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Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
O Contrato 
A entrevista inicial que precede à formalização do 
compromisso contratual tem a finalidade não 
unicamente de avaliação, mas também a de uma mútua 
“apresentação” das características pessoais de cada 
um e a instalação de uma “atmosfera” de traba lho, 
tendo muito em vista a criação espontânea de uma 
“aliança terapêutica” 
Aliança terapêutica 
Designa o fato de que, independentemente se o 
paciente está em transferência positiva ou negativa, 
existe uma parte sua, ainda que oculta, que está bem 
ligada e cooperativa com a tarefa analítica 
Transferência positiva 
“Transferência Positiva” significa dizer que o analisando 
é assíduo, pontual, sério, associa bem, demonstra uma 
afetuosidade, concorda com as interpretações etc. 
 Sem estar em uma verdadeira aliança 
terapêutica que, embora assemelhadas, são 
muito diferentes entre si. 
Transferência negativa 
“transferência negativa” significa dizer que o analisado 
contesta tudo, agride verbalmente, resiste com faltas, 
atrasos, ameaças e actings etc. 
 E que, este analisando está em plena aliança 
terapêutica, que lhe assegura o direito de exibir 
o seu lado agressivo, e garante a continuidade 
do trabalho analítico 
Match 
Diz respeito ao fato de que as características reais de 
cada um do par analítico, quer de afinidade, rejeição e, 
principalmente, da presença de possíveis “pontos 
cegos” no analista, podem determinar uma decisiva 
influência no curso de qualquer análise 
 Contrato, portanto, exige uma definição de 
papéis e funções, respectivamente por parte 
do psicanalista, do analisando e da vincularidade 
entre ambos, sendo útil considerá-los 
separadamente 
 1. Se espera que o analisando esteja bem-
motivado 
 Tomando cuidado para ver se essa motivação 
não é só passageira e que acaba sendo abalada 
quando o sujeito passa por um momento difícil 
na análise 
 2. Se espera que o analisando reflita com 
seriedade sobre todos os itens das combinações que 
estão sendo propostas para o contrato analítico e que, 
desse contrato, ele participe ativamente e não de uma 
forma passiva 
 3. O analisando deve ser mostrar verdadeiro 
em relação ao processo de análise 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
 1. Qual é a natureza de sua motivação, 
predominante, para aceitar tratar analiticamente a uma 
certa pessoa (prazer profissional, oportunidade de 
pesquisa, pressão de pessoas amigas...); 
 2. Deve ter definido para si qual é o seu projeto 
terapêutico, se o mesmo está mais voltado para a 
obtenção de “benefícios terapêuticos” ou de “resultados 
analíticos”; 
 3. Diante de um paciente bastante regressivo, o 
analista deve ponderar se ele reúne as condições de 
conhecimento teórico-técnico sobre as primitivas fases 
do desenvolvimento emocional e se está preparado para 
enfrentar possíveis passagens por situações 
transferenciais de natureza psicótica; 
 4. Se preenche as condições necessárias 
mínimas e que remetem a empatia, intuição...; 
 5. Não deve haver uma maneira única, 
estereotipada e universal de psicanalisar, e que uma 
mesma técnica pode, e deve, comportar muitas e 
diferentes táticas de abordagem e estilos pessoais de 
interpretação; 
 6. O terapeuta deve estar em condições de 
reconhecer a natureza de suas contra resistências, 
contratransferências e eventuais contra-actings; 
 7. Ele deve ter condições de envolver-se 
afetivamente com o seu analisando, sem “ficar 
envolvido”, ser firme sem ser rígido, ao mesmo tempo 
que flexível, sem ser fraco e manipulável; 
 8. A análise deve desvincular-se de toda 
pretensão terapêutica, tal como essa é concebida e 
praticada no campo da medicina; 
Hoje tende a ser consensual que ambos, de forma 
igualmente ativa, interagem e se interinfluenciam 
permanentemente. 
 O que se deve esperar é que, no contrato 
analítico, haja uma suficiente clareza nas 
combinações feitas para evitar futuros mal-
entendidos e sérias consequência 
Ambos devem zelar pela preservação das regras do 
contrato com as quais eles estão construindo um 
importantíssimo espaço novo, no qual antigas e novas 
experiências emocionais importantes serão reeditadas. 
 Quanto ao conteúdo das combinações a serem 
feitas no contrato (regras técnicas) 
Alguns analistas ainda adotam o critério original 
enquanto outros preferem por simplificar a formulação 
das combinações para o “mínimo indispensável” 
 A contemporânea psicanálise vincular evita ao 
máximo as imposições, salvo aquelas 
indispensáveis 
O importante não é o cumprimento fiel de cada uma 
das cláusulas combinadas do contrato, mas, sim, o 
estado de espírito com que elas são aceitas por ambos, 
sem alterar um necessário clima de respeito mútuo 
 E assim começar a trilhar um caminho para a 
estruturação de uma indispensável confiança 
básica. 
A inter-relação do par analítico 
obedece a três princípios básicos: 
 1. Não é simétrica 
Thainá Oliveira de Melo – Psicologia 
 
 Os lugares ocupados e os papéis a serem 
desempenhados são assimétricos e obedecem a 
um natural hierarquia 
 2.. Não é de similaridade 
 Analista e analisando não são iguais 
 O terapeuta é uma pessoa autônoma, tem sua 
própria técnica e seu próprio estilo de pensar, 
trabalhar e viver 
3. A relação que o analisando reproduz com o analista é 
isomórfica 
 Existe uma “forma análoga” de repetir 
transferencialmente as mesmas necessidades, 
emoções e defesas que caracterizaram os 
primitivos vínculos com os pais 
Referência: 
Zimerman, David E. Fundamentos psicanalíticos recurso 
eletrônico: teoria, técnica e clínica: uma abordagem 
didática. David E. Zimerman. Dados eletrônicos. – Porto 
Alegre: Artmed, 2007.

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