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Geografia Física – Exercícios de Revisão Questões Discursivas (parte 6) 1. (Ufjf-pism 1 2015) Leia o gráfico abaixo. a) Por que a zona intertropical possui os maiores totais de precipitação média anual? b) Cite 2 tipos de precipitação. 2. (Fgvrj 2015) Veja a tabela: Constituição e distribuição das coberturas vegetais na paisagem zonal intertropical Climas desérticos Climas secos Climas úmidos Deserto Tufos arbustivos Formação Espinhosa Floresta muito seca Floresta seca Floresta semiúmida Floresta úmida Floresta pluvial De 0 a 250 mm 500 mm De 1000 a 2000 mm De 2000 a 8000 mm Fonte: Construído a partir do diagrama de Holdridge. In: La Recherche, Paris: SES, no. 243, 1992, p. 606. Com base na tabela, que reproduz o esquema panorâmico referente a uma zona do planeta, responda: a) Por que, nessa zona planetária, cinco das situações possíveis de cobertura vegetal são florestas? b) Compare esse quadro com o que seria um quadro na zona temperada (que tem latitudes mais altas). Haveria diferenças no perfil de distribuição vegetal dessa última? Em que medida e por quê? 3. (Unicamp 2015) A erosão dos solos é um fenômeno natural e acontece em áreas onde existe certa declividade. O delta do rio Nilo, por exemplo, é historicamente conhecido pela deposição de sedimentos férteis que provêm da erosão dos solos na Etiópia, ou seja, em alguns lugares a erosão e a deposição dos sedimentos contribuem para a manutenção da fertilidade natural dos solos. Durante séculos a fertilidade do rio Nilo se manteve, mas a construção de barragens, para controle do regime hídrico, alterou esse equilíbrio. Os problemas relacionados à erosão são agravados quando as taxas de perda de solo ultrapassam certos níveis naturais, o que normalmente resulta da falta de práticas conservacionistas. Adaptado de A. T. Guerra e M. do C. O. Jorge. Processos erosivos e recuperação de áreas degradadas. São Paulo: Editora Oficina de Textos, 2013, p.8. a) Explique o que são erosão e assoreamento. b) Em rios das áreas tropicais, que sinal evidencia a ocorrência de erosão? Aponte uma causa da erosão em áreas urbanas periféricas das grandes cidades de regiões tropicais. 4. (Fuvest 2014) O perfil topográfico, abaixo, apresenta alguns aspectos estruturais da vegetação nativa e do comportamento dos totais anuais de chuva em um segmento que se estende do litoral até os contrafortes da Serra da Mantiqueira. Com base nessas informações e em seus conhecimentos, atenda ao que se pede. a) Das seções numeradas de 1 a 18, considere as que correspondem à Serra do Mar, identificando aquela onde, tendo em vista os fatores naturais, os processos erosivos podem ser mais frequentes e intensos. Justifique. b) Observe que, na encosta escarpada da Serra da Mantiqueira, a estatura da vegetação aumenta em direção às partes mais baixas. Identifique duas causas desse fenômeno. Explique. 5. (Fgv 2014) Com base no mapa abaixo e em seus conhecimentos, caracterize os Domínios Morfoclimáticos I, III e V. a) Domínio I. b) Domínio III. c) Domínio V. 6. (Unicamp 2014) As pradarias mistas representam importante domínio fitogeográfico. Elas ocorrem em uma vasta área dos Estados brasileiros do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, mas também se estendem para o Uruguai e a Argentina. a) Descreva as características morfoclimáticas (relevo e clima) predominantes nas áreas de abrangência das pradarias pampeanas do Estado do Rio Grande do Sul. b) Aproveitando-se das condições naturais das pradarias pampeanas, a pecuária tem destaque nesse domínio, especialmente no sul do Rio Grande do Sul. Descreva as principais características dessa atividade nesse Estado, destacando os tipos de rebanhos predominantes. 7. (Ufg 2014) Leia o texto apresentado a seguir. Goiás já vive uma situação de alerta em decorrência de baixos índices de umidade relativa do ar, que segundo a Organização Mundial de Saúde varia de 12% a 20%. […] Historicamente, os piores índices são registrados em setembro, quando as rajadas de vento são mais comuns, levantando os poluentes, tal como poeira, fumaça e fuligem. […] O Instituto Nacional de Meteorologia prevê uma nova onda de ar frio na semana que vem […] com pico de resfriamento previsto para o dia 14, quando a temperatura máxima em Goiânia deverá atingir 23°C e a mínima de 12°C. Neste período, a umidade do ar dará uma trégua, por causa do aumento da nebulosidade. O POPULAR, Goiânia. 8 ago. 2013. p. 3. (Adaptado). O clima predominante em Goiás é influenciado pela dinâmica atmosférica, com a atuação de diferentes massas de ar, conforme a época do ano. Considerando este enunciado e as informações contidas no texto, a) cite o nome do clima predominante em Goiás e descreva apenas duas características desse clima; b) cite os nomes das duas principais massas de ar que atuam em Goiás, no período ao qual se refere o texto; c) cite as regiões de origem e explique a atuação das massas de ar envolvidas na situação que provocou a onda de ar frio em Goiás, tal como referido no texto. 8. (Uema 2014) Considere o fragmento a seguir: Dizem que o sol brilhou com mais intensidade no sertão do Cariri e a lua iluminou mais cedo a fazenda Caiçara no dia 13 de dezembro de 1912, o dia em que Luiz Gonzaga nasceu. Como poeta, cantava, reproduzindo a linguagem popular do homem da roça, mostrando a realidade do semiárido nordestino. Sobre a seca, ele disse em poucas palavras: "O pé de serra tem sempre essas matas, essas montanhas que atraem as chuvas. Tem um vento que desvia o rumo da chuva. Ela se forma, vem, e quando chega no alto da serra se divide, parte para tudo que é canto." PIMENTEL, Luis. Luiz Gonzaga São Paulo: Moderna, 2007. a) Explique como se forma a chuva que Luiz Gonzaga descreve. b) Que tipo de chuva é originada por esse fenômeno? c) A que serra se faz referência na descrição de Luiz Gonzaga? 9. (Uerj 2014) Nos mapas abaixo, são representadas as médias históricas de variação da chuva no território brasileiro, em milímetros, por estação do ano. Considere os seguintes climogramas: Comparando os mapas com os gráficos, identifique as macrorregiões brasileiras nas quais predominam os climas A e B, respectivamente. Em seguida, explique a pequena variação anual da temperatura em ambos os climas. 10. (Ufg 2014) Leia os textos a seguir. Além de causas naturais, a fragmentação do bioma Cerrado em Goiás tem sido associada à expansão das atividades humanas, resultando em uma expressiva quantidade de fragmentos vegetacionais, distribuídos de forma desigual, formando muitos grupos pequenos e isolados. CUNHA, H. F.; FERREIRA, A. A.; BRANDÃO, D. ”Composição e fragmentação do Cerrado em Goiás usando Sistema de Informação Geográfica (SIG)”.Boletim Goiano de Geografia. Goiânia, v. 27, n. 2, jan.-jun., 2007. p. 139-152. (Adaptado). Art.1º Corredor entre remanescentes caracteriza-se como sendo faixa de cobertura vegetal existente entre remanescentes de vegetação primária, em estágio médio e avançado de regeneração […]. Disponível em: <www.mma.gov.br/port/conama/res/res96/res0996.html>. Acesso em: 17 abr. 2014. Resolução n. 09 de 24 out. 1996. Considerando os textos apresentados, a) descreva um fator que evidencia a importância direta dos corredores ecológicos para a conservação da biodiversidade do Cerrado; b) cite uma atividade humana que contribuiu para a apropriação e consequente fragmentação do Cerrado goiano. GABARITO 1. a) Porque a zona intertropical, situada entre a latitude 23 N e 13 S, recebe maior intensidade de radiação solar cujo calor é responsável pela elevada umidade e precipitação. b) Precipitação é o retorno do vapor de água atmosférico para a superfície da Terra e, portanto, pode-se citar: chuva, neve e granizo. A precipitação líquida, ou seja, a chuva pode ser classificada em orográficas,frontais e convectivas. 2. a) Na Zona Intertropical, a presença de climas como o tropical (entre 1000 e 2000 mm) e tropicais úmidos/equatoriais (acima de 2000 mm) com expressivos índices pluviométricos e temperaturas elevadas possibilitam o desenvolvimento de formações vegetais florestais. São exemplos a Amazônia e a Mata Atlântica no Brasil. b) Na Zona Temperada ocorre diversidade de ecossistemas conforme as condições climáticas, porém a biodiversidade é menor devido às temperaturas mais baixas e pluviosidade inferior em relação à Zona Intertropical. No perfil, teríamos: vegetação xerófila em desertos, pradarias, florestas temperadas caducifólias (perda de folhagem) e floresta de coníferas (taiga). 3. a) A erosão é o desgaste da superfície com remoção de partículas minerais (areia, argila, etc.) e matéria orgânica. O processo é causado por agentes externos como a água (chuva, rios e mar), gelo e vento. O material erodido é transportado pela água, vento ou gelo e acumula-se no fundo de rios e lagos, configurando o assoreamento. b) A evidência da intensificação da erosão em zonas tropicais são rios com coloração turva, por vezes avermelhada, pois carregam grande quantidade de sedimentos. Isto ocorre em decorrência do desmatamento em grande escala, inclusive das matas ciliares. Nas áreas urbanas periféricas, o desmatamento indiscriminado intensifica os processos erosivos. Outro fator é a urbanização desordenada, sem técnicas de conservação do solo. 4. a) Das seções numeradas, as 12, 13 e 14 correspondem à Serra do Mar. A 14 (Esparpa de Falha da Serra do Mar) apresenta maior vulnerabilidade à erosão pluvial (água da chuva) e fluvial (água de rio) devido à maior declividade, fator que intensifica o escoamento superficial da água. A região também é atingida frequentemente por deslizamentos de terra naturais e intensificados pela ocupação desordenada. b) Na escarpa de falha da Serra da Mantiqueira, a estatura da Mata Atlântica aumenta na seção 6, isto ocorre, devido à menor declividade, que permite maior infiltração de água, aumenta o intemperismo químico e leva à formação de um solo mais desenvolvido, permitindo o desenvolvimento de espécies arbóreas de maior porte. Aspectos climáticos também interferem, visto que as temperaturas também são mais elevadas e favorecem a Mata Atlântica na seção 6, quando comparadas à seção 5, que apresenta maior declive e solos menos desenvolvidos. 5. a) O Domínio da Amazônia é caracterizado pela dominância de terras baixas (depressões, baixos planaltos e planícies fluviais), solos pobres e lixiviados, rios perenes, clima equatorial (quente, úmido e com chuvas abundantes) e floresta latifoliada perenefolia amazônica com alta biodiversidade. b) O Domínio dos Mares de Morros é caracterizado por planaltos cristalinos com serras e morros arredondados, dominância de clima tropical litorâneo e de altitude, solos variados, rios perenes e com prevalência da floresta latifoliada perenefólia atlântica com elevada biodiversidade. c) O Domínio da Araucária é caracterizado por planaltos elevados submetidos ao clima subtropical (inverno frio e chuvas bem distribuídas no decorrer do ano), solos variados e Mata de Araucária (mistura de espécies aciculifoliadas como a Araucária e espécies latifoliadas) com importante biodiversidade. 6. a) No pampa gaúcho predomina do ponto de vista geomorfológico, um planalto com colinas (coxilhas). O clima é o subtropical, com invernos rigorosos e verões quentes, amplitude térmica elevada, chuvas durante todo ano graças à atuação da mPa (massa Polar atlântica: fria e úmida) e mTa (massa Tropical atlântica: quente e úmida). b) Na Campanha Gaúcha, extensas áreas são tradicionalmente destinadas à pecuária (intensiva e extensiva), destacando-se os rebanhos bovino e ovino. Esta atividade foi favorecida pela vegetação de pradarias ou campos com dominância de gramíneas e ervas, pela sua topografia plana e clima mais ameno que em outras regiões do território brasileiro, possibilitando assim a criação de gado de origem europeia. A boa distribuição de chuvas durante o ano também colabora para a renovação das pastagens. 7. a) O clima predominante em Goiás é o tropical semiúmido, cujas características são verões e invernos quentes e chuvas (média de 1.500 mm anuais) concentradas no verão. b) As massas Tropical Continental e Tropical Atlântica, incidentes principalmente no verão, e a massa Polar Atlântica, no inverno, cuja citação no texto refere-se a “uma nova onda de frio”. c) A massa Polar Atlântica, cuja origem é a área do polo sul, encontra-se com a massa Tropical Atlântica que se forma no Atlântico Sul, construindo uma área de instabilidade com a formação de frente fria e chuvas frontais. 8. a) A umidade em forma de nuvens é barrada pela chapada e se precipita somente nas vertentes de barlavento. b) Chuva orográfica. c) Chapado do Araripe. 9. O clima equatorial (A), quente, úmido e com chuvas abundantes (exemplo: mais de 440 mm em janeiro e março), é dominante na região Norte do Brasil, em grande medida, na Amazônia. O clima tropical (B), quente, com chuvas de verão e inverno seco, é dominante no Centro- Oeste do país. Os climas A e B apresentam baixa amplitude térmica anual, ou seja, pouca diferença entre a temperatura máxima e a temperatura mínima. O principal fator que justifica é a baixa latitude, ou seja, proximidade da linha do equador. Outro fator importante é a dominância de massas de ar quente, como a Equatorial continental, a Equatorial atlântica e a Tropical continental, no caso do Centro-Oeste. 10. a) Os corredores ecológicos são muito importantes por permitem conexão entre os fragmentos de um bioma como o Cerrado, o que é fundamental para a reprodução das espécies de plantas e, principalmente de animais. Com os corredores permite-se a troca de material genético entre populações mais distantes, favorecendo a biodiversidade e a saúde das populações. O intercruzamento de populações de animais isolados em um fragmento de bioma pode levar a deterioração genética e risco para a biodiversidade. b) O avanço do agronegócio, a exemplo do cultivo da soja e da pecuária bovina de corte, é o principal fator de desmatamento e fragmentação do Cerrado em Goiás.