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Ventilação Mecânica 
Universidade Nove de Julho 
Disciplina:UTI 
Profa. Dra. Claudia Cristina Soares 
PHILIP DRINKER - O PULMÃO DE AÇO 
Philip Drinker ( Haverford - Pensilvania 
12/12/1894 - 19/10/1972 ) 
PHILIP DRINKER - O PULMÃO DE AÇO 
Philip Drinker ( Haverford - Pensilvania 
12/12/1894 - 19/10/1972 ) 
• Drinker comprova sua hipótese a qual a caixa 
torácica submetida a pressão negativa externa, 
haveria o seu deslocamento permitindo a 
ventilação pulmonar. 
• Seu experimento foi realizado em gato 
curarizado produzido na América do Sul. 
• Em 1929 Drinker e o pediatra Dr. Charles F. 
McKhann publicaram o artigo denominado "O 
uso de novo aparato para prolongar a 
administração artificial da respiração: Em caso 
fatal de poliomielite" 
Os equipamentos possuíam espelhos retrovisores 
e permitia que os pacientes pudessem efetuar 
leitura ou falar no telefone. 
Pulmão de Aço. 
 
http://1.bp.blogspot.com/_wpRdMwSLJuM/SXxpte8B-gI/AAAAAAAAAcI/E6h60cGIGVw/s1600-h/blender+INTER+5.bmp
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Planejamento dos cuidados de enfermagem na VM. 
• Reconhecer o equipamento e seus acessórios 
• Assegurar o bom funcionamento 
• Conferir parâmetros ventilatórios e ajustes 
• Checar o sincronismo ventilador/paciente 
• Monitorar ventilação e padrão respiratório 
• Reconhecer sinais de hipoxemia e hipercapnia 
• Interpretar valores gasométricos 
• Prevenir complicações 
• Estabelecer e padronizar técnicas 
• Reduzir a ansiedade de pacientes e familiares 
• Manter comunicação por meios alternativos 
• Manter conforto e evitar a extubação acidental. 
Indicações 
Insuficiência respiratória hipoxêmica nas quais 
ocorre: 
- Hipóxia; 
- Necessidade de utilização PEEP; 
- Trabalho respiratório excessivo. 
 
Insuficiência respiratória ventilatória causadas por: 
- Anormalidades da parede torácica; 
- Doença neuromuscular; 
- Estímulo ventilatório diminuído; 
- Aumento da resistência das vias aéreas ou obstrução. 
 
 
 
 
Finalidades: 
 
A. Diminuir o trabalho respiratório 
B. Prevenir atelectasias 
C. Reverter a Insuficiência Respiratória Aguda 
D. Impedir a parada respiratória 
E. Facilitar a correção dos distúrbios ácido – básicos 
F. Permitir reposição de energia dos músculos 
respiratórios 
 
Complicações: 
• Barotrauma 
 
• Pneumonia 
 
• Atelectasia 
 
• Alterações hemodinâmicas (mudanças de pressões 
intratorácicas e de retorno venoso) 
Funções Básicas do Ventilador Mecânico: 
A. Ventilar 
B. Oxigenar – manter PaO2 85 a 100 mm Hg 
C. Umidificar 
–prevenir ressecamento das mucosas 
-aquecimento ~ 37° C 
Fase inspiratória 
0 
4 
8 
12 
16 
20 
600 
400 
200 
0 
Tempo (segundos) 
0 
-20 
-40 
-60 
20 
40 
Pausa inspiratória 
Fluxo = 0 
Pulmões insuflados 
0 
-20 
-40 
-60 
20 
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0 
4 
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400 
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0 
Tempo 
Fase expiratória 
0 
-20 
-40 
-60 
20 
40 
0 
4 
8 
12 
16 
20 
600 
400 
200 
0 
Tempo (segundos) 
 
Parâmetros do Ventilador Mecânico: 
 
 
1 - Freqüência Respiratória: 
 
•No adulto, ideal entre 16 a 20 incursões por 
minuto 
•A medida que o paciente deflagra estímulos 
respiratórios (drive), deve ser diminuído a 
frequência estipulada pelo aparelho, como forma 
de desmame. 
 
2 - FIO2 (fração inspirada de oxigênio): 
 
•Quantidade de oxigênio puro oferecido ao 
paciente; 
•Varia entre 21% (ar ambiente) à 100%(máximo); 
•Altas frações de oxigênio por tempo prolongado 
causam oxidação endógena, e pode provocar 
toxicidade e lesão pulmonar 
• Inalação de 100% do O2 em aproximadamente 6 h 
pode provocar diminuição na capacidade vital 
pulmonar; em torno de 4 dias, lesão pulmonar 
compatível com pulmão de SDRA. 
•Logo que o paciente é colocado em ventilação 
mecânica, ajusta-se para 100%, e dependendo 
dos gases sanguíneos (gasometria), se reduz a 
FiO2 até o mínimo suportado pelo paciente 
• Ideal manter uma PaCO2 entre 35 e 45 mm 
Hg, PO2 entre > 80 mm Hg e SatO2>90%. 
 
 3 - Volume Corrente: 
 
•Fornecimento do ar (nas vias aéreas) em 
centímetros cúbicos por respiração (área, 
superfície) 
 
•Programado: de 5 à 7 ml/Kg 
 
4 - PEEP (Pressão Expiratória Positiva Final): 
 
•Iniciar com PEEP em torno de 3 a 5 cm H2O 
(fisiológico) 
 
•A PEEP: mantém os alvéolos abertos e ajuda nas 
trocas gasosas, bem como a diminuir a necessidade 
de altas FiO2 
 
•Riscos: pneumotórax e barotrauma, redução do 
débito cardíaco (reduz retorno venoso) 
Pressão Positiva Expiratória Final 
(PEEP) 
0 
-20 
-40 
-60 
20 
40 
0 
4 
8 
12 
16 
20 
600 
400 
200 
0 
Tempo (segundos) 
Pressão Positiva Expiratória Final 
(PEEP) 
Manutenção de uma pressão positiva em vias 
aéreas durante a expiração 
 
Efeitos fisiológicos: 
aumento da PaO2 
aumento do transporte de O2 
aumento da complacência 
diminuição da resistência total da via aérea 
5 – Relação I:E 
 
-Relação entre o tempo inspiratório e 
expiratório, sendo usualmente 1:2 ou 1:3. O 
tempo usual para adulto é de um segundo . 
 
 
 
6 - Fluxo: 
 
• velocidade introdução do ar 
 
• Fluxo inspiratório: 40 a 60 L/min 
 
•Altos fluxos podem resultar em picos de 
pressão elevados, favorecendo barotrauma 
 
7- Sensibilidade: 
 
•Parâmetro que permite ou dificulta a 
respiração espontânea 
 
•Valor estipulado no ventilador entre 1 a 2 
 
•Ideal: sensibilidade que permita o maior 
número de estímulos inspiratórios do paciente 
 
PARÂMETROS INICIAIS DE AJUSTE 
Imediatamente após EOT 
• VC – 5 A 7 mL/Kg 
• FLUXO – 40 a 60 L/min 
• FR – MANTER CO2 NORMAL 
• FiO2 – MANTER O2 NORMAL – 100% 
• SENSIBILIDADE – MOD. ASSISTIDAS 
• PEEP – Variável: 3-5 cm H20 
CLASSIFICAÇÃO DOS VENTILADORES: 
 
 Ciclados a pressão: Trabalha até atingir a pressão 
inspiratória pré estabelecida (VC variável, P fixa). 
 
 Fase inspiratória é determinada pela pressão 
alcançada nas vias aéreas: quando a pressão atinge 
um valor pré-fixado, interrompe-se a inspiração, 
independentemente do tempo inspiratório e do 
volume de ar enviado para os pulmões. 
BIRD MARK 7 
MICRO 
RESSUCITADOR 
700 é um Ventilador 
Pulmonar portátil, 
para operação contí - 
nua, ciclado a pressão. 
 
 Ciclados a volume: 
 
 Oferece VC até atingir o volume pré estabelecido 
(VC fixo, P variável) ; 
 -O final da fase inspiratória é determinado pelo 
volume de ar pré-estabelecido. 
 - Necessita: volume, pressão e tempo, além de 
outros parâmetros. 
 
MODALIDADES VENTILATÓRIAS 
 
 Ventilação Mecânica Controlada (CMV) 
 
 Nesta modalidade, todos os movimentos ventilatórios 
são gerados pelo aparelho, ajusta-se uma freqüência 
respiratória fixa; tempo inspiratório/expiratório; e o 
volume corrente, independentemente do esforço 
ventilatório do paciente. 
 
 
Ventilação Mandatória Controlada 
Ventilação Mecânica Assisto – Controlada (A/C): 
 
 Reúne a modalidade anterior (FR/VM variável e VC e 
fluxo determinados). 
 O ventilador é programado para ciclar um determinado 
número de vezes por minuto (controlada); quando o 
paciente deflagra um estímulo respiratório próprio, o 
esforço inspiratório do paciente aciona um sensor, inibindo 
o ciclo do ventilador. 
Ventilação Assistida Controlada 
 
Ventilação Mecânica Assistida (AMV): 
 
 O esforço inspiratório do paciente aciona um 
sensor, sendo a freqüência respiratória 
estabelecida pelo paciente, e o ventilador garante 
para que seja administrado o volume corrente a 
cada inspiração; o paciente deve ter drive 
respiratório. A sensibilidade do aparelho deve 
estar reduzida. 
 
Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada 
(SIMV) 
 
 Permite ao paciente respiração controlada, e a 
possibilidade de respirar espontaneamente entre as 
ventilações para atingir necessárioo volume 
corrente pré-determinado; a freqüência respiratória , 
sensibilidade e o fluxo inspiratório. 
. 
 
Ventilação Mandatória Intermitente Sincronizada 
 
 Pressão Contínua nas vias aéreas (CPAP): 
 
Pressão positiva e constante na inspiração e 
expiração. VC, FR e trabalho respiratório 
determinados pelo paciente. Previne colapso alveolar, 
melhora a capacidade residual funcional e 
oxigenação. 
Último estágio do desmame ventilatório, no qual o 
paciente respira espontaneamente (freqüência 
respiratória exclusiva do paciente) através do circuito 
pressurizado do aparelho, de tal forma que uma certa 
pressão positiva seja mantida durante todo o ciclo 
respiratório. 
 
Ventilação com Pressão Controlada (PCV): 
 
 
 O aparelho é ciclado a tempo, permitindo a limitação 
do pico de pressão expiratória. O valor alcançado no 
início da inspiração e se mantém durante toda a fase 
inspiratória do ciclo – Uso neonatal e pediátrico 
 SISTEMA DE ALARMES 
 
Os ajustes de alarmes devem ser realizados de 
forma individualizada, sendo que os parâmetros 
de alarmes mais comuns são: 
 
•Freqüência respiratória mínima e máxima: o 
alarme soa quando é ultrapassado a 
freqüência respiratória máxima programada 
para o paciente, ou quando não se consegue 
atingir a freqüência respiratória mínima 
programada 
Volume Corrente mínimo: quando o paciente 
não recebe ou extorna uma quantidade mínima 
do volume do ar programado; muito comum 
no caso de vazamentos ou furos e desconexões 
no circuito do ventilador 
 
•PEEP mínimo: ocorre em casos de expiração 
forçada pelo paciente, reduzindo a quantidade 
de ar e a pressão dentro do alvéolo ao final da 
expiração 
 
•Pico de Pressão (Complacência) máximo: 
quando ocorre resistência elevada em vias 
aéreas ou pulmão à entrada do ar, elevando 
assim a pressão dentro do circuito inspiratório; 
pode ocorrer em casos de tosse, obstrução da 
cânula traqueal, ou diminuição da 
complacência pulmonar. Picos de pressão 
elevados por regulação inadequada do 
ventilador favorecem ao barotrauma. 
Assistência de Enfermagem na VM 
Fazer controle de sinais vitais de 2/2h 
Fazer controle de volume urinário 6/6 
Avaliar nível de consciência/quadro neurológico 
(Escala de Glasgow): M T N 
Observar padrão ventilatório: elevação simétrica 
bilateral do tórax, FR, profundidade inspiratória, 
presença de ruídos adventícios – M T N 
Anotar e adequar parâmetros do ventilador 
(modalidade, FiO2, VC, FR/VM e do paciente, 
PEEP e Complacência): M T N 
Observar perfusão periférica: 2/2 h 
Monitorar oximetria / gasometria arterial 
Manter decúbito a 45º M T N 
Fixar COT e anotar o número da fixação da 
arcada dentária ou lábio como referências, 
realizar mudanças de canto labial (evita lesões e 
necroses) 
Passar SNG/SNE se houver previsão de 
intubação prolongada conforme decisão médica 
Manter acesso venoso calibroso e pérvio 
Fazer higiene de VAS com solução bucal anti-
séptica 6/6 
MECÂNICA VENTILATÓRIA 
 Resistência de vias aéreas 
 
 2 < RaW < 4 cmH2O/l/s 
 
 Obstrução ao fluxo aéreo 
 
 > 10 cmH2O/l/s 
 
 Checagem de via aérea artificial 
 Broncodilatadores 
 Manobras de higiêne brônquica 
 
Aspirar TOT e VAS regularmente (2/2 ou S/N) 
Trocar fixação do COT 1x dia ou S/N 
Prestar cuidados higiênicos no leito - Integrais 
Realizar mudança de decúbito regularmente (2/2 
h) 
Realizar movimentação passiva/M T N 
 
 
VENTILAÇÃO NÃO INVASIVA 
 
• Definição: 
–Qualquer forma de suporte ventilatório 
aplicado sem o uso de tubo orotraqueal 
(TOT), Prótese traqueal ou Canula Oro 
Traqueal (COT) 
 
• CPAP 
MODALIDADES 
 
• CPAP – Pressão Positiva Expiratória 
 
BIPAP: Pressão Positiva Inspiratória e 
expiratória 
 
Ambas, mantém fluxo e alvéolos abertos 
por mais tempo 
RESPIRADORES 
• SECHRIST 
• INTER-3 
 
Você sabe o que é superação ? 
• Superação é poder fazer 
acontecer com as 
ferramentas que temos em 
mãos. 
Superação é trabalhar da 
melhor forma possível 
independente do que 
pensem ou falem. 
Superação é irmos além do 
que os outros acham que 
somos capazes. 
O que você fez para se 
superar no dia de hoje, 
ontem, semana passada.. 
Ainda dá tempo para 
começar.. 
Se supere.. 
SEMPRE.. 
Aposte com você mesmo, 
que hoje poderá vir a ser 
muito melhor que ontem.. 
 O otimismo na dificuldade, 
reduz o mal pela metade... 
 
Valores ideais para desmame 
ventilatório