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Ação de obrigação de fazer cc dano moral

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_____________________________________________________________ 
Rua Juvenal Lamartine, 300 – Sala 02 AKS Empresarial │ Mossoró-RN 
(84)98798-5555 │ laurianosilveira@hotmail.com 
JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE MOSSORÓ - RN. 
 
 
 
 
 LAURIANO VASCO DA SILVEIRA, brasileiro, advogado, inscrito na 
OAB/RN sob nº 7.892, com endereço na Av. Rio Branco, 3321, Bairro Santo Antônio, 
Ap. 202, Bloco B, na cidade de Mossoró/RN, CEP 59.619-400, vem, à presença de 
Vossa Excelência, ajuizar 
 
AÇÃO DE OBRIGAÇÃO DE FAZER C/C INDENIZAÇÃO POR DANO 
MORAL C/C PEDIDO LIMINAR 
 
em face de BANCO SANTANDER S.A., pessoa jurídica de direito privado, 
inscrita no CNPJ sob nº 90.400.888/0001-42, com sede na Rua Cel Vicente Saboia, 
n° 17, Centro, Mossoró - RN, CEP 59600-120; e ZURICH SANTANDER BRASIL 
SEGUROS E PREVIDÊNCIA S/A, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no 
CNPJ sob nº 87.376.109/0001-06, , com sede na Av Presidente Juscelino 
Kubitschek, n° 2041, BLOCO A ANDAR 20, Vila Olímpia, São Paulo – SP, CEP 
04.543-011, pelos motivos e fatos que passa a expor. 
 
OBJETO DA AÇÃO 
Declarar a inexistência de débito com relação aos contratos 
UG445600023854393432 e UG445600023628443532 face a existência de seguro 
prestamista acionado e indenização por dano moral por manutenção da 
negativação mesmo após a liquidação no sistema. 
 
_____________________________________________________________ 
Rua Juvenal Lamartine, 300 – Sala 02 AKS Empresarial │ Mossoró-RN 
(84)98798-5555 │ laurianosilveira@hotmail.com 
1. DOS FATOS 
2. Na data de 22/09/2019 o autor fora dispensado sem justa causa do cargo 
de professor na Apec. 
 
3. Possuía dois contratos de crédito consignado com o Santander 
(UG445600023854393432 e UG445600023628443532) na data do desligamento, 
quando ficou inadimplente. 
 
4. Informado que detinha seguro prestamista nos contratos de crédito 
consignado, Ligou para a Central Santander para acionar os seguros. 
 
5. Informado pela Central de que teria que ligar para a Zurich Seguros o fez, 
no entanto pediram para entrar em contato com a agência de cadastro. 
 
6. Requereu via telefone e e-mail junto à agência Santander que se acionasse 
o seguro, e sua gerente de relacionamento Yelena Medeiros pediu que fosse 
pessoalmente até a agência. 
 
7. Na data de 18/02/2020 foi até a agência Santander e, atendido por Lana 
Dalila, fora informado que a gerente só voltaria no fim do mês, mas que o seguro 
tinha sido acionado e os contratos estavam liquidados. 
 
8. Comprovações por e-mails em anexo. 
 
9. Em 29/03/2020, 41 dias após a Ré ter dito ao autor que havia liquidado os 
contratos, o autor teve crédito negado pelo Hipercard (doc. Anexo). 
 
 
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10. Consulta ao Boa Vista em 03/04/2020 confirmou a negativação em razão 
dos contratos UG445600023854393432 e UG445600023628443532 junto ao 
Santander. 
 
11. Inconformado com o constrangimento infundado, vendo-se impedido de 
poder adquirir produtos no comércio, o Autor busca a inexistência de débito com 
relação aos contratos UG445600023854393432 e UG445600023628443532 face a 
existência de seguro prestamista e imediata retirada da inscrição no cadastro de 
inadimplentes bem como a composição do dano moral sofrido por abalo de 
crédito. 
 
12. DO SEGURO PRESTAMISTA 
 
13. Ao firmar contrato de crédito consignado com a Ré 
(UG445600023854393432 e UG445600023628443532) o autor contratou junto 
seguro prestamista, que, na definição do contrato de seguro em anexo, protege o 
contratante na hipótese de desemprego involuntário (doc. Anexo): 
 
14. “Desemprego Involuntário: é a rescisão do contrato de trabalho por parte e 
vontade única e exclusiva do empregador, sem justa causa e desde que não seja decorrente 
de Programas de Demissão Voluntária (PDV) ou outras formas de desligamento não 
cobertas, estabelecidas nestas condições gerais (pg. 02)” 
 
15. “3.4. Desemprego Involuntário para Pagamento de Parcelas Vincendas: Garante 
ao beneficiário, o recebimento de indenização, limitada ao valor e número de parcelas 
vincendas estabelecido no Contrato de Seguro, referente a contrato prévio firmado pelo 
 
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segurado junto ao estipulante, em caso de desemprego involuntário ocorrido durante o 
período de vigência do seguro individual. (pg. 08)” 
 
16. “5.6. Condições de elegibilidade para a cobertura de Desemprego Involuntário 
para Pagamento de Parcelas Vincendas: a. O segurado deve ser pessoa física e possuir 
vínculo com o estipulante, conseqüente do contrato prévio firmado; b. o segurado deve ser 
trabalhador formal, contratado por meio de contrato de trabalho registrado em carteira 
profissional (CTPS) no regime da Consolidação da Leis Trabalhistas; c. a cada sinistro, 
na data do desligamento o segurado deve ter preenchido o requisito de período mínimo de 
trabalho ininterrupto no mesmo empregador do qual foi desligado, conforme estabelecido 
no Contrato deste seguro; d. que o desligamento tenha ocorrido posteriormente ao término 
do período de carência, previsto no Contrato, e; f. que após o cumprimento da franquia 
estabelecida no Contrato deste seguro, o segurado comprove estar desempregado e 
comprove a existência de saldo devedor ou parcelas vincendas. (pg. 12 e 13)” 
 
17. O Autor junta comprovação de que fora desligado involuntariamente do 
emprego na data de 22/09/2019, é, pois, de rigor, que o seguro cubra as parcelas 
dos contratos. 
 
18. DO ENQUADRAMENTO NO CÓDIGO DE DEFESA DO 
CONSUMIDOR 
 
19. A norma que rege a proteção dos direitos do consumidor, define, de forma 
cristalina, que o consumidor de produtos e serviços deve ser abrigado das 
condutas abusivas de todo e qualquer fornecedor, nos termos do art 3º do 
referido Código. 
 
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-3
 
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20. No presente caso, tem-se de forma nítida a relação consumerista 
caracterizada, conforme redação do Código de defesa do Consumidor: 
 
21. Lei. 8.078/90 - Art. 3º. Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou 
privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem 
atividades de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, 
exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços. 
 
22. Lei. 8.078/90 - Art. 2º. Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire 
ou utiliza produto ou serviço como destinatário final. 
 
23. Assim, uma vez reconhecido o Autor como destinatário final dos 
serviços contratados, e demonstrada sua hipossuficiência técnica, tem-se 
configurada uma relação de consumo, conforme entendimento doutrinário sobre 
o tema: 
 
24. "Sustentamos, todavia, que o conceito de consumidor deve ser interpretado a 
partir de dois elementos: a) a aplicação do princípio da vulnerabilidade e b) 
a destinação econômica não profissional do produto ou do serviço. Ou seja, em 
linha de princípio e tendo em vista a teleologia da legislação protetiva deve-se identificar o 
consumidor como o destinatário final fático e econômico do produto ou serviço." 
(MIRAGEM, Bruno. Curso de Direito do Consumidor. 6 ed. Editora RT, 2016. 
Versão ebook. pg. 16) 
 
25. Ademais, a sujeição das instituições financeiras às disposições do Código 
de Defesa do Consumidor foi declaradaconstitucional pelo Plenário do Supremo 
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-3
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-2
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
 
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Tribunal Federal no julgamento da ação direta de inconstitucionalidade 2.591/DF 
DJU de 13.4.2007, p. 83. 
 
26. Trata-se de redação clara da Súmula 297 do Superior Tribunal de Justiça, 
que assim dispõe: 
 
27. O Código de Defesa do consumidor é aplicável às instituições 
financeiras. 
 
28. Com esse postulado, o Réu não pode eximir-se das responsabilidades 
inerentes à sua atividade, dentre as quais prestar a devida assistência técnica, 
visto que se trata de um fornecedor de produtos que, independentemente de 
culpa, causou danos efetivos a um de seus consumidores. 
 
29. DOS DANOS MORAIS 
 
30. Conforme demonstrado, a empresa ré ao manter indevidamente o Autor 
no rol de inadimplentes, deixou de cumprir com sua obrigação primária de zelo 
e cuidado com as informações que gere, expondo o Autor a um constrangimento 
ilegítimo, gerando o dever de indenizar. 
 
31. No presente caso, a Ré mantém o Autor inscrito no cadastro de 
inadimplentes já há 45 dias, ou seja, em prazo superior ao estabelecido para a 
baixa após o pagamento (máximo 5 dias úteis), gerando o dever de indenizar, 
conforme precedentes sobre o tema: 
 
https://modeloinicial.com.br/lei/129814/-/num-297
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
 
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32. APELAÇÃO CÍVEL. NEGÓCIOS JURÍDICOS BANCÁRIOS. AÇÃO 
DECLARATÓRIA DE INEXISTÊNCIA E/OU INEXIGIBILIDADE DE DÉBITO, 
CANCELAMENTO DE INSCRIÇÃO NOSPCE COMPENSAÇÃO POR DANOS 
MORAIS. DANO MORAL. INSCRIÇÃO NEGATIVA. DEMORA NA 
EXCLUSÃO OU BAIXA. (...). A extinção de obrigação que originou registro 
negativo em órgãos de proteção ao crédito impõe ao credor adotar providência 
para exclusão ou baixa pelo credor no prazode 05 dias úteis por analogia ao 
previsto no § 3º do art. 43 do CDC , na linha de precedente do e. STJ. (...). 
- Circunstância dos autos em que o débito foi quitado por meio de acordo nos 
autos da ação revisional; a inscrição do nome da parte autora nos cadastros 
negativos de crédito permaneceu até o ajuizamento da ação; e se impõe 
condenar a parte ré pelos danos morais. RECURSO PROVIDO. (Apelação Cível 
Nº 70074888041, Décima Oitava Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: 
João Moreno Pomar, Julgado em... 24/10/2017). 
 
33. Cabe destacar que o prazo limite de 5 dias é entendimento pacificado no 
STJ ao aplicar por analogia o Art. 43, §3º do CDC - REsp 1.149.998. 
 
34. Trata-se de dano inequívoco, uma vez que afeta diretamente a honra e a 
dignidade da pessoa, além de afetar o seu cadastro positivo. 
 
35. A Lei n. 12.414/2011, também conhecida de lei do "cadastro positivo", além 
de disciplinar a formação e consulta a banco de dados, estabelece que a formação 
deste banco de dados ocorrerá com as informações de adimplemento e histórico 
do consumidor para fins de influenciar na concessão de crédito: 
 
36. Art. 2º Para os efeitos desta Lei, considera-se: 
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-43,par-3
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-43
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-43
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor/art-43,par-3
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/L-12414-2011
https://modeloinicial.com.br/lei/26756/-/art-2
 
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37. I - banco de dados: conjunto de dados relativo a pessoa natural ou jurídica 
armazenados com a finalidade de subsidiar a concessão de crédito, a realização de venda a 
prazo ou de outras transações comerciais e empresariais que impliquem risco financeiro; 
 
38. Portanto, a inscrição indevida como inadimplente fere frontalmente a 
imagem e o histórico do Autor de cadastro positivo, influenciando em créditos 
futuros. 
 
39. Trata-se de dano que independe de provas, conforme entendimento 
jurisprudencial: 
 
40. Ação declaratória de inexistência de débito, cumulada com pedido de indenização 
por danos morais. Sentença de parcial procedência da pretensão inicial. 1(...). 2. Contrato 
de fornecimento de cartão de crédito. Arrependimento do consumidor. Existência de 
cláusula contratual no sentido de que a adesão ao negócio será realizada por meio do 
desbloqueio do cartão ou mediante a realização da primeira compra. Inexistência de 
comprovação nesse sentido. Ilegalidade da cobrança referente à taxas, anuidade e seguro. 
3- Dano moral caracterizado. Nome do autor que foi levado a protesto público. 
Pecha de inadimplente que gera abalo bem acima do mero transtorno da vida em 
sociedade. Dano in re ipsa. Indenização devida. Verba fixada de forma adequada 
(R$ 10.000,00). Sentença mantida. Recurso improvido. (TJSP; Recurso Inominado Cível 
1011158-16.2018.8.26.0451; Relator (a): Rogério de Toledo Pierri; Órgão Julgador: 1ª 
Turma Recursal Cível; N/A - N/A; Data do Julgamento: 12/02/2019; Data de Registro: 
14/02/2019) 
 
41. APELAÇÕES CÍVEIS - AÇÃO DE INDENIZAÇÃO - INSCRIÇÃO 
INDEVIDA - LEGITIMIDADE PASSIVA - SPC/SERASA- VERIFICAÇÃO - 
https://modeloinicial.com.br/lei/26756/-/art-2,inc-I
 
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ILICITUDE DA NEGATIVAÇÃO - DANO MORAL IN RE IPSA- DEVER DE 
INDENIZAR - QUANTUM INDENIZATÓRIO - REDUÇÃO - SCPC (Serviço 
Central de Proteção ao Crédito), assim como SPC e SERASA, é um serviço de cadastros 
de crédito, gerido pela BOA VISTA SERVIÇOS S/A, logo não há que se falar em 
ilegitimidade passiva desta -Operam-se in re ipsa os danos morais decorrentes de 
inscrição em cadastro de inadimplentes levada a efeito sem prévia comunicação 
da iminência da negativação à pessoa atingida -O valor fixado a título de 
indenização deve ser congruente com a extensão do dano moral verificado, para que 
cumpra satisfatoriamente sua finalidade compensatória, sem implicar, por outro lado, 
enriquecimento sem causa da vítima. (TJ-MG - AC: 10000181242728001 MG, Relator: 
Domingos Coelho, Data de Julgamento: 23/01/2019, Data de Publicação: 25/01/2019) 
 
42. DANOS MORAIS - Apontamento indevido de valor junto ao SERASA e 
SPC que, por si só, gera o direito à reparação pelos danos morais, que se 
presumem existentes ante as graves consequências que a medida provoca - Dano 
"in re ipsa" - Indenização devida - Valor ora fixado em R$ 10.000,00, pois tal montante 
se reputa adequado, levando-se em conta as condições da autora-vítima e da ré, que é uma 
das maiores empresas de telefonia do país - Caráter coibitivo da condenação, a fim de se 
reprimir novas condutas assemelhadas - Correção monetária - Dano moral - Incidência a 
partir do arbitramento, com base na Súmula 362, do C. STJ - Juros de mora de 1% ao mês 
a partir do evento danoso, consoante a Súmula 54 do C. STJ, por se tratar de ilícito 
extracontratual - Não aplicação nocaso em tela da Súmula 385 do C. STJ - Existência de 
negativação posterior à discutida na presente ação - Sentença parcialmente reformada - 
Recurso provido. (TJ-SP - AC: 11209961120178260100 SP 1120996-11.2017.8.26.0100, 
Relator: José Augusto Genofre Martins, Data de Julgamento: 17/04/2019, 31ª Câmara de 
Direito Privado, Data de Publicação: 17/04/2019) 
https://modeloinicial.com.br/lei/129814/-/num-362
https://modeloinicial.com.br/lei/129814/-/num-54
https://modeloinicial.com.br/lei/129814/-/num-385
 
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43. APELAÇÃO CÍVEL. INSCRIÇÃO INDEVIDA NO SPC/SERASA. 
(...)APELANTE TRAZ AOS AUTOS DOCUMENTOS ONDE COMPROVA 
QUITAÇÃO DA PARCELA TIDA COMO NÃO PAGA. INCIDÊNCIA 
DO CDC. RESPONSABILIDADE OBJETIVA DANO MORAL. IN RE 
IPSA. ÔNUS PROBATÓRIO. INCIDÊNCIA. AUSÊNCIA DE JUSTIFICATIVA DA 
CONDUTA. RESPONSABILIDADE OBJETIVA. CARÁTER IN RE IPSA. DANO 
MORAL CONFIGURADO. SENTENÇA REFORMADA. APELO PROVIDO. (TJ-
BA - APL: 00038636920018050080, Relator: Gardenia Pereira Duarte, Quarta Câmara 
Cível, Data de Publicação: 21/05/2019) 
 
44. Portanto, devido o reconhecimento do dano moral. 
 
45. DO QUANTUM INDENIZATÓRIO 
 
46. O quantum indenizatório deve ser fixado de modo a não só garantir à parte 
que o postula a recomposição do dano em face da lesão experimentada, mas 
igualmente deve, servir de reprimenda àquele que efetuou a conduta ilícita, como 
assevera a doutrina: 
 
47. "Com efeito, a reparação de danos morais exerce função diversa daquela dos danos 
materiais. Enquanto estes se voltam para a recomposição do patrimônio ofendido, por meio 
da aplicação da fórmula "danos emergentes e lucros cessantes" (CC, art. 402), aqueles 
procuram oferecer compensação ao lesado, para atenuação do sofrimento havido. De outra 
parte, quanto ao lesante, objetiva a reparação impingir-lhe sanção, a fim de que 
não volte a praticar atos lesivos à personalidade de outrem." (BITTAR, Carlos 
Alberto. Reparação Civil por Danos Morais. 4ª ed. Editora Saraiva, 2015. Versão 
Kindle, p. 5423) 
https://modeloinicial.com.br/lei/CDC/codigo-defesa-consumidor
https://modeloinicial.com.br/lei/CC/codigo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CC/codigo-civil/art-402
 
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48. Neste sentido é a lição do Exmo. Des. Cláudio Eduardo Regis de 
Figueiredo e Silva, ao disciplinar o tema: 
 
49. "Importa dizer que o juiz,ao valorar o dano moral,deve arbitrar uma quantia 
que, de acordo com o seu prudente arbítrio,seja compatível com a reprovabilidade da 
conduta ilícita, a intensidade e duração do sofrimento experimentado pela 
vítima, a capacidade econômica do causador do dano, as condições sociais do 
ofendido, e outras circunstâncias mais que se fizerem presentes" (Programa de 
responsabilidade civil. 6. ed., São Paulo: Malheiros, 2005. p. 116). No mesmo sentido 
aponta a lição de Humberto Theodoro Júnior: [...] "os parâmetros para a estimativa da 
indenização devem levar em conta os recursos do ofensor e a situação econômico-social do 
ofendido, de modo a não minimizar a sanção a tal ponto que nada represente para o agente, 
e não exagerá-la, para que não se transforme em especulação e enriquecimento 
injustificável para a vítima. O bom senso é a regra máxima a observar por parte dos 
juízes" (Dano moral. 6. ed., São Paulo: Editora Juarez de Oliveira, 2009. p. 61). 
Complementando tal entendimento, Carlos Alberto Bittar, elucida que"a indenização 
por danos morais deve traduzir-se em montante que represente advertência ao 
lesante e à sociedade de que se não se aceita o comportamento assumido, ou o 
evento lesivo advindo.Consubstancia-se, portanto, em importância compatível com o 
vulto dos interesses em conflito, refletindo-se, de modo expresso, no patrimônio do lesante, 
a fim de que sinta, efetivamente, a resposta da ordem jurídica aos efeitos do resultado 
lesivo produzido. Deve, pois, ser quantia economicamente significativa, em razão das 
potencialidades do patrimônio do lesante"(Reparação Civil por Danos Morais, RT, 
1993, p. 220). Tutela-se, assim, o direito violado. (TJSC, Recurso Inominado n. 
0302581-94.2017.8.24.0091, da Capital - Eduardo Luz, rel. Des. Cláudio Eduardo 
Regis de Figueiredo e Silva, Primeira Turma de Recursos - Capital, j. 15-03-2018) 
 
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50. Ou seja, enquanto o papel jurisdicional não fixar condenações que sirvam 
igualmente ao desestímulo e inibição de novas práticas lesivas, situações como 
estas seguirão se repetindo e tumultuando o judiciário. 
 
51. Portanto, cabível a indenização por danos morais, E nesse sentido, a 
indenização por dano moral deve representar para a vítima uma satisfação capaz 
de amenizar de alguma forma o abalo sofrido e de infligir ao causador sanção e 
alerta para que não volte a repetir o ato, uma vez que fica evidenciado completo 
descaso aos transtornos causados. 
 
52. DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
53. Nos termos do Art. 300 do CPC/15, "a tutela de urgência será concedida 
quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo 
de dano ou o risco ao resultado útil do processo." 
 
54. No presente caso tais requisitos são perfeitamente caracterizados, 
vejamos: 
 
55. PERICULUM IN MORA - O risco da demora fica demonstrado diante da 
continuidade da cobrança indevida, bem como pela inscrição irregular em 
cadastro negativo de crédito, fato que vem gerando inúmeros transtornos e 
constrangimentos, o que deve cessar imediatamente, conforme precedentes sobre 
o tema: 
 
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-300
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
 
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56. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA - Ação de declaratória de nulidade de ato 
jurídico c.c. indenizatória por danos morais - Suspensão de cobranças não 
reconhecidas, relativas a cartão de crédito - Presença dos requisitos exigidos 
para a concessão da medida - Decisão mantida - Recurso não provido. (TJSP; 
Agravo de Instrumento 2252964-59.2017.8.26.0000; Relator (a): Paulo Pastore 
Filho; Órgão Julgador: 17ª Data de Registro: 01/03/2018) 
 
57. FUMUS BUNI IURIS - A probabilidade do direito fica perfeitamente 
demonstrada diante da comprovação do abuso sofrido pelo Autor, diante de um 
constrangimento ilegal. Assim, conforme destaca a doutrina, não há razão lógica 
para aguardar o desfecho do processo, quando diante de direito inequívoco: 
 
58. "Se o fato constitutivo é incontroverso não há racionalidade em obrigar o autor a 
esperar o tempo necessário à produção da provas dos fatos impeditivos, modificativos ou 
extintivos, uma vez que o autor já se desincumbiu do ônus da prova e a demora inerente 
à prova dos fatos, cuja prova incumbe ao réu certamente o beneficia." (MARINONI, 
Luiz Guilherme. Tutela de Urgência e Tutela da Evidência. Editora RT, 2017. 
p.284) 
 
59. Assim, requer a imediata retirada da inscrição do Autor do cadastro de 
inadimplentes, sob pena de multa diária, conforme precedentes sobre o tema: 
 
60. AGRAVO DE INSTRUMENTO - INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS 
E MATERIAIS - LIMINAR - CADASTRO DE INADIMPLENTES - PRAZO 
EXÍGUO. Se foi instaurada discussão sobre o débito é porque o devedor não 
reconhece a dívida ou a sua integralidade, razão pela qual a inscrição de seu 
nome em cadastros de maus pagadores no curso do litígio, é abusiva. A multa_____________________________________________________________ 
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diária fixada para o caso de descumprimento da ordem judicial tem o objetivo de 
forçar a parte a cumprir a obrigação estipulada na decisão. Considera-se 
suficiente o prazo de 3 dias para retirada do nome do consumidor, do SPC. (TJ-
MG - AI: 10000170546097001 MG, Relator: Evangelina Castilho Duarte, Data de 
Julgamento: 07/11/0017, Câmaras Cíveis / 14ª CÂMARA CÍVEL, Data de 
Publicação: 09/11/2017) 
 
61. Requer-se, assim, que o Poder Judiciário, determine a retirada imediata 
do nome do autor do cadastro de inadimplentes. 
 
62. DOS PEDIDOS 
 
63. Por todo o exposto, REQUER: 
1. A justiça gratuita na forma da lei; 
2. O deferimento da tutela de urgência para determinar que o Réu exclua 
imediatamente o nome do Autor do cadastro de inadimplentes; 
3. A total procedência da ação para, confirmar a tutela de urgência se 
concedida, determinando a exclusão do nome do Autor do cadastro de 
inadimplentes, por manifestamente ilegal 
2.1 A declaração de inexistência de débito com as Rés, relativamente aos 
contratos UG445600023854393432 e UG445600023628443532, uma vez que 
possuem seguro prestamista e foram acionados e contratos liquidados conforme 
declaração da funcionária; 
2.2 Sucessivamente, requer a condenação do Réu a pagar ao requerente um 
quantum a título de danos morais, não inferior a R$ 10 mil reais, considerando as 
condições das partes, principalmente o potencial econômico-social da lesante, a 
gravidade da lesão, sua repercussão e as circunstâncias fáticas; 
 
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4. A condenação do réu ao pagamento de honorários advocatícios nos 
parâmetros previstos no art. 85, §2º do CPC. 
DOS REQUERIMENTOS 
1. A citação do Réu para responder, querendo; 
2. A inversão do ônus da prova, uma vez que se trata de relação de consumo; 
3. A produção de todas as provas admitidas em direito, em especial 
a intimação das senhoras Yelena Medeiros e Lana Dalila, bem como a requisição 
da gravação das imagens da agência Santander Mossoró no dia 18/02/2020; 
4. Seja acolhida a manifestação do interesse na audiência conciliatória, nos 
termos do Art. 319, inc. VII do CPC. 
 
Dá-se à causa o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais). 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento. 
 
Mossoró (RN), 03 de abril de 2020. 
 
 
 
Lauriano Silveira 
OAB/RN 7.892 
 
 
 
 
 
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-85
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-85,par-2
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil/art-319,inc-VII
https://modeloinicial.com.br/lei/CPC/codigo-processo-civil
 
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ROL DE TESTEMUNHAS 
1. YELENA MEDEIROS, podendo ser encontrada na agência Santander 
Mossoró, Rua Cel Vicente Saboia, n° 17, Centro, Mossoró - RN, CEP 59600-120 
2. LANA DALILA, podendo ser encontrada na agência Santander Mossoró, 
Rua Cel Vicente Saboia, n° 17, Centro, Mossoró - RN, CEP 59600-120