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UNIVERSIDADE TIRADENTES CURSO DE SERVIÇO SOCIAL ALAN MICHEL MENDONÇA RIBEIRO VIOLAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS ITABAIANA/SE 2018 ALAN MICHEL MENDONÇA RIBEIRO VIOLAÇÕES DOS DIREITOS HUMANOS O trabalho apresentado como requisito de avaliação da disciplina Sociodiversidade e Serviço Social pela Prof.ª na Carla Barreto no curso de Serviço Social. ITABAIANA/SE 2018 INTRODUÇÃO Os direitos humanos são direitos inerentes a todos os seres humanos, independentemente de raça, sexo, nacionalidade, etnia, idioma, religião ou qualquer outra condição. Os direitos humanos são comumente compreendidos como aqueles direitos inerentes ao ser humano. Os direitos humanos são garantidos legalmente pela lei de direitos humanos, protegendo indivíduos e grupos contra ações que interferem nas liberdades fundamentais e na dignidade humana. Em 1948 a Organização das Nações Unidas (ONU) criou a Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH). Esse documento é um dos mais importantes na base dos direitos humanos e contém os princípios básicos relacionados à garantia desses direitos. No Brasil esses direitos estão descritos no Artigo 5º CF/88. No Brasil a situação dos direitos humanos, encontra-se ainda em fase de consolidação. As principais violações aos Direitos Humanos neste país devem-se à Miséria e pobreza que o Brasil tem devido a uma herança escravizadora, que originou uma forma de pensar indiferente à desigualdade, à violência e à exclusão. Age-se como se fosse natural o convívio entre a riqueza e a pobreza ou que as regalias de poucos coexistam com a supressão dos direitos da maioria. O Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH), juntamente com a Secretaria de Estado de Direitos Humanos, foi criado em 1996 após uma legislação complementar. O Programa Nacional de Direitos Humanos tem por objetivo identificar os principais obstáculos à promoção e proteção dos direitos humanos no Brasil, eleger prioridades e apresentar propostas concretas de caráter administrativo, legislativo e político-cultural que busquem equacionar os mais graves problemas que impossibilitam ou dificultam sua plena realização. Tendo em vista o caráter de uma agenda complexa e multifacetada, em permanente construção e continuamente em disputa, o papel da administração pública, como instrumento do Estado para a gestão das políticas de DH, torna-se fundamental para a materialização dessas políticas e sua disseminação nas práticas das organizações públicas. A participação da sociedade, através de emendas populares propositoras de direitos, consagrou diversos destes direitos sociais, em novas politicas públicas, que deram origem a novos sistemas de politicas sociais, os novos sistemas nacionais de politicas públicas, como o da Assistência social (SUAS), Saúde (SUS), Segurança Alimentar (SISAN) e Habitação de interesse social (SNHIS), são fundados na garantia de cidadania. O imenso desafio da Assistência Social, enquanto política pública brasileira de proteção social é garantir através de seus benefícios e serviços condições de cidadania e de dignidade humana. A Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS (1993) dispõe sobre a organização da assistência social. É o instrumento legal que regulamenta os pressupostos constitucionais, ou seja, aquilo que está escrito na Constituição Federal, nos Arts. 203 e 204, que definem e garantem os direitos à assistência social. Esta lei institui benefícios, serviços, programas e projetos destinados ao enfrentamento da exclusão social dos segmentos mais vulnerabilizados. (PIRES, s/d, p. 4) Dessa forma a LOAS trouxe em seu bojo normativo a garantia de direitos, através de benefícios e serviços para a população que passam por situações de pobreza e vulnerabilidade social, “garantindo os mínimos sociais e provimentos de condições para atender contingências sociais e promovendo a universalização dos direitos sociais”. Segundo Colin e Jaccoud (2013, p.37), a implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), ancorado nas normativas de 2004 e 2005, que efetivamente ampliaram-se as bases operativas da política, fortalecendo-se seu fundamento federativo e suas responsabilidades protetivas. As legislações sociais deveriam afiançar o acesso dos que necessitam da política de Assistência Social, estabelecendo a igualdade de direitos sociais por meio de estruturas que enfrentem a exclusão e promovam de fato a cidadania. Contudo a politica de assistência social precisa atrelar os benefícios e os serviços para que A sinergia gerada pela oferta simultânea de renda e de serviços socioassistenciais potencializa a capacidade de recuperação, preservação e desenvolvimento da função protetiva das famílias, contribuindo para sua autonomia e emancipação, assim como para a eliminação ou diminuição dos riscos e vulnerabilidades que sobre elas incidem. (MDS, 2012, p.4). Desta forma, esta politica não somente garante os direitos humanos como também oportuniza a estas famílias a emancipação necessária para sair da condição de extrema pobreza em que se encontram conquistando a dignidade humana. O Sistema Único de Assistência Social (Suas) é um sistema público que organiza os serviços de assistência social no Brasil. Com um modelo de gestão participativa, ele articula os esforços e os recursos dos três níveis de governo, isto é, municípios, estados e a União, para a execução e o financiamento da Política Nacional de Assistência Social (PNAS), envolvendo diretamente estruturas e marcos regulatórios nacionais, estaduais, municipais e do Distrito Federal. O Suas organiza as ações da assistência social em dois tipos de proteção social. A primeira é a Proteção Social Básica, destinada à prevenção de riscos sociais e pessoais, por meio da oferta de programas, projetos, serviços e benefícios a indivíduos e famílias em situação de vulnerabilidade social. A segunda é a Proteção Social Especial, destinada a famílias e indivíduos que já se encontram em situação de risco e que tiveram seus direitos violados por ocorrência de abandono, maus-tratos, abuso sexual, uso de drogas, entre outros. No Suas também há a oferta de Benefícios Assistenciais, prestados a públicos específicos de forma integrada aos serviços, contribuindo para a superação de situações de vulnerabilidade. O Suas também gerencia a vinculação de entidades e organizações de assistência social ao Sistema, mantendo atualizado o Cadastro Nacional de Entidades e Organizações de Assistência Social (CNEAS) e concedendo certificação a entidades beneficentes. ANALISE DA PESQUISA: REFERÊNCIA (ANO 2017) Este trabalho teve como objetivo analisar a violação dos direitos humanos, onde foi tido como base, o município de Itabaiana-SE, no qual foi aplicado o questionário na Secretaria de Desenvolvimento Social. A secretaria formula, monitora, executa, e avalia a politica municipal de assistência social. Dentre os mecanismos utilizados DIAGNOSTICOS: Realizado através de visitas, bem como por meio de relatórios. Foram realizadas 26 visitas domiciliares. PLANEJAMENTOS: Baseados nas monitorias, execuções, formulações e avaliações das politicas assistenciais. CADASTROS: Temos como exemplo, Bolsa família: 10.313 famílias cadastradas e no CadÚnico: 16.677 AUXILIO: Auxilio natalidade, Auxílios eventuais, dentre outros. PROJETOS: Existem os eventos pontuais e os contínuos; Virando a pagina, ressocialização de adolescentes em medidas socioeducativas, mulher em ação, disseminação ao ECA, disseminação da LEI MARIA DA PENHA. PROGRAMAS: Buscar executar todos os programas existe no SUAS, a exemplo do mais recente “Criança Feliz”. Diagnostico sobre tais violações dos direitos humanos As causas mais frequentes quesão atendidas pela secretaria de desenvolvimento social são elas: famílias em situação de vulnerabilidade, abuso sexual contra menores, e violência contra mulher e vulneráveis (idosos/crianças/deficientes). DADOS: 119 Famílias em situação de violação dos direitos humanos. 136 Estão em redes protetivas em parceria com o judiciário. 95 Famílias em medidas socioeducativas. 10 Crianças atendidas no serviço de acolhimento, o CASA LAR. 11 Denuncias em relação à violência contra mulher, na qual uma das vitimas se encontra fora do país. Execução de campanhas A secretaria Municipal de Desenvolvimento Social realizou diversas campanhas, nas quais podemos citar a campanha de combate ao trabalho infantil, campanha de combate à exploração sexual de crianças e adolescentes, campanha do desarmamento infantil, campanha em favor da pessoa com deficiência, dia internacional do trafico e exploração sexual da mulher e da criança, campanha do abuso de drogas, além de propor e executar articulações com redes sócias assistências e com órgãos de garantia de direitos. REFLEXÃO Direitos humanos são os todos os direitos relacionados à garantia de uma vida digna a todas as pessoas. Assim, os direitos humanos são todos direitos e liberdades básicas, considerados fundamentais para dignidade. Eles devem ser garantidos a todos os cidadãos, de qualquer parte do mundo e sem qualquer tipo de discriminação, como cor, religião, nacionalidade, gênero, orientação sexual e política. Os principais direitos humanos estão descritos na Declaração Universal dos Direitos humanos de 1948, como: dignidade, saúde, educação, segurança. No Brasil esses direitos estão descritos no Artigo 5º CF/88. Mas apesar da recomendação da declaração é comum em todo o mundo o desrespeito, pois milhares de criança não frequentam a escola, não tem acesso a transportes públicos, saúde pública, saneamento básico, comida, a falta de moradia e emprego também merece uma atenção especial. A violação dos direitos humanos tem um impacto direto na sociedade, seja ele de pequena, média ou alta intensidade. Podemos destacar como violações mais frequentes: a violência contra a mulher, a homofobia, e a violência sexual contra menores. De certa forma, isso envolve também a cultura da sociedade. O SUAS têm como papel fundamental atuar na prevenção e garantia dos direitos sociais, que também definimos como direitos humanos, atuando através de politicas publicas, nas quais o MDS norteia por meio de tipificações e normativas às secretarias de assistência social ou secretaria de desenvolvimento social em sua execução. As secretárias por sua vez são subdivididas em uma rede socioassistencial, para que assim seja executado as politicas publicas de assistência de forma continua e objetiva. Destacamos o CRAS e o CREAS como órgãos dentro da Assistência Social fundamentais para a promoção de garantia dos direitos humanos. O CRAS está sempre situado em área de maior vulnerabilidade social, cujo objetivo fortalecer a convivência com a família e com a comunidade. Desta forma atuando na prevenção da violação dos direitos humanos. O CREAS é uma unidade pública da política de Assistência Social onde são atendidas famílias e pessoas que estão em situação de risco social ou tiveram seus direitos violados. Atua após a violação dos direitos humanos, em busca de garantir novamente tais direitos. Diversos são os programas existentes no SUAS e que tem sido executados para a promoção da garantia dos direitos humanos, além dos diversos projetos com mesma finalidade, sejam eles pontuais ou contínuos. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA http://mds.gov.br CARBONARI, Paulo Cesar. Direitos humanos no Brasil: uma leitura da situação em perspectiva. In Coletânea Ceris, ano 2, N. 2. Rio de Janeiro: Ceris/Mauad X, 2007. _____Situação dos Direitos Humanos no Brasil. COUTO. B. R.; YAZBEK, M. C.; RAICHELIS, R. A política nacional de assistência social e o SUAS: apresentando e problematizando fundamentos e conceitos. COUTO, B. R. et al.(Org.). O sistema único de assistência social no Brasil: uma realidade em movimento. São Paulo: Cortez, 2010. MATOS, Marlise. Direitos humanos: contextualização e histórico. In O Trabalho Intersetorial e os Direitos de Cidadania: experiências comentadas, v. 3, p. 10-12, dez. 2006. PIRES, Maria Izabel Scheidt. Política Nacional de Assistência Social, Suas e Legislações pertinentes. YASBEK, M.C. As ambiguidades da Assistência Social Brasileira após 10 anos de LOAS. In Revista Serviço Social & Sociedade, ano XXV, n° 77, p. 11-29, mar. 2004. ______. Sistema de Proteção Social Brasileiro: Modelo, Dilemas e Desafios. BELTRAMELLI NETO, Silvio. Direitos humanos. Salvador: Juspodivm, 2014. BRANDÃO, Cláudio. Introdução ao estudo dos direitos humanos. In: BRANDÃO, Cláudio (Coord.). Direitos humanos e fundamentais em perspectiva. São Paulo: Atlas, 2014. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação história dos direitos humanos. São Paulo: Saraiva, 2003. 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MATOS, Marlise. Direitos humanos: contextualização e histórico. In O Trabalho Intersetorial e os Direitos de Cidadania: experiências comentadas, v. 3, p. 10-12, dez. 2006. PIRES, Maria Izabel Scheidt. Política Nacional de Assistência Social, Suas e Legislações pertinentes.