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Sistema HACCP (Hazard Analysis and Critical Control Points) Eng.ª Daniela Teixeira 13 de Julho de 2020 2 SEGURANÇA ALIMENTAR BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR 3 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR Normas definidas para a operação e gestão das empresas alimentares de modo a garantir o fabrico de alimentos seguros. BOAS PRÁTICAS DE FABRICO Instalações Processo Equipamentos Pessoal Transporte Armazenamento 4 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR BOAS PRÁTICAS DE FABRICO Boas Práticas de Higiene e Desinfeção; Boas Práticas de Armazenagem e Conservação de produtos alimentares; Boas Práticas na preparação e coinfecção dos alimentos; Boas práticas de transporte e distribuição dos alimentos e refeições; Atitudes e comportamentos. 5 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR HIGIENE E SEGURANÇA DOS PROCESSOS 6 ÁGUA E GELO 7 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR HIGIENE E SEGURANÇA DOS PROCESSOS ÁGUA Utilizada: higiene pessoal; como matéria-prima, para produzir alimentos; como bebida; para os enxaguamentos finais da higienização; ou para qualquer utilização em que possa estar em contacto directo com o produto, matérias-primas e materiais de embalagem. Água Potável De acordo com Decreto-Lei nº306/2007 (características da qualidade da água para consumo humano) 8 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR HIGIENE E SEGURANÇA DOS PROCESSOS ÁGUA A água deve ser, preferencialmente da rede pública; É de esperar que a qualidade da água seja adequada para as atividades, no entanto é conveniente que seja analisada periodicamente para ter a segurança que a água utilizada é adequada as necessidades. Devem existir reservatórios de água próprios, com capacidade suficiente para satisfazer as necessidades do serviço. Se não existir água da rede pública 9 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR HIGIENE E SEGURANÇA DOS PROCESSOS ÁGUA Depósitos de água potável: Protegidos contra a entrada de insetos, poeiras ou de outras matérias estranhas; Devem ser projetadas de forma a permitir o fácil acesso para a realização da higienização periódica 10 BOAS PRÁTICAS NO SETOR ALIMENTAR HIGIENE E SEGURANÇA DOS PROCESSOS GELO Deverá ser fabricado a partir de água potável e em condições que previnam qualquer tipo de contaminação, nomeadamente no seu manuseamento e armazenamento. 11 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO 12 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO RECEÇÃO DE PRODUTOS Local adequado para a receção de produtos, permitindo a colocação de infra-estruturas (balança, mesa de apoio, termómetro, estrados), necessárias ao controlo qualitativo e quantitativo em boas condições de higiene e de conservação. As portas de acesso ao exterior não devem permanecer abertas e deverão impedir acesso de pragas. 13 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO CONTROLAR O PRODUTO E A EMBALAGEM NA RECEÇÃO Aquando da receção de matérias-primas, devem verificar: a) Veículo / Pessoal; b) Embalagens; c) Rotulagem; d) Temperatura; e) Características organolépticas (especto); f) Peso. 14 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO A aparência do veículo, nomeadamente a higiene geral; Higiene do pessoal encarregue do transporte; A integridade estrutural dos veículos. Caso as caixas de carga dos veículos se apresentem danificadas, podem originar a contaminação dos alimentos; A presença de água nas caixas de carga, pode indicar que não foi implementada uma correta proteção, relativamente às condições ambientais, por parte do fornecedor (proliferação de fungos). A) VERIFICAR VEÍCULO / PESSOAL 15 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO A) VERIFICAR VEÍCULO / PESSOAL Caso os veículos estejam equipados com sistema de frio ou de contentores isotérmicos, deve ser verificado se este está a funcionar corretamente, isto através da medição da temperatura no interior da caixa do veiculo e/ou através da verificação dos registos dessa mesma temperatura durante o período de transporte; Separação adequada entre produtos com características diferentes; Descarga cuidadosa evitando danos nas embalagens provocados por arrastar, molhar, sujar ou rebentar 16 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO B) VERIFICAR EMBALAGENS TODAS AS EMBALAGENS SECUNDÁRIAS DEVEM SER ABERTAS PARA SE PODER VERIFICAR: Existência de sinais que indiciem a contaminação por pragas. Entre estes sinais incluem-se a presença de fezes e/ou urina, restos de pragas mortas, pêlos e embalagens roídas; Presença efetiva de pragas nos produtos, como baratas, moscas, baratas Presença de contaminantes químicos, como óleo, proveniente do contacto do produto com o veiculo; Adequabilidade do produto 17 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO B) VERIFICAR EMBALAGENS CONTROLO VISUAL DAS CARACTERÍSTICAS DOS PRODUTOS E VERIFICAÇÃO DO ESTADO DAS EMBALAGENS/LATAS: Garantir que as latas de conservas ou embalagens não estão inchadas, deformadas, opadas, amolgados, sujas, conspurcadas, enferrujadas ou violadas; Comprovar que os recipientes plásticos são completamente herméticos e não apresentam ruturas; Garantir que as garrafas que contenham líquidos não apresentam perdas; Garantir ausência de produtos em frascos com bolhas de ar no interior. 18 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO C) VERIFICAR ROTULAGEM As indicações obrigatórias a constar na rotulagem dos géneros alimentícios devem ser inscritas em caracteres indestrutíveis, facilmente visíveis e legíveis, num local em evidência, e redigidas em termos corretos, claros e precisos, não podendo qualquer delas ser dissimulada, encoberta ou separada por outras menções ou imagens; As indicações obrigatórias a constar da rotulagem devem ser sempre redigidas em português, sem prejuízo da sua reprodução noutras línguas 19 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO C) VERIFICAR ROTULAGEM Na rotulagem dos géneros alimentícios devem figurar, no mesmo campo visual (salvo nas exceções previstas), as seguintes indicações obrigatórias: A “denominação de venda” do produto; A lista de ingredientes que compõem o produto; A quantidade líquida; O prazo de validade; A menção do lote; O nome ou firma ou denominação social e a morada da entidade que lança o produto no mercado (Fornecedor); Condições de conservação e armazenamento; Marca de salubridade (produtos de origem animal) 20 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO D) VERIFICAR TEMPERATURA A temperatura utilizada durante o período de transporte deve ser controlada, através do pedido dos registos dessas temperaturas ao fornecedor. A temperatura ambiente da caixa do veículo em que as matérias-primas e produtos alimentares são transportados, também deve ser controlada no momento da chegada ao estabelecimento. A temperatura das matérias-primas e produtos alimentares deve ser controlada na receção, pelo operador responsável, utilizando termómetros calibrados. NA ÁREA ALIMENTAR SÃO PROIBIDOS TERMÓMETROS DE VIDRO E DE MERCÚRIO 21 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO D) VERIFICAR TEMPERATURA Instrução de controlo de temperatura 1. Uma vez chegadas as matérias-primas à zona de receção, o termómetro deve ser corretamente higienizado. 2. Introduzir a sonda do termómetro na zona central do alimento garantindo que este penetra profundamente e verificar temperatura interna do produto. 3. Esperar alguns segundos até conseguir uma temperatura constante no marcador digital. 22 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO D) VERIFICAR TEMPERATURA DEVEM SER REJEITADOS: ALIMENTOS REFRIGERADOS acima de 8ºC devem ser recusados. Estes devem ser entregues a temperaturas entre 1 e 5 ºC. FRESCOS (REFRIGERADOS) que se apresentem claramente em processo de congelação superficial, processo ocorrido durante o transporte. 23 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO D) VERIFICAR TEMPERATURA DEVEM SER REJEITADOS: ALIMENTOS CONGELADOS acima de -15ºC devem ser recusados. Estes devem ser entregues a temperaturas entre -18 e -22 ºC. CONGELADOS OU ULTRACONGELADOS que se apresentem “semi -congelados” ou possuidores de gelo superficial resultante de flutuações térmicas a que o produto terá sidosujeito. Todo e qualquer género que manifeste sinais de recongelação deve ser rejeitado. É, no entanto, admissível a ligeira quantidade de gelo claramente não resultante de recongelação ou flutuação térmica do género alimentício; 24 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO E) VERIFICAR CARACTERÍSTICAS ORGANOLÉPTICAS (ASPETO) Devem ser verificadas as seguintes características: COR; CHEIRO; CONSISTÊNCIA; HUMIDADE SUPERFICIAL; Ex: REJEITAR: Ovos partidos; queijos e enchidos com bolores; carnes de consistência mole, viscosa, de cor escurecida e cheiro desagradável; Aves inteiras com manchas ou hemorragias, amputadas ou com sinais de fratura; fiambres com descoloração ou alteração de cor; ESTADO DE OXIDAÇÃO; ESTADO DE DESIDRATAÇÃO; ESTADO DE CONGELAÇÃO. 25 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO F) VERIFICAR PESO O controlo quantitativo consiste essencialmente, nos seguintes aspetos: Verificar se as quantidades e os produtos recebidos estão de acordo com a nota de encomenda; Efetuar a pesagem dos produtos recebidos, sempre que tal seja aplicável. O operador deve ter em atenção o facto de que a balança deve ser higienizada diariamente, e após cada utilização, por exemplo entre a pesagem de vegetais como batatas e a pesagem de carne ou peixe. 26 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO PREENCHIMENTO DO CARIMBO DE INSPEÇÃO INSPECÇÃO DE RECEÇÃO Temperatura: ____ºC Quantidade/peso C NC Transporte C NC Rotulagem C NC Embalagem C NC Aspecto C NC Nº Não Conformidade: ________________________ Responsável: _______________________________ 27 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO NÃO CONFORMIDADES NÃO CONFORMIDADE MENOR MERCADORIA ACEITE. SOB CONDIÇÃO DE SEREM TRATADAS AS ANOMALIAS JUNTO AO FORNERCEDOR NÃO CONFORMIDADE MAIOR MERCADORIA RECUSADA. ISOLAR OU BLOQUEAR A MERCADORIA. TRATAR DA ANOMALIA JUNTO AO FORNERCEDOR REGISTAR A NÃO CONFORMIDADE 28 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO ELIMINAÇÃO DA EMBALAGEM SECUNDÁRIA (CARTÃO, MADEIRA, SUJAS) (quando aplicável) Uma vez adquiridas as matérias-primas, e estas sejam para manipular no estabelecimento, então deve-se transferi-las para recipientes internos, uma vez que os recipientes, muitas das vezes vêm sujos. Remover embalagens de cartão, madeira e/ou sujas suscetíveis de promover o desenvolvimento de pragas e microrganismos. Os rótulos de origem devem ser mantidos sempre junto dos produtos alimentares, desde a receção até ao consumo pelos consumidores, e por um período de 72 horas após o consumo. 29 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO CONTROLE DE RECEÇÃO 30 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO CONTROLE DE RECEÇÃO DOCUMENTOS E REGISTOS ASSOCIADOS: Critérios de Aceitação à Receção; Registo de Receção; Registo de Produto Não Conforme 31 CONDIÇÕES E CONTROLE DA RECEÇÃO RECEÇÃO DE PRODUTOS Mesmo que todas as precauções sejam tomadas na aquisição de mercadorias deve-se ter presente que elas NÃO chegam estéreis, salvo raras exceções, pelo contrário estão contaminadas com diversos tipos de microrganismos que possuem a capacidade de provocar doenças alimentares! Assim, quando são recebidas e inspecionadas devem ser rapidamente armazenadas conforme a sua natureza. 32 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS À TEMPERATURA AMBIENTE 33 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZÉM 34 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZÉM A arrumação dos produtos deve ser em prateleiras ou estrados; Os produtos não devem estar diretamente encostados à parede e/ou teto, nem assente no chão. Promove bom arejamento e higiene, Impede desenvolvimento de pragas e acumulação de humidade PORQUÊ? 35 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZÉM Todos os produtos devem estar arrumados e ordenados por famílias (Promover rotação de Stock) e cada local deverá estar identificado; Os produtos alimentares devem ser armazenados separadamente de produtos não alimentares 36 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZÉM Os primeiros produtos a entrar (ou os de validade mais curta), são os primeiros a sair, e por este motivo devem também ser colocados à frente [metodologia FIFO- first in first out (primeiro a entrar primeiro a sair)] Quando uma embalagem é, acidentalmente, rompida deverá ser gasta em primeiro lugar mesmo que a sua data de validade seja superior à de outras embalagens existentes. [metodologia LIFO – last in first out (último a entrar primeiro a sair)] 37 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZENAMENTO Os rótulos devem estar virados para a frente, permitindo a sua leitura fácil. Todos os produtos devem estar rotulados; Verificar periodicamente o estado das embalagens e dos próprios produtos; Acondicionamento correto, alimentos protegidos com tampas ou plástico protetor apropriados de grau alimentar e conter respetivo símbolo; As embalagens que foram abertas devem estar claramente identificadas com a data de abertura. 38 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZENAMENTO O produto acabado não deve ser armazenado com outros materiais; Os géneros a granel em pó ou em grão deverão ser armazenados em recipientes próprios, hermeticamente fechados; Produtos impróprios para consumo devem ser devidamente assinalados e separados de outros produtos; Os produtos mais pesados e as garrafas devem ser colocados nas prateleiras inferiores; Os tubérculos (batatas, cebolas,…) devem ser acondicionados numa zona própria e colocada sobre estrados ou recipientes que permitam a circulação de ar 39 ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE ARMAZENAMENTO NÃO ALIMENTAR Separado dos Alimentares; Os produtos e utensílios de limpeza / desinfeção devem ser armazenados num compartimento diferente, sem qualquer género alimentício. - Este compartimento deve ser fechado, ventilado e identificado. 40 NÃO CONFORMIDADES ARMAZENAMENTO À TEMPERATURA AMBIENTE 41 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO 42 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO O FRIO PERMITE: Conservar os alimentos durante um período que poderá ir de dias a um ano, conforme o produto e a técnica aplicada; Poupar tempo e trabalho, visto poderem ser preparados maiores quantidades de alimentos, utilizando parte destes e congelando os restantes, que estarão aptos a ser usados rapidamente em qualquer ocasião. 43 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO O FRIO PERMITE: Poupar dinheiro visto ser possível em qualquer altura do ano consumir alimentos comprados no momento da colheita, época em que são mais saborosos, nutritivos e baratos; Ter sempre à disposição uma grande gama de alimentos em boas condições higiénicas e de bom valor nutritivo, facilitando a programação das refeições mais variadas, apetitosas e racionais 44 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO O FRIO PERMITE: O frio não tem praticamente nenhuma acção negativa sobre o valor nutritivo dos alimentos É o processo de conservação que melhor mantém as qualidades organolépticas (cor, forma, textura, odor, sabor) e nutritivas dos alimentos ao longo do tempo, desde que se respeitem naturalmente os prazos de conservação (quando bem conduzido). Só os alimentos sãos e de boa qualidade devem ser refrigerados Produtos sãos desde o PRINCÍPIO Os alimentos devem ser submetidos ao frio o mais rapidamente possível após a sua produção Frio PRECOCE Os alimentos refrigerados devem ser mantidos numa rede de frio contínua até ao consumidor Frio PERMANENTE 45 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO REGRA DOS 3 P’S 46 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO REFRIGERAÇÃO - EXEMPLOS Carne e peixe frescos durante 4 a 5 dias, depois de convenientemente limpos e acondicionados em caixas de plástico com fundo gradeado, para evitar que os alimentos fiquem em contacto com o líquido que vai escorrendo; Ovos (se frescos) permanecem em bom estado no frigorífico durante 10 a 25-30 dias; Legumes e frutas conservam-se bem durante 4 a 5 dias; Vísceras e carne picada devem ser utilizadas imediatamente e, se tal não for possível, num prazo máximo de 2horas. 47 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO TEMPERATURAS DE ARMAZENAMENTO Carne e peixe refrigerados: entre 0ºC e 2ºC; Produtos em descongelação; lacticínios, charcutaria: entre 0ºC e +5ºC; Frutas e legumes: entre +4ºC e 8ºC (nalguns casos até 12ºC) 48 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO USO CORRETO DOS REFRIGERADORES Devem ser colocados em áreas bem ventiladas, longe de fontes de calor e protegidas de raios solares; As vedações das portas devem ser mantidas em boas condições; Devem possuir um visor para se poder controlar a temperatura; Devem limpos periodicamente de acordo com as instruções do fabricante 49 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO A arrumação de alimentos deve ser organizada e identificada por grupos de diferentes famílias(carne, peixe, legumes). Evita contaminações cruzadas e promove rotação do stock 50 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Evitar a transmissão de cheiros: Alimentos que transmitem odores: bacalhau, peixe, charcutaria, laranjas, limões, cebolas, etc.; Alimentos que captam odores: ovos, leite, lacticínios. Evitar armazenar/acondicionar produtos incompatíveis, nomeadamente os que transmitem e os que captam odores 51 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Os alimentos devem ser arrumados nos equipamentos de forma a permitir que o ar frio circule entre os alimentos aí colocados e mantendo a temperatura constante em todos os pontos do alimento Não encher excessivamente as prateleiras http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://images02.olx.pt/ui/2/48/01/21634701_1.jpg&imgrefurl=http://cascais.olx.pt/reparacao-em-frigorificos-maq-de-lavar-secar-esquentadores-cascais-sintra-937030287-iid-21634701&usg=__iFE7KKW_Hksb_txAIQxNnDOWJJ8=&h=625&w=525&sz=52&hl=pt-PT&start=20&um=1&tbnid=oRRo4_OvmyqgcM:&tbnh=136&tbnw=114&prev=/images?q=frigorificos&hl=pt-PT&rlz=1W1GFRE_pt-PT&um=1 52 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Os stocks de matérias-primas e ingredientes devem ser sujeitos a uma rotação eficaz, para que os prazos de validade/limite de consumo dos mesmos não expirem, seguindo a metodologia PAPS (Primeiro a Acabar, Primeiro a Sair). Para as matérias-primas e ingredientes em que o referido não seja aplicável, deve-se seguir a metodologia PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair). UTILIZAR PRIMEIRO OS ALIMENTOS MAIS ANTIGOS 53 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Assegurar que os alimentos crus estão separados dos alimentos já confeccionados. Quando não for possível o armazenamento em câmaras ou armários distintos, deverão referenciar com sinalética adequada as prateleiras de forma a permitir sectorizar o mais possível a armazenagem destes produtos, evitando contaminações cruzadas. 54 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Os produtos acabados ou prontos para consumo devem ser acondicionados sempre em prateleiras superiores devidamente protegidos. Os restantes produtos devem estar acondicionados em embalagens próprias devidamente tapados e nas prateleiras inferiores, minimizando o risco de contaminações. Não devem colocar alimentos por baixo das caixas de ventoinhas nas câmaras, uma vez que estas podem acumular condensação podendo cair sobre os alimentos. 55 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Os alimentos NUNCA devem ser armazenados dentro sacos opacos, sacos de plásticos sujos, molhados ou "de supermercados" e caixas/estrados de papelão ou de madeira. Assegurar que todos os recipientes a usar estão secos e limpos. Deve executar um acondicionamento correto, no qual todos os alimentos devem estar permanentemente protegidos com tampas ou plástico protetor apropriados de grau alimentar, para evitar perda de humidade, transferência de odores ou contaminação cruzada. 56 REFRIGERAÇÃO E ARMAZENAMENTO REFRIGERADO ARMAZENAMENTO REFRIGERADO Nunca introduzir alimentos quentes nos equipamentos. (para que não aumentem a humidade e a temperatura interior do equipamento, prejudicando a conservação dos que já lá se encontram) Se os alimentos não forem para consumo imediato, devem ser arrefecidos até 10ºC no máximo em 2 horas e posteriormente conservados abaixo de 5ºC. (USAR ABATEDOR DE TEMPERATURA) As latas abertas não devem ser armazenadas no frigorífico para evitar ataques ácidos, especialmente se contiverem sumos de fruta ou tomates. O conteúdo que não foi usado deve ser guardado noutro recipiente (ex.: um tupperware) 57 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS CONGELAÇÃO VS DESCONGELAÇÃO 58 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS CORRETA CONGELAÇÃO CONGELAÇÃO RÁPIDA Os géneros alimentícios devem atingir, em todos os seus pontos, a temperatura desejada o mais rapidamente possível e em condições de humidade e ventilação adequadas e controladas, para preservar a qualidade do produto submetido a este método de conservação, designado como ultracongelação. (Artigo 2º, n.º 1 do D. Lei n.º 251/91 de 16 de Julho) 59 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS REGRAS DE CONGELAÇÃO 1ª Regra: Escolha dos Produtos → Géneros sãos de muito boa qualidade, frescos e limpos. 2ª Regra: Preparação → Os alimentos devem ser separados das partes inúteis (vísceras, cascas, etc.) 3ª Regra: Acondicionamento e embalagem → A congelação deve ser feita em porções adaptadas às necessidades diárias. → A embalagem deve ser impermeável ao ar e não deve tornar-se frágil ou quebradiça quando sujeita a temperaturas negativas. → A espessura das embalagens não deve ultrapassar os 5mm, para que o frio penetre rapidamente 60 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS REGRAS DE CONGELAÇÃO 4ª Regra: Rotulagem e Etiquetagem → Todas as embalagens devem ser corretamente rotuladas de modo a permitir uma rápida identificação dos produtos e de forma a permitir uma correta rotação de stocks. 5ª Regra: Inventário → Deve-se ter a noção exata de todo o conteúdo do congelador, por isso é necessário fazer um inventário. Só assim se poderá saber com exatidão e de forma rápida quais os produtos disponíveis e os que estão em falta, os que estão no prazo limite de congelação e os que deverão ser consumidos em primeiro lugar. 61 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS Não deve haver flutuações de temperatura devendo, por isso, evitar-se a abertura frequente das câmaras de frio; Devem ser seguidas as mesmas regras de armazenamento de refrigerados, já referidas. Conservação de congelados: Temperatura inferior a -18ºC 62 Para que os alimentos conservem as suas qualidades nutricionais e o seu estado higiénico é indispensável não só uma boa congelação como também uma boa descongelação; Se a descongelação for mal realizada o teor em vitaminas e sais minerais dos produtos vai ser largamente afetado (diminuído). ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS DESCONGELAÇÃO 63 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS DESCONGELAÇÃO Os produtos congelados devem ser passados para a câmara de refrigeração, depois de retirar a embalagem externa (caso a possuam) e ser colocados em recipientes fechados ou devidamente cobertos; A descongelação deve efetuar-se à temperatura de refrigeração (de 0 a + 4ºC); Os produtos devem ser colocados a descongelar com a devida antecedência, sendo que podem ser necessárias 72h para a descongelação de grandes peças de carne ou de peixe 64 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS DESCONGELAÇÃO Os produtos descongelados, em particular os de origem animal e principalmente pescado, devem ser utilizados no prazo máximo de 24h; Sempre que se coloca um alimento a descongelar, deve evitar-se que a água e sucos que são libertados neste processo se acumulem pois constituem um meio rico e nutritivo para o desenvolvimento de bactérias Devem portanto usar-se recipientes próprios em que os líquidos escorram e se acumulem nofundo, não estão em contacto direto com o alimento. 65 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS DESCONGELAÇÃO Idealmente, a descongelação deveria ser feita em câmaras diferentes no caso das carnes e pescado; quando isso não é possível devem acondicionar-se os alimentos em caixas devidamente rotuladas e colocá-los em prateleiras diferentes. Depois da descongelação todos os recipientes e materiais usados devem ser lavados e desinfetados. Caso seja necessária uma descongelação rápida pode ser usado o micro- ondas. Quando tal não for possível, podem colocar-se os alimentos a descongelar em água fria (cerca de 20ºC), potável, por um período não superior a 4 h. 66 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS DESCONGELAÇÃO No caso de proceder à descongelação em micro-ondas, o alimento deve ser imediatamente confecionado. Não se deve descongelar nenhum alimento à temperatura ambiente ou em água quente. A descongelação em água deve realizar-se apenas quando as outras opções são inviáveis, não esquecendo que existe perigo de contaminação e perda de propriedades sensoriais do alimento. NÃO É PERMITIDO RECONGELAR UM PRODUTO PREVIAMENTE DESCONGELADO. 67 ARMAZENAMENTO DE PRODUTOS CONGELADOS MÉTODOS DE DESCONGELAÇÃO MÉTODO APLICAÇÃO Refrigeração Método mais indicado e seguro. Evita perda de nutrientes e preserva as características organolépticas do alimento. Micro-ondas Método indicado para a descongelação de alimentos quando estes se apresentam em pequenas porções. Água corrente fria T< 20ºC Este método não é aconselhável. Apenas serve de recurso em situações pontuais. O alimento quando sujeito a esta técnica deve estar completamente imerso em água, por um período de máximo 45 minutos, e embalado para que a perda de nutrientes seja minimizada. 68 ZONAS DE PREPARAÇÃO 69 ZONAS DE PREPARAÇÃO Locais onde são manipulados alimentos crus; Devem ser distintas das zonas onde são manipulados alimentos confecionados. 70 ZONAS DE PREPARAÇÃO Quando NÃO existem zonas separadas de preparação, deve ser assegurado que as preparações são realizadas em momentos diferentes e entre os quais se procede a uma higienização eficaz. CÓDIGO DE CORES Vermelho Carnes cruas Azul Pescado Verde Hortofrutículas Amarelo Aves Branco Lacticínios/Pão Bege Confeccionados 71 ZONAS DE PREPARAÇÃO Na preparação dos alimentos devem ser utilizados Utensílios / Zonas diferenciadas para: 72 ZONAS DE PREPARAÇÃO PREPARAÇÃO DOS ALIMENTOS Os alimentos deverão permanecer na “zona de perigo” (entre 4ºC e 63ºC) o menor tempo possível, apenas o estritamente necessário para a preparação, tendo a tarefa que ser realizada rapidamente e sem interrupções; Os alimentos devem ser colocados na câmara de refrigeração, devidamente acondicionados, após a sua preparação e até à sua confeção. HIGIENIZAR Hortícolas, Legumes, Frutas (a servir com casca) e Ervas Aromáticas 73 ZONAS DE PREPARAÇÃO 74 VÍDEO 75 TEMPO VS TEMPERATURA DE CONTROLO 76 TEMPO VS TEMPERATURA DE CONTROLO Mesmo que a temperatura seja elevada, se o tempo de confeção/fabrico não for suficiente, pode potenciar o crescimento de microrganismos suscetíveis de causar infeções. O mesmo se passa se o alimento não atingir uma temperatura elevada. ELIMINAÇÃO DE MICRORGANISMOS Durante a produção de alimentos é da maior importância controlar o tempo/ temperatura para a eliminação de microrganismos. http://images.google.pt/imgres?imgurl=http://www.csgnet.org/mop/Patologiasagentes_clip_image002.jpg&imgrefurl=http://www.csgnet.org/mop/Patologiasagentes.html&usg=__fd5ZXylW8YGx1y-poI0cmsSCOdY=&h=329&w=275&sz=17&hl=pt-PT&start=1&um=1&tbnid=HnvpmvnZVIhbsM:&tbnh=119&tbnw=99&prev=/images?q=microrganismos+alimentos&hl=pt-PT&rlz=1W1GFRE_pt-PT&um=1 77 VÍDEO Temperaturas de Controlo – Limites Críticos Confeção/Fabrico O centro térmico (interior) do alimento deve atingir uma destas combinações: ✓ 60ºC (45 min), ou ✓ 65ºC (10 min), ou ✓ 70ºC (2 min), ou ✓ 75ºC (30 seg), ou ✓ 80ºC (6 seg). Arrefecimento Os alimentos quentes deverão ser arrefecidos até os 10 ºC, isto no período máximo de 2horas, posteriormente devem ser acondicionados a temperaturas iguais ou inferiores a 4 ºC. Reaquecimento O centro térmico (interior) do alimento deve atingir 75ºC. Distribuição Os alimentos quentes devem ser mantidos a temperaturas superiores a 63ºC. Os alimentos frios devem ser mantidos a temperaturas inferiores a 7ºC. 78 TEMPO VS TEMPERATURA DE CONTROLO 79 ÓLEOS DE FRITURA 80 ÓLEOS DE FRITURA A qualidade dos óleos de fritura é importante na medida em que pode contaminar quimicamente os alimentos, uma vez que, degradam-se rapidamente quando são usados durante muito tempo; A utilização dos óleos para além da sua melhor qualidade pode dar origem à formação de químicos cancerígenos 81 ÓLEOS DE FRITURA Equipamento adequado – Fritadeira; Temperatura adequada – Superior a 150 ºC e inferior a 180ºC; Evitar o aquecimento do banho de fritura com antecedência; Filtrar após utilização/tapar; Não adicionar óleo novo ao usado; Controlar regularmente a qualidade dos óleo – Teste Rápido CUIDADOS NAS FRITURAS 82 ÓLEOS DE FRITURA CONTROLAR TEMPO E TEMPERATURA 83 ÓLEOS DE FRITURA FRITURAS Controlar a qualidade do óleo durante o seu uso, detetando precocemente os sinais de alteração: - Turvação dos óleos, que traduz estados de oxidação avançados - Formação de fumos a temperaturas inferiores a 170ºC; - Formação de espumas que está relacionada com o estado de oxidação do óleo - Odor a queimado, este cheiro desagradável traduz uma acidificação mais ou menos avançada - Acidificação do sabor que traduz o estado de alteração e aumento de viscosidade 84 MATERIAIS DE EMBALAGEM 85 MATERIAIS DE EMBALAGEM Os materiais de embalagem devem: adequar-se ao tipo de produto e às suas condições de armazenagem e transporte; proteger o produto de odores estranhos e da deterioração. Os materiais de embalagem NÃO devem: transmitir substâncias inadmissíveis além dos limites aceitáveis pelos regulamentos. 86 MATERIAIS DE EMBALAGEM Todos os materiais de embalagem devem ser armazenados em boas condições de higiene e limpeza; Só os materiais de embalagem destinados a uma utilização imediata podem ser mantidos na zona de embalamento ou enchimento. 87 MATERIAIS DE EMBALAGEM Os materiais de embalagem de produtos alimentares devem ser de grau alimentar e conter o respetivo símbolo de copo e garfo ou de uma menção “ para contacto com alimentos” Regulamento (CE) nº 1935/2004 do Conselho, 27/10/2004 DECLARAÇÃO DE CONFORMIDADE 88 ATIVIDADE