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1 - Organização da Educação Básica -ATUALIZADA

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Organização da Educação 
Básica
Paulo Antônio Machado
Organização da Educação Básica
Paulo Antônio Machado 
Diretoria Geral
Eloane Coimbra Lima
Direção Administrativa
Eloane Coimbra Lima
Secretaria Acadêmica
Ginoã Das Graças Coimbra Lima
Coordenação
Brisdete Sepulvida Coelho Brito
Coordenação do Nead
Tiago Soares da Silva
FILHO, Paulo Antônio Machado da Silva.
Organização da Educação Básica. 1ª ed. Água Branca; Isepro – Cursos de Graduação. 
184p.
Bibliografia
1. Pedagogia. 2. Política Educacional. 3. Título.
Todos os direitos em relação ao design deste material didático são reservados à Isepro. 
Todos os direitos quanto ao conteúdo deste material didático são reservados ao autor.
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5
Sumário
Ementa ...................................................................................................................... 7
Currículo Resumido do Professor ............................................................................. 9
Bibliografia Utilizada ................................................................................................. 11
Unidade 1
Da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da Educação de 
Jovens e Adultos (EJA), da Educação Profissional, e da Educação Profissional Técnica 
de Nível Médio .......................................................................................................... 13
Módulo 1
Da Educação Infantil ................................................................................................. 15
Módulo 2 
Do Ensino Fundamental ............................................................................................ 21
Módulo 3
Do Ensino Médio ....................................................................................................... 28
Módulo 4
Da Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Educação Profissional e da Educação 
Profissional Técnica de Nível Médio .......................................................................... 34
Resumo da Unidade ........................................................................................... 41
Exercícios de Aprendizagem .............................................................................. 45
Unidade 4
Da Educação Superior, da Educação Especial, dos Profissionais da Educação, dos 
Recursos Financeiros, das Disposições Gerais e das Disposições Transitórias da LDB 
51
Módulo 1
Da Educação Superior ............................................................................................... 53
Módulo 2
Da Educação Especial ............................................................................................... 58
Módulo 3
Dos profissionais da educação .................................................................................. 64
Módulo 4
Dos recursos financeiros, das disposições gerais e das disposições transitórias ..... 70
Descentralização do sistema educacional: desafios do ponto de vista da transparência 
e da accountability .................................................................................................... 77
Resumo da Unidade ........................................................................................... 93
Organização da Educação Básica
6
Exercícios de Aprendizagem .............................................................................. 97
Unidade 3
Educação Básica ........................................................................................................ 103
Módulo 1
A educação básica como direito ............................................................................... 105
Módulo 2
Economia ................................................................................................................... 109
Módulo3
Financiamento e gasto público da educação básica no Brasil e comparações com 
alguns países da OCDE e América Latina ................................................................. 115
Módulo 4
Gasto público na educação básica brasileira ............................................................ 121
Resumo da Unidade ........................................................................................... 127
Unidade 4
Privatização ............................................................................................................... 129
Módulo 1
Uma modalidade peculiar de privatização da educação pública: ........................... 131
Módulo 2
Submissão do direito à qualidade do ensino à lógica do lucro ................................ 140
Módulo 3
Políticas de material didático no Brasil .................................................................... 145
Módulo 4 
Pesquisas acadêmico-científicas sobre livro didático no Brasil ................................. 151
Resumo da Unidade ........................................................................................... 164
Anexos
Educação Física Escolar e implicações para a formação docente ............................ 167
Sumário
7
Ementa
Dimensão política e pedagógica da organização escolar brasileira. As Leis de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional – princípios orientadores, finalidades e objetivos. Estrutura 
e gestão da educação básica. Legislação específica para o ensino fundamental. Diretrizes 
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental.
9
Currículo Resumido do Professor
Mestrando em Direito Empresarial pela Faculdade Milton Campos. Especialista em 
Tributação Internacional pela Universidade de Sydney. Pós-Graduado em Direito 
Internacional pelo CEDIN. Pós-Graduado em Direito Tributário pelo CAD/UGF. 
Advogado.
11
Bibliografia Básica:
MARQUES, Mara Rubia Alves (Orgs.) LDB - Balanços e perspectivas para a educação 
Brasileira. Campinas: Alineia, 2013 
DEMO, PEDRO. A Nova LDB: Ranços e avanços. Campinas: Papirus, 2013 
CARNEIRO, MOACI ALVES. LDB Fácil- Leitura critico- compreensiva artigo a 
artigo.21ª ed. Rio de janeiro: Vozes, 2013
Bibliografia complementar:
BIANCHETTI, Lucídio; MEKSENAS,Paulo (Orgs). A trama do conhecimento: teoria, 
método e escrita em ciência e pesquisa. Campinas, SP: Papirus, 2008. 
SOARES, Marco Aurélio Silva. O pedagogo e a organização do trabalho pedagógico. 
2 ed. Curitiba: Intersaberes, 2014.
FERRAREZI JÚNIOR, Celso. Sintaxe para a educação básica. 1 ed. São Paulo: Contexto, 
2012.
PILETTI, Nelson. Educação básica: da organização legal ao cotidiano escolar. 1 ed. São 
Paulo: Ática, 2010.
Bibliografia Utilizada
13UNIDADE 1
UNIDADE 1
Da Educação Infantil, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da 
Educação de Jovens e Adultos (EJA), da Educação Profissional, e da 
Educação Profissional Técnica de Nível Médio
15UNIDADE 1
pela Emenda Constitucional nº 59/2009, 
que determinou a obrigatoriedade da 
educação para as crianças na faixa etária 
de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos.
Desse modo, a LDB dispõe que a 
educação infantil corresponde à primeira 
etapa da educação básica e possui como 
finalidade o desenvolvimento integral da 
criança de até 5 (cinco) anos, em seus 
aspectos físico, psicológico, intelectual e 
social, complementando a ação da família 
e da comunidade. Na antiga redação do 
artigo 29, a idade da criança era até 6 
(seis) anos.
A educação infantil será oferecida em 
creches, ou entidades equivalentes, 
para crianças de até três anos de idade; 
e em pré-escolas para crianças de 4 
(quatro) a 5 (cinco) anos de idade. Mais 
uma vez observamos a alteração da Lei 
nº 12.796/2013, haja vista que na antiga 
redação do inciso II do artigo 30, a 
pré-escola era para crianças de 4 (quatro) 
a 6 (seis) anos de idade.
A Lei nº 12.796/2013 alterou bastante o 
artigo 31, disciplinando regras de orga-
nização da educação infantil. Na antiga 
redação, a avaliação na educação infantil 
era mediante o acompanhamento e o 
registro do desenvolvimento da criança, 
MÓDULO 1
Da Educação Infantil
O primeiro destaque quedeve ser 
dado ao tratarmos da educação infantil 
é que a LDB deixa bem claro o papel 
complementar do Estado, aduzindo de 
maneira um pouco indireta que o papel 
principal está com a família e com a 
comunidade. Não obstante, a educação 
infantil deve propiciar um currículo que 
seja capaz de desenvolver nos educandos 
o seu crescimento cognitivo, intelectual, 
afetivo, moral, ético, social, entre outros. 
A LDB trata da educação infantil nos 
artigos 29 a 31. Cabe ressaltar que esta 
seção na LDB foi praticamente alterada 
em sua totalidade pela Lei nº 12.796/2013, 
sendo que o único dispositivo que 
permanece com a redação original é 
o caput do artigo 30 e o seu inciso I. 
Não obstante tal fato, cabe também 
ressaltar que as mudanças advindas 
da Lei nº 12.796/2013 correspondem 
principalmente em decorrência das 
idades das crianças no início da educação 
infantil.
Na realidade, as alterações realizadas 
pela Lei nº 12.796/2013 consistem 
em adaptar a LDB às alterações 
preconizadas no texto constitucional 
Organização da Educação Básica
16 UNIDADE 1
sem o objetivo de promoção, mesmo 
para o acesso ao ensino fundamental. 
Com a nova redação, além da antiga 
regra (agora no inciso I), outras quatro 
passaram a serem comuns à educação 
infantil: II - carga horária mínima anual de 
800 (oitocentas) horas, distribuídas por 
um mínimo de 200 (duzentos) dias de 
trabalho educacional; III - atendimento 
à criança de, no mínimo, 4 (quatro) 
horas diárias para o turno parcial e de 7 
(sete) horas para a jornada integral; IV - 
controle de frequência pela instituição 
de educação pré-escolar, exigida a 
frequência mínima de 60% (sessenta por 
cento) do total de horas; V - expedição 
de documentação que permita atestar os 
processos de desenvolvimento e aprendi-
zagem da criança.
Cabe enfatizar, principalmente no 
tocante ao inciso I do artigo 31, que não 
é possível a reprovação do educando na 
educação infantil, posto que, conforme 
explícito no texto legal, trata-se de fase 
inicial da educação básica que não tem 
objetivo de promoção, mesmo para o 
acesso fundamental.
Ainda sobre a avaliação, no mesmo 
diapasão do artigo 31 da LDB, a 
Resolução nº 5/2009 do Conselho 
Nacional de Educação, que estabelece 
Diretrizes Curriculares para a Educação 
Infantil dispõe que as instituições 
de Educação Infantil devem criar 
procedimentos para acompanhamento 
do trabalho pedagógico e para avaliação 
do desenvolvimento das crianças, sem 
objetivo de seleção, promoção ou 
classificação, garantindo: I – a observação 
crítica e criativa das atividades, das 
brincadeiras e interações das crianças 
no cotidiano; II – utilização de múltiplos 
registros realizados por adultos e crianças 
(relatórios, fotografias, desenhos, álbuns, 
etc.); III – a continuidade dos processos 
de aprendizagens por meio da criação 
de estratégias adequadas aos diferentes 
momentos de transição vividos pela 
criança (transição casa/instituição de 
Educação Infantil, transcrições no 
interior da instituição, transição creche /
pré-escola e transição pré-escola/Ensino 
Fundamental); IV – documentação 
específica que permita às famílias 
conhecer o trabalho da instituição 
junto às crianças e os processos de 
desenvolvimento e aprendizagem da 
criança na Educação Infantil; e V – a 
não retenção das crianças na Educação 
Infantil.
O Parecer nº 17/2012 do Conselho 
Nacional de Educação conclui que 
além do acompanhamento do trabalho 
pedagógico e do desenvolvimento da 
criança, é imprescindível que também 
se realize a avaliação das instituições de 
Educação Infantil e de suas condições 
de oferta. Ademais, é preciso aferir 
a adequação da infraestrutura física 
do quadro de pessoal e dos recursos 
pedagógicos e de acessibilidade 
17UNIDADE 1
empregados na creche e na pré-escola 
(de acordo com o Plano Nacional 
de Educação 2011-2020, então em 
tramitação no Congresso Nacional). O 
parecer ainda determina que a aferição 
deve ser feita com base em critérios 
consistentes com o que determinam os 
dispositivos legais e normativos, como as 
Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais 
para a Educação Básica e as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil, cabendo ao MEC desenvolver 
metodologia e sistemática para cumprir 
essa estratégia.
Dos objetivos da Educação Infantil
O Conselho Nacional de Educação, 
através da Resolução CNE/CED nº4/2010, 
deixou claro que a educação infantil 
tem por objetivo o desenvolvimento 
integral da criança em seus aspectos 
físico, afetivo, psicológico, intelectual, 
social, complementando a ação da 
família e da sociedade. Partindo do 
fato de que as crianças provêm de 
diferentes e singulares contextos 
socioculturais, socioeconômicos e 
étnicos, elas devem ter a oportunidade 
de serem acolhidas e respeitadas 
pela escola e pelos profissionais da 
educação, com base nos princípios da 
individualidade, igualdade, liberdade, 
diversidade e pluralidade. Ademais, para 
as crianças, independentemente das 
diferentes condições físicas, sensoriais, 
intelectuais, linguísticas, étnico-
raciais, socioeconômicas, de ordem, 
de religião, entre outras, as relações 
sociais e intersubjetivas no espaço 
escolar requerem a atenção intensiva 
dos profissionais da educação durante 
o tempo de desenvolvimento das 
atividades que lhes são peculiares, pois 
este é o momento em que a curiosidade 
deve ser estimulada, a partir da 
brincadeira orientada pelos profissionais 
da educação. Os vínculos de família, 
dos laços de solidariedade humana e 
do respeito mútuo em que se assenta a 
vida social devem iniciar-se na Educação 
Infantil e sua intensificação deve ocorrer 
ao longo da Educação Básica. Com relação 
aos sistemas educativos, estes devem 
envidar esforços promovendo ações a 
partir das quais as unidades de Educação 
Infantil sejam dotadas de condições para 
acolher as crianças, em estreita relação 
com a família, com agentes sociais e 
com a sociedade, prevendo programas 
e projetos em parceria, formalmente 
estabelecidos. Por fim, a gestão da 
convivência e as situações em que se 
torna necessária a solução de problemas 
individuais e coletivos pelas crianças 
devem ser previamente programadas, 
com foco nas motivações estimuladas e 
orientadas pelos professores e demais 
profissionais da educação e outros de 
áreas pertinentes, respeitados os limites 
e as potencialidades de cada criança e 
os vínculos desta com a família ou com o 
seu responsável direto.
Organização da Educação Básica
18 UNIDADE 1
Dos estabelecimentos de creches e 
pré-escolas e das jornadas e turnos
O Conselho Nacional de Educação, 
através da Resolução nº 5 de 2009, 
conceitua creches e pré-escolas como 
espaços institucionais não domésticos 
que constituem estabelecimentos 
educacionais públicos ou privados que 
educam e cuidam de crianças de 0 (zero) 
a 5 (cinco) anos de idade, no período 
diurno, em jornada integral ou parcial, 
regulados e supervisionados por órgão 
competente do sistema de ensino e 
submetidos a controle social.
Através desta mesma resolução, o 
Conselho Nacional de Educação ainda 
aduz ser dever do Estado garantir a 
oferta da educação infantil pública, 
gratuita e de qualidade, sem requisito 
de seleção. Com relação à jornada, 
a referida resolução disciplina que é 
considerada educação infantil em tempo 
parcial, a jornada de no mínimo quatro 
horas diárias, e em tempo integral, a 
jornada com duração igual ou superior 
a sete horas diárias, compreendendo o 
tempo total que a criança permanece na 
instituição.
Cabe enfatizar que o posicionamento 
do Conselho Nacional de Educação, 
explícito em sua Resolução nº 5 de 2009, 
tem a importância de ser uma Diretriz 
Curricular Nacional para a Educação 
Infantil que representa um importante 
avanço no sentido de determinar a 
correta identificação da educaçãoem 
creches e pré-escolas. Inclusive, os 
posicionamentos acima mencionados 
serviram para tornarem superados 
antigos pareceres do Conselho Nacional 
de Educação, como o Parecer nº 39/2002, 
que dispunha ser o atendimento 
domiciliar espécie de educação infantil 
e o Parecer nº 35/2004, que concluía 
positivamente sobre a possibilidade de 
atendimento noturno como oferta de 
educação infantil.
Formação dos Professores
Segundo o Parecer nº 17/2012 do 
Conselho Nacional de Educação, um dos 
problemas da Educação Infantil reside 
na necessidade de definições sobre a 
formação do profissional que atua junto às 
crianças nas instituições de ensino infantil. 
O problema é levantado devido ao fato de 
que muitos profissionais são contratados 
para trabalhar com crianças de 0 (zero) 
a 3 (três) anos sem o cumprimento 
dos requisitos da LDB, mas, através de 
concursos públicos, o que acarretaria 
em uma estabilidade para pessoas 
que poderiam não ser competentes 
para tanto. Levando-se em conta que 
as atividades desses profissionais 
(auxiliares de desenvolvimento infantil, 
técnicos em desenvolvimento infantil, 
monitores, pajens, etc.) muitas das vezes 
se restringem a socializar e garantir o 
bem-estar das crianças, e não ensiná-las, 
19UNIDADE 1
muitos defendem que nas creches 
poderiam trabalhar profissionais que não 
são docentes.
A conclusão elaborada pelo Parecer 
nº 17/2012 do Conselho Nacional de 
Educação é de que o professor que 
trabalha com crianças de 0 (zero) a 3 
(três) anos deve ser um especialista, 
saber cumprir determinadas funções, e 
sua formação, oferecida nos cursos de 
graduação, especialização e na formação 
continuada, deve possibilitar-lhe lidar com 
a organização dos espaços e dos tempos 
das unidades (estabelecimentos) de 
educação infantil e com as dinâmicas dos 
grupos infantis com foco em diferentes 
prioridades: cuidado físico, atividades 
propostas para ocorrerem em grupo 
ou individualmente, que possibilitem a 
construção pela criança de significações 
sobre o mundo e sobre si. Ademais, 
em princípio, todos os profissionais 
que coordenam as turmas de crianças 
pequenas devem ser professores com 
formação específica em Educação Infantil, 
conscientes da importância de todas 
as atividades e responsáveis, inclusive, 
pelas trocas, alimentação, higiene, etc. 
Assim, faz parte da função do professor 
estar integralmente com as crianças, 
tal como prescrevem as Diretrizes 
Curriculares Nacionais para a Educação 
Infantil, de modo a enfrentar questões 
como a do acolhimento, da alimentação, 
sono e higiene, do apoio ao controle 
esfincteriano pela criança, sempre 
relegadas a um segundo ou terceiro 
plano e acompanhadas por quem “não 
é professor”, não se admitindo auxiliares 
em substituição à presença do professor. 
Por fim, o referido parecer elenca uma 
lista de exigências que determina ser 
importante para a formação inicial e 
continuada do professor da Educação 
Infantil:
• participar de experiências forma-
tivas diversificadas que lhe ofereçam 
oportunidades de construir conhe-
cimentos, habilidades e valores, 
fortalecer seu pensamento crítico, seu 
raciocínio argumentativo, sua sensibi-
lidade pessoal, sua capacidade para 
trabalhar em equipe e para tomar 
decisões;
• estabelecer uma relação lúdica e 
criativa com o saber, particularmente 
com a literatura e demais artes, sem 
esquecer dos saberes relativos ao 
mundo social, da natureza e das 
quantidades;
• articular vários conceitos traba-
lhados em sua formação com sua 
prática profissional cotidiana. Isso 
envolve problematizar sua prática, 
pesquisar alternativas de ação, 
sistematizar suas reflexões em várias 
formas de registro e reconstruir 
conhecimentos historicamente elabo-
rados, considerando a diversidade 
Organização da Educação Básica
20 UNIDADE 1
das populações de crianças e dos 
contextos familiares e o compromisso 
de garantia de equidade no alcance a 
uma Educação Infantil de qualidade;
• rever e aprofundar conhecimentos 
sobre a organização e operaciona-
lização dos cuidados com a higiene, 
alimentação e bem-estar dos bebês 
e crianças de até cinco anos em 
ambientes de educação coletiva, sem 
copiar os modelos domésticos ou dos 
serviços de saúde, que são contextos 
que têm outras características e 
objetivos;
• dominar os elementos básicos do 
trabalho com as linguagens artísticas, 
do conhecimento linguístico e mate-
mático, noções do sistema imunoló-
gico e outros conceitos ligados aos 
cuidados físicos e afetivos da criança, 
inclusive os fatores que podem mediar 
formas de organização de situações 
que estimulem a autonomia das 
crianças nesse campo de experiência;
• dominar o conhecimento sobre a 
diversidade cultural brasileira, as desi-
gualdades sociorraciais, bem como 
a superação de todas as formas de 
discriminação e preconceito;
• examinar seu modo de agir a partir 
de condições concretas, ao mesmo 
tempo em que percebe o quanto suas 
formas de reação e as concepções 
que as justifiquem podem ser modi-
ficadas; e
• desenvolver formas de compar-
tilhar com os familiares da criança 
suas experiências e de inserir os pais 
na gestão pedagógica da unidade 
educacional.
21UNIDADE 1
Do Ensino 
Fundamental
A LDB trata do ensino fundamental nos 
artigos 32 a 34. O artigo 32 já passou por 
duas alterações, sendo que a última foi 
feita pela Lei nº 11.274/2006, e apenas 
em seu caput. O ensino fundamental 
passou a ser de 9 (nove) anos com o 
advento dessa nova lei. Ademais, o 
artigo 32 ainda dispõe que o ensino 
fundamental obrigatório e gratuito nas 
escolas públicas iniciará aos 6 (seis) 
anos de idade tendo como objetivo a 
formação básica do cidadão.
A formação básica que é buscada através 
do ensino fundamental será alcançada 
mediante: I - o desenvolvimento da 
capacidade de aprender, tendo como 
meios básicos o pleno domínio da leitura, 
da escrita e do cálculo; II - a compreensão 
do ambiente natural e social, do sistema 
político, da tecnologia, das artes e 
dos valores em que se fundamenta a 
sociedade; III - o desenvolvimento da 
capacidade de aprendizagem, tendo em 
vista a aquisição de conhecimentos e 
habilidades e a formação de atitudes e 
valores; IV - o fortalecimento dos vínculos 
de família, dos laços de solidariedade 
MÓDULO 2 
humana e de tolerância recíproca em 
que se assenta a vida social.
O Conselho Nacional de Educação, 
através de sua Resolução nº 7/2010, fixou 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para 
o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, 
onde se encontram os fundamentos, 
princípios e procedimentos para orientar 
as políticas públicas educacionais, 
aplicando-se a todas as modalidades de 
Ensino Fundamental previstas na LDB.
Fundamentos
Segundo estas diretrizes, e partindo 
dos preceitos legais e constitucional 
de que o Ensino Fundamental é direito 
público subjetivo de cada um e dever 
do Estado e da família, as escolas que 
ministram esse ensino deverão trabalhar 
considerando essa etapa da educação 
como aquela capaz de assegurar a cada 
um e a todos o acesso ao conhecimento e 
aos elementos da cultura imprescindíveis 
para o desenvolvimento pessoal e para 
a vida em sociedade, assim como os 
benefícios de uma formação comum, 
independentemente da grande 
diversidade da população escolar e 
das demandas sociais (§ único, art. 4º). 
Assim, a educação, ao proporcionar o 
Organização da Educação Básica
22 UNIDADE 1
desenvolvimento do potencial humano, 
permite o exercício dos direitos civis, 
políticos, sociais e do direito à diferença, 
sendo ela mesma também um direito 
social que possibilita a formação cidadã 
e o usufruto dos bens sociais e culturais 
(art. 5º). Neste diapasão, o Ensino 
Fundamental deve comprometer-se com 
uma educação com qualidade social, 
igualmente entendida como direito 
humano (§1º, art. 5º).
Assim, aeducação de qualidade como 
direito fundamental é, antes de tudo, 
relevante, pertinente e equitativa. 
Com relação à relevância, reporta-se 
a promoção de aprendizagens 
significativas do ponto de vista das 
exigências sociais e de desenvolvimento 
pessoal; a pertinência refere-se à 
possibilidade de atender às necessidades 
e às características dos estudantes de 
diversos contextos sociais e culturais e 
com diferentes capacidades e interesses; 
e a equidade alude à importância 
de tratar de forma diferenciada o 
que se apresenta como desigual no 
ponto de partida, com vistas a obter 
desenvolvimento e aprendizagens 
equiparáveis, assegurando a todos a 
igualdade de direito à educação (§2º).
Na tentativa de erradicação da pobreza e 
das desigualdades, devem ser oferecidos 
mais recursos e melhores condições às 
escolas menos providas e aos alunos 
que deles mais necessitem, e sustentar 
políticas reparadoras que assegurem 
maior apoio aos diferentes grupos sociais 
em desvantagem (§3º). Assim, será 
uma educação com qualidade social e 
contribuirá para dirimir as desigualdades 
historicamente produzidas, assegurando, 
assim, o ingresso, a permanência e o 
sucesso na escola, com a consequente 
redução da evasão, da retenção e das 
distorções de idade/ano/série (§4º).
Princípios
Os princípios que irão nortear o 
Ensino Fundamental, de acordo com 
as diretrizes do Conselho Nacional de 
Educação são os princípios: I – Éticos: 
de justiça, solidariedade, liberdade e 
autonomia; de respeito à dignidade da 
pessoa humana e de compromisso com a 
promoção do bem de todos, contribuindo 
para combater e eliminar quaisquer 
manifestações de preconceito de origem, 
raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras 
formas de discriminação; II – Políticos: de 
reconhecimento dos direitos e deveres 
de cidadania, de respeito ao bem comum 
e à preservação do regime democrático 
e dos recursos ambientais; da busca da 
equidade no acesso à educação, à saúde, 
ao trabalho, aos bens culturais e outros 
benefícios; da exigência de diversidade 
de tratamento para assegurar a 
igualdade de direitos entre os alunos que 
apresentam diferentes necessidades; da 
redução da pobreza e das desigualdades 
23UNIDADE 1
sociais e regionais; e III – Estéticos: do 
cultivo da sensibilidade juntamente com 
o da racionalidade; do enriquecimento 
das formas de expressão e do exercício 
da criatividade; da valorização das 
diferentes manifestações culturais, 
especialmente a da cultura brasileira; 
da construção de identidades plurais e 
solidárias (art. 6º Resolução 7/2010).
Jornada escolar
A LDB, em seu artigo 34, determina 
que a jornada no ensino fundamental 
incluirá pelo menos quatro horas de 
trabalho efetivo em sala de aula, sendo 
progressivamente ampliado o período 
de permanência na escola. Às exceções 
correspondem os casos de ensino noturno 
e das formas alternativas de organização 
autorizadas na LDB (§1º). A LDB ainda 
prevê que o ensino fundamental será 
ministrado progressivamente em tempo 
integral, a critério dos sistemas de ensino 
(§2º).
Ademais, a Resolução 07/2010 do 
Conselho Nacional de Educação 
determina em seu artigo 8º que o Ensino 
Fundamental, com duração de 9 (nove) 
anos, abrangerá a população na faixa 
etária dos 6 (seis) aos 14 (quatorze) anos 
de idade e se estende, também, a todos 
os que, na idade própria, não tiveram 
condições de frequentá-lo. A matrícula 
no ensino fundamental de crianças com 
6 (seis) anos de idade completados 
ou a completar até o dia 31 de março 
do ano em que ocorrer a matrícula é 
obrigatória, enquanto que as crianças 
que completarem 6 (seis) anos após 
essa data deverão ser matriculadas na 
Educação Infantil. Com relação à carga 
horária do ensino fundamental, esta será 
de 800 (oitocentas) horas, distribuídas 
em pelo menos 200 (duzentos) dias de 
efetivo trabalho escolar.
Base nacional comum do currículo e 
parte diversificada
O Conselho Nacional de Educação 
apresenta disposições a respeito do 
currículo do ensino fundamental em sua 
Resolução nº 07/2010. Nela, dispõe que o 
currículo do ensino fundamental tem uma 
base nacional comum, complementada 
em cada sistema de ensino e em cada 
estabelecimento escolar por uma 
parte diversificada (art. 10). Contudo, 
tanto a base nacional comum e a parte 
diversificada do currículo do ensino 
fundamental constituem um todo 
integrado e não podem ser consideradas 
como dois blocos distintos (art. 11). 
Sendo assim, a articulação entre a base 
nacional comum e a parte diversificada 
do currículo do ensino fundamental 
possibilita a sintonia dos interesses mais 
amplos de formação básica do cidadão 
com a realidade local, as necessidades 
dos alunos, as características regionais 
Organização da Educação Básica
24 UNIDADE 1
da sociedade, da cultura e da economia 
e perpassa todo o currículo. Assim, os 
conhecimentos que fazem parte da base 
nacional comum e que são voltados 
à divulgação de valores fundamentais 
ao interesse social e à preservação 
da ordem democrática asseguram a 
característica unitária das orientações 
curriculares nacionais, das propostas 
curriculares dos Estados, do Distrito 
Federal, dos Municípios e dos projetos 
político-pedagógicos das escolas. Com 
relação aos conteúdos curriculares 
que compõem a parte diversificada do 
currículo, eles serão definidos pelos 
sistemas de ensino e pelas escolas, de 
modo a complementar e enriquecer o 
currículo, assegurando a contextualização 
dos conhecimentos escolares em face 
das diferentes realidades.
Os conteúdos que compõem a base 
nacional comum e a parte diversificada 
têm origem nas disciplinas científicas, 
no desenvolvimento das linguagens, 
no mundo do trabalho, na cultura e na 
tecnologia, na produção artística, nas 
atividades desportivas e corporais, 
na área da saúde e ainda incorporam 
saberes como os que advêm das formas 
diversas de exercício da cidadania, dos 
movimentos sociais, da cultura escolar, 
da experiência docente, do cotidiano 
e dos alunos (art. 12). Tais conteúdos 
são constituídos por componentes 
curriculares que, por sua vez, se articulam 
com as áreas de conhecimento, a saber: 
Linguagens, Matemática, Ciências da 
Natureza e Ciências Humanas. As áreas de 
conhecimento favorecem a comunicação 
entre diferentes conhecimentos 
sistematizados e entre estes e outros 
saberes, mas permitem que os referenciais 
próprios de cada componente curricular 
sejam preservados (art. 13).
Observando o artigo 26 da LDB, os 
componentes curriculares obrigatórios 
do Ensino Fundamental serão assim 
organizados em relação às áreas de 
conhecimento: I – Linguagens: a) 
Língua Portuguesa; b) Língua Materna, 
para populações indígenas; c) Língua 
Estrangeira moderna; d) Arte; e e) 
Educação Física; II – Matemática; III 
– Ciências da Natureza; IV – Ciências 
Humanas: a) História; b) Geografia; V – 
Ensino Religioso.
Os componentes curriculares e as áreas 
de conhecimento devem articular em seus 
conteúdos, a partir das possibilidades 
abertas pelos seus referenciais, a 
abordagem de temas abrangentes e 
contemporâneos que afetam a vida 
humana em escala global, regional e local, 
bem como na esfera individual. Temas 
como saúde, sexualidade e gênero, vida 
familiar e social, assim como os direitos das 
crianças e adolescentes, de acordo com 
o Estatuto da Criança e do Adolescente 
(Lei no 8.069/90), preservação do meio 
ambiente, nos termos da política nacional 
de educação ambiental (Lei no 9.795/99), 
25UNIDADE 1
educação para o consumo, educação 
fiscal, trabalho, ciência e tecnologia, e 
diversidade cultural devem permear o 
desenvolvimento dos conteúdos da base 
nacional comum e da parte diversificada 
do currículo (art. 16). Ademais, outras 
leis específicas que complementam 
a Lei nº 9.394/96 determinam que 
sejam ainda incluídos temas relativosà 
condição e aos direitos dos idosos (Lei 
nº 10.741/2003) e à educação para o 
trânsito (Lei no 9.503/97). A produção e 
a disseminação de materiais subsidiários 
ao trabalho docente, que contribuam 
para a eliminação de discriminações, 
racismo, sexismo, homofobia e outros 
preconceitos e que conduzam à adoção 
de comportamentos responsáveis e 
solidários em relação aos outros e ao 
meio ambiente fica a cargo dos órgãos 
executivos dos sistemas de ensino.
Outra disposição da LDB pertinente ao 
ensino fundamental é a possibilidade 
de se desdobrar em ciclos (faculdade 
dos sistemas de ensino, segundo o 
parágrafo 1º do artigo 32). Ademais, 
os estabelecimentos que utilizam 
progressão regular por série podem 
adotar no ensino fundamental o regime 
de progressão continuada, sem prejuízo 
da avaliação do processo de ensino-
aprendizagem, observadas as normas do 
respectivo sistema de ensino (§2º).
O Conselho Nacional de Educação 
esclarece que a necessidade de 
assegurar aos alunos um percurso 
contínuo de aprendizagens torna 
imperativa a articulação de todas as 
etapas da educação, especialmente do 
Ensino Fundamental com a Educação 
Infantil, dos anos iniciais e dos anos finais 
no interior do Ensino Fundamental, bem 
como do Ensino Fundamental com o 
Ensino Médio, garantindo a qualidade 
da Educação Básica (art. 29 da Resolução 
07/2010). Com isso, o reconhecimento 
do que os alunos já aprenderam antes da 
sua entrada no Ensino Fundamental e a 
recuperação do caráter lúdico do ensino 
contribuirão para melhor qualificar a 
ação pedagógica junto às crianças, 
sobretudo nos anos iniciais dessa etapa 
da escolarização (§1º). Ademais, na 
passagem dos anos iniciais para os anos 
finais do Ensino Fundamental, especial 
atenção será dada: I – pelos sistemas 
de ensino, ao planejamento da oferta 
educativa dos alunos transferidos das 
redes municipais para as estaduais; 
II – pelas escolas, à coordenação das 
Organização da Educação Básica
26 UNIDADE 1
demandas específicas feitas pelos 
diferentes professores aos alunos, a fim 
de que os estudantes possam melhor 
organizar as suas atividades diante das 
solicitações muito diversas que recebem 
(§2º).
Ainda segundo a Resolução nº 07/2010 
do Conselho Nacional de Educação, em 
seu artigo 30, os três anos iniciais do 
Ensino Fundamental devem assegurar: I 
– a alfabetização e o letramento; II – o 
desenvolvimento das diversas formas de 
expressão, incluindo o aprendizado da 
Língua Portuguesa, a Literatura, a Música 
e demais artes, a Educação Física, assim 
como o aprendizado da Matemática, 
da Ciência, da História e da Geografia; 
III – a continuidade da aprendizagem, 
tendo em conta a complexidade 
do processo de alfabetização e os 
prejuízos que a repetência pode causar 
no Ensino Fundamental como um 
todo e, particularmente, na passagem 
do primeiro para o segundo ano de 
escolaridade e deste para o terceiro.
Dessa forma, mesmo quando o sistema 
de ensino ou a escola, no uso de sua 
autonomia, fizerem opção pelo regime 
seriado, será necessário considerar os 
três anos iniciais do Ensino Fundamental 
como um bloco pedagógico ou um 
ciclo sequencial não passível de 
interrupção, voltado para ampliar a 
todos os alunos as oportunidades de 
sistematização e aprofundamento das 
aprendizagens básicas, imprescindíveis 
para o prosseguimento dos estudos 
(§1º). Considerando as características de 
desenvolvimento dos alunos, cabe aos 
professores adotar formas de trabalho 
que proporcionem maior mobilidade 
das crianças nas salas de aula e as 
levem a explorar mais intensamente as 
diversas linguagens artísticas, a começar 
pela literatura, a utilizar materiais que 
ofereçam oportunidades de raciocinar, 
manuseando-os e explorando as suas 
características e propriedades (§2º).
Nas escolas que optarem por incluir 
Língua Estrangeira nos anos iniciais 
do Ensino Fundamental, o professor 
deverá ter licenciatura específica no 
componente curricular (§1º). Já nos casos 
em que esses componentes curriculares 
sejam desenvolvidos por professores 
com licenciatura específica, deve ser 
assegurada a integração com os demais 
componentes trabalhados pelo professor 
de referência da turma.
Por fim, o parágrafo 6º do artigo 32 da 
LDB, incluído pela Lei nº 12.472/2011, 
dispõe que estudo sobre os símbolos 
nacionais será incluído como tema 
transversal nos currículos do ensino 
fundamental.
Ensino religioso
Sobre o ensino religioso no ensino 
27UNIDADE 1
fundamental, a LDB dispõe no artigo 33, 
com redação dada pela Lei nº 9.475/97, 
que este será de matrícula facultativa, e 
será parte integrante da formação básica 
do cidadão, constituindo disciplina dos 
horários normais das escolas públicas 
de ensino fundamental, assegurado o 
respeito à diversidade cultural religiosa 
do Brasil, vedadas quaisquer formas de 
proselitismo.
Tanto os conteúdos do ensino religioso 
como as normas para a habilitação 
e admissão dos professores serão 
regulamentados pelos sistemas de 
ensino (§1º). Para tanto, serão ouvidas 
entidades civis constituídas pelas 
diferentes denominações religiosas (§2º).
 
Organização da Educação Básica
28 UNIDADE 1
MÓDULO 3
Do Ensino Médio
Os artigos 35 e 36 da LDB tratam do ensino 
médio, que faz parte da educação básica 
e corresponde à sua parte final. De acordo 
com o artigo 35, as finalidades do ensino 
médio são 4 (quatro): I - a consolidação 
e o aprofundamento dos conhecimentos 
adquiridos no ensino fundamental, 
possibilitando o prosseguimento de 
estudos; II - a preparação básica para 
o trabalho e a cidadania do educando, 
para continuar aprendendo, de modo a 
ser capaz de se adaptar com flexibilidade 
a novas condições de ocupação ou 
aperfeiçoamento posteriores; III - o 
aprimoramento do educando como 
pessoa humana, incluindo a formação 
ética e o desenvolvimento da autonomia 
intelectual e do pensamento crítico; 
IV - a compreensão dos fundamentos 
científico-tecnológicos dos processos 
produtivos, relacionando a teoria com a 
prática, no ensino de cada disciplina.
Os conteúdos, as metodologias e as 
formas de avaliação serão organizados 
de tal forma que ao final do ensino 
médio o educando demonstre: I - 
domínio dos princípios científicos e 
tecnológicos que presidem a produção 
moderna; II - conhecimento das formas 
contemporâneas de linguagem.
A LDB ainda prevê que os cursos de 
ensino médio terão equivalência legal 
e habilitarão ao prosseguimento de 
estudos.
Diretrizes Curriculares Nacionais 
para o Ensino Médio
O Conselho Nacional de Educação, 
através da Resolução nº 2/2012, definiu 
as Diretrizes Curriculares Nacionais 
para o Ensino Médio. Apresentaremos 
algumas dessas diretrizes com base na 
referida resolução.
Da organização curricular
Assim como o ensino fundamental, a 
organização curricular do ensino médio 
tem uma base nacional comum e uma 
parte diversificada que não devem 
constituir blocos distintos, mas um 
todo integrado, de modo a garantir 
tanto conhecimentos e saberes comuns 
necessários a todos os estudantes, 
quanto uma formação que considere a 
diversidade e as características locais e 
especificidades regionais.
29UNIDADE 1
O currículo é organizado em áreas de 
conhecimento, a saber: I - Linguagens; 
II - Matemática; III - Ciências da 
Natureza; IV - Ciências Humanas (art. 8º). 
Ademais, o currículo deve contemplar 
as quatro áreas do conhecimento, com 
tratamento metodológico que evidencie a 
contextualização e a interdisciplinaridade 
ou outras formas de interação e 
articulação entre diferentes campos de 
saberes específicos (§1º). A organização 
por áreas de conhecimento não dilui 
nem exclui componentes curriculares 
com especificidades e saberes próprios 
construídos e sistematizados, mas implica 
no fortalecimento das relações entre eles 
e a sua contextualização para apreensãoe intervenção na realidade, requerendo 
planejamento e execução conjugados e 
cooperativos dos seus professores (§2º).
A LDB determina componentes obriga-
tórios que devem ser tratados em uma 
ou mais áreas de conhecimento para 
compor o currículo. Em decorrência de 
legislação específica, são obrigatórios 
(art. 10): I - Língua Espanhola, de oferta 
obrigatória pelas unidades escolares, 
embora facultativa para o estudante 
(Lei nº 11.161/2005); II - Com trata-
mento transversal e integradamente, 
permeando todo o currículo, no âmbito 
dos demais componentes curriculares: 
educação alimentar e nutricional (Lei nº 
11.947/2009, que dispõe sobre o aten-
dimento da alimentação escolar e do 
Programa Dinheiro Direto na Escola aos 
alunos da Educação Básica); processo de 
envelhecimento, respeito e valorização 
do idoso, de forma a eliminar o precon-
ceito e a produzir conhecimentos sobre a 
matéria (Lei nº 10.741/2003, que dispõe 
sobre o Estatuto do Idoso); Educação 
Ambiental (Lei nº 9.795/99, que dispõe 
sobre a Política Nacional de Educação 
Ambiental); Educação para o Trânsito 
(Lei nº 9.503/97, que institui o Código de 
Trânsito Brasileiro); Educação em Direitos 
Humanos (Decreto nº 7.037/2009, que 
institui o Programa Nacional de Direitos 
Humanos – PNDH).
O currículo do Ensino Médio deve (art. 
12): I - garantir ações que promovam: 
a) a educação tecnológica básica, a 
compreensão do significado da ciência, 
das letras e das artes; b) o processo 
histórico de transformação da sociedade 
e da cultura; c) a língua portuguesa como 
instrumento de comunicação, acesso ao 
conhecimento e exercício da cidadania; II 
- adotar metodologias de ensino e 
de avaliação de aprendizagem que 
estimulem a iniciativa dos estudantes; III - 
organizar os conteúdos, as metodologias 
e as formas de avaliação de tal forma que 
ao final do Ensino Médio o estudante 
demonstre: a) domínio dos princípios 
científicos e tecnológicos que presidem a 
produção moderna; b) conhecimento das 
formas contemporâneas de linguagem. 
As unidades escolares devem orientar 
a definição de toda proposição 
Organização da Educação Básica
30 UNIDADE 1
curricular, fundamentada na seleção 
dos conhecimentos, componentes, 
metodologias, tempos, espaços, arranjos 
alternativos e formas de avaliação, tendo 
presente: I - as dimensões do trabalho, da 
ciência, da tecnologia e da cultura como 
eixo integrador entre os conhecimentos de 
distintas naturezas, contextualizando-os 
em sua dimensão histórica e em relação 
ao contexto social contemporâneo; II - o 
trabalho como princípio educativo, para 
a compreensão do processo histórico 
de produção científica e tecnológica, 
desenvolvida e apropriada socialmente 
para a transformação das condições 
naturais da vida e a ampliação das 
capacidades, das potencialidades e dos 
sentidos humanos; III - a pesquisa como 
princípio pedagógico, possibilitando que 
o estudante possa ser protagonista na 
investigação e na busca de respostas em 
um processo autônomo de (re)construção 
de conhecimentos. IV - os direitos 
humanos como princípio norteador 
desenvolvendo-se sua educação de 
forma integrada, permeando todo o 
currículo, para promover o respeito a 
esses direitos e à convivência humana. 
V - a sustentabilidade socioambiental 
como meta universal, desenvolvida como 
prática educativa integrada, contínua e 
permanente, e baseada na compreensão 
do necessário equilíbrio e respeito 
nas relações do ser humano com seu 
ambiente.
Da organização
Com relação às formas de oferta e 
organização, as Diretrizes Curriculares 
Nacionais do Ensino Médio previstas 
na Resolução nº 2/2012 do Conselho 
Nacional de Educação deixa claro que o 
Ensino Médio, etapa final da Educação 
Básica, concebida como conjunto 
orgânico, sequencial e articulado, deve 
assegurar sua função formativa para 
todos os estudantes, sejam adolescentes, 
jovens ou adultos. 
Assim, o artigo 14 apresenta um rol de 
exigências que devem ser atendidas:
I - o Ensino Médio pode organizar-se 
em tempos escolares no formato de 
séries anuais, períodos semestrais, ciclos, 
módulos, alternância regular de períodos 
de estudos, grupos não seriados, com 
base na idade, na competência e em 
outros critérios, ou por forma diversa 
de organização, sempre que o interesse 
do processo de aprendizagem assim o 
recomendar;
II - no Ensino Médio regular, a duração 
mínima é de 3 (três) anos, com carga 
horária mínima total de 2.400 (duas 
mil e quatrocentas) horas, tendo como 
referência uma carga horária anual de 
800 (oitocentas) horas, distribuídas 
em pelo menos 200 (duzentos) dias de 
efetivo trabalho escolar;
III - o Ensino Médio regular diurno, 
31UNIDADE 1
específicas, com as cargas horárias 
mínimas de: a) 3.200 (três mil e duzentas) 
horas, no Ensino Médio regular 
integrado com a Educação Profissional 
Técnica de Nível Médio; b) 2.400 (duas 
mil e quatrocentas) horas, na Educação 
de Jovens e Adultos integrada com a 
Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio, respeitado o mínimo de 1.200 
(mil e duzentas) horas de educação geral; 
c) 1.400 (mil e quatrocentas) horas, na 
Educação de Jovens e Adultos integrada 
com a formação inicial e continuada ou 
qualificação profissional, respeitado o 
mínimo de 1.200 (mil e duzentas) horas 
de educação geral;
VII - na Educação Especial, na Educação 
do Campo, na Educação Escolar Indígena, 
na Educação Escolar Quilombola, de 
pessoas em regime de acolhimento ou 
internação e em regime de privação de 
liberdade, e na Educação a Distância, 
devem ser observadas as respectivas 
Diretrizes e normas nacionais;
VIII - os componentes curriculares que 
integram as áreas de conhecimento 
podem ser tratados ou como disciplinas, 
sempre de forma integrada, ou como 
unidades de estudos, módulos, 
atividades, práticas e projetos 
contextualizados e interdisciplinares ou 
diversamente articuladores de saberes, 
desenvolvimento transversal de temas 
ou outras formas de organização;
quando adequado aos seus estudantes, 
pode se organizar em regime de tempo 
integral com, no mínimo, 7 (sete) horas 
diárias;
IV - no Ensino Médio regular 
noturno, adequado às condições de 
trabalhadores, respeitados os mínimos 
de duração e de carga horária, o projeto 
político-pedagógico deve atender, 
com qualidade, a sua singularidade, 
especificando uma organização curricular 
e metodológica diferenciada, e pode, 
para garantir a permanência e o sucesso 
destes estudantes: a) ampliar a duração 
do curso para mais de 3 (três) anos, 
com menor carga horária diária e anual, 
garantido o mínimo total de 2.400 (duas 
mil e quatrocentas) horas;
V - na modalidade de Educação de Jovens 
e Adultos, observadas suas Diretrizes 
específicas, com duração mínima de 
1.200 (mil e duzentas) horas, deve ser 
especificada uma organização curricular 
e metodológica diferenciada para os 
estudantes trabalhadores, que pode: 
a) ampliar seus tempos de organização 
escolar, com menor carga horária diária 
e anual, garantida sua duração mínima;
VI - atendida a formação geral, incluindo 
a preparação básica para o trabalho, 
o Ensino Médio pode preparar para o 
exercício de profissões técnicas, por 
integração com a Educação Profissional 
e Tecnológica, observadas as Diretrizes 
Organização da Educação Básica
32 UNIDADE 1
IX - os componentes curriculares devem 
propiciar a apropriação de conceitos 
e categorias básicas, e não o acúmulo 
de informações e conhecimentos, 
estabelecendo um conjunto necessário 
de saberes integrados e significativos;
X - além de seleção criteriosa de saberes, 
em termos de quantidade, pertinência 
e relevância, deve ser equilibrada sua 
distribuição ao longo do curso, para 
evitar fragmentação e congestionamento 
com número excessivo de componentes 
em cada tempo da organização escolar;
XI - a organização curricular doEnsino 
Médio deve oferecer tempos e espaços 
próprios para estudos e atividades que 
permitam itinerários formativos opcionais 
diversificados, a fim de melhor responder 
à heterogeneidade e pluralidade de 
condições, múltiplos interesses e 
aspirações dos estudantes, com suas 
especificidades etárias, sociais e culturais, 
bem como sua fase de desenvolvimento;
XII - formas diversificadas de itinerários 
podem ser organizadas, desde que 
garantida a simultaneidade entre as 
dimensões do trabalho, da ciência, da 
tecnologia e da cultura, e definidas pelo 
projeto político-pedagógico, atendendo 
necessidades, anseios e aspirações dos 
sujeitos e a realidade da escola e do seu 
meio;
XIII - a interdisciplinaridade e a 
contextualização devem assegurar a 
transversalidade do conhecimento de 
diferentes componentes curriculares, 
propiciando a interlocução entre os 
saberes e os diferentes campos do 
conhecimento.
33UNIDADE 1
Acesse o site: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm
Para saber mais:
Organização da Educação Básica
34 UNIDADE 1
MÓDULO 4
Da Educação de 
Jovens e Adultos 
(EJA), da Educação 
Profissional e da 
Educação Profissional 
Técnica de Nível 
Médio
Da Educação de Jovens e Adultos 
(EJA)
O final do Capítulo II, referente à Educação 
Básica, trata da Educação de Jovens 
e Adultos nos artigos 37 e 38 da LDB. 
O artigo 37 dispõe que a educação de 
jovens e adultos será destinada àqueles 
que não tiveram acesso ou continuidade 
de estudos no ensino fundamental e 
médio na idade própria.
A gratuidade é assegurada pelos sistemas 
de ensino àqueles jovens e adultos que 
não puderam efetuar os estudos na idade 
regular, levando em consideração as 
características do aluno, seus interesses, 
condições de vida e trabalho, mediante 
cursos e exames (§1º). Ademais, ações 
integradas do Poder Público e que são 
complementares entre si, viabilizarão 
e estimularão o acesso e permanência 
do trabalhador na escola (§2º). Por fim, 
a educação de jovens e adultos deverá 
articular-se, preferencialmente, com 
a educação profissional, na forma do 
regulamento (§3º).
Cursos e exames supletivos serão 
mantidos pelos sistemas de ensino, 
e, compreenderão a base nacional 
comum do currículo, habilitando ao 
prosseguimento de estudos em caráter 
regular. O parágrafo 1º do artigo 38 
determina que estes exames realizar-
se-ão: I - no nível de conclusão do ensino 
fundamental, para os maiores de quinze 
anos; II - no nível de conclusão do ensino 
médio, para os maiores de dezoito anos.
Caso os educandos adquiram 
conhecimentos e habilidades por meios 
informais, poderá haver o reconhecimento 
através de exames (§2º).
Segundo o Conselho Nacional de 
Educação, através de sua Resolução 
nº 07/2012, que trata das Diretrizes 
Curriculares nacionais para o Ensino 
Fundamental e da Educação de Jovens 
e Adultos nos artigos 43 a 47, é preciso 
para a sua realização que a mesma seja 
pautada pela inclusão e pela qualidade 
social, requerendo: I – um processo 
de gestão e financiamento que lhe 
assegure isonomia em relação ao Ensino 
35UNIDADE 1
Fundamental regular; II – um modelo 
pedagógico próprio que permita 
a apropriação e a contextualização 
das Diretrizes Curriculares Nacionais; 
III – a implantação de um sistema de 
monitoramento e avaliação; IV – uma 
política de formação permanente de 
seus professores; e V – maior alocação 
de recursos para que seja ministrada por 
docentes licenciados.
Ainda segundo o artigo 45 da referida 
resolução, a idade mínima para o ingresso 
nos cursos de EJA e para a realização de 
exames de conclusão de EJA será de 
15 (quinze) anos completos (conforme 
Parecer CNE/CEB nº 6/2010). Ademais, 
considerada a prioridade de atendimento 
à escolarização obrigatória, para que 
haja oferta capaz de contemplar o pleno 
atendimento dos adolescentes, jovens 
e adultos na faixa dos 15 (quinze) anos 
ou mais, com defasagem idade/série, 
tanto na sequência do ensino regular, 
quanto em EJA, assim como nos cursos 
destinados à formação profissional, 
é necessário: I – fazer a chamada 
ampliada dos estudantes em todas as 
modalidades do Ensino Fundamental; 
II – apoiar as redes e os sistemas de 
ensino a estabelecerem política própria 
para o atendimento desses estudantes, 
que considere as suas potencialidades, 
necessidades, expectativas em relação à 
vida, às culturas juvenis e ao mundo do 
trabalho, inclusive para programas de 
aceleração de aprendizagem, quando 
necessário; III – incentivar a oferta de 
EJA nos períodos diurno e noturno, com 
avaliação em processo.
Com relação aos anos iniciais do Ensino 
Fundamental, o artigo 46 da resolução 
determina que será presencial e sua 
duração ficará a critério de cada sistema 
de ensino. Já nos anos finais (do sexto 
ao nono ano), os cursos poderão ser 
presenciais ou a distância, desde que 
devidamente credenciados e com 
duração de 1.600 (mil e seiscentas) horas. 
O modelo pedagógico irá assegurar: I – 
a identificação e o reconhecimento das 
formas de aprender dos adolescentes, 
jovens e adultos e a valorização de 
seus conhecimentos e experiências; 
II – a distribuição dos componentes 
curriculares de modo a proporcionar 
um patamar igualitário de formação, 
bem como a sua disposição adequada 
nos tempos e espaços educativos, em 
face das necessidades específicas dos 
estudantes.
Por fim, segundo o artigo 47 da 
Resolução 07/2010 do Conselho 
Nacional de Educação, a inserção de 
Educação de Jovens e Adultos no 
Sistema Nacional de Avaliação da 
Educação Básica, incluindo, além da 
avaliação do rendimento dos alunos, a 
aferição de indicadores institucionais das 
redes públicas e privadas, concorrerá 
para a universalização e a melhoria da 
qualidade do processo educativo.
Organização da Educação Básica
36 UNIDADE 1
Da Educação Profissional
A educação profissional ganhou 
destaque com a Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional (LDB) que 
tratou do tema em capítulo próprio, 
correspondente ao estudo do presente 
módulo. Dessa forma, desde a edição 
da LDB foi possível perceber uma 
preocupação do legislador quanto à 
importância da relação entre educação 
e trabalho. Conforme se infere da 
leitura do artigo 39, houve, também, 
uma preocupação de que o ensino 
profissionalizante tornasse o educando 
apto para a vida produtiva. Assim, é 
possível percebermos que o tratamento 
dado pela LDB à educação profissional 
visa com que este tipo de ensino não seja 
apenas restrito no espaço escolar, mas, 
também esteja no ambiente de trabalho.
Acontece que as disposições referentes 
à educação profissional na LDB, 
principalmente no tocante à sua redação 
original, são muito genéricas, o que 
inclusive é justificável em virtude de 
se tratar de uma norma geral sobre 
o assunto. Contudo, tal fato resultou 
em mudanças legislativas ao longo do 
tempo, impulsionadas principalmente 
pelas políticas de governo que estava à 
frente. Neste sentido, podemos perceber 
que ao longo do governo Fernando 
Henrique Cardoso (FHC) houve uma 
preocupação em dissociar a educação 
profissional do ensino médio (também 
chamado de ensino propedêutico). O 
Decreto nº 2.208/97, que regulava a 
educação profissional, deixava bastante 
clara a intenção do governo em separar 
estes dois tipos de ensino.
Posteriormente, já no governo Lula, 
o referido decreto foi substituído 
pelo Decreto 5.154/2004, onde 
havia claramente uma intenção do 
legislador em criar uma integração 
entre o ensino propedêutico e o 
ensino profissionalizante. Ainda neste 
governo houve a edição do Decreto 
nº 5.478/2005, criando o Programa de 
Integração da Educação Profissional ao 
Fique atento!
Caso o valor por aluno não alcance o mínimo definido nacionalmente, haverá 
uma complementação advinda de parcela de recursos federais.
37UNIDADE 1
Ensino Médiona Modalidade de Jovens e 
Adultos – PROEJA. Finalmente, em 2008 
foi editada a Lei nº 11.741 que introduziu 
mudanças na LDB em consonância com 
o Decreto nº 5.154/2004. Assim, houve 
a introdução ao Capítulo II (Da Educação 
Básica) de uma nova seção que tratava 
“Da Educação Profissional Técnica de 
Nível Médio” cuja principal função foi 
justamente realizar a integração entre 
os dois tipos de ensino, agora em nível 
legal.
Além dessa nova seção, os artigos 39 a 
42 da LDB também sofreram alterações 
com novas redações dada pela Lei 
nº 11.741/2008, além de abranger 
o título do Capítulo III que passou a 
ser denominado como “Da Educação 
Profissional e Tecnológica”.
Buscando atingir os objetivos da 
educação nacional, notadamente o de 
preparar o cidadão para o mercado 
de trabalho, a educação profissional e 
tecnológica será integrada aos diferentes 
níveis e modalidades de educação e 
às dimensões do trabalho, da ciência 
e da tecnologia (artigo 39). Desde que 
observadas as normas do respectivo 
sistema e nível de ensino e possibilitando 
a construção de diferentes itinerários 
formativos, os cursos de educação 
profissional e tecnológica poderão ser 
organizados por eixos tecnológicos (§1º). 
Ademais, abrangerão três tipos distintos 
de cursos: I – formação inicial e continuada 
ou qualificação profissional; II – educação 
profissional técnica de nível médio; e III 
– educação profissional tecnológica de 
graduação e pós-graduação (§2º). Com 
relação a este último curso, o Conselho 
Nacional de Educação irá estabelecer 
as diretrizes curriculares nacionais pelas 
quais estes cursos deverão determinar 
seus objetivos, características e duração 
(§3º).
O Decreto nº 5.154/2004 irá regulamentar 
a forma como a educação profissional 
irá ser desenvolvida em articulação 
com o ensino regular ou por diferentes 
estratégias de educação continuada, 
em instituições especializadas ou no 
ambiente de trabalho (art. 40).
A LDB ainda determina que poderá 
haver a avaliação, o reconhecimento, 
e certificação para prosseguimento ou 
conclusão de estudos, no que diz respeito 
ao conhecimento adquirido na educação 
profissional e tecnológica, inclusive no 
trabalho (art. 41). Além disso, haverá 
cursos especiais, abertos à comunidade, 
oferecidos pelas instituições de 
educação profissional e tecnológica. 
Para a matrícula nestes cursos será 
levada em consideração a capacidade de 
aproveitamento e não necessariamente 
o nível de escolaridade (art. 42). 
Da Educação Profissional Técnica de 
Nível Médio
Organização da Educação Básica
38 UNIDADE 1
A Lei nº 11.741/2008 incluiu na LDB a 
Seção IV-A dispondo sobre a educação 
profissional técnica de nível médio, 
incluindo os artigos 36-A, 36-B, 36-C e 
36-D. 
Trata-se de uma educação de ensino 
médio que irá prover a formação geral 
do educando e, ao mesmo tempo, 
prepará-lo para o exercício de profissões 
técnicas (artigo 36-A). A preparação da 
educação profissional técnica de nível 
médio poderá ser desenvolvida nos 
próprios estabelecimentos de ensino 
médio ou em cooperação com instituições 
especializadas em educação profissional. 
Da mesma forma e facultativamente irá 
ocorrer para a habilitação profissional 
(parágrafo único).
As formas de desenvolvimento da 
educação profissional técnica poderão 
ser ou articulada com o ensino médio, 
ou, subsequente, em cursos destinados a 
quem já tenha concluído o ensino médio 
(artigo 36-B). 
Para tanto, a educação profissional 
técnica deverá observar: I - os objetivos 
e definições contidos nas diretrizes 
curriculares nacionais estabelecidas pelo 
Conselho Nacional de Educação; II - as 
normas complementares dos respectivos 
sistemas de ensino; III - as exigências de 
cada instituição de ensino, nos termos 
de seu projeto pedagógico (parágrafo 
único). 
Com relação aos objetivos, o Conselho 
Nacional de Educação, através da 
Resolução nº 06/2012, que define 
Diretrizes Curriculares Nacionais 
para a Educação Profissional Técnica 
de Nível Médio, esclarece em seu 
artigo 5º que estes cursos têm por 
finalidade proporcionar ao estudante 
conhecimentos, saberes e competências 
profissionais necessárias ao exercício 
profissional e da cidadania, com base nos 
fundamentos científico-tecnológicos, 
sócio-históricos e culturais.
No caso da educação profissional técnica 
de nível médio articulada com este será 
desenvolvida de forma: I - integrada, 
oferecida somente a quem já tenha 
concluído o ensino fundamental, sendo 
o curso planejado de modo a conduzir 
o aluno à habilitação profissional técnica 
de nível médio, na mesma instituição de 
ensino, efetuando-se matrícula única para 
cada aluno; II - concomitante, oferecida 
a quem ingresse no ensino médio ou 
O FUNDEB veio para substi-
tuir o Fundo de Manutenção 
e Desenvolvimento do Ensino 
Fundamental e de Valorização do Magis-
trado (FUNDEF), cuja vigência durou de 
1998 a 2006. 
Curiosidade:
39UNIDADE 1
já o esteja cursando, efetuando-se 
matrículas distintas para cada curso, 
e podendo ocorrer: a) na mesma 
instituição de ensino, aproveitando-se as 
oportunidades educacionais disponíveis; 
b) em instituições de ensino distintas, 
aproveitando-se as oportunidades 
educacionais disponíveis; c) em 
instituições de ensino distintas, mediante 
convênios de intercomplementaridade, 
visando ao planejamento e ao 
desenvolvimento de projeto pedagógico 
unificado. 
Com relação aos diplomas, o artigo 
36-D determina que terão validade 
nacional e habilitarão os educandos 
para prosseguimento na educação 
superior, caso assim queiram. Ademais, 
o parágrafo único determina que os 
cursos de educação profissional técnica 
de nível médio, nas formas articulada 
concomitante e subsequente, quando 
estruturados e organizados em etapas 
com terminalidade, possibilitarão a 
obtenção de certificados de qualificação 
para o trabalho após a conclusão, com 
aproveitamento, de cada etapa que 
caracterize uma qualificação para o 
trabalho. 
Com relação à avaliação da Educação 
Profissional Técnica de Nível Médio, 
a Resolução nº 06/2012 do Conselho 
Nacional de Educação estabelece, em 
seu artigo 39, que na formulação e no 
desenvolvimento de política pública para 
a Educação Profissional e Tecnológica, o 
Ministério da Educação, em regime de 
colaboração com os Conselhos Nacional 
e Estaduais de Educação e demais órgãos 
dos respectivos sistemas de ensino, 
promoverá, periodicamente, a avaliação 
da Educação Profissional Técnica de 
Nível Médio, garantida a divulgação 
dos resultados, com a finalidade de: 
I – promover maior articulação entre as 
demandas socioeconômico-ambientais 
e a oferta de cursos, do ponto de vista 
qualitativo e quantitativo; II – promover 
a expansão de sua oferta, em cada eixo 
tecnológico; III – promover a melhoria 
Para ler a Norma Regulamentadora de Segurança e 
Saúde do Trabalhador NR17/ ERGONOMIA acesse o link: goo.gl/MfLXvD
Para saber mais:
Organização da Educação Básica
40 UNIDADE 1
Assista à videoaula com este conteúdo. 
da qualidade pedagógica e efetividade 
social, com ênfase no acesso, na 
permanência e no êxito no percurso 
formativo e na inserção socioprofissional; 
IV – zelar pelo cumprimento das 
responsabilidades sociais e das 
instituições mediante valorização de sua 
missão, afirmação da autonomia e da 
identidade institucional, atendimento às 
demandas socioeconômico-ambientais, 
promoção dos valores democráticos e 
respeito à diferença e à diversidade.
Por fim, com relação à formação do 
docente para a Educação Profissional 
Técnica de Nível Médio, a referida 
resolução dispõe em seu artigo 40 que a 
formação inicial realiza-se em cursos de 
graduação e programas de licenciatura 
ou outras formas, em consonância com 
a legislação e com normas específicas 
definidas pelo Conselho Nacional de 
Educação. Ademais, os sistemasde 
ensino devem viabilizar esta formação 
podendo ser organizada em cooperação 
com o Ministério da Educação e 
instituições de Educação Superior (§1º). 
Com relação aos professores graduados, 
não licenciados, em efetivo exercício 
na profissão docente ou aprovados em 
concurso público, é assegurado o direito 
de participar ou ter reconhecidos seus 
saberes profissionais em processos 
destinados à formação pedagógica ou 
à certificação da experiência docente, 
podendo ser considerado equivalente 
à licenciatura: I – excepcionalmente, na 
forma de pós-graduação lato sensu, de 
caráter pedagógico, sendo o trabalho de 
conclusão de curso, preferencialmente, 
projeto de intervenção relativo à prática 
docente; II – excepcionalmente, na forma 
de reconhecimento total ou parcial 
dos saberes profissionais de docentes, 
com mais de 10 (dez) anos de efetivo 
exercício como professores da Educação 
Profissional, no âmbito da Rede 
CERTIFIC; III – na forma de uma segunda 
licenciatura, diversa da sua graduação 
original, a qual o habilitará ao exercício 
docente (§2º). 
O prazo para o cumprimento das 
excepcionalidades acima mencionadas é 
até encerrar o ano de 2020 (§3º). Já com 
relação à qualificação profissional e o 
desenvolvimento de professores, poderá 
ocorrer ações destinadas à formação 
continuada de professores, organizadas e 
viabilizadas pelos sistemas e instituições 
de ensino, não se esgotando na formação 
inicial.
41UNIDADE 1
RESUMO DA UNIDADE
A Educação Infantil é tratada na LDB 
como uma obrigação principal da família 
e complementar do Estado, conforme 
se infere da leitura dos artigos 29 a 31. 
As disposições da LDB referentes ao 
assunto sofreram alterações em quase 
sua totalidade, sendo que a principal 
delas diz respeito à alteração realizada 
pela Lei nº 12.796/2013 que adaptando 
o texto legal com a Constituição 
Federal de 1988 (alterada pela Emenda 
Constitucional nº 59/2009) fixou a idade 
de obrigatoriedade para crianças na 
educação infantil na faixa etária de 4 
(quatro) a 5 (cinco) anos.
A educação infantil corresponde à primeira 
etapa da Educação Básica e tem a finali-
dade de prover o desenvolvimento integral 
da criança. Para as crianças de até 3 (três) 
anos de idade, a educação infantil será 
oferecida em creches, enquanto que para 
as crianças entre 4 (quatro) e 5 (cinco) anos 
de idade será oferecida em pré-escolas.
O artigo 31 da LDB trata das regras de 
organização da educação infantil, sendo 
destacado que nesta fase da educação o 
educando não pode ser reprovado.
O Conselho Nacional de Educação, 
através da Resolução nº 4/2010, traça os 
objetivos da Educação Infantil.
Os estabelecimentos de creches e 
pré-escolas e das jornadas e turnos 
da Educação Infantil são tratadas pelo 
Conselho Nacional de Educação através 
de sua Resolução nº 05/2009, onde 
conceitua creches e pré-escolas como 
espaços institucionais não domésticos 
que constituem estabelecimentos 
públicos ou privados que educam e 
cuidam de crianças de 0 (zero) a 5 (cinco) 
anos de idade, no período diurno, em 
jornada integral ou parcial, e, regulados 
e supervisionados por órgão competente 
do sistema de ensino, sendo submetidos 
a controle social.
Com relação aos professores, o tema 
foi debatido pelo Conselho Nacional 
de Educação no Parecer nº 17/2012, 
onde concluiu-se que o profissional da 
educação infantil deve ser um especialista, 
devendo saber cumprir determinadas 
funções, tendo uma formação que o 
possibilite a lidar com a organização 
dos espaços e dos tempos das unidades 
(estabelecimentos) de Educação Infantil 
e com as dinâmicas dos grupos infantis 
com foco em diferentes prioridades.
A LDB trata do ensino fundamental nos 
artigos 32 a 34. O ensino fundamental 
passou a ser de 9 (nove) anos com o 
advento da Lei nº 11.274/2006. Ademais, 
Organização da Educação Básica
42 UNIDADE 1
o artigo 32 ainda dispõe que o ensino 
fundamental obrigatório e gratuito nas 
escolas públicas iniciará aos 6 (seis) 
anos de idade tendo como objetivo a 
formação básica do cidadão.
O Conselho Nacional de Educação, 
através de sua Resolução nº 7/2010, fixou 
as Diretrizes Curriculares Nacionais para 
o Ensino Fundamental de 9 (nove) anos, 
onde se encontram os fundamentos, 
princípios e procedimentos para orientar 
as políticas públicas educacionais, 
aplicando-se a todas as modalidades de 
Ensino Fundamental previstas na LDB.
A LDB, em seu artigo 34, determina 
que a jornada no ensino fundamental 
incluirá pelo menos quatro horas de 
trabalho efetivo em sala de aula, sendo 
progressivamente ampliado o período de 
permanência na escola, com exceção do 
ensino noturno e das formas alternativas 
de organização autorizadas na LDB.
A Resolução 07/2010 do Conselho 
Nacional de Educação determina em seu 
artigo 8º que o Ensino Fundamental, com 
duração de 9 (nove) anos, abrangerá 
a população na faixa etária dos 6 (seis) 
aos 14 (quatorze) anos de idade e se 
estende, também, a todos os que, na 
idade própria, não tiveram condições de 
frequentá-lo. 
O Conselho Nacional de Educação 
apresenta disposições a respeito do 
currículo do Ensino Fundamental em sua 
Resolução nº 07/2010. 
O artigo 26 da LDB determina os 
componentes curriculares obrigatórios do 
Ensino Fundamental e a sua organização 
em relação às áreas de conhecimento.
Outra disposição da LDB pertinente ao 
ensino fundamental é a possibilidade de 
se desdobrar em ciclos.
O parágrafo 6º do artigo 32 da LDB, 
incluído pela Lei nº 12.472/2011, dispõe 
que estudo sobre os símbolos nacionais 
será incluído como tema transversal nos 
currículos do ensino fundamental.
Sobre o ensino religioso no ensino 
fundamental, a LDB dispõe no artigo 33, 
com redação dada pela Lei nº 9.475/97, 
que este será de matrícula facultativa, e 
será parte integrante da formação básica 
do cidadão, constituindo disciplina dos 
horários normais das escolas públicas 
de ensino fundamental, assegurado o 
respeito à diversidade cultural religiosa 
do Brasil, vedadas quaisquer formas de 
proselitismo.
O ensino médio corresponde à parte 
final da Educação Básica. O artigo 35 
da LDB apresenta como finalidades 
do ensino médio a consolidação e o 
aprofundamento dos conhecimentos 
adquiridos no ensino fundamental, 
possibilitando o prosseguimento de 
43UNIDADE 1
estudos; a preparação básica para o 
trabalho e a cidadania do educando, 
para continuar aprendendo, de modo a 
ser capaz de se adaptar com flexibilidade 
a novas condições de ocupação 
ou aperfeiçoamento posteriores; o 
aprimoramento do educando como 
pessoa humana, incluindo a formação 
ética e o desenvolvimento da autonomia 
intelectual e do pensamento crítico; 
a compreensão dos fundamentos 
científico-tecnológicos dos processos 
produtivos, relacionando a teoria com a 
prática, no ensino de cada disciplina.
As diretrizes específicas do ensino médio 
são: destacar a educação tecnológica 
básica, a compreensão do significado da 
ciência, das letras e das artes; o processo 
histórico de transformação da sociedade 
e da cultura; a língua portuguesa como 
instrumento de comunicação, acesso ao 
conhecimento e exercício da cidadania; 
adotar metodologias de ensino e de 
avaliação que estimulem a iniciativa 
dos estudantes; incluir uma língua 
estrangeira moderna, como disciplina 
obrigatória, escolhida pela comunidade 
escolar, e uma segunda, em caráter 
optativo, dentro das disponibilidades 
da instituição, inclusão da Filosofia e da 
Sociologia como disciplinas obrigatórias 
em todas as séries do ensino médio. 
Os conteúdos, as metodologias e as 
formas de avaliação serão organizados 
de tal forma que ao final do ensino 
médio o educando demonstre 
domínio dos princípios científicos e 
tecnológicos que presidem a produção 
moderna; e conhecimento das formas 
contemporâneas de linguagem.
Com relação às formas deoferta e 
organização, as Diretrizes Curriculares 
Nacionais do Ensino Médio previstas 
na Resolução nº 2/2012 do Conselho 
Nacional de Educação deixa claro que o 
Ensino Médio, etapa final da Educação 
Básica, concebida como conjunto 
orgânico, sequencial e articulado, deve 
assegurar sua função formativa para 
todos os estudantes, sejam adolescentes, 
jovens ou adultos. Assim, o artigo 14 
da referida resolução apresenta rol de 
exigências que devem ser atendidas.
Com relação à educação de jovens e 
adultos, conhecida pela sigla EJA, a LDB 
tratou nos artigos 37 e 38. É modalidade 
de educação destinadas àqueles que 
não tiveram acesso ou continuidade de 
estudos no ensino fundamental e médio 
na idade própria. Para ser gratuito deve 
ser levado em conta as características do 
aluno, seus interesses, condições de vida 
e trabalho, mediante cursos e exames. 
O Poder Púbico, através de ações 
complementares irá estimular o acesso e 
a permanência do trabalhador na escola.
A Educação Profissional é tratada 
em capítulo próprio da LDB, o que 
demonstrou uma preocupação do 
Organização da Educação Básica
44 UNIDADE 1
legislador da relação entre o trabalho e a 
educação. O artigo 39 da LDB apresenta 
uma preocupação em que o ensino 
profissionalizante torne apto o educando 
para a vida produtiva, não sendo este 
tipo de ensino apenas limitado ao 
estabelecimento escolar, mas também 
ao ambiente de trabalho.
As normas da Educação Profissional 
na LDB são, contudo, consideradas 
bastante genéricas e, ao longo do tempo, 
foi possível perceber um tratamento 
diferenciado dado pelo governo federal, 
a depender da linha partidária que estava 
à frente do Poder Executivo. 
No governo Lula foi editada a Lei 
nº 11.741/2008 que apresenta um 
posicionamento deste governo no 
sentido de haver uma integração entre 
o ensino regular e o profissionalizante, 
acrescentando ao texto da LDB os 
artigos 36-A, 36-B, 36-C e 36-D, criando 
a Educação Profissional Técnica de Nível 
Médio.
Trata-se de uma educação de ensino 
médio que irá prover a formação geral 
do educando e, ao mesmo tempo, 
prepará-lo para o exercício de profissões 
técnicas. A preparação da educação 
profissional técnica de nível médio 
poderá ser desenvolvida nos próprios 
estabelecimentos de ensino médio 
ou em cooperação com instituições 
especializadas em educação profissional. 
Da mesma forma e facultativamente irá 
ocorrer para a habilitação profissional.
45UNIDADE 1
EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM
1. Sobre a educação infantil, assinale a opção correta.
a) A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 6 (seis) anos, em seus aspectos: físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
b) A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 4 (quatro) anos, em seus aspectos: físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
c) A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 5 (cinco) anos, em seus aspectos: físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
d) A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem como finalidade o 
desenvolvimento integral da criança de até 3 (três) anos, em seus aspectos: físico, 
psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.
2. Assinale a opção correta.
a) A Educação Infantil terá atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias 
para o turno parcial e de 7 (sete) horas para a jornada integral.
b) A Educação Infantil terá atendimento à criança de, no mínimo, 4 (quatro) horas diárias 
para o turno parcial e de 8 (oito) horas para a jornada integral.
c) A Educação Infantil terá atendimento à criança de, no mínimo, 6 (seis) horas diárias 
para o turno parcial e de 8 (oito) horas para a jornada integral.
d) A Educação Infantil terá atendimento à criança de, no mínimo, 3 (três) horas diárias 
para o turno parcial e de 6 (seis) horas para a jornada integral.
Organização da Educação Básica
46 UNIDADE 1
3. Assinale a opção correta.
a) A Educação Infantil terá controle de frequência pela instituição de educação 
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 50% do total de horas.
b) A Educação Infantil terá controle de frequência pela instituição de educação 
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 60% do total de horas.
c) A Educação Infantil terá controle de frequência pela instituição de educação 
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 70% do total de horas.
d) A Educação Infantil terá controle de frequência pela instituição de educação 
pré-escolar, exigida a frequência mínima de 75% do total de horas.
4. Assinale a opção correta.
a) O ensino religioso, de matrícula obrigatória, é parte integrante da formação básica 
do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
médio.
b) O ensino religioso, de matrícula obrigatória, é parte integrante da formação básica 
do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental.
c) O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica 
do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
médio.
d) O ensino religioso, de matrícula facultativa, é parte integrante da formação básica 
do cidadão e constitui disciplina dos horários normais das escolas públicas de ensino 
fundamental.
47UNIDADE 1
5. Assinale a opção correta.
a) Com relação à educação profissional técnica de nível médio, a preparação geral para 
o trabalho e, facultativamente, a habilitação profissional poderão ser desenvolvidas 
nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições 
especializadas em educação profissional.
b) Com relação à educação profissional técnica de nível médio, a preparação geral 
para o trabalho e a habilitação profissional deverão ser desenvolvidas nos próprios 
estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições especializadas 
em educação profissional.
c) Com relação à educação profissional técnica de nível médio, a habilitação profissional 
e, facultativamente, a preparação geral para o trabalho poderão ser desenvolvidas 
nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação com instituições 
especializadas em educação profissional.
c) Com relação à educação profissional técnica de nível médio, a habilitação profissional 
e, facultativamente, a preparação geral para o trabalho poderão ser desenvolvidas nos 
próprios estabelecimentos de ensino médio.
6. Assinale a opção correta:
a) O ensino médio corresponde à etapa final da educação básica, com duração máxima 
de 3 anos.
b) O ensino médio corresponde à etapa final da educação básica, com duração mínima 
de 3 anos.
c) O ensino médio corresponde à etapa final da educação básica, com duração máxima 
de 4 anos.
d) O ensino médio corresponde à etapa final da educação básica, com duração mínima 
de 4 anos.
Organização da Educação Básica
48 UNIDADE 1
7. Assinale a opção correta. Com relação ao currículo do ensino médio:
a) Serão incluídas Filosofia e Antropologia como disciplinas obrigatórias em todas as 
séries do ensino médio.
b) Serão incluídas Filosofia e Sociologia como disciplinas obrigatórias em todas as séries 
do ensino médio.
c) Serão incluídas Filosofia e Antropologia como disciplinas facultativas em todas as 
séries do ensino médio.
d) Serão incluídas Filosofia e Sociologia como disciplinas facultativas em todas as séries 
do ensino médio.
8. Sobre a educação de jovens e adultos, assinale a opção correta.
a) Será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no