimento foi utilizada placas de petri com culturas de bactérias que se encontrava em meio de Ágar Sangue, onde essas culturas foram denominadas uma D e a outra E, por serem bactérias diferentes. Essas bactérias em experimentos anteriores já fora descoberto a sua classificação, gram positiva. Para descobrir a que família essas pertenciam foi necessário alguns experimentos para identificar as bactérias. O primeiro foi a realização da Prova Catalase onde foi utilizado lâminas (previamente identificadas em D e E, cada uma) com gotejo de Peróxido de Hidrogênio 3%, e com o auxílio da alça de platina (previamente aquecida) colocou-se uma pequena quantidade de cultura D, na lâmina com identificação D e um pouco de cultura E na lâmina E. Tal procedimento tem resultado espontâneo. Esse experimento é observado na figura 01 e 02. O segundo procedimento foi Teste Coagulase, onde fez uso de dois tubos contendo plasma sanguíneo, que foi previamente identificados de D e E, logo após a identificação com o auxílio da alça de platina (previamente aquecida) inoculou-se a cultura D no tubo D e a cultura E no tudo E. Após a inoculação foi necessário deixar quatro horas os tubos de ensaio na incubadora, a 37°C. Essa experimento pode ser visto na figura 03 e 04. O último teste foi o Teste da Hemolisina, onde utilizou duas placas que continha as bactérias e uma foi denominada de D e a outra de E. Essas placas continham meio sólido contendo 5% de sangue. Observado na figura 05.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Foi feito vários testes para identificarmos as bactérias gram-positivas de duas inoculações, que chamamos de D e E.Os testes foram o de Catalase, Coagulase e o de Hemólise.
4.1.Teste de Catalase: Nesse teste vamos usar o peróxido de hidrogênio para ver se há formação de CO2 na presença da bactéria D e E, e isso será percebido pela formação de bolhas nesse contato. Quando há esse borbulhamento é porque a bactéria ali presente é catálise positiva e é do tipo Staphylococcus, já quando não há o borbulhamento é porque a bactéria é catálise negativa e pode ser do tipo Streptococcus ou Enterococcus. Essa reação acontece porque a bactéria transforma o peróxido de hidrogênio em oxigênio e água, pois essa substância apresentaria uma ação tóxica sobre a bactéria, então o teste de catalase é um mecanismo de defesa para a bactéria contra células fagocitárias. 
Como vemos, na figura 1 houve o borbulhamento mostrando que a bactéria D é catalase positiva, sendo assim o Staphylococcus.
Já na figura 2 não houve o borbulhamento mostrando que a bactéria E é catalase negativa, sendo assim pode ser Enterococcus ou Streptococcus.
Figura. 01 Figura.02
4,2. Teste de Coagulase: Nesse teste usamos plasma sanguíneo (de equino) que estavam em tubos de ensaio, onde colocamos os dois tipos diferentes de bactérias a D e a E, cada uma em um tubo de ensaio. Após a inoculação da bactéria nesse plasma, esses tubos de ensaio foram incubados a 37 graus por 4 horas para que pudesse formar ou não a coagulase, que é uma gelatina. Se após essa inoculação houve a formação dessa gelatina, isso significa que houve catalase positiva e a bactéria ali presente é a Staphylococcus aureus; se caso não houve a formação dessa gelatina é porque a bactéria ali presente seria uma Staphylococcus coagulase negativa ou Streptococcus ou Enterococcus. Essa reação acontece porque há a conversão do fibrinogênio em fibrina, independente da presença de fatores de coagulação sanguínea, provocando a deposição de fibrina em torno do microorganismo e dificultando a fagocitose celular.
Como vemos nas figuras 3 e 4 abaixo, no tubo de ensaio D houve a formação de gelatina, então ali há a presença da bactéria Staphylococcus aureus. Já em E não houve a formação da gelatina, pois o plasma não tem interação com o Streptococcus/Enterococcus (como já tínhamos descoberto o que eles eram no teste de catálise).
Figura. 03 Figura. 04
4.3. Teste de Hemólise: Nesse teste usamos o Ágar Sangue para inocular essas bactérias, por causa que os Estreptococos são nutricionalmente exigentes e só se proliferam no ÁgarSangue. Se após 48 horas da inoculação destas bactérias houve a hemólise das células do Ágar Sangue, é porque aquela bactéria é hemólise positiva que indica Streptococcus; já se após essas horas não houve hemólise ela será considerada hemólise negativa que indica a presença de Enterococcus. A hemólise é percebida quando o Ágar muda de cor, ele passa de vermelho para laranja ou até amarelo e as bactérias ali introduzidas ficam maiores e mais brancas. Quando observamos hemólise positiva será Streptococcus, contudo ela pode ser alfa-hemólise (mais branda) ou beta-hemólise (mais forte); já nas hemólise negativas será Enterococcus e será chamada de gama-hemólise,mas essas diferenças não serão observadas nesse experimento.
Observamos na figura 05 abaixo que a bactéria E está mais clara, então vemos que ela é a bactéria hemolítica ou Streptococcus. E a bactéria em D permaneceu igual, pois é uma bactéria não hemolítica, que foi comprovada nos outros testes há presença do Staphylococcus aureus.
 
 Figura. 05
Achados clínicos sobre o teste da Coagulase:
 As importantes manifestações clínicas causadas por S. aureus podem ser divididas em dois grupos: as piogênicas e as mediadas por toxina S. aureus é uma importante causa de infecções de pele, tecido mole, ossos, articulações, pulmões, coração e rins. 
A. Staphylococcus aureus: aureus: doenças piogênicas
 Infecções de pele são muito comuns. Elas incluem impetigo, furúnculos, paroníquia, 
celulite, foliculite, hidradenite supurativa, conjuntivite, infecções de pálpebras (blefarite) e infecções de mama pós-parto (mastite).
Infecções necrotizantes graves de pele e tecidos moles são causadas por linhagens de S. aureus resistentes à meticilina que produzem a leucocidina P-V. Essas infecções são tipicamente adquiridas na comunidade, em vez de adquiridas em hospitais. A septicemia (sepse) pode originar-se a partir de qualquer lesão localizada, especialmente infecções de ferimentos, ou como resultado do uso abusivo de fármacos intravenosos. A sépsis causada por S. aureus exibe características clínicas similares àquelas da sépsis causada por certas bactérias gram-negativas, como Neisseria meningitidis.
5. CONCLUSÃO
 
 Após esses três testes (Catalase, Coagulase e Hemólise) percebemos que a bactéria D é uma Staphylococcus aureus, pois é uma catalase e coagulase positiva; e percebemos que a bactéria E é um Streptococcus, pois sua hemólise deu positiva.
 Concluímos que o teste mais rápido para identificar a presença de Staphylococcus é o de catalase, que acontece na hora que a bactéria entra em contato com o peróxido de hidrogênio.
6.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Tortora, G. J., Funke, B. R. e Case, C. L. Microbiologia: 12ª ed. - Porto Alegre: Artmed, 2017.
BROOKS, Geo. F. et al. Microbiologia médica de Jawetz, Melnick e Adelberg. 26. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014. 
(JUNIOR, Rafael. Revista Brasileira de Odontologia. acesso em 04/05/2019)
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/245-966-1-PB%20(1).pdf 
André Luis dos Santos1, Dilvani Oliveira Santos2, Cícero Carlos de Freitas2, Bruno Leal Alves
Ferreira3, Ilídio F. Afonso4, Carlos Rangel Rodrigues4, Helena C. Castro2, 
Staphylococcus aureus visitando uma cepa de importância hospitalar.
Anvisa acesso em 04-05-2019:
http://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/intr_sta3.m

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