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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 1ª VARA CRIMINAL DO JURI DA COMARCA DE ___ Processo número: ___________ BRAD NORONHA, já qualificado nos autos da AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, número e epígrafe, que lhe move o MINISTÉRIO PÚBLICO, por suposto crime de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, vem por intermédio de seu bastante procurador, in fine, inconformado com a Sentença condenatória exarada, perante V. Excelência dentro do prazo legal e com fulcro no art. 593, I, do CPP, para interpor a APELAÇAO Requerendo assim, que após recebida a presente, com as razões anexas, e ouvida a parte contrária, sejam os autos encaminhados ao Egrégio Tribunal de Justiça deste Estado. Termos em que pede deferimento. DD/MM/AAAA, Cidade/Estado Advogado nome OAB/XX 00000 RAZÕES DE APELAÇÃO RECORRENTE: BRAD NORONHA RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO PROCESSO NÚMERO: __________________ ORIGEM: EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA CÂMARA BRAD NORONHA, já qualificado nos autos da AÇÃO PENAL PÚBLICA INCONDICIONADA, número e epígrafe, que lhe move o MINISTÉRIO PÚBLICO, por suposto crime de roubo qualificado pelo emprego de arma de fogo, vem por intermédio de seu bastante procurador, in fine, inconformado com a Sentença condenatória exarada, perante V. Excelência dentro do prazo legal e com fulcro no art. 593, I, do CPP, para interpor a APELAÇAO Pelos fatos e fundamentos expostos adiante. I. DOS FATOS O apelante foi condenado nas sanções do artigo 157, §2º do CPP, roubo majorado pelo emprego de arma de fogo. Esclareça-se que na fase instrutória, não houve provas suficientes que comprovassem que o acusado realmente estava portando uma arma de fogo no momento do crime. Pois as vítimas e testemunhas afirmaram que não ouviram disparos, assim como a polícia não encontrou arma no momento do fato, e nem posteriormente. Fora afirmado apenas que ele estava portanto o objeto, mas não há indícios que comprovem essa afirmação. Ocorre que não houve perícia no local, tornando ainda mais precária as provas contra o réu. Os policias alegaram que ouviram testemunhas gritando : “Pega ladrão”, e foram atrás do suposto infrator. Onde este se jogou em um valão com um objeto cujo as testemunhas supuseram que fosse uma arma de fogo. Destaca-se que o procedimento de reconhecimento fora realizado através de um procedimento de reconhecimento consubstanciado pela visão através de um pequeno orifício da sala onde encontrava-se o acusado. Diante dos fatos narrados a sentença condenatória merece ser reformada. II. PRELIMINARMENTE Destaca-se inicialmente, a desobediência do disposto no artigo 226, II, CPP, que impõe condições para o procedimento de reconhecimento de pessoas e, por isso, requer que seja reconhecida a nulidade processual, nos termos do artigo 564 do CPP. III. DO DIREITO É notório que não há nos autos, indícios o suficiente que aponte a autoria do crime, uma vez que o reconhecimento foi realizado de maneira precária, onde a vítima apenas “espiou por um buraco de fechadura”. Além disso, também não houve perícia no local onde ocorreu o fato. Destaca-se ainda, a nulidade processual, devido o procedimento de reconhecimento pela vítima ter ocorrido de maneira totalmente contrária à lei. IV. DOS PEDIDOS Isso posto, requer: 1. A reforma da sentença proferida pelo M.M. Juiz a quo, sendo exarada com a absolvição do Apelante, com fulcro no artigo 386,V, DPP, uma vez que não está provado que o acusado tenha concorrido para a prática do ato delituoso; 2. Caso o item 1 não seja deferido, que seja então anulada a sentença condenatória, uma vez que o reconhecimento foi realizado de maneira precária, não obedecendo o previsto e lei; 3. E ainda, caso os pedidos 1 ou 2, não sejam deferidos, pelo princípio do in dúbio pro réu, que seja o réu condenado com base no crime de furto. . Termos em pede e espera deferimento. DD/MM/AAAA, Cidade/Estado Advogado nome OAB/XX 00000