Buscar

Moluscos da Esquistossomose

Prévia do material em texto

@ v i t o r i a f x | 1 
 
 
INTRODUÇÃO 
Os caramujos são os hospedeiros intermediários da 
esquitossomose. 
Três espécies possuem importância epidemiológica: 
Biomphalaria glabrata (mais importante devido nível 
de infecção e distribuição), Biomphalaria tenagophila e 
Biomphalaria straminea. 
 
a. Biomphalaria glabrata 
b. Biomphalaria stramínea 
c. Biomphalaria tenagophila 
 
 
 
 
 
 
→ Habitat: os caramujos são comuns a ambientes 
hídricos: 
• Água doce; artificiais; temporários; 
• Ambientes hídricos de todos os tipos, 
tamanhos e profundidades. 
 
→ Alimentação: 
• Caramujos jovens alimentam-se de algas; 
• Os adultos alimentam-se de vegetais em 
decomposição e folhas verdes. 
 
São bem fáceis de se disseminar, já que podem fazer 
autofecundação gerando 10 milhões de descendentes 
em três meses. 
 
CARAMUJO BIOMPHALARIA 
→ Localizados ao redor do domicilio de comunidades 
urbanas e rurais. 
→ Locais desprovidos de água encanada ou 
saneamento. 
 
 
Capacidade de sobrevivência: 
→ Sobrevivência até na ausência de água: 
• Com retração do corpo no interior da 
concha; 
• Essa resposta diminui os efeitos diretos da 
dessecação. 
• 
→ Sua sobrevivência fora da água vai depender de sua 
capacidade de conservar recursos: 
• Água; oxigênio e energia. 
 
 
@ v i t o r i a f x | 2 
 
Capacidade de sobrevivência: 
→ Rapidez do desenvolvimento; 
→ Altas taxas de fecundidade e fertilidade; 
→ Capacidade da reprodução em indivíduos muito 
jovens; 
→ Acasalamento um mês após a eclosão. 
 
Ovos biomphalaria 
 
 
 
CICLO BIOLÓGICO DA ESQUITOSSOMOSE 
 
 
1. O ovo do parasita é liberado pelas fezes; 
 
2. Ovos na água (água doce e parada) liberam o 
miracídio; 
 
3. O miracídio penetra no caramujo; 
 
4. Dentro do caramujo o miracídio se diferencia em 
diversos gêneros de esporócitos até forma a 
cercaria; Cada miracídio pode gerar até 100.000 
cercárias. 
 
5. A cercaria saí do caramujo e nada até encontrar o 
ser humano; 
 
6. A cercaria penetra na pele humana, perdendo sua 
cauda, e transformando-se em esquitossômulo; 
 
7. O esquitossômulo vai para o sistema porta-
hepático e se transforma-se em verme adulto 
(hermafrodita – macho e fêmea); 
 
8. O casal adulto migra para as veias mesentéricas 
inferiores e inicia a ovoposição. Com isso, há dois 
caminhos para seguir: 
a. Caminho 1 – os ovos migram para o fígado, 
causando danos ao órgão. 
b. Caminho 2 – os ovos migram para a luz do 
intestino e são eliminados pelas fezes. 
 
BOLETIM EPIDEMIOLÓGICO BAHIA 2019 
→ Maior número de casos de esquistossomose no 
Brasil: 
• 1° - Alagoas; 
• 2° - Pernambuco; 
• 3° - Bahia. 
 
→ A Esquistossomose é endêmica em vasta extensão 
do território baiano 
→ Considerada ainda um grave problema de saúde 
pública. 
→ Do total de 417 municípios existentes no estado da 
Bahia: 
• 67 (40%) são endêmicos; 
• 122 (29,3%) são focais; 
• 28 (30,7%) são indenes. 
 
TRANSMISSÃO 
→ Existência do caramujo transmissor. 
→ Contato com a água contaminada. 
→ Fazer tarefas domésticas em águas contaminadas, 
como lavar roupas. 
→ Morar em comunidades rurais, populações 
agrícolas e de pesca. 
@ v i t o r i a f x | 3 
 
→ Morar em região onde há falta de saneamento 
básico. 
→ Morar em regiões onde não há água potável. 
 
CONTROLE DOS MOLUSCOS 
→ Investigação epidemiológica pode determinar a 
necessidade de controle ou eliminação de 
determinada população de moluscos. 
 
→ Década de 70 --- Niclosamida é o moluscicida 
recomendado pela OMS. 
• Entretanto, tem alta toxicidade para 
muitos organismos aquáticos. 
→ Qualquer intervenção no meio ambiente deve ser 
precedida: 
• por contato com o órgão ambiental 
competente na região; 
• ir de acordo com a legislação estadual ou 
federal pertinente. 
 
MEDIDAS DE SANEAMENTO AMBIENTAL 
→ Aterro, drenagem de coleções hídricas; 
→ Revestimento e canalização de cursos d’água; 
→ Limpeza e remoção das vegetações marginal e 
flutuante; 
→ Abastecimento de água para consumo humano; 
→ Esgotamento sanitário; 
→ Controle do represamento de águas; 
→ Correção de sistemas de irrigação; 
→ Melhoria da infraestrutura sanitária; 
→ Instalações hidrossanitárias domiciliares. 
→ Construir e usar fossa sanitárias; 
→ Utilizar a água não contaminada para fim 
doméstico; 
→ Ferver a água ou deixar descansar de um dia para 
o outro; 
→ Evitar banhos, pescaria, natação e lavagem de 
roupa em rios, lagoas, córregos; 
→ Utilizar equipamentos de proteção como luvas e 
botas de borracha no trabalho em contato com 
água suspeita ou contaminadas; 
→ Retirar a vegetação e limpar as margens de 
coleções de águas; 
→ Impedir o lançamento de dejetos humanos em 
coleções de água; 
→ Divulgar as medidas de prevenção junto aos seus 
grupos sociais.

Mais conteúdos dessa disciplina