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Mercúrio (planeta) Wikipédia, a enciclopédia livre

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Mercúrio (planeta)
planeta telúrico do Sistema Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal
Mercúrio 
Planeta principal
Fotografia de Mercúrio em cores, feita pela
sonda MESSENGER em 2008.
Características orbitais
Semieixo maior 57 909 050 km 
0,387098 UA
Periélio 46 001 200 km 
0,307 499 UA
Afélio 69 816 900 km 
0,466 697 UA
Excentricidade 0,205 630
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_symbol.svg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_in_color_-_Prockter07-edit1.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sonda_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/2008
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B4mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Unidade_astron%C3%B3mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
Período orbital 87,969 dias
(0,240) anos
Período sinódico 115,88 dias
Velocidade orbital média 47,362 km/s
Inclinação Com a eclíptica: 
7,005º 
Equador do Sol: 
3,38º 
Plano invariável: 
6,34 °
Argumento do periastro 29,124º
Longitude do nó ascendente 48,331º
Número de satélites Nenhum
Características físicas
Diâmetro equatorial 4 879,4 km
Área da superfície 7,48×107 km²
Volume 6,083×1010 km³
Massa 3,3011×1023 kg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_sin%C3%B3dico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Argumento_do_periastro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Longitude_do_n%C3%B3_ascendente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%A2metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81rea
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_quadrado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Volume
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B3metro_c%C3%BAbico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Massa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quilograma
Densidade média 5,427 g/cm³
Gravidade superficial 3,7 m/s2
Período de rotação 58,646 dias (1
407,5) horas
Velocidade de escape 4,25 km/s
Inclinação axial 0,01º
Albedo 0,142
(geométrico) 
0,068 
(Bond)
Temperatura média: 166,85 ºC
mínima: -183,15
ºC 
máxima: 426,85
ºC
Magnitude aparente −2,6 para 5,7
Composição da atmosfera
Pressão atmosférica 0,5 nPa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Densidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Grama
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cent%C3%ADmetro_c%C3%BAbico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metro_por_segundo_ao_quadrado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Per%C3%ADodo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hora
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_de_escape
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o_axial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo_geom%C3%A9trico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo_de_Bond
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_atmosf%C3%A9rica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pascal_(unidade)
Potássio 
Sódio 
Oxigênio atômico 
Argônio 
Hélio 
Oxigênio molecular 
Nitrogênio 
Dióxido de carbono 
Água 
Hidrogênio
31,7%
24,9%
9,5%
7,0%
5,9%
5,6%
5,2%
3,6%
3,4%
3,2%
Mercúrio é o menor[nota 1][nota 2] e mais
interno planeta do Sistema Solar,
orbitando o Sol a cada 87,969 dias
terrestres. A sua órbita tem a maior
excentricidade e o seu eixo apresenta a
menor inclinação em relação ao plano da
órbita dentre todos os planetas do
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arg%C3%B4nio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio_molecular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nitrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Di%C3%B3xido_de_carbono
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eixo_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o_axial
Sistema Solar. Mercúrio completa três
rotações em torno de seu eixo a cada
duas órbitas. O periélio da órbita de
Mercúrio apresenta uma precessão de
5 600 segundos de arco por século, um
fenômeno completamente explicado
apenas a partir do século XX pela Teoria
da Relatividade Geral formulada por
Albert Einstein.[2] A sua aparência é
brilhante quando observado da Terra,
tendo uma magnitude aparente que varia
de −2,6 a 5,7, embora não seja
facilmente observado pois sua
separação angular do Sol é de apenas
28,3º. Uma vez que Mercúrio
normalmente se perde no intenso brilho
solar, exceto em eclipses solares, só
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Movimento_de_rota%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Precess%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Segundo_de_arco
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%A9culo_XX
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Relatividade_geral
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elonga%C3%A7%C3%A3o_(astronomia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eclipse_solar
pode ser observado a olho nu durante o
crepúsculo matutino ou vespertino.
Mercúrio é o planeta que passa a maior
parte do tempo sendo o mais próximo da
Terra,[3] dado que a Terra passa parte do
tempo no lado oposto da órbita de
Vênus. Entretanto, comparado a outros
planetas, pouco se sabe a respeito de
Mercúrio, pois telescópios em solo
terrestre revelam apenas um crescente
iluminado com detalhes limitados. As
duas primeiras espaçonaves a explorar o
planeta foram a Mariner 10, que mapeou
aproximadamente 45% da superfície do
planeta entre 1974 e 1975, e a
MESSENGER, que mapeou outros 30% da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crep%C3%BAsculo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nave_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
superfície durante um sobrevoo em 14
de janeiro de 2008. O último sobrevoo
ocorreu em setembro de 2009 e a nave
entrou em órbita do planeta em 18 de
março de 2011, quando começou a
mapear o restante do planeta, numa
missão com duração nominal de um ano
terrestre.
Mercúrio tem uma aparência similar à da
Lua com crateras de impacto e planícies
lisas, não possuindo satélites naturais
nem uma atmosfera substancial.
Entretanto, diferentemente da Lua,
possui uma grande quantidade de ferro
no núcleo que gera um campo
magnético, cuja intensidade é cerca de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astroblema
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_natural
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_(geologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
1% da intensidade do campo magnético
da Terra.[4] É um planeta
excepcionalmente denso devido aotamanho relativo de seu núcleo. A
temperatura em sua superfície varia de
90 a 700 K (−183 °C a 427 °C).[5] O ponto
subsolar é a região mais quente e o
fundo das crateras perto dos polos as
regiões mais frias.
As primeiras observações registradas de
Mercúrio datam pelo menos do primeiro
milênio antes de Cristo. Antes do século
IV a.C., astrônomos gregos acreditavam
que se tratasse de dois objetos distintos:
um visível no nascer do sol, ao qual
chamavam Apolo, e outro visível ao pôr
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Kelvin
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ponto_subsolar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Polo_geogr%C3%A1fico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Apolo
do Sol, chamado de Hermes.[6] O nome
em português para o planeta provém da
Roma Antiga, onde o astro recebeu o
nome do deus romano Mercúrio, que
tinha na mitologia grega o nome de
Hermes (Ἑρμῆς). O símbolo astronômico
de Mercúrio é uma versão estilizada do
caduceu de Hermes.[7]
Mercúrio é um dos quatro planetas
telúricos do Sistema Solar e seu corpo é
rochoso como a Terra. É o menor planeta
do sistema solar, com um raio equatorial
de 2 439,7 km.[8] Mercúrio é menor até
que os dois maiores satélites naturais do
Estrutura interna
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hermes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Roma_Antiga
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_romana
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_grega
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hermes
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_s%C3%ADmbolos_astron%C3%B3micos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caduceu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Raio_(geometria)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Equador_(linha)
sistema solar, as luas Ganimede e Titã,
embora seja mais massivo. O planeta é
formado de aproximadamente 70% de
material metálico e 30% de silicatos.[9]
Sua densidade é a segunda maior do
sistema solar, de 5,427 g/cm³, um pouco
menor apenas do que a terrestre, de
5,515 g/cm³.[8] Se o efeito da
compressão gravitacional fosse retirado,
os materiais constituintes de Mercúrio
seriam mais densos, com uma
densidade não comprimida de 5,3 g/cm³,
contra a terrestre de 4,4 g/cm³.[10]
A densidade de Mercúrio pode ser
utilizada para inferir detalhes de sua
estrutura interna. Enquanto a alta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gan%C3%ADmedes_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tit%C3%A3_(sat%C3%A9lite)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Metal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Silicato
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Compress%C3%A3o_gravitacional
densidade terrestre resulta
consideravelmente da compressão
gravitacional, particularmente no núcleo
planetário, Mercúrio é muito menor e
suas regiões internas não são tão
fortemente comprimidas. Portanto, para
ter a densidade que apresenta, seu
núcleo deve ser relativamente maior e
rico em ferro.[11] O núcleo interno de
metal preenche quase 85% do volume do
planeta. Este grande núcleo - enorme
comparado aos outros planetas
rochosos do nosso sistema solar - é
quase do mesmo tamanho que o núcleo
interno sólido da Terra.[12]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAcleo_(geologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ferro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Internal_Structure_of_Mercury_(pt).jpg
Os geólogos estimam que o núcleo de
Mercúrio ocupe aproximadamente 42%
de seu volume, enquanto na Terra a
proporção é de 17%. Pesquisas recentes
sugerem que seu núcleo seja
fundido.[13][14] O núcleo é cercado por um
manto com 500–700 km de espessura
constituído de silicatos.[15][16] Baseado
nos dados da missão da Mariner 10 e de
observações terrestres, acredita-se que a
Representação da estrutura interna de Mercúrio: 
1. Crosta—100–300 km de espessura
2. Manto—600 km de espessura
3. Núcleo—1.800 km de raio.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Manto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Internal_Structure_of_Mercury_(pt).jpg
crosta do planeta tenha entre 100 e
300 km de espessura.[17] Um dos
detalhes característicos da superfície do
planeta é a presença de numerosas
cristas estreitas, que podem se estender
por centenas de quilômetros. Acredita-se
que essas estruturas foram formadas
quando o núcleo e manto se resfriaram e
contraíram, numa época em que a crosta
já estava solidificada.[18]
O núcleo de Mercúrio tem um teor de
ferro maior que qualquer outro planeta
no Sistema Solar, e várias teorias foram
propostas para explicar esta
característica. A mais amplamente
aceita sugere que Mercúrio tinha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crosta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
originalmente uma razão metal/silicato
similar a meteoros condritos,
considerados como típicos da matéria
rochosa do Sistema Solar, e uma massa
aproximadamente 2,25 vezes a atual.[19]
No início da história do Sistema Solar, o
planeta pode ter sido atingido por um
planetesimal de aproximadamente um
sexto de sua massa e várias centenas de
quilômetros.[19] Este impacto pode ter
removido grande parte da crosta e manto
originais, deixando o núcleo como o
componente majoritário.[19] Um processo
similar, conhecido como a Hipótese do
grande impacto, foi sugerido para
explicar a formação da Lua (ver Big
Splash).[19]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Condrito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planetesimal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%B3tese_do_grande_impacto
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Big_Splash
Outra teoria sugere que Mercúrio tenha
sido formado a partir da nebulosa solar
antes que a geração da energia solar
tenha se estabilizado. O planeta teria
inicialmente duas vezes a massa atual,
mas à medida que o proto-Sol se
contraiu, as temperaturas perto de
Mercúrio poderiam estar entre 2 500 e
3 500 K, e possivelmente até superiores
a 10 000 K.[20] Grande parte da superfície
rochosa do planeta teria se vaporizado a
tais temperaturas, formando uma
atmosfera de "vapor de rocha" que teria
sido levada pelo vento solar.[20]
Uma terceira hipótese sugere que a
nebulosa solar provocou o arrasto das
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_e_evolu%C3%A7%C3%A3o_do_Sistema_Solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Protoestrela
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nebulosa_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Arrasto
partículas a partir das quais Mercúrio
vinha acretando, o que significa que as
partículas leves foram perdidas do
material acretante.[21] Cada uma destas
hipóteses conduz a uma composição
diferente da superfície e duas missões
espaciais, MESSENGER e BepiColombo,
têm como objetivo fazer observações
para verificar sua constituição.[22][23] A
MESSENGER encontrou níveis de
potássio e enxofre na superfície
superiores aos esperados, sugerindo que
a hipótese do impacto gigante e
vaporização da crosta e manto não
ocorreu, uma vez que o potássio e o
enxofre teriam sido removidos pelo calor
extremo desses eventos. As
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acre%C3%A7%C3%A3o_(astrof%C3%ADsica)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/BepiColombo
observações parecem favorecer a
terceira hipótese, em que muitos
materiais planetários mais leves foram
removidos, levando a maiores
concentrações metálicas.[24]
Geologia da superfície
Primeira imagem de alta resolução de Mercúrio
enviada pela sonda MESSENGER.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_in_color_c1000_700_430.png
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
A aparência da superfície do planeta é
bem similar à da Lua, com extensos
mares planos e grandes crateras,
indicando que a atividade geológica está
inativa há bilhões de anos. Uma vez que
o conhecimento obtido da geologia de
Mercúrio está baseado nas observações
da sonda Mariner em 1975 e de
observações terrestres, ele é o planeta
telúrico menos compreendido.[14] À
medida que os dados da missão
MESSENGER sejam processados este
conhecimento aumentará. Como
exemplo, foi descobertauma cratera
incomum com calhas radiantes, a qual
os cientistas batizaram de "a aranha"[25]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mare_(Lua)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Geologia_de_Merc%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
Ela mais tarde recebeu o nome de
Apolodoro.
Os nomes de acidentes em Mercúrio têm
várias origens, sendo que nomes de
pessoas se limitam aos já falecidos.
Crateras recebem o nome de artistas,
músicos, pintores e autores que
apresentaram contribuições
fundamentais em seus campos. Cristas
(dorsas) recebem nomes de cientistas
que contribuíram para o estudo de
Mercúrio. Depressões (fossae) recebem
nomes de obras de arquitetura,
montanhas (montes) pela palavra
"quente" em várias línguas e planícies
(planitiae) pela palavra "Mercúrio" em
várias línguas. Escarpas (rupes) são
nomeadas a partir de navios de
expedições científicas e vales (valles)
como instalações de telescópios.[26]
Acidentes de Albedo se relacionam a
áreas de refletividade marcadamente
diferentes, de acordo com a observação
telescópica. Mercúrio possui Dorsas
(também chamadas de "cristas
enrugadas"), terras altas como as da Lua,
Montes (montanhas), planícies ou
planos, Escarpas e Vallis (Vales).[27][28]
Mercúrio foi intensamente bombardeado
por cometas e asteroides durante e logo
depois da sua formação há 4,6 bilhões
de anos, como também durante um
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dorsum
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terras_altas_(geologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plan%C3%ADcie
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escarpa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vallis
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vale
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Asteroide
possível episódio subsequente
denominado "Intenso bombardeio
tardio", que se encerrou há 3,8 bilhões de
anos.[9] Durante esse período de intensa
formação de crateras, o planeta recebeu
impactos sobre toda a sua superfície,[28]
o que foi facilitado pela ausência de
qualquer atmosfera que diminuísse os
impactos.[29] Durante esse período o
planeta teve atividade vulcânica e bacias
como a Caloris foram preenchidas por
magma do interior planetário, que
produziram planícies suaves similares
aos mares lunares.[30][31]
Dados do sobrevoo da MESSENGER de
outubro de 2008 forneceram aos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Intenso_bombardeio_tardio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulc%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Caloris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magma
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mare_(Lua)
pesquisadores uma melhor avaliação da
natureza confusa da superfície
mercuriana. Sua superfície é mais
heterogênea que a marciana ou lunar, as
quais contêm falhas significativas de
geologia similar, como os mares e
platôs.[32]
Bacias de impacto e crateras
A Bacia Caloris de Mercúrio é um dos maiores
acidentes de impacto do Sistema Solar.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Caloris_basin_labeled.png
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Caloris
As crateras de impacto em Mercúrio
variam desde pequenas cavidades em
forma de tigelas até bacias de impacto
com multi-anéis de centenas de
quilômetros de tamanho. Elas aparecem
em todos os estados de degradação, de
crateras raiadas relativamente intactas
até remanescentes de crateras
altamente degradadas. Crateras
mercurianas diferem sutilmente das
lunares em função de a área coberta
pela matéria ejetada ser muito menor,
devido à ação de uma força gravitacional
mais forte.[33]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astroblema
A maior cratera conhecida é a bacia
Caloris, que possui um diâmetro de
1 550 km.[34] O impacto que criou a bacia
Caloris foi tão forte que causou erupções
de lava e deixou um anel concêntrico
com mais de 2 km de altura em volta do
local do impacto. Na antípoda da bacia
Caloris existe uma grande região
conhecida como "Terreno Esquisito".
Uma das hipóteses de sua origem seria
que as ondas de choque geradas pelo
impacto na bacia Caloris viajaram em
torno do planeta, convergindo na
antípoda da bacia. As altas tensões
resultantes fraturaram a superfície.[35]
Outra teoria sugere que o terreno foi
formado com um resultado da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Caloris
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lava
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%ADpoda
convergência da ejecta nesta antípoda
da bacia.[36]
Ao todo, aproximadamente 15 bacias de
impacto foram identificadas na área
mapeada de Mercúrio. Uma bacia
notável é a Bacia Tolstoj, com 400 km de
tamanho e multi-anéis, que teve material
ejetado cobrindo uma extensão de mais
de 500 km da sua borda e um piso que
foi preenchido por materiais de planícies
suaves. A bacia Beethoven tem um
tamanho similar de material ejetado e
uma borda de 625 km de diâmetro.[33]
Assim como a Lua, a superfície de
Mercúrio sofreu os efeitos de processos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Tolstoj
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Beethoven
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lua
de erosão espacial, incluindo o vento
solar e impactos de micrometeoritos.[37]
Planícies
Existem duas regiões planas
geologicamente distintas em
Mercúrio.[33][38] Planícies suavemente
onduladas nas regiões entre as crateras
A região chamada de "Terreno Esquisito" foi
formada pelo impacto na bacia Caloris no ponto
antipodal.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micrometeorito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury%27s_%27Weird_Terrain%27.jpg
de Mercúrio são as mais antigas
superfícies visíveis,[33] anteriores aos
terrenos com muitas crateras. Essas
planícies inter-crateras são distribuídas
uniformemente por toda a superfície do
planeta e parecem ter obliterado muitas
crateras anteriores; elas apresentam
uma escassez geral de crateras de
diâmetro menor que 30 km.[38] Ainda não
está claro se elas são de origem
vulcânica ou originadas de impactos.[38]
Planícies suaves são áreas achatadas
espalhadas que preenchem depressões
de vários tamanhos e têm uma forte
semelhança com os mares lunares.
Notavelmente, elas preenchem um largo
anel em torno da bacia Caloris. Ao
contrário dos mares lunares, as planícies
suaves de Mercúrio têm o mesmo albedo
que as planícies inter-crateras mais
antigas. Apesar da ausência de
características vulcânicas inequívocas, a
localização e o formato arredondado
destas planícies sugerem fortemente
sua origem vulcânica.[33] Todas essas
planícies suaves foram formadas
significativamente depois da bacia
Caloris, como evidenciado pela
densidade de crateras menor do que
onde houve ejeção de material de
Caloris.[33] O piso da bacia Caloris é
preenchido por uma planície
geologicamente distinta, quebrada por
rugas e fraturas em um padrão
aproximadamente poligonal. Não está
claro se são lavas vulcânicas induzidas
pelo impacto, ou um grande lençol de
material derretido pelo impacto.[33]
Uma característica típica da superfície
do planeta são as numerosas dobras de
compressão, ou rupes, que cruzam as
planícies. À medida que o interior do
planeta se resfriou, ele pode ter se
contraído e sua superfície começou a se
deformar, criando estas formações. As
dobras podem ser vistas no topo de
outras formações, tais como crateras e
planícies, indicando que as dobras são
mais recentes.[39] A superfície planetária
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rupes
sofre significativo efeito de marés
provocado pelo Sol, que é 17 vezes mais
forte que o efeito da Lua sobre a
Terra.[40]
A temperatura média da superfície de
Mercúrio é de 169,35 °C (442,5 K),[8] mas
varia numa faixa de -173,15 °C (100 K) a
Superfície e exosfera
Imagem de radar do polo norte de Mercúrio.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/For%C3%A7a_de_mar%C3%A9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Temperatura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9dia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Kelvin
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Merc_fig2sm.jpg
426,85 °C (700 K) [41] devido àausência
de atmosfera e a um abrupto gradiente
de temperatura entre o equador e os
polos. O ponto subsolar alcança
aproximadamente 700 K durante o
periélio e então cai para 550 K durante o
afélio.[42] No lado escuro do planeta, a
temperatura média é de 110 K
(-163,15 °C).[43] A intensidade da luz
solar na superfície varia entre 4,59 e
10,61 vezes a constante solar (1 370
W•m−2).[44]
Apesar de as temperaturas serem em
geral extremamente altas em sua
superfície, as observações sugerem
fortemente a presença de gelo no
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Luz_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gelo
planeta. Os pisos de crateras profundas
nos polos nunca são expostos
diretamente à luz solar, e a temperatura
ali permanece abaixo de 102 K, bem
abaixo da temperatura média global[45] O
gelo reflete com grande intensidade o
radar, e observações do Observatório
Goldstone e do VLA no início da década
de 1990 revelaram a presença de áreas
com grande reflexão do radar perto dos
polos.[46] Embora o gelo não seja a única
causa possível dessas regiões reflexivas,
os astrônomos acreditam que seja a
mais provável.[47]
Acredita-se que as regiões geladas
tenham aproximadamente 1014 a 1015 kg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_Goldstone
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Very_Large_Array_(observat%C3%B3rio)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Reflex%C3%A3o_(f%C3%ADsica)
de gelo,[48] e podem estar cobertas por
uma camada de regolitos que inibe a
sublimação.[49] Em comparação, a
camada de gelo sobre a Antártica tem
uma massa de aproximadamente
4×1018 kg e a calota polar do sul de
Marte tem 1016 kg de água.[48] A origem
do gelo em Mercúrio ainda não é
conhecida, mas as duas fontes mais
prováveis são a degaseificação do
interior do planeta ou a deposição pelo
impacto de cometas.[48]
Comparação do tamanho dos planetas telúricos, da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Regolito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sublima%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ant%C3%A1rtica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Degaseifica%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cometa
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Terrestrial_planet_size_comparisons.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_tel%C3%BArico
Mercúrio é muito pequeno e quente para
sua gravidade reter qualquer atmosfera
significativa por um longo período de
tempo, entretanto possui uma "tênue
exosfera na superfície"[50].A sonda
MESSENGER encontrou altas proporções
de hidróxidos, magnésio, silício,
hidrogênio, hélio, oxigênio, sódio, cálcio e
potássio na exosfera.[51] Essa exosfera
não é estável — átomos são
continuamente perdidos e repostos de
várias fontes. O hidrogênio e o hélio
provavelmente provêm do vento solar,
difundido na magnetosfera mercuriana
esquerda para a direita: Mercúrio, Vênus, Terra e
Marte.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Atmosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Exosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidr%C3%B3xido
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magn%C3%A9sio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sil%C3%ADcio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hidrog%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/H%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%AAnio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/S%C3%B3dio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/C%C3%A1lcio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pot%C3%A1ssio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vento_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Difus%C3%A3o_molecular
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnetosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%A9nus_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Marte_(planeta)
antes de escapar de volta para o espaço.
O decaimento radioativo de elementos
do interior da crosta é outra fonte de
hélio, assim como de sódio e potássio. O
vapor de água presente provém de uma
combinação de processos tais como
cometas atingindo a superfície,
pulverização catódica através do
hidrogênio do vento solar e oxigênio das
rochas, e sublimação de reservatórios de
gelo na sombra permanente das crateras
polares. A detecção de grandes
quantidades dos íons O+, OH-, e H2O+ foi
uma surpresa.[52][53] Dada a quantidade
que foi detectada no ambiente espacial
de Mercúrio, os cientistas supõem que
essas moléculas foram arrancadas da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Decaimento_radioativo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pulveriza%C3%A7%C3%A3o_cat%C3%B3dica
superfície do planeta ou da exosfera pelo
vento solar.[54][55]
O sódio, o potássio e o cálcio foram
descobertos na atmosfera durante as
décadas de 1980 e 1990 e acredita-se
que sejam primariamente o resultado da
vaporização de rochas da superfície pelo
impacto de micrometeoritos.[56] Estudos
indicam que às vezes emissões de sódio
são localizadas em pontos que
correspondem ao dipolo magnético do
planeta, indicando a interação entre a
magnetosfera e a superfície do
planeta.[57]
Campo magnético e
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Micrometeorito
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dipolo_magn%C3%A9tico
Apesar do seu pequeno tamanho e lenta
velocidade de rotação em 59 dias,
Mercúrio tem um campo magnético
significativo e aparentemente global. De
acordo com medições realizadas pela
sonda Mariner 10, sua força é de
aproximadamente 1,1% do terrestre,
sendo de cerca de 300 nT na linha do
equador do planeta.[58][59] Como o da
magnetosfera
Gráfico mostrando a força relativa do campo
magnético mercuriano.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Campo_magn%C3%A9tico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tesla_(unidade)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_Magnetic_Field_NASA.jpg
Terra, o campo magnético de Mercúrio é
dipolar,[57] mas diferentemente da Terra,
os polos de Mercúrio estão quase
alinhados com o eixo de rotação do
planeta.[60] As medidas feitas pelas
sondas Mariner 10 e MESSENGER
indicaram que a força e formato do
campo magnético são estáveis.[60][61][62]
É provável que o campo magnético seja
gerado por meio de um efeito dínamo, de
modo similar ao campo terrestre.[63][64]
Este efeito dínamo seria resultado da
circulação do núcleo líquido rico em
ferro. O efeito de maré provocado pela
alta excentricidade orbital do planeta
serviria para manter o núcleo no estado
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/D%C3%ADnamo
líquido necessário para a existência
deste efeito dínamo.[65]
O campo magnético mercuriano é forte o
suficiente para defletir o vento solar em
torno do planeta, criando uma
magnetosfera que, apesar de ser menor
que a Terra, é forte o suficiente para
capturar o plasma do vento solar,
contribuindo assim para a erosão
espacial na superfície do planeta.[60]
Observações feitas pela sonda Mariner
10 detectaram plasma de baixa energia
na magnetosfera do planeta no lado
escuro e explosões de partículas
energéticas foram detectadas na
magnetocauda do planeta, o que indica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnetosfera
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eros%C3%A3o_espacial
uma qualidade dinâmica da
magnetosfera.[57]
Durante seu segundo sobrevoo do
planeta em 6 de outubro de 2008, a
sonda MESSENGER descobriu que o
campo magnético pode ser
extremamente “furado”. A sonda
encontrou “tornados” magnéticos –
feixes deformados do campo magnético
conectando o campo magnético
planetário com o espaço sideral – que
tinham até 800 km de largura, ou um
terço do raio do planeta. Estes tornados
são formados quando campos
magnéticos carregados pelo vento solar
são conectados ao campo mercuriano. À
medida que o vento solar empurra o
campo magnético, estes campos
magnéticos conectados são carregados
junto e misturados em estruturas
parecidas com um vórtice. Estes tubos
de fluxos magnéticos misturados,
tecnicamente conhecidos como eventos
de transferência de fluxos, formam
aberturas no escudo magnético do
planeta através do qual o vento solarpode penetrar e atingir diretamente a
superfície de Mercúrio.[66]
O processo de ligação dos campos
magnéticos planetário e interplanetário,
chamado de reconexão magnética, é
comum no espaço e ocorre no campo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/V%C3%B3rtice
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Evento_de_transfer%C3%AAncia_de_fluxo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Reconex%C3%A3o_magn%C3%A9tica
magnético terrestre da mesma forma.
Todavia, a sonda MESSENGER observou
que a taxa de reconexões em Mercúrio é
dez vezes maior que a terrestre. A
proximidade do Sol contribui com
apenas um terço da taxa observada pela
MESSENGER.[66]
Órbita e rotação
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ThePlanets_Orbits_Mercury_PolarView.svg
Mercúrio tem excentricidade orbital de
0,21, a maior entre todos os planetas,
com a distância do Sol variando de 46 a
70 milhões de quilômetros; ele leva
87,969 dias terrestres para completar um
período de translação. O diagrama à
esquerda ilustra os efeitos da
excentricidade, mostrando a órbita de
Mercúrio sobrepondo uma órbita circular
com o mesmo semieixo maior. A
velocidade maior do planeta quando está
perto do periélio é claramente mostrada
pela distância maior coberta num
intervalo de cinco dias. O tamanho das
esferas é inversamente proporcional a
Órbita de Mercúrio em amarelo.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Transla%C3%A7%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Semieixo_maior
sua distância do Sol e é utilizado para
ilustrar a variação da distância
heliocêntrica. Esta variação da distância
do Sol, combinada com uma ressonância
orbital de 3:2 da rotação do planeta em
torno de seu eixo, resulta em complexas
variações da temperatura da
superfície.[67] Esta ressonância faz com
que um dia em Mercúrio dure
exatamente dois anos, ou seja, cerca de
176 dias terrestres.[68]
A órbita mercuriana está inclinada em 7º
em relação ao plano da órbita da Terra (a
eclíptica), conforme mostrado no
diagrama à direita. Como resultado, o
trânsito de Mercúrio sobre o Sol ocorre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Resson%C3%A2ncia_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio
apenas quando o planeta está cruzando
o plano da eclíptica terrestre quando
está entre a Terra e o Sol, evento que
acontece em média a cada sete anos.[69]
A inclinação axial mercuriana é quase
zero,[70][71] sendo de 0,027º o melhor
valor medido.[72] Este valor é
significativamente menor que a
inclinação de Júpiter, que ostenta a
Órbita de Mercúrio conforme observada do nodo
ascendente (abaixo) e de 10º acima (topo).
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Inclina%C3%A7%C3%A3o_axial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/J%C3%BApiter_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:ThePlanets_Orbits_Mercury_EclipticView.svg
segunda menor inclinação de todos os
planetas, com 3,1 graus. Isto significa
que, para um observador no polo de
Mercúrio, o centro do Sol nunca
ascenderia mais de 2,1 minutos de arco
acima do horizonte.[72]
Em certos pontos da superfície do
planeta, um observador veria o Sol subir
até aproximadamente a metade do
caminho e então reverter e se pôr antes
de nascer novamente, tudo isso no
mesmo dia mercuriano. Isto ocorre
porque, aproximadamente quatro dias
terrestres antes do periélio, a velocidade
orbital angular se iguala à velocidade
rotacional angular, então o movimento
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_rotacional
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estrela_de_movimento_pr%C3%B3prio
aparente do Sol cessa; no periélio, a
velocidade orbital angular então excede
a rotacional e assim o Sol aparece num
movimento retrógado. Quatro dias após
o periélio, o movimento aparente do Sol
reinicia-se nesses pontos.[67]
Mercúrio atinge a conjunção inferior
(aproximação da Terra) a cada 116 dias
terrestres, em média,[8] mas este
intervalo pode variar entre 105 e 129
dias, devido à órbita excêntrica do
planeta. Mercúrio pode se aproximar a
até 77,3 milhões de quilômetros da
Terra,[8] mas ele só se aproximará a 80
Gm (gigametros) no ano 28.622. A
próxima aproximação a 82,1 GM será em
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Estrela_de_movimento_pr%C3%B3prio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sentido_dos_ponteiros_do_rel%C3%B3gio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gigametro
2679, e a 82 Gm em 4487.[73] O seu
período de movimento retrógrado, para
um observador na Terra, pode variar
entre 8 e 15 dias em cada lado da
conjunção inferior. Esta grande variação
se deve à alta excentricidade orbital do
planeta.[67]
Ressonância rotação-translação
Depois de um período de translação, Mercúrio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury%27s_orbital_resonance.svg
Por muitos anos acreditou-se que
Mercúrio estava sincronizado pelo efeito
de maré com o Sol, rotacionando uma
vez para cada translação e mantendo
sempre a mesma face voltada para o Sol,
do mesmo modo que o mesmo lado da
Lua está sempre voltado para a Terra.
Entretanto, observações de radar em
1965 provaram que o planeta tem uma
ressonância roto-translacional de 3:2,
rotacionando três vezes para cada duas
translações em torno do Sol; a
excentricidade da órbita de Mercúrio
rotacionou 1,5 vez, então, após dois períodos
translacionais completos, o mesmo hemisfério está
iluminado novamente.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acoplamento_de_mar%C3%A9
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_da_Terra
torna a ressonância estável – no periélio,
quando a maré solar é mais forte, o Sol
fica quase parado no céu mercuriano.[74]
A razão original para os astrônomos
acreditarem que Mercúrio estava
sincronizado era porque toda vez que ele
estava numa condição ótima de
observação, estava sempre perto do
mesmo ponto da ressonância, portanto
mostrando a mesma face. Isto ocorre
porque, coincidentemente, a rotação de
Mercúrio tem quase a metade do período
sinódico em relação à Terra. Devido à
ressonância 3:2 roto-translacional
mercuriana, um dia solar (o comprimento
entre dois trânsitos meridianos do Sol)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_da_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_astron%C3%B4mico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Meridiano_(Astronomia)
dura aproximadamente 176 dias
terrestres.[67] Um dia sideral (o período
de rotação) dura aproximadamente 58,7
dias terrestres.[67]
Simulações indicam que a
excentricidade orbital de Mercúrio varia
caoticamente de quase zero (circular) a
mais de 0,45 ao longo de milhões de
anos, devido a perturbações provocadas
por outros planetas.[67][75] Acredita-se
que isto explique a ressonância 3:2 roto-
translacional (em vez da mais usual 1:1),
uma vez que este estado é mais provável
de surgir num período de alta
excentricidade.[76]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_da_Terra
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Excentricidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Teoria_do_caos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Perturba%C3%A7%C3%A3o
Simulações numéricas mostram que
uma interação orbital ressonante com
Júpiter pode levar a excentricidade
orbital de Mercúrio a aumentar a ponto
de o planeta ter uma probabilidade de 1%
de se chocar com Vênus nos próximos 5
bilhões de anos.[77][78]
Avanço do periélio
Em 1859, o matemático e astrônomo
francês Urbain Le Verrier relatou que a
lenta precessão da órbita de Mercúrio
em torno do Sol não poderia ser
completamente explicada pela mecânica
Newtoniana e por perturbações dos
planetas conhecidos. Ele sugeriu, entre
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Matem%C3%A1tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Urbain_Le_Verrier
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Precess%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mec%C3%A2nica_Newtoniana
as possíveis explicações, que outro
planeta (ou talvez uma série de
‘corpúsculos’ menores) poderia existir
em uma órbita solar até menor que a de
Mercúrio, para dar uma explicação para
esta perturbação.[79]O sucesso na busca
por Netuno baseada nas perturbações
da órbita de Urano levou os astrônomos
a dar fé a esta possível explicação, e o
hipotético planeta foi até nomeado de
Vulcano. Entretanto, tal planeta nunca foi
encontrado.[80]
A precessão de Mercúrio é de 5600
segundos de arco (1,5556°) por século
em relação à Terra e a mecânica
newtoniana, levando em conta todos os
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Neptuno_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Urano_(planeta)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vulcano_(planeta)
efeitos de outros planetas, prevê uma
precessão de 5557 segundos de arco
(1,5436°) por século.[81] No início do
século XX, a Teoria da Relatividade Geral
de Albert Einstein apresentou a
explicação para o fenômeno observado
da precessão. O efeito é bem pequeno: o
avanço relativístico do periélio
mercuriano é de apenas 42,98 segundos
de arco por século, portanto é necessário
um pouco mais de doze milhões de
translações para uma volta adicional
completa. O efeito ocorre de modo
similar em outros planetas, embora seja
muito menor, sendo de 8,62 segundos de
arco por século para Vênus, 3,84 para a
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Relatividade_geral
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Albert_Einstein
Terra, 1,35 para Marte e 10,05 para
Ícarus 1566.[82][83]
A distorção do espaço-tempo do sol
também altera a forma como os outros
planetas puxam Mercúrio. O efeito
combinado estimado da deformação
causada pelos planetas é tão pequeno
que levaria 2 bilhões de anos para
adicionar um grau à rotação da órbita de
Mercúrio.[84]
A longitude de Mercúrio aumenta na
direção oeste e uma pequena cratera
chamada Hun Kal é o ponto de referência
Sistema de coordenadas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dcarus_1566
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espa%C3%A7o-tempo
para a medida da longitude. O centro de
Hun Kal está a 20° de longitude oeste.[85]
A magnitude aparente mercuriana varia
entre -2,6 – mais brilhante que Sirius (a
estrela mais brilhante) – e 5,7
(aproximadamente o limite teórico de
Observação
Trânsito de Mercúrio sobre o disco solar em 8 de
novembro de 2006.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnitude_aparente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sirius
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Transit_of_Mercury,_2006-11-08_2.jpg
visibilidade a olho nu), ocorrendo os
extremos quando Mercúrio está bem
perto do Sol no céu.[86] A observação do
planeta é complicada devido a sua
proximidade do Sol, já que ele se perde
no brilho solar por grande parte do
tempo. Mercúrio pode ser observado
apenas num curto período durante o
crepúsculo matinal ou vespertino. O
Telescópio Espacial Hubble não pode
observar o planeta, devido a
procedimentos de segurança que
impedem que seja apontado para tão
perto do Sol.[87] Assim como outros
planetas e estrelas mais brilhantes,
Mercúrio pode ser visto durante eclipses
totais do Sol.[88]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Telesc%C3%B3pio_Espacial_Hubble
Como a Lua e Vênus, Mercúrio possui
fases quando observado da Terra, sendo
a "nova" a conjunção inferior e a "cheia" a
conjunção superior. O planeta fica
invisível em ambas as ocasiões por
causa da proximidade relativa do Sol.
Mercúrio é tecnicamente mais brilhante,
quando observado da Terra, em sua fase
“cheia”. Embora o planeta esteja nesta
fase em sua maior distância da Terra, a
maior área iluminada visível e o efeito da
oposição mais do que compensam a
distância. O oposto acontece com
Vênus, que aparece mais brilhante na
fase crescente, porque está muito mais
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fases_da_Lua
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Conjun%C3%A7%C3%A3o_(astronomia_e_astrologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Efeito_da_oposi%C3%A7%C3%A3o
perto da Terra do que quando está
convexa.[89]
Entretanto, a aparição mais brilhante de
Mercúrio (fase “cheia”) é uma ocasião
impossível para a observação prática,
por causa da extrema proximidade do
Sol. Mercúrio é mais bem observado no
primeiro e último quartos, embora sejam
fases de menor brilho. Essas fases
ocorrem na maior elongação leste e
oeste, respectivamente. Nessas duas
oportunidades, a separação de Mercúrio
do Sol varia entre 17,9° no periélio e 27,8°
no afélio.[90][91] A maior elongação oeste
é a ocasião em que Mercúrio nasce mais
cedo antes do Sol, enquanto a maior
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Elonga%C3%A7%C3%A3o_(astronomia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Peri%C3%A9lio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Af%C3%A9lio
elongação leste é quando ele se põe
mais tarde depois do Sol .[92]
Mercúrio é mais facilmente visível nas
latitudes tropicais e subtropicais do que
em latitudes maiores, o que é o resultado
de dois efeitos: (i) o Sol ascende e
descende em ângulos maiores no
horizonte, portanto o período de
crepúsculo é menor, e (ii) em certas
épocas do ano, a eclíptica faz interseção
com o horizonte em um ângulo muito
grande, significando que Mercúrio pode
estar relativamente alto (a até 28°) em
um céu totalmente escuro. Essas
condições podem existir, por exemplo,
depois do por do sol perto do equinócio
da primavera, em março/abril no sul dos
Estados Unidos ou em setembro/outubro
na África do Sul e Australásia. De forma
inversa, a visão antes da alvorada é mais
fácil perto do equinócio do outono.
Em latitudes temperadas, a observação é
frequentemente mais fácil do hemisfério
sul terrestre do que do norte, porque no
hemisfério sul as elongações máximas a
oeste do Sol ocorrem no início do outono
e as elongações máximas a leste no final
do inverno.[92] Em ambos os casos, o
ângulo de Mercúrio com a eclíptica é
maximizado, permitindo que ele nasça
várias horas antes do Sol na primeira
situação e várias horas após o por do Sol
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_sul
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hemisf%C3%A9rio_norte
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ecl%C3%ADptica
em países localizados na zona sul
temperada, tais como Argentina e Nova
Zelândia.[92] Por outro lado, nos
principais centros populacionais das
altas latitudes ao norte, Mercúrio nunca
está acima do horizonte em condições
de luminosidade adequadas.
Observações de Mercúrio por telescópio
baseadas na Terra revelam apenas um
disco parcial iluminado, com detalhe
limitado. A primeira das duas naves
espaciais a visitar o planeta foi a Mariner
10, que mapeou cerca de 45 % da
superfície entre 1974 e 1975. A segunda
é a nave MESSENGER que, depois de três
sobrevoos de Mercúrio entre 2008 e
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Argentina
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nova_Zel%C3%A2ndia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nave_espacial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
2009, entrou em órbita em 17 de março
de 2011,[93] para mapear e estudar o
restante do planeta.[94]
Astronomia antiga
As mais antigas observações registradas
de Mercúrio são das tabelas de Mul.Apin.
Estas observações foram provavelmente
feitas por um astrônomo assírio por volta
do século XIV a.C.[95] A escrita
cuneiforme utilizada para designar o
planeta na tabela é transcrita como
UDU.IDIM.GU4.UD (“O planeta que
pula”)[nota 3] Registros babilônicos de
Estudos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mul.Apin
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ass%C3%ADria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escrita_cuneiforme
Mercúrio datam do primeiro milênio a.C.,
quando o planeta era chamado de Nabu,
o mensageiro dos deuses em sua
mitologia.[97]
Os gregos da antiguidade do período de
Hesíodo conheciam o planeta como
Στίλβων (Stilbon), que significa "o
resplandecente", e Ἑρμάων
(Hermaon).[98] Posteriormente, os gregos
chamaram o planeta de Apolo quando
estava visível no céu da manhã e Hermes
quando visível no entardecer. Por volta
do século IV a.C. os astrônomos gregos
perceberam que os dois nomes se
referiam ao mesmo corpo celeste,
Hermes (Ερμής: Ermis), nome planetário
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Nabu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gr%C3%A9cia_Antiga
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hes%C3%ADodo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Apolo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hermesque foi mantido no grego moderno.[99] Os
romanos batizaram o planeta com o
nome do seu deus mensageiro com asas
nos pés, Mercúrio (em latim, Mercurius),
equivalente ao grego Hermes, em virtude
de o astro cruzar o firmamento mais
rápido que qualquer outro planeta.[6][100]
O símbolo astronômico para Mercúrio é
uma versão estilizada do caduceu de
Hermes.[101]
O astrônomo romano-egípcio Ptolomeu
escreveu sobre a possibilidade de
trânsitos planetários sobre a face do Sol
em seu trabalho ‘’’Hipóteses
Planetárias’’’. Ele sugeriu que não haviam
sido observados trânsitos porque
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Lista_de_s%C3%ADmbolos_astron%C3%B3micos
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Caduceu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ptolomeu
planetas como Mercúrio eram pequenos
demais para serem vistos ou porque os
trânsitos eram muito pouco
frequentes.[102]
Na China antiga, Mercúrio era conhecido
como Ch’em-Hsing, a estrela da hora, e
estava associado com a direção do norte
Modelo do astrônomo Ibn al-Shatir para as
aparições do planeta, mostrando a multiplicação
dos epiciclos utilizando o par de Tusi, eliminando
assim as excêntricas e a equante de Ptolomeu.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Antiga_China
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Shatir500.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ibn_al-Shatir
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Epiciclo
https://pt.m.wikipedia.org/w/index.php?title=Par_de_Tusi&action=edit&redlink=1
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Equante
e a fase da água no Wu Xing.[103] A
mitologia hindu utilizava o nome Buda
para Mercúrio e acreditava-se que este
deus presidia a quarta-feira;[104] No
paganismo germânico, o astro era
representado pelo deus Odin (ou
‘’Woden’’), também associado a este dia
da semana.[105] A civilização maia pode
ter representado o planeta como uma
coruja (ou possivelmente quatro corujas,
duas para a manhã e duas para a tarde),
que servia com mensageira para o
mundo dos mortos.[106]
Na astronomia indiana antiga, o Surya
Siddhanta, um texto astronômico indiano
do século V, estimava o diâmetro de
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cinco_elementos_(filosofia_chinesa)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_hindu
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Buda
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quarta-feira
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Odin
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maias
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mundo_dos_mortos
Mercúrio em 3.008 milhas, um erro de
menos de 1% do diâmetro atualmente
aceito, de 3.032 milhas (4.880 km).
Entretanto, esta estimativa se baseava
em uma medição imprecisa do diâmetro
angular do planeta em 3 minutos de
arco.
Na astronomia islâmica medieval, o
astrônomo de Al-Andalus Abū Ishāq
Ibrāhīm al-Zarqālī representou no século
XI o epiciclo da órbita geocêntrica
mercuriana como uma oval (tal como um
ovo ou um pinhão), embora esta
indicação não tenha influenciado sua
teoria ou seus cálculos
astronômicos.[107][108] No século XII, Ibn
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astronomia_isl%C3%A2mica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Al-Andalus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ab%C5%AB_Ish%C4%81q_Ibr%C4%81h%C4%ABm_al-Zarq%C4%81l%C4%AB
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Epiciclo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pinh%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ibn_Bajjah
Bajjah observou "dois planetas como
pontos pretos na superfície do Sol", o
que foi posteriormente sugerido como
trânsito de Mercúrio e/ou Vênus pelo
astrônomo Qotb al-Din Shirazi, do
observatório Maragheh no século
XIII.[109] Entretanto, a maioria dos
registros medievais de trânsitos foram
posteriormente interpretados como
observações de manchas solares.[110]
Na Índia, o astrônomo Nilakantha
Somayaji, da escola Kerala, desenvolveu
no século XV um sistema planetário
parcialmente heliocêntrico em que
Mercúrio orbitava o Sol, que por sua vez
orbitava a Terra, de forma similar ao
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ibn_Bajjah
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mancha_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%8Dndia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Escola_Kerala_de_astronomia_e_matem%C3%A1tica
Sistema de Tycho proposto no final do
século XVI por Tycho Brahe.[111]
Pesquisas baseadas em
observações terrestres
As primeiras observações telescópicas
de Mercúrio foram feitas por Galileu no
início do século XVII, e embora ele tenha
Trânsito de Mercúrio. Mercúrio é o pequeno ponto
abaixo do centro, na frente do Sol. A área escura na
esquerda do disco solar é uma mancha.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sistema_de_Tycho
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tycho_Brahe
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Galileu_Galilei
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_transit_1.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_de_Merc%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mancha_solar
visto fases em Vênus, seu telescópio não
era potente o suficiente para visualizar
as fases mercurianas. Em 1631, Pierre
Gassendi fez a primeira observação do
trânsito astronômico de um planeta
sobre o disco solar, quando observou um
trânsito de Mercúrio previsto por
Johannes Kepler. Em 1639, Giovanni
Zupi descobriu que o planeta tinha fases
orbitais, tal como a Lua e Vênus. Esta
observação demonstrou
conclusivamente que Mercúrio orbitava o
Sol.[67]
Um evento raro na astronomia é a
passagem de um planeta à frente de
outro (ocultação), quando observado da
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fase_planet%C3%A1ria
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Pierre_Gassendi
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Tr%C3%A2nsito_astron%C3%B4mico
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Johannes_Kepler
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Battista_Zupi
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Oculta%C3%A7%C3%A3o_planet%C3%A1ria
Terra. Mercúrio e Vênus se ocultam com
uma frequência de alguns séculos, e o
único evento deste tipo historicamente
observado foi em 28 de maio de 1737,
por John Bevis do Observatório de
Greenwich.[112] A próxima ocultação de
Mercúrio por Vênus ocorrerá em 3 de
dezembro de 2133.[113]
As dificuldades inerentes à observação
de Mercúrio implicam que este foi de
longe o menos estudado dos planetas.
Em 1800, Johann Schröter fez
observações de acidentes da superfície,
afirmando ter observado montanhas de
20 km de altura. Friedrich Bessel utilizou
os desenhos de Schröter e erroneamente
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/John_Bevis
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_de_Greenwich
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Friedrich_Wilhelm_Bessel
estimou o período de rotação em 24
horas e uma inclinação axial de 70º.[114]
Na década de 1880, Giovanni Schiaparelli
mapeou o planeta com uma exatidão
maior e sugeriu que o período rotacional
era de 88 dias, o mesmo que o período
orbital devido ao efeito de maré.[115] Este
fenômeno é conhecido como rotação
sincronizada e é observado na Lua
terrestre. Os esforços para mapear a
superfície de Mercúrio foram
continuados por Eugenios Antoniadi, que
publicou um livro em 1934 que incluía
mapas e suas próprias observações.[57]
Muitos dos acidentes da superfície do
planeta, particularmente as formações
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Schiaparelli
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Rota%C3%A7%C3%A3o_sincronizada
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Eugenios_Antoniadi
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_de_albedo
de albedo, têm seus nomes retirados dos
mapas de Antoniadi.[116]
Em junho de 1962, cientistas soviéticos
do Instituto de Rádio-engenharia e
Eletrônica da Academia de Ciências da
União Soviética, liderados por Vladimir
Kotelnikov, tornaram-se os primeiros a
enviar sinais de radar para Mercúrio e
receber respostas, iniciando as
observações por radar do
planeta.[117][118][119] Três anos mais tarde,
observações de radar dos
estadunidenses Gordon Pettengill e R.
Dyce, utilizando um radiotelescópio de
300 m do Observatório de Arecibo, em
Porto Rico, demonstraram
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Forma%C3%A7%C3%A3o_de_albedo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Instituto_de_R%C3%A1dio-engenharia_e_Eletr%C3%B4nicahttps://pt.m.wikipedia.org/wiki/Academia_de_Ci%C3%AAncias_da_R%C3%BAssia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vladimir_Kotelnikov
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radiotelesc%C3%B3pio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radiotelesc%C3%B3pio_de_Arecibo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Porto_Rico
conclusivamente que o período
rotacional do planeta era de cerca de 59
dias terrestres.[120][121]
A teoria de que a rotação de Mercúrio
estava sincronizada tinha se tornado
amplamente aceita, e foi uma surpresa
para os astrônomos quando estas
observações foram anunciadas. Se
Mercúrio estivesse sincronizado pelo
efeito de maré, sua face escura deveria
ser extremamente fria, porém as
medições por emissões de rádio
revelaram que ela era muito mais quente
que o esperado. Os astrônomos foram
relutantes em abandonar a teoria da
rotação sincronizada e propuseram
mecanismos alternativos, tais como
poderosos ventos distribuidores de calor,
para explicar estas observações.[122]
O astrônomo italiano Giuseppe Colombo
percebeu que o valor da rotação era
aproximadamente dois terços do período
de translação mercuriano, e propôs que
os períodos de translação e rotação
estavam sincronizados numa relação de
3:2, e não de 1:1.[123] Dados da sonda
espacial Mariner 10 confirmaram
posteriormente este teoria.[124] Isto
significa que os mapas de Schiaparelli e
Antoniadi não estavam “errados”. Na
verdade, os astrônomos viram as
mesmas características durante cada
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Giuseppe_Colombo
“segunda” órbita e as registraram, mas
negligenciaram aquelas vistas no meio
tempo, quando a outra face de Mercúrio
estava voltada para o Sol, uma vez que a
geometria orbital implicava em que estas
observações fossem feitas sob
condições de visibilidade ruins.[114]
Observações ópticas terrestres não
revelaram muito sobre a estrutura do
planeta, mas rádio-astrônomos
utilizando interferometria em
comprimentos de onda de microondas,
uma técnica que permite a remoção da
radiação solar, puderam discernir
propriedades físicas e químicas de
camadas sob a superfície numa
profundidade de vários metros.[125][126]
Somente quando a primeira sonda
espacial foi enviada é que muitas das
propriedades mais fundamentais do
planeta foram conhecidas. Todavia,
avanços tecnológicos recentes têm
melhorado as observações terrestres.
Em 2000, observações em alta resolução
pelo método Lucky imaging foram
conduzidas pelo Observatório Monte
Wilson e forneceram as primeiras visões
com resolução para acidentes da
superfície que não foram fotografadas
pela missão Mariner.[127] Imagens
posteriores evidenciaram uma grande
bacia de impacto com um anel duplo,
maior ainda que a Bacia Caloris na
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Observat%C3%B3rio_Monte_Wilson
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Bacia_Caloris
região não fotografada pela Mariner, a
qual foi informalmente apelidada de
Bacia Skinakas.[128] Imagens posteriores
mostraram evidência de uma grande
bacia de impacto com duplo anel, ainda
maior que a bacia Caloris, no hemisfério
não fotografado pela Mariner, que foi
informalmente denominada bacia
Skinakas. A maior parte da superfície foi
mapeada pelo telescópio de Arecibo,
com uma resolução de 5 km, inclusive
depósitos polares nas regiões de sombra
das crateras, que podem ser de gelo.[129]
Pesquisa com sondas espaciais
Alcançar Mercúrio a partir da Terra
apresenta desafios técnicos
significativos, uma vez que o planeta
orbita o Sol muito mais próximo do que a
Terra. Uma espaçonave lançada da Terra
precisa viajar por 91 milhões de
quilômetros na direção do poço de
potencial gravitacional do Sol. A
velocidade orbital mercuriana é de
48 km/s, enquanto a terrestre é de
30 km/s, portanto a espaçonave precisa
realizar uma grande mudança em sua
velocidade (delta-v) para entrar na órbita
de transferência de Hohmann que passa
perto de Mercúrio, comparada com o
delta-v necessário para outras missões
planetárias.[130]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Quil%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Po%C3%A7o_de_potencial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_orbital
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Delta-v
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/%C3%93rbita_de_transfer%C3%AAncia_de_Hohmann
A energia potencial liberada pelo
movimento em direção ao poço de
potencial solar torna-se energia cinética,
exigindo outra grande alteração no delta-
v para evitar passar rapidamente direto
por Mercúrio. Para pousar com
segurança ou entrar em órbita estável, a
espaçonave deve contar com motores de
foguetes, pois a aerofrenagem está fora
de cogitação por causa da tênue
atmosfera. Uma viagem para Mercúrio
exige mais combustível do que para
escapar completamente do sistema
solar. Como resultado, apenas duas
sondas espaciais foram enviadas ao
planeta até o momento.[131] Uma
alternativa de aproximação proposta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Energia_potencial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Po%C3%A7o_de_potencial
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Energia_cin%C3%A9tica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Aerofrenagem
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Velocidade_de_escape
seria a utilização de velas solares para
atingir uma órbita sincronizada à
mercuriana ao redor do Sol.[132]
Mariner 10
A sonda Mariner 10, a primeira a visitar o planeta de
perto.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Vela_solar
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mariner10.gif
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_Mariner10.jpg
A primeira espaçonave a visitar Mercúrio
foi a sonda Mariner 10 da NASA (1974–
75),[6] que utilizou a força da gravidade
de Vênus para ajustar sua velocidade
orbital para se aproximar de Mercúrio,
tornando-se a primeira nave espacial a
utilizar o efeito da gravidade assistida e a
primeira da NASA a realizar uma missão
de visita a múltiplos planetas.[130] A
sonda forneceu as primeiras imagens
próximas da superfície mercuriana, que
mostraram sua natureza repleta de
crateras e revelaram muitos outros tipos
Vista de Mercúrio a partir da Mariner 10.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mariner_10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Gravidade_assistida
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Mercury_Mariner10.jpg
de acidentes geológicos, tais como
declives gigantes que foram
posteriormente atribuídos ao efeito do
planeta encolhendo ligeiramente, em
função do resfriamento do núcleo de
ferro.[133] Infelizmente, devido ao
comprimento do período orbital da
Mariner 10, a mesma face do planeta
estava iluminada a cada aproximação da
sonda, tornando impossível a
observação de ambos os lados do
planeta[134] e resultando num
mapeamento de menos de 45% da
superfície planetária.[135]
No dia 27 de março de 1974, dois dias
antes do primeiro sobrevoo sobre
Mercúrio, os instrumentos da sonda
começaram a registrar grandes
quantidades de uma inesperada radiação
ultravioleta próximo a Mercúrio. Isto
levou à tentativa de identificação de um
satélite mercuriano, mas, pouco depois,
a fonte de radiação foi identificada como
a estrela 31 da constelação de Crater e a
lua mercuriana passou para os livros da
história da astronomia como uma nota
de rodapé.
A sonda realizou três aproximações de
Mercúrio e a mais próxima passou a uma
distância de 327 km da superfície.[136]
Na primeira aproximação, os
instrumentos detectaram um campo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Sat%C3%A9lite_de_Merc%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Crater
magnético, para grande surpresa dos
geólogos planetários – esperava-se que
a rotação mercuriana fosse muito lenta
para gerar um efeito dínamo
significativo. A segunda aproximação foi
utilizada principalmente para obtenção
de imagens e a terceira para uma
extensiva coleta de dados sobre o
campo magnético. Os dados revelaram
que o campo magnético é semelhante ao
terrestre, defletindo o vento solar em
torno do planeta. Entretanto, a origem do
campo magnético mercuriano ainda é
matéria de muitas teorias.[137]
Em 24 de março de 1975, apenas oito
dias após sua aproximaçãofinal, a sonda
esgotou seu combustível. Como sua
órbita não podia mais ser controlada
com precisão, os controladores da
missão instruíram-na a se auto-
desligar.[138] A sonda provavelmente
ainda está orbitando o Sol, passando
próximo ao planeta com uma frequência
de alguns meses.[139]
MESSENGER
A sonda MESSENGER sendo preparada para
lançamento.
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MESSENGER_Assembly.jpg
Uma segunda missão da NASA para
Mercúrio, nomeada MESSENGER
(acrônimo de MErcury Surface, Space
ENvironment, GEochemistry, and
Ranging), foi lançada em 3 de agosto de
2004 do Cabo Canaveral, a bordo de um
foguete Delta II. Ela fez um sobrevoo na
Terra em agosto de 2005 e em Vênus em
outubro de 2006 e junho de 2007, de
modo a estabelecer uma trajetória
correta para alcançar a órbita
mercuriana.[140] O primeiro sobrevoo em
Mercúrio aconteceu no dia 14 de janeiro
de 2008, o segundo em 6 de outubro de
2008 [141] e o terceiro em 29 de setembro
de 2009.[142] A maior parte da superfície
não fotografada pela sonda Mariner 10
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Acr%C3%B3nimo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Cabo_Canaveral
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Delta_II
foi mapeada durante estes sobrevoos e
em 18 de março de 2011 a sonda entrou
em órbita elíptica em torno do planeta,
tendo a primeira imagem orbital sido
obtida em 29 de março de 2011. A sonda
realizou uma missão de mapeamento
com duração de um ano terrestre[141] e
desenvolve atualmente uma missão
estendida programada para terminar em
2013. Além de prosseguir na observação
e mapeamento de Mercúrio, a
MESSENGER vai observar o período de
máxima atividade solar de 2012.[143]
A missão foi projetada para esclarecer
seis pontos chaves: a alta densidade
mercuriana, sua história geológica, a
natureza de seu campo magnético, a
estrutura de seu núcleo, a existência ou
não de gelo em seus polos e de onde
vem sua tênue atmosfera. Para cumprir
esta missão, a sonda está equipada com
dispositivos fotográficos que irão coletar
imagens com resolução muito maior de
muito mais áreas do que a Mariner 10,
espectrômetros variados para
determinar a abundância dos elementos
na crosta e magnetômetros e
dispositivos para medição da velocidade
de partículas carregadas. Medições
detalhadas de pequenas mudanças na
velocidade da sonda em sua órbita serão
utilizadas para inferir detalhes sobre a
estrutura do interior do planeta.[22]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Espectr%C3%B4metro
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnet%C3%B4metro
BepiColombo
A Agência Espacial Europeia está
planejando uma missão conjunta com o
Japão chamada BepiColombo, que
orbitará Mercúrio com duas sondas: uma
para mapear o planeta e outra para
estudar sua magnetosfera.[144] O
lançamento, que estava previsto para
2015, foi adiado para 2017, com a data
provável de chegada em Mercúrio em
2024.[145] A espaçonave liberará uma
sonda magnetométrica em um órbita
elíptica, e então foguetes químicos serão
acionados para colocar a sonda
mapeadora em uma órbita circular.
Ambas as sondas operarão por um ano
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ag%C3%AAncia_Espacial_Europeia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jap%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/BepiColombo
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Magnet%C3%B3metro
terrestre.[144] A sonda mapeadora
carregará uma série de espectrômetros
semelhantes aos da MESSENGER, que
estudarão o planeta em vários
comprimentos de onda, incluindo
infravermelho, ultravioleta, raio-x e
radiação gama.[146]
Mitologia e astrologia
Mercúrio na cultura
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_infravermelha
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_ultravioleta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Raios_X
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Radia%C3%A7%C3%A3o_gama
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MercuriusKoperGravure.jpg
A origem do nome provém do deus
Mercúrio, mensageiro dos deuses da
mitologia romana, devido ao movimento
rápido do planeta no céu em relação a
outros planetas. Higino disse que sua
dedicação ao deus se devia ao fato de
que ele havia sido o primeiro a
estabelecer os meses e a perceber o
curso das constelações.[147] Na
astrologia, o planeta está associado com
a capacidade de aprender, se adaptar,
trocar e desenvolver sociabilidade e de
Jacob Matham: Mercurius, 1597. Gravura em metal
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Merc%C3%BArio_(mitologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Mitologia_romana
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Higino
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Astrologia
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:MercuriusKoperGravure.jpg
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Jacob_Matham
se expressar e é o regente dos signos de
Gêmeos e Virgem, comandando a
terceira e a sexta casas do
zodíaco.[148][149][150] O movimento
retrógado aparente do planeta influencia
tudo que se relaciona a este, de modo a
provocar interrupção ou
desentendimentos nas formas de
comunicação regidas pelo planeta.[151]
Ficção científica
O pequeno tamanho de Mercúrio e sua
proximidade com o Sol tornaram as
observações científicas iniciais difíceis, e
isso afetou o modo como foi
representado na cultura. Em 1750 o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Regente_(astrologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Signos_zodiacais
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/G%C3%AAmeos_(astrologia)
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Virgem_(astrologia)
Cavaleiro de Béthune escreveu um livro,
Rélation du monde de Mercure, onde o
imaginou habitado por uma população
de seres alados, cuja morte não era
compulsória, e em perpétuo desfrute
beatífico da luz do Sol. No século XIX
apareceu mais literatura especulativa,
entre elas Ariel (1886), de W. D. Lach-
Szyrma, que imaginou seres mercurianos
vivendo em sofisticados carros voadores
nas várias camadas de uma suposta
atmosfera planetária. Em 1893 Giovanni
Schiaparelli declarou que Mercúrio
mantinha sempre a mesma face voltada
para o Sol, no que concordou Percival
Lowell, gerando um farto imaginário
literário de um planeta com um de seus
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Giovanni_Schiaparelli
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Percival_Lowell
lados extremamente quente e outro
extremamente frio. Esta suposição
equivocada persistiu até 1965, quando
se descobriu a rotação mercuriana, mas
então um copioso folclore e literatura
ficcional e até mesmo humorística havia
sido produzido incorporando este
engano. Em algumas novelas o planeta
foi apresentado inabitado, em outras
como lar de monstros e, em outras mais,
povoado por uma diversidade de seres
humanoides. Em The Last Planet (1934)
de R. F. Starzl, e em Intelligence Undying
(1936) de Edmond Hamilton, Mercúrio foi
descrito como o refúgio da humanidade
quando o Sol esfria.[152]
Na década de 1950, quando o gênero da
ficção científica começou a ser mais
baseado em fatos, a hostilidade do
ambiente mercuriano deu origem a
histórias mais violentas, como Battle on
Mercury (1956), de Lester del Rey, Lucky
Starr and the Big Sun of Mercury (1956),
de Isaac Asimov, Hot Planet (1963), de
Hal Clement, The Coldest Place (1964),
de Larry Niven, e Mission to Mercury
(1965), de Hugh Walter, entre muitas
outras. Mesmo quando a rotação
planetária foi descoberta e quando em
1975 foi confirmada a ausência de
atmosfera, o estilo da geração anterior
de novelistas continuou prevalecendo,
mas sua concepção como um planeta
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Fic%C3%A7%C3%A3o_cient%C3%ADfica
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Isaac_Asimov
habitado logo desapareceu da literatura.
Em seu lugar, surgiu na ficção uma ideia
de que Mercúrio poderia ser uma base
para a exploração do Sol, como em
Sundliver (1980), de David Brin, ou como
uma fonte de minerais exploráveis, da
forma como Stephen Baxter o mostrou
em Cilia-of-Gold (1994). Tom Purdom em
2000 publicou Romance in Extended
Time, onde Mercúrio é a base para
terraformação, sendo circundado por
uma grande estufa, e em Kath and
Quicksilver (2005), de Larry Niven e
Brenda Cooper, Mercúrio aparece
lentamente engolfado pelo Sol em
expansão.[152]
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Terraforma%C3%A7%C3%A3o
Precessãodo periélio de Mercúrio
1. Plutão era considerado o menor
planeta mas foi reclassificado como
planeta anão em 2006.
2. Mercúrio tem se contraído, perdendo
7 km de elevação em algumas
partes, de acordo com uma
pesquisa usando dados da sonda
MESSENGER da NASA[1]
3. Algumas fontes precedem a
transcrição cuneiforme com "MUL".
"MUL" é o símbolo cuneiforme
utilizado na língua sumeriana para
Ver também
Notas
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Precess%C3%A3o_do_peri%C3%A9lio_de_Merc%C3%BArio
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Plut%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Planeta_an%C3%A3o
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/MESSENGER
https://pt.m.wikipedia.org/wiki/NASA
designer uma estrela ou planeta,
mas não é considerado parte do
nome. O “4” é um número de
referência para o sistema de
transliteração sumero-acadiano para
designar quais das várias sílabas um
certo símbolo cuneiforme está
provavelmente designando.[96]
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