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Legislação Especial I - Módulo I

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LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE - LEI Nº 13.869/19 
Define os crimes de abuso de autoridade, cometidos por agente público, 
servidor ou não, que, no exercício de suas funções ou a pretexto de exercê-las, abuse do 
poder que lhe tenha sido atribuído. Revogou a antiga Lei de Abuso de Autoridade, Lei nº 
4.898, de 9 de dezembro de 1965. 
Sujeitos (art. 2º) 
É sujeito ativo do crime de abuso de autoridade qualquer agente público, 
servidor ou não, da administração direta, indireta ou fundacional de qualquer dos Poderes 
da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e de Território, 
compreendendo, mas não se limitando a: 
I - servidores públicos e militares ou pessoas a eles equiparadas; 
II - membros do Poder Legislativo; 
III - membros do Poder Executivo; 
IV - membros do Poder Judiciário; 
V - membros do Ministério Público; 
VI - membros dos tribunais ou conselhos de contas. 
Parágrafo único. Reputa-se agente público, para os efeitos desta Lei, todo 
aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, 
nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, 
mandato, cargo, emprego ou função em órgão ou entidade abrangidos pelo caput deste 
artigo. 
Só admite a modalidade dolosa, tendo em vista que não tem previsão culposa. 
Também exige o dolo específico, não genérico, qual seja a finalidade de prejudicar outrem 
ou beneficiar a si mesmo ou a terceiro, ou, ainda, por mero capricho ou satisfação pessoal. 
(Art. 1º, §1º). Na parte específica da lei, note-se, não há a menção do dolo específico, mas 
deve-se lembrar sempre da existência dele no artigo 1º. 
OBS: A divergência de interpretação ou na avaliação de fatos e provas não 
configura crime, o que é chamado de crime de exegese ou hermenêutica (§2º do art 1º). 
Ação Penal 
Ação é pública incondicionada. Já era na legislação anterior, mas nesta é 
explicitado. É possível que o Ministério Público arquive a denúncia e faça a remessa dos 
autos para o próprio órgão revisor. Neste caso, poderá ser oferecida a queixa-crime, por 
ação penal privada subsidiária da pública, com prazo decadencial de 6 meses – apenas 
quando ocorrer a inércia. 
Efeitos da Condenação 
Obrigação de indenizar o dano causado pelo crime, devendo o juiz, a 
requerimento do ofendido, fixar na sentença o valor mínimo para reparação dos danos 
causados pela infração, considerando os prejuízos por ele sofridos. É automática, no 
sentido de que é fixada na própria condenação. 
A inabilitação para o exercício de cargo, mandato ou função pública, pelo 
período de 1 a 5 anos e a perda do cargo, do mandato ou da função pública. Estes são 
condicionados à reincidência específica (em crime de abuso) e não é automática, devem 
ser declarados motivadamente em sentença. 
Penas Restritivas de Direito 
As penas restritivas de direito podem ser aplicadas em substituição às 
restritivas de liberdade, isolada ou cumulativamente e serão prestação de serviços à 
comunidade ou entidades públicas ou suspensão do exercício do cargo, da função ou do 
mandato, pelo prazo de 1 a 6 meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens. 
 
 
SANÇÃO DE NATUREZA CIVIL E ADMINISTRATIVA 
A legislação fixa o entendimento já aplicado em outros normativos, a 
exemplo da Lei de Improbidade Administrativa, de independência das esferas civil, 
administrativa e penal. Assim, explicita que as penalidades civis e administrativas podem 
existir independente do trâmite da ação penal, com a ressalta da absolvição criminal por 
inexistência do fato ou negativa de autoria, quando fazem coisa julgada e não poderem 
mais ser questionadas nas outras duas esferas. Acrescenta que também faz coisa julgada 
nessas duas esferas, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado 
de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no 
exercício regular de direito. 
 
 
DOS CRIMES E DAS PENAS 
Art. 9º Decretar medida de privação da liberdade em manifesta 
desconformidade com as hipóteses legais: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena a autoridade judiciária que, 
dentro de prazo razoável, deixar de: 
I - relaxar a prisão manifestamente ilegal; 
II - substituir a prisão preventiva por medida cautelar diversa ou de 
conceder liberdade provisória, quando manifestamente cabível; 
III - deferir liminar ou ordem de habeas corpus, quando manifestamente 
cabível.’ 
 
Art. 10. Decretar a condução coercitiva de testemunha ou investigado 
manifestamente descabida ou sem prévia intimação de comparecimento 
ao juízo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 12. Deixar injustificadamente de comunicar prisão em flagrante à 
autoridade judiciária no prazo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem: 
I - deixa de comunicar, imediatamente, a execução de prisão temporária 
ou preventiva à autoridade judiciária que a decretou; 
II - deixa de comunicar, imediatamente, a prisão de qualquer pessoa e 
o local onde se encontra à sua família ou à pessoa por ela indicada; 
III - deixa de entregar ao preso, no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, a 
nota de culpa, assinada pela autoridade, com o motivo da prisão e os 
nomes do condutor e das testemunhas; 
IV - prolonga a execução de pena privativa de liberdade, de prisão 
temporária, de prisão preventiva, de medida de segurança ou de 
internação, deixando, sem motivo justo e excepcionalíssimo, de 
executar o alvará de soltura imediatamente após recebido ou de 
promover a soltura do preso quando esgotado o prazo judicial ou legal. 
 
Art. 13. Constranger o preso ou o detento, mediante violência, grave 
ameaça ou redução de sua capacidade de resistência, a: 
I - exibir-se ou ter seu corpo ou parte dele exibido à curiosidade pública; 
II - submeter-se a situação vexatória ou a constrangimento não 
autorizado em lei; 
III - produzir prova contra si mesmo ou contra terceiro: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, sem prejuízo da 
pena cominada à violência. 
 
Art. 15. Constranger a depor, sob ameaça de prisão, pessoa que, em 
razão de função, ministério, ofício ou profissão, deva guardar segredo 
ou resguardar sigilo: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem prossegue com o 
interrogatório: 
I - de pessoa que tenha decidido exercer o direito ao silêncio; ou 
II - de pessoa que tenha optado por ser assistida por advogado ou 
defensor público, sem a presença de seu patrono. 
 
Art. 16. Deixar de identificar-se ou identificar-se falsamente ao preso 
por ocasião de sua captura ou quando deva fazê-lo durante sua detenção 
ou prisão: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, como responsável por 
interrogatório em sede de procedimento investigatório de infração 
penal, deixa de identificar-se ao preso ou atribui a si mesmo falsa 
identidade, cargo ou função. 
 
Art. 18. Submeter o preso a interrogatório policial durante o período de 
repouso noturno, salvo se capturado em flagrante delito ou se ele, 
devidamente assistido, consentir em prestar declarações: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 19. Impedir ou retardar, injustificadamente, o envio de pleito de 
preso à autoridade judiciária competente para a apreciação da 
legalidade de sua prisão ou das circunstâncias de sua custódia: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena o magistrado que, ciente do 
impedimento ou da demora, deixa de tomar as providências tendentes a 
saná-lo ou, não sendo competente para decidir sobre a prisão, deixa de 
enviar o pedido à autoridade judiciária que o seja. 
 
Art. 20. Impedir, sem justa causa, a entrevista pessoal e reservada dopreso com seu advogado: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem impede o preso, o réu 
solto ou o investigado de entrevistar-se pessoal e reservadamente com 
seu advogado ou defensor, por prazo razoável, antes de audiência 
judicial, e de sentar-se ao seu lado e com ele comunicar-se durante a 
audiência, salvo no curso de interrogatório ou no caso de audiência 
realizada por videoconferência. 
 
Art. 21. Manter presos de ambos os sexos na mesma cela ou espaço de 
confinamento: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem mantém, na mesma cela, 
criança ou adolescente na companhia de maior de idade ou em ambiente 
inadequado, observado o disposto na Lei nº 8.069, de 13 de julho de 
1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). 
 
Art. 22. Invadir ou adentrar, clandestina ou astuciosamente, ou à revelia 
da vontade do ocupante, imóvel alheio ou suas dependências, ou nele 
permanecer nas mesmas condições, sem determinação judicial ou fora 
das condições estabelecidas em lei: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
§ 1º Incorre na mesma pena, na forma prevista no caput deste artigo, 
quem: 
I - coage alguém, mediante violência ou grave ameaça, a franquear-lhe 
o acesso a imóvel ou suas dependências; 
III - cumpre mandado de busca e apreensão domiciliar após as 21h 
(vinte e uma horas) ou antes das 5h (cinco horas). 
§ 2º Não haverá crime se o ingresso for para prestar socorro, ou quando 
houver fundados indícios que indiquem a necessidade do ingresso em 
razão de situação de flagrante delito ou de desastre. 
 
Art. 23. Inovar artificiosamente, no curso de diligência, de investigação 
ou de processo, o estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de 
eximir-se de responsabilidade ou de responsabilizar criminalmente 
alguém ou agravar-lhe a responsabilidade: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem pratica a conduta com o 
intuito de: 
I - eximir-se de responsabilidade civil ou administrativa por excesso 
praticado no curso de diligência; 
II - omitir dados ou informações ou divulgar dados ou informações 
incompletos para desviar o curso da investigação, da diligência ou do 
processo. 
Art. 24. Constranger, sob violência ou grave ameaça, funcionário ou 
empregado de instituição hospitalar pública ou privada a admitir para 
tratamento pessoa cujo óbito já tenha ocorrido, com o fim de alterar 
local ou momento de crime, prejudicando sua apuração: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência. 
 
Art. 25. Proceder à obtenção de prova, em procedimento de 
investigação ou fiscalização, por meio manifestamente ilícito: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem faz uso de prova, em 
desfavor do investigado ou fiscalizado, com prévio conhecimento de 
sua ilicitude. 
 
Art. 27. Requisitar instauração ou instaurar procedimento investigatório 
de infração penal ou administrativa, em desfavor de alguém, à falta de 
qualquer indício da prática de crime, de ilícito funcional ou de infração 
administrativa: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Não há crime quando se tratar de sindicância ou 
investigação preliminar sumária, devidamente justificada. 
 
Art. 28. Divulgar gravação ou trecho de gravação sem relação com a 
prova que se pretenda produzir, expondo a intimidade ou a vida privada 
ou ferindo a honra ou a imagem do investigado ou acusado: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 29. Prestar informação falsa sobre procedimento judicial, policial, 
fiscal ou administrativo com o fim de prejudicar interesse de 
investigado 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 30. Dar início ou proceder à persecução penal, civil ou 
administrativa sem justa causa fundamentada ou contra quem sabe 
inocente: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 31. Estender injustificadamente a investigação, procrastinando-a 
em prejuízo do investigado ou fiscalizado 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem, inexistindo prazo para 
execução ou conclusão de procedimento, o estende de forma imotivada, 
procrastinando-o em prejuízo do investigado ou do fiscalizado. 
 
Art. 32. Negar ao interessado, seu defensor ou advogado acesso aos 
autos de investigação preliminar, ao termo circunstanciado, ao inquérito 
ou a qualquer outro procedimento investigatório de infração penal, civil 
ou administrativa, assim como impedir a obtenção de cópias, ressalvado 
o acesso a peças relativas a diligências em curso, ou que indiquem a 
realização de diligências futuras, cujo sigilo seja imprescindível: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 33. Exigir informação ou cumprimento de obrigação, inclusive o 
dever de fazer ou de não fazer, sem expresso amparo legal: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se utiliza de cargo ou 
função pública ou invoca a condição de agente público para se eximir 
de obrigação legal ou para obter vantagem ou privilégio indevido. 
 
Art. 36. Decretar, em processo judicial, a indisponibilidade de ativos 
financeiros em quantia que extrapole exacerbadamente o valor 
estimado para a satisfação da dívida da parte e, ante a demonstração, 
pela parte, da excessividade da medida, deixar de corrigi-la: 
Pena - detenção, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. 
 
Art. 37. Demorar demasiada e injustificadamente no exame de processo 
de que tenha requerido vista em órgão colegiado, com o intuito de 
procrastinar seu andamento ou retardar o julgamento: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
Art. 38. Antecipar o responsável pelas investigações, por meio de 
comunicação, inclusive rede social, atribuição de culpa, antes de 
concluídas as apurações e formalizada a acusação: 
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
 
 
LEI DE TORTURA - LEI Nº 9455/97 
Antes de 1997, não havia legislação especial para tratar os crimes de tortura, 
mas mandado de criminalização constitucional para isso (art.5º,III). Havia o postulado do 
ECA, no artigo 233, revogado, mas este não definia o que era tortura, o que causava uma 
grande dificuldade na exegese. Também pela Constituição, é crime equiparado aos 
hediondos, portanto, insuscetível de anistia, graça e indulto. É imprescritível apenas 
quanto à ação de reparação de danos (indenização por danos morais advindos de atos de 
tortura). 
A competência para o processamento é da Justiça Estadual. Quando se tratar 
de delito cometido por Policial Militar, será da Justiça Militar, exceto quando resultar em 
morte (homicídio), quando a competência é do Tribunal do Júri. A constitucionalidade é 
questionável. 
 
 
 
pessoa 
Aspectos dos Crimes de Torturas 
Constranger alguém: diz respeito à possibilidade de autodeterminação da 
 
Violência ou grave ameaça: condição necessária ao constrangimento 
Intenso sofrimento físico ou mental: dor, angustia, terror. 
Os crimes definidos são em regra comuns, e todos são dolosos. Não é possível 
haver tortura sem intenção de causar sofrimento e constrangimento. Admite tentativa. É 
instantâneo, exceto quando os atos de tortura se perduram no tempo, por exemplo, a 
privação do sono por vários dias. São formais, havendo apenas um tipo que é material, 
que é aquele tipificado na alínea C, a tortura discriminatória, pois é exigido um especial 
fim de agir. 
Tipos de Tortura 
 
Constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe 
sofrimento físico ou mental: 
Tortura Confissão: Artigo 1º,I, a - com o fim de obter informação, declaração 
ou confissão da vítima ou de terceira pessoa 
Tortura Crime: Artigo 1º, I, b - para provocar ação ou omissão de natureza 
criminosa (se for ato infracional análogo à crime também se enquadra) 
Tortura Discriminação: Artigo 1º, I, c - em razão de discriminação racial ou 
religiosa 
Tortura Castigo: Artigo 1º, II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou 
autoridade, com emprego de violência ou grave ameaça, a intenso sofrimento 
físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou medida de caráter 
preventivo 
Este é o crime bipróprio, pois tem um sujeito ativo próprio, que é o sujeito 
que tem o dever de guardar e cuidar de alguém, ou tem poder sobre outrem. 
Tortura Imprópria (tortura pela tortura): Artigo 1º, §1º Na mesma pena incorre 
quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança a sofrimento 
físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não 
resultante de medida legal. 
Também se trata de crime bipróprio, pois tem um sujeito ativo próprio que é 
a autoridade a quem incumbe o dever de vigila e cuidado do sujeito passivo 
que está em medida de segurança ou preso. 
Tortura Omissão (delito parasitário): Artigo 1º § 2º Aquele que se omite em 
face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou apurá-las. 
Qualificadoras: 
Lesão Corporal de Natureza Grave ou gravíssima - a pena é de reclusão de quatro a dez 
anos. 
Se resultar em morte - reclusão é de oito a dezesseis anos. 
Causas de Aumento: de um sexto a um terço 
1) Praticado por Agente Público 
2) Contra criança gestante adolescente e portador de deficiência. 
3) Mediante sequestro 
Efeitos da Condenação 
1) Perda do cargo, função ou emprego público e a interdição para seu exercício pelo 
dobro do prazo da pena aplicada, sendo automático, sem necessidade de 
declaração em sentença. Mas a tortura cometida tem que ter ligação com o cargo, 
emprego ou função, salvo quando a condenação for maior que quatro anos, por 
incompatibilidade lógica. 
 
 
ESTATUTO DO DESARMAMENTO - LEI Nº 10.826/03 
 
 
Dispõe sobre registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, 
sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências. 
Legislação penal em branco, cujo complemento se dá pelo Decreto 10.030/19: 
Arma de Fogo: arma que arremessa projéteis empregando a força expansiva dos 
gases, gerados pela combustão de um propelente confinado em uma câmara, 
normalmente solidária a um cano, que tem a função de dar continuidade à 
combustão do propelente, além de direção e estabilidade ao projétil. 
- De uso permitido: utilização permitida para pessoas físicas em geral, bem como 
jurídicas, de acordo com as normas do Exército. 
- De uso restrito: só pode ser utilizada pelas Forças Armadas, por algumas 
instituições de segurança e por pessoas físicas e jurídicas habilitadas, devidamente 
autorizadas pelo Exército. 
- De uso proibido: não está nem no uso restrito nem permitido, são armas de grande 
poder de destruição, instrumentos de guerra. 
Acessório: artefato que, acoplado a uma arma, possibilita a melhoria do 
desempenho do atirador, a modificação de um efeito secundário do tiro ou a 
modificação do aspecto visual da arma. 
COMPETÊNCIA DO SINARM (Art. 2º) 
O Sinarm é instituído pelo Ministério da Justiça e funciona no âmbito da Polícia 
Federal. Compete a ele: 
 
I. identificar as características e a propriedade de armas de fogo, mediante cadastro; 
II. cadastrar as armas de fogo produzidas, importadas e vendidas no País; 
III. cadastrar as autorizações de porte de arma de fogo e as renovações expedidas pela 
Polícia 
IV. cadastrar as transferências de propriedade, extravio, furto, roubo e outras 
ocorrências suscetíveis de alterar os dados cadastrais, inclusive as decorrentes de 
fechamento de empresas de segurança privada e de transporte de valores; 
V. identificar as modificações que alterem as características ou o funcionamento de 
arma de fogo; 
VI. integrar no cadastro os acervos policiais já existentes; 
VII. cadastrar as apreensões de armas de fogo, inclusive as vinculadas a procedimentos 
policiais e judiciais; 
VIII. cadastrar os armeiros em atividade no País, bem como conceder licença para 
exercer a atividade; 
IX. cadastrar mediante registro os produtores, atacadistas, varejistas, exportadores e 
importadores autorizados de armas de fogo, acessórios e munições; 
X. cadastrar a identificação do cano da arma, as características das impressões de 
raiamento e de microestriamento de projétil disparado, conforme marcação e 
testes obrigatoriamente realizados pelo fabricante; 
XI. informar às Secretarias de Segurança Pública dos Estados e do Distrito Federal os 
registros e autorizações de porte de armas de fogo nos respectivos territórios, bem 
como manter o cadastro atualizado para consulta. 
 
DO REGISTRO (Art. 3º ) 
Armas de fogo de uso restrito são registradas no Exército. As de uso permitido, 
são registradas pela Polícia Federal. Para o registro de armas permitidas, necessário, além 
da comprovação da efetiva necessidade: 
1) Comprovação de idoneidade (certidões negativas de antecedentes criminais 
fornecidas pela Justiça Federal, Estadual, Militar e Eleitoral e de não estar 
respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, que poderão ser 
fornecidas por meios eletrônicos); 
2) Ocupação Lícita e residência certa comprovada; 
3) Capacidade técnica – comprovação com curso 
4) Aptidão Psicológica – psicólogos da Polícia Federal 
5) Idade – pelo menos 25 anos, exceto integrantes das Forças Armadas, Guardas 
Municipais das capitais dos estados com mais de 500 mil habitantes, agentes 
operacionais da ABIN e dos agentes do gabinete de segurança institucional da 
presidência da república, os integrantes de carreira da Receita Federal, Auditores- 
Fiscais do Trabalho, Auditores-Fiscais e Analistas Tributários, integrantes do 
quadro efetivo de agentes e guardas prisionais (polícia penitenciária), integrantes 
das escoltas de presos e guardas portuários, força nacional de segurança pública e 
as polícias do 144 CF. 
 
 
POSSE: (Art. 5º - O certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo 
o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo 
exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, 
ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal 
pelo estabelecimento ou empresa ) manter a arma dentro da residência ou do local de 
trabalho, desde que o possuidor seja o responsável do local de trabalho. Não pode ser 
considerado local de trabalho a boleia do caminhão, o taxi, a moto, o uber, qualquer 
veículo considerado local de trabalho. Todo caso que for adquirida fora dos casos fora do 
artigo 6º da Lei de Desarmamento. 
PORTE: é trazer consigo, é poder transitar livremente com a arma registrada. 
Artigo 6º - Porte é proibido em todo território nacional, exceto para casos previstos em 
legislação própria e para: 
 
I. os integrantes das Forças Armadas; 
II. os integrantes de órgãos referidos 
nos incisos I, II, III, IV e V do caput do art. 144 
da Constituição Federal e os da Força Nacional de Segurança 
Pública (FNSP); 
III. os integrantes das guardas municipais das capitais dos Estados e 
dos Municípios com mais de 500.000 (quinhentos mil) habitantes, 
nas condições estabelecidas no regulamento desta Lei 
IV. os integrantes das guardas municipais dos Municípios com mais 
de 50.000 (cinqüenta mil) e menos de 500.000 (quinhentos mil) 
habitantes, quando em serviço 
V. os agentes operacionais da Agência Brasileira de Inteligência e 
os agentes do Departamento de Segurança do Gabinete de 
Segurança Institucional da Presidência da República 
VI. os integrantes dos órgãos policiais referidos no art. 51, IV, e no 
art. 52, XIII, da Constituição Federal; 
VII. os integrantes do quadro efetivo dosagentes e guardas prisionais, 
os integrantes das escoltas de presos e as guardas portuárias; 
VIII. empresas de segurança privada e de transporte de valores 
constituídas, nos termos desta Lei; 
IX. para os integrantes das entidades de desporto legalmente 
constituídas, cujas atividades esportivas demandem o uso de 
armas de fogo, na forma do regulamento desta Lei, observando- 
se, no que couber, a legislação ambiental. 
X. integrantes das Carreiras de Auditoria da Receita Federal do 
Brasil e de Auditoria-Fiscal do Trabalho, cargos de Auditor- 
Fiscal e Analista Tributário 
XI. Os tribunais do Poder Judiciário descritos no art. 92 da 
Constituição Federal e os Ministérios Públicos da União e dos 
Estados, para uso exclusivo de servidores de seus quadros 
pessoais que efetivamente estejam no exercício de funções de 
segurança, na forma de regulamento a ser emitido pelo Conselho 
Nacional de Justiça - CNJ e pelo Conselho Nacional do 
Ministério Público - CNMP 
 
 
Suspensão do Porte 
1 – Não comunicação de alteração de domicílio 
2 – Não comunicação de extravio ou furto de arma de fogo 
Cassação do Porte (Art. 10 §2º) 
1 – Conduzir ostensivamente a arma de fogo 
2 – Portando arma em situação de embriaguez ou uso entorpecentes 
3 – Respondendo inquérito policial ou processo criminal por crime doloso, salvo quando 
houver excludentes da ilicitude. 
 
 
DOS CRIMES 
São crimes vagos, cujo bem-jurídico tutelado é segurança pública e a paz 
pública. Por isso mesmo são de Ação Penal Pública Incondicionada. São crimes de perigo 
abstrato. Todos os crimes admitem liberdade provisória e fiança pela jurisprudência, mas 
a Lei enuncia que não cabem. A ressalva fica por conta dos crimes de Porte ou posse de 
arma de fogo de uso proibido, Comércio de Arma de Fogo, Tráfico Internacional de Arma 
de fogo que são hediondos segundo a nova regra. 
A Competência é da Justiça Estadual, mas é da Justiça federal dos crimes 
previstos na Lei de Armas, disparos de arma de fogo por funcionário federal no exercício 
das funções; tráfico internacional de armas de fogo e os casos de conexão e continência. 
É competência da Justiça Militar de constitucionalidade duvidosa todos os crimes 
praticados pelos militares no exercício de suas funções. 
 
 
POSSE IRREGULAR DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (Art. 12) 
Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso 
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua 
residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o 
titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa. Quando a legislação 
estabelece limites territoriais para que o individuo tenha a arma de fogo – dentro da 
residência – na verdade ele está criando obstáculos para a circulação das armas, 
diferenciando os efeitos práticos da posse e do porte. 
Ter a arma consigo, perto do corpo, em coldre, quando você tem a posse regular 
do item e está em seu local de trabalho se enquadra no tipo penal? Existem três correntes. 
Na primeira, configuraria porte irregular, tendo em vista que a autorização da posse em 
local de trabalho é de mera disponibilidade. A segunda diz que não configura crime, pois 
é fato atípico, já que a posse é regular. E, pela terceira corrente, haveria uma 
irregularidade, pois a conduta estaria em desacordo com regulamentação legal, mas isto 
não constituiria crime. 
 
 
 
 
Princípio da Insignificância – impossibilidade de aplicação pela própria natureza e 
objetivo da arma de fogo. 
Imprescindibilidade de Perícia na Arma – Quando ela é apreendida, é indispensável a 
realização de perícia. Quando o objeto não é apresentado, não é indispensável a perícia 
no objeto e ela pode ser substituída pelo exame de corpo de delito indireto e passa a ser 
ônus da defesa demonstrar que o objeto não é apto a configurar arma de fogo. Para a 
Arma de fogo desmuniciada - constitui, sim, objeto do delito. 
Arma de fogo defeituosa ou inapta - completamente inapta, constatada após perícia, 
não configura risco, não configura o crime dos artigos. 
Arma de fogo obsoleta – que não é produzida mais, é muito antiga e não pode mais 
ser feita manutenção. Também não se configura como arma de fogo, é apenas uma 
relíquia 
Arma de fogo desmontada – é apta, mesmo desmontada, já que pode ser montada sem 
problemas 
Arma de fogo de brinquedo/simulacro – não configura o crime, nem para aumentar 
ou qualificar a pena. 
Arma de pressão/compressão – não se enquadra, mas tem restrição de controle e uso 
(produto controlado), podendo configurar crime de contrabando. 
imputação do crime basta a testemunha no corpo de delito indireto, para os tribunais, 
afirmar que viu a arma. 
 
 
CONCURSO 
1. PORTExPOSSE 
Quando houve um único contexto fático a realização dos dois tipos penais (posse e porte 
irregular), sempre será um crime único. 
2. PORTE x RECEPTAÇÃO 
O indivíduo responde pelso dois crimes, pois o contexto de realização dos tipos não é o 
mesmo. 
3. PORTE X ROUBO CIRCUNSTANCIADO PELO USO DE ARMA DE FOGO 
Se a arma foi entregue na hora, para o cometimento do roubo, haverá apenas o roubo. 
Mas se o indivíduo já tinha o objeto consigo, então haverá enquadramento nos dois tipos 
penais. 
4. PORTE X ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA ARMADA 
Há concurso material 
5. POSSE/PORTE x HOMICÍDIO 
Cabe a mesma aplicação do porte com roubo circunstanciado pelo emprego de arma de 
fogo. Se a arma foi adquirida para a consumação do homicídio, então não há concurso. 
Mas se o indivíduo já possuía a arma e decidiu usar no homicídio, então responderá pelas 
duas condutas. 
 
 
 
ABOLITIO CRIMINIS TEMPORÁRIA – VACATIO LEGIS 
INDIRETA 
Período no estatuto do Desarmamento em que foi possibilitado às pessoas que 
tinham armas fora dos padrões (uso permitido e uso restrito) regulamentares 
entregá-la sem que a conduta configurasse posse. Isso ocorreu até 25 de 
outubro de 2005, quando foi modificada a regra, para abranger apenas armar 
de fogo do uso permitido. 
 
 
OMISSÃO DE CAUTELA (Art. 13) 
Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 
(dezoito) anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que 
esteja sob sua posse ou que seja de sua propriedade. 
Único tipo na modalidade culposa, omissivo próprio. A legislação só fala da 
arma de fogo, não engloba munição ou acessórios. A deficiência deve impossibilitar o 
manuseio correto do objeto. A inexperiência no manejo da arma não se enquadra neste 
tipo, mas no artigo 19º, §2º da Lei. 
 
Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de empresa de 
segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de 
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de 
fogo, acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) 
horas depois de ocorrido o fato. 
Crime próprio. Neste caso, o tipo engloba as munições e as acessórios. A 
obrigação é, sim, dupla: do registro da ocorrência e da comunicação à polícia federal. O 
prazo é contado da ciência. 
PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO PERMITIDO (Art. 14) 
Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, 
ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar 
arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo 
com determinação legal ou regulamentar: 
Tipo misto alternativo, bastando a consumação de uma das condutas. 
 
 
OBS: Colecionador, Atirador e Caçador (CAC) – Portaria nº 21 COLOG 
Antes o transporte da arma do local de treino para residência se dava com a Guia 
de Tráfego, desmuniciada. Hoje, é permitido ao CAC levar consigo uma arma de fogo 
entre o local de treino/guarda, ainda que municiada. 
Legítima defesa potencial autoriza o porte de arma de fogo? 
Individuo recebendo ameaças, compraarma ilegal ou utiliza a sua fora da 
residência, não exclui a ilicitude porque o perigo na legitima defesa é iminente. 
 
 
DISPARO DE ARMA DE FOGO (Art. 15) 
Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas 
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como 
finalidade a prática de outro crime . 
O local tem que se habitado nas adjacências, via público, por exemplo. Ao 
disparo para o alto também se aplicam as mesmas considerações 
 
 
POSSE OU PORTE ILEGAL DE ARMA DE FOGO DE USO RESTRITO (Art 16) 
Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, 
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou 
ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso restrito, sem autorização e em 
desacordo com determinação legal ou regulamentar 
 
Nas mesmas penas incorre quem (FIGURAS EQUIPARADAS): 
I. suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de 
identificação de arma de fogo ou artefato; 
II. modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la 
equivalente a arma de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins 
de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro autoridade policial, 
perito ou juiz; 
III. possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou 
incendiário, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar; 
IV. portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com 
numeração, marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, 
suprimido ou adulterado; 
V. vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, 
acessório, munição ou explosivo a criança ou adolescente; e 
VI. produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, 
de qualquer forma, munição ou explosivo. 
 
É qualificadora quando as condutas envolverem armas de uso proibido. (Era 
elementar do tipo, antes das alterações). É CRIME HEDIONDO, mas a qualificadora 
deixou de fora o acessório e a munição proibida. 
 
COMÉRCIO ILEGAL DE ARMA DE FOGO (Art. 17) 
 
Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito, 
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma 
utilizar, em proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, 
arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação 
legal ou regulamentar 
 
Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo, qualquer 
forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive 
o exercido em residência. 
 
Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou 
munição, sem autorização ou em desacordo com a determinação legal ou regulamentar, a 
agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente. 
 
Também é crime hediondo. Embora possa haver discussão quando a ser crime 
habitual, posto necessário o exercício de atividade comercial, a maioria da doutrina 
considera crime instantâneo 
 
TRÁFICO INTERNACIONAL DE ARMA DE FOGO (Art. 18) 
 
Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer 
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente: 
 
Incorre na mesma pena quem vende ou entrega arma de fogo, acessório ou 
munição, em operação de importação, sem autorização da autoridade competente, a 
agente policial disfarçado, quando presentes elementos probatórios razoáveis de conduta 
criminal preexistente. 
 
CAUSAS DE AUMENTO 
 
A penas dos crimes dos artigos 17 e 18 se aumentam da metade se a arma, 
acessório ou munição for de uso restrito ou proibido. 
 
Se aumentam da metade, também, os crimes dos artigos 14, 15, 16, 17 e 18 se 
forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6º, 7º e 8º da 
Lei; ou o agente for reincidente específico em crimes dessa natureza