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RESENHA CRÍTICA - A COR DO PARAÍSO

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RESENHA CRÍTICA: “A COR DO PARAÍSO” 
DÁBRIO JÚNIOR VITÓRIO VIEIRA 1 
O filme A Cor do Paraíso de origem Iraniana lançado em 2000 foi dirigido e roteirizado por Majid 
Majidi, em 1998, Majidi foi o único diretor a ser indicado para o prêmio da academia para melhor 
filme em língua estrangeira, com o filme Filhos do Paraíso, de 1998. Entretanto ele perdeu o Oscar 
para o filme A Vida É Bela, de Roberto Benigni. 
O filme com qualidade visual ruim aborda a realidade de um menino Mohammad, deficiente visual em 
uma escola para cegos. O drama, apesar de fictício, retrata a realidade nas mais variadas culturas e 
países tornando o filme um relato social em que a desigualdade social e as fatalidades da vida forçam 
as pessoas a tomar medidas incoerentes, as vezes extremas e irracionais. 
Outro ponto nítido abordado pelo filme é o preconceito com os deficientes visuais que mesmo sendo 
capazes de desenvolver atividades como as pessoas sem deficiência, não gozam de respeito e igualdade 
social, nem mesmo pelos entes mais próximos, em que em nome da humanidade, a sentimentalidade, 
deveria fazer seu papel. Este fato é observado pela vergonha que o pai de Mohammad tem de sua 
deficiência, planejando até mesmo casar-se para desfazer-se do filho. O filme muito bem posicionado 
retrata que a cegueira não limita as pessoas a viverem plenamente, isso é retratado nas cenas em que o 
menino toca, cheira, ouve, fala, ou seja, suprindo a deficiência com outros sentidos. Também é 
importante ressaltar que por sua capacidade auditiva aumentada Mohamad, não só, identifica os 
pássaros, como cria metalinguagem para comunicar-se. 
O autor aborda ainda outros pontos relevantes tal qual a religião como meio de coercibilidade de 
condição e coexistência citados em várias cenas, entretanto, chamou-me atenção para o momento em 
que o menino sob pressão, expressa seu imenso desacerto com a significância espiritual e questiona a 
própria condição e a condição de sua santidade vista a falta de concretude a necessidade de desabafo 
na estadia deprimente de sua jornada. 
Por fim o filme retrata a condição trágica das fatalidades e das más escolhas levando o personagem 
principal a uma morte fatídica, porém premeditada e baseada na religiosidade e pureza de uma criança 
inocente sofrendo a perversidade do mundo. O filme reflexivo reforça a necessidade de consciência, 
de amor ao próximo e de observar as situações com ângulos diferentes, por outro lado numa vertente 
espiritual pode-se deixar mostrar o lado bom que se tem e a sua essência plena, acreditando nos 
princípios de bondade, solenidade, humildade[...] afinal, no fim da vida e no fim de todos os obstáculos 
encontrar-se-á o paraíso. 
 
1 Discente 2º Período de Letras Português – Unimontes Campi Unaí.

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