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GEOGRAFIA BIBLICA

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IBADEP Institu to B íblico da A ssem bléia de Deus - 
E nsino e pesquisa
IBADEP - Institu to B íblico da A ssem bléia de Deus - 
E nsino e Pesquisa 
Av. B rasil, S/N° - E letrosiü - Cx. Postal 248 
85980-000 - G uaíra - PR 
Fone/Fax: (44) 3642-2581 / 3642-6961 / 3642-5431 
E-m ail: íbadep a ibadep.com 
Site: www.ibadep.com
A luno(a):...................................................................................
DIGITALIZAÇÃO
IBADEP
ESDRAS DIGITAL E PASTOR DIGITAL
http://www.ibadep.com
Geografia Bíblica
Pesquisado e adaptado pela Equipe 
Redatorial para Curso exclusivo do IBADEP - 
Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias 
de Deus do Estado do Paraná.
Com auxílio de adaptação e esboço de 
vários ensinadores
Mapas T01 a T04: Extraído da Bíblia de Referência 
Thompson, Frank Charles Thompson, Mapas 1 a 
16, São Paulo: Editora Vida, 1992.
Mapas P01 a P15: Extraído da Bíblia de Estudo
Pentecostal, Donald C. Stamps, Rio de Janeiro: 
CPAD, 1995.
Mapas T01 a T04 foram utilizados com a devida 
autorização da Editora Vida. Todos os direitos reservados. 
Os infratores estarão sujeitos às penalidades da lei.
Mapas P01 a P15 foram utilizados com a devida 
autorização da Sociedade Bíblica do Brasil. Todos os 
Direitos Reservados. Os infratores estarão sujeitos às 
penalidades da lei.
9a Edição - Abril/2007
Todos os direitos reservados ao IBADEP
Diretorias
CIEADEP
Pr. José Pimentel de Carvalho - Presidente de Honra 
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. José Anunciação dos Santos - I o Vice-Presidente
Pr. Moisés Lacour - 2o Vice-Presidente
Pr. Ival Theodoro da Silva - I o Secretário
Pr. Samuel Azevedo dos Santos - 2o Secretário
Pr. Simão Bilek - I o Tesoureiro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - 2o Tesoureiro
AEADEPAR - Conselho Deliberativo
Pr. Israel Sodré - Presidente
Pr. Ival Teodoro da Silva - Relator
Pr. José Anunciação dos Santos - Membro
Pr. Moisés Lacour - Membro
Pr. Samuel Azevedo dos Santos - Membro
Pr. Simão Bilek - Membro
Pr. Mirislan Douglas Scheffel - Membro
Pr. José Carlos Correia - Membro
Pr. Perci Fontoura - Membro
AEADEPAR - Conselho de Administração
Pr. José Polini - Presidente
Pr. Robson José Brito - Vice-Presidente
Pr. Moysés Ramos - I o Secretário
Pr. Hercílio Tenório de Barros - 2o Secretário
Pr. Edilson dos Santos Siqueira - I o Tesoureiro
Pr. Luiz Carlos Firmino - 2o Tesoureiro
IBADEP
Pr. Hércules Carvalho Denobi - Coord. Administrativo 
Pr. José Carlos Teodoro Delfino - Coord. Financeiro
Cremos
1) Em um só Deus, eternamente subsistente em 
três pessoas: O Pai, Filho e o Espírito Santo. (Dt 
6.4; Mt 28.19; Mc 12.29).
2) Na inspiração verbal da Bíblia Sagrada, única 
regra infalível de fé normativa para a vida e o 
caráter cristão (2Tm 3.14-17).
3 ) Na concepção virginal de Jesus, em sua morte 
vicária e expiatória, em sua ressurreição 
corporal dentre os mortos e sua ascensão 
vitoriosa aos céus (Is 7.14; Rm 8.34 e At 1.9).
4 ) Na pecaminosidade do homem que o destituiu 
da glória de Deus, e que somente o 
arrependimento e a fé na obra expiatória e 
redentora de Jesus Cristo é que pode restaurá- 
lo a Deus (Rm 3.23 e At 3.19).
5) Na necessidade absoluta do novo nascimento 
pela fé em Cristo e pelo poder atuante do 
Espírito Santo e da Palavra de Deus, para tornar 
o homem digno do Reino dos Céus (Jo 3.3-8).
6) No perdão dos pecados, na salvação presente e 
perfeita e na eterna justificação da alma 
recebidos gratuitamente de Deus pela fé no 
sacrifício efetuado por Jesus Cristo em nosso 
favor (At 10.43; Rm 10.13; 3.24-26 e Hb 7.25;
5.9).
7) No batismo bíblico efetuado por imersão do 
corpo inteiro uma só vez em águas, em nome do 
Pai, do Filho e do Espírito Santo, conforme 
determinou o Senhor Jesus Cristo (Mt 28.19; Rm 
6.1-6 e Cl 2.12).
8 ) Na necessidade e na possibi lidade que temos de 
viver vida santa mediante a obra expiatória e 
redentora de Jesus no Calvário, através do 
poder regenerador, inspirador e santif icador do 
Espírito Santo, que nos capacita a viver como 
fiéis testemunhas do poder de Cristo (Hb 9.14 e 
IPe 1.15).
9) No batismo bíblico no Espírito Santo que nos é 
dado por Deus mediante a intercessão de Cristo, 
com a evidência inicial de falar em outras 
línguas, conforme a sua vontade (At 1.5; 2.4; 
10.44-46; 19.1-7).
10) Na atual idade dos dons espirituais distribuídos
pelo Espírito Santo à Igreja para sua edificação,
conforme a sua soberana vontade (ICo 12.1­
12).
1 1 ) Na Segunda Vinda premilenial de Cristo, em
duas fases distintas. Primeira - invisível ao
mundo, para arrebatar a sua Igreja fiel da terra, 
antes da Grande Tribulação; segunda - visível e 
corporal, com sua Igreja glorificada, para reinar 
sobre o mundo durante mil anos ( lT s 4.16. 17; 
ICo 15.51-54; Ap 20.4; Zc 14.5; Jd 14).
12) Que todos os cristãos comparecerão ante o 
Tribunal de Cristo, para receber recompensa dos 
seus feitos em favor da causa de Cristo na terra 
(2Co 5.10).
13) No juízo vindouro que recompensará os fiéis e 
condenará os infiéis (Ap 20.11-15).
14) E na vida eterna de gozo e felicidade para os 
fiéis e de tristeza e tormento para os infiéis (Mt 
25.46).
Metodologia de Estudo
Para obter um bom aproveitamento, o 
aluno deve estar consciente do porquê da sua 
dedicação de tempo e esforço no afã de galgar um 
degrau a mais em sua formação.
Lembre-se que você é o autor de sua 
história e que é necessário atualizar-se. Desenvolva 
sua capacidade de raciocínio e de solução de 
problemas, bem como se integre na problemática 
atual, para que possa vir a ser um elemento útil a si 
mesmo e à Igreja em que está inserido.
Consciente desta realidade, não apenas 
acumule conteúdos visando preparar-se para provas 
ou trabalhos por fazer. Tente seguir o roteiro 
sugerido abaixo e comprove os resultados:
1. Devocional:
a) Faça uma oração de agradecimento a Deus 
pela sua salvação e por proporcionar-lhe a 
oportunidade de estudar a sua Palavra, para 
assim ganhar almas para o Reino de Deus;
b) Com a sua humildade e oração, Deus irá 
i luminar e direcionar suas faculdades mentais 
através do Espírito Santo, desvendando 
mistérios contidos em sua Palavra;
c) Para melhor aproveitamento do estudo, temos 
que ser organizados, ler com precisão as 
lições, meditar com atenção os conteúdos.
2. Local de estudo:
Você precisa dispor de um lugar próprio para
estudar em casa. Ele deve ser:
a) Bem arejado e com boa iluminação (de 
preferência, que a luz venha da esquerda);
b) Isolado da circulação de pessoas;
c) Longe de sons de rádio, televisão e conversas.
3. Disposição:
Tudo o que fazemos por opção alcança bons 
resultados. Por isso adquira o hábito de estudar 
voluntariamente, sem imposições. Conscientize-se 
da importância dos itens abaixo:
a) Estabelecer um horário de estudo extraclasse, 
dividindo-se entre as disciplinas do currículo 
(dispense mais tempo às matérias em que 
tiver maior dificuldade);
b) Reservar, diariamente, algum tempo para 
descanso e lazer. Assim, quando estudar, 
estará desl igado de outras atividades;
c) Concentrar-se no que está fazendo;
d) Adotar uma correta postura (sentar-se à 
mesa, tronco ereto), para evitar o cansaço 
físico;
e) Não passar para outra lição antes de dominar 
bem o que estiver estudando;
f) Não abusar das capacidades físicas e mentais. 
Quando perceber que está cansado e o estudo 
não alcança mais um bom rendimento, faça 
uma pausa para descansar.
4. Aproveitamento das aulas:
Cada disciplina apresenta características próprias, 
envolvendo diferentes comportamentos, a saber: 
raciocínio, analogia, interpretação, apl icação ou
simplesmente habilidades motoras. Todas, no 
entanto, exigem sua participação ativa. Para 
alcançar melhor aproveitamento, procure:
a) Colaborar para a manutenção da disciplina na 
sala-de-aula;
b) Participar ativamente das aulas, dando 
colaborações espontâneas e perguntando 
quando algo não lhe ficar bem claro;
c) Anotar as observações complementares do 
monitor em caderno apropriado.
d) Anotar datas de provas ou entrega de 
trabalhos.. Estudo extradasse:
Observando as dicas dos itens 1 e 2, você deve:
a) Fazer diariamente as tarefas propostas;
b) Rever os conteúdos do dia;
c) Preparar as aulas da semana seguinte. Se 
constatar alguma dúvida, anote-a, e apresenta 
ao monitor na aula seguinte. Procure não 
deixar suas dúvidas se acumulem.
d) Materiais que poderão ajudá-lo:
s Mais que uma versão ou tradução da Bíblia 
Sagrada;
y Atlas Bíblico;
s Dicionário Bíblico;
s Enciclopédia Bíblica;
s Livros de Histórias Gerais e Bíblicas;
s Um bom dicionário de Português;
s Livros e apostilas que tratem do mesmo 
assunto.
e) Se o estudo for em grupo, tenha sempre em 
mente:
v' A necessidade de dar a sua colaboração 
pessoal;
■S O direito de todos os integrantes opinarem.
. Aproveitamento nas avaliações:
a) Revise toda a matéria antes da avaliação;
b) Permaneça calmo e seguro (você estudou!);
c) Concentre-se no que está fazendo;
d) Não tenha pressa;
e) Leia atentamente todas as questões;
f) Resolva primeiro as questões mais acessíveis;
g) Havendo tempo, revise tudo antes de entregar 
a prova.
Bom Desempenho!
Abreviaturas
a.C. antes de Cristo.
ARA Almeida Revista e Atualizada 
ARC Almeida Revista e Corrida 
AT Antigo Testamento 
BV Bíblia Viva
BLH Bíblia na Linguagem de Hoje
c. Cerca de, aproximadamente, 
cap. capítulo; caps. - capítulos, 
cf. confere, compare.
d.C. depois de Cristo.
e.g. por exemplo.
Fig. Figurado.
fig. figurado; figuradamente, 
gr. grego 
hb. hebraico
i.e. isto é.
IBB Imprensa Bíblica Brasileira 
Km Símbolo de quilometro 
lit. literal, l iteralmente.
LXX Septuaginta (versão grega do AT) 
m Símbolo de metro.
MSS manuscritos 
NT Novo Testamento 
NVI Nova Versão Internacional 
p. página.
ref. referência; refs. - referências
ss. e os seguintes (isto é, os versículos
consecutivos de um capítulo até o seu final. 
Por exemplo: IPe 2.1ss, significa IPe 2.1-25). 
séc. século (s). 
v. versículo; 
vv. versículos, 
ver veja
índice
Lição 1 - 0 Mundo Bíb l ico........................................ 13
Lição 2 - Geografia Física da Pa lest ina.................... 39
Lição 3 - Geografia Econômica e Humana da
Palestina.................................................... 71
Lição 4 - Geografia Política da Pa lest ina................. 95
Lição 5 - A Ásia Menor e as Viagens do Apóstolo
P a u lo .........................................................119
Referências Bib l iográf icas........................................ 141
Mapas Bíblicos .......................................................... 143
Lição 1
O Mundo Bíblico
O mundo bíblico situa-se no atual Oriente 
Médio e terras do contorno do Mar Mediterrâneo, 
mais precisamente na Mesopotâmia, nas planícies 
entre os rios Tigres e Eufrates. É ele o berço da raça 
humana.
Na dispersão das raças após o dilúvio (Gn
10 e 11):
t Sem povoou o sudoeste da Ásia;
t Cão povoou a África, Canaã e a Península
Arábica;
í Jafé povoou a Europa e parte da Ásia.
O Fértil Crescente
Se traçarmos uma linha curva partindo do 
Egito, passando pela Palestina e a Síria
Mediterrânea, e, seguindo depois até ao Golfo
Pérsico, teremos uma meia lua razoavelmente 
perfeita.
Há quatro mil anos, esse poderoso
semicírculo em redor do deserto da Arábia, 
denominado "Fértil Crescente" abrigava grande 
número de cultura e civil izações ligadas umas às 
outras como pérolas e um colar. Dela irradiou luz 
clara para toda humanidade. Ali foi o centro de 
civilizações desde a chamada "Idade da Pedra até a 
Idade do Ouro" da cultura greco-romana.
13
Como já vimos, a faixa de terra estreita 
que vai de Ur, no sul da antiga Caldéia, até as
proximidades do Nilo, é chamado então de Fértil 
Crescente.
Em algum ponto dessa imensa região, a
humanidade teve o seu berço, antes e depois do
dilúvio. Civil izações importantes, tais como a 
Suméria, a Acádia e a Aramita, deram inicio ao
progresso e os levaram para outras partes da terra.
Tigre e Eufrates, no Oriente e no Ocidente, 
l igavam-se por estradas reais, que passavam por 
Harã, Alepo, Damasco, Jerusalém e alcançavam o 
Egito.
Caldéia, Assíria e Egito se tornaram
potências. Essas potências disputavam em campo de 
batalha o domínio do mundo. Canaã estava no centro 
dessas potências entre a Mesopotâmia e o Nilo.
A terra de Canaã era uma passagem
obrigatória para assírios, caldeus e egípcios. Sendo 
assim, Canaã se tornou o centro do Fértil Crescente, 
terras disputadas pelas potências do Mundo Antigo. 
Por isto, o Velho Testamento registra muitas vezes 
Israel sendo ameaçado pelos assírios e caldeus, 
recorrendo ao poder militar do Egito e vice-versa.
Quando Napolassar, auxi liado por 
Ciaxiares, rei dos persas, destruiu Nínive e sepultou 
o grande Império Assírio e lançou as bases do
Império Caldeu, com capital em Babilônia, todas 
estas potências perseguiram Israel e atacaram o
Egito, e o Egito revidou também com suas tropas.
Do poder dos gregos, Judá não se livrou; 
os romanos subjugaram Israel e destruíram 
Jerusalém em 70 d.C. e só foi restaurado o Estado 
Judaico em 1948 d.C.
Desde que os judeus se implantaram na 
Palestina, no meado do século passado, o mundo 
todo passou a se despertar pelo Oriente Médio, e até
14
mesmo os árabes, esquecidos por séculos, passaram 
a ocupar um lugar proeminente1 entre as nações. Os 
árabes se impõem pelo petróleo e os judeus pelo 
valor espiritual.
Israel retornou à terra que Deus deu a 
Abraão e à sua descendência em possessão 
perpétua, conduzido pelo braço do Senhor, porque 
lhe está reservado por profecias, papel importante 
nos acontecimentos que precederão ao 
arrebatamento da Igreja, à Gna_ad_e Tribulação, à 
Volta de Cristo e o Milênio. Israel mais uma vez, 
ocupando o centro das atenções da terra e 
Jerusalém, sendo a coroa para todos os povos.
Limites do Mundo Bíblico
Em termos gerais pode-se delinear a área 
do Mundo Antigo da seguinte maneira:
Ao norte: começa na Espanha, passa pelo norte 
da Itália e Mar Negro e vai até ao Mar Cáspio;
® Ao leste: uma linha reta que parte do Mar 
Cáspio, e passando pelo Golfo Pérsico vai até o 
Mar Arábico;
(§ ) Ao sul: uma linha reta que, partindo do Mar 
Arábico, vai à direção oeste, passando pela 
Etiópia e terminando no deserto da Líbia, no 
continente africano;
® Ao oeste: uma linha reta que parte do sul do 
deserto da Líbia e termina na Espanha, 
abrangendo o Egito e as regiões do norte da 
Áfr ica.
Em termos mais específ icos diríamos que a 
referida área fica situada entre longitude 5o oeste e 
55° leste, e entre 10° e 45° latitude norte.
1 Que se a l te ia ac ima do que o c i r cunda; que sobressa i .
15
A Extensão do Mundo Bíblico
No Mundo Bíblico encontram-se diversas 
regiões, áreas, países e acidentes naturais. 
Citaremos apenas alguns casos, dado o limitado 
espaço que temos.
Mesopotâmia (Gn 24.10; Dt 23.4; At 2.9).
Berço da humanidade. Não é verdade o que 
muitos manuais de História Geral declaram ser o 
Egito o berço da humanidade. A verdade está na 
Bíblia. Aqui existiu o Éden Adâmico.
Na Mesopotâmia destacam-se dois países: 
s Babilônia, de capital do mesmo nome. Outros 
nomes antigos: Caldéia (Ez 11.24); Sinear (Gn 
14.1); Sumer. É o sul da Mesopotâmia.
•/ Assíria (Gn 2.14; 10.11). É o norte da
Mesopotâmia. É hoje parte do Iraque. Capital: 
Nínive, destruída em 607 a.C. Ao oeste ficava o 
Reino de Mari. Os mitânios habitavam em volta 
de Haran, ao Norte da Assíria.
Arábia.
Capital: Petra (gr.) e Sela (hb.). Vai da foz 
do Nilo ao Golfo Pérsico. Local onde Israel 
peregrinou à procura de Canaã,. A parte da Península 
do Sinai era chamada Arábia Pétrea.
A Lei foi dada nessa terra e o tabernáculo 
foi erigido pela primeira vez nesse lugar. A região de 
Ofir, fornecedora de ouro ficava possivelmente na 
Arábia (1 Rs 9.28).
Pérsia.
Documentos desenterrados nas últimas 
décadas revelam-nos existirem duas Pérsias. A 
Grande Pérsia, localizada no sudeste de Elã é
16
atualmente o Irã e a Pequena Pérsia l imitava-se, ao 
norte, pela Magna Média.
Em um sentido amplo, o territóriopersa 
compreendia o Planalto do Irã, toda a região 
confinada pelo Golfo Pérsico, os vales do Tigre e do 
Ciro, o Mar Cáspio e os rios Oxus, Jaxartes e Indo.
No tempo de Assuero, marido de Ester, as 
possessões persas estendiam-se da índia à Grécia, 
do Danúbio ao Mar Negro, e do Monte Cáucaso ao 
Mar Cáspio ao norte e atingia, ainda, o deserto da 
Arábia e Núbia.
Elão.
Região além do Tigre, ao oriente da 
Babilônia, limitada ao norte pela Síria e pela Média; 
ao sul pelo Golfo Pérsico, ao oriente e ao sudeste, 
pela Pérsia. Hoje incorporado no Irã. Capital: Susã 
(Gn 14.1; At 2.9).
Média.
Esta região ficava ao norte de Elão, ao 
leste da Assíria, ao sul do Mar Cáspio e partes da 
Armênia, e ao oeste da Pártia.
Há uma única menção dos partas na Bíblia, 
em Atos 2.9, onde se faz referência aos povos 
representados em Jerusalém no dia de Pentecostes.
** Armênia.
Em sua parte encontra-se o planalto 
chamado antigamente de Ararate (Gn 8.4) que por 
sua vez, localiza-se na Ásia Ocidental. É o lugar das 
nascentes dos rios Eufrates, Tigre e Aras.
Síria.
Mesmo que Arã (Não confundir com Harã). 
Capital: Damasco (Is 7.8). Seu território não é o 
mesmo da Síria moderna (At 11.26).
17
Nos dias de Jesus tornara-se sede da 
província romana, da qual fazia parte a Palestina (Lc 
2.2). A capital dessa província era Ant ioauia. A Síria 
era na época governada por um legado1 romano.
Fenícia.
Atualmente é o Líbano, em parte. Cidades 
principais: Tiro e Sidon. Os fenícios eram navegantes 
famosos e primitivos exploradores; fundaram 
Cartago, na África do Norte (hoje Túnis).
Nosso alfabeto vem dos fenícios cerca de 
1500 a.C. ( IRs 9.26-28; Mt 11.22; 15.21).
Egito.
É o país mais citado na Bíblia depois da 
Palestina. Em hebraico seu nome é Mi.zraim (Gn 
10.6). Teve várias capitais nos tempos bíblicos. 
Parte do seu futuro, profeticamente falando, está em 
Ezequiel 29.15. Fica ao norte da África.
Etiópia.
Fica ao sul do Egito. Segundo Gênesis 
2.13, existia outra Etiópia na região norte da 
Mesopotâmia - a chamada Terra de Cush (hebraico).
A profecia em Salmos 68.31 a respeito da 
Etiópia, teve seu cumprimento a partir de Atos 8.26­
39, quando a fé cristã foi ali introduzida. É país de 
princípios cristãos até hoje. A Etiópia da Bíblia 
compreende hoje a Abissínia e a Somália.
Líbia.
Extensa região da África do Norte. Simão, 
o que ajudou Jesus a levar a cruz, era natural de 
C irene - cidade da Líbia (Mt 27.32).
1 Na ant iga Roma, com is sá r io do Senado en ca r r egado de 
f i s ca l i z a r a adm in i s t r a ção das prov ínc ias .
18
Igualmente, no dia de Pentecostes estavam 
cireneus em Jerusalém (At 2.10).
Ásia.
A Ásia dos tempos bíblicos não era como o 
atual continente asiático atual, era uma província 
romana situada na parte ocidental da chamada Ásia 
Menor ou Anatól ia (At 6.9; 19.22; 27.2; IPe 1.1; Ap 
1.4,11). Capital dessa província: Éfeso.
Toda a região dessa antiga Ásia Menor 
compreende hoje o território da Turquia.
■** Grécia ou Hélade (At 20.2).
No Antigo Testamento, em hebraico, é Java 
ou Iônia (Gn 10.4,5). A maior parte da Grécia Antiga 
era conhecida pelo nome de_Acaia_.(At 18.12); nome 
esse derivado dos aqueus - povo que a habitou.
Na época do Novo Testamento a Grécia era 
constituída de estados isolados sob os romanos. 
Nesse tempo, sua capital política era Corinto, não 
Atenas. Em Corinto residia o procônsul romano.
** Macedônia (At 19.21).
Ficava ao norte da Grécia. A antiga 
Macedônia é hoje parte do território de vários 
países, a saber: norte da Grécia^ sul dâ Bulgária, 
Iugoslávia e parte da Turquia.
O ministério do apóstolo Paulo ocorreu na 
Ásia Menor, Grécia e Macedônia, principalmente. A 
capital da Macedônia era Pella.
Ilírico (Rm 15.19).
Região européia onde Paulo ministrou a 
Palavra de Deus. É hoje a Albânia e parte da 
Iugoslávia. A parte principal da Iugoslávia de hoje é 
a antiga Dalmácia de 2Timóteo 4.10.
19
Itália (At 27.1; Hb 13.24).
País banhado pelo Mediterrâneo, situado 
ao sul da Europa. Em Roma, sua capital, foi fundado 
um diminuto reino em 753 a.C., que mais tarde viria 
a ser senhor absoluto do mundo conhecido - O 
Império Romano. Para a Itália Paulo viajou e pregou 
o Evangelho como prisioneiro.
*■ Espanha (Rm 15.24,28).
Paulo manifestou o propósito de viajar 
para a Espanha. Segundo os estudiosos da Bíblia, a 
cidade de Társis mencionada em Jonas 1.3; 4.2; 
ficava ao sul da Espanha., sendo no tempo de Jonas o 
extremo do mundo conhecido do povo comum.
Foi a Espanha grande perseguidora dos
cristãos durante a Idade Média, especialmente 
através dos tribunais da sinistra Inquisição.
Palestina ou Canaã.
Região banhada pelo Mediterrâneo ao
oeste, tendo ao norte a Fenícia e a Síria, e ao leste e
sul da Arábia, sendo que ao sui também fica parte
do Egito. As suas características serão estudadas 
detalhadamente mais adiante neste livro.
Ilhas dos Gentios ou Ilhas do Mar.
É designação aplicada na Bíblia às ilhas do 
Mediterrâneo e Mar Egeu, das quais as principais 
são: Creta, Chipre, Rodes, Patmos, Mitilene,
Samotrácia e talvez Malta e Sicília, bem como de 
regiões mais remotas1, pouco conhecidas nos tempos 
bíblicos.
1 Mu ito a fa s tado no espaço; d i s tante , d i s tanc iado .
20
Montanhas
Uma vez que vamos estudar separadamente
- na lição 2 deste livro - a Geografia da Palestina, 
trataremos neste tópico das montanhas
extrapalestínicas do Mundo Antigo relacionadas com 
a história bíblica. Destas, as quatro mais
importantes são as seguintes:
■*' Ararate.
Fica no sudeste da Armênia; célebre pelo 
encalhe da arca de IMoé; tem cerca de 5.000 metros 
de altitude. Devemos notar, entretanto, que o texto 
bíblico em Gênesis 8.4 diz que a arca parou sobre 
"os montes de Ararate". Portanto ignora-se o local 
exato do pouso da arca, embora a tradição aponte a 
montanha mais alta da região como tal e cujo nome 
é Ararate.
Sinai ou Horebe.
Local izado no extremo sudoeste da Ásia,
na Península1 do Sinai, que tem forma tr iangular e
que é banhado por dois braços do Mar Vermelho 
chamados Golfo de Suez e Golfo de Ácaba, ficando 
este do lado oriental da península e aquele do lado 
ocidental.
A península da sua natureza divide-se em 
duas partes:
s Uma ao norte, predominante, deserta e com 
leves elevações; 
s Outra ao sul, na qual predominam a topografia 
montanhosa, de elevações entre 1000 e 2000 
metros de altitude cortada por vales de 
dimensões variadas, cobertas de alguma
1 Porção de te rra ce rc ada de água por to do s os la dos , menos 
um, pelo qual se l iga a out ra terra.
21
vegetação em certas épocas do ano. É nesta 
região sul da península que se localiza o monte 
Sinai, também chamado Horebe. ,
No monte Sinai Moisés recebeu a Lei com a 
qual se firmou o pacto entre Deus e o povo de 
Israel, originando-se, assim, a nacionalidade 
hebraica com seus aspectos religioso e civil.
No mesmo monte, uns poucos anos antes, 
Moisés teve a visão da sarça ardente - quando
apascentava os rebanhos do seu sogro - e seis 
séculos depois Elias, o profeta, teve a visão de Deus 
( lR s 19) em que lhe foi revelado que, apesar da 
idolatria de Israel havia muitos joelhos em seu meio 
que não se haviam dobrado a Baal.
Hoje o Sinai é conhecido pelo nome de 
Jebel-Musa, que significa "monte de Moisés".
Líbanos.
A cordi lheira1 dos montes Líbanos, que 
corre paralelamente à costa oriental do
Mediterrâneo, fica na parte ocidental da Síria, ao 
norte da Palestina, e apresenta-se em duas divisões: 
Líbano e Antelíbano.
Esta divisão não é conhecida nas Escrituras 
Sagradas, mas vem desde os tempos da dominação 
grega e persiste até hoje.
A cadeia de montanhas que fica ao oeste é 
conhecida como Líbano e a que fica ao leste como 
Antelíbano. A altitude de ambas as cadeias varia 
entre 1.900 e 3.300 metros. A sua extensão na 
direção norte-sul é de aproximadamente 180km e na 
direção oeste-leste varia entre 20 e 30 km em linha 
aérea.
1 S is t ema de a l tas m on ta nhas que se d e senvo l vemem grande 
ex te nsão , ge ra lmen te pa ra le la s e p r ó x im as ao l i toral , l an çando 
cade ia s de mon tanhas se cundár ia s .
22
0 vale que separa as duas cadeias de 
montanhas toma nomes diferentes: 
v' Ao sul é chamado vale do Leontes, por onde 
corre o rio do mesmo nome;
•/ Pouco mais para o norte é conhecido como o 
vale de Mispá. que se estende por entre os 
contrafortes das duas cadeias;
■s E do centro para o norte toma o nome de vale 
do Orontes, pois serve de leito para o rio do 
mesmo nome.
No tempo de Josué o vale era conhecido 
simplesmente como vale do Líbano. Era famoso pela 
sua fertil idade. Nas encostas dos Líbanos cresciam 
os famosos cedros e as esbeltas faias, madeiras 
empregadas na construção do templo de Salomão, 
cobertura de navios, palácios dos reis, instrumentos 
musicais, enfim, por serem de grande duração. Os 
montes Líbanos são freqüentemente citados nas 
Escrituras.
Seir.
Na real idade Seir não é um monte isolado 
e sim uma serra de montanhas que corre na direção 
norte-sul na região de Edom, na Arábia Ocidental 
(durante a dominação romana denominada Arábia 
Pétrea), entre o sul do Mar Morto e o estremo norte 
do Golfo Ácaba, cuja altitude varia entre 300 e 2.000 
metros na encosta leste.
Um pouco afastado da serra, mas 
pertencendo ao mesmo sistema, fica o monte Hor, 
onde morreu Arão, irmão de Moisés, durante a 
peregrinação de Israel em demanda1 à terra da 
promessa. Nas montanhas de Seir, provavelmente na 
sua parte norte, habitava Esaú, na região central dos
1 Em busca de; à pro cu ra de.
23
montes Seir onde ficava a cidade-fortaleza Petra, 
também conhecida como Selá. posto militar guardião 
das fronteiras meridionais do Império Romano.
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
1. O Mundo Bíblico situa-se no atual:
a)[H Continente Asiático e parte da Oceania
b ) H Oriente Médio e terras do contorno do Mar 
Mediterrâneo
c )D Ocidente, precisamente no continente europeu 
e africano
d )D Oriente Próximo e terras do litoral do Golfo 
Ácaba
2. Na Mesopotámia, berço da humanidade, destacam- 
se dois países:
a )D Fenícia e Egito
b ) 0 Egito e Babilônia
c)[3 Babilônia e Assíria
d)D Espanha e Palestina
3. Célebre pelo encalhe da arca de Noé; fica no 
sudeste da Armênia.
a)EH Monte Seir
b ) 0 Monte Sinai
c )D Monte Horebe
d)Q3 Monte Ararate
f Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.ICI A faixa de terra estreita que vai de Ur, no sul da 
antiga Caldéia, até as proximidades do Nilo, é 
chamado então de Fértil Crescente
5 . 0 O Egito foi o local onde Israel peregrinou à 
procura de Canaã
24
Rios
Na vasta área do Mundo Antigo podemos 
considerar quatro rios importantes: Nilo, Tigre
Eufrates e Jordão.
Nilo.
Com cerca de 6.500 km de comprimento, é
0 primeiro rio do continente africano e o segundo do 
mundo, tendo suas nascentes na região dos grandes 
lagos da África Equatorial, por onde se estende seus 
dois braços chamados Nilo Branco e Nilo Azul e seus 
afluentes.
O Nilo corre na direção sul-norte através 
do Egito, desaguando no Mediterrâneo através de um 
vasto estuário1 de 250 km de largura, formado pelo 
os três braços (que antigamente eram sete), 
denominado delta.
As chuvas produzidas pelas nuvens 
formadas sobre o Oceano Índico e levadas pelos 
ventos sobre as cordilheiras da África Oriental e 
Equatorial faziam transbordar o Nilo e seus 
afluentes, levando para o Egito a aluvião2 ferti l izante 
das vertentes das montanhas.
O transbordamento do Nilo nas regiões 
áridas do Egito e conseqüentes abundância das 
colheitas, notadamente na região do delta, era 
considerado pelos egípcios obras dos seus deuses. 
Caráter sagrado que o povo atribuía ao rio.
A parte navegável ia até a Ilha Elefantina, 
antigamente chamada Yeb, 1.145 km ao sul de 
Cairo, junto da primeira catarata. Há mais cinco
1 T ipo de foz em que o curso de água se abre mais ou menos 
la rgamen te .
2 Depó s i to de casca lho , areia e argi l a que se fo rma j un to às 
margens ou à foz dos r ios, p roven ien te do t r aba l ho de erosão; 
a lúv io .
25
outras cataratas no alto Nilo que não permitem a 
navegação.
Além de ser o ponto final da rota 
comercial, a Ilha Elefantina também era o posto 
mil itar mais avançado do governo egípcio na direção 
sul, pois as escavações nela efetuada mostram 
vestígios de fortificações que abrigavam guarnições 
militares. Provas iguais nos oferecem as ruínas da 
cidade de Siene (moderna Assuã), referida em 
Ezequiel 29.10, que fica em frente da ilha.
Na mesma ilha ainda foram encontradas 
ruínas de colônias judaicas e documentos em papiro 
em grande quantidade que relatam acontecimentos 
entre 400 e 525 a.C., oferecendo novos dados sobre 
a dispersão dos judeus pelo mundo de então, 
suplementando, assim, a narrativa bíblica relativa ao 
assunto.
■*" Tigre (gr.) ou Hidéquel (hb.).
Este é o rio que nasce nas montanhas da 
Armênia, corre na direção sudeste banhando o lado 
oriental da Mesopotâmia até juntar-se com o rio 
Eufrates, cerca de 160 km antes do Golfo Pérsico.
Devido à mudança do leito do rio através 
dos tempos - pelos os meios naturais (inundações), 
e artificiais (canalização) - e também preferências 
de suas diversas nascentes, o percurso total do Tigre 
varia entre 1.780 e 2.300 km segundo os dados 
oferecidos pelos diversos autores.
Nos tempos remotos ele desaguava 
diretamente no Golfo Pérsico, mas, devido ao aluvião 
formado na baixa Mesopotâmia, hoje despeja as 
águas no Eufrates que daí para frente recebe o nome 
de Shat-el-Arab.
Em sua margem esquerda, na altura de seu 
terço superior, ficam as ruínas da antiguíssima
26
cidade de Nínive, cuja história começa no terceiro 
milênio a.C., e no seu terço inferior, na margem 
direita, fica a cidade de Bagdá. Fora os primeiros 
capítulos de Gênesis, pouquíssimas são as 
referências bíblicas ao Tigre.
Eufrates, o "Grande Rio".
As suas nascentes acham-se no maciço 
montanhoso da Armênia. De início, o rio corre para o 
ocidente, chegando a uma distância de apenas 93 
km do Mediterrâneo. Depois toma a direção sudeste, 
atravessando a célebre cidade de Babilônia a cerca 
de 140 km do seu estuário.
O curso total deste rio também varia entre 
2.880 e 3.330 km, segundo diversos autores. 
Aparentemente esta diferença se explica pelas 
mesmas razões citadas com referência ao 
comprimento do rio Tigre.
Na época da maior glória do domínio
hebreu o rio Eufrates era o seu limite nordeste.
Também constituía o limite ocidental da 
Mesopotâmia extremamente fértil especialmente na 
região sul, ou baixa - Mesopotâmia, também
chamada Caldéia.
Todos os anos os dois rios depositam uma 
faixa de terra no fundo do Golfo Pérsico fazendo-o 
recuar. Calcula-se que desde os tempos de Abraão, 
quando a sua cidade (ür) era porto marítimo, o Golfo 
Pérsico tenha recuado cerca de 250 km.
Também o Eufrates nos tempos antigos
desaguava diretamente no Golfo Pérsico. Hoje, cerca 
de 160 km ao norte do referido Golfo junta-se com o 
Tigre e daí em diante é chamado Shat-el-Arab.
Jordão.
Este é o rio da terra santa, inúmeras vezes 
referido nas Escrituras Sagradas. É formado por
27
várias nascentes nas encostas noroeste e oeste do 
monte Hermom - sendo quatro as principais: a 
Bareighit, Hasbani, Ledã e Banias - e corre na 
direção norte-sul.
No seu percurso total, cerca de 340 km 
pelo leito s inuoso1, atravessa dois lagos - o de 
Merom (atualmente chamado Hulé) e o da Galiléia - 
desaguando no Mar Morto.
A peculiaridade do Jordão é que este é o 
único rio do mundo cujo leito é inferior ao nível do 
mar. A depressão começa desde 3 km ao sul das 
águas de Merom e continua cada vez mais acentuada 
até chegar a 426 metros no Mar Morto, cuja 
profundidade chega a 400 metros. Portanto, trata-se 
de uma depressão de 826 metros sendo a mais 
profunda do globo terrestre.
O Jordão nasce nas montanhas do 
Anti líbano, ao oeste do monte Hermom, e é o 
principal rio da Palestina, ele corre na direção norte- 
sul, dividindo o estadojudaico em duas partes 
diferentes deixando na região leste a Transjordânia e 
na região oeste, a terra de Canaã.
Seu nome significa "decaimento" ou 
"aquele que desce"; e em virtude de sua grande 
sinuosidade, tem sido apelidado de "serpentina". No 
seu curso superior, ao norte, estão as fronteiras 
sírio-israelense e. jordano-israelense.
Nascentes: Esse rio inicia-se nos montes 
do Antilíbano, (especialmente o Hermom) em cujos 
picos a neve cai o ano todo; e quando esta sofre a 
alta temperatura, torna-se líquida e vai se 
deslizando pela superfície da terra, ou se infiltrando 
pelas brechas do solo até formar as nascentes do rio 
Jordão.
1 Que apresenta cu rvas i r regu la res , em sen t i dos d i fe rentes; 
ondu l an te , to r tuoso , f l exuoso .
28
O início do rio propriamente dito começa 
através do encontro de quatro principais riachos:
s Hasbani. É um riacho com cerca de 40 km de 
extensão, que mana de uma grande fonte 
chamada "Ain Furar", onde a altitude é de cerca 
de 520 metros acima do nível do mar, com cerca 
de 300 metros de profundidade.
s Banias. Cujo nome significa "o deus da 
fertil idade". É o mais oriental de todos. Esse 
riacho nasce perto das ruínas de Banias - antiga 
Cesaréia de Filipe (Mt 16.13), no sopé do monte 
Hermom, onde a elevação é de 348 metros 
acima do nível do mar.
s Ledã. Essa é a fonte central e mais volumosa. 
Está a 157 metros acima do nível do mar. Inicia- 
se perto de Tel-el-Cadi, a antiga Dã da Bíblia. 
Trata-se de uma poderosa nascente que brota 
do solo naquele ponto.
s Bareighit. Esse riacho é mais ocidental e mais 
alto, iniciando a 563 metros acima do nível do 
mar, e cujas fontes não se alimentam das 
torrentes do Hermom.
Primeiro se encontram as vertentes, Banias 
e Bareighit, e logo após Ledã, e um pouco mais ao 
sul, esses três se ajuntam ao de Hasbani, e assim 
está formado o início do rio Jordão.
Para um estudo mais detalhado, costuma- 
se dividir o curso do rio Jordão em três trechos, a 
saber: A Região das Nascentes, o Jordão Superior e 
o Jordão Inferior.
s Região das Nascentes. Essa região, é 
exatamente a que acabamos de descrever nos 
seus aspectos mais setentrionais que se estende 
até o lago de Meron. Após a fusão das quatro 
nascentes já descritas, o Jordão atravessa uma
29
planície pantanosa numa extensão de 11 km e 
entra no lago de Meron. A sua largura varia 
muito nesse trecho, e a profundidade varia de 3 
a 4 metros.
s Jordão Superior. Trata-se da parte que está 
entre o lago de Meron e o Mar da Galiléia, com 
uma extensão de 20 km. Esse trecho é quase 
reto, com uma caída de 225 metros, o suficiente 
para fazer com que as águas fiquem altamente 
impetuosas, causando enormes erosões. A 
velocidade das águas nesse trecho é tão grande, 
a ponto de quase 20 km adentro do Mar da 
Galiléia ainda dá para perceber a sua 
correnteza. A largura do rio nesse trecho varia 
entre 8 a 15 metros, onde o seu leito percorre 
um terreno rochoso entre uma vegetação média.
v' Jordão Inferior. É a região que fica entre o 
Mar da Galiléia e o Mar Morto. Esse trecho mede 
cerca de 117 km em linha reta, e cerca de 340 
km pelo leito tortuoso do rio, com uma largura 
que oscila entre 25 a 35 metros, indo 1 a 4 
metros de profundidade. O declive desse trecho 
é de 200 metros, levando o rio a descer 
precipitadamente formando meandros1 e 
cascatas, alargando o vale até uma extensão de 
15 km, como ocorre nas proximidades de Jericó.
Há outros três grandes rios no Mundo 
Antigo, porém sem importância para a geografiar 
bíblica, são eles: Leontes e Orontes na Síria - o 
primeiro correndo no seu último trecho pelo limite 
norte de Canaã e o segundo banhando a cidade de 
Antioquia - e Tibre na Itália, em cuja margem 
esquerda fica Roma.
1 S inuos idade , rodeio, vo l te io de curso de água, de cam inho, 
etc.
30
Desertos
Na Bíblia encontramos várias referências a 
desertos, e isto em virtude das peregrinações dos 
patriarcas e do povo de Israel bem como da 
formação de Moisés, o grande guia do povo de Deus, 
que se efetuou especialmente nos desertos do 
êxodo. A idéia de deserto entre os judeus abrangia 
três aspectos:
■s Yeshimon: deserto absoluto, onde não há
possibil idade de sobrevivência animal ou 
vegetal;
s Heraboth: lugar devastado, desértico, em
conseqüência de destruição. É o caso da cidade 
destruída pela guerra;
s Midbar ou Arabah: deserto com certas
possibil idades de vida animal e vegetal que, na 
época chuvosa do ano transformava-se em 
campo.
Os israelitas peregrinaram 40 anos em 
desertos destes aspectos. Aqui abordaremos os 
desertos extrapalestínicos, deixando os palestínicos 
para mais adiante (lição 2).
Os desertos extrapalestínicos relacionados 
com as narrativas bíblicas podem ser divididos em 
dois grupos, tomando-se a linha Mar Morto - Golfo 
de Ácaba como divisória:
O grupo do oeste: 
s Shur (Êx 15.22), que alguns identificam como o 
de Etam (Êx 13.20), estende-se pelo noroeste 
da Península do Sinai, ao largo da fronteira 
nordeste do Egito e costa oriental do Mar 
Vermelho (Golfo de Suez) à altura do seu terço 
superior;
31
s Sin, que é o prolongamento do anterior na 
direção sul da costa oriental do mesmo mar, 
abrangendo o terço médio da mesma; 
s Sinai, que abrange toda a parte sul da 
península incluindo o monte Sinai, bem como a 
parte oriental da mesma até o fundo do Golfo de 
Ácaba;
s Parã, que cobre todo o centro da península, 
deslocando-se um pouco para nordeste da 
mesma;
s Cades, ou Cades-Barnéia, pequena área que 
fica ao norte do Parã e leste de Shur; 
s Zim, fica ao leste de Cades. Estes dois últimos 
desertos constituíam o limite sul da Palestina, 
também conhecidos pelo nome de Negeb;
s Berseba. Este é um pequeno deserto em torno 
da cidade de Berseba, o marco meridional da 
terra santa. A expressão "de Dã a Berseba" era 
maneira de definir a extensão norte-sul do 
território palestínico.
O grupo do leste: 
s Idumeu, que fica ao sudeste do Mar Morto; 
s Moabe, ao nordeste do mesmo mar; 
s Quedemote, ao norte de Moabe;
Diblat e Beser, cuja localização é desconhecida, 
são desertos de pouquíssima importância 
histórica.
Cidades
O estudo das cidades do Mundo Antigo 
requer que as dividamos em dois grupos: 
extrapalestínico e palestínico (este será estudado na 
lição 4).
32
*■ Cidades principais do grupo extrapalestínico.
Destacam-se neste grupo, pela sua 
importância e relação com os hebreus e com o 
crist ianismo primitivo, as seguintes:
1. Ur.
Situada no sul da Babilônia ou Caldéia, 
hoje chamada Mugheir (perto das escavações da 
antiga Ur). Cidade natural do patriarca Abraão; 
centro industrial, agrícola e comercial de grande 
importância; porto marítimo, segundo as 
descobertas arqueológicas (o Golfo Pérsico 
antigamente ia até Ur); antedi luviana.
Nas escavações arqueológicas de Ur temos 
as mais antigas evidências da cultura sumeriana.
2. Nínive.
Segundo Gênesis 10.11 foi uma das 
antigas cidades da Assíria. Tornou-se a capital do 
mundo no período áureo do Império Assírio.
Ficava a margem oriental do Tigre 
Superior, 50 km ao norte da confluência do rio Zabe 
com o Tigre. Foi tomada pelos babilônios em 612
a.C., terminando assim a sua glória.
Dois dos livros proféticos do Antigo 
Testamento têm Nínive por objetivo: Jonas e Naum.
3. Damasco.
Segundo os historiadores é "a cidade viva 
mais antiga da terra", localizada ao sul da Síria, no 
planalto oriental do Antel íbano.
Através dos séculos tem sido a capital da 
Síria. Notável por se constituir centro estratégico 
para o comércio do Mundo Antigo, por tratar-se de
33
um ponto de entroncamento1 das estradas que 
comunicavam Egito e Arábia com Assíria, Babilônia e 
Roma (via Éfeso, na Ásia Menor).
É citada freqüentemente nas Escrituras 
Sagradas em que as referências vão desde os dias 
das peregrinações de Abraão (Gn 14) até o tempo do 
apóstolo Paulo (Gl 1.17).
4. Mênfis.
Os hebreus a conheciam pelo nome de 
Nofe (Is 19.13). A cidade mais importante do Egitosetentrional que, segundo Heródoto, teria sido 
edificado por Menes, primeiro rei do Egito 
mencionado na história, localizada na margem 
ocidental do Nilo, cerca de 20 km ao sul de Cairo, 
atual capital do Egito. As pirâmides egípcias mais 
famosas ficam perto desta cidade.
5. Babilônia.
A antiga e bela capital do famoso Império 
Babilónico, notável pelos seus maravilhosos palácios, 
jardins suspensos, muralhas quase inexpugnáveis2.
Segundo Heródoto, historiador grego - 
citado por J. D. Davis em seu Dicionário da Bíblia - 
as muralhas que cercavam a "cidade maravilhosa" do 
Mundo Antigo eram duplas e tinham cerca de 28 
metros de largura e até 112 metros de altura e 96 
km de extensão, construída de tijolos com 
argamassa3 de betume com 250 torres e 100 portões 
de cobre.
1 Ponto de j unção de doi s ou mais cam inhos , de duas ou mais 
co isas.
2 Invenc í ve l , indes t ru t í ve l , inaba láve l .
3 M istura de um ag l u t inant e com areia e água, em p reg ad a no 
a s sen tam en to de a lvena r i a , t i jo los, l adr i lhos , etc., da qual 
resu lta uma massa de c on s i s tênc ia mais ou menos p lás t i ca , que 
endu rece com o tempo.
34
Esta cidade foi edificada sobre as duas 
margens do rio Eufrates, em torno do local da torre 
de Babel, cerca de 500 km ao noroeste do Golfo 
Pérsico (250 km no tempo de Abraão, pois Ur, cidade 
do patriarca, era cidade marítima conforme provam 
as escavações em suas ruínas que hoje ficam a cerca 
de 250 km do fundo do Golfo Pérsico).
As suas origens pré-históricas remontam 
aos dias de Ninrode (Gn 10.8-9). Foi na cidade de 
Babilônia que Alexandre, o grande, terminou seus 
dias em 323 a.C.
6. Harã.
Poucos informes têm dessa cidade. Porém 
sabemos que ficava na região chamada Harã - 
Naaraim, Padã-Arã, no planalto setentrional da
Mesopotâmia, onde permaneceram por algum tempo 
Tera e seu filho depois de deixarem Ur..
Entretanto, pelo que se pode concluir de 
alguns dados arqueológicos, tratava-se de um 
importante centro militar e comercial, ponto de
convergência dos caminhos da Assíria, Babilônia, 
Ásia Menor, Egito (via Palestina) e Síria.
7. Tiro.
Cidade antiga e muito importante na
Fenícia. Conforme relatos de escritores e
historiadores antigos (Heródoto e outros), sua 
fundação remonta a 2.750 anos a.C.
De início, a cidade foi edificada sobre um 
pequeno promontório1,, transferindo-se mais tarde 
para uma ilha mais próxima a fim de resistir melhor 
aos constantes ataques dos inimigos. Mas, 
Alexandre, o Grande, tomou a Ilha de Tiro em 332 
a.C., depois de sete meses de cerco, tendo
1 Cabo f o rm ado de rochas e l e vada s ou a l cant i s.
35
construído um molhe1 através do estreito que 
separava do continente.
Foram os tírios navegantes e comerciantes 
famosos que mantinham relações com as mais 
distantes regiões. Foram eles que fundaram Cartago, 
na África setentrional, no século IX a.C.
Na época de Davi e Salomão, o rei de Tiro
- Hirão - manteve estreita amizade com Israel, 
ajudando com sua madeira e artífice a construir os 
palácios e o templo (2Cr 2.1-16).
Foram as cidades fenícias: Tiro e Sidon, as 
únicas em território estrangeiro que Jesus visitou 
durante o seu ministério terreno (Mt 15.21-31). O 
nome moderno dessa cidade é Sur.
8. Sidon.
Outra cidade importante e muita antiga da 
Fenícia, cerca de 30 km ao norte de Tiro, porto 
marítimo do Mediterrâneo, é freqüentemente referida 
na Bíblia. Foi arrasada, muitas vezes, pelos 
conquistadores, e reconstruída. Hoje seu nome é 
Saida.
A importância desta cidade foi tão grande 
que os historiadores da antigüidade freqüentemente 
referia-se aos sidônios como sinônimo de fenícios. 
Um dos reis sidônios, Etbaal, era pai de Jezabel, a 
terrível mulher de Acabe, rei de Israel.
9. Atenas.
Este é o nome da capital Ática, um dos 
estados da Grécia, fundada em 1156 a.C., que em 
1834 tornou-se a capital de todo o reino da Grécia. 
Está cerca de S km de distância do mar Pireu., sendo 
seu porto comercial mais próximo Falero.
1 Es t ru tura mar í t ima en ra i z ada em terra, e que pode s e rv i r de 
queb r a -m a r (q. v.), gu ia - co r ren te ou cais acos táve l .
36
Atenas era célebre como centro da ciência, 
da literatura e das artes do Mundo Antigo, atraindo 
inúmeros estudantes de todas as regiões.
As referências bíblicas a esta cidade são 
todas elas relacionadas com a obra missionária de 
PâliLo (At 17.15-18.1; lT s 3.1).
10. Éfeso.
Cidade mais importante da costa ocidental 
da „Ásia Menor, cuja origem remonta o século XI
a.C., localizada na margem direita do rio Caister. 
cerca de 18 km da desembocadura deste no Mar 
Egeu, na província,de Lídia.
Era a um só tempo o porto mais 
importante do Egeu Oriental, a capital da Ásia 
proconsular e o entroncamento das duas estradas 
mais importantes (leste-oeste e norte-sul) da grande 
península no tempo dos romanos.
Seu magnífico templo consagrado à deusa 
Diana (Ártemis dos gregos), levou 220 anos para ser 
construído e tinha 55 metros de largura por 112 
metros de comprimento. Seu teatro com capacidade 
para 25 mil pessoas assentadas e seu hipódromo 
eram de famõ mundial.
Paulo, reconhecendo a importância 
estratégica de Éfeso, ficou ali durante dois anos e 
• rês meses (At 19.8-10) entre os anos 54 e 57 d.C., 
leal izando o seu maior trabalho missionário.
11. Roma.
Cidade das mais antigas da Península 
itálica, edificada sobre sete colinas, na margem 
osquerda do rio T ibre, a 24 km da desembocadura 
deste no Mar Tirreno, na costa ocidental da 
península. A data de sua fundação, universalmente 
.)ceita, é 753 a.C. Famosa por ter sido a capital 
política e cultural do mundo por vários séculos.
37
No tempo do apóstolo Paulo a "cidade 
eterna" - como é chamada - já possuía cerca de
1.000.000 (um milhão) de habitantes.
Paulo esteve preso em Roma durante dois 
anos e dali escreveu quatro epístolas: Efésios,
Filipenses, Colossenses e Filemom.
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
6. Quatro rios mais importantes do Mundo Antigo:
a)[ZI Zabe, Eufrates, Jordão e Quisom
b)CH Belus, Caister, Zabe e Banias
c)Q Nilo, Tigre Eufrates e Jordão
d ) 0 Caister, Banias, Tigre e Nilo
7. Segundo os judeus, o deserto absoluto, onde não há 
possibilidade de sobrevivência animal ou vegetal é:
a )D O Midbar
b)D O Arabah
c )D O Heraboth
d) EU O Yeshimon
8. Cidade natural do patriarca Abraão, de grande 
importância econômica nos tempos bíblicos
a )D Ur
b)C] Damasco
c)D Sidon
d)D Nínive
Marque "C" para Certo e "E" para Errado
9.|C I O rio Nilo tem cerca de 6.500 km de 
comprimento e é o primeiro rio do continente 
africano
10.Ly Paulo esteve preso em Roma durante dois anos e
dali escreveu duas epístolas
38
Lição 2________________
Geografia Física da Palestina
O nome "Palestina" deriva-se do termo 
Filistia, ou seja, a terra habitada pelos filisteus. Na 
Bíblia este nome é dado a uma faixa de terra ao 
sudoeste de Canaã, ao largo do Mar Mediterrâneo 
até ao Egito.
Posteriormente, figuras como Plínio e 
Josefo, passaram a chamar por este nome toda a 
região de Canaã. E desde os tempos do domínio 
romano até os dias que precederam a fundação do 
moderno Estado de Israel, Palestina era o nome mais 
usado.
Outros nomes são: 
v'' Canaã ou Terra de Canaã (Gn 13.12);
/ Terra dos Amorreus; 
s Terra dos Hebreus (Gn 40.15);
 ̂ Terra de Israel ou Terra dos Israel itas (ISm 
13.19; 2Rs 5.2; Mt 2.20); 
s Terra de Judá ou Judéia (Ne 5.14; Is 26.1; Jo 
3.22; At 10.39); 
s Terra da Promessa ou Terra Prometida (Hb
11.9);
✓ Terra Santa (Zc 2.12; SI 78.54 - ARA);
 ̂ Terra Formosa (Dn 8.9); 
s Terra do Senhor (Os 9.3); 
s Terra Gloriosa (Dn 11.41).
39
Localizada no continente asiático, a 30° 
latitude norte, banhada pelo Mar Mediterrâneo 
(extremo leste) em toda a extensão do seu limite 
ocidental, mais ou menos eqüidistante1 dos pontos 
principais do Mundo Antigo, a Palestina constituía-se 
num centro de gravidade para o mundo e as 
civilizações da antiguidade.Do ponto de vista comercial ficava na rota 
obrigatória do tráfego entre o oriente e o ocidente, 
bem como entre o norte e o sul; e do ponto de vista 
político era passagem inevitável dos exércitos 
conquistadores das grandes potências ao seu redor, 
razão pela qual estas se interessavam por sua 
conquista e fortificação.
Com isso, a Palestina sofreu devastações 
em repetidas ocasiões durante a sua história.
@ Limite sul: Cades-Barnéia e o ribeiro el-Arish, 
na Arábia, el-Arish é o "rio do Egito" (Gn 15.18). 
@ Limite norte: Síria e Fenícia.
(§ Limite oeste: Mar Mediterrâneo. É na Bíblia
chamado de Mar Grande (Dn 7.2).
@ Limite leste: Síria e Arábia.
Naturalmente estes são os limites médios 
ou prevalecentes da história política da Palestina, 
havendo épocas em que eles sofriam algumas 
modificações resultantes das conquistas ou perdas 
nas guerras.
Topografia
O termo "Topografia" significa, 
literalmente, descrição de um lugar ou de uma 
região. A Palestina pode ser dividida em quatro 
seções, a saber:
1 Que di sta igua lmente .
40
s Planície da costa do Mediterrâneo; 
s Região montanhosa central; 
s Vale do Jordão;
■s Planalto Oriental, ou zona montanhosa de
Gileade, na Transjordânia.
Planícies
A palavra "planície" significa uma grande 
porção de terreno plano, enquanto que "planalto" 
significa uma grande porção de terreno plano sobre 
montes ou serras.
Planície Costeira.
Israel apossou-se das montanhas centrais, 
quando ocupou a terra prometida, e depois, fez 
tentativa esporádica de estender seu domínio até o 
litoral. Mas esta região estava ocupada pela
poderosa nação dos filisteus.
Davi conseguiu controlá-la por um
momento, mas durante a maior parte da história 
israelita foram os fil isteus que, a partir das suas 
cinco cidades, fizeram pressão em direção às 
colinas.
Naquela época o litoral não era região 
particularmente atraente, e consistia em uma faixa 
de dunas1, areia misturada com bosques e alguns 
pântanos. Ao sul do monte Carmelo não apresentava 
grandes pontos naturais. Os fi l isteus não eram 
navegadores.
O primeiro grande porto nesta faixa 
costeira foi o porto oficial de Cesaréia, construída 
pelo rei Herodes, o grande, não muito tempo antes 
do nascimento de Jesus Cristo.
1 Monte de areia moved iç a fo rmado pela ação do vento .
41
Ao sul do monte Carmelo a área era 
chamada de Planície da Filistéia e Planície de Saron, 
ao norte do Carmelo Planície de Aser.
Continuando para o norte a planície se 
restringe, mas em compensação oferece melhores 
portos naturais, a partir dos quais operavam os 
fenícios navegadores e comerciantes.
Planície do Aco (ou Acre).
A palavra Acre (hb. akko) significa "areia 
quente" (Jz 1.31), e os Cruzados1 lhe deram o nome 
de "São João de Acre".
Esta planície está na região do extremo 
noroeste da costa palestínica, ao sul da Fenícia e se 
estendendo até o monte Carmelo.
No norte ela é mais estreita, medindo 
aproximadamente 5 km, e vai se alargando pouco a 
pouco, até alcançar 17 km ao sul. É irrigada por dois 
pequenos rios, a saber: o rio Belus ao norte e o rio 
Quisom ao sul, ao pé do monte Carmelo.
As terras do centro que rodeia os montes 
são fertil íssimas, com exceção da parte praiana, 
onde as areias são muito quentes. Esta região coube 
por sorte a tribo de Aser (Js 19.25-28) que não 
conseguiu expulsar os cananeus.
■*" Planície de Saron.
A palavra "Saron" é semítica, e significa 
"zona de bosques". Essa planície está entre o sul do 
monte Carmelo e a cidade de Jope.
Ela se alarga na direção das montanhas da 
região central à medida que avança para o sul, 
medindo 85 km no sentido norte-sul, com uma
1 Exped i ção mi l i ta r de c a rá te r re l ig ioso que se fazia na Idade 
Méd ia, cont ra hereges ou inf i éis.
42
largura que varia de 15 a 25 km, tendo a sua faixa 
mais estreita que se encontra nas proximidades do 
monte Carmelo. Esta planície tornou-se famosa por 
causa das variedades de flores e lírios que ali 
medravam1 (Ct 2.1-2).
Planície da Filistia.
Essa planície compreende a faixa de terra 
habitada pelos filisteus, que fica entre Jope e Gaza, 
no sudeste da Palestina, medindo cerca de 75 km de 
comprimento por 25 km de largura.
As cinco cidades principais dos fil isteus, 
fortemente muradas, eram: Gaza, Ascalon, Azoto, 
Gate e Ecrom. As três primeiras eram marít imas e as 
duas últimas ficavam no interior. Tais cidades eram 
as fortalezas da planície.
Planície de Sefelá.
A palavra Sefelá, l iteralmente significa 
"terras boas" ou "mais baixas". Essa região 
propriamente dita, é mais uma faixa de terra do que 
uma planície; trata-se de um altiplano rochoso que 
corre da costa, rumo sudeste, se estendendo até a 
fronteira da tribo de Judá (Dt 1.7; Js 10.40; 12.8; 
15.33; 2Cr 26.10; 28.18).
Na sua região norte ela l imita-se com a 
Filistia, ao sul com o vale de Aijalom e Berseba, e ao 
leste com as montanhas de Judá.
Planície de Jezreel ou Esdraelon.
O nome profético dessa região é 
"Armagedom". Apesar dessa região ser classificada 
como vale, pela sua extensão e aspecto do conjunto, 
preferimos qualificá-la de planície.
1 Crescer , vege tando ; de senvo lv er -s e .
43
Esse local encontra-se na confluência de 
três vales, o mais importante é o de Jezreel, que 
está situado entre os montes da Galiléia e os de 
Samaria, alargando-se para o noroeste até as 
fraldas1 do monte Carmelo e sul dos montes Líbanos.
Os três vales se formam ao leste da
imensa planície separada pelo monte Gilboa e o
pequeno Hermom. O do centro é o maior. É o
Jezreel, que desce abruptamente para o Jordão. A 
entrada do vale está na cidade de Jezreel que foi a 
capital do Reino do Norte. A planície é cortada pelo 
rio Quisom do leste para o oeste, com destino ao 
Mar Mediterrâneo.
O termo "esdraelon", é grego e não
aparece na Bíblia, enquanto "Jezreel" aparece por 29 
vezes no Antigo Testamento. Há quem pensa que 
Jezreel e Esdraelon não sejam o mesmo lugar.
Em Josué 17.16 e 2Crônicas 35.22 esse
lugar é chamado de "Vale de Megido". Essa é a maior 
planície de todo o Israel, medindo 40 km de
comprimento por 20 km de largura.
Essa região foi na verdade o celeiro de
Israel, especialmente nos tempos da monarquia. 
Suas terras eram abundantemente férteis, regadas 
pelas constantes chuvas, pelo orvalho que caia do 
céu e pelos rios.
Alguns intérpretes vêem na palavra 
"Armagedom" uma transliteração do hebraico 
Armegido, que significa, colina ou montanha de
Megido.
Além dessas, existem outras planícies 
menores espalhadas pelo interior da Palestina, como 
a de Jericó, a de Dotam, a de Moabe, a de Genezaré 
etc.
1 A par te infer ior , as abas , o sopé (de ser ra, monte , etc).
44
Vales
Apesar de ser a Palestina, terra de muitos 
vales conforme disse Moisés, contentemos em 
estudar apenas alguns dos mais importantes (Dt 
11 . 10 , 11 ):
1. Vale do Jordão.
É uma depressão geológica; os lados 
seguem duas falhas paralelas da crosta terrestre até 
a depressão conhecida pelo nome de Arabá, 
terminando no Golfo de Ácaba. As falhas são a causa 
que explica o caráter íngreme1 do vale.
As praias do Mar Morto encontram-se 388 
metros abaixo do nível do mar. A distância entre a 
linha do horizonte das montanhas de um lado para 
outro do vale é de 15 a 20 km.
Nenhuma estrada importante percorre este 
vale, o que se explica pelo fundo difícil e 
continuamente interrompido pelo rio e seus afluentes 
e ainda pelas altas temperaturas estivais2.
Este é o maior vale de toda a Palestina, 
que inicia no sopé3 do monte Hermom (extremo 
norte) e desce em direção sul, até terminar no Mar 
Morto. No seu ponto inicial esse vale é um tanto 
estreito medindo 100 metros; mas na medida em 
que vai se alargando ele cresce pouco a pouco. E 
logo um pouco abaixo do Mar da Galiléia ele mede 3 
km, na região de Jericó ele chega até 15 km, e 
depois começa a estreitar-se novamente antes de 
chegar ao Mar Morto, seu ponto final.
Por este grande vale corre o rio Jordão, do 
qual o seu nome deriva.
1 Dif íc il de subir; que tem for te decl ive; ab rupto , esc arpado , 
n l cant i l ado
1 Re ferente ao, ou própr i o do est io; ca lmoso, est ivo , est io.
' Base (de mon tanha) ; fa lda.
45
Este é o mais profundo vale de toda a face 
da terra, com 426 metros abaixo do nível do Mar 
Mediterrâneo, em uma distância de 215 km em linha 
reta desde o monte Hermom até ao Mar Morto. 
Grande parte desse vale é de ferti lidade exuberante,
o que enriquecia a agricultura israelense.
Este é o vale de maior contraste geológico 
da face da terra. Como já vimos, ele inicia no sopé 
do monte Hermom a 3.000 metros de altitude, e 
termina no Mar Morto com cerca de 426 metros 
abaixo do nível do mar, com a agravante deste ter 
aproximadamente 400 metros de profundidade.
Onde ele nasce, no monte Hermom, sua 
temperatura climática é bastante fria, em virtude da 
neve, enquanto no seu término, no Mar Morto, a 
temperatura chega a 50° no verão.
A natureza do terreno desse vale é das 
mais variadas que se pode imaginar. A sua 
vegetação não é muito diferente, produzindo até 
maçãs, pêras e uvas.
2. Vale Acor.
A palavra "Acor" significa "perturbação". O 
nome desse vale deriva-se de Acã. Este vale fica 
entre as terras que pertenciam às tribos de Judá e 
Benjamim, ao sul de Jericó. Foi neste vale que 
ocorreu o triste episódio que envolveu a vida de Acã 
e sua família (Js 7.24-26).
3. Vale de Aijalom (Js 10.12).
A palavra "Aija lom" significa "das gazelas". 
Este vale situa-se na região de Sefelá, 24 km ao 
noroeste de Jerusalém. Este vale tem uma extensão 
de 18 km de comprimento na direção do 
Mediterrâneo, por 9 km de largura.
46
4. Vale de Escol (Nm 13.22-27).
A palavra "Escol" em hebraico significa 
"cacho". Este vale fica ao oeste de Hebrom, e é 
muito famoso pela sua ferti l idade especialmente na 
plantação de uvas.
5. Vale de Hebrom.
Esse vale fica cerca de 30 km a sudoeste 
de Jerusalém, onde foi edificada a célebre cidade de 
Hebrom, em cujas cercanias fixou-se por longo 
tempo a família de Abraão.
Planaltos
A definição de planalto é: uma grande
extensão de terras sobre montanhas ou serras. A 
Palestina é geralmente vista com dois planaltos, a 
saber:
s O Planalto Central, que existe como a 
continuação dos montes Liba nos e se estende 
pelo centro do país na direção norte-sul; e 
 ̂ O Planalto Oriental, que pode ser considerado 
como continuação do Anti líbano, andando na 
mesma rota do anterior.
Ambos variam em altitude, medindo de 
650 a 1.300 metros.
*■ Planalto Central.
Esse planalto é compreendido pela região 
onde habitavam as tribos de: Naftali, Efraim e Judá. 
s O Planalto de Naftali, corresponde à região da 
Galiléia ao norte;
 ̂ O Planalto de Efraim corresponde à região de 
Samaria, ao centro; e 
s O Planalto de Judá situa-se ao sul, entre Betei 
e Hebrom.
47
Planalto Oriental.
Esse planalto situa-se ao oriente do rio 
Jordão e também está subdividido em três partes 
diferentes, a saber: Basã, Gíleade e Moabe.
■s Planalto de Basã. Também conhecido como
Auran, que se estende desde o sul do monte 
Hermom até o vale por onde corre o rio
Iarmuque. A ferti lidade dessa região é mais 
apropriada para o plantio de trigo e pastagem 
para o gado.
•/ Planalto de Gileade. Que se situa entre o
Iarmuque e o Hebrom, cortado pelo rio
Jaboque; esta é uma região ferti l íss ima. Essas
terras são famosas pela abundante produção do 
bálsamo, muito apreciado no período do AT (Jr 
8.22). Essa região, é hoje chamada de 
Jordânia.
s Planalto de Moabe. Localiza-se ao leste da
última parte do curso do rio Jordão e do Mar
Morto, indo até o rio Arnon. Esta região é um 
tanto rochosa entrecortado de prados e de 
lindas pastagens. Essa região levou esse nome 
em virtude de ter sido colonizada pelo filho de 
Ló (Gn 19.37).
Montes da Palestina
Canaã é uma terra montanhosa por 
excelência; esta é a razão da Bíblia chamá-la de
" terra de montes e vales" (Dt 11.11).
O núcleo central dos reinos hebreus 
encontra-se na região montanhosa ao longo do 
divisor de águas, que de um lado desce para o litoral 
e do outro para o vale do Jordão. Estas alturas 
atingem acima de 1.000 metros no seu ponto 
culminante, próximo a Hebrom.
48
O declive desapareceu há muito tempo, 
dando lugar a descalvados1 tabuleiros de calcário e 
terrenos pobres. A agricultura é praticada em 
terraços e em campos de animais.
Na extremidade setentrional desta região 
certo números de colinas isoladas voltam à vizinha 
planície de Jezreel, a cadeia montanhosa retoma o 
seu caminho, avança na direção norte, elevando-se 
gradativamente à medida que se aproxima dos altos 
montes do Líbano.
É constituída de patamares que geralmente 
se voltam para o sul ou sudoeste. Os mais baixos 
destes "degraus de escada" eram e são uma espécie 
de bacias férteis, separadas entre si por estéreis 
encostas de calcário.
À medida que aumenta a altitude, as
plataformas tornam-se escalvadas e batidas pelo
vento até constituírem uma área desolada e estéril, 
destituída das f lorestas que cobrem as encostas das 
montanhas mais altas ao norte.
Toda esta parte forma a região da Galiléia, 
c'ls vezes subdividida em alta e baixa Galiléia. Os 
limites meridionais e orientais da região são claros. 
Mas ao norte a divisa se perde nas montanhas.
Os montes da Palestina normalmente são 
divididos em dois grupos gerais, a saber:
s Montes Palestínicos, que ficam ao oeste do
Jordão; e
s Montes Transjordânicos, que se localizam ao
leste do Jordão.
I. Montes Palestínicos.
i . l . Hermom.
Este monte fica no extremo sul da cadeia 
dos montes Anti líbano, no limite sul da Síria e
I al ta de vege ta ção ; á r ido , esté r i l , ca lvo , es ca l vado.
49
extremo norte da Palestina, também, conhecido 
como monte Sirion e monte Senir.
Devido à sua altitude que atinge pouco 
mais de 3.000 metros (os dados oferecidos pelos 
vários autores divergem consideravelmente quanto à 
altitude deste monte, oscilando entre 2.750 e 3.365 
metros), há uma escassez de vegetação (exceto nas 
encostas inferiores onde a vegetação é 
extremamente rica). Sua cobertura é permanente de 
neve e gelo.
Este monte se reveste de uma imponência1 
majestosa, podendo ser avistado de muitas partes da 
Palestina, Síria, Arábia, Fenícia e Mediterrâneo.
Durante o inverno o enorme véu de neve 
baixa até cerca de 1.500 metros. À medida que 
avança o verão a neve vai derretendo, formando fios 
de água e riachos que descem pelas encostas e 
regam as partes inferiores do monte e os vales, 
ficando no seu tríplice cume (formado por três 
elevações ou picos dispostos em triângulo) uma 
calota de gelo que reflete os raios solares, como um 
espelho, a distâncias enormes.
Hermom tem um papel importante na 
formação do clima da região, principalmente da 
Palestina, como catal isador das correntes de ar 
quente e úmido vindas do Mediterrâneo e 
precipitador2 das mesmas em forma do orvalho 
denso em áreas mais próximas e chuvas abundantes 
em regiões próximas e distantes. Isto, devido à 
baixa temperatura reinante em suas culminâncias.
1.2. Monte Tabor.
Em hebraico significa "pedreira" ou 
simplesmente "montanha". Este monte está a 615 
metros acima do nível do Mar Mediterrâneo e tem
1 Que impõe admi ração ; ma je s to so , magn i f i cen te .
2 At i ra r , lançar , a r r em essa r
50
120 metros de altitude, e fica totalmente isolado.
I stá localizado na Galiléia, na parte nordeste da 
exuberante Planície de Esdraelon, tem uma distância 
ili' 10 km da cidade de Nazaré e 16 km do Mar da 
(i < 11 i I é i a .
1.3. Monte Gilboa.
É mais que um monte, parece ser mais 
uina pequena cordilheira. O monte Gilboa tem 13 km 
ili1 comprimento, com uma largura que varia entre 5 
8 km; com cerca de 543 metros de altitude. Nele 
•hi■ cultivam oliveiras, f igueiras e alguns cereais que
ii.io necessitam de muita umidade.
1.4. Monte Carmelo.
Não é propriamente dito um monte, mas 
•.im uma pequena cordilheira, situada no Planalto
i iMitral na direção oeste, formando um promontório 
.ui sulda Planície do Acre, sendo a única parte da 
M.ilcstina que avança mar adentro, formando, ao 
imite, a baía do Acre onde está situada a atual
i ui.ide de Haifa.
Em seus f lancos1 existem várias cavernas, 
i|iii> pelos seus aspectos internos parecem que já 
Im em habitadas.
A cadeia montanhosa do Carmelo se 
■ blende por cerca de 48 km, na direção noroeste- 
uil< ste, desde as margens do Mar Mediterrâneo, ao 
m i I da baía de Acre, até à Planície de Dotã.
Em um sentido mais estrito, o monte
i .li melo é o pico principal dessa curta cadeia 
nmiitanhosa, que alcança um máximo de 531 metros, 
i‘iii sua extremidade nordeste, e que fica cerca de 19
I m i distante da beira-mar.
r .uh: lateral de qua lq ue r ob je to; lado.
51
1.5. Montes de Efraim.
Trata-se de uma região localizada no 
Planalto Central, onde se localiza a tribo de Efraim, 
meia tribo de Manassés e um pouco da tribo de 
Benjamim.
Esta região é também conhecida como 
"monte de NaftaIi", bem como norte de Israel e 
monte de Samaria (Js 20.7; Jr 31.5-6). Os mais 
importantes desses montes são: Ebal e Gerizim, 
conhecidos também como montes das bênçãos e 
monte das maldições (Dt 11.29; 27.1-13; Js 8.33).
O monte Ebal tem 300 metros e está a 
mais de 100 metros acima do nível do Mar 
Mediterrâneo.
1.6. Monte Sião.
Alguns entendem que significa "montanha 
ereta", outros dizem que é "estrutura", mas, não 
falta quem defende o significado "colina ressicada1 
pelo sol".
Este monte situa-se na região leste da 
cidade de Jerusalém, com aproximadamente 800 
metros de altitude, sendo a montanha mais alta da 
cidade sagrada. Antigamente, nas proximidades 
deste monte estava a fortaleza dos jebuseus (2Sm 
5.17; ICr 11.5).
1.7. Monte Moriá.
Segundo a tradição judaica, este monte 
está localizado ao lado leste do monte Sião, medindo 
cerca de 800 metros de altitude. É de forma 
alongada, tendo na sua parte mais baixa o monte 
Ofe l.
A primeira vez que a palavra "Moriá" 
aparece na Bíblia é em Gênesis 22.2, e não se refere
1 To rna r resseco; ressequ i r , ressecar .
52
a um monte, mas, a uma região onde tem muitos 
montes; e foi em um destes montes o lugar em que 
Abraão iria sacrificar Isaque por ordem de Deus.
1.8. Monte das Oliveiras.
Este monte está situado na região oriental 
da cidade de Jerusalém, separado da cidade pelo 
vale do Cedron. Ele faz parte de uma pequena 
cordilheira, com cerca de 3 km de comprimento.
A distância deste monte até o centro de 
Jerusalém era de 15 estádios (Jo 11.18), cerca de 
2.775 metros, "jornada de um sábado" (At 1.12).
Betfagé e Betânia estavam neste monte, 
lietfagé significa "casa do figo", e Betânia, significa 
"casa da tâmara". Na encosta ocidental deste monte 
rstava o Jardim do Getsêmani.
Nos tempos do AT, essa região de muita 
lisrtilidade, era coberta por grandes oliveiras, 
vinhedos, figueiras e outras árvores frutíferas e 
ui namentais. A palavra "Getsêmani" (hb.) significa 
''prensa de azeite".
1.9. Áreas ao pé dos montes.
Entre o litoral e as altitudes montanhosas 
rstende-se uma zona constituída de colinas baixas 
,io pé das montanhas, outrora cobertas de florestas 
i‘ s icômoros1. Hoje grande parte dessa região é
i ultivada.
2 . Montes da Transjordânia.
Os montes da Transjordânia são aqueles 
i|iie ficam ao lado oriental do rio Jordão, onde se 
i".labeleceram as tribos de Rúberi, Gade e a meia 
ii ibo de Manassés.
i i í í ne ro de ár vo res da famí l i a das a r to cá rpeas , esp éc ie de 
Ii(iiiAi r a , de oito a qu inze me t ros de a l tura.
53
A Transjordânia é uma região montanhosa 
semelhante à ocidental, porém mais elevada. A área 
é rica de água e fornece ótimas pastagens para 
grandes rebanhos de ovinos e bovinos.
As montanhas sobem de 600 a 700 metros 
ao leste da Galiléia para quase 2.000 metros ao leste 
e ao sul do Mar Morto. Estas são cada vez mais 
chuvosas à medida que se elevam, constituindo uma 
faixa fértil entre o vale árido, de um lado, e o 
deserto arábico, do outro.
2.1. Montes de Basã.
É uma região montanhosa de muita 
fertil idade, que está situada no Planalto Oriental. Ao 
norte faz divisa com o monte Hermom, ao leste, 
l imita-se com o deserto da Síria e parte do deserto 
da Arábia, e ao sul com o vale do Iarmuque e ao 
oeste com o rio Jordão e o Mar da Galiléia. Este 
monte é referido no Salmo 68.15.
2.2. Monte de Gileade.
Este é mais um conjunto montanhoso, que 
vai do sul do rio Iarmuque e se estende até o Mar 
Morto. Toda sua extensão era de 90 km de 
comprimento, por 30 km de largura.
O rio Jaboque divide esta região 
montanhosa, de leste a oeste, em duas partes quase 
iguais; ficando ao norte a tribo de Gade e ao sul a 
tribo de Rúben. Nos tempos de Jesus, esta região 
era chamada de Peréia.
O nome "Gileade" tem origem no encontro 
de Jacó com Labão (Gn 31.46-48), e logo após com o 
Anjo do Senhor (Gn 32).
2.3. Monte Nebo ou Pisga.
Com 800 metros de altitude, este monte 
localiza-se a cerca de 15 km ao leste da foz do rio
54
Jordão e por trás da Planície de Moabe, perto do Mar 
Morto. Alguns palestinólogos entendem que o monte 
Pisga (Nm 21.20) é um acidente geográfico do monte 
Abarim, que compreendia toda a região montanhosa, 
onde se localizava também o pico do monte Nebo.
Calvário.
Pequena elevação fora dos muros de 
Jerusalém. Fica ao norte, perto da Porta de Damasco 
(Lc 23.33).
Calvário vem do latim "calvária" - crânio. 
Em hebraico é Gólgota - crânio, caveira (Mt 27.33; 
Jo 19.17).
No local acima, em 1885 o general inglês 
Charles George Gordon descobriu um túmulo, cujas 
pesquisas revelaram nunca ter sido o mesmo 
ocupado continuamente. Passou a ser tido como o de 
Cristo.
55
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
1. O termo "Topografia" significa, literalmente:
a )D Grande porção de terreno plano
b)[ZI Descrição de um lugar ou de uma região
c )D Grande porção de terreno plano sobre montes 
ou serras
d )D Conjunto de estados da atmosfera próprios de 
um lugar
2. O mais profundo vale de toda a face da terra, com 
426 metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo:
a )Q Vale de Escol
b ) 0 Vale do Jordão
c )D Vale de Aijalom
d ) 0 Vale de Hebrom
3. A Palestina é geralmente vista com dois planaltos:
a ) 0 O Planalto Oriental e o Planalto de Ur
b ) 0 O Planalto de Ur e o Planalto de Basã
c )D O Planalto de Basã e o Planalto Central
d ) 0 O Planalto Central e o Planalto Oriental
f Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.P=] A palavra "planalto" significa uma grande porção 
de terreno plano
5 .C O Planalto Oriental está subdividido em três
partes diferentes: Basã, Gileade e Moabe
56
Hidrografia1
O sistema hidrográfico da Palestina é
talvez um dos mais pobres do mundo. Desde os
tempos patriarcais vemos o quanto aquela terra tem 
sido castigada pela seca.
Mesmo com toda engenharia desenvolvida 
no atual Estado Israelense a terra ainda sofre com 
as terríveis secas, com exceção da orla marítima, 
onde as chuvas são mais freqüentes.
Apesar de todas estas deficiências, a
Palestina é chamada na Bíblia de "terra que mana
leite e mel" (Êx 33.3); "jardim regado" (Gn 13.10; Is
58.11); " terras das chuvas" (Dt 11.11); a " terra da 
abundância" (Dt 28.11).
A hidrografia da Palestina pode ser dividida 
i:m três partes, a saber: Mares, Lagoas e Rios.
Mares
Mar Mediterrâneo.
Banha a Europa Meridional, a Ásia 
Ocidental, a África Setentrional e toda a costa 
ocidental da Palestina. Liga três continentes, Ásia, 
Africa e Europa e era o único mar navegado nos 
I( mpos bíblicos.
A palavra "Mediterrâneo", não aparece na 
lUblia nenhuma vez, esse mar é mencionado na 
híblia com o nome de Mar Grande (Js 1.4); Mar 
ocidental (Dt 11.24); Mar dos Filisteus (Êx 23.31). 
Apesar de todos estes nomes, o termo mais usado na 
llíblia para se referir a este mar é "O Mar".
1 A palavra H id rogra f i a é fo rmada por do is vo cábu lo s gregos 
l l l d ro" (água) e " g r a p h e i n ” ( des creve r) ; sendo ass im, 
H idrogra f ia é a c iênc ia que es tuda as r eg i õesaquát i cas .
57
Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e 
os romanos de "Internum Maré” . Com uma extensão 
de 4.500 km, o Mediterrâneo é o maior dos mares 
internos.
Neste mar estão as ilhas de Chipre (At 
4.36; 11.19; 13.4; 15.39; 27.4), Creta (At 27.7,12­
13,21; Tt 1.5) e Malta (At 28.1).
Para os judeus, o Mediterrâneo constituía 
numa enorme defesa natural, em seu flanco 
ocidental, uma vez que na sua costa não havia 
nenhum porto exceto o da cidade de Jope.
Mar Morto.
Localiza-se no extremo sul do rio Jordão. 
Fica na foz do rio Jordão, entre as montanhas de 
Judá e as montanhas de Moabe, na região mais 
profunda do planeta. Não tem saída, mas produz 
uma imensa evaporação de aproximadamente oito 
milhões de toneladas de água por dia, o suficiente 
para controlar suas dimensões.
No verão, a temperatura chega até 50°. 
Está situado entre Israel e a Jordânia, a uma 
distância de 24 km ao leste de Jerusalém. Tem cerca 
de 74 km de norte a sul e 16 km de leste a oeste, 
com um total de 930 km.
O Mar Morto é profundíssimo, medindo
cerca de 300 metros de profundidade. Seu ponto 
mais profundo tem 410 metros. Fica a quase 369 
metros abaixo do nível do Mar Mediterrâneo, o que 
faz o mais baixo lençol de água do mundo.
Ao longo da história, esse mar tem sido 
conhecido por diversos nomes; em algumas
passagens bíblicas ele é chamado de "Mar Salgado" 
(Gn 14.3; Nm 34.12), "Mar do Arabá" (Dt 3.17; 
4.49), "Mar do Oriente" (Ez 47.18; Jl 2.20; Zc 14.8).
O Mar Morto é um dos mais salgados do
planeta, sua água contém 25% de salinidade.
58
Além do sal, existem em abundância nas 
águas desse mar outros elementos químicos como 
magnésio, cloro, potássio, cálcio, bromo e enxofre.
■*' Mar da Galiléia.
O Mar da Galiléia que não é propriamente 
um mar, mas um grande lago de água doce, está 
localizado ao lado norte da Palestina e é formado 
exclusivamente pelo alargamento do rio Jordão, num
I recho do seu curso.
Com uma forma ovalada1, nos lembra uma 
pêra. Este mar está aproximadamente a 18km ao sul 
do lago de Meron, e 96 km ao norte de Jerusalém.
I stá a 212 metros abaixo do nível do mar
Mediterrâneo, medindo aproximadamente 18 km de 
• umprimento e cerca de 14 km de largura.
As suas margens que dão para o oriente 
.íío montanhosas, enquanto o seu lado ocidental e 
11a parte noroeste estendem-se planícies férteis com 
(Idades que foram muito importantes nos tempos 
bíblicos. Tem em média 45 metros de profundidade; 
ii sua parte mais rasa não chega menos de 4 metros 
(1(5 profundidade; e a sua parte mais funda não vai 
.ilém de 50 metros de profundidade.
Fica situado em uma grande bacia,
( .lusada por uma grande falha geológica. Com águas 
ivermelhadas e turvas, deságua exausto sobre este 
Uiande lago de água doce o rio Jordão. Apesar disso, 
| t suas águas são relativamente limpas.
Além do rio Jordão, ele recebe muitas
Imites em suas margens. Entretanto, suas praias 
localizadas ao norte e ao leste são barrentas e
i nchosas.
O Mar da Galiléia nos tempos bíblicos
í ipirece com vários nomes, a saber:
1 I o rnado oval.
59
✓ Quinerete (Dt 3.17; Js 13.27; 19.35; Nm
34.11). Esse vocábulo vem de "Kinnor", que 
significa "cítara", pelo fato de parecer com este 
instrumento musical, que é ovalado, em forma 
de uma pêra.
s Lago de Genesaré (Lc 5.1; Mc 6.53). Ganhou 
esse nome, pelo fato de estar localizado em 
uma planície no seu ângulo noroeste chamada 
"Genesaré". Este nome significa "Jardim do 
príncipe".
s Tiberíades (Jo 6.1,23; 21.1) recebeu esse 
nome, por causa da cidade de Tiberíades, 
construída pelo rei Herodes Antipas, em 
homenagem ao imperador Tibério César.
s Mar da Galiléia (Mt 4.18). Esse nome lhe foi 
dado pelo fato de estar localizado em uma 
divisão política do Império Romano na 
Palestina, chamada de "Galiléia".
Lagos
O único lago existente em todo o território 
palestínico é o Lago de Merom; mencionado apenas 
duas vezes no livro de Josué (Js 11.5,7) com o nome 
de "águas de Merom". O seu nome atual é "Lago de 
Hulé" (nome árabe).
Esse lago mede cerca de 8 km de 
comprimento por 6 km de largura, tendo 3 a 4 
metros de profundidade, está a 2 metros acima do 
nível do Mar Mediterrâneo e a 280 metros acima do 
Mar da Galiléia, lugar aonde iam as águas que por 
ele passava.
O seu nome significa literalmente 
"superior", talvez pela sua posição geográfica, ao 
compará-lo com o Mar da Galiléia e o Mar Morto.
60
As suas águas eram doces e produziam 
muitos peixes. A sua parte norte era inóspita1, e 
icpleta de mosquito transmissor da malária.
Antigamente, nas margens desse lago 
vicejava2 o papiro. Esse lago não existe mais, porque 
foi totalmente drenado pela engenharia de Israel, 
ioduzindo-o a uns pequenos açudes.
Rios
Todos os cursos de água da Palestina (com 
exceção do Jordão) são de pouca expressão. A 
palavra "Rio" no hebraico aparece em diversas 
lormas:
s "W a d i " , Trata-se de uma ravina3, ou de um 
leito seco onde só correm águas em seu leito 
no período do inverno ou de chuvas.
S "N ãh ã r " , é o vocábulo normalmente usado 
para designar um rio comum.
Os rios da Palestina são divididos em duas 
hiicias hidrográficas: Bacia do Mediterrâneo e Bacia 
tio Jordão,
l. Bacia do Mediterrâneo.
1.1. Belus.
Esse não é propriamente dito um rio de 
.'i()uas perene, mas tão somente um "Wadi", que fica 
•,eco por quase dois terços do ano. Tradicionalmente 
irm sido identificado com o rio Sior-Libnate 
mencionado em Josué 19.26.
Apesar de não ser identificado a localidade 
deste rio, muitos autores dizem que ele deveria 
estar ao sul da tribo de Aser, onde corria um riacho.
1 I [Ti que não se pode v iver.
Ilrotar, p roduz i r , lançar .
1 I scavação provocada pela enxur rada; bar ranco .
61
O nome "Belus" foi dado pelos gregos. Os judeus e 
os árabes o chamam hoje de "Nannã".
1.2. Quisom ou Kschon.
Trata-se de um rio profundo e de águas 
rápidas, em certos meses do ano quase não pode ser 
atravessado.
Este é o maior rio da Bacia do 
Mediterrâneo, e o segundo de toda a Palestina, 
perdendo somente para o Jordão. Esse rio nasce nas 
pequenas correntes dos montes Gilboa e Tabor, e vai 
recebendo águas de outras pequenas vertentes; 
correndo na direção noroeste do monte Carmelo, ele 
passa pela planície de Esdraelon; e em fim, deságua 
no Mar Mediterrâneo, na parte sul da baía de Acre.
Sem muita certeza, alguns autores dizem 
que o seu nome significa "turvo e tortuoso".
Em Juizes 5.19 esse rio é chamado de 
"águas de Megido". Em virtude do grande episódio 
que envolveu o profeta Elias e os profetas de Baal 
( lR s 18.40), é atualmente chamado de "Nah el 
Mukatta" que significa "rio da matança".
1.3. Caná (Js 16.8; 17.9).
Trata-se de um "Wadi" e não de um rio de 
águas perenes. Nascendo em Samaria, esse rio se 
estende pela planície de Saron irrigando suas terras 
em direção ao mar Mediterrâneo onde termina o seu
curso. Tem esse nome, em virtude do seu leito
correr nas proximidades da cidade de "Caná de 
Efraim".
1.4. Gaás (2Sm 23.30; lC r 11.32).
Aqui temos um outro " Wadi”, que
atravessa o território de Saron na direção leste- 
oeste terminando no Mar Mediterrâneo, nas
proximidades da antiga cidade de Jope.
62
1.5. Soreque (Jz 16.4).
O nome "Soreque" significa "vinha seleta". 
Este também não é um rio perene, porém, um 
"Wadi". A palavra Soreque, indicava tanto um ribeiro 
quanto um vale, entre Asquelom e Gaza, não muito 
longe da cidade de Zorá.
Este rio nasce nas montanhas de Judá, ao 
sudoeste da cidade de Jerusalém, e anda em direção 
noroeste f indando o seu trecho no Mar Mediterrâneo 
entre Jope e Ascalom, na região setentrional da
l ilistia.
1.6. Besor (ISm 30.9,21).
A palavra "Besor" no hebraico significa 
"Refrigério". Este é o maior "Wadi" da Palestina, 
localiza-se nas vizinhanças de Ziclague, na região 
sul de Judá.
Nasce no sul das montanhas de Judá, 
iiassa pelo lado sul de Berseba e precipita-se no Mar 
Mediterrâneo cerca de 8km ao sul da cidade de Gaza.
2. Bacia do Jordão.
Compreende-se como Bacia do Jordão,.111ueIas fontes de água que deságuam no leito do rio 
lordão, e elas estão tanto na parte leste como oeste 
ilo Jordão.
Na lição 1 estudamos sobre o rio Jordão e 
Muatros principais riachos. Agora, continuamos a ver 
mlros riachos importantes:
2.1. Querite.
Aqui temos mais um dos muitos "Wadi" 
existentes na Palestina. Até hoje se discute a 
verdadeira localidade desse ribeiro de águas 
iiil ormitentes1.
' i,M11' apr esenta in te r r upções ou suspen sões ; não cont ínuo.
63
Baseando em IReis 17.5, onde diz que 
esse ribeiro está ao oriente do Jordão, alguns 
autores identif icam-no na margem oriental do 
Jordão. Porém, a maioria dos autores diz que tal 
ribeiro situa-se na margem ocidental.
Entende-se que esse "Wadi" desce dos 
montes de Efraim e desemboca no Jordão, pela 
margem ocidental, um pouco ao norte de Jericó, 
depois de percorrer uma região agreste, povoada de 
corvos e águias.
2.2. Cedron (Jo 18.1).
Trata-se também de um "Wadi" e não de 
um rio perene. Não passa de apenas um riacho com 
regime de inverno, que atravessa o vale de Josafá.
O termo é apl icado tanto ao riacho quanto 
ao vale por meio do qual flui. O seu nome significa 
"turvo", "melancól ico" (no hebraico). Somente nos 
tempos chuvosos é que produz águas impetuosas.
Nasce a 2 km ao noroeste de Jerusalém e, 
correndo na direção sudeste, passa ao lado da 
cidade de Jerusalém, e deságua no Mar Morto, numa 
distância de 40 km, por um leito profundo e sinuoso 
(1 Rs 2.37; 15.13; 2Cr 15.16; Jr 31.40; 2Sm 15.23).
2.3. Iarmuque.
Apesar de não ser mencionado na Bíblia, 
este rio é o principal afluente na região leste do rio 
Jordão. O seu corpo é formado por três braços, 
sendo que o mais setentrional recebe 
abundantemente águas das vertentes orientais e 
meridionais do monte Hermom. O seu encontro com
o rio Jordão ocorre 6 km ao sul do Mar da Galiléia.
2.4. Jaboque (Gn 32.22,23).
Este rio nasce no sul do monte Gileade, a 
princípio corre para o leste, depois para o norte e 
noroeste, fazendo uma semi-elípse, até despejar
64
'.uas águas no Jordão entre o Mar da Galiléia e o Mar 
Morto, após um trajeto de 130 km. O seu nome 
significa "o que derrama".
2.5. Arnon (Is 16.2; Nm 21.13; Dt 2.24).
O seu nome no hebraico significa 
"murmúrio". Nasce nas montanhas de Moabe e ao 
leste do Mar Morto termina o seu leito. Formado por 
dois braços esse rio percorre 80 km.
Primeiramente, esse rio separava os 
moabitas dos amorreus e depois os moabitas do 
lerritório israelita da Transjordânia. Em épocas de 
chuva é bastante volumoso, mas no rigor do verão 
( hega a secar.
Desertos Palestínicos
Deserto da Judéia.
As áreas localizadas do Leste dos montes 
de Judá ao rio Jordão e ao mar Morto formam o 
deserto da Judéia. Subdivide-se este em vários 
desertos sem importância: Maon, Zife e En-Gedi. 
Nessa árida região, perambulou Davi quando era 
perseguido pelo rei Saul.
Eis mais alguns desertos de Judá: Tecoa e 
Jeruel. Nesse território, o rei Josafá obteve 
estrondosa vitória sobre as forças moabitas e 
,-irnonitas. Nessa mesma região, o profeta Amós 
exerceu o seu ministério e João Batista clamou
i ontra seus reticentes contemporâneos.
Desertos de Jericó, Bete-Áven e Gabaom.
O deserto de Jericó fica no território 
henjamita. Esse desolado território forma, segundo 
descreve o pastor Tognini, um longo desfiladeiro 
inchoso de cerca de 15 km que desce de Jerusalém a 
lericó.
65
Nessa área, há muitas cavernas, nas quais 
escondem-se malfeitores. Essa região serviu de 
cenário para a Parábola do Bom Samaritano, contada 
por Jesus Cristo.
Bete-Áven e Gabaom são outros 
importantes desertos de Jericó. Em Gabaom, por 
exemplo, obteve Josué importante vitória sobre os 
inimigos dos israelitas.
Clima da Terra Santa
Israel, geograficamente, localiza-se na faixa 
subtropical. Explica-se, portanto, a variedade de seu 
clima. Genericamente, contudo, apenas duas 
estações sobressaem na Terra Santa: a chuvosa e a 
seca. Ambas são acompanhadas, respectivamente, 
com muito frio e calor.
O clima nas montanhas.
Um país montanhoso, assim é Israel. Hebrom 
é o ponto mais elevado do território israelita, com 
mais de mil metros. Jerusalém, por seu turno, 
encontra-se a 800 metros de altura.
Nas montanhas, o clima é fresco e bastante 
ventilado. No verão, esse quadro altera-se um 
pouco, em conseqüência das correntes de ar quente 
provenientes do Sul e do Ocidente.
Na cidade santa, durante o inverno, a 
temperatura chega a 6 graus positivos, com neves e 
freqüentes geadas. No verão, os termômetros 
oscilam entre 14 e 29 graus.
O clima no litoral.
Encontrando-se ao ocidente do mar 
Mediterrâneo, Israel é bafejado por reconfortadoras 
e constantes brisas, principalmente à noite.
66
Durante o inverno, a temperatura baixa para 
menos de 14° em Gaza e Jafa. No pico do verão, os 
termômetros chegam a registrar 34o! Em algumas 
localidades situadas mais ao norte, o inverno torna­
se insuportável.
O clima no deserto.
De uma maneira geral, nos desertos de Israel, 
as temperaturas oscilam, no verão, entre 43°, 47° e 
50°. Inclui-se, nessa classificação, o Vale do Jordão.
Ventos.
As correntes de ventos que varrem o Oriente 
Médio encarregam-se da formação do clima da Terra 
Santa:
As úmidas, do mar Mediterrâneo;
As frias, dos montes do Norte; e
As quentes, das regiões desérticas.
Eis como os hebreus classificavam os ventos:
 ̂ Safon, portador de geadas; 
s Quadim, faz crescer a vegetação; 
s O do Oeste encarrega-se das chuvas; e 
 ̂ Darom é mensageiro do calor.
Há, também, uma corrente de ar proveniente 
da Arábia, cognominada Sirô. Esses ventos são tão 
quentes que chegam a queimar a lavoura.
Estações.
Depreendemos de algumas passagens bíblicas 
(|ue, no Oriente Médio, havia somente duas 
estações: inverno e verão.
Diz o profeta Isaías: "E/es serão deixados 
luntos às aves dos montes e aos animais da terra e 
•iobre eles veranearão as aves de rapina, e todos os 
,mimais da terra invernarão sobre eles" (Is 18.6).
67
Começava o inverno em outubro e estendia-se 
até o mês de março. Nessa época, os montes 
cobriam-se de neve.
O verão tinha o seu início em abril e ia até 
setembro. Os agricultores aproveitavam bem essa 
estação para colher e preparar a terra.
Chuvas.
Ao contrário do Egito, as chuvas em Israel são 
abundantes. As primeiras chuvas começam em 
outubro e, constituem-se em fortes aguaceiros, 
notadamente, no litoral.
Nas montanhas, as precipitações são fracas e 
finas. No deserto não chove. Alguns estudiosos, 
porém, acreditam que, no tempo de Herodes, o 
Grande, as chuvas não eram escassas nas regiões 
desérticas. Isto porque, ele construiu uma fortaleza 
em Massada com grandes cisternas, para captar 
água proveniente das chuvas. Eis a média das 
precipitações pluviais: 1.090 mm por ano.
O orvalho continua a cair na Terra Santa. Até 
mesmo as áreas desérticas recebem essa dádiva dos 
céus. O orvalho de Hermom, por exemplo, é 
proverbial.
68
Questionário
>’ Assinale com "X" as alternativas corretas
6. Quanto ao Mar Morto, é INCERTO afirmar que:
a) EU É profundíssimo, medindo cerca de 300 metros
b)[H Em algumas passagens bíblicas ele é chamado 
de "Mar Salgado"
c )Q É um dos mais salgados do planeta, sua água 
contém 25% de salinidade
d ) 0 Os gregos o chamavam de "Mar Grande", e os 
romanos de "Internum Maré"
/. O único lago existente em todo o território 
palestínico é o Lago de:
a)CU Ledã 
b|)KI Merom
c)D Orontes
d)Q Leontes
H, Os rios da Palestina são divididos em duas bacias 
hidrográficas, a saber:
a)CH Bacia da Galiléia e Bacia do Atlântico
b ) 0 Bacia do Atlântico e Bacia do Mar Morto
c)H. Bacia do Mediterrâneo e Bacia do Jordão
d)EH Bacia do Jordão e Bacia do Golfo Pérsico
' Marque "C" para Certo e "E" para Errado
'• £ j "Wadi", é o vocábulo hebraico normalmente usado 
para designar um rio comum
III-[«'_] O Mar da Galiléia não é propriamente um mar, 
mas um grande lago de água doce
69
Lição 3________________
Geografia Econômica e Humana 
da Palestina
Devido a variedadedo clima e do solo a 
Palestina oferece também abundante variedade de 
produtos nos três reinos da natureza: vegetal,
<mimai e mineral.
Reino Vegetal
No reino vegetal os produtos mais comuns 
<’ram o trigo, a oliva e a uva. Estes eram os 
elementos básicos da alimentação dos hebreus e 
lormavam o trinômio tão repetido na Bíblia - "pão, 
.i/eite, e vinho". Também era comum: cevada,
lentilha, feijão, pepino, cebola, alho, mostarda, figo, 
melão e etc.
Das plantas silvestres podemos citar: o
i *dro, o pinheiro, a faia, o carvalho, a acácia, a 
lulmeira, a murta, o lírio do campo e a rosa de 
mon.
Embora em maior ou menor proporção,
11 (i (I e - se encontrar toda esta flora pela extensão total 
Hn território palestino. Convém notar aqui que:
11 Na Judéia são mais comuns os olivais e 
vinhedos, que prosperam mesmo em terrenos 
pedregosos;
71
■/ Em Samaria, são os bosques de acácias, cedros 
e pinheiros;
■s Na Galiléia, os cereais, embora estes sejam 
também comuns nos vales e planícies de outras 
regiões.
Reino Animal
Os animais palestínicos mais importantes
eram:
s A vaca, a ovelha, a cabra, a mula, o camelo, o 
jumento, o cavalo e o cão, na ordem dos 
domésticos que serviam tanto para o alimento 
como para o trabalho e transporte; 
s Corça, lebre, chacal, lobo, raposa, leopardo, 
leão, hiena, víbora, camaleão e outros na ordem 
dos selvagens, dos quais somente uns poucos 
podiam servir para o consumo; 
s Perdiz, codorniz, pombo, galinha, avestruz, 
cegonha, rola, pelicano, corvo e tantas outras 
aves;
s Abelhas e gafanhotos de várias espécies, 
moscas, mosquitos, formigas, etc., na ordem 
dos insetos; e 
s Uma abundante variedade de peixes (cerca de 
43 espécies).
Referência especial merece o gafanhoto 
que até hoje é consumido como alimento, 
especialmente pela classe pobre, e do qual João 
Batista se alimentava.
Arrancando-lhe as asas e os pés, puxa-se a 
cabeça, comprimindo ao mesmo tempo o corpo, 
assim retirando-lhe os intestinos. Depois o corpo do 
gafanhoto é secado ao sol, tostado no fogo ou frito 
no azeite, e está pronto para o consumo.
72
Reino Mineral
Entre os metais o mais abundante parece 
t<?r sido a prata ( lR s 10.27), depois cobre, estanho,
i humbo, enxofre, betume1 e também ouro.
i utretanto, a Bíblia não indica que estes minerais 
nos tempos antigos fossem extraídos do solo 
p.ilestino, com exceção de betume (Gn 14.10) na 
irgião de Sodoma e Gomorra, ao sul do Mar Morto. 
Hoje, porém, há bastante mineração de carvão, 
'..ilgema, potassa, enxofre, ferro, cobre, etc.
O comércio nos tempos bíblicos variava
i onforme as circunstâncias políticas em relação aos 
l> uses vizinhos. Assim, a Palestina comerciava os 
■'.%us produtos com Síria, Arábia, Egito e 
in incipalmente com a Fenícia (Ez 27.17).
Os Habitantes Primitivos da Palestina
Bem nos primórdios da história étnica da 
i'|l«stina, antes da chegada de Abraão a terra então
■ li.imada Canaã, a região era ocupada por diversas
11 ihos conhecidas sob o nome geral de cananeus (Gn
I ’ (>; 24.3-37); essas tribos eram dez, a princípio,
i 'Mluzindo-se para sete no tempo da conquista (Gn 
i 18-21; Dt 7.1).
Pelo que nos informa Moisés em Gênesis 
ui i 5 20, quase todos os povos da região da Terra 
'Li Promessa eram da estirpe2 camita, pois eram 
cndentes do filho mais moço de Cão, chamado
1 .-ui,|ã.
As cidades desses povos eram muradas e 
i"i i II Içadas, cada uma tendo o seu próprio rei,
l . l l lO.
*11 1111'm , t ronco , l i nhagem, raça, as cendênc i a , cepa.
73
exceto umas poucas que eram de natureza mais 
nômade.
Esses reinos eram, geralmente, 
independentes e bastante bel icosos1 para alcançar a 
supremacia. Alguns desses reinos, e em certas 
épocas quase todos eles, eram subordinados ao 
Egito. Os mais importantes deles são os seguintes:
@ Cananeus.
Ainda que esta designação seja, aplicada, 
na linguagem bíblica, a todos os povos da Palestina 
primitiva, no sentido mais restrito se limitava aos 
descendentes de Canaã que habitavam na costa do 
Mediterrâneo, desde a baía do Acre até Jope, ao 
norte da Palestina, desde o Mediterrâneo até o vale 
do Jordão, e ao longo do vale do Jordão até ao sul 
do Mar Morto. As provas arqueológicas nos dão a 
idéia desta distribuição.
@ Amorreus.
É outro povo descendente de Canaã, filho 
de Cão, embora alguns historiadores, baseados em 
Deuteronômio 1.44, o classif iquem como cananeus. 
Parece, porém, mais razoável fazer uma distinção 
entre os dois povos parentes.
Os amorreus ocupavam no tempo da 
conquista à região ao sul e leste de Jerusalém e a 
vasta região montanhosa ao leste do Jordão, a 
Transjordânia (Nm 13.29).
@ Heteus.
Também estes são camitas, pois 
descendem de Hete, filho de Canaã e neto de Cão 
(Gn 10.15). Hoje são conhecidos como hiteus e 
hititas, nos registros históricos e arqueológicos.
1 Hab i tu ado à guer ra.
74
Parece que no tempo de Abraão era um 
povo que rivalizava com os cananeus e os amorreus 
em poder e número.
Pelo que já se conhece deste povo, as 
áreas por eles ocupadas, em diversas épocas de sua 
história, estendiam-se desde a Ásia Menor, norte da 
Palestina, Síria, indo até o rio Eufrates. Abraão os 
encontrou também em Hebrom (Gn 23).
Heveus.
Segundo Gênesis 10.15-17, este povo 
também era camita, pois descendia da família de 
Canaã, filho mais novo de Cão.
Pouco se sabe de sua história. Parece que
não era muito numeroso. Nos dias de Jacó uma
colônia deles encontrava-se em Siquém. A área 
maior por eles ocupada, em mistura com algumas 
outras tribos, foi ao oeste de Hermom (Js 11.3; Jz 
3.3).
Jebuseus.
Jebus ou Jerusalém era o único lugar onde 
luibitava este pequeno povo, pois não é mencionada 
mitra área ocupada por eles. Porém, ainda que
pequeno, era um povo valente.
Encastelado na sua cidadela de Ofel
(Sião?) resistiu aos ataques de Josué e seus 
exércitos, embora este lograsse aprisionar e matar a 
M'u rei (Js 10.23,24).
'f1 Perizeus.
Este era um dos povos que habitavam na 
ivrra de Canaã e que parece evidente não ter origem
i .imita, primeiramente, por não constar o seu nome
ii.i lista dos filhos de Cão em Gênesis 10.15-20, e
i.nnbém por não ter o costume de murar as suas
i idades, uma vez que a sua ocupação era a
75
agricultura, como provam as escavações
arqueológicas, levando, portanto, um tipo de vida 
diferente.
@ Refains.
Também conhecidos como anaquins e 
emins (Js 11.21 e Dt 2.10-11). Também estes não 
parecem possuir qualquer parentesco com os 
cananeus. Habitavam em algumas regiões de ambos 
os lados do Jordão e de Hebrom, pertencendo a uma 
raça aborígene1 de gigantes (Dt 2.10).
@ Girgazeus.
Segundo Gênesis 10.16, eram camitas. São 
várias vezes mencionados na Bíblia, mas não se sabe 
em que parte da Palestina habitavam.
Alguns admitem que tenham ocupado 
alguma área na margem ocidental do Jordão, ou ao 
oeste de Jericó.
Os Habitantes Vizinhos da Palestina nos 
Tempos da Conquista pelos Hebreus
Devido a posição geográfica da Palestina, 
vários foram os povos que se limitavam com ela. 
Alguns desses povos vizinhos eram francamente 
hostis ao povo de Deus, outros apenas desconfiados, 
e só uns poucos - como os fenícios - de atitudes 
cordiais.
@ Amalequitas.
Freqüentemente citados na Bíblia; sempre 
hostis ao povo de Deus; de origem muito incerta. 
Era um povo numeroso e poderoso, nômade, cujo
1 D iz -se de hab i tante de reg ião de que é o r ig inár io ; au tó c tone , 
ind ígena, nat ivo.
76
U:rritório principal era de guerrilhas e pi lhagens1 e 
hcava entre o Mar Vermelho ao sul, Neguebe (área 
deserta entre o sul da Palestina e Egito) ao oeste e
l dom ao leste (sul do Mar Morto), (ISm 15.7).
Durante vários séculos antes do seu 
extermínio2, Deus usou os amalequitas como 
instrumentos para castigar o seu povo rebelde (Jz 
1.12-13; 6.3-5).
 ̂ Edomitas ou Idumeus.
Estes são semitas, pois são parentes dos 
hebreus, descendentes de Esaú, irmão de Jacó.
O capítulo 36 de Gênesis fala da numerosa 
descendência de Esaú que se estabeleceu na 
montanha deSeir, ou seja, na região entre o sul de 
Moabe e Mar Morto e o Golfo de Ácaba, que é um 
v.isto maciço montanhoso de cerca de 180 km de 
extensão, conquistado pelos aborígenes horeus onde 
llnresceram cidades como Elath ( lR s 9.26), Ezion- 
(..rber (Dt 2.8), Bosra (Gn 36.33) e Selá ou Petra 
(J Rs 14.7), que foi a capital.
Herodes, o Grande, que governou cerca de
10 anos sobre os judeus durante o domínio romano, 
i*i.i idumeu.
Moabitas.
Segundo Gênesis 19.37 os moabitas eram 
descendentes de Moabe, filho de Ló que era sobrinho 
di' Abraão. Portanto, também eles eram semitas.
Apesar do parentesco, sempre foram 
Inimigos declarados dos hebreus, embora algumas 
v*ies demonstrassem boa vontade para com alguns 
drlfts - como no caso de Davi e sua família quando 
P*1! seguidos por Saul (ISm 22.3).
i ui Lo pra t i cado pe las t r opas que ocupam c id ades c onqu i s ta das
ii i ombates; saque.
.■nina total; chac ina , asso la ção , an iqu i l am en to .
77
Ocupavam o território ao leste do Mar 
Morto e do Jordão até a altura do rio Jaboque.
Como fizeram os edomitas, também os 
moabitas recusaram a Israel passagem pelo seu 
território quando este já se aproximava de Canaã.
Moabe foi reduzido à ruína por 
Nabucodonosor, para nunca mais se reerguer. 
Contudo, Deus honrou uma mulher moabita, Rute, 
escolhendo-a para bisavó de Davi, integrando, 
portanto, a linhagem de Jesus. É o que ameniza a 
triste memória daquele povo.
@ Midianitas.
Eram semitas, pois descendia de Midiã, 
filho de Abraão com Cetura (Quetura), (Gn 25.1-6).
Antigas listas genealógicas árabes 
mencionam uma tribo por nome Ketura, dando como 
seu local de habitação as proximidades da cidade de 
Meca. Tudo faz crer que mais tarde se expandiram 
para oeste-norte, pois nos tempos de Moisés parece 
que a "terra de Mid iã”, para onde este fugira do 
Egito e onde se casara (Êx 2.15-22), ficava ao leste 
do Sinai.
Nos dias do patriarca Jacó, seu filho José 
foi vendido a uma caravana de mercadores 
midianitas que o levaram ao Egito, onde o venderam 
como escravo ao capitão da guarda de Faraó, Potifar 
(Gn 37.25,28,36). Parece, pois, tratar-se de um 
povo nômade que f inalmente desapareceu.
@ Amonitas.
Igualmente semitas, descendentes de Ló 
(Gn 19.38), viviam nômades na região da 
Transjordânia, ao norte do rio Arnon, entre o Jordão 
e o deserto arábico. Foram muito cruéis e vingativos 
para com o povo de Israel, atacando e pi lhando 
muitas vezes por longos anos durante os períodos 
dos Juizes e do Reino.
78
@ Sírios.
Ao nordeste e norte da Palestina ficavam 
os domínios da Síria cujas relações com o povo de 
Deus foram ora fraternais, ora hostis.
Sabemos que os sírios (ou arameus) aos 
quais nos tempos do Reino Unido de Israel eram 
organizados em pequenos reinos independentes, 
sempre conhecidos pelo nome de sua cidade 
principal, eram da estirpe semita.
Três destes reinos sírios l imitavam-se com 
a Palestina e em diversas épocas guerreavam com 
esta; eram eles:
 ̂ Damasco (ou Aram-Damasco), que foi mais 
poderoso e mais hostil para com Israel; 
s Zobá (ou Aram-Zobá), situado ao oeste de 
Damasco, indo até Hamate (ISm 14.47); e 
•/ Maaca (ou Aram-Maaca), ao oeste de Zobá, indo 
até os limites da Fenícia ( lC r 19.7-19).
 ̂ Fenícios.
Este foi um grande povo que habitava na 
estreita faixa de terra ao norte da Palestina, entre os 
montes Líbanos e o Mediterrâneo, desenvolvendo,
I><*Ia navegação e comércio, uma vasta riqueza (Ez 
.>/). Este povo era camita (Gn 10.15-19), embora 
■■na língua pertencesse ao grupo semita.
As duas cidades que sobressaíam em 
'Inerentes épocas eram Tiro e Sidon. As divindades 
iMlncipais dos fenícios eram Baal e Astarote, cujo 
' 111to se infiltrou em Israel e atingiu o auge no 
n inado de Acabe que se casou com a princesa 
meia Jezabel.
f ' Filisteus.
Este povo, cuja origem é desconhecida 
(umbora pela referência de Juizes 14.3, em que os 
l i l r leus são chamados "incircuncisos", possa
79
concluir-se que, não sendo semitas, deveriam ser 
camitas), ocupavam uma área de terra no extremo 
sul da costa palestínica e eram extremamente 
belicosos, razão por que Deus não permitiu que o 
seu povo por ocasião do êxodo seguisse o caminho 
mais curto para Canaã que passava pela terra dos 
fil isteus (Êx 13.17).
As cinco cidades fortif icadas dos f il isteus 
representavam os cinco estados independentes, mas 
confederados, e cujos nomes foram Asquelom, Gaza, 
Gat, Azdod e Ecrón.
Na divisão da Terra da Promessa, a Filistia 
coube às tribos de Judá e Dã. Somente depois da 
morte de Josué é que Judá atacou a Filistia e tomou 
Gaza, Asquelom e Ecrón (Jz 1.18).
Nunca foi possível uma paz permanente 
entre os filisteus e os hebreus. Estiveram em lutas 
constantes durante toda a história de Israel, isto é, 
durante os períodos dos Juizes, do Reino Unido, dos 
Dois Reinos e de Judá quando ficou sozinho na 
Palestina.
Depois do cativeiro de Judá, a Síria anexou 
a Filistia e só depois das conquistas de Alexandre, o 
Grande, que destruiu Gaza, a última cidade 
fortificada que resistiu, que os filisteus 
desapareceram para sempre como povo.
Além desses povos vizinhos mais próximos 
que apreciamos neste estudo, devemos mencionar os 
grandes povos mais distantes dos limites da 
Palestina e com os quais Israel teve relações 
diplomáticas, ou belicosas. São eles: 
s Os egípcios ao sul, e 
s Babilónicos e assírios ao leste.
Não nos deteremos nos detalhes da 
história dessas relações, uma vez que esta já foi 
abordada na parte referente ao Mundo Antigo.
80
Questionário
y Assinale com "X" as alternativas corretas
I. Elementos básicos da alimentação dos hebreus:
a ) B O trigo, a oliva e a uva
b ) d O mel, o feijão e a oliva
c)CH O milho, o trigo e o arroz
d)D O arroz, o feijão e a mandioca
Foi alimento de João Batista e até hoje é 
consumido, especialmente pela classe pobre
a ) 0 Chacal
b)D Hiena
c )D Camaleão
d ) 0 Gafanhoto
I. Antes da chegada de Abraão à Canaã, a região era
ocupada por diversas tribos conhecidas sob o nome
geral de:
a)ED Assírios
b)El Cananeus
c)D Palestinos
d)D Filisteus
Marque "C" para Certo e "E" para Errado
i |l | Os amonitas e os moabitas são descendentes de
i 'có, neto de Abraão
I I1 | Os refains também são conhecidos como anaquins 
f emins, e pertencem a uma raça aborígene de
< i i c) a nte s
81
Cidades Palestínicas
Abraão, quando chegou à Terra da 
Promessa (Canaã), já encontrou muitas cidades, das 
quais algumas são mencionadas no livro de Gênesis.
Geralmente as cidades palestínicas antigas 
eram construídas sobre elevações ou mesmo montes, 
cercadas de muros defensivos de altura e largura 
variadas, com portas pesadas providas de trancas 
seguras, com torres de vigia sobre os muros e ainda 
uma va la1 circulando-as por fora dos muros (Dt 3.5).
Passemos em revista as principais cidades 
palestínicas:
® Jericó.
Segundo alguns pesquisadores, Jericó, se 
não é a cidade mais antiga do mundo, certamente é 
a mais antiga de toda a Canaã. Fica localizada na 
parte inferior do vale do Jordão, a 8 km deste na 
direção oeste, a 12 km ao norte do Mar Morto e 24 
km de Jerusalém na direção leste; e, ainda, a 272 
metros abaixo do nível do Mediterrâneo, junto à 
fonte de Elizeu ou Ain es-Sultan.
No tempo da conquista de Canaã pelo povo 
de Israel, Jericó era uma cidade grande e bem 
fortificada, dominando a passagem do Jordão ao 
sudeste da Palestina à margem do caminho de 
Jerusalém para a Transjordânia.
^ Hebrom.
Situada ao sul das montanhas de Judá, ao 
oeste do Mar Morto, a 32 km ao sul de Jerusalém, 
figura também entre "as cidades mais antigas do 
mundo".
1 Vala pro funda que serve para d e m a r c a r te r ras ou domín io s .
82
Seu nome primitivo foi Quiriate-Arba (Gn 
23.2; 35.27; Js 14.15; Jz 1.10). Hebrom não é 
mencionada no Novo Testamento. Existe até hoje, 
inm o nome de el-Khalil, habitada em sua grande 
maioria por maometanos que construíram sobre a
■ i n ti g a cova de Macpela uma mesquita1, onde é 
vodada2 a entradade cristãos.
Belém.
Também é uma das mais antigas cidades 
dii Palestina. Situada a 10 km ao sul de Jerusalém, 
iid estrada que vai de Hebrom, numa colina de 700 
metros de altitude nas montanhas de Judá, numa 
icgião sobremodo fértil.
Seu nome bíblico é Bethlehem-Efrata (que 
'.ignifica "casa de pão") ou Belém de Judá, para 
distinguir de outra cidade de igual nome existente na 
Planície de Esdraelon.
A primeira menção de Belém na Bíblia é 
iHativa nos tempos patriarcais, na morte de Raquel, 
.1 amada de Jacó, que ocorreu pouco ao norte desta
i idade por ocasião do nascimento de Benjamim (Gn 
is .16-19). Também ali nasceu Davi, o notável rei de 
Ijrael, e Jesus o Filho de Deus e Salvador do mundo.
 ̂ Jope (Jafa ou Yafa).
É outra cidade das mais antigas da 
l'. destina. Segundo alguns escritores antigos - 
lulestínicos e romanos - é até antediluviana.
Segundo os registros egípcios o seu nome 
|.i era conhecido nos dias de Faraó Totmes III (1490-
I 'I i5 a.C.), bem como nos de Faraó Amenotepe IV 
(( .irtas de Tel-EI-Amarna, 1370 a.C.).
Situada cerca de 60 km ao noroeste de
ii iusalém, na costa do Mediterrâneo, era o porto da
I f i np lo maome tano,
imped ida , p ro ib ida , in te rd i tada .
83
capital israelita. Jope sofreu muitos ataques e 
arrasamentos dos exércitos inimigos através dos 
tempos, isto é, egípcios, assírios, gregos, romanos, 
turcos, cruzados e franceses. Porém, sempre voltou 
a prosperar, e hoje, junto da velha Jope, do lado 
norte, ergue-se a moderna Tel-Aviv, o grande centro 
dos sionistas1 judeus. Havia uma vila na Galiléia com 
o mesmo nome, Jafa, ou Jafia.
0 Siquém.
Esta é mais uma das cidades antigas da 
Palestina, pois a sua história remonta2 a mais de
2.000 anos a.C., nas peregrinações de Abraão.
Fica situada entre os montes Ebal e 
Gerezim, na Samaria, bem no centro geográfico da 
Palestina, no fértil vale de Siquém e ali erigiu o seu 
primeiro altar na terra de Canaã após a aparição do 
Senhor que lhe declarou: "À tua semente darei esta 
terra" (Gn 12.6,7).
Mais tarde, Jacó, ao voltar da 
Mesopotâmia, f ixou-se ali e levantou um altar ao 
Senhor (Gn 33.18-20). Nas cercanias de Siquém Jacó 
cavou um poço que se tornou célebre pelo encontro 
que se deu junto do mesmo entre Jesus e a mulher 
samaritana. Também ali foram enterrados os ossos 
de José trazidos do Egito (Js 24.32).
Ainda em Siquém Roboão, filho de 
Salomão, foi coroado rei de Israel, mas, devido à 
sua imprudência e arrogância, o reino foi dividido, e 
Jeroboão, o rei das dez tribos revoltadas, fez de 
Siquém a capital do Reino do Norte ( lR s 12). 
Conforme 2Reis 17.24 certamente também Siquém
1 Mov iment o po l í t i co e re l ig ioso ju da i co in ic iado no séc. XIX, que 
v i s ava ao r es tabe l e c imento , na Pa les t ina , de um Es tado ju da i co , 
e que se to rnou v i to r i oso em maio de 1948, qu ando foi 
p ro c lam ado o Es tado de Israel .
2 Conser t o , re fo rma, reparo.
84
recebeu os colonos assírios que após a queda do 
Ueino do Norte estabeleceram-se nas cidades de 
Samaria e de cuja mistura com os judeus 
remanescentes resultou a raça samaritana.
A cidade foi destruída e reconstruída várias 
vezes. Modernamente é chamada Neblús.
Samaria.
Fundada em 921 a.C. por Onri, rei de
Israel e pai de Acabe, esta cidade foi uma das mais
Importantes e influentes na vida de Israel.
Situada a 8 km ao noroeste de Siquém, 
num monte aproximadamente de 100 metros de
■ iltitude, rodeada de muralhas quase inexpugnáveis1 
<■ foi capital do Reino do Norte durante 200 anos.
Caiu sob o poder da Assíria em 722 a.C.,
tlnpois de um prolongamento do cerco que começou 
no tempo de Salmanasar V e terminou no de Sargão
II. Hoje no local há uma pequena povoação por 
nome Sebustieh, rodeada de ruínas que estão sendo 
'■xploradas e estudadas por várias entidades 
.li queológicas.
Notáveis são os restos da chamada 
t olunata2 de Herodes", de dois quilômetros de 
extensão, que apesar dos dois mil anos decorridos lá
< * *. L ã o como testemunhas da antiga glória de 
.imaria.
Nazaré.
A 22 km do extremo sul do Mar da Galiléia,
ii.i direção oeste fica a cidade de Nazaré onde
ii.inscorreu a infância e a juventude de Jesus, razão 
IK-la qual Ele foi conhecido como Jesus de Nazaré, 
ilnje é a cidade palestina de maior proporção de 
ustãos entre os seus habitantes.
i nvenc íve l , indes t ru t í ve l , inaba láve l .
<■ r ie de co lunas d i spo s ta s s im et r i c am en te .
85
@ Cesaréia.
Fica a 75 km ao noroeste de Jerusalém, 
entre Jope e o monte Carmelo, no litoral do 
Mediterrâneo. Foi construída por Herodes, o Grande, 
no local da antiga cidadela dos fil isteus chamada 
Torre de Strato, e cognominada1 Cesaréia em 
homenagem a César Augusto, imperador romano.
Nos tempos do NT foi a cidade mais 
célebre da Palestina por tratar-se de sua capital 
política. Lá estava a sede de administração civil e 
militar da província romana.
Os grandes edifícios, o templo, o 
anfiteatro, o hipódromo, os teatros, ruas 
pavimentadas, instalações de água e esgoto, etc, 
fizeram a glória da cidade, embora por pouco tempo.
Foi ali que nasceu o célebre Eusébio - 
primeiro historiador da Igreja Cristã e o primeiro 
geógrafo da Palestina.
@ Cesaréia de Filipo.
O tetrarca Filipe deu este nome à antiga 
vila fenícia de Baal-Gade em honra a Tibério César, 
seu protetor. E para distinguí-la da Cesaréia do 
Mediterrâneo acrescentou-lhe o seu próprio nome.
Ampliando e embelezando a cidade que se 
encontra ao sopé do monte Hermom; Filipe fê-la uma 
espécie de estância de veraneio para a aristocracia 
da época.
@ Tiberíades.
Fica na margem ocidental do Mar da 
Galiléia (ou lago de Tiberíades) a 8 km de 
extremidades sul do referido mar. A cidade não é 
mencionada no AT e uma única vez seu nome 
aparece no NT (Jo 6.23).
1 Des i gna r por cognome; ape l i dar , a l cunha r , chamar .
86
Depois da destruição de Jerusalém veio a 
ser o centro do judaísmo na Palestina. Para lá foi 
transferido o Sinédrio1 e foram construídas muitas 
sinagogas2, fundando-se a célebre academia rabínica 
que preparou o Mischná, o Talmude Palestínico 
(também chamado Talmude de Jerusalém) que é 
uma coleção de tradições e interpretações do AT.
@ Cafarnaum.
Não há certeza absoluta do local exato de 
Cafarnaum. Sabemos, porém, que era cidade da 
costa noroeste do Mar da Galiléia, a principal entre 
outras tantas da região, posto militar rorriano (Mt 
4.13; 8.5) e centro de recolhimento de impostos do 
império (Mt 9.9; 17.24).
Mas o fato mais importante para os 
estudiosos da Bíblia é que Cafarnaum era a cidade 
residencial de Jesus, bem como do seu discípulo 
Pedro (Mt 9.1; 8.14-17). Também foi ali que o
Salvador realizou o maior número de mi|agres e 
pronunciou os mais profundos ensinamentos.
Jerusalém.
"Lugar de paz", "habitação segura". Entre 
í s cidades mais célebres do mundo encontramos 
lerusalém. E no que diz respeito à história bíblica 
»■la ocupa o primeiro lugar.
Esta posição privilegiada de Jerusalém não 
i‘stá em sua extensão, nem em sua riqueza ou 
expressão cultural e artística, e sim em sua profunda 
r ampla relação com a revelação, ou seja, no seu 
•■rntido religioso.
I ntre os an t igos ju deus , t r ibuna l , em J er usa l ém , formado por 
i ce rdotes , anc iãos e esc r ibas , o qual ju lgava as ques tões 
i i i i n in a i s ou adm in i s t r a t i v a s r e f e ren te s a uma tr ibo 0u a Um a
i hl,ide, os c r imes po l í t i cos im po r tant es , etc.
A par t i r do ex í l io bab i lón i c o (séc. VI a .C.), local de reunião dos 
i-.i . lel i tas, para a l e i tu ra da Bíb l ia e a prece.
87
Ela foi, de um modo especial, o cenário das 
manifestações patentes e evidentes do poder, da 
justiça, da sabedoria, da bondade, da misericórdia, 
enfim, da grandeza de Deus. Por isto as alusões 
proféticas e apostól icas a apresentam como o 
próprio símbolo do céu (Is 52.1-4; Ap 21).
■f Nome. Durante a sua longa história, cerca de
4.000 anos, a cidadeera conhecida por vários 
nomes, assim como: Urasal im, Salém, Jebus, 
Jerusalém, Sião, Cidade de Davi ou Cidade do 
Grande Rei, Cidade de Deus ou Cidade Santa, 
Cidade de Judá, Aelia Capitolina.
s Localização e Topografia. Jerusalém fica 
situada na parte sul da cordilheira central da 
Palestina, ou seja, nas montanhas de Judá, na 
mesma latitude do extremo norte do Mar Morto, 
a 21 km ao oeste do mesmo e a 51 km ao leste 
do Mediterrâneo. Está edificada sobre um 
promontório a 800 metros de altitude, 
subdividido em uma série de montes ou 
elevações. Ao leste do promontório fica o vale 
de Josafá ou Cedron que separa a cidade do 
Monte das Oliveiras. Ao oeste e ao sul fica o 
vale de Hinon (gr. Gehena) que em certa época 
da história foi o "vale da matança", assim 
chamado por causa dos sacrifícios das crianças 
em holocausto ao ídolo Moloque (2Rs 23.10; Jr 
7.31-34) e dos fogos que ardiam 
constantemente, consumindo o lixo da cidade, 
os detritos1 dos holocaustos pagãos, etc. Daí, 
por analogia, a palavra grega Gehena - que 
significa "vale de Hinom" - veio a designar o 
lugar de castigo eterno dos condenados, o 
inferno (Mt 13.42; Mc 9.43-48).
1 Res íduo de uma substânc i a; res tos .
88
Costumes
Os habitantes do Oriente Próximo, ou das 
terras bíblicas, sempre tiveram, como ainda têm, os 
seus estilos peculiares de vida, de expressão e de 
pensamento. Isto se deve às particularidades 
geográficas, étnicas e religiosas dos mesmos.
Família Hebraica
Casamento.
Os hebreus consideravam o casamento de 
origem divina e de importância básica para a vida 
individual, social e nacional (Gn 1.28; 2.18).
Segundo o ideal divino, o casamento havia 
de ser monogâmico1 (Mt 19.1-8); a poligamia era 
tolerada no Antigo Testamento, porém no Novo 
Testamento inteiramente repudiada.
A concubinagem era tolerada nos casos de 
esterilidade da mulher legítima, mas freqüentemente 
lambém fora desta condição, especialmente entre os 
ricos, nobres e reis (Gn 16.2; 30.3,4,9; ISm 1.2; 
2Sm 5.13; Jz 8.30; lR s 11.3).
A posição da concubina sempre era de uma 
«■sposa secundária, pois geralmente era uma serva 
(escrava) ou prisioneira de guerra, e poderia ser 
despedida em qualquer tempo e sem qualquer direito 
de amparo (Dt 21.10-14).
Entretanto, a Bíblia não esconde os males 
da poligamia e da concubinagem. O casamento misto 
«•ra proibido em defesa da família, da tribo e da 
pureza da raça (Dt 7.1-4).
' Regra, c o s tu m e ou prát i ca so c ia lm en te r egu la m en tada s egundo 
(|ual uma pessoa não pode ter ma is de um côn juge.
89
Havia também o casamento por levirato1, 
quando por morte do marido que não deixava filhos, 
o irmão deste deveria casar-se com a cunhada'viúva 
para suscitar descendência ao seu irmão falecido (Dt
25.5).
**" Contrato de casamento.
Este, geralmente, era feito por terceiros - 
pai do noivo, seu irmão mais velho, tio, ou algum 
amigo muito chegado, e só excepcionalmente pela 
mãe (Gn 21.21; 24.38; 34.8). Em alguns casos o 
próprio filho fazia a sua escolha, ficando, porém, 
com terceiros as negociações (Gn 34.4).
Estas consistiam nas consultas quanto ao 
destino dos bens por força do enlace - que não 
poderiam enfraquecer a tribo e nem expor a moça ao 
desamparo (Nm 36); e nos acertos quanto ao dote 
que o noivo havia de pagar ao pai da moça (uma 
espécie de dádiva que compensava a perda da filha), 
geralmente oscilava entre 30 e 50 siclos e selava o 
contrato matrimonial, mas que podia ser efetuado 
também em forma de trabalho, como no caso de Jacó 
(Gn 29.15-20; 34.12; Êx 22.17; ISm 18.25; Gn 
24.25-53). O dote da concubina era o preço da 
compra (no caso de serva ou escrava).
Os casamentos consangüíneos entre os 
hebreus eram proibidos (Lv 18.1-18), embora 
fossem comuns entre os caldeus (Gn 20.12), 
egípcios, persas e outras nações orientais.
Noivado.
Este era o "primeiro ato" do casamento, 
porém tão importante que somente a morte ou 
infidelidade podiam dissolvê-lo.
1 Prát i ca s oc ia lmen te in s t i tu c iona l i z ada do ca sam en to de uma 
v iúva com o i rmão de seu mar ido , ou a regra mat r imon ia l que 
pr es creve esse t ipo de c a samen to
90
Desde o momento em que o noivo 
entregava à noiva, ou ao representante dela, na 
presença de testemunhas uma moeda com a 
inscrição "Seja consagrada (casada) a mim" - uma 
espécie de juramento - o jovem casal era (Rt 4.9­
11) considerado casado, embora a sua vida conjugal 
se efetuasse só depois das núpcias (Mt 1.18) que, 
segundo o Talmude, poderiam ocorrer um mês 
depois para as viúvas e um ano depois para as 
virgens (no caso de Jacó duraram sete anos).
Durante o noivado o homem era isento do 
serviço militar. Depois do exílio babilónico adotou-se 
o costume de lavrar um compromisso escrito.
Núpcias.
A festa de núpcias durava, geralmente,
sete dias (Jz 14.12), prolongando-se 
excepcionalmente, até catorze dias. O noivo, sendo
rico, distribuía roupa nupcial aos convidados (Mt
22.11). Sainée-^Tâ sua casa, acompanhado de seus 
amigos e vestido de sua melhor roupa, ao som de 
música e de cânticos ia à casa dos pais da noiva.
Quando as núpcias^ eram real izadas à
noite, as pessoas que acompanhavam o cortejo 
muniam-se de tochas (lâmpadas). Recebendo a 
esposa na casa dos pais desta, com rosto velado, 
acompanhada das bênçãos paternais, o esposo a 
conduzia, em cortejo ainda maior, para a casa de 
seus pais ou para a sua própria, onde se seguia o 
banquete depois o qual os noivos eram conduzidos à 
câmara nupcial (Mt 22.1-10; 25.1-13).
Nos seis dias subseqüentes, as festas 
continuavam, embora mais resumidas. A lua de mel 
legal era de um ano, durante a qual o marido estava 
Isento das obrigações militares.
Divórcio.
A dissolução dos laços matrimoniais entre 
os hebreus era permitida como uma "necessidade 
calamitosa", porém não aprovada, e mesmo
repudiada já na última parte do Antigo Testamento 
(Dt 24.1; Ml 2.13-16). Também Jesus repudiou o
divórcio, exceto no caso de adultério (Mt 19.3-9).
0 divórcio tinha que ser efetivado por um 
documento escrito, chamado "carta de divórcio" que 
era entregue à mulher pelo marido (Dt 24.3; Mt 
19.7), para lhe dar direito a um novo casamento. Se 
p o r é m , viesse a divorciar-se do seu segundo marido,
ou mesmo se este viesse a morrer, já não poderia
reconciliar-se com o primeiro, uma vez se 
encontrava contaminada pela coabitação com outro 
homem (Dt 24.4).
O s filhos.
Estes eram considerados dádivas divinas 
(SI 127.3-5), especialmente os do sexo masculino. 
Por issoa esterilidade era julgada como uma falta do 
favo r de Deus.
A herança era dividida somente entre os 
f i lhos do sexo masculino. As filhas solteiras eram 
sustentadas pelos irmãos até que se casassem. Seu 
casamento podia ocorrer somente com alguém de 
dentro da mesma tribo.
A primogenitura era honrada e respeitada 
entre todos os povos orientais. O primogênito 
rece bia a porção dobrada dos bens paternos; com a 
morte do pai, assumia a direção da família e as 
funções sacerdotais da mesma (na época anterior à 
doação da lei mosaica).
Quanto à educação o pai era obrigado a 
ensinar-lhes desde cedo um ofício que lhe garantisse 
a subsistência (Nm 27; Dt 21.15-17). Áquila, Priscila 
e Paulosabiam fabricar tendas (At 18.1-3).
92
Questionário
f Assinale com "X" as alternativas corretas
6. É a cidade mais antiga de Canaã e segundo alguns 
pesquisadores pode ser a mais antiga do mundo
a ) 0 Cafarnaum
b)[H Samaria
c )D Nazaré
d )E l Jericó
7. Quanto à Jerusalém, é INCOERENTE dizer que
a)[U Era conhecida por vários nomes, assim como: 
Jebus, Sião, Cidade de Davi, Cidade de Judá, etc
b ) 0 Seu privilégio está em sua extensão, riqueza, 
expressão cultural e artística
c )Q No que diz respeito à história bíblica ocupa o 
primeiro lugar
d ) d Está entre as cidades mais célebres do mundo
8. A festa de núpcias:
a ) 0 Eram realizadas somente à tarde
b)D Durava geralmente um mês, prolongando-se 
excepcionalmente, até dois meses
c ) 0 O noivo, sendo rico, distribuíaroupa nupcial 
aos convidados
d ) d A lua de mel legal era de um mês e o marido 
estava isento até das obrigações militares
f Marque "C" para Certo e "E" para Errado
9.ÍF1 Na família hebraica, a herança era dividida entreIos filhos sem distinção de sexo10. C A cidade de Nazaré foi onde transcorreu ainfância e a juventude de Jesus93
A
Lição 4________________
Geografia Política da Palestina
Antes dos aspectos geográficos 
relacionados com as fases pol ít ico-históricas, 
apresentamos aqui um resumo do aspecto ético dos 
hebreus, no que diz respeito, particularmente, à sua 
or igem.
Origem dos Hebreus
Deus tomou um caldeu, Abraão, no sul da 
Babilônia, de origem semita, para nele constituir um 
povo seu que viesse beneficiar todas as demais raças 
com a revelação que lhe daria do seu caráter, sua 
natureza e seu propósito (Gn 12.1-3).
A data de nascimento de Abraão não é 
possível determinar com precisão, mas a época 
geralmente aceita é o ano 2.000 a.C.
Com 75 anos de idade o patriarca deixou a 
sua cidade natal, Ur dos caldeus, ambiente idólatra e 
politeísta1, e emigrou em companhia de seu pai e 
seu sobrinho Ló para Harã, localizada ao noroeste da 
Mesopotâmia. Algum tempo depois, morrendo seu 
pai Tera, Abraão deixa Harã com sua mulher Sara e 
seu sobrinho Ló e parte para Canaã ou Palestina, ao 
sudoeste de Harã, terra que Deus havia prometido
1 Re l ig ião em que há p l u r a l id ade de deuses .
95
ao patriarca e sua descendência por herança 
perpétua (Gn 12.1-9).
Não sabemos em que tempo também Naor, 
irmão de Abraão, fixou-se em Harã, mas tudo faz 
crer que foi ali que Abraão mandou buscar esposa 
para seu filho Isaque - Filho da Promessa, 
encontrando-a na pessoa de sua sobrinha-neta, 
Rebeca, ou seja, neta de seu irmão Naor.
Mais tarde o neto de Abraão, Jacó, 
encontra na mesma parentela e no mesmo lugar as 
suas duas esposas - Lia e Raquel, fi lhas de Labão, 
irmão de Rebeca. Destas duas uniões e mais duas 
com as concubinas, Bila e Zilpa, que eram servas 
das suas esposas, nasceram a Jacó doze filhos, cujas 
famílias deram origem às doze tribos de Israel.
Depois de aproximadamente 100 anos de 
peregrinação na Terra da Promessa, Abraão morreu 
aos 175 anos de idade. Seu filho Isaque, seu neto 
Jacó, e os doze bisnetos com as respectivas famílias, 
habitaram na mesma terra, porém sem possuí-la, 
durante mais ou menos 215 anos, quando a tribo de 
Jacó desceu para o Egito onde já estava José, filho 
de Jacó, como primeiro ministro de Faraó. Nesta 
altura eram 70 os descendentes de Jacó em sua 
tribo.
A área geográfica percorrida pelos três 
patriarcas durante as suas peregrinações na 
Palestina ficava entre Siquém, Betei, Hebrom e 
Berseba; portanto, a parte central e a do sul, 
próximo ao Egito.
Naquela época da formação pré-tribal dos 
hebreus, a Palestina estava ocupada por vários 
povos, uns maiores, outros menores, sendo que o 
predominante era o cananeu.
Durante a permanência dos israelitas 
(como são chamados os filhos de Israel ou Jacó) no 
Egito - que durou 215 anos, segundo a Septuaginta
96
(tradução grega do Antigo Testamento) e 430 anos 
segundo Êxodo 12.40 - a_ŝ doze t ribos
desenvolveram-se num grande povo que no tempo 
do Êxodo deve ter chegado a cerca de três milhões 
de pessoas, segundo os cálculos dos entendidos. 
Este povo, que junto do Sinai foi constituído em 
nação, entrou em Canaã praticamente com o mesmo 
número de almas (cf. Nm 1.46 e 26.51).
A área conquistada por Josué somada
àquela que na Trans iordânia já fora conquistada por 
Moisés, juntas não representava mais que uma sexta 
parte da área prometida por Deus a Abraão, que era 
desde o Egito até o rio Eufrates (Gn 15.18). Não 
foram conquistadas a Filistia, a Fenícia, as terras de 
Emate (Síria) e nem as partes de Edom e Moabe ao 
sul e leste do Mar Morto.
Conforme Atos 7.2-4, Abraão habitava em 
Ur dos caldeus quando Deus o chamou para uma 
terra desconhecida. Mas, de acordo com o que 
Moisés relata no capítulo 11 e 12 de Gênesis, a
chamada dele só se deu em Harã, após a morte de
seu pai.
Alguns eruditos entendem que Moisés não 
narrou a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai 
ainda vivia, visto que no regime patriarcal o filho 
não podia aparecer com proeminência enquanto o pai 
vivesse. Mas com a morte do seu pai em Harã, ele 
passa a assumir a chefia da expedição.
Divisão Política da Palestina
No AT foi a Palestina dividida entre as 12 
tribos de Israel.
Manassés (parcialmente), Gade e Rúben; 
ficaram ao leste do Jordão;
Aser, Manassés (em parte), Efraim, Dã (em 
parte) e Judá; ficaram na área litorânea;
97
Naftali, Zebulom, Issacar e Benjamim; 
estabeleceram-se na região central;
Duas ficaram nas extremidades: Dã (Norte), e 
Simeão (Sul).
A divisão política da Palestina mudou com 
o correr dos tempos e dos governos.
A Palestina e Jerusalém
A Palestina teve várias capitais, a saber: 
Gilgal, no tempo de Josué (Js 10.15);
Siló, no tempo dos juizes (ISm 1.24);
Gilbeá, no tempo do rei Saul (ISm 15.34; 22.6); 
Jerusalém , da época de Davi em diante (2Sm 
5.6-9). Seu primitivo nome foi Salém (Gn 
14.18), depois Jebus (Js 18.28) e por fim 
Jerusalém (Jz 19.10). Nos dias do Novo 
Testamento a capital política da Judéia era 
Cesaréia, não Jerusalém, como já mostramos. 
Mispá (Jr 40.8). Por pouco tempo foi capital, 
durante o cativeiro babilónico.
Tiberíades. Foi outra capital da Palestina, isso 
após a revolta de Bar-Cóchega, em 135 d.C.
■*" Jerusalém como capital da Palestina.
Fundada pelos hititas (Nm 13.29; Ez 16.3). 
Fica a 21 km ao oeste do Mar Morto, e a 51 ao leste 
do Mar Mediterrâneo.
Nos tempos bíblicos tinha cinco zonas ou 
bairros: Ofel, ao sudeste; Moriá, ao leste; Bezeta, ao 
norte; Acra, ao noroeste e Sião, ao sudeste.
Na distribuição da terra de Canaã, 
Jerusalém ficou situada no território de Benjamim 
(Js 18.28). Foi conquistada em parte por Judá, mas 
pertencia de fato a Benjamim (Jz 1.8,21). Tinha
98
povo de Judá e Benjamim (Js 15.63). É chamada 
Santa Cidade, em Neemias 11.1; Mateus 4.5.
Jerusalém saindo do jugo romano caiu em 
poder dos árabes em 637 d.C., e, salvo uns 100 anos 
durante as Cruzadas, daí sempre cidade muçulmana.
Em 1518 os turcos conquistaram-na. Em
1917, os britânicos assumiram o controle, ficando a
Palestina depois sob seu mandato por delegação da 
então Liga das Nações.
A partir de 1948 passou a ser cidade
soberana (isto é, o setor novo), porém, na Guerra 
dos Seis Dias em 1967, foi reconquistada aos 
árabes, os quais dela tinham se assenhoreado na 
guerra de 1948.
Reedificada sempre sobre suas próprias 
ruínas, Jerusalém permanece a Cidade Eterna do 
mundo, símbolo da Nova Jerusalém que se há de 
estabelecer na consumação dos séculos. Jerusalém 
será então metrópole mundial. Isso, durante o
Milênio, quando estará vestida do seu prometido 
esplendor (Is 2.3; Jr 31.38; Zc 8.22). Nesse tempo 
Israel estará à testa das nações.
Na Jerusalém de hoje nada pode ver-se da 
Jerusalém de Davi, de Salomão, de Ezequias, de 
Neemias e de Herodes. Tudo se acha sepultado sob 
os escombros de muitos séculos, sob metros e 
metros de entulho.
^ Cidades visitadas por Jesus.
Nazaré (Lc 4.16)
Betânia (Jo 1.28)
® Caná (Jo 2.1)
Sicar (Jo 4.5)
® Naim (Lc 7.11)
Cafarnaum (Jo 6.59)
99
Betsaida (Lc 9.10)
Corazim (Mt 11.21)
Tiro e Sidom (Mt 15.21);
Cesaréia de Fiiipe (Mt 16.13)
Jericó (Lc 19.1)
at> Emaús (Lc 24.13,14)
No Tempo da Conquista e dos Juizes
Esse período tem sido datado entre 1400 
a.C., o mais tardar. Se essa data posterior for 
aceita, isso já nos leva à chamada idade do ferro. Na 
época, os ganhos territoriais de Israel foram 
alternadamente desafiados e confirmados, enquanto 
os israelitas procuravam dominar os povos por eles 
conquistados, mas que se rebelavam.
A fé dos hebreus consol idou-se em torno 
da adoração a Jeová, embora com período de 
apostasia1. Emergiu daí uma notável fé monoteísta, 
que estava destinada a exercer efeitos duradouros 
sobre a espiritualidade do mundo.
Uma vez encerradas as campanhasda 
conquista, Josué repartiu a terra entre as doze tribos 
da seguinte maneira:
A tribo de Levi não teria herança, mas teria 48 
cidades entre as demais tribos por todo o 
território conquistado (Js 21.41).
A parte de José, filho de Jacó, seria dividida 
entre os seus dois filhos, Efraim e Manassés, 
perfazendo, assim, outra vez o número de 12 as 
heranças na terra conquistada.
Para facilitar a fixação da posição das 12 
tribos na terra conquistada, dividimos a distribuição
1 Abandono da fé de uma ig re ja, e s p e c ia lm en te a cr istã.
100
delas em dois grandes agrupamentos: Tribos da
Palestina Oriental, ou Transjordânia, e Tribos da 
Palestina Ocidental, ou Canaã propriamente dita.
1. Tribos da Palestina Oriental, ou Transjordânia.
Estas são duas e meia:
Rúben, logo ao norte de Moabe e ao leste do 
Jordão;
Gade, ao norte de Rúben e ao leste do Jordão; 
Meia tribo de Manassés, ou Manassés Oriental, ao 
norte de Gade e ao leste do Jordão e do Mar da 
Galiléia.
2. Tribos da Palestina Ocidental, ou Canaã. Estas 
podem ser divididas em três grupos:
Grupo do Norte - Naftali, Aser e Zebulom, entre 
Fenícia, Mediterrâneo e Jordão, ou Galiléia;
Grupo do Centro - Issacar, Manassés Ocidental 
(meia tribo de Manassés), Efraim, Benjamim e 
Dã, ou mais tarde Samaria;
->• Grupo do Sul - Judá e Simeão, posteriormente 
conhecida como Judéia.
Durante o período dos Juizes esta divisão 
permaneceu praticamente a mesma, porém com 
menos precisão devido às misturas dos elementos 
das tribos pelo casamento e emigração de áreas 
mais desertas para as mais propícias à agricultura e 
pecuária, como no caso da tribo de Simeão que se 
confundiu com a de Judá.
.Divisão Política no Período do Reino Unido
Neste período a Palestina possuía a sua 
maior área em toda a sua história, ou seja, aquela 
que fora prometida por Deus a Abraão. Foi quando, 
devido às conquistas de Davi e Salomão, o território 
hebreu estendeu-se desde Filistia, Berseba e o Golfo
de Ácaba (ou cidades de Ezion-Geber e Élate ao sul), 
até a Babilônia ao leste, abrangendo Edom, Moabe e 
Amon, até Hamate e Damasco, ou Síria ao norte 
(2Sm 8).
Os Reis de Israel
O período dos Juizes terminou com o início 
da monarquia israelita, iniciada por Saul. A 
monarquia adquiriu maior ímpeto com o rei Davi, e 
atingiu seu ponto culminante de glória com o rei 
Salomão, filho de Davi. A partir de então as datas 
podem ser f ixadas com exatidão.
A era áurea de Salomão fica entre 961 e 
922 a.C. Nesse tempo, Israel atingiu o máximo de 
sua extensão territorial, e Salomão desfrutou de um 
período pacífico.
Divisão Política no Período dos Dois Reinos
Como sabemos, após a morte de Salomão 
o reino hebreu cindiu-se1 em dois:
1. Reino do Norte ou de Israel.
Com a capital inicialmente em Siquém e 
depois em Samaria, integrado pelas áreas ocupadas 
por 10 tribos, a saber: Dã (no extremo norte, ao pé 
do Hermom, para onde havia emigrado do sul devido 
à pressão dos f il isteus e cananeus nos dias dos 
Juizes), Aser, Naftali, Issacar, Zebulom, Manassés 
Ocidental (meia tribo), Efraim e uma parte de 
Benjamim, ao oeste do Jordão, e Manassés Oriental 
(meia tribo), Gade e Rúben ao leste do Jordão.
Recorde-se que a tribo de Levi não recebeu 
herança territorial na divisão da terra conquistada
1 Separar , d iv id i r
102
por ser tribo sacerdotal, mas 35 de suas 48 cidades 
que foram dadas aos levitas estavam localizadas na 
área do Reino do Norte.
Com o culto idólatra estabelecido por 
Jeroboão - primeiro rei do Reino do Norte - em Dã e 
Betei, muitos dos levitas retiraram-se para Judá. E 
devido à incapacidade dos reis, às barreiras naturais 
- como o vale do Jordão e montanhas na vastidão 
territorial - que impediam o desenvolvimento de 
uma unidade política sólida, os reinos de Damasco, 
Hamate, Amon e Moabe sacudiram o jugo hebreu e 
um após outro recuperaram a sua independência. 
Assim os limites do território de Israel na parte 
norte voltaram ao que eram antes da época davídica.
2. Reino do Sul, ou Reino de Judá.
Com a capital em Jerusalém, abrangendo o 
território das tribos de Judá, Simeão e parte de 
Benjamim. Como se vê, a área deste reino era muito 
menor e mais pobre que a do norte.
As partes anteriormente subjugadas por 
Davi, como algumas cidades dos fi l isteus e o reino 
de Edom, voltaram à sua independência, reduzindo- 
se, assim, a extensão territorial da parte sul do 
antigo Reino Unido.
Com a ascensão da Assíria, o Reino do 
Norte caiu nas mãos deste império e o povo foi 
levado em cativeiro em 722 a.C. ( lC r 5.26; 2Rs
17.6) para nunca mais voltar às suas herdades.
Em lugar do povo de Israel, os reis assírios 
colocaram populações de outras áreas conquistadas 
do seu império (2Rs 17.21-41), especialmente em 
Samaria e seus arredores (áreas de Efraim e 
Manassés) de cuja mescla com os remanescentes 
judeus originou-se a raça dos samaritanos; raça esta 
que evoluiu para uma seita que adotava apenas o 
Pentateuco, com variantes samaritanas, e cujo
103
centro religioso era o templo construído no monte 
Gerizim, formando um sincretismo1 religioso sempre 
hostilizado pelos judeus (2Rs 17.33).
A Palestina no Período de Judá Sozinho
Depois da queda do Reino do Norte, o
Reino de Judá permaneceu mais cerca de 135 anos
em seu território, bastante reduzido, e como 
tributário da Assíria durante maior parte desse 
período. Porém, com a ascensão da Babilônia sobre a 
Assíria veio o cativeiro de Judá pela Babilônia, ao 
templo de Nabucodonosor.
A invasão ocorreu em 605 a.C., quando o 
rei de Judá era Joaquim. Judá foi reduzido a um 
estado de vassalagem e a maioria dos habitantes - 
entre eles Daniel - foi levado em cativeiro para a 
Babilônia, de modo que aquela data assinala o 
começo dos 70 anos de cativeiro babilónico, embora 
a queda definitiva do reino só ocorresse em 587
a.C., com a destruição de Jerusalém.
Em 2Crônicas 32-36, o estudante pode
encontrar um resumo dos acontecimentos deste 
período e assim perceber as circunstâncias em que 
se deu o término do estado judeu na Palestina.
1 Tendênc ia à un i f i c ação de idé ias ou de dou t r inas d ive r s i f i c adas 
e, por vezes, até mesmo inconc i l i áve l .
104
Questionário
y Assinale com "X" as alternativas corretas
1. No Antigo Testamento foi a Palestina dividida em:
a)CH 2 tribos
b)Q 7 tribos
c)EI 12 tribos
d)[H 14 tribos
2. Não possuía herança no Tempo das Conquistas:
a)EH Tribo de Dã
b)® Tribo de Levi
c)[H Tribo de Naftali
d)[U Tribo de Zebulom
3. Período em que a Palestina possuía a sua maior 
área em toda a sua história:
a ) 0 Período dos Juizes
b ) 0 Período do Reino Unido
c )D Período dos Dois Reinos
d)EH Período de Judá Sozinho
y Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.1£-1 Logo após a morte de Saul o reino hebreu dividiu- 
se em dois: Reino do Norte ou de Israel e Reino do 
Sul ou Reino de Judá
5.1 Q Alguns eruditos entendem que Moisés não narrou 
a chamada de Abraão em Ur porque o seu pai ainda 
vivia, pois no regime patriarcal o filho não podia 
aparecer com proeminência enquanto o pai vivesse
105
Durante o Cativeiro e a Restauração
Durante os 70 anos do cativeiro babilónico 
a Palestina como tal deixou de existir, senão como 
uma província da Babilônia subdividida em setores 
de influência de governos fantoches das áreas da 
Síria, Samaria e Judá.
Os tributos pesados impostos pela 
Babilônia e a insuportável influência das populações 
pagãs al ienígenas1 a modif icar os costumes judaicos 
e a pureza racial entre os costumes judaicos e entre 
os remanescentes2 (exceto na área de Judá no que 
diz respeito à mjjsogenação3 das populações), 
f izeram com que muitos judeus que ficaram na 
Palestina emigrassem mais tarde, como refugiados, 
para o Egito, pois temos referências bíblicas e 
descobertas arqueológicas que indicam este fato 
(Tafnes, Migdol, Nofe ou Mênfis e Patros, referida em 
Jeremias 44.1, e Ilha Elefantina).
O cativeiro babijônico cessou com a 
supremacia da Pérsia sobre o Mundo Antigo. Quando 
o rei persa,Ciro, subjugou o rei da Babilônia, 
decretou no mesmo ano uma lei pela qual foi dada 
permissão aos judeus que quisessem voltar para a 
sua terra, Judéia, reconstruir o seu templo em 
Jerusalém e restaurar o seu culto (2Cr 36.22,23).
Isto aconteceu em 538 a.C., quando, 
então, começou o longo e penoso período da 
restauração do estado judeu na Palestina, ou mais 
propriamente nos limites reduzidos do antigo Reino 
de Judá.
O panorama geográfico da nova 
comunidade judaica, restaurada sob a proteção 
persa e administrada por governadores nomeados
1 Que ou quem é de out ro país; e s t r ange i ro .
2 Que remanesce; res tante , remanen te .
3 C ruzam en to in te r - rac ia l ; mes t i ç amen to , c a ld eamento .
106
pela Pérsia - como foram Zorobabel e Neemias - era 
muito insignificante.
O seu limite setentrional começava na margem 
ocidental do rio Jordão pouco acima de Jericó, e 
passando ao norte de Betei findava em Jope, na 
costa do Mediterrâneo.
O limite do flanco oeste partia de Jope e em 
direção sudeste ia até Hebrom.
Ao sul o limite era uma linha entre Hebrom e 
Mar Morto na direção leste.
4 E ao leste o seu limite era a costa ocidental da 
parte noroeste do Mar Morto e a margem 
ocidental do rio Jordão até um ponto pouco ao 
norte de Jericó.
Entretanto, o fator importante era a cidade 
de Jerusalém, a antiga capital, no centro desta área. 
A sua reconstrução (notadamente o Templo e os 
muros da cidade) requereu muito sacrifício, 
polarizando as futuras esperanças pelo 
ressurgimento da vida nacional na Terra Santa.
A Palestina no Período Grego
A dominação grega secundou1 os persas 
em 331 a.C. com a marcha de Alexandre, o Grande, 
sobre Jerusalém. Porém, a situação político- 
geográfica da Palestina não se alterou muito.
Com a morte do grande conquistador 
macedônio, as áreas conquistadas passaram às mãos 
dos seus quatro generais, dos quais, dois - Ptolomeu 
e__Se]euco, respectivamente reis gregos do Egito e da 
Síria - passaram a disputar a Palestina. Por 122 
anos, isto é, de 320 a 198 a.C., a Palestina 
permaneceu sob os ptolomeus do Egito. Durante este
1 Aux i l i a r , a ju da r (em funções); coad juva r .
107
período, por força da política helenizadora dos 
ptolomeus, os judeus aos poucos iam se fixando em 
outras áreas da Pajestina, como Gajjléia, Peréia (ou 
Transjordânia), etc.
Na guerra entre Egito e Síria em 198 a.C.,
Antíoco, o Grande, que era o 6o rei selêucida da
Síria, arrebatou a Palestina ao Egito. Porém a 
política de helenização dos selêucidas foi muito mais 
violenta que a aos ptolomeus, aliás, a dos ptolomeus 
era apenas persuasiva, ao passo que a dos
selêucidas foi de uma violência cruel.
Como resultado da tirania sacrí lega1 dos 
greco-sírios eclodiu2 a revolta dos macabeus, da 
família dos hasmoneus, que em 167 a.C. saiu
vitorioso da luta.
Seguiu-se, então, um período de 
independência sob o governo dos reis-sacerdotes.. 
macabeus até 63 a.C., quando o general romano 
Pompeu tomou a cidade de Jerusalém, permitindo, 
porém, que os macabeus continuassem na posse do 
trono até 40 a.C. quando Herodes, o Grande, (um 
idumeu) foi nomeado, pelo senado romano, rei da 
Jjjdéja.. Nesta altura a Judéia já não era apenas a 
antiga área do Reino de Judá, mas Judéia, Samaria, 
Galiléia, Traconites e Peréia.
Sob o Domínio dos Romanos - Divisão 
Política no Tempo do Novo Testamento
A Palestina, sempre foi um lugar altamente 
estratégico. As nações do passado, como, egípcios, 
assírios, caldeus, medo-persas e gregos se valeram 
muito dessas vantagens; entretanto, quem mais 
aproveitou de tudo isto foram os romanos.
1 Uso pro fano de pessoa , lugar ou ob j e to sag rado; pr o f anação.
2 V ir à luz; surg i r , apa recer .
108
"Por seus territórios passavam as grandes 
estradas, que levavam a todas as partes do mundo; 
sendo assim, possuindo os romanos a Palestina, 
tinham na mão a chave do Oriente Médio".
No ano 63 a.C., o general romano Pompeu, 
entrou em Jerusalém e através de um tratado 
possuiu o Estado judaico. No tocante a assuntos 
administrativos os romanos eram rígidos, mas, no 
tocante à religião eles eram bem flexíveis.
Nos tempos de Cristo, a Palestina era 
dividida em cinco regiões diferentes que podemos 
chamar de distrito ou província. Três dessas regiões, 
ficavam ao ladcPõcídental do rio Jordão, e duas 
ficavam ao lado oriental.
As províncias ocidentais são: Galiléia, no 
extcemo norte, Samaria, na região central e Judéia, 
no extremo sul da Palestina.
Galiléia.
Essa província ficava na região onde antes 
pertencia as tribos de Zebulom, Aser, Naftali e 
grande parte de Issacar. Estava localizada no 
terreno montanhoso ao norte de Samaria, sendo a 
mais setentrional de todas as províncias ao lado 
oeste da Palestina; o seu nome significa "rodar", ou 
"círculo". Limitava-se na parte sul com Sánrraria, ao 
leste com o rio Jordão, águas de Meron e com o mar 
que leva o seu nome; ao oeste, com o Mar 
Mediterrâneo e com a Fenícia.
Essa província ficou famosa em virtude da 
exuberante ferti l idade existente em suas terras, e 
das grandes variedades de plantas que ali 
medravam1. Possui um clima completamente 
Iropical. Essa região mede aproximadamente 50 km 
de largura, por 100 km de comprimento.
1 Crescer , v ege tando ; de senvo lv e r -s e .
109
r$> Samaria.
Localizada na região central da Palestina, 
essa província situava-se entre a __Judéia e a 
cordilheira do Carmelo, a 60 km ao norte de 
Jerusalém. Limitando-se no seu lado leste com o rio 
Jordão, oeste com o Mar Medjterrâneo, norte com a 
Galiléia e ao sul a Judéia.
Era nos seus termos que se encontrava a 
famosa Planície de Saron, que na época era ocupada 
quase exclusivamente por gent_e pagã. Os 
samaritanos eram hostis para com os judeus.
A origem dos habitantes dessa região é 
descrita em 2Reis 17.24-33. Tinham construído um 
templo igual ao de Jerusalém no monte Gerizim (Jo 
4.20). Em IReis 16.24, diz que Onri, rei de Israel, 
comprou um outeiro de um homem chamado Semer^ 
onde construiu a cidade de Samaria em honra ao 
antigo proprietário.
@ Judéia.
Era a maior província da Palestina. Essa 
região consistia exatamente no que antes eram os 
territórios das tr ibos de Judá, Simeão, Dã e 
Benjamim.
No decorrer da história houve muitas 
mudanças nos limites geográficos, entretanto, 
podemos descrever mais ou menos esses limites da 
seguinte forma: iniciando ao extremo sul da
Palestina até ao norte onde se limita com Samaria, 
ao leste com o rio Jordão e ao oeste com o Mar 
Morto.
Nesta divisão política ficava o centro 
religioso do iudaLsmor a cidade de Jerusalém, onde 
foi construído o templo (At 1.8; 2.9; 8.1; Gl 1.22; Jo 
3.22; Lc 1.65, etc).
110
As províncias orientais são: Peréia e
Decápolis, cujas divisões políticas se localizam ao 
leste do rio Jordão.
® Peréia.
Essa divisão política (província) l imitava-se 
ao oeste do rio Jordão e uma porção nordeste do Mar 
Morto; ao sul com o rio Arnon. Sua capital era a 
çidiLd_e de Gadara, que não pode ser confundida com 
a cidade homônima da província de Decápolis. Nos 
tempos antigos essa região pertencia à tribo de 
Rúben, Gade e a meia tribo de Ma.nesses.
A palavra "Peréi.a" vem do grego e significa 
"Terra d° além-Jordão". Apesar de não ser 
mencionada pelo nome em toda a Bíblia, essa divisão 
é descrita por inferência, referindo-a como "a outra 
banda do Jordão" (Mt 3.5-6; 4.15-25; Mc 3.7-8; Jo 
1.28; 3.26; 10.40).
@ Decápolis.
Esta província era um distrito que 
começava na Planície de Esdraelon, e se abria para o 
vale do Jordão se expandindo para o lado do oriente.
Era composta de dez cidades, como sugere
o próprio nome. A palavra "Decápolis" vem do grego 
"deca" que significa "dez cidades". Tratava-se de 
uma confederação de dez cidades unidas em um só 
costume e uma só cultura, isto é, cultura grega.
Essas dez cidades eram:
Hipos, que ficava na margem oriental do Mar da 
Galiléia;
+ Damasco, situada um pouco mais ao norte;
Rafana e Canata, que ficavam no extremo leste;Diom, Gadara e Citiópolis, que se localizavam ao 
extremo oeste;
Pela, Filadélfia e Gerasa, situavam-se ao 
extremo sul.
111
Do extremo norte ao extremo sul, a área 
cobria cerca de 190 km. Além dessas cidades, mais 
oito aldeias ao sul de Damasco foram acrescentadas 
por Ptolomeu, elevando o número total de dezoito 
cidades. Esta região é mencionada em Mateus 4.25; 
Marcos 5.20; 7.31.
Como sabemos, em 63 a.C. Pompeu tomou 
a cidade de Jerusalém. Com este feito a Judéia dos 
macabeus passou a ser uma província romana. 
Porém, só em 37 a.C., quando Herodes, o Grande, 
passou a governar a Judéia em nome de Roma, é que
o domínio romano como tal se fez sentir.
Herodes superintendia toda a área da
Palestina nesse tempo, inclusive a região de
Decápolis. Porém no ano 4 d.C., após a morte de
Herodes, toda esta região foi dividida com os seus 
três sucessores, dando-se o nome de Tetrarquia a 
cada divisão territorial. Assim:
A Herodes Arquelau - que levou o título de
etnarca1 - foi dada a tetrarquia de Samaria, 
abrangendo as áreas de Samaria, Judéia e 
Iduméia;
A Herodes Antipas, a tetrarquia de Galiléia, 
compreendendo a Galiléia e Peréia;
A Herodes Filipe a região de Basã, dividida em 
cinco distritos: Gaulanites, Batanea, Auranites, 
Ituréia e Traconites; e
A Lisânias, que não era descendente de 
Herodes, o Grande, coube a tetrarquia de 
Abilene, localizada entre Líbano e Antelíbano, 
região pertencente à Palestina nos dias de 
Salomão.
Entre 41 e 44 d.C. Herodes Agripa I, neto 
de Herodes, o Grande, como o advento de Calígula
1 G ove r na d o r de prov ínc ia , no Ba ix o - Impé r i o .
112
ao trono do Império Romano, governou sozinho 
sobre todo esse vasto território das quatro 
tetrarquias, com sede em Cesaréia, onde morreu 
ignominiosamente (At 12).
Após a morte de Agripa I, a região recebeu 
uma nova divisão política, sendo dividida em duas 
províncias:
Ao norte, a chamada Quinta Província, que se 
compunha das tetrarquias de Filipe e de 
Lisânias, governada por Herodes Agripa II; e 
Província de Judéia, abrangendo Judéia, 
Samaria, Galiléia e Peréia, governada por 
procuradores romanos, com sede em Cesaréia.
Ambas permaneceram até o ano 70 d.C., 
quando a revolta dos judeus sufocada pelos
romanos, sob o comando geral de Tito, liquidou de 
novo o Estado judaico, anexando-o à Síria.
Breve Cronologia da Palestina
Depois do ano 70 da nossa era, destruído o 
Templo e arrasada a cidade de Jerusalém,
devastadas as cidades e povoações de toda a área 
da Judéia reduzidas à escravos fugitivos ou
cadáveres, a Palestina deixou de ter qualquer 
importância política.
Só depois do ano 323 d.C., quando o
Imperador Constantino abraçou o Cristianismo, 
porém, cessaram as perseguições aos judeus e 
cristãos e a Palestina gozou de alguma importância, 
mas com a decadência do Império Romano (476 
d.C.) a Palestina foi relegada a um longo 
esquecimento até quase o fim da Primeira Guerra 
Mundial, quando os aliados invadiram e libertaram a 
Palestina do Império Otomano abrindo em seguida, 
com a famosa Proclamação de Balfour (1917), as 
portas do país à imigração judaica em ampla escala.
Desde a queda do Império Romano 
Ocidental até os dias atuais a Palestina esteve sob 
as mais variadas inf luências políticas, cujo quadro 
cronológico segue abaixo:
2 De 476 a 634: A Palestina é uma província | 
longínqua e insignificante do Império Romano j 
Oriental como sede em Constantinopla._____________ ____________________________ ________________ )
2 De 634 a 750: É governada pelos califas I
(soberanos muçulmanos) do reino de Damasco, i 
conquistados pelos árabes.
1 De 750 a 960: Torna-se parte do governo sírio [ 
dos domínios árabes.
.
E De 960 a 1095: A Palestina é dominada pelo • 
califado egípcio. ,
--------------------------------------------------------------------------- 4
2 De 1095 a 1187: Período das Cruzadas parai 
libertar a Terra Santa das mãos dos muçulmanos. j
'£ De 1187 a 1250: A Palestina torna-se do Império 
Muçulmano, sob a chefia de Saladino.
S De 1250 a 1517: Governam a Palestina os ■
mamelucos egípcios (forças militares egípcias: 
formadas pelos escravos).
---------------------------------------------------------------------------^
2 De 1517 a 1914: A Palestina faz parte do Império ;
Otomano, estabelecido pelo sultão Selim I.
______________________ ____________________________________________________________________________ J
i
1 De 1914 a 1918: Após a invasão da Palestina | 
pelos aliados, a Inglaterra, emite uma declaração j 
oficial em 2 de novembro de 1917, pelo Secretário;_
do Exterior Lord Balfour, apoiando a criaçao, nas < 
aspirações do movimento sionista em toda a ! 
Palestina, de um lar para o povo judeu e que l 
envidará o máximo esforço para a conquista desse i 
objetivo", declaração esta que passou a ser!
114
conhecida como a Dec laração de Bal four. Já em
1918 incrementou-se consideravelmente a ■ 
imigração dos judeus para a Palestina.
j 1 De 1918 a 1948: Por delegação da Liga das j 
Nações, a Inglaterra assume, em 1922, o Mandato ; 
da Palestina, cujo conteúdo responsabiliza "a ' 
Potência Mandatária por colocar o país em ; 
condições políticas, administrativas e econômicas I 
que garantam a instalação do lar nacional judeu e i 
o desenvolvimento de instituições autônomas". No j 
mesmo mandamento foram delimitadas as ‘ 
fronteiras do país, excluindo a Transjordânia da . 
Palestina. O mandato terminou em 15 de maio de ; 
1948, com a retirada da administração britânica i 
que o cumpriu procurando restaurar o país com a | 
colaboração da Agência Judaica, que foi a própria j 
organização sionista.
I
I De 1948 a 1949: Em 29 de novembro de 1947 a I 
Assembléia das Nações Unidas, sob a presidência j 
do eminente brasileiro Oswaldo Aranha, votou a ] 
resolução que recomendava o estabelecimento, na ; 
Palestina, de um Estado Judeu e de um Estado 1 
Árabe. Os árabes palestinianos, não conformados] 
com a partilha, logo deram início a uma série de i 
hostilidades contra a população judaica que j
resistiu heroicamente, liquidando, em poucos ,
meses, a provocação. Em 14 de maio de 1948 foi 
proclamado o Estado de Israel com a estrutura de ; 
república democrática, o primeiro governo j 
autônomo judaico em mais de 2.000 anos. No dia i 
seguinte, exatamente quando terminaram o j
mandato inglês na Palestina, os Estados da Liga ( 
Árabe - Jordânia, Síria, Líbano, Iraque, Egito e > 
Arábia Saudita - invadiram o território do Estado : 
de Israel com o propósito de liquidá-lo. Estava j 
deflagrada a Guerra Israelense de Independência, |
' que só terminou em 1949 com a assinatura de |
115
armistícios1, em separado, com Egito, Jordânia, ; 
Líbano e Síria, depois de varridas as forças ■ 
atacantes nas três frentes, resultando em uma ! 
"ampliação da área do Estado além das fronteiras \ 
propostas pelas Nações Unidas" na chamada í 
Reso lução da Part i lha. j
S De 1949 a 1967: Já em 1955 voltaram a ;
registrar-se incursões de bandos armados egípcios' 
no território israelense, saqueando bens e matando i 
centenas de judeus, provocação que resultou na j 
invasão da Península do Sinai por Israel em ; 
outubro de 1956, terminando por vencer o inimigo ■ 
e destruir suas bases de penetração. Porém, as | 
Nações Unidas constrangeram as forças israelenses i 
a se retirarem às suas fronteiras anteriores, sob í 
promessa de levantar o bloqueio egípcio à entrada j 
do Golfo de Ácaba, que impedia a navegação com o; 
porto de Eilat no extremo sul do país, e guarnecer, , 
com força internacional neutra, a fronteira com 1 
Egito para fazer cessar as incursões provocadoras. I 
Terminou, assim, a chamada Guerra do Sinai. De j 
fato as promessas foram cumpridas, mas dez anos; 
depois, a pedido do Egito, (aliado da Síria, ; 
provocadora da tensão) as forças internacionais ! 
foram retiradas da fronteira israelense e em 5 de \ 
junho de 1967 Israel foi invadido pelos quatro ! 
países árabes simultaneamente - Síria, Jordânia, j 
Egito e Argélia, arrastando consigo mais 8 Estados járabes. Israel enfrentou os inimigos em três ; 
frentes - Síria, Jordânia e Egito - destruindo o 1 
poder beligerante dos mesmos em cerca de 100 \ 
horas e ocupando todas as áreas ao ocidente do i 
Jordão e quase toda a Península do Sinai. Mediante j 
a um apelo das Nações Unidas, no sentido de ;
1 Suspensão das hos t i l i d ades ent re be l i g e ran te s como resu l tado 
de uma convenção , sem con tudo pôr f im à guer ra; t régua. 
S uspensão de guer ra.
116
cessar fogo, a luta terminou com grandes . 
vantagens para Israel que, sozinho, derrotou uma 
aliança de 12 nações. Por proposta da União 
Soviética a ONU apelou para que as forças 
israelenses voltassem às posições anteriores ao ; 
início do conflito, mas Israel respondeu que só 
aceitaria quaisquer discussões de condições de paz 
definitiva, direta e separadamente com seus 
vizinhos.
Questionário
y Assinale com "X" as alternativas corretas
6. Rei que subjugou o rei da Babilônia e decretou uma 
lei que dava permissão aos judeus voltar a sua terra
a ) S Ciro
b)D Faraó
c )D Joaquim
d)Q Nabucodonosor
7. Nos tempos de Cristo era a maior província da 
Palestina e lá estava a cidade de Jerusalém
a)CH Samaria
b )U Galiléia
c )S Judéia
d )Q Peréia
8. A declaração: "a criação, nas aspirações do
movimento sionista em toda a Palestina, de um lar 
para o povo judeu e que envidará o máximo esforço 
para a conquista desse objetivo", é conhecida como
a)® Declaração de Balfour
b ) d Declaração de Belfort
c)[H Declaração de Baalate
d ) 0 Declaração de Balaque
117
4> Marque "C" para Certo e "E" para Errado
9.1 fr| A Peréia era uma confederação de dez cidades 
unidas em um só costume e uma só cultura
1 0 . C Em 14 de maio de 1948 foi proclamado o Estado
de Israel com a estrutura de república democrática
118
Lição 5_________________
A Ásia Menor e as Viagens 
do Apóstolo Paulo
Os aspectos bíblicos relacionados com a 
Ásia Menor são os da expansão missionária do 
Cristianismo no primeiro século da nossa era.
Para se entender melhor esta expansão 
torna-se necessário apreciar, prel iminarmente, a 
extensão dessa região, seu aspecto físico, bem como 
econômico e também político.
Situação e Extensão
Ásia Menor, ou seja, a enorme península 
do extremo ocidental do continente asiático, fica 
entre o Mediterrâneo ao sul, o Mar Egeu ao oeste, o 
Mar Negro ao norte e os montes Taurus, que a 
limitam com Síria, Mesopotâmia e Armênia ao leste.
Toda esta vastíssima região, cerca de 
520.000 Km2, foi palco das muitas atividades 
missionárias do apóstolo Paulo e seus companheiros: 
Barnabé, Timóteo, Lucas, Silas e Tito.
É muito provável que João, o mais jovem 
dos doze que andaram com Jesus, quando já em 
avançada idade, tenha terminado o seu ministério 
em Éfeso e que as sete igrejas da Ásia (Ásia, na 
concepção do Apocalipse de João, abrange a 
província romana com os antigos distritos de Mísia, 
Lídia, Frigia e Cária) tenham estado por algum 
tempo sob os seus cuidados.
119
Aspecto Físico
É um planalto pedregoso, semeado de 
lagos de água doce e salgada, rodeado de cadeias de 
montanhas e de costa acidentada. Os rios 
navegáveis são poucos, devido à natureza lacustre 
da península, e quase todos eles de curso 
relativamente pequeno.
O maior deles é o Halis que percorre uma 
vasta área ao leste da península para finalmente 
desaguar no Mar Negro. Ao sul, despejando suas 
águas no Mediterrâneo, temos, na direção do leste 
para oeste, os seguintes: Píramo, Saros e Sidno.
Às margens deste último ficava a célebre 
cidade de Tarso, terra natal de Paulo, o apóstolo, e 
um dos três maiores centros intelectuais do Mundo 
Antigo, sendo os outros dois - Atenas e Alexandria.
Ao oeste, desembocando no Mar Egeu, há 
quatro rios dignos de referência: 
s Meandro, em cuja parte superior encontra-se o 
tributário Licos, nas margens do qual ficavam as 
cidades de Colossos e Laodicéia; 
s Caister, que banha já quase na sua foz a 
célebre cidade de Éfeso; 
s Hermo, cujo tributário Pactolo banha as cidades 
de Filadélfia e Sardes; e 
v' Caico, em cuja margem direita, distando 20 km 
do Mar Egeu, ficava a antiga Pérgamo, capital de 
um antigo reino do mesmo nome e depois 
capital da província romana da Ásia, mais tarde 
suplantada por Éfeso.
O clima da região é de grandes variedades, 
dadas as diferenças de altitude, os ventos 
dominantes e a configuração física. Entretanto, 
considerando apenas de um modo geral os fatores
120
temperatura e umidade, o clima na região norte, nas 
proximidades do Mar Negro, é frio e úmido, ao passo 
que nas partes sul e oeste é seco e tropical. Na 
parte central-leste predominam as chuvas e a 
temperatura amena.
As estradas da Ásia Menor, desde as mais 
remotas épocas, obedeciam a dois rumos 
fundamentais com ramificações na direção nordeste, 
a saber:
1. Oeste-leste: partindo de Éfeso e passando por 
Laodicéia, Colossos e Apaméa, bifurcava-se para 
o nordeste rumo a Anatól ia e Capadócia, e para 
sudeste, na direção de Antioquia da Pisídia, 
Icônio, Listra, Derbe e Tarso, penetrando na 
Síria onde se entroncava com as vias 
mesopotâmicas e palestino-egípcias;
2. Sul-norte: acompanhando a costa do Mar Egeu 
desde Éfeso através de Esmirna, Pérgamo e 
Adramitio, indo uma das ramificações para os 
portos de Trôade e Tróia, embarcadouros para 
Macedônia e Grécia, e outra para as regiões de 
Bitínia e Ponto, na costa do Mar Negro.
Inúmeras outras ramificações ligavam 
esses dois rumos fundamentais, como aqueles 
seguidos por Paulo na sua segunda viagem 
missionária quando de Listra dirigiu-se para a 
Bitínia, porém foi levado, por direção divina, rumo 
oeste, para Trôade.
Aspecto Econômico
s A região é rica em minérios como carvão, ferro, 
zinco, cobre, níquel e prata; sendo esta 
cobiçada pelos antigos assírios, provocando até 
guerras.
121
•/ A pecuária é muito desenvolvida, desde a 
antiguidade, na parte central da península, 
principalmente a criação de ovelhas e cabras. 
s A agricultura vem em terceiro lugar, devido à 
natureza do terreno que é extremamente 
pedregoso.
Aspecto Político
Até onde a história permite estudar o 
aspecto político da Ásia Menor, verif ica-se que lá 
pelo século XX a.C. grupos de tribos indo-européias 
penetraram na região central, ou Anatólia, algumas 
das quais eram conhecidas por nome de Hati.
As chamadas "Tabuinhas Capadócias", 
descobertas em Kanish, refere-se a 10 pequenos 
principados existentes naquela região pelos idos de 
1900 a.C. Cerca de 200 anos depois já havia um 
forte Reino Hitita na Ásia Menor que estendeu o seu 
domínio até a Mesopotâmia e que perdurou influente 
e dominantemente sob a forma de Império Hitita, 
com sua capital Carquemis, até o século VIII a.C., 
quando os assírios o derrotaram.
Durante o domínio assírio, e depois 
babilónico e persa, pouco ou nada se sabe da 
longínqua península.
Já no tempo das conquistas dos gregos, 
que etnicamente constituíram desde longa data o 
elemento principal da população ocidental da 
península, a região (de origem jafética) foi dividida 
em várias províncias para melhor administração, 
divisão esta que posteriormente foi modificada em 
algumas áreas pelos romanos de modo que no tempo 
do apóstolo Paulo, ou da expansão do cristianismo 
da Palestina para o ocidente, os romanos já haviam 
feito os seus reajustes políticos na administração da
122
vasta região, reunindo várias das antigas províncias 
gregas e dando novos nomes a outras.
Assim, por exemplo, Cária, Lídia, Mísia e 
partes da Frigia, eram chamadas simplesmente 
"Ásia", e outras partes da Frigia, como Pisídia e 
Licaônia, foram anexadas à Galácia.
Expansão do Cristianismo para o Ocidente
Este estudo deve ser precedido de um 
rápido preâmbulo de atividades apostólicas na 
direção do ocidente de Jerusalém, antes da 
passagem dos missionários da equipe de Paulo para 
a Ásia Menor.
Depois da ascensão de Cristo, o primeiro 
impulso evangelíst ico para fora de Jerusalém na 
direção dos gentios foi a viagem de Filipe - um dossete diáconos da Igreja de Jerusalém, de origem 
grega - para a Samaria, onde obteve um notável 
êxito. Assim, os samaritanos serviram de ponte 
entre os judeus e os gentios para a evangelização do 
mundo, pois, admitindo-se crentes dessa raça mista 
na igreja cristã, a porta estava aberta para a 
admissão dos gentios também.
De Samaria, Filipe foi conduzido pelo 
Espírito Santo a um ponto de uma estrada que ia de 
Jerusalém para Gaza, ao sudoeste daquela, perto do 
Mediterrâneo. Foi ali que ele encontrou o ilustre 
Ministro da Fazenda da rainha de Candace, dos 
etíopes.
Convertido, o etíope é logo batizado e leva 
o Evangelho para a sua terra no continente africano. 
Dali, via Azoto, Filipe viaja para Cesaréia, onde fixa 
residência e evangeliza juntamente com suas filhas 
(At 21.8,9).
Também o apóstolo Pedro fez uma viagem 
curta, mas muito importante, porque assinalou a 
queda do muro de separação entre judeus e gentios.
123
Segundo Atos 9.32 notamos que o apóstolo 
passou em muitos lugares para f inalmente chegar a 
Lida, situada poucos quilômetros ao sudeste de Jope, 
onde curou o paralítico Enéas e levou à conversão 
"todos que habitavam" naquela cidade e a vizinha 
localidade de Sarona (At 9.35).
De Lida, a chamada de uma comissão 
enviada de Jope a propósito do falecimento da jovem 
Tabita ou Dorcas, Pedro vai a Jope, consola os que 
choram a perda sentida e ressuscita a jovem; e 
também ali "muitos creram no Senhor" (At 9.42).
Em Jope Pedro hospeda-se na casa de um 
crente por nome Simão, junto à praia, e numa hora 
de oração no terraço tem uma visão que o autoriza ir 
a Cesaréia, à casa de Cornélio, um gentio - pois era 
oficial do exército romano de ocupação da Palestina
- e ali pregar o Evangelho.
Pedro obedece e pela graça de Deus opera 
maravilhas naquele local, resultando o seu trabalho 
em vários batismos que foram os primeiros entre os 
gentios (fora o eunuco etíope batizado por Filipe, o 
diácono, At 8). E assim estava o caminho aberto 
para a evangelização dos gentios (At 11.1-18).
Em seguida surge um outro movimento 
missionário por meio de uma perseguição. Este, além 
de judeus, também atinge os gregos em Antioquia da 
Sír ia .
De Jerusalém, a Igreja envia para lá o seu 
representante, Barnabé, que conclui pela 
autenticidade evangélica do movimento (At 11.19­
24). Lembre-se então que Saulo, servo do Senhor, 
estava em Tarso. Este, depois da sua conversão, 
havia se retirado para algum lugar da Arábia, 
visitando novamente Damasco e Jerusalém, para 
f inalmente refugiar-se em Tarso, sua cidade natal, 
pois havia sido prevenido sobre um plano assassino 
dos gregos de Jerusalém (At 9.29,30; Gl 1.21).
124
Trazendo Saulo para Antioquia da Síria (At
11.25), Barnabé prestou o maior serviço à causa das 
missões. A mão de Deus esteve com os seus dois 
servos de tal maneira que dentro de apenas um ano 
já havia em Antioquia uma notável igreja, 
predominantemente gentílica, com uma competente 
equipe de obreiros, de onde partiu o primeiro 
movimento de missões estrangeiras.
Desse movimento resultou o célebre 
apelido que passou a ser o qualif icativo 
supremamente honroso dos crentes de todo o mundo
- os seguidores de Cristo passaram a ser chamados 
de "Cristãos" (At 9.23; 13.1-3).
Primeira Viagem Missionária de Paulo
Consolidado o trabalho evangélico em 
Antioquia, a igreja local, orientada pelo Espírito 
Santo, comissiona Barnabé e Saulo para a pregação 
das Boas-Novas ao mundo gentílico. Acompanha-os o 
jovem João Marcos, de Jerusalém (Ver descrição 
detalhada desta viagem em Atos 13.4-14.27).
De Antioquia, descendo a serra da costa, 
os missionários chegaram ao porto marítimo de:
@ Selêucia, na foz do rio Orontes, à 25 km de 
Antioquia, de onde tomaram um navio para a Ilha 
de Chipre, à 85 km ao oeste da costa da Síria, e 
famosa pelas suas antigas minas de cobre, 
desembarcando em:
® Salamina, porto oriental da ilha, onde havia 
várias sinagogas dos judeus nas quais os 
missionários pregaram o Evangelho de Jesus 
Cristo. Dali, tomando o rumo leste-oeste, no 
sentido longitudinal da ilha, foram pregando por 
todas as povoações até chegar a:
125
0 Pafos, capital da ilha e sede do governo 
proconsular romano, distante cerca de 160 km de 
Salamina. Ali os missionários enfrentaram um 
feiticeiro de nome Bar-Jesus ou Elimas, o qual 
estava tentando desviar do caminho da salvação 
o procônsul Sérgio Paulo, evangelizado por eles. 
Porém, Paulo (este é o nome pelo qual Saulo é 
conhecido daí por diante) repreendeu o feiticeiro 
ferindo-o com cegueira por alguns dias. Diante 
deste fato, o procônsul rendeu-se ao Evangelho. 
Daí os mensageiros das Boas-Novas navegam 
para o norte, na direção do continente da Ásia 
Menor, aportando em:
@ Perge, capital da província romana da Panfília, 
devota da deusa Ártemis (a mesma que em Éfeso 
era conhecida como Diana). Para penetrar no 
continente era necessário atravessar a perigosa 
cordilheira dos montes Taurus que se levantam 
logo atrás da cidade, infestados de salteadores, 
mas adiante dos quais habitavam populações 
necessitadas do Evangelho da Graça. Não consta 
que na ida tivessem os missionários pregado o 
Evangelho nesta cidade, porém, sabemos que o 
fizeram na volta. Parece que na ida foram 
perturbados pela atitude de João Marcos que, não 
querendo prosseguir, voltou a Jerusalém, razão 
pela qual no início da segunda viagem 
missionária de Paulo este de forma alguma quis 
levar junto a João Marcos, não obstante a 
insistência de Barnabé. Esta atitude de Paulo 
redundou em separação entre ele e Barnabé na 
obra missionária (At 15.35-39). De Perge os dois 
missionários partiram para:
@ Antioquia da Pisídia, centro comercial e político 
daquela província. Paulo pregou por dois sábados 
na sinagoga local, despertando o interesse de
126
judeus e gregos. No segundo sábado, porém, 
impressionados pela enorme aceitação que a 
palavra dos missionários tivera entre os gentios, 
os judeus, incitando mulheres e autoridades, 
moveram uma tremenda perseguição contra os 
pregadores, a ponto de os expulsarem da cidade. 
Porém ali ficou uma igreja de Cristo. Dali os 
valorosos pregoeiros da verdade partiram para:
@ Icônio, quase 100 km ao leste de Antioquia, na 
estrada de Éfeso para Tarso e partes do Oriente. 
Depois de algum tempo de permanência e intensa 
atividade evangelíst ica, também dali foram 
expulsos os missionários. Então foram para:
® Listra, colônia romana, à 35 km ao leste de 
Icônio. Depois de uma cura milagrosa do coxo, os 
homens de Listra quiseram tributar culto aos 
pregadores, e só a muito custo foi que Paulo 
conseguiu dissuadi- los1 de tal intento. Porém, 
logo depois um grupo de judeus de Antioquia da 
Pisídia e de Icônio chegou a Listra e incitou o 
povo contra os missionários, sendo estes 
apedrejados e Paulo arrastado para fora da 
cidade como morto. Mas os discípulos cuidaram 
de Paulo e o despediram, juntamente com 
Barnabé, para:
® Derbe, à 32 km de Listra. Ali tiveram muita 
l iberdade de pregar o Evangelho. Sendo esta 
cidade o ponto final desta primeira viagem 
missionária de Paulo. De Derbe poderiam voltar 
para Tarso e Antioquia da Síria com muito mais 
facilidade, porém Paulo, cheio de entusiasmo pela 
obra do Evangelho, preferiu voltar pelo mesmo 
caminho por onde haviam passado na ida, talvez
1 T i ra r de um propós i to; de spe r suad i r ; d e saconse l har .
127
estabelecendo mais outras igrejas das quais não 
temos notícias, como em Perge, Atália, etc, e 
confirmando os irmãos nos lugares onde havia 
deixado igrejas estabelecidas, inclusive elegendo 
anciãos para as mesmas. De Perge, na Panfília, 
dirigiram-se para o porto de:
0 A tá l ia , de onde embarcaram para a Antioquia da 
Síria, ponto inicial de sua viagem. A igreja os 
recebeu com alegria e ouviu o relatório cheio de 
inspiração e gozo no Senhor pela operação 
patente do Espírito Santo na proclamação do 
Evangelho aos gentios.
Esta viagem ocorreu, segundo a melhor 
cronologia, entre os anos 46 e 48 d.C.128
Questionário
y Assinale com "X" as alternativas corretas
1. Enorme península do extremo ocidental do 
continente asiático:
a ) 0 Ásia Maior
b)^ Ásia Menor
c) □ Oriente Médio
d ) 0 Oriente Próximo
2. Local onde Filipe deu o primeiro impulso 
evangelístico direcionado aos gentios:
a ) 0 Perge
b)Q Judéia
c ) 0 Peréia
d ) H Samaria
3. Ali os missionários enfrentaram um feiticeiro de 
nome Bar-Jesus ou Elimas:
a) CU Selêucia, na foz do rio Orontes, à 25km de 
Antioquia
b)CU Perge, capital da província romana da Panfília, 
devota da deusa Ártemis
c)IKl Pafos, capital da ilha de Chipre e sede do 
governo proconsular romano
d)[H Salamina, porto oriental da ilha de Chipre, 
onde havia várias sinagogas dos judeus
y Marque "C" para Certo e "E" para Errado
4.1 H O ponto final da primeira viagem missionária de
Paulo foi em Antioquia da Psídia
5.1 Cl O aspecto físico da Asia Menor é um planalto 
pedregoso, semeado de lagos de água doce e 
salgada, rodeado de cadeias de montanhas e de 
costa acidentada
129
Segunda Viagem Missionária de Paulo
A narrativa desta viagem encontra-se em 
Atos 15.36-18.22. Depois de aproximadamente três 
anos de intervalo, durante os quais dois valorosos 
obreiros ficaram em Antioquia pregando e ensinando, 
com muitos outros, a Palavra do Senhor, Paulo teve 
a inspiração do alto para fazer uma segunda viagem 
missionária pela Ásia, confirmando o trabalho 
realizado na primeira incursão evangelística naquela 
área. Certamente ele nem por sonho teria imaginado 
o alcance desta viagem no que diz respeito à 
penetração do Evangelho na Europa.
As etapas desta viagem podem ser 
divididas em três itinerários:
1. O da Ás ia,_na ida;
2. O da Europa;
3. O da Ásia, na volta.
1. O i t in e rá r io da Ás ia na ida.
Ao preparar a segunda viagem, Paulo não 
concordou com Barnabé em levar de novo com eles 
João Marcos, pois este os havia deixado no meio da 
viagem pela sua inconstância.
Isto trouxe uma contenda entre os dois 
obreiros, resultando a separação em duas equipes - 
uma composta de Barnabé e João Marcos, que se 
dirigiu para Chipre, e outra de Paulo e Silas, jovem 
da Igreja de Jerusalém, que estava em Antioquia.
De Antioquia, Paulo e Silas tomaram rumo 
ao norte, viajando por terra, para:
® Síria, isto é, visitando os grupos de crentes 
formados na região norte da Síria, de onde 
passaram ,para:
130
0 Cilicia, cuja capital era Tarso. Lucas não 
menciona os nomes das localidades desta 
província, atingidas pelos missionários, 
entretanto, fácil é perceber que por lá já havia 
igrejas estabelecidas anteriormente, e por certo, 
o foram pelo próprio apóstolo durante a sua 
permanência em Tarso, antes da partida para 
Antioquia a convite de Barnabé. Atravessando os 
montes Taurus, chegaram a:
@ Derbe e Listra, que foram os pontos finais da 
primeira viagem. Em Listra Paulo encontrou o 
jovem Timóteo, que lhe pareceu apto para o 
trabalho missionário e o convidou para integrar a 
sua equipe. Partindo dali, depois de confirmar na 
fé os irmãos, foram passando pelas regiões da 
Frigia e da Galácia, talvez pretendendo visitar as 
igrejas de Icônio, Antioquia da Pisídia e outras, 
entretanto foram impedidos de alguma forma 
pelo Espírito Santo que os encaminhou para a 
Mísia. Dali julgaram conveniente ir e anunciar o 
Evangelho no extremo norte, isto é, província de 
Bitínia. Mas novamente o Espírito do Senhor lhes 
impediu o intento e eles desceram para a cidade 
marítima da Mísia, chamada:
® Trôade, na costa do Egeu. Foi ali que Paulo teve 
uma visão de um homem da Macedônia (parte da 
Europa que fica defronte da Mísia), pedindo que 
passasse aquela região e ali anunciasse o 
Evangelho. Assim os missionários chegaram 
conhecer a vontade de Deus e partiram para 
Europa, penetrando no Mundo Ocidental com a 
mensagem gloriosa de salvação dos pecadores. 
Nesta altura nota-se que o autor do livro de Atos
- Lucas - passa ao uso do pronome pessoal na 
primeira pessoa do plural - "nós", o que leva a 
crer que foi em Trôade que ele juntou-se aos três 
missionários a ajudá-los na obra.
131
2. O i t in e rá r io da Europa.
De Trôade (na Ásia) navegaram para:
@ Samotrácia, que é uma ilha à 33 km da costa. Ali 
não demoraram, certamente pela pressa do 
navio, prosseguindo para:
0 Neápolis, cidade marítima do continente europeu, 
porto que servia a importante cidade de Filipos, 
colônia romana. Também em Neápolis os 
missionários não demoraram, mas dirigiram-se 
imediatamente para:
@ Filipos, ponto inicial de Paulo na evangelização da 
Europa, onde os missionários obtiveram 
magníficos resultados em suas pregações 
manifestas na conversão de uma distinta senhora 
chamada Lídia, da jovem adivinhadora e do 
carcereiro e toda a sua casa. Foi neste lugar que 
os pregadores das Boas-Novas sofreram as 
primeiras perseguições na Europa por parte das 
autoridades e dos prejudicados devido à 
conversão da adivinhadora, porém, Paulo e Silas 
foram presos. Mas, na providência de Deus, até a 
prisão teve resultados favoráveis para o 
Evangelho, pois o carcereiro veio a converter-se 
com toda a sua família. Deixando, assim, o 
princípio de um trabalho que foi o mais querido 
do grande apóstolo. Logo após foram para:
@ Tessalônica, tendo passado por Anfilópolis e 
Apolônia, lugares em que não se detiveram por 
razões desconhecidas. Tessalônica era uma 
cidade histórica, grande centro comercial e 
militar, portanto, ponto estratégico para difusão 
do Evangelho. Paulo estabeleceu ali uma igreja 
composta dos judeus fanáticos. Os missionários 
Paulo e Silas (parece que Lucas e Timóteo haviam
132
ficado em Filipos para continuar o trabalho) 
seguiram, de noite, para:
Beréia, à 80 km de Tessalônica, onde o 
Evangelho foi muito bem aceito. Entretanto, os 
judeus fanáticos de Tessalônica foram à Beréia e 
alvoroçaram o povo contra os missionários a 
ponto de Paulo ter necessidade de retirar-se via 
mar para Grécia, deixando os companheiros para 
trás, chegando a:
@ Atenas, a importante capital da cultura grega. 
Depois de uma rápida olhada pela cidade o 
apóstolo percebeu a idolatria dominante. Falando 
no areópago1, fez uma extraordinária defesa do 
crist ianismo perante os filósofos gregos. Porém o 
orgulho e a corrupção dos atenienses não 
permitiam que estes aceitassem a mensagem do 
apóstolo. Dali o missionário dirigiu-se para:
@ Corinto, metrópole comercial e política da Grécia 
naquele tempo, situada à 70 km de Atenas. Nesta 
cidade, que foi o ponto final da sua segunda 
viagem missionária na direção do ocidente, Paulo 
permaneceu 18 meses. Também foi ali que o 
apóstolo conheceu o consagrado casal Priscila e 
Áquila, com os quais iniciou o trabalho em 
Corinto e depois também em Éfeso, tendo sofrido 
tremendas perseguições.
3. O i t in e rá r io da Ás ia na vo lta .
De volta para a Antioquia da Síria, Paulo 
embarcou no porto de Cencréia, à 13 km ao leste de 
Corinto, onde também já havia uma igreja, 
certamente estabelecida durante a estada do 
apóstolo em Corinto. Dali navegou em direção leste,
1 Luga r de d i s cus sões púb l i cas e de s en ten c ia r as causas .
133
atravessando o mar Egeu, em companhia de Priscila 
e Áquila, para:
0 Éfeso, capital da Ásia proconsular, junto à foz do 
rio Caister, famosa pelo seu teatro, seu 
hipódromo1 e seu colossal2 templo consagrado à 
deusa Diana (ou Ártemis). Nesta cidade ficou o 
casal de auxiliares do apóstolo que o acompanhou 
desde Corinto, ao qual, mais tarde, ajuntou-se ao 
jovem Apoio formando-se um grupo que atuou 
eficientemente para preparar o terreno para o 
trabalho de Paulo que brevemente voltaria para 
lá. De Éfeso Paulo navegou diretamente para:
0 Cesaréia, na Palestina, de onde subiu para:
@ Jerusalém, saudando os irmãos da igreja e 
relatando-lhes as maravi lhas que o Senhor havia 
operado durante os quase três anos (51 a 53) 
gastos na segunda viagem. De Jerusalém dirigiu- 
se para:
0 Antioquia da Síria, seu ponto de partida para 
todas as viagens.
Terceira Viagem Missionáriade Paulo
Depois de breve período de descanso, 
Paulo empreendeu uma terceira viagem missionária, 
descrita em Atos 18.23-21.8, partindo de:
0 Aatioquia, novamente, Paulo dirige-se, através 
das províncias de Cilicia, Galácia e Frigia, 
confirmando na fé todos os discípulos convertidos 
nos lugares anteriormente visitados, para:
@ Éfeso que é o ponto principal de suas atenções 
nesta viagem. Para evangelizar este centro da
1 Local onde se rea l i zam cor r i da s de cavalos; prado.
2 Eno rme , ag i gan tado.
134
província e suas adjacências, durante os seus 
dois anos de atividade nesta cidade, deve ter 
dado origem às chamadas "sete igrejas da Ás ia” 
referidas no Apocalipse (At 19.10). 
Excepcionalmente notável foi a atuação do 
apóstolo em Éfeso frente às perseguições e o 
alvoroço que o seu trabalho trouxe no seio 
daquela população. A crendice1 devotada à deusa 
Diana sofreu sérios abalos. A feitiçaria perdeu 
seu prestígio pela queima pública de livros dos 
muitos convertidos em Éfeso. Finalmente teve 
que se despedir dos discípulos, aparentemente 
sob pressão de novas e mais violentas ameaças 
de perseguição, dirigindo-se para:
0 Trôade, onde esperou o seu novo companheiro de 
trabalho, Tito, que lhe trouxe notícias de Corinto, 
passando dali para Macedônia, provavelmente 
visitando os lugares em que na viagem anterior 
havia estabelecido igrejas. Dali desceu para:
0 Corinto, onde pôs em ordem as irregularidades 
ocorridas na igreja e de onde escreveu as duas 
importantes epístolas aos Gálatas e Romanos, 
três meses depois de sua chegada, já os judeus 
novamente preparavam-lhe ciladas para eliminá- 
lo do cenário, e, a fim de despistar os seus 
algozes2 voltou pela costa do mar Egeu, subindo 
até Filipos e dali talvez tinha ido ao Ilírico, 
província situada na costa do Mar Adriático da 
Macedônia. De Filipos regressou a Trôade, na 
Ásia, depois passando a Assôs, dirigiu-se para 
Mitilene, capital da ilha montanhosa do Egeu, e 
mais adiante para Samos, também ilha do mesmo 
mar, tomando rumo a Trojilo, promontório da
1 Crença popu la r absu rda e r id í cula; c rende i r i ce .
2 A lgozar: mar t i r i za r , to r turar , supl i c iar ; p ra t i c a r mor t i c ín io .
135
costa da Ásia, e depois para Mileto, de onde o 
apóstolo manda chamar os anciãos de Éfeso dos 
quais se despede para sempre. Continuando, 
passou por Cós, Ilha de Rodes, Pátara, de onde 
navegou diretamente para Tiro, na costa da 
Fenícia, confortando irmãos de uma igreja cuja 
origem não nos é conhecida. Prosseguindo, foi 
para Ptolemaida (ou Acra), visitando outro grupo 
de irmãos, e depois para o porto de Cesaréia, 
visitando o evangelista Filipe com as suas filhas, 
para chegar a Jerusalém, por ocasião da festa de 
Pentecostes., onde o amor dos irmãos o envolveu 
mas o ódio dos judeus o descobriu para.tirar-lhe 
a vida. .
Viagem de Paulo a Roma
Ao concluir a sua terceira viagem 
missionária Paulo chegou a Jerusalém por ocasião da 
Festa de Pentecostes.
O ódio dos judeus havia crescido diante 
dos sucessos do Evangelho pregado por Paulo. 
Reconhecida a sua presença em Jerusalém e 
particularmente no Templo, num acesso de cólera 
seus inimigos tentaram liquidá-lo. Se não fosse a 
pronta intervenção dos soldados romanos, por certo, 
naquela ocasião Paulo teria perecido.
O apóstolo, vendo a impossibil idade de 
conseguir garantias na província, porque a tendência 
das autoridades romanas era não julgar a Paulo por 
tratar-se de uma questão religiosa, apelou para 
César, e por isto foi enviado a Roma na qualidade de 
prisioneiro.
Partindo de Jerusalém deu-se o início da 
sua última viagem para o ocidente. Diante do perigo 
de ser arrebatado pela turba1 enfurecida de judeus
1 Mu l t idão em deso rdem.
136
fanáticos, o oficial da Torre de Antônia (parte da 
fortaleza de Birá junto ao Templo de Jerusalém) 
tomou a providência de conduzir o apóstolo de noite, 
sob forte guarda, até:
0 Antipátride ou Antipatris. Dali foi remetido para:
0 Cesaréia, onde permaneceu preso por dois anos, 
e depois partiu para Roma, tendo tido a 
oportunidade de pregar o Evangelho às 
autoridades romanas: Félix, Festo e Agripa. Na 
viagem, Paulo foi acompanhado de seus amigos 
Lucas e Aristarco (de Tessalônica). De Cesaréia 
navegaram para:
0 Sidon, onde lhes foi permitido visitar os amigos 
crentes, partindo dali para:
0 Mirra, porto da província de Lícia, na Ásia Menor. 
Neste porto fizeram a baldeação1 para outro 
navio que, levado pelos ventos, foi até:
0 Bons Portos, na Ilha de Creta, onde esperaram 
melhorar o tempo. Navegando dali foram 
apanhados por uma tremenda tempestade que 
durante 14 dias mantiveram eles entre a vida e a 
morte, naufragando nas proximidades da:
0 Ilha de Melita, ou Malta, que se encontra ao sul 
da Sicília, a grande ilha italiana. Depois de 
passarem alguns dias ali, tendo Paulo curado o 
pai do homem principal da localidade, Públio, e 
abastecidos dos víveres necessários à viagem 
embarcaram num navio alexandrino rumo à:
Siracusa, na costa oriental da Sicília. Dali 
seguiram para:
0 Régio, já na Península Itálica, de lá navegando 
para:
1 Pa ssar (mer cado r ia s ) de um para ou t ro navio.
137
0 Potéoli, ponto final da viagem marítima, onde 
acharam alguns crentes que solicitaram a sua 
permanência, ficando ali sete dias. As duas 
últimas etapas, antes de chegar a Roma, foram:
0 Praça de Ápio e Três Vendas (At 28.15), à 40 km 
ao sudoeste de Roma, aonde vários irmãos 
vieram da capital do Império para receber o 
apóstolo e seus companheiros. Este gesto dos 
irmãos deu mais ânimo a Paulo, prevendo ele a 
vitória do Evangelho também em Roma, apesar 
de suas cadeias. Finalmente chega Paulo a:
0 Roma, capital política e cultural do Império. Ali o 
apóstolo ficou preso durante dois anos, morando 
em casa particular alugada perto do quartel 
pretoriano. Embora acorrentado a um soldado, a 
sua prisão foi bastante suave. Dali Paulo 
escreveu as seguintes epístolas: Efésios,
Filipenses, Colossenses e Filemom. Depois de 
longa espera Paulo foi absolvido e posto em 
liberdade.
Viagem de Paulo entre a sua Primeira e 
Segunda Prisão em Roma
Há evidências claras, pelo que 
encontramos nas chamadas "epístolas pastorais", de 
que ele foi absolvido e que reassumiu o seu antigo 
trabalho de visitar as igrejas já estabelecidas e 
organizar outras novas, tendo sido preso novamente 
pouco depois.
Este período entre a sua primeira prisão 
em Roma e a segunda, é coberto de incerteza quanto 
às suas atividades e os lugares onde elas foram 
exercidas. De modo que o itinerário que segue uma 
conjectura.
138
0 Colossos teria sido o seu novo campo de 
trabalho, após a l ibertação da sua primeira prisão 
em Roma, segundo se conclui de Filipenses 1.22. 
Era uma cidade da Frigia, Ásia Menor, às margens 
do rio Lico, na rota terrestre entre o ocidente e o 
oriente. Ali havia uma igreja que teria sido 
fundada pelo trabalho de Epafras e Arquipo.
0 Filipos teria sido outro lugar visitado por Paulo 
nesse período (Fp 2.24).
0 Nicópolis, segundo Tito 3.12, teria sido mais 
outro lugar visitado pelo apóstolo, situado na 
região grega de Epiro, no litoral do Mar Adriático. 
0 Mileto e Creta, lugares escalados na viagem de 
Jerusalém para Roma. Em Creta aparentemente 
Paulo desejava desenvolver trabalhos amplos 
para adiantamento da obra do Evangelho, mas 
teve que deixar os planos nas mãos de Tito. É o 
que se depreende de Tito 1.5 e 2Timóteo 4.20.
0 Trôade. Pelo que se lê em 2Timóteo 4.13, parece 
que Paulo teve que deixar apressadamente este 
lugar, pois pede ao seu jovem companheiro que 
traga a Roma, onde está preso, a sua capa e os 
pergaminhos1 deixados ali.
@ Éfeso. A suposição é que Paulo tenha sido preso 
em Trôade e levado para Éfeso para o 
interrogatório prévio, antes de ser remetido a 
Roma.
O ministério de Paulo estava já no fim. 
Nero estava no trono do Império naqueles dias, e no 
delírio de sua loucura incendiou a cidade de Roma, 
atribuindo a culpaaos cristãos, o que provocou a 
terrível perseguição neroniana. Certamente o bravo 
soldado de Cristo pereceu na onda desta 
perseguição.
1 (La t im p e rg a m in a ) . Pele de an ima l p reparada para se es c reve r .
139
Questionário
^ Assinale com "X" as alternativas corretas
6. As etapas da segunda viagem de Paulo podem ser 
divididas em três itinerários, a saber
a)CU O da Europa na ida; da África e da Ásia
b)D O da Ásia; do Oriente Médio e da África
c)(Xi O da Ásia na ida; da Europa e da Ásia na volta
d ) 0 O da Europa na ida; da Ásia e da Europa na 
volta
7. Cidade que era o ponto de partida da primeira, 
segunda e terceira viagem de Paulo
a)EU Roma
b)D Atenas
c )D Jerusalém
d)K] Antioquia da Síria
8. Imperador romano que incendiou a cidade de Roma 
atribuindo culpa aos cristãos, usando de pretexto 
para perseguí-los.
a )Q Tito
b)[X] Nero
c )D César
d ) 0 Augusto
Marque "C" para Certo e "E" para Errado
9.1 c I A cidade de Corinto foi o ponto inicial de Paulo na
evangelização da Europa
10.[ç] Ao concluir a sua terceira viagem missionária 
Paulo chegou a Jerusalém por ocasião da festa de 
Pentecostes
140
Geografia Bíblica________
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142
Geografia Bíblica
Mapas Bíblicos
Mapas T01 a T04 foram uti l izados com a devida 
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índice
O Oriente Médio na Época dos Patr ia rcas ................. T01
O Êxodo e a Conquista de C a n a ................................. T02
Mapa Físico da Terra San ta .........................................T03
Jerusalém Atual (Centro) ............................................T04
O Mundo Antigo ........................................................... P01
Egito e Sinai ................................................................. P02
A Divisão das Tribos .................................................... P03
Os Reinos de Saul, Davi e Salomão .......................... P04
Os Reinos de Israel e Judá ......................................... P05
O Império Assírio .......................................................... P06
Impérios Babilónico, Persa e G re g o .......................... P07
O Império Romano nos Tempos de C r i s to .................. P08
Relevo da Palestina ...................................................... P09
Palestina nos Tempos de Je su s ................................... PIO
Primeira Viagem de Pau lo .............................................. P l l
Segunda Viagem de Paulo ........................................... P i l a
Terceira Viagem de P au lo .............................................. P12
Viagem de Paulo a Rom a .............................................. P12a
Jerusalém do Velho Tes tamento .................................. P13
Jerusalém nos Tempos de C r i s to ................................ P14
Plantas do Templo descri to no livro de Ezequiel .........P15
143
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Terceira Viagem de Paulo
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© Sociedades Bíblicas Unidas 1995 ® F o n t e d e RogC ‘ 1 (E n -R o g t '1 )
Mapa P 14
Mapa P 15
Plantas do Templo descrito no livro de Ezequiel
Estas plantas se baseiam na visão de Ezequiel (capítulos 40 a 46) e não representam 
o templo de Salomão nem o segundo templo, construído depois do exílio.
PLANO GERAL DO TEMPLO
1. Muralha exterior (40.5;42.15-20)
2. Porta oriental (40.5-16)
3. Porta norte (40.20-23)
4. Porta sul (40.24-27)
5. Átrio exterior (40.17)
6. Pavimento (40.17-18)
7. Átrio interior (40.28)
8. Porta sul do átrio interior 
(40.28-31)
9. Porta oriental do átrio interior 
(40.32-34)
10. Porta norte do átrio interior 
J40.35-37)
11. Sala para lavar os animais 
(40.38)
12. Sala para os sacerdotes 
(40.44-46)
13. Templo propriamente dito 
(ver planta abaixo)
14. Edifício ocidental (41.12)
15. Salas do norte (42.1-10)
16. Salas do sul (42.10-11)
17. Pátios (46.21-22)
18. Altar (40.47; 43.13-17)
’ '*■ O TEMPLO PROPRIAMENTE DITO
(40.48-41.15)
1. Escada (40.49)
2. Colunas (40.49)
3. Pilares do vestíbulo (40.48)
4. Vestíbulo (40.49)
5. Pilares (41.1)
6. Salão central (41.2)
7. Pilares (41.3)
8. Lugar Santissimo (Santidade das 
Santidades) (41.4)
9. Parede exterior (41.5)
10. Câmaras anexas (41.5)
11. Parede exterior das câmaras (41.9)
12. Espaço livre (41.9)
13. Muro (41.11)
14. Edifício ocidental (41.12)
15. Pátio fechado (41.12)
16. Parte do pátio fechado que fica para o 
oriente (41.14)
Sociedade!, Hihlk as Unidas I c)11"
Gráfica LEX
Impressos Gráficos, Editoriais e Serigràficos em geral, 
Sinalização p o r R ecorte E le trônico de Adesivos, 
Arte F ina l Brindes P rom ocionais
Telefax: (44) 3642-1188
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IBADEP
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IBADEP-Instituto Bíblico das Igrejas Evangélicas Assembléias üe^ us^ Estado do Paraim 
Am. Brasil, S/N° - Cx.Postal 248 - Fone: (44) ™ 4^ bbl 
Vila Eletrosul - 85980-000 - Guaíra - PH 
E-m ail: ibadep@ ibadep.com - wwwjbadep .com
mailto:ibadep@ibadep.com
http://Www.lbadeP-com

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