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BIOQUIMICA - SÍNDROME METABÓLICA

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SÍNDROME METABÓLICA
ANA DA JUSTA BARTOLO M1 – 2020.1
O termo Síndrome Metabólica descreve um conjunto de fatores de risco metabólico que se manifestam num indivíduo e aumentam as chances de desenvolver doenças cardíacas, derrames e diabetes. A Síndrome Metabólica tem como base à resistência à ação da insulina, daí também ser conhecida como síndrome de resistência à insulina. Isto é: a insulina age menos nos tecidos, obrigando o pâncreas a produzir mais insulina e elevando o seu nível no sangue. Alguns fatores contribuem para o aparecimento: os genéticos, excesso de peso (principalmente na região abdominal) e a ausência de atividade física.
O aumento do tamanho das células do tecido adiposo pode ser crucial para gerar a síndrome metabólica (diversas alterações metabólicas importantes).
O excesso de peso na população mundial vem aumentando muito nos últimos 30 anos. Nos EUA, por exemplo, 60% da população está acima do peso, e no Brasil, pelo menos 50%.
O tecido adiposo pode ser classificado anatomicamente em subcutâneo e visceral. O perfil metabólico desses dois tecidos é diferente. O subcutâneo é mais associado ao estrogênio e menos responsivo. O tecido adiposo visceral é mais associado ao homem (ou mulheres pós menopausa) e é mais responsivo e muito ativo. O excesso de peso quando é acumulado na região visceral, está mais relacionado à síndrome metabólica.
Corticóides e medicamentos anti-virais para HIV alteram a distribuição de gordura no corpo (lipodistrofia).
O tecido adiposo possui como funções: armazenamento, controle térmico e controle contra impactos. Ele também serve como um órgão endócrino, produzindo hormônios (adipocinas) que afetam diversos tecidos do corpo, sendo esses adiponectina, leptina, resistina, angiotensinogênio e PAI-1. 
A liberação da adiponectina ocorre de forma inversamente proporcional ao tamanho do adipócito, enquanto que a das outras, é de forma diretamente proporcional.
A adiponectina é anti-inflamatória direta, aumenta a migração de GLUT4, mas é produzida em maior quantidade em indivíduos magros.
As outras, geram danos ao corpo, como o processo inflamatório, aumentar a pressão arterial e criação de trombos.
Se o indivíduo conseguir perder peso, ele libera mais adiponectina e menos as adipocinas negativas.
Mediadores inflamatórios clássicos passam a ser liberados por macrófagos no tecido adiposo, atraídos em resposta às adipocinas negativas. É uma liberação silenciosa, porém crônica.
Consequências do aumento do tecido adiposo: desregulação nas adipocinas, atração de macrófagos, liberação de mediadores inflamatórios clássicos e aumento de ácidos graxos livres.
Como consequência disso ocorre a resistência à insulina, maior pressão arterial, maior quantidade de triglicerídeos e menor quantidade de HDL. Ou seja, o indivíduo possui síndrome metabólica.