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ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA PIO DÉCIMO
FACULDADE PIO DÉCIMO
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
NAYANE SIQUEIRA DOS SANTOS
BRUNA GOSTON MACEDO LOPES
ELNA GOMES CORREA
NATHALIA MIRANDA
ÉDILA GRACIELE
Aracaju - SE
Abril/ 2019
NAYANE SIQUEIRA DOS SANTOS
BRUNA GOSTON MACEDO LOPES
ELNA GOMES CORREA
NATHALIA MIRANDA
ÉDILA GRACIELE
ARRENDAMENTO MERCANTIL 
Trabalho apresentado à disciplina de Direito Empresarial II, no curso de Bacharelado em Direito, da PIO DÉCIMO, na turma do 9° período NA “B”, turno Noturno, como requisito para avaliação da Primeira Etapa do Semestre 2019.1.
Orientador: Prof. Mônica
Aracaju - SE
Abril/2019
A partir de 01/01/2019 foram introduzidas significativas Mudanças Contábeis e de conceito no Arrendamento Mercantil – Leasing. 
Sobre a mudança de conceito
No dia 31/12/2018 foi revogado o texto da NBC TG 06 (R2) Operações de Arrendamento Mercantil – Leasing. Em seu lugar foi emitida a NBC TG 06 (R3) Operações de Arrendamento Mercantil – Leasing, com um novo texto, a vigorar a partir de 01/01/2019.
A NBC TG 06 (R3) trouxe um  novo conceito de Arrendamento Mercantil. Não falaremos mais sobre Arrendamento Mercantil Financeiro ou Operacional.Assim, pela  NBC TG 06 (R3), não há mais a diferença entre Arrendamento Mercantil Financeiro ou Operacional. Essas alterações são válidas somente para arrendatários. Portanto, o grande questionamento agora é com relação ao conceito de arrendamento, ou seja, se o contrato é ou contém arrendamento.
Conceito de Arrendamento
Segundo o IFRS 16 (que deu origem ao CPC 06 (R2) e a NBC TG 06 (R3)): O contrato é, ou contém um arrendamento se o cliente tem o direito de controlar o uso de um ativo identificado pelo período de tempo em troca de remuneração. Dessa forma, apresentamos um Fluxograma detalhando a forma de avaliação sobre se um contrato é ou contém arrendamento. 
Vejamos o Fluxograma
Fonte: NBC TG 06 (R3)
Um Resumo da mudança
Em síntese, um contrato é considerado de Arrendamento Mercantil ou contém Arrendamento Mercantil se ele transmite o direito de controlar o uso do ativo identificado por um período de tempo em troca de contraprestação.
Controle do uso do Ativo
Esse controle do uso do ativo identificado por um período de tempo é caracterizado:
=> se o Cliente (arrendatário) tiver direito de obter substancialmente todos os benefícios econômicos do uso do ativo identificado durante todo o período de uso, e
=> se o Cliente tiver o direito de direcionar como e para qual finalidade o ativo identificado é usado durante todo o período de uso.
Ativo Identificado
Talvez fique a pergunta…. O que é um ativo identificado?
Segundo o item B13 da NBC TG 06 (R3): O ativo normalmente é identificado ao ser expressamente especificado no contrato. Contudo, o ativo também pode ser identificado ao ser implicitamente especificado na ocasião em que o ativo for disponibilizado para uso pelo cliente.
Aparentemente a maioria dos bens são identificados, mas poderemos ter situações controversas, por exemplo: A empresa aluga um quiosque em um Shopping, que tenha mais de uma entrada, e está definido em contrato que o aluguel será do quiosque da entrada Sul, mas por questões de conveniência do locador ele pede que a empresa se mude para o quiosque da entrada Norte, esse ativo já não é mais identificável, porque pode ser mudado.
A não obrigatoriedade da contabilização de Ativos e Passivos
A norma dá a possibilidade de locatários não contabilizarem ativos e passivos de arrendamento no caso destes serem de curto prazo ou de pequeno valor. Arrendamento de Curto Prazo é definido como aquele que não tem opção de compra e tem prazo de até 12 meses.
O IASB, na IFRS 16 não define claramente o que é arrendamento de pequeno valor, mas nas justificativas da definição entende que os bens quando novos com valor até U$5.000,00 são considerados de pequeno valor.
Como é a partir de 2019
A nova revisão da Norma simplificou a situação considerando apenas Arrendamento Mercantil – Leasing, para todos os contratos que são ou contém arrendamento. E a contabilização será sempre no Ativo e no Passivo, não mais em resultado
Antes de mais nada é importante lembrar também que essa mudança atinge somente o arrendatário. No caso do arrendador o conceito de arrendamento também mudou, mas a forma de contabilização separando arrendamento mercantil Financeiro e Operacional continua da mesma forma.
Por outro lado, uma outra coisa importante é que a obrigatoriedade da nova mudança, a princípio não atinge as Pequenas e Médias empresas, pois essas estão sujeitas a NBC TG 1000 (R1), porém recomendamos que comecem a utilizar a nova sistemática para o Arrendamento Mercantil – Leasing, a fim de estar em sintonia com o mercado. Dessa forma, feitas as considerações, podemos agora tratar exclusivamente da contabilização considerando as mudanças introduzidas pela NBC TG (R3).
Como Contabilizar
Segundo a Norma deve-se contabilizar o valor total do contrato de arrendamento a valor presente, separando então os encargos financeiros.
Qual é o Valor total do contrato?
O Valor total do contrato refere-se a soma dos itens elencados abaixo, conforme item 24 e 26 da NBC TG 06 (R3)
1. Mensuração inicial do passivo de arrendamento;
2. Quaisquer pagamentos feitos para o locador antes da data de início e menos quaisquer incentivos de arrendamento;
3. Quaisquer custos diretos iniciais incorridos pelo locatário (arrendatário) (incrementais de obtenção do contrato que não teriam sido incorridos se o contrato não tivesse sido obtido);
4. A estimativa de custos a serem incorridos pelo arrendatário na desmontagem e remoção do ativo subjacente, restaurando o local em que está localizado ou restaurando o ativo subjacente à condição requerida pelos termos e condições do arrendamento, salvo se esses custos forem incorridos para produzir estoques. O arrendatário incorre na obrigação por esses custos seja na data de início ou como consequência de ter usado o ativo subjacente durante um período específico.
Os itens de 2 a 4 referem-se a todos os custos que eventualmente o arrendatário deverá incorrer pra ter o Ativo nas condições de uso que são pretendidas pela empresa.
Na dúvida, deve-se recorrer ao que diz a NBC TG 27 (R4) Ativo Imobilizado.
Mensuração Inicial
Para a mensuração inicial do passivo de arrendamento (item 1 acima) considera-se:
Valor presente dos pagamentos do arrendamento que não são efetuados nessa data. Os pagamentos do arrendamento devem ser descontados, utilizando a taxa de juros implícita no arrendamento. Se essa taxa não puder ser determinada imediatamente, o arrendatário deve utilizar a taxa incremental sobre empréstimo do arrendatário. Essa taxa incremental é a taxa que o arrendatário incorreria caso obtivesse um empréstimo para comprar um ativo semelhante ao que está sendo arrendado.
Esses pagamentos do arrendamento que não são efetuados nessa data, compreendem (segundo item 27 da NBC TG 06 (R3)
· pagamentos fixos, menos quaisquer incentivos de arrendamento a receber;
· pagamentos variáveis de arrendamento, que dependem de índice ou de taxa, inicialmente mensurados utilizando o índice ou a taxa da data de início;
· valores que se espera que sejam pagos pelo arrendatário, de acordo com as garantias de valor residual;
· o preço de exercício da opção de compra se o arrendatário estiver razoavelmente certo de exercer essa opção; e
· pagamentos de multas por rescisão do arrendamento, se o prazo do arrendamento refletir o arrendatário exercendo a opção de rescindir o arrendamento.
Dados para o Caso Prático:
Arrendamento de um veículo
Prazo do contrato, 36 meses 
 Valor dos pagamentos do arrendamento = R$73.800,00
Valor presente dos pagamentos do arrendamento = R$60.000,00
Encargos financeiros (R$73.800,00 – R$60.000,00) = R$13.800,00. 
Pagamentos feitos para o locador (arrendador) antes da data de início = R$1.500,00
CONTABILIZAÇÃO:
Como Fica a Contabilização da Depreciação?
A Depreciação é um caso que deve ser analisado antes da sua contabilização,conforme o item 32 da NBC TG 06 (R3)
Depreciar da data de início até o fim da vida útil do ativo subjacente, quando:
· o arrendamento transferir a propriedade do ativo subjacente ao arrendatário ao fim do prazo do arrendamento;
· se o custo do ativo de direito de uso refletir que o arrendatário exercerá a opção de compra.
De outro modo, o arrendatário deve depreciar o ativo de direito de uso desde a data de início até o que ocorrer primeiro entre o fim da vida útil do ativo de direito de uso ou o fim do prazo de arrendamento.
Dados para a depreciação do Caso Prático:
Prazo do contrato = 36 meses 
O arrendatário exercerá a opção de compra
Vida útil do bem = 60 meses
Cálculo da Depreciação 
Valor do bem = R$61.500,00  ÷  60 meses = R$1.025,00
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
ARRENDAMENTO MERCANTIL – LEASING 2019 – COMO CONTABILIZAR. Disponível em: < http://profmariojorge.com.br/exame-de-suficiencia/arrendamento-mercantil-leasing-2019-como-contabilizar/ > Acesso em: 21/Abril/2019
ARRENDAMENTO MERCANTIL – LEASING 2019 NOVAS REGRAS. Disponível em: <http://profmariojorge.com.br/exame-de-suficiencia/arrendamento-mercantil-leasing-mudancas-contabeis/ > Acesso em: 21/Abril/2019
ARRENDAMENTO MERCANTIL LEASING 2019 | O QUE É LEASING . Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=eAo9vFUs2eE > Acesso em: 21/ Abril/2019
ARRENDAMENTO MERCANTIL LEASING 2019 CONTABILIZAÇÃO. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=duwtmwyz3n4 > Acesso em: 21/ Abril/2019

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