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Unidade II Geomorfologia Fluvial

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Geomorfologia
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Profa. Dra. Adriana Furlan
Revisão Textual:
Profa. Esp. Márcia Ota
 Geomorfologia Fluvial
• Introdução
• Trabalho erosivo dos rios
• Tipos de canal
• Tipos de leito fluvial
• A bacia hidrográfica (ou bacia de drenagem)
 · Discutir os conceitos e as dinâmicas referentes à Geomorfologia Fluvial.
OBJETIVO DE APRENDIZADO
Nesta Unidade, vamos aprender um pouco mais sobre um importante tema: 
“Geomorfologia Fluvial”.
Então, procure ler, com atenção, o conteúdo disponibilizado e o material 
complementar. Não esqueça! A leitura é um momento oportuno para 
registrar suas dúvidas; por isso, não deixe de registrá-las e transmiti-las ao 
professor-tutor.
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados 
em fóruns de discussão, assim como realize as atividades de sistematização, 
essas que ajudarão você a verificar o quanto absorveu do conteúdo: são 
questões objetivas que pedem resoluções coerentes ao apresentado no 
material da respectiva Unidade para, então, prepará-lo (a) à realização das 
respectivas avaliações.
Lembre-se: você é responsável pelo seu processo de estudo. Por isso, 
aproveite ao máximo esta vivência digital!
ORIENTAÇÕES
 Geomorfologia Fluvial
UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Contextualização
É muito comum vermos e ouvirmos notícias sobre inundações, alagamentos e 
enchentes em áreas urbanas, rurais e outras, onde a subida do nível das águas dos 
rios provoca inúmeros prejuízos materiais e humanos.
Os rios possuem uma dinâmica própria e, em muitos casos, observamos 
que a interferência antrópica, nessa dinâmica, causa muitos dos problemas que 
observamos no local, onde moramos ou em notícias veiculadas na mídia. Podemos 
citar, como exemplo, alagamentos e enchentes nas cidades (pequenas, médias 
e grandes), quando a população ocupa a área de várzea dos rios, colocando-se 
diretamente na área que o rio necessita para transbordar suas águas em períodos 
de cheias (fato que faz parte da dinâmica natural dos rios). 
Projetos de canalização, ocupação irregular das margens pela população e 
desmatamento que causa assoreamento (entulhamento) do canal fluvial são alguns 
dos exemplos da interferência humana na dinâmica fluvial nas cidades. Essa 
interferência, também, ocorre em outras áreas não urbanas. 
Nas área rurais há sérios problemas que afetam não somente um curso de água, 
mas uma área muito mais extensa (bacia hidrográfica), tais como a construção 
de barragens nos rios (a qual altera sua dinâmica, em relação a deposição de 
sedimentos) e a poluição das águas por fertilizantes e agrotóxicos. 
Desta forma, precisamos compreender essa dinâmica fluvial, como os rios 
são e se comportam (naturalmente) para entender os problemas referentes à 
interferência humana em sua dinâmica, com consequências, na maioria dos casos, 
bastante negativas.
6
7
Introdução 
A Geomorfologia fluvial engloba o estudo dos cursos de água e das bacias 
hidrográficas. 
O estudo dos cursos de água se refere, principalmente, aos processos fluviais, na 
participação dos rios na esculturação do relevo e as formas resultantes do trabalho 
realizado pelos cursos de água. No caso das bacias hidrográficas, o estudo envolve 
as principais características das bacias que condicionam o regime hidrológico. 
Essas características estão relacionadas aos aspectos geológicos, às características 
hidrológicas, à cobertura vegetal e à ocupação do solo em toda a bacia a ser 
considerada para os estudos. (GUERRA E CUNHA, 2003)
Devemos considerar a importância da Geomorfologia fluvial no contexto da vida 
humana e lembrarmos que as civilizações antigas cresceram às margens de grandes 
rios. A presença de água foi uma condição fundamental para o desenvolvimento de 
civilizações, como por exemplo, a egípcia e a babilônica. Desde a Antiguidade, a 
humanidade tem adaptado os recursos fluviais às suas necessidades. Uma obra de 
engenharia notável, de tempos remotos, são os aquedutos romanos, através dos 
quais as águas eram canalizadas para as vilas e cidades e utilizadas no abastecimento 
e nas necessidades da população. Também são conhecidas as áreas agrícolas nas 
margens do rio Nilo, no Egito - um exemplo de aproveitamento das várzeas do rio 
para cultivo após as cheias que propiciam sedimentos novos e fertilidade nestas 
áreas. (GUERRA E CUNHA, 2003)
Devido à importância das águas fluviais na vida humana, da antiguidade à pós-
modernidade, a Geomorfologia fluvial tornou-se uma área de grande interesse.
Vejamos de que forma o geomorfólogo Christofoletti define um rio e seu 
funcionamento.
Os rios, definidos como uma corrente líquida resultante da concentração 
do lençol de água num vale, constituem os agentes mais importantes no 
transporte de materiais intemperizados de áreas elevadas para as mais 
baixas e dos continentes para o mar. Desta forma, sua importância é 
extremamente relevante entre todos os processos morfogenéticos (de 
esculturação do relevo). Os rios funcionam como canais de escoamento. 
O escoamento fluvial faz parte integrante do ciclo hidrológico e sua 
alimentação de processa através das águas superficiais e das subterrâneas. 
CHRISTOFOLETTI (2005)
7
UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Observe, na figura 1, a formação dos 
rios a partir do Ciclo hidrológico (Ciclo da 
água). As águas resultantes do escoamento 
superficial se concentram em uma corrente, 
formando cursos de água. As águas que 
infiltram (infiltração resultante de precipitação 
de chuva) abastecem o lençol freático, o qual 
abastece os cursos de água em condições 
determinadas e, também, podem aflorar em 
forma de nascente.
Figura 1 – O Ciclo Hidrológico
Fonte: Acervo do Autor
Em linhas gerais, os rios se formam pelo afloramento do lençol freático 
(nascentes), pelo degelo (de neve e gelo nas montanhas), pelas chuvas ou como 
emissário de um lago. Se um rio tiver água em seu curso constantemente (durante 
todo o ano), é designado como rio perene. Se o canal se apresentar seco durante 
a maior parte do ano e comportar um fluxo de água só durante e imediatamente 
após uma chuva, é denominado rio efêmero. Os cursos de água que funcionam 
durante parte do ano, mas tornam-se secos no decorrer da outra parte são 
denominados rios intermitentes (os quais apresentam traçado tracejado nos 
mapas físicos ou hidrográficos). 
INTEMPERISMO – é conjunto de 
processos mecânicos (físicos), 
químicos e biológicos que 
ocasionam a desintegração e a 
decomposição das rochas.
8
9
Na figura 2, podemos verificar a característica de um rio intermitente (temporário) 
no Nordeste do Brasil.
Figura 2 – Leito seco de um rio que é abastecido por água somente no período das chuvas
Fonte: istock/getty images
O curso de um rio pode ser definido em função de um fator predominante 
em determinada parte deste (erosão, transporte ou deposição). O Curso Superior 
de um rio está relacionado às áreas próximas as suas nascentes, em áreas mais 
elevadas, onde há, geralmente, predomínio do escavamento vertical, isto é, ocorre 
um processo de erosão intensiva do talvegue. Nesse processo erosivo, os materiais 
que são removidos das vertentes são transportados para áreas menos elevadas. No 
Curso Médio, há certo predomínio do transporte e um acentuado modelado das 
vertentes (rebaixamento das encostas). No Curso Inferior, por conta de o rio ter 
perdido sua energia potencial, ocorre o processo de sedimentação (fenômeno do 
aluvionamento) e surgimento de meandros (curvas).
Importante!
TALVEGUE – “caminho do vale”– é a linha de maior profundidade no leito de um rio, ou 
seja, é a linha sinuosa em fundo de vale, resultante da interseção dos planos de duas 
vertentes e na qual se concentram as águas que delas descem.
Você Sabia?
Observe, com atenção, a figura 3, a seguir. Nesta imagem, podemos identificar 
os elementos constituintes de cada parte que compõe o curso de um rio (Superior, 
Médio e Inferior ou, como também podemos encontrar na literatura específica da 
área,Alto, Médio e Baixo curso).
9
UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Figura 3 – Divisão de um rio em função de seu trabalho. Curso Superior, Médio e Inferior.
Fonte: www.geografi a.seed.pr.gov.br
No curso Superior, a velocidade das águas é maior do que no curso Inferior. Isso 
ocorre por conta do gradiente (diferença de altitude) no terreno que o rio atravessa. 
As vertentes (encostas) são mais inclinadas; o que proporciona maior velocidade no 
fluxo da água e, consequentemente, maior poder erosivo. Assim, os vales são mais 
profundos e em formato de um “V”.
Já no curso Médio, o vale em forma de “V” torna-se mais aberto e menos 
profundo; o que significa que o rio não está mais cavando seu leito na vertical, mas 
sim exercendo, também, um trabalho erosivo na horizontal, ou seja, ampliando seu 
vale a partir do desgaste das vertentes e do transporte desse material para áreas 
mais baixas.
Por fim, no curso Inferior, ocorre 
a formação da deposição do material 
transportado pelo rio, com a formação 
de planícies aluviais. Nesse ponto, o rio 
apresenta meandros (curvas) e os vales são 
pouco profundos (são bastante alargados).
Importante!
Um rio pode ser defi nido pelo talvegue, pelas vertentes e pelos terraços. O rio constitui, 
por conseguinte, a reunião do lençol de água numa calha, cujo declive contínuo permite 
uma hierarquização na rede hidrográfi ca. Geralmente, os rios possuem várias cabeceiras 
que lhes dão origem e recebem afl uentes ao longo de seu trajeto. São limitados 
lateralmente pelas margens e pelas vertentes às quais dão forma e podem chegar ao 
mar em forma de um canal (estuário) ou vários canais (delta). 
Importante!
ALUVIÃO – material (argila, cascalho 
etc.) provenientes de erosão 
recente e que são transportados e 
depositados por correntes de água.
10
11
Trabalho erosivo dos rios
Os rios escavam e esculpem seus vales, sendo estes definidos como corredores ou 
depressões de forma longitudinal (em relação ao relevo contíguo), que pode ter, por 
vezes, vários quilômetros de extensão. Os vales são formas topográficas constituídas 
por talvegues e duas vertentes com dois sistemas de declives convergentes. A forma 
e o traçado do vale fluvial refletem vários fatores, isolados ou inter-relacionados, 
destacando-se entre estes: a estrutura geológica, a friabilidade (dureza) das rochas, o 
volume do relevo, o clima e o estágio de desenvolvimento do relevo. A forma de vale, 
comumente, relacionada aos rios é o “Vale em V”. (GUERRA e GUERRA, 2005)
Observe, na figura 4, os perfis transversais (um corte que possibilita observação 
do rio “visto de frente”) e longitudinal (visto em seu trajeto – do início ao seu 
final) do rio e a relação entre o entalhe do vale e o seu curso (superior = maior 
poder erosivo, médio = menor poder erosivo e maior poder de transporte, 
inferior = deposição de materiais). 
Figura 4 – Perfi l longitudinal e transversal de um rio.
Fonte: Acervo do Autor
O rio transporta além de água, materiais em suspensão e materiais de tamanho 
maior, dependendo de sua capacidade de fluxo de carga. O fluxo de água de um 
canal está condicionado à força gravitacional e à fricção. A força de gravidade atua 
de forma que a água das partes mais altas seja conduzida às partes mais baixas 
do relevo e a fricção está relacionada às condições do material no leito do rio. O 
fluxo, quanto a sua organização pode se apresentar como laminar ou turbulento. 
(CHRISTOFOLETTI, 1980)
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UNIDADE Geomorfologia Fluvial
O fluxo laminar é aquele onde a água escoa ao longo de um canal reto, 
suave, a baixas velocidades, fluindo em camadas (de água) paralelas acomodadas 
umas sobre as outras. Quando a velocidade do fluxo excede um valor crítico 
(determinado por cálculos matemáticos), as lâminas de escoamento de água 
são rompidas e misturadas e o fluxo torna-se caótico, com a formação de 
redemoinhos (vórtices) e movimentos irregulares, ou seja, transforma-se em um 
fluxo turbulento. (LELI et al., 2010, p. 48). 
Os fatores que afetam a velocidade crítica, permitindo que um fluxo laminar 
se torne turbulento, são a viscosidade e a densidade do fluido, a profundidade 
da água e a rugosidade da superfície do canal. O fluxo em rio turbulento pode 
ser de corrente ou encachoeirado. A velocidade das águas de um rio varia de um 
lugar para outro, mesmo ao longo do perfil transversal em determinado ponto. 
A velocidade e a turbulência estão intimamente relacionadas com o trabalho que 
o rio executa, isto é, erosão, transporte e deposição do material transportado. 
(CHRISTOFOLETTI, 1980)
Observe, na figura 5, uma representação esquemática destes tipos de fluxo.
Figura 5 – Fluxo laminar e fluxo turbulento.
O fluxo do canal está acondicionado em um determinado espaço ocupado pelas 
águas, chamado de leito e cada canal pode ser definido em função de suas características.
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Tipos de canal
A fisionomia que o rio exibe ao longo de seu perfil longitudinal (da nascente a foz) 
pode ser caracterizada, basicamente, como retilínea, anastomosada e meândrica, 
constituindo o chamado padrão de canais. A geometria do sistema fluvial resulta 
das condições encontradas no trajeto do canal e reflete uma relação entre as 
variáveis: descarga líquida, carga sedimentar, declive do terreno percorrido, largura 
e profundidade do canal, velocidade do fluxo e rugosidade do leito.
Importante!
O leito de um rio não é necessariamente plano. Geralmente, há rugosidades (ondulações) 
em função da presença de blocos de rocha no fundo do canal. Quando o rio atinge uma 
área plana e ocorre a deposição dos sedimentos que ele carrega, o fundo tende a ser 
mais uniforme.
Você Sabia?
Os tipos de canais podem ocorrer em momentos distintos do corte longitudinal de 
um rio, ou seja, um mesmo rio em seu curso pode apresentar um trecho meândrico 
e outro retilíneo.
Canais retilíneos
Canais naturais retos são pouco frequentes, representando, somente, trechos 
de canais curtos, exceto aqueles canais controlados por linhas de falhas geológicas, 
diaclases ou fraturas nas formações rochosas e dos canais localizados em planícies 
de restinga.
 Os canais retilíneos são mais facilmente encontrados, onde houve intervenção 
antrópica, como obras de retificação do canal fluvial (figura 6).
Figura 6 – trecho de canal retilíneo, resultando de obras de engenharia no canal fl uvial.
Fonte: www.museudaenergia.org.br
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UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Canais anastomosados
Este tipo de canal possui como uma de 
suas principais características um grande 
volume de carga de fundo que ocasiona 
sucessivas ramificações ou diversos canais 
que se subdividem e se reencontram e 
são estes separados por ilhas e barras 
arenosas. O perfil transversal desse tipo de 
canal é largo, raso e apresenta pontos altos 
(topos de ilhas e dos bancos arenosos) e 
baixos (talvegue do canal) com contínuas 
migrações laterais, devido às flutuações 
das descargas e pelo rápido transporte de 
sedimentos (figura 7).
Canais meandrantes
Este tipo de canal é caracterizado por 
apresentar curvas sinuosas harmônicas 
e semelhantes entre si. A sequência de 
meandros (curvas) define as margens de 
erosão e de deposição; o que significa 
um estágio inicial de meandramento. 
Quando o trabalho de erosão e 
deposição se equipara, esse trabalho 
não ocorre mais.
Os canais meandrantes transportam, 
basicamente, sedimentos finos e mais 
selecionados e sua capacidade de 
transporte é mais baixa e uniforme 
quando comparada com os canais 
anastomosados (figura 8).
Figura 7 – Trecho de canal anastomosado. 
Fonte: wikimedia/commons
Figura 8 – Canal meandrante. Observe que na margem 
interna ocorre a deposição do material transportado e 
na margem externa ocorre o processo erosivo.
Fonte:istock/getty images
14
15
Tipos de leito fl uvial
Há, na literatura, algumas possibilidades de classificação dos tipos de leito fluvial. 
Tricart (1966) propõe a seguinte classificação: leito menor, de vazante, maior e 
maior excepcional.
Christofoletti (1980) afirmaque os leitos fluviais correspondem aos espaços, os 
quais podem ser ocupados pelo escoamento das águas e no que se refere ao perfil 
transversal nas planícies de inundação, o autor distingue e caracteriza cada leito da 
seguinte maneira (CHRISTOFOLETTI, 1980):
a) leito de vazante, que está incluído no leito menor e é utilizado para o 
escoamento das águas baixas. Constantemente, ele serpenteia entre as 
margens do leito menor, acompanhando o talvegue; 
b) leito menor, que é bem delimitado, encaixado entre margens, geralmente, 
bem definidas. O escoamento das águas, nesse leito, tem a frequência 
suficiente para impedir o crescimento da vegetação;
c) leito maior periódico ou sazonal, que é regularmente ocupado pelas cheias, 
pelo menos uma vez a cada ano, mantendo-se a precipitação pluviométrica 
dentro das médias; 
d) leito maior excepcional, que é por onde correm as cheias mais elevadas, 
as enchentes. É submerso em intervalos irregulares, mas por definição, nem 
todos os anos. 
O leito de vazante, também, pode ser chamado de leito de seca (ou canal de 
estiagem). O leito maior periódico ou sazonal é definido, por alguns autores, como 
leito de cheia. A área atingida pelas cheias em ambas margens, sendo, portanto, 
colmatada (coberta) regularmente, é a área denominada por várzea (ou planície de 
inundação). O leito maior excepcional, em alguns casos, devido ao grande intervalo 
temporal entre uma deposição e outra de sedimentos, configuram-se mais como 
baixos terraços fluviais. Observe essa representação na figura 9.
REPRESENTAÇÃO DOS TIPOS DE LEITOS
Leito excepcional
Leito maior
Leito menordique dique
leito vazante
Figura 9 – Representação esquemática dos tipos de leito
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UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Leia o trecho a seguir e observe a figura 10.
“A vazante do Rio Negro, no Amazonas, atingiu recorde, com 
o menor nível registrado desde o início do monitoramento, em 
1902. A Agência Nacional de Águas (ANA) informou que o nível 
do curso d’água do rio chegou a 13,63 metros no domingo (25). Até 
agora, o menor volume registrado era de 13,64 metros, em 1963. 
O Rio Solimões, também, atingiu a vazante recorde em outubro e ficou 
88 centímetros abaixo do nível do leito do rio no início do mês. A causa 
para a seca dos rios atingir níveis extremos é a falta de chuva na região. 
Em todo o estado do Amazonas, a estiagem levou, até agora, pelo menos 
30 municípios a decretarem situação de emergência.” (Rio Negro registra 
maior vazante da história. Via Amazônia. 40ª ed. 26/10/2010.)
Figura 10 – Leito de Vazante e leito menor – rio Negro na região amazônica do Brasil.
Fonte: Acervo do Autor
Você pode identificar, na figura 10, os leitos de vazante e o leito menor e relacionar 
com o fato descrito na notícia publicada pela Via Amazônia (citado acima)? 
Conforme explicado anteriormente, identificamos que o lugar, onde correm as 
águas regularmente, em seu menor fluxo, está representado pelo número 1 na 
figura, o qual está indicando a área ocupada pelo leito de vazante e o número 
2 se refere ao leito menor, visível na imagem por conta da estiagem (seca), o 
qual é ocupado regularmente pelas águas, quando não está ocorrendo período de 
estiagem excepcional (como é o caso relatado na notícia acima).
Importante!
Imagine que, no ano seguinte, as chuvas, nesta região, foram acima da média e as águas 
ocuparam o leito menor e extravasaram para o leito maior e em algumas localidades 
(como a da imagem) atingiu o leito excepcional. Observe, novamente, a figura 10, e se 
atente para a ocupação urbana. O que podemos inferir que ocorreu com esta população, 
que vive nas margens deste rio? O problema é o rio que causa enchentes ou a população 
que ocupa irregularmente as margens dos rios? Será que esta população (geralmente de 
baixa renda) tem outras opções de moradia (considere as dificuldades financeiras e de 
conseguir uma moradia que enfrenta grande parte da população brasileira).
Trocando ideias...
16
17
Faz parte da dinâmica fluvial a ocupação periódica ou sazonal dos diferentes 
leitos, pelas águas do rio. Desta forma, a ocupação dos leitos dos rios interfere 
nessa dinâmica e causa prejuízos materiais e humanos, tão comuns nas cidades 
brasileiras e, também, em áreas rurais e florestais.
Interferência antrópica no canal fl uvial
Podemos perceber que as atividades humanas têm aumentado sua influência 
sobre as bacias de drenagem e, por conseguinte, sobre os canais constituintes destas. 
Assim, é possível identificarmos dois grupos principais de mudanças fluviais 
induzidas pelo homem. 
O primeiro grupo refere-se a modificações ocorridas diretamente no 
canal fluvial para atender a algumas finalidades: controle da vazão (para 
armazenamento das águas em reservatórios ou desvio de águas, para 
irrigação, por exemplo) ou para alterar a forma do canal através de 
obras de engenharia, com o objetivo de estabilizar as margens, atenuar 
os efeitos das enchentes, inundações, erosão ou deposição de material, 
para retificar o canal e, até mesmo, para extração de areia e cascalho. 
Essas obras alteram a seção transversal, o perfil longitudinal do rio, o 
padrão do canal, entre outras modificações, que pode se refletir em 
consequências positivas, mas muitas vezes negativa para a população. 
(GUERRA e CUNHA, 2003)
Um exemplo bastante ilustrativo desse tipo de modificações pode ser 
encontrado no rio Tietê, na cidade de São Paulo-SP. Observe, nos mapas da figura 
11, a seguir, como era o traçado do rio (sua configuração natural) e as obras de 
retificação do rio (trecho que percorre uma grande parte da cidade de São Paulo). 
No mapa superior, podemos observar os meandros (curvas) do rio e a ocupação 
esparsa das margens. Os meandros permitiam que o rio percorresse a planície, 
presente nesta parte de São Paulo (área denominada por Bacia Sedimentar de 
São Paulo), “gastando” sua energia neste trajeto e a não ocupação das margens 
garantia uma “faixa de segurança” necessária para que o rio pudesse extravasar 
suas águas em períodos de cheias.
Figura 11 – Rio Tietê antes e depois do projeto de retifi cação.
17
UNIDADE Geomorfologia Fluvial
O projeto de retificação do rio (mapa inferior) eliminou os meandros do rio; o 
que acarretou consequências negativas, as quais a população dessa cidade enfrenta 
até os dias atuais: a retificação aumentou a velocidade de vazão do rio, causando 
enchentes em locais à jusante do rio e a retirada dos meandros possibilitou a ocupação 
das margens (construção das vias Marginais e várias edificações), deixando o rio 
sem sua “faixa de segurança” (causando as inundações que podemos acompanhar 
pela mídia). Salientamos que milhões de dólares já foram gastos para que:
 · o rio não transborde; e 
 · não haja mais prejuízos para a população e para a cidade como um todo. 
Além disso, obras de aprofundamento da calha do rio, desassoreamento constante 
(para retirada do lixo e sedimentos que ficam depositados neste trecho do rio), 
contenção das margens (cobertura de concreto), entre tantas outras intervenções 
já foram realizadas com o objetivo de se tentar reparar o que foi feito no passado 
sem a devida consideração da dinâmica fluvial.
Figura 12 – Inundação no rio Tietê na marginal Tietê na década de 60.
Fonte: Acervo do Autor
Figura 13 – Inundação na marginal Tietê em tempos recentes.
Fonte: Acervo do Autor
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19
O segundo grupo de mudanças fluviais, induzidas pelo homem, está 
relacionado às mudanças fluviais indiretas resultantes das atividades 
humanas, realizadas fora da área dos canais, mas que modificam o 
comportamento da descarga e da carga sólida do rio. Tais atividades 
estendem-se pela bacia hidrográfica e estão ligadas ao uso da terra, como 
a remoção da vegetação, desmatamento, emprego de práticas agrícolas 
indevidas, construção de prédios e urbanização. (GUERRA e CUNHA)
A bacia hidrográfi ca (ou bacia de drenagem)
 bacia de hidrográfica ou de drenagem é uma área da superfície 
terrestre que drena água, sedimentos e materiais parauma saída 
comum, num determinado ponto do canal fluvial. O limite de uma bacia 
é denominado como divisor de águas. (GUERRA e GUERRA, 2003). 
Em alguns casos, é bastante complexo se delimitar com precisão os 
limites de uma bacia hidrográfica.
Observe, na figura 14 , os aspectos de um divisor de águas.
Figura 14 – Divisor de águas.
Fonte: Acervo do Autor
Pela observação atenta da imagem (figuras 14), podemos identificar que o ponto 
mais elevado do terreno será aquele que direcionará a direção do fluxo de água, ou 
seja, a partir do topo (ou elevação) as águas correrão para um lado ou para o outro 
formando assim distintas bacias hidrográficas.
Percebemos, ainda, que a bacia hidrográfica é composta pelas drenagens e 
pelas terras adjacentes a estas drenagens. 
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UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Importante!
As atividades humanas (ou até mesmo os fenômenos naturais) que ocorrerem em uma 
parte da bacia hidrográfi ca causarão impactos (positivos ou negativos) não somente em 
nível local, mas, como geralmente ocorre, em toda a parte da bacia que estiver a jusante 
(em direção a foz dos rios).
Importante!
Devemos considerar que as bacias hidrográficas são interligadas em diferentes 
escalas. As grandes bacias, como por exemplo, do rio Tietê, do rio São Francisco, 
do rio Amazonas, do rio Paraná, entre outras, se subdividem em dezenas de sub-
bacias que possuem um rio principal como nível de base local (rever Unidade 1 
para o conceito de nível de base). Ligam-se a esse rio principal diversos afluentes, 
os quais possuem uma ordem hierárquica dentro da bacia.
Antes de entendermos a hierarquia da bacia hidrográfica, vamos nos deter um 
pouco mais na observação das imagens das figuras 16 e 17 a seguir. Na figura 16, 
podemos observar uma grande quantidade de espuma no rio Tietê na cidade de 
Pirapora do Bom Jesus, a cerca de 50 km da cidade de São Paulo-SP. Na figura 
17, observamos uma quantidade de lixo acumulado nas margens desse mesmo rio 
na cidade de Salto, distante em torno de 105 km da capital paulista.
O rio Tietê tem suas nascentes na Serra do Mar no Estado de São Paulo, na 
cidade de Salesópolis e corre em direção ao interior do estado de São Paulo, 
passando nesse caminho pela cidade de São Paulo, onde é lançada, nesse rio, uma 
quantidade imensa de esgotos residenciais e industriais e lixo de todo tipo (o lixo 
jogado nas ruas é levado para o rio em momentos de chuvas). 
Ao passar pela cidade de Bom Jesus de Pirapora, por conta de um desnível do 
terreno, as águas são remexidas e os detergentes e sabão de todo tipo contidos na 
água se transformam em espuma (figura 16), causando diversos outros transtornos 
a população (mal cheiro, doenças respiratórias entre outros). 
Seguindo seu trajeto, o rio atinge a cidade de Salto, onde, por conta da 
configuração do trajeto do rio (corredeiras e meandros), novamente, a espuma é 
produzida e o lixo fica acumulado nos meandros (figura 17).
Esse é um exemplo de como o que é realizado como atividade humana em uma 
parte da bacia hidrográfica atinge outras partes que, nesse caso e em muitos outros, 
a população arca com os prejuízos de um problema que não foi causado por ela.
Nas ações de planejamento do 
uso e ocupação do solo ou na 
adequação das atividades urbanas 
e rurais, a bacia hidrográfica deve 
ser considerada em sua totalidade, 
seja a bacia principal ou as sub-
bacias, pois estas são interligadas.
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Figura 16 – Espumas no rio Tietê na cidade de Pirapora do Bom Jesus, SP.
Fonte: wikimedia/commons
Figura 17 – Lixo acumulado nas margens do rio Tietê na cidade de Salto, SP.
Outra forma de interferência na dinâmica fluvial é a construção de barragens, as 
quais são construídas, basicamente, com o objetivo de geração de energia, controle da 
vazão e enchentes a jusante e fornecimento de água para população. As consequências 
da construção de barragens podem ser tanto positivas, quanto negativas. 
Os impactos positivos são relativos à geração de energia, elemento indispensável 
para o conforto da vida na sociedade moderna, e controle de vazão dos rios a jusante; 
o que permite que sejam evitadas enchentes em momentos de maior precipitação 
nas áreas a montante dos rios. Mas há impactos negativos, como, por exemplo, o 
fato de que para a construção da barragem e a formação do lago, vilas, propriedades 
agrícolas, florestas e até mesmo cidades inteiras serão afetadas, havendo a necessidade 
de transferência desta população e suas atividades para outro local, onde terão que 
iniciar nova vida e nem sempre isso é positivo.
 
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UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Hierarquia fl uvial da bacia hidrográfi ca
A hierarquia da rede fluvial, segundo Christofoletti (1980), consiste no 
estabelecimento da classificação de determinado curso d�água no conjunto total da 
bacia hidrográfica na qual se encontra. Isso é realizado com a função de facilitar e 
tornar mais objetivos os estudos sobre as bacias hidrográficas. Os procedimentos 
adotados para o estabelecimento da hierarquia da rede fluvial de cada sub-
bacia delimitada consistiram na adoção do esquema proposto por STRAHLER 
que, combinado ao de HORTON, permite a identificação do canal principal. 
(FUNDAÇÃO FLORESTAL, 2015)
A classificação de STRAHLER (1952) inicia-se com a identificação dos rios de 1ª 
ordem, que são aqueles que não recebem nenhum afluente. A partir da confluência 
de dois rios de 1ª ordem, forma-se um segmento de 2ª ordem. A confluência de 
dois rios de 2ª ordem define um rio de 3ª ordem e assim por diante. Quando 
dois rios de ordens diferentes juntam-se, prevalece a maior ordem. (FUNDAÇÃO 
FLORESTAL, 2015)
Observe, na figura 18, a classificação proposta por Strahler.
Rio de Primeira Ordem
(Nascente do Rio)
Rio de Segunda Ordem
Rio de Terceira Ordem
(Rio Principal da Bacia)
Figura 18 – Classifi cação da hierarquia fl uvial de acordo com Strahler 1952.
Fonte: wikimedia/commons
Padrões de drenagem 
Podemos associar os padrões de drenagem aos tipos de relevo do entorno e 
ao longo do perfil longitudinal do canal. A drenagem se condiciona em função do 
relevo inicial e o molda ao longo da evolução da paisagem. Nesse processo, que 
ocorre com o passar dos anos (milhares de anos), o relevo e os cursos de água 
interagem, resultando a esculturação. 
Os padrões de drenagem são dependentes das características iniciais e evolutivas 
das estruturas geológicas e das características climáticas locais. 
Nas figuras 19 e 20 (associação com o tipo de relevo), estão indicados os principais 
padrões de drenagem. Conseguimos identificá-los somente ao analisarmos uma 
grande área da superfície terrestre, fazendo, para tanto, uso de cartas topográficas, 
fotos aéreas e imagens de satélite.
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DENDRÍTICA TRELIÇA RADIAL
PARALELA ANULAR RETANGULAR
Figura 19: Padrões de drenagem – representação esquemática.
Figura 20: Padrões de drenagem associados as formas de relevo.
Fonte:Acervo do Autor
Observe, na figura 21 (imagem de satélite), as drenagens e o relevo relacionado a elas.
Você consegue identifi car o padrão de drenagem presente na fi gura 21?
Ex
pl
or
Então, observamos, na parte superior da imagem na figura 21, que o padrão de 
drenagem é dendrítico. Esse tipo de padrão de drenagem apresenta-se em forma 
de ramificações e as drenagens seguem as linhas de maior desgaste das rochas. 
Podemos considerar, em suma, que o tipo de relevo de condiciona o padrão 
de drenagem e determina a existência de tipos de canal, pois no caso dos trechos 
de canal (natural) retilíneo, por exemplo, concluímos que este pode correr em 
uma falha geológica (que condiciona o canal e define o seu tipo) e no caso dos 
canais meandrantes, estes estão condicionados a relevos de planícies (aluviais) 
em baixas altitudes.
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UNIDADE Geomorfologia Fluvial
Figura: 21
Fonte: Acervo do Autor
 
Observe, novamente, a imagem de satélite da figura 21 e procure identificar a hierarquia 
fluvial. Você consegue identificar os rios de primeira, segunda e terceira ordem?Ex
pl
or
Podemosconcluir, após nossos estudos de Geomorfologia Fluvial, que há uma 
estreita relação entre as os cursos de água e o ambiente (geológico, relevo, clima) 
onde estes se localizam e por onde passam.
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Sites
Doenças da vazante: descida das águas traz tantos problemas à saúde quanto a enchente dos rios
Trata das consequências negativas das enchentes para além do invasão das casas, 
ruas e terrenos pelas águas
http://goo.gl/i65Weo
 Leitura
Delimitação das bacias hidrográficas da Ilha do Maranhão a partir de dados SRTM
Para melhor compreensão sobre como é feito o trabalho de delimitação de uma 
bacia hidrográfica 
http://goo.gl/Nf6CXG
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Referências
CASSETI, V. Elementos de geomorfologia. Goiânia: UFG, 1994.
CHRISTOFOLETTI, A. Geomorfologia. 2.ed. São Paulo: Edgar Blucher, 1980.
FUNDAÇÃO Florestal. Parque Estadual Intervales. Hidrografia e Geomorfologia 
fluvial. Cap. 3.1.7, p. 263-310. Disponível em http://fflorestal.sp.gov.br Acesso 
em 20/09/2105.
GUERRA, A. J. T.; CUNHA, S. B. (Orgs.) Geomorfologia: uma atualização de 
bases e conceitos. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003.
GUERRA, A. T.; GUERRA, A. J. T. Novo dicionário geológico-geomorfológico. 
4. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2005.
LELI, I. T.; STEVAUX, J. C.; NÓBREGA, M. T. da. Produção e transporte da 
carga suspensa fluvial: teoria e método para rios de médio porte. In: Boletim 
Geográfico Maringá, v. 28, n. 1, p. 43-58, 2010.
STRAHLER, A. N. Hypsometric (area-altitude) analysis of erosional topology, 
Geological Society of America Bulletin 63 (11): 1117–1142, 1952.
TRICART, Jean. Os tipos de leitos fluviais. Notícias Geomorfológicas, 6 (11): p. 
41-49, 1966.
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