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Este material está protegido por direitos autorais (Lei nº 9.610/98), sendo 
vedada a reprodução, distribuição ou comercialização de qualquer informação 
ou conteúdo dele obtido, em qualquer hipótese, sem a autorização expressa 
de seus idealizadores. O compartilhamento, a título gratuito ou oneroso, leva 
à responsabilização civil e criminal dos envolvidos. Todos os direitos estão 
reservados.
Além da proteção legal, este arquivo possui um sistema GTH anti-tem-
per baseado em linhas de identificação criadas a partir do CPF do usuário, 
gerando um código-fonte que funciona como a identidade digital oculta do 
arquivo. O código-fonte tem mecanismo autônomo de segurança e proteção 
contra descriptografia, independentemente da conversão do arquivo de PDF 
para os formatos doc, odt, txt entre outros.
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DIREITO EMPRESARIAL
1 – Do Direito de Empresa. Do Empresário. Da caracterização e da inscrição. Da capacidade.
 Î EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
INSCRIÇÃO 
DO 
EMPRESÁRIO
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercan-
tis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Empresário individual ou Sociedade empresária precisam se registrar na Junta Comercial 
antes de iniciar suas atividades, sob pena de exercer sua empresa irregularmente.
Consequência pelo não registro: será considerado empresário e se submeterá às regras 
do regime jurídico empresarial, embora esteja irregular, e sofrerá algumas consequências 
jurídicas (ex. impossibilidade de requerer recuperação judicial – art. 48, Lei 11.101/1005).
INSCRIÇÃO 
DO 
EMPRESÁRIO 
RURAL
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário 
rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
O empresário rural não precisa promover sua inscrição na Junta Comercial, sendo, portanto, 
facultativa. Caso deseje, poderá requerer sua inscrição na Junta Comercial, quando ficará 
equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro (art. 971, CC).
VEDAÇÕES AO EXERCÍCIO DE EMPRESA
Os que não estão no pleno gozo da capacidade 
civil (exceção: exercício de atividade empresarial 
por incapaz, mediante autorização judicial, para 
continuidade – art. 974 do CPC)
Os legalmente impedidos
a) Art. 1011, §1º do CC: condenados a certos crimes
relacionados na norma;
b) Art. 117, X da Lei 8112/90: servidores públicos fe-
derais;
c) Art. 36, I da LC 35/79 – LOMAN: magistrados;
d) Art. 44, III da Lei 8625/93: membros do Ministério
Público;
e) Art. 29 da Lei 6880/80: militares
NOME 
EMPRESARIAL
FIRMA
Deve conter o nome civ-
il do empresário ou dos 
sócios da sociedade em-
presária e pode conter ra-
mos de atividade
Serve de assi-
natura do em-
presário
Contrata assi-
nando o nome 
empresarial
DENOMINAÇÃO
Deve designar o objeto 
da empresa e pode adot-
ar nome civil ou qualquer 
outra expressão
Não serve de 
assinatura do 
empresário
Contrata assi-
nando com o 
nome civil do 
representante
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NOME 
EMPRESARIAL
FIRMA
Empresário individual
Sociedade em nome coletivo
Sociedade em comandita simples
DENOMINAÇÃO Sociedade anônima
FIRMA OU 
DENOMINAÇÃO
Sociedade limitada
Sociedade em comandita por ações
2 - Da Sociedade. Disposições gerais. Da sociedade não personificada. Da sociedade em comum. Da 
sociedade em conta de participação. Da sociedade personificada. Da sociedade simples. Da sociedade 
em nome coletivo. Da sociedade em comandita simples. Da sociedade limitada. Da sociedade anônima. 
Da sociedade em comandita por ações. Da sociedade cooperativa. Das sociedades coligadas.
 Î TEORIA GERAL DO DIREITO SOCIETÁRIO
#VEMDETABELINHA
RELAÇÃO TIPO DE RESPONSABILIDADE
RESPONSABILIDADE 
DO SÓCIO NA 
SOCIEDADE COMUM
Sócio x sociedade
Subsidiária e ilimitada (será 
solidária, se contratou pela socie-
dade) – art. 990, CC,
Sócio x sócio
Solidária
RESPONSABILIDADE 
DO SÓCIO NA 
SOCIEDADE 
EM CONTA DE 
PARTICIPAÇÃO
A responsabilidade é ilimitada (art. 994, CC).
Somente o sócio ostensivo é quem responde perante terceiro (art. 993, parágrafo 
único, CC).
O sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com 
terceiros, sob pena de responder solidariamente com este pelas obrigações em que 
intervier.
O participante só tem responsabilidade perante o ostensivo e nos limites do contra-
to.
SOCIEDADE SIMPLES
Sócio x sociedade
Subsidiária: os bens particulares 
dos sócios não podem ser exe-
cutados por dívidas da sociedade, 
senão depois de executados os 
bens sociais (art. 1024, CC) – 
benefício de ordem.
Sócio x sócio Solidária
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SOCIEDADE EM NOME 
COLETIVO
Art. 1.039. Somente pessoas físicas podem tomar parte na sociedade em nome co-
letivo, respondendo todos os sócios, solidária e ilimitadamente, pelas obrigações 
sociais.
SOCIEDADE EM 
COMANDITA SIMPLES 
(ART. 1.045, CC)
Comanditado (Somente pessoa física)
Responsabilidade ilimitada.
OBS: só ele pode ser administra-
dor e só em seu nome pode con-
star a firma.
Comanditário
(Pessoa física ou jurídica) Responsabilidade limitada
SOCIEDADE LIMITADA
Limitada: na sociedade limitada, a responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor 
de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital 
social (art. 1052, CC).
SOCIEDADE EM 
COMANDITA POR 
AÇÕES
Art. 1.091. Somente o acionista tem qualidade para administrar a sociedade e, como 
diretor, responde subsidiária e ilimitadamente pelas obrigações da sociedade.
SOCIEDADE 
COOPERATIVA
Art. 1.095. Na sociedade cooperativa, a responsabilidade dos sócios pode ser limitada 
ou ilimitada (responsabilidade mista).
2.1. Sociedade anônima. 
14 - Das Sociedades por Ações (Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976).
 Î SOCIEDADES ANÔNIMAS
- Ela é sempre empresária por força lei, independentemente do seu objeto social. Caberá ao estatuto social da
companhia a definição precisa e completa do seu objeto social. Por serem sociedades institucionais ou estatutárias,
elas serão sempre sociedades de capital.
- Poderá ser de duas modalidades:
• Por subscrição pública: impõe-se para as sociedades abertas;
• Por subscrição particular: aplica-se às sociedades anônimas que não oferecerão ao público suas ações.
- Requisitos preliminares para a sua constituição:
• Subscrição de pelo menos duas pessoas, de todas as ações em que se divide o seu capital social. A subscrição
é irretratável;
• Realização, como entrada, em dinheiro, de 10%, no mínimo, do preço de emissão das ações subscritas. Nas
instituições financeiras essa porcentagem é de 50%.
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• O fundador terá 5 dias, contados do recebimento das quantias, em nome do subscritor e a favor da socie-
dade, para fazer o depósito no estabelecimento bancário autorizado pela CVM.
• Arquivamento do estatuto social da empresa na Junta comercial e publicação pela imprensa de seus atos
constitutivos.
• Transferência para a companhia, por transcrição no registro público competente, dos bens com que o subs-
critor tenha contribuído para a formação do capital social.
- Órgãos principais:
1. ASSEMBLEIA GERAL: é o órgão supremo da companhia. Podendo ser:
• Assembleia geral ordinária (AGO): deverá ocorrer anualmente, nos quatro primeiros meses seguintes ao tér-
mino do exercício social da empresa, e deverá abranger as seguintes matérias:
 Î Tomada de contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras;
 Î Deliberação sobre a destinação do lucro líquido do exercício e distribuição de dividendo;
 Î Eleição dos administradores e dos membros do Conselho Fiscal, quando for o caso;
 Î Aprovação de correção da expressão monetária do capital social.
• Assembleia geralextraordinária (AGE): pode ocorrer a qualquer tempo, e serve para a deliberação de qual-
quer outra matéria que não seja de competência privativa da assembleia-geral ordinária. A AGE que tiver por
objeto a reforma do estatuto somente se instalará com a presença de acionistas que representem 2/3, no
mínimo, do capital com direito a voto. Em segunda convocação, instalar-se-á com qualquer número.
2. CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO: é um órgão de deliberação colegiada a quem compete, principalmente,
fixar a orientação geral dos negócios da companhia e fiscalizar a gestão dos diretores. É composto por, no mínimo,
3 membros, acionistas, eleitos pela AGE e por ela destituíveis a qualquer tempo, com mandato de no máximo 3
anos, permitida a reeleição. Somente é obrigatório nas sociedades anônimas abertas (que negociam suas ações na
bolsa ou no mercado de capitais), nas de capital autorizado (têm autorização de aumento de capital no estatuto,
sem necessidade de assembleia para deliberação) e nas sociedades de economia mista.
3. DIRETORIA: é a responsável pela representação da companhia e pela prática dos atos necessários ao seu fun-
cionamento regular. É obrigatória em todas as sociedades anônimas. Os diretores podem ou não ser acionistas,
exigindo a lei que se trate de pessoa residente no país e que sejam pessoas naturais. Ela é composta por dois ou
mais diretores, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pelo Conselho de Administração, ou se, inexistente, pela
assembleia-geral, com mandato nunca superior a 3 anos, permitida a reeleição.
4. CONSELHO FISCAL: é obrigatória a existência nas sociedades anônimas, mas, o seu funcionamento pode não
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ser permanente, restringindo-se aos exercícios sociais em que for instalado a pedido dos acionistas. Sua atribuição 
é a fiscalização dos atos de administração da sociedade. Os conselheiros podem ou não ser acionistas. Serão, no 
mínimo, 03 e no máximo, 05 conselheiros.
- Direitos dos acionistas:
- ESSENCIAIS (não podem ser retirados do acionista) ou NÃO-ESSENCIAIS (direito de voto é dessa natureza, tanto
que existem ações sem esse direito garantido).
- ESSENCIAIS:
• Participação nos lucros (qualquer cláusula que retire esse direito é nula, sendo chamada de cláusula leonina;
entretanto, esse direito pode ser reduzido ou ampliado).
• Preferência (a subscrição de novas ações; no caso de bônus há uma mitigação).
• Fiscalização (podem os acionistas, por meio do Conselho Fiscal, fiscalizar a administração da sociedade e por
meio da assembleia-geral, que é responsável pela aprovação das contas da sociedade).
• Participação no acervo societário (em caso de liquidação da sociedade, que consiste na apuração do ativo
para pagar o passivo, o que resta deve ser dividido entre todos os acionistas, com base no valor patrimonial
das suas ações).
• Retirada (o acionista pode sair da sociedade; não a qualquer tempo, mas, sim, se houver dissidência com
relação às deliberações constantes no artigo 137, sendo reembolsado pela sociedade, pelo valor nominal
das ações; não é o simples desejo de sair da sociedade, pelo fim da “affectio societate”, caso isso ocorra deve
procurar negociar suas ações).
4 - Do Estabelecimento. Disposições gerais.
• Pontos importante sobre o tema:
1. Distinção entre estabelecimento e ponto empresarial: enquanto o primeiro é o conjunto de bens
destinados ao exercício da empresa, o segundo é o lugar de exercício da atividade empresarial.
2. Distinção entre estabelecimento empresarial e patrimônio: o ''segredo'' é ter em mente que o patri-
mônio abrange bens que não são destinados ao exercício da empresa.
3. Conceito de aviamento, que se refere à capacidade de geração de lucro da empresa, representan-
do o valor agregado ao estabelecimento empresarial em razão de sua organização.
4. Conceito e requisitos do trespasse, que corresponde à alienação do estabelecimento empresarial.
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5 - Dos Institutos Complementares: Do registro. Do nome empresarial. Dos prepostos. Da escrituração.
6 - Do registro. Do nome empresarial. Dos prepostos. Da escrituração.
 Î REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS (Lei 8.934/1994)
Art. 53. As alterações contratuais ou estatutárias poderão ser efetivadas por escritura pública ou particular, inde-
pendentemente da forma adotada no ato constitutivo.
Art. 54. A prova da publicidade de atos societários, quando exigida em lei, será feita mediante anotação nos regis-
tros da junta comercial à vista da apresentação da folha do Diário Oficial, ou do jornal onde foi feita a publicação, 
dispensada a juntada da mencionada folha.
Art. 59. Expirado o prazo da sociedade celebrada por tempo determinado, esta perderá a proteção do seu nome 
empresarial.
Art. 60. A firma individual ou a sociedade que não proceder a qualquer arquivamento no período de dez anos 
consecutivos deverá comunicar à junta comercial que deseja manter-se em funcionamento.
§ 1º Na ausência dessa comunicação, a empresa mercantil será considerada inativa, promovendo a junta comer-
cial o cancelamento do registro, com a perda automática da proteção ao nome empresarial.
§ 2º A empresa mercantil deverá ser notificada previamente pela junta comercial, mediante comunicação direta ou
por edital, para os fins deste artigo.
§ 3º A junta comercial fará comunicação do cancelamento às autoridades arrecadadoras, no prazo de até dez dias.
§ 4º A reativação da empresa obedecerá aos mesmos procedimentos requeridos para sua constituição.
Art. 63. Os atos levados a arquivamento nas juntas comerciais são dispensados de reconhecimento de firma, ex-
ceto quando se tratar de procuração.
Art. 64. A certidão dos atos de constituição e de alteração de sociedades mercantis, passada pelas juntas comerciais 
em que foram arquivados, será o documento hábil para a transferência, por transcrição no registro público com-
petente, dos bens com que o subscritor tiver contribuído para a formação ou aumento do capital social.
EMPRESÁRIO
REGISTRO PÚBLICO DE EMPRESAS MERCANTIS 
(JUNTA COMERCIAL)
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
SOCIEDADE SIMPLES REGISTRO CIVIL DAS PESSOAS JURÍDICAS
Art. 1.151. O registro dos atos sujeitos à formalidade exigida no artigo antecedente será requerido pela pessoa 
obrigada em lei, e, no caso de omissão ou demora, pelo sócio ou qualquer interessado.
§ 1o Os documentos necessários ao registro deverão ser apresentados no prazo de trinta dias, contado da
lavratura dos atos respectivos.
§ 2o Requerido além do prazo previsto neste artigo, o registro somente produzirá efeito a partir da data
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de sua concessão.
§ 3o As pessoas obrigadas a requerer o registro responderão por perdas e danos, em caso de omissão ou demora.
Art. 1.153. Cumpre à autoridade competente, antes de efetivar o registro, verificar a autenticidade e a legiti-
midade do signatário do requerimento, bem como fiscalizar a observância das prescrições legais concernentes 
ao ato ou aos documentos apresentados.
Parágrafo único. Das irregularidades encontradas deve ser notificado o requerente, que, se for o caso, poderá 
saná-las, obedecendo às formalidades da lei.
Art. 1.154. O ato sujeito a registro, ressalvadas disposições especiais da lei, não pode, antes do cumpri-
mento das respectivas formalidades, ser oposto a terceiro, salvo prova de que este o conhecia.
Parágrafo único. O terceiro não pode alegar ignorância, desde que cumpridas as referidas formalidades.
#SELIGA #DIZERODIREITO1:
DREI (antigo DNRC) Juntas Comerciais
O Departamento de Registro Empresarial e Inte-
gração (DREI) é o órgão central do sistema e fica 
localizado em Brasília.
Trata-se de um órgão federal, ligado à Secretar-
ia da Micro e Pequena Empresa da Presidência da 
República.
A principal função do DREI é a de estabelecer nor-
mas que devem ser observadas no registro das em-
presas, supervisionando e coordenando essas re-
gras, no plano técnico.
Vale ressaltar queo DREI substituiu o antigo DNRC 
(Departamento Nacional de Registro do Comércio).
Em cada Estado-membro existe uma Junta Comer-
cial (chamada de “órgão local” do sistema de Regis-
tro de Empresas Mercantis).
Trata-se de órgão vinculado e mantido pelo Gover-
no do Estado. (#ATENÇÃO!)
Tem a função de executar e de administrar os serviços 
relacionados com o registro das empresas. É quem, 
na prática, registra os empresários e as sociedades 
empresárias, cumprindo o regramento estabelecido 
pelo antigo DNRC.
Em matéria ADMINISTATIVA Em matéria TÉCNICA
As juntas comerciais subordinam-se administra-
tivamente ao Governo do Estado
Tecnicamente, as juntas comerciais são subordi-
nadas ao DREI
8 - Da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 
2006). Empresa Individual de Responsabilidade Limitada – EIRELI (Lei nº 12.441/2011).
• Tenha em mente que a legislação brasileira denomina “empresário” o gênero do qual são espécies o empre-
sário individual, a sociedade empresária e a EIRELI. O Código Civil às vezes utiliza a palavra como gênero (art.
966) e em outras ocasiões como espécie (art. 1.150).
• O enunciado 468 da V Jornada de Direito Civil do CJF descreve que a EIRELI só pode ser constituída por
1 Ambas as tabelas foram extraídas do site Dizer o Direito.
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pessoa natural. Por outro lado, a Instrução Normativa 38/2017 do Departamento de Registro Empresarial e 
Integração – DREI expressamente passou a admitir que pessoa jurídica seja titular de EIRELI. Tratando-se de 
matéria ainda polêmica, é muito improvável que a FCC a coloque na prova objetiva, porém, se for cobrada, 
recomenda-se responder de acordo com a norma aprovada pelo DREI.
 Î EMPRESA INDIVIDUAL DE RESPONSABILIDADE LIMITADA
- CONCEITO: É uma nova pessoa jurídica de direito privado (associações, sociedade, EIRELI) constituída por
um único titular, que responde limitadamente pelo resultado da empresa. Conforme vimos acima, a responsabi-
lidade do empresário individual é ilimitada. A ideia do legislador, ao criar a EIRELI, foi permitir justamente que uma
única pessoa pudesse exercer a empresa com responsabilidade limitada.
- CAPITAL MÍNIMO: A lei exige capital mínimo (igual ou superior a 100 vezes o valor do maior salário mínimo
vigente no país) para a sua constituição.
- NOME EMPRESARIAL: pode usar tanto firma quanto denominação.
- LIMITAÇÃO DE CONSTITUIÇÃO:O § 2.º do art. 980-A do CC diz que “a pessoa natural que constituir empresa
individual de responsabilidade limitada somente poderá figurar em uma única empresa dessa modalidade”.
#CURIOSIDADE #VAIQUE... 
Em agosto de 2018, o DREI editou a Instrução Normativa nº 47, alterando algumas disposições sobre a EIRELI, 
contidas em seu Manual de Registro de Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Vejam o teor dessas 
alterações (#ATENÇÃO para o que conflita com a redação do CC):
“1.2 ORIENTAÇÕES E PROCEDIMENTOS A Empresa Individual de Responsabilidade Limitada - EIRELI poderá ser 
constituída tanto por pessoa natural quanto por pessoa jurídica, nacional ou estrangeira. Quando o titular da 
EIRELI for pessoa natural deverá constar do corpo do ato constitutivo cláusula com a declaração de que o seu cons-
tituinte não figura em nenhuma outra empresa dessa modalidade. A pessoa jurídica pode figurar em mais de 
uma EIRELI. (NR)
1.2.3 CLÁUSULAS OBRIGATÓRIAS DO ATO CONSTITUTIVO
j) Declaração de que o seu constituinte não figura em nenhuma outra empresa dessa modalidade, se o
titular for pessoa natural. (NR)
1.2.5 CAPACIDADE PARA SER TITULAR DE EIRELI 
Pode ser titular de EIRELI, desde que não haja impedimento legal: a) O maior de 18 (dezoito) anos, brasileiro(a) ou 
estrangeiro(a), que estiver em pleno gozo da capacidade civil; b) O menor emancipado; - A prova da emancipação do 
menor deverá ser comprovada exclusivamente mediante a apresentação da certidão do registro civil, a qual deverá 
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instruir o processo ou ser arquivada em separado. c) A pessoa jurídica nacional ou estrangeira; d) O incapaz, desde 
que exclusivamente para continuar a empresa, nos termos do art. 974 do Código Civil e respeitado o disposto no 
item 1.2.6-A deste manual. Observação: A capacidade dos índios é regulada por lei especial (Estatuto do Índio). (NR)
1.2.6-A IMPEDIMENTO PARA CONSTITUIR EIRELI 
Não pode constituir EIRELI o incapaz, mesmo representado ou assistido.
3.2.5 AUMENTO DE CAPITAL 
O capital poderá ser aumentado a qualquer momento, contudo, deve ser inteira e imediatamente integralizado (art. 
980-A do CC). Essa condição deve ser declarada na alteração do ato constitutivo. Quando da deliberação para au-
mento de capital da EIRELI, devem ser observadas as disposições constantes do item 1.2.9 deste manual. (NR) 3.2.6
ALTERAÇÃO DE TITULARIDADE
A alteração de titularidade da EIRELI deve ser formalizada mediante alteração do ato constitutivo. Na hipótese, a 
alteração deverá conter cláusula com a declaração de que o novo titular, se for pessoa natural, não figura 
em nenhuma empresa dessa modalidade, assim como cláusula de desimpedimento para o exercício da adminis-
tração, ou declaração em separado, se for o caso. (NR)”
#ATENÇÃO: MP DA LIBERDADE ECONÔMICA
Art. 980-A. § 7º Somente o patrimônio social da empresa responderá pelas dívidas da empresa individual de res-
ponsabilidade limitada, hipótese em que não se confundirá, em qualquer situação, com o patrimônio do titular que 
a constitui, ressalvados os casos de fraude. (Incluído pela Medida Provisória nº 881, de 2019)
9 - Da Letra de Câmbio e da Nota Promissória (Decreto nº 2.044, de 31 de dezembro de 1908, Decreto nº 
57.663, de 24 de janeiro de 1966).
10 - Do Cheque (Lei nº 7.357, de 02 de setembro de 1985). Da Duplicata (Lei nº 5.474, de 18 de julho 
de 1968).
11 - Do Protesto de Títulos (Lei nº 9.492, de 10 de setembro de 1997).
12 - Dos Títulos de Crédito Comercial (Lei nº 6.840, de 03 de novembro de 1980).
13 - Dos Títulos de Crédito Rural (Decreto Lei nº 167, de 14 de fevereiro de 1967 e Lei nº 11.076 de 30 
de dezembro de 2004).
• Quanto aos títulos de crédito, é importante destacar que não existe aceite no cheque, bem como que se
trata de título de crédito que constitui uma forma de pagamento à vista e, inclusive, a lei é expressa em es-
tabelecer que qualquer cláusula em sentido contrário é encarada como não escrita. Contudo, é cediço que
é prática comum em nosso país a emissão de cheque pós-datado, o que resultou na edição do enunciado
370 da súmula do STJ, de leitura obrigatória: “Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque
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pré-datado”.
• Atente que o prazo prescricional para executar o cheque é de seis meses após o prazo de apresentação (30
ou 60 dias, conforme a praça), cabendo ressaltar que, passado esse prazo, ainda existe a possibilidade de
propositura de ação monitória, no prazo de cinco anos.
• A duplicata, por sua vez, é um título criado no Brasil para facilitar operações entre empresários. Trata-se de
título causal, pois somente é emitido em razão de compra e venda mercantil ou prestação de serviços.
• Diferentemente do cheque, na duplicata, o aceite é obrigatório.
 Î TÍTULOS DE CRÉDITO
Antes da nossa revisão em tabelas, vamos de Jurisprudência em Tese! #FALASTJ
- Os títulos de crédito com força executiva podem ser cobrados por meio de processo de conhecimento,
execução ou ação monitória.
Vejam a fundamentação dessa tese: “Na espécie, o tribunal de origem entendeu que o autor era carecedor de inte-
resse de agir por inadequação da via eleita, uma vez que, sendo possível o procedimento executório de títulos extra-
judiciais (notas promissórias), descaberia a via da ação monitória. No entanto, assim como a jurisprudência do STJ é 
firme quanto à possibilidade de propositura de ação de conhecimento pelo detentor de título executivo - não havendo 
prejuízo aoréu em procedimento que lhe faculta diversos meios de defesa -, por iguais fundamentos o detentor de 
título executivo extrajudicial poderá ajuizar ação monitória para perseguir seus créditos, ainda que também o pudes-
se fazer pela via do processo de execução.”
- O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do devedor principal do título de crédito prescrito
é quinquenal nos termos do art. 206, § 5º, I, do Código Civil, independentemente da relação jurídica fun-
damental.
#OLHAOGANCHO:
Súmula 504 STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de nota promissória sem 
força executiva é quinquenal, a contar do dia seguinte ao vencimento do título.
Súmula 503 STJ: O prazo para ajuizamento de ação monitória em face do emitente de cheque sem força execu-
tiva é quinquenal, a contar do dia seguinte à data de emissão estampada na cártula.
- As duplicatas virtuais possuem força executiva, desde que acompanhadas dos instrumentos de protesto
por indicação e dos comprovantes de entrega da mercadoria e da prestação do serviço.
“A Seção entendeu que as duplicatas virtuais emitidas e recebidas por meio magnético ou de gravação eletrônica po-
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dem ser protestadas por mera indicação, de modo que a exibição do título não é imprescindível para o ajuizamento 
da execução, conforme previsto no art. 8º, parágrafo único, da Lei n. 9.492/1997. Os boletos de cobrança bancária 
vinculados ao título virtual devidamente acompanhados dos instrumentos de protesto por indicação e dos compro-
vantes de entrega da mercadoria ou da prestação dos serviços suprem a ausência física do título cambiário eletrônico 
e constituem, em princípio, títulos executivos extrajudiciais.”
- O devedor do título de crédito não pode opor contra o endossatário as exceções pessoais que possuía
em face do credor originário, limitando-se tal defesa aos aspectos formais e materiais do título, salvo na
hipótese de má-fé.
Súmula 387 STF: A cambial emitida ou aceita com omissões, ou em branco, pode ser completada pelo credor de 
boa-fé antes da cobrança ou do protesto.
Súmula 26 STJ: O avalista do título de crédito vinculado a contrato de mútuo também responde pelas obrigações 
pactuadas, quando no contrato figurar como devedor solidário
- O avalista não responde por dívida estabelecida em título de crédito prescrito, salvo se comprovado que
auferiu benefício com a dívida.
- A autonomia do aval não se confunde com a abstração do título de crédito e, portanto, independe de
sua circulação.
- É indevido protesto de título de crédito prescrito.
Súmula 476 STJ: O endossatário de título de crédito por endosso-mandato só responde por danos decorrentes de 
protesto indevido se extrapolar os poderes de mandatário.
Súmula 475 STJ: Responde pelos danos decorrentes de protesto indevido o endossatário que recebe por endosso 
translativo título de crédito contendo vício formal extrínseco ou intrínseco, ficando ressalvado seu direito de regres-
so contra os endossantes e avalistas.
- O protesto indevido de título enseja indenização por dano moral que se configura in re ipsa.
- A prescrição da pretensão executória de título cambial não enseja o cancelamento automático de ante-
rior protesto regularmente lavrado e registrado.
- Incumbe ao devedor providenciar o cancelamento do protesto após a quitação da dívida, salvo pactua-
ção expressa em contrário.
- A vinculação da nota promissória a um contrato retira-lhe a autonomia de título cambial, mas não a sua
executoriedade, desde que a avença seja líquida, certa e exigível.
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#NÃOCONFUNDA 
Súmula 258 STJ: A nota promissória vinculada a contrato de abertura de crédito não goza de autonomia em 
razão da iliquidez do título que a originou.
TÍTULOS DE CRÉDITO TÍPICOS TÍTULOS DE CRÉDITO ATÍPICOS
São os títulos de crédito criados por uma legislação 
específica, que os regulamenta.
Exemplo: letra de câmbio, nota promissória, cheque, 
duplicata, cédulas e notas de crédito.
São aqueles criados pela vontade dos próprios 
particulares segundo seus interesses. Isso é permitido, 
desde que não violem as regras do Código Civil. Como 
não são regulados por uma legislação específica, 
devem obedecer às normas do CC que tratam sobre 
títulos de crédito.
PRINCÍPIO DA 
CARTULARIDADE
O direito de crédito mencionado na cártula não existe sem ela, não pode ser transmitido 
sem a sua tradição e nem exigido sem sua apresentação. Implicações: a) a posse do título 
pelo devedor presume o pagamento; b) só é possível o protesto mediante apresentação 
do título; c) só é possível a execução mediante apresentação do título.
PRINCÍPIO DA 
LITERALIDADE
O título de crédito vale pelo que está escrito nele. Assegura às partes a exata correspondência 
entre o teor do título e o direito por ele representado.
PRINCÍPIO DA 
AUTONOMIA
O título de crédito configura documento constitutivo de direito novo, autônomo, 
originário e completamente desvinculado da relação originária. O portador do 
título fica imune aos vícios ou defeitos das relações que o antecederam. Deste princípio 
decorrem dois subprincípios:
a) Subprincípio da abstração: com a circulação, o título se desvincula da relação que
lhe deu origem;
b) Subprincípio da inoponibilidade das exceções pessoais ao terceiro de boa-fé:
Para o credor primitivo é possível apresentar a exceção pessoal, mas não pode para o
terceiro de boa-fé.
QUANTO À 
FORMA DE 
TRANSFERÊNCIA 
OU CIRCULAÇÃO
a) Ao portador: circula pela mera tradição; identificação do credor não é feita de forma
expressa, possuidor é considerado titular do crédito (cheque até R$ 100,00);
b) Nominal à ordem: identifica expressamente o titular e se transfere mediante endosso
e tradição (a regra geral para letra de câmbio, nota promissória, cheque e duplicata);
c) Nominal não à ordem: também identifica expressamente, mas a circulação se dá por
cessão civil de crédito e tradição;
d) Nominativos: emitido em favor de pessoa determinada, de modo que a transferência
depende de termo no referido registro, assinado pelo emitente e pelo adquirente do título.
QUANTO AO 
MODELO
a) Modelo livre: não se sujeita a formalidade específica (letra de câmbio e nota promissória);
b) Modelo vinculado: se submete a padronização fixada em lei, só produzindo efeitos se
preenchidas as formalidades legais (cheque e duplicata).
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QUANTO À 
ESTRUTURA
a) Ordem de pagamento: letra de câmbio, cheque e duplicata;
b) Promessa de pagamento: nota promissória
QUANTO ÀS 
HIPÓTESES DE 
EMISSÃO 
a) Título causal: somente pode ser emitido nas hipóteses em que a lei autoriza essa
emissão (duplicata);
b) Título abstrato: emissão não está condicionada a nenhuma causa preestabelecida em
lei (cheque e nota promissória)
ENDOSSO EM 
BRANCO
Não identifica o beneficiário (endossatário). O endossante apenas assina o verso do título, 
sem identificar a quem. O endossatário pode: a) identificar-se no título, transformando em 
endosso em preto; b) endossar novamente o título (em branco ou em preto); c) transferir o 
título sem novo endosso, com a mera tradição da cártula.
ENDOSSO EM 
PRETO
Identifica expressamente o endossatário e, este, por sua vez, apenas poderá fazer o título 
circular novamente mediante novo endosso, em preto ou em branco.
ENDOSSO 
PÓSTUMO 
OU TARDIO
Endosso realizado depois do protesto por falta de pagamento ou depois de expirado o prazo 
para protesto. Neste caso, produz os efeitos de uma cessão civil de crédito. O endosso sem 
data presume-se feito antes do prazo para protesto.
ENDOSSO 
PRÓPRIO Há transferência do crédito, o endossante transfere o crédito para o endossatário.
ENDOSSO 
IMPRÓPRIO
Não há transferência do crédito. A finalidade do crédito é legitimar a posse de terceiro sobre o 
título, permitindo o exercício dos direitos representados na cártula.
Duas modalidades: a) endosso-caução; b) endosso-mandato
ENDOSSO-MANDATO(ENDOSSO-
PROCURAÇÃO)
O endossante confere poderes ao endossatário para agir como seu legítimo 
representante, exercendo os direitos constantes no título (pode cobrar, protes-
tar, executar). Normalmente os endossatários são instituições financeiras.
ENDOSSO-CAUÇÃO 
(ENDOSSO-GARANTIA 
OU ENDOSSO-
PIGNORATÍCIO) 
#OLHAOTERMO
Endossante transmite o título como forma de garantia da dívida. Se o endos-
sante paga a dívida, resgata o título. Caso contrário, o endossatário passa a ter 
titularidade plena do crédito.
ENDOSSO CESSÃO CIVIL
Quem endossa o título responde pelo pagamento 
desse título.
Responde pela solvência
ENDOSSO PARCIAL NÃO É POSSÍVEL
Quem transfere por cessão civil não responde pelo 
pagamento do título.
Não responde pela solvência, mas responde pela 
existência do crédito.
CESSÃO PARCIAL É POSSÍVEL
Na omissão de cláusula expressa, a presunção é de que o título é transferível por endosso (são à ordem), 
por ser uma forma de vincular a todos. Para que o título seja “não à ordem” deve existir essa previsão expressa. 
Em regra, tá todo mundo responsabilizado!
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AVAL EM 
BRANCO
Não identifica o avalizado, presume-se que foi dado em favor de alguém (na letra de 
câmbio, em favor do sacador; demais títulos, do emitente ou subscritor)
AVAL EM PRETO Avalizado é expressamente identificado.
AVAL 
ANTECIPADO
Prestado antes mesmo do surgimento da obrigação do avalizado e sequer se condiciona 
à sua futura constituição válida.
AVAL 
SIMULTÂNEO 
(COAVAIS)
Duas ou mais pessoas avalizam um título conjuntamente, garantindo a mesma obrigação 
cambial. Os avalistas assumem responsabilidade solidária.
AVAL SUCESSIVO 
(AVAL DO AVAL)
Hipótese em que alguém avaliza o avalista e, neste caso, todos os eventuais avalistas 
terão a mesma responsabilidade dos avalizados.
AVAL FIANÇA
Só pode se dar nos títulos de crédito Só pode se dar em contrato
Autônomo
OBS.: em razão dessa autonomia, ainda que o avalizado 
tenha uma falência, incapacidade ou morte, o avalista 
continua responsável
Acessório
Não tem benefício de ordem (relação de 
corresponsabilidade).
Se houver renúncia à opção (estipulação expressa) 
tem benefício de ordem
PROTESTO 
NECESSÁRIO
É aquele protesto em sua concepção mais ampla, ou seja, com a natureza jurídica de ato 
probatório e de pressuposto material. É o protesto indispensável para que o portador assegure 
o seu direito de regresso contra todos os coobrigados no títulos, desde que apresentados de
forma regular e tempestivamente.
Contra os coobrigados e endossantes
PROTESTO 
FACULTATIVO
É aquele protesto para outra finalidade que não a de promover ação regressiva contra 
os coobrigados. O protesto é facultativo quando o credor pode exigir o cumprimento da 
obrigação, sem ele, em juízo.
Contra o devedor principal e seu avalista
#SUPERAPOSTACICLOS: cheque (Lei 7.357/85).
- Os prazos de apresentação e de prescrição (arts. 33 e 59 da Lei n. 7.357/85) nos cheques pós-datados
possuem como termo inicial de contagem a data consignada no espaço reservado para a emissão da cár-
tula.
- A relação jurídica subjacente ao cheque (causa debendi) poderá ser discutida nos casos em que não
houver a circulação do título.
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#OLHAOGANCHO:
Súmula 531 STJ: Em ação monitória fundada em cheque prescrito ajuizada contra o emitente, é dispensável a men-
ção ao negócio jurídico subjacente à emissão da cártula.
- A ação de locupletamento ilícito (art. 61 da Lei n. 7.357/1985) não exige comprovação da causa debendi
e deve ser proposta no prazo de até dois anos contados do fim do prazo prescricional da execução do
cheque.
- É indevida a inscrição do nome do cotitular de conta bancária conjunta nos órgãos de proteção ao cré-
dito se este não emitiu o cheque sem provisão de fundos.
- A instituição financeira é responsável pelos danos resultantes de extravio de talonários de cheques utili-
zados fraudulentamente por terceiros.
#OLHAOGANCHO:
Súmula 388 STJ: A simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral.
Súmula 370 STJ: Caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado.
- O estabelecimento bancário não está obrigado a verificar a autenticidade das assinaturas dos endossantes, mas
tem o dever de atestar a regularidade formal da cadeia de endossos.
- O protesto de cheque pode ser efetuado após o prazo de apresentação, desde que não escoado o lapso pres-
cricional da pretensão executória dirigida contra o emitente (protesto facultativo).
Se liguem nesta verdadeira AULA de empresarial:
“O protesto tirado contra o emitente do cheque é obrigatório para o fim de comprovar a impontualidade injus-
tificada do devedor no procedimento de falência (art. 94, I, da Lei 11.101/2005) e deve ser realizado em até seis 
meses contados do término do prazo de apresentação (prazo prescricional da ação cambial).Do ponto de vista 
cambial, a execução do cheque pode ser direcionada contra o emitente, os endossantes ou os respectivos avalis-
tas (art. 47 da Lei 7.357/1985). Nesse contexto, a distinção entre a pretensão dirigida contra o emitente e aquela 
dirigida contra o endossante conduz a outra diferenciação, que deve ser estabelecida entre o protesto facultativo 
e o obrigatório. Dessa forma, no caso da pretensão dirigida contra o emitente, o protesto (ou a apresentação) do 
cheque é ato meramente facultativo do credor, que pode optar por executar diretamente o título, desde que o faça 
no prazo de prescrição de seis meses, contados da expiração do prazo de apresentação (art. 59 da Lei do Cheque 
e Súmula 600 do STF). Já na hipótese de pretensão dirigida contra o endossante, o protesto (ou apresentação) 
é obrigatório, sob pena de perda de eficácia executiva do título contra o coobrigado. Essa diferenciação entre o 
protesto cambial facultativo e o obrigatório foi analisada por este Tribunal Superior, quando do julgamento do 
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REsp 1.297.797-MG (Terceira Turma, DJe 27/2/2015), ocasião em que se firmou, quanto ao prazo de realização de 
protesto, o seguinte: “A exigência de realização do protesto antes de expirado o prazo de apresentação do cheque 
é dirigida apenas ao protesto obrigatório à propositura da execução do título, nos termos dos arts. 47 e 48 da Lei 
n. 7.357/85”. Salientado isso, tem-se que, do ponto de vista falimentar, o protesto é medida obrigatória para com-
provar a impontualidade do devedor (art. 94, I, da Lei 11.101/2005). Sobre a distinção entre o protesto cambial e o
protesto falimentar, parte da doutrina ensina que: “Conforme sua finalidade, o protesto extrajudicial se subdivide
em: cambial e falimentar (também denominado de protesto especial). Aquele é o modo pelo qual o portador de
um título de crédito comprova a sua apresentação ao devedor (por exemplo, para aceite ou pagamento). Constitui
uma faculdade do credor, um ônus do qual ele deve desincumbir-se para assegurar seu direito de ação contra os
coobrigados no título, como endossantes e avalistas, mas é dispensável para cobrar o crédito do devedor principal.
Por outro lado, o protesto para fins falimentares é obrigatório e visa a comprovar a impontualidade injustificada
do devedor empresário, tornando o título hábil a instruir o pedido de falência [...]. Cabe esclarecer, entretanto, que
tal distinção é meramente acadêmica, uma vez que o protesto é único e comprova o mesmo fato: a apresentação
formal de um título, independentemente da finalidade visada pelo credor (se pedido de falência ou garantia do
direito de ação contra coobrigados)”. À luz das distinções acima delineadas, verifica-se que um protesto cambial
facultativo é obrigatório do ponto de vista falimentar, de modo que pode ser realizado, para este último fim, até
a data de prescrição do cheque. REsp 1.249.866-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 6/10/2015,
DJe 27/10/2015.”
Art . 4º O emitente deve ter fundos disponíveis em poder do sacadoe estar autorizado a sobre eles emitir cheque, 
em virtude de contrato expresso ou tácito. A infração desses preceitos não prejudica a validade do título 
como cheque.
§ 1º - A existência de fundos disponíveis é verificada no momento da apresentação do cheque para pagamento.
Art . 6º O cheque não admite aceite considerando-se não escrita qualquer declaração com esse sentido.
Art. 7º. § 1º A aposição de visto, certificação ou outra declaração equivalente obriga o sacado a debitar à conta do 
emitente a quantia indicada no cheque e a reservá-la em benefício do portador legitimado, durante o prazo de 
apresentação, sem que fiquem exonerados o emitente, endossantes e demais coobrigados.
Art . 10 Considera-se não escrita a estipulação de juros inserida no cheque.
Art . 13 As obrigações contraídas no cheque são autônomas e independentes.
Art . 15 O emitente garante o pagamento, considerando-se não escrita a declaração pela qual se exima 
dessa garantia.
Art . 16 Se o cheque, incompleto no ato da emissão, for completado com inobservância do convencionado com a 
emitente, tal fato não pode ser oposto ao portador, a não ser que este tenha adquirido a cheque de má-fé.
Art . 20 O endosso transmite todos os direitos resultantes do cheque. Se o endosso é em branco, pode o 
portador:
I - completá-lo com o seu nome ou com o de outra pessoa;
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II - endossar novamente o cheque, em branco ou a outra pessoa;
III - transferir o cheque a um terceiro, sem completar o endosso e sem endossar.
Art . 21 Salvo estipulação em contrário, o endossante garante o pagamento.
Parágrafo único - Pode o endossante proibir novo endosso; neste caso, não garante o pagamento a quem seja o 
cheque posteriormente endossado.
Art . 33 O cheque deve ser apresentado para pagamento, a contar do dia da emissão, no prazo de 30 
(trinta) dias, quando emitido no lugar onde houver de ser pago; e de 60 (sessenta) dias, quando emitido 
em outro lugar do País ou no exterior.
7 - Da Recuperação Judicial, Extrajudicial e a Falência do Empresário e da Sociedade Empresária (Lei nº 
11.101, de 09 de fevereiro de 2005).
 Î FALÊNCIA
- A lei 11.101/2005 é considerada híbrida, por possuir normas de caráter material e processual.
INCIDÊNCIA DA LEI 11.101/2005
EMPRESÁRIO INDIVIDUAL
SOCIEDADE EMPRESÁRIA
EIRELI
#ATENÇÃO: estão totalmente excluídas da incidência da Lei 11.101/2005 as sociedades de economia mista e as 
empresas públicas, por expressa previsão legal.
PRINCÍPIOS APLICÁVEIS
CELERIDADE
ECONOMIA PROCESSUAL
PRESERVAÇÃO DA EMPRESA
MAXIMIZAÇÃO DOS ATIVOS
PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA
PRESSUPOSTO MATERIAL
OBJETIVO SUBJETIVO
Insolvência do 
devedor*
Qualidade de 
empresário
PRESSUPOSTO FORMAL SENTENÇA
#SELIGA: Galera, lembrem-se de que essa insolvência é JURÍDICA, e não meramente econômica (insuficiência de 
ativo para saldar o passivo). Isso porque o art. 94 da LRF traz um rol de condutas que, se verificadas objetivamente, 
já conferem fundamento ao pedido de falência por um dos legitimados ativos. 
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FASES DO PROCESSO FALIMENTAR
1ª FASE
PRÉ-
FALIMENTAR
Tem início com o pedido de falência e termina com a sentença declaratória de falência.
2ª FASE
FALIMENTAR
Tem início com a sentença declaratória de falência e termina com a sentença de 
encerramento.
3ª FASE
REABILITAÇÃO
Tem início com a sentença de extinção das obrigações do falido.
#SELIGA: o direito brasileiro admite a autofalência (falência requerida pelo próprio devedor).
REQUISITOS PARA A AUTOFALÊNCIA
Devedor em crise econômico-financeira
Que não atender aos requisitos para a recuperação judicial
#ATENÇÃO #VAICAIR: a Lei 11.101/05 determina que qualquer credor pode ser legitimado ativo para o pedido de 
decretação de falência do devedor (art. 97, IV). Utilizando-se de uma interpretação literal e teleológica (em razão 
dos fins e princípios que permeiam a falência no direito brasileiro), o STJ entende que a Fazenda Pública NÃO 
pode requerer a falência do devedor, já que dispõe de procedimento específico para perseguir o seu crédito 
(a execução fiscal).
#SELIGA: a competência do juízo universal da falência é ABSOLUTA e é determinada em razão do local do 
principal estabelecimento do devedor (ou da filial, em caso de empresa com sede fora do território nacional). 
#DEOLHONAJURIS: A competência para processar e julgar demandas cíveis com pedidos ilíquidos contra 
massa falida, quando em litisconsórcio passivo com pessoa jurídica de direito público, é do juízo cível no qual 
for proposta a ação de conhecimento, competente para julgar ações contra a Fazenda Pública, de acordo as 
respectivas normas de organização judiciária. STJ. 1ª Seção. REsp 1.643.856-SP, Rel. Min. Og Fernandes, julgado 
em 13/12/2017 (recurso repetitivo) (Info 617).
A natureza trabalhista do crédito não impede que o credor requeira a falência do devedor. Assim, o credor tra-
balhista tem legitimidade ativa para ingressar com pedido de falência, considerando que o art. 97, IV, da Lei nº 
11.101/2005 não faz distinção entre credores. STJ. 3ª Turma. REsp 1544267-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, 
julgado em 23/8/2016 (Info 589).
O juízo competente para a falência ou a recuperação judicial é o local do principal estabelecimento da 
sociedade empresária, ou seja, o local onde ela apresenta o maior volume de negócios, podendo ser este 
a matriz ou uma filial. Ajuizada a ação de falência em juízo incompetente, não pode ser aplicada a teoria do fato 
consumado para tornar prevento o juízo inicial. Isso porque a competência para processar e julgar falência é 
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funcional e, portanto, absoluta. STJ. 2ª Seção. CC 116743-MG, Rel. Min. Raul Araújo, Rel. para acórdão Min. Luis 
Felipe Salomão, julgado em 10/10/2012.
- Para fundamentar o pedido de falência, a Lei 11.101/05 (art. 94) adotou dois sistemas: o da enumeração legal e
o da impontualidade injustificada.
IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA
(art. 94, I)
Deixar de pagar no vencimento
Obrigação líquida
Título executivo judicial ou extrajudicial
Sem justificativa
Valor acima de 40 salários mínimos**
Protesto 
#ATENÇÃO**: segundo a doutrina e a jurisprudência, essa exigência serve para desestimular o uso da falência 
como meio de cobrança pelo credor.
#DEOLHONAJURIS: O autor do pedido de falência não precisa demonstrar que existem indícios da insolvência 
ou da insuficiência patrimonial do devedor, bastando que a situação se enquadre em uma das hipóteses do 
art. 40 da Lei nº 11.101/2005. STJ. 3ª Turma. REsp 1.532.154-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 
18/10/2016 (Info 596).
O protesto tirado contra o emitente do cheque é obrigatório para o fim de comprovar a impontualidade injus-
tificada do devedor no procedimento de falência (art. 94, I, da Lei nº 11.101/2005) e deve ser realizado em até 6 
meses contados do término do prazo de apresentação (prazo prescricional da ação cambial). STJ. 3ª Turma. REsp 
1.249.866-SC, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 6/10/2015 (Info 572).
A duplicata virtual protestada por indicação é título executivo apto a instruir pedido de falência com base na 
impontualidade do devedor (art. 94, I). Logo, se o devedor não pagar uma duplicata virtual em valor superior 
a 40 salários-mínimos, é possível que seja decretada a sua falência. STJ. 3ª Turma. REsp 1354776-MG, Min. Rel. 
Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 26/8/2014 (Info 547).
#NÃOSABOTEASSÚMULAS: 
Súmula 248 STJ: Comprovada a prestação dos serviços, a duplicata não aceita, mas protestada, é título hábil para 
instruir pedido de falência.
Súmula 361 STJ: A notificação do protesto, para requerimento de falência da empresa devedora, exige a identi-
ficação da pessoa que a recebeu.
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EXECUÇÃO FRUSTRADA
(art. 94, II)
Devedor não paga
Devedor não deposita
Devedor não nomeia bens suficientes à 
penhoraQuantia líquida
ATOS DE FALÊNCIA
(art. 94, III – presunção de insolvência)
Procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar 
pagamentos.
Realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, 
negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não.
Transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar 
com bens suficientes para solver seu passivo. #OLHAOGANCHO: Contrato de trespasse.
Simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização 
ou para prejudicar credor
Dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraça-
dos suficientes para saldar seu passivo.
Ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona 
estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimen-
to.
Deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial.
#APOSTACICLOS: depósito elisivo (art. 98, parágrafo único). A doutrina e a jurisprudência defendem que, em 
razão do princípio da preservação da empresa, que norteia a falência, o depósito elisivo deve ser permitido 
também nos casos dos atos de falência (art. 94, III).
Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias.
Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei [impontualidade injustificada e 
execução frustrada], o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, 
acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, 
caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor.
#DEOLHONAJURIS: Diante de depósito elisivo de falência requerida com fundamento na impontualidade in-
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justificada do devedor (art. 94, I, da Lei 11.101/2005), admite-se, embora afastada a decretação de falência, a 
conversão do processo falimentar em verdadeiro rito de cobrança para apurar questões alusivas à existência e 
à exigibilidade da dívida cobrada, sem que isso configure utilização abusiva da via falimentar como sucedâneo 
de ação de cobrança/execução. Assim, se o autor da ação de falência fez o requerimento baseado no inciso I 
do art. 94 e a dívida não paga era realmente superior a 40 salários-mínimos, não se pode dizer que o pedido 
tenha sido abusivo, mesmo que a devedora tenha grande porte econômico. Nesse caso, se a devedora efetuar 
o depósito elisivo, não cabe ao magistrado extinguir o processo sem resolução de mérito, devendo continuar
o feito como se fosse uma ação de cobrança, discutindo a dívida e, ao final, proferindo sentença resolvendo o
mérito quanto à dívida e julgando improcedente a falência. STJ. 4ª Turma. REsp 1433652-RJ, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 18/9/2014 (Info 550).
#OLHAOGANCHO: No processo de falência, a incidência de juros e correção monetária sobre os créditos ha-
bilitados deve ocorrer até a decretação da quebra, entendida como a data da prolação da sentença e não sua 
publicação. STJ. 3ª Turma. REsp 1.660.198-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 3/8/2017 (Info 609).
- No prazo da contestação (10 dias), o devedor pode pedir a recuperação judicial (o que suspenderá o processo
de falência).
SENTENÇA NA FALÊNCIA
Decreta a falência Improcedência
AGRAVO DE INSTRU-
MENTO APELAÇÃO
#DEOLHONAJURIS: O falido tem capacidade para propor ação rescisória para desconstituir a sentença transitada 
em julgado que decretou a sua falência. STJ. 3ª Turma. REsp 1.126.521-MT, Rel. originário Min. Ricardo Villas Bôas 
Cueva, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha, julgado em 17/3/2015 (Info 558).
#VAICAIR: efeitos da sentença em relação ao falido.
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até 
a sentença que extingue suas obrigações, respeitado o disposto no § 1o do art. 181 desta Lei.
Art. 103. Desde a decretação da falência ou do sequestro, o devedor perde o direito de administrar os seus bens ou 
deles dispor.
Parágrafo único. O falido poderá, contudo, fiscalizar a administração da falência, requerer as providências necessá-
rias para a conservação de seus direitos ou dos bens arrecadados e intervir nos processos em que a massa falida seja 
parte ou interessada, requerendo o que for de direito e interpondo os recursos cabíveis.
#OLHAOGANCHO: A extinção das obrigações do falido, em decorrência da aplicação do art. 135, III, do Decre-
to-Lei nº 7.661/45 (art. 158, III, da Lei nº 11.101/2005), não extingue nem impede o prosseguimento de execução 
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ajuizada contra avalista e devedor solidário. STJ. 4ª Turma. REsp 1.104.632-PR, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 
20/4/2017 (Info 605).
A sociedade empresária falida não tem legitimidade para o ajuizamento de ação cujo objetivo seja o recebi-
mento de valor que, segundo alega, deveria ter sido exigido pela massa falida, mas não o fora. Depois que é 
decretada a falência, a sociedade empresária falida não mais possui personalidade jurídica e não pode postular, 
em nome próprio, direitos da massa falida. STJ. 3ª Turma. REsp 1330167-SP, Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 
5/2/2013 (Info 513).
- Termo legal da falência (período suspeito ou cinzento):
Art. 99. II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 (noventa) dias contados do pedido 
de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 1o (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para 
esta finalidade, os protestos que tenham sido cancelados;
#SELIGA: extinção automática da concessão.
Art. 195. A decretação da falência das concessionárias de serviços públicos implica extinção da concessão, na forma 
da lei.
- Atos objetivamente ineficazes em relação à massa falida (isso porque não importa a intenção ou o conheci-
mento do contratante sobre a falência do devedor; pode ser declarada de ofício pelo juiz):
Art. 129. São ineficazes em relação à massa falida, tenha ou não o contratante conhecimento do estado de crise 
econômico-financeira do devedor, seja ou não intenção deste fraudar credores:
I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo legal, por qualquer meio extintivo 
do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio título;
II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, por qualquer forma que não seja a 
prevista pelo contrato;
III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo legal, tratando-se de dívida con-
traída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem objeto de outras posteriores, a massa falida receberá a 
parte que devia caber ao credor da hipoteca revogada;
IV – a prática de atos a título gratuito, desde 2 (dois) anos antes da decretação da falência;
V – a renúncia à herança ou a legado, até 2 (dois) anos antes da decretação da falência;
VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento expresso ou o pagamento de todos os 
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credores, a esse tempo existentes, não tendo restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, 
no prazo de 30 (trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, judicialmente 
ou pelo oficial do registro de títulos e documentos;
VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, por título oneroso ou gratuito, ou a 
averbação relativa a imóveis realizados após a decretação da falência, salvo setiver havido prenotação anterior.
Parágrafo único. A ineficácia poderá ser declarada de ofício pelo juiz, alegada em defesa ou pleiteada mediante ação 
própria ou incidentalmente no curso do processo.
- Atos subjetivamente ineficazes em relação à massa falida (nesse caso, deve haver prova do elemento subje-
tivo + prova do prejuízo):
Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, provando-se o conluio fraudulento 
entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o efetivo prejuízo sofrido pela massa falida.
AÇÃO REVOCATÓRIA
LEGITIMIDADE ATIVA LEGITIMIDADE PASSIVA
Administrador judicial contra todos os que figuraram no ato ou que por efeito dele foram pagos, garantidos ou beneficiados
Qualquer credor
contra os terceiros adquirentes, se tiveram 
conhecimento, ao se criar o direito, da intenção do 
devedor de prejudicar os credores
Ministério Público contra os herdeiros ou legatários das pessoas indicadas nos incisos I e II do caput deste artigo
#APOSTACICLOS:
Art. 137. O juiz poderá, a requerimento do autor da ação revocatória, ordenar, como medida preventiva, na forma 
da lei processual civil, o sequestro dos bens retirados do patrimônio do devedor que estejam em poder de terceiros.
Art. 138. O ato pode ser declarado ineficaz ou revogado, ainda que praticado com base em decisão judicial, observa-
do o disposto no art. 131 desta Lei.
Parágrafo único. Revogado o ato ou declarada sua ineficácia, ficará rescindida a sentença que o motivou.
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ORDEM DE CLASSIFICAÇÃO DOS CRÉDITOS
Despesas cujo pagamento antecipado seja indispensável à administração da falência
créditos trabalhistas de natureza estritamente salarial vencidos nos 3 (três) meses anteriores à decretação da 
falência, até o limite de 5 (cinco) salários-mínimos por trabalhador
CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS
créditos derivados da legislação do trabalho, limitados a 150 salários-mínimos por credor, e os decorrentes de 
acidentes de trabalho
#ATENÇÃO: o que exceder 150 salários mínimos, vira crédito quirografário.
#SELIGA: não há limitação de valor para os créditos decorrentes de acidente de trabalho.
créditos com garantia real até o limite do valor do bem gravado
créditos tributários, independentemente da sua natureza e tempo de constituição, excetuadas as multas 
tributárias
créditos com privilégio especial
créditos com privilégio geral
créditos quirografários
as multas contratuais e as penas pecuniárias por infração das leis penais ou administrativas, inclusive as multas 
tributárias
créditos subordinados
#OLHAOGANCHO: É desnecessária a apresentação de Certidão de Dívida Ativa (CDA) para habilitação, em pro-
cesso de falência, de crédito previdenciário resultante de decisão judicial trabalhista. STJ. 3ª Turma. REsp 1.591.141-
SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 05/12/2017 (Info 618).
- Créditos extraconcursais: são dívidas da massa falida, e não do falido.
CRÉDITOS EXTRACONCURSAIS
remunerações devidas ao administrador judicial e seus auxiliares
créditos derivados da legislação do trabalho ou decorrentes de acidentes de trabalho relativos a serviços 
prestados após a decretação da falência
quantias fornecidas à massa pelos credores
despesas com arrecadação, administração, realização do ativo e distribuição do seu produto, bem como custas 
do processo de falência
obrigações resultantes de atos jurídicos válidos praticados durante a recuperação judicial, ou após a decretação 
da falência
tributos relativos a fatos geradores ocorridos após a decretação da falência
#SELIGA: Quanto à classificação dos honorários advocatícios nos créditos da falência, existem três situações 
distintas:
- Créditos com privilégio geral: era o entendimento anterior da jurisprudência.
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- Créditos equiparados aos créditos trabalhistas: apesar de a Lei Falimentar não prever de forma expressa, esse
é o atual entendimento do STJ (Info 540), no qual tanto os honorários contratuais, quanto os sucumbenciais
são equiparados aos créditos trabalhistas para efeito de habilitação em falência, observado o limite legal de 150
salários mínimos. #LEMBREM que o montante que ultrapassar esse valor será considerado crédito quirografário.
- Créditos extraconcursais: referentes aos negócios jurídicos realizados no período compreendido entre a data
do deferimento do processamento da recuperação judicial e a decretação da falência (Info 557 STJ).
 Î RECUPERAÇÃO JUDICIAL
- A recuperação judicial é norteada pelos princípios da preservação da empresa, da função social e do estímulo à
atividade econômica.
- O principal estabelecimento (que determina o juízo universal), é o local do centro das atividades da empresa, não
se confundindo com o endereço da sede constante do estatuto social.
- O juízo da execução individual é competente para ultimar os atos de constrição patrimonial dos bens adjudicados
antes do deferimento do pedido de recuperação judicial.
- O deferimento da recuperação judicial NÃO suspende a execução fiscal, mas os atos que importem em constrição
ou alienação do patrimônio da recuperanda devem se submeter ao juízo universal.
#NÃOCONFUNDA: Promovida a adjudicação do bem penhorado em execução individual, em data posterior ao 
deferimento da recuperação judicial (ou decretação da falência), o ato fica desfeito em razão da competência do 
juízo universal.
#OLHAOGANCHO:
Súmula 480 STJ: O juízo da recuperação judicial não é competente para decidir sobre a constrição de bens não 
abrangidos pelo plano de recuperação da empresa.
- Estão sujeitos à recuperação judicial os créditos existentes na data do pedido, não se submetendo aos seus efeitos
os créditos posteriores ao pleito recuperacional.
#VAICAIR: Os créditos decorrentes de arrendamento mercantil ou com garantia fiduciária – inclusive os resul-
tantes de cessão fiduciária – não se sujeitam aos efeitos da recuperação judicial. O crédito advindo de adianta-
mento de contrato de câmbio também não está sujeito!
#OLHAOGANCHO: 
Súmula 307 STJ: A restituição de adiantamento de contrato de câmbio, na falência, deve ser atendida antes de 
qualquer crédito.
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- Os bens de capital essenciais à atividade da empresa em recuperação devem permanecer em sua posse, enquan-
to durar o período de suspensão das ações e execuções contra a devedora, por aplicação do seguinte dispositivo
da Lei 11.101/05:
Art. 49. § 3o Tratando-se de credor titular da posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, 
de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóvel cujos respectivos contratos 
contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, inclusive em incorporações imobiliárias, ou de 
proprietário em contrato de venda com reserva de domínio, seu crédito não se submeterá aos efeitos da 
recuperação judicial e prevalecerão os direitos de propriedade sobre a coisa e as condições contratuais, obser-
vada a legislação respectiva, não se permitindo, contudo, durante o prazo de suspensão a que se refere o § 
4o do art. 6o desta Lei, a venda ou a retirada do estabelecimento do devedor dos bens de capital essen-
ciais a sua atividade empresarial.
16. – Súmulas dos Tribunais Superiores – STJ e STF, vinculantes e não vinculantes, em matéria empresarial.
Já abordadas ao longo do material. Caso queira dar mais uma conferida, seguem as Súmulas do STF e do STJ que 
precisam ser lidas, divididos por assunto (Fonte: Cavalcante, Márcio André Lopes. Súmulas do STF e STJ anotadas e 
organizadas por assunto – 3. ed., rev., atual. e ampl. – Salvador: Juspodivm, 2018, págs. 187 a 213):
LIVROS COMERCIAIS: enunciados 260, 390 e 439, todos do STF.
MARCA: enunciado 143 do STJ. OBS: o enunciado 142 do mesmo Tribunal foi cancelado (pois o STJ firmou entendi-
mento de que é de 10 anos entre presentes e 15 anos entre ausentes o prazo prescricional para ações que discutam 
a abstençãodo uso do nome ou da marca comercial (AgRg no Ag 854.216/GO, julgado em 25.6.2013).
CONTRATOS BANCÁRIOS: enunciados 28, 72, 92, 233, 247, 258, 259, 283, 285, 286, 300, 322, 379, 381, 477, 479, 
530, 565 e 566, todas do STJ. OBS: o enunciado 284 está superado em razão do disposto no art. 3º do Decreto-Lei 
911/67, com a redação dada pela Lei 10.931/2004.
SOCIEDADES: enunciado 265 do STF e enunciados 389 e 551 do STJ.
TÍTULOS DE CRÉDITO: enunciados 16, 26, 60, 93, 258, 299, 370, 475, 476, 503, 504 e 531 do STJ e enunciados 189, 
387 e 600 do STF. 
FALÊNCIA E RECUPERAÇÃO JUDICIAL: enunciados 25, 29, 36, 133, 248, 264, 307, 361, 480 e 581 do STJ. OBS: estão 
superados os enunciados 8, 88, 250, 219 e 305 do STJ e enunciados 190, 191, 192 e 565 do STF.
OUTROS TEMAS (sem relevância): enunciado 371 do STJ.