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Saude e Clinica de Animais Silvestres

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SILVESTRES 
CONTENÇÃO 
 
CONTENÇÃO FÍSICA 
É caracterizada como sendo a abolição mecânica dos movimentos, de modo que o 
animal permaneça suficientemente contido para permitir a intervenção dos 
procedimentos veterinários necessários, como por exemplo,efetuar exames clínicos, 
coleta de material para exames laboratoriais e vacinação. O fator mais relevante é a 
segurança com que o procedimento é realizado. 
- Segurança 
- ANIMAL x MANIPULADOR 
- Equipamentos e materiais 
- Equipe treinada e de confiança 
- Conhecer as particularidades 
- Eficiência e rapidez 
 
IMPORTANTE: 
● Conhecimento do comportamento 
● Vulnerabilidade ao estresse 
● Prever reações 
● Domínio de técnicas e equipamentos 
● Pensar em todos os detalhes! 
 
 
EQUIPAMENTOS: 
Gancho: ​equipamento empregado para a contenção de serpentes. É 
composto de um cabo de madeira ou ferro e em uma de suas extremidades 
possui uma haste de ferro na forma de “L” ou de “C” para dar 
sustentação ao corpo do animal ou mesmo para conter a cabeça da serpente 
para posterior contenção com as mãos ou com tubo de PVC. 
Pinças:​ é utilizado para o manejo de serpentes e consiste em uma haste 
com uma pinça articulada na ponta acionada por gatilho para o pinçamento de 
tais animais. É mais empregado para serpentes agressivas e perigosas. Tomando 
o cuidado de não colocar pressão demais ao animal para evitar lacerações de pele, 
luxações e fraturas de vértebras e costelas. 
 
Luvas de raspas de couro:​ utilizadas para a proteção das mãos na contenção direta 
de um animal ou mesmo em associação a outro equipamento de contenção física. 
Empregada para uma grande variedade de espécies de aves, répteis e mamíferos, 
potencialmente pouco agressivos e que não possuam grande capacidade de produzir 
ferimentos, se já por mordedura,arranhadura ou outros meios de defesa, e cujo 
comportamento possibilite uma maior aproximação do indivíduo que realiza a captura. 
Salienta-se que o uso de tais luvas diminui a sensibilidade do manipulador , desta 
forma ponderar com cautela o quanto de pressão irá ser feita contra o animal contido 
para ao mesmo tempo não sufocá-lo e também não deixá-lo fugir ou morder 
 
Puçás:​ equipamento utilizado para a captura e 
contenção de várias espécies de aves, mamíferos e 
até alguns répteis, principalmente, para animais que 
impossibilitam a aproximação do manipulador, e que 
são potencialmente pouco agressivos. É composto 
de um cabo de madeira ou ferro, possuindo em uma 
de suas extremidades um aro de metal que pode ser 
quadrado, redondo ou triangular e que sustenta uma 
rede de corda ou um saco de pano fechado onde o 
animal ficará contido. 
 
 
 
 
Redes:​ geralmente confeccionadas e m cordas de fibras naturais ou sintéticas, 
podendo ser empregadas de diferentes formas na contenção e captura de uma grande 
variedade de espécies de aves e mamíferos. 
 
Cambões: ​equipamento utilizado para a captura e a contenção de várias espécies, 
principalmente os mamíferos e alguns répteis, como lagartos mais 
agressivos e jacarés de porte pequeno a médio. Existem vários modelos e todos 
utilizam o princípio do laço ao redor do pescoço e de um dos membros torácicos para a 
captura, onde um cabo de madeira ou outro material serve de guia para um laço feito 
com tira de couro ou corda de material sintético que pode ser manejado pela outra 
extremidade do equipamento para apertar ou afrouxar o laço. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONTENÇÃO DE MAMÍFEROS 
 
Na maioria dos mamíferos os dentes representam o maior perigo. Outros animais ainda 
possuem as unhas e podem dar coices, bater com a cauda ou nadadeira para se 
defender. O tamanho do animal não deve ser considerado para estimar maior ou menor 
facilidade na contenção. 
 
Xenarthras​: englobam os tamanduás, preguiças e tatus e por não apresentarem 
muitos dentes, à exceção dos tamanduás que não apresentam nenhum dente, podem 
ser enquadrados como animais fáceis de conter, mas jamais devem ser subestimados. 
● O grande perigo dos tamanduás são suas longas unhas que agem como 
alavancas e tem uma força considerável. O animal no ataque fica de pé sobre os 
membros pélvicos e abraça a vítima, perfurando-a com suas unhas. Por isso 
a contenção visa primeiramente nesses animais fechar a alavanca das unhas 
dobradas, passando fita adesiva em volta das mesmas, para não poder se 
enganchar. Lembrar que os tamanduás possuem membros muito fortes e uma 
contenção nunca deve ser feita por uma única pessoa. 2 pessoas cada uma 
segurando 2 membros com cordas ou luva de couro. 
● O mesmo procedimento deverá ser efetuado para as preguiças, não 
esquecendo que esses animais possuem dentes e podem morder forte. 
● Já os tatus se defendem com as unhas dos membros com os quais eles podem 
arranhar as pessoas. A contenção deverá então ser feita pela lateral do corpo 
desses animais. 
 
Primatas:​ tais animais independentemente do seu tamanho, defendem -se 
principalmente pela mordida e, no caso do gorila e chimpanzé, também por socos e 
compressões. Os sagüis que são primatas pequenos são muito ágeis para escapar, 
podem arranhar com suas unhas e morder. Apesar de terem uma boca pequena, os 
dentes incisivos e caninos são muito afiados e duros, pois apresentam uma dupla 
camada de esmalte sendo usados para roer e morder galhos de árvores obtendo a 
seiva de que se alimentam. 
● Primatas menores contenção deve então ser feita com o uso de luvas de couro, 
segurando com uma mão atrás da cabeça firmando com o dedo indicador e o 
polegar as mandíbulas e com a outra mão segurar os membros pélvicos. 
● Primatas maiores como o macaco-prego dependendo do seu comportamento só 
deverão ser pegos se estiverem previamente sedados com o uso de puçás onde 
poderá ser injetado o sedativo ou por gaiolas de parede móvel, e a contenção 
deve-se iniciar juntando os membros torácicos e puxando-os para trás e conter 
os membros pélvicos com a outra mão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Grandes mamíferos:​ são animais como grandes primatas, antas e ursos que 
pelo tamanho ou pela agressividade não permitem uma aproximação prévia, 
devem ser sedados para posterior manipulação. 
 
Roedores:​ tais animais apresentam como defesa os dentes incisivos, e mesmo os 
pequenos, como camundongos, hamsters e gerbil podem morder e causar graves 
lesões. 
● Roedores grandes como ratão-do-banhado e capivara, uma mordida pode ter 
conseqüências irreparáveis, assim o uso de cambão para contenção é 
recomendado. 
● A contenção de cobaias, conhecidos também como porquinhos-da-índia, deve 
ser feita com as duas mãos, uma segura a cabeça e os membros torácicos e a 
outra mão segura juntos os membros pélvicos . Não exceder no tempo de 
contenção pois tais animais podem sofrer de colapso fatal. 
● No caso do gerbil, ratos e camundongos que são muito ágeis, deve -se tirar os 
animais do recinto ou da gaiola pelo terço médio da cauda e apoiá-los no chão. 
Assim que estiverem no chão deve-se segurar o corpo inteiro com a mão, com o 
indicador e o dedo médio em volta do pescoço, pois se o animal virar a cabeça 
ele poderá morder . 
● Em roedores pequenos apenas , como o hamster, também se pode conter o 
animal puxando a pele dorsalmente entre as escápulas impossibilitando assim 
os movimentos da cabeça. 
● No caso de chinchilas nunca conter o animal pelo rabo, pois poderá haver 
rompimento de alguns vasos sanguíneos e traumatismo grave, nem pelos 
pêlos do dorso. Desta forma deve -se conter com o indicador e o dedo médio de 
uma mão ao redor do pescoço e com a outra mão apoiar o restante do corpo 
para impedi-lo que se debata; 
● O ouriço-cacheiro que também é um roedor além de morder e apresenta o corpo 
coberto por espinhos e alguns pêlos. Tais espinhos nunca são lançados 
voluntariamente pelo animal, mas caso se encoste à ponta estes ficam 
espetados e se soltam do corpo do animal. Como na ponta possuem um 
gancho fixam dentro da pele do adversário e doem quando são arrancados. 
Alémda ferida ocasionada pelo espinho existe também o risco de contaminação 
com agentes secundários. O transporte do animal de um lugar próximo a outro 
poderá ser feito pela ponta da cauda, região esta que quase não apresenta 
espinhos, utilizando luvas de couro. Salientado que se passar a mão no sentido 
craniocaudal em cima dos espinhos estes não machucam, porém se passar no 
sentido caudo cranial machucam muito. A porção ventral do animal praticamente 
não tem espinhos. 
 
Lagomorfo:​ neste grupo encontram-se os coelhos e as lebres considerados também 
como roedores e apresentam os dentes incisivos que possuem certo perigo durante a 
manipulação. 
Como possuem unhas compridas nos membros pélvicos podem arranhar de forma 
grave o operador. Dessa forma, a contenção também deve ser feita com as duas mãos. 
Quando for um animal menor, uma das mãos segura a pele a o redor do pescoço, 
nunca se gurando esses animais pelas orelhas, e a outra mão contém os membros 
pélvicos, porém separando-os com um dedo. 
Marsupiais: ​englobam animais como gambás e cuícas que se defendem pela sua 
mordida e podem ser transportados de um lugar para o outro pendurados pelo terço 
médio da cauda usando luvas de couro. Para uma contenção mais adequada deve-se 
segurar atrás da cabeça do animal logo que possível com as luvas de couro ou com um 
cambão. Lembrando que a outra forma de defesa dos gambás são as glândulas de 
cheiro, localizadas próximas ao ânus. Em momentos de perigo ou estresse tais animais 
expiram um líquido amarronzado que pode entrar em contato com a pele e causar 
alergias ou feridas. O uso de máscaras e óculos de proteção é recomendável. 
 
Cervídeos: ​stresse, sempre que precisar química. 
 
Felídeos, canídeos, procionídeos e mustelídeos: ​ englobam animais como tigres, 
lobos-guarás, quatis e iraras, respectivamente. Deve-se manejá-los cautelosamente 
devido a sua grande potência na mordida. Assim uma sedação prévia através de 
zarabatanas para os animais maiores e o uso de puçás, cambões ou de gaiolas de 
contenção é fundamental para manipular esses animais. 
● Os pequenos carnívoros adultos e os filhotes de espécies 
maiores podem ser capturados com o auxílio de puçás, e a partir 
desses procedimentos alguns animais permitem a contenção 
manual com o uso de luvas de couro. No caso de ferrets que são 
mustelídeos, considerados já domésticos, uma contenção pela 
pele entre as escápulas e elevação do animal já o imobiliza de 
forma adequada, sendo o mesmo procedimento utilizado para 
gatos domésticos 
● Para os carnívoros de grande porte mesmo contido deve -se 
colocar uma mordaça em volta do focinho para prevenção de 
possíveis incidentes. Da mesma forma, em felinos é importante o 
uso de botas de esparadrapo em volta dos membros, pois os animais 
apresentam garras retráteis muito afiadas e que podem causar lesões. 
 
CONTENÇÃO DE AVES 
 
O local onde ocorrerá a contenção deve ser um lugar fechado para evitar fugas. Os 
ventiladores ou exaustores de ar devem estar desligados para evitar ferimentos à ave. 
A sala também não pode ter muitos objetos e det lhes para que o animal não fuja e se 
refugie dificultando assim a contenção, além de aumentar o estresse do mesmo. Esta 
sala deve ser de fácil limpeza e higienização e bem iluminada. 
No que tange às características anatômicas de tais animais é fundamental ter em 
mente que não possuem diafragma funcional e que o esterno e os músculos 
intercostais participam dos movimentos respiratórios, desta forma qualquer contenção 
que impeça a movimentação do esterno por pressão deve ser evitado sob risco de 
morte ao animal. As aves já contidas, independentemente da espécie, não devem ser 
seguradas de cabeça para baixo. 
A técnica básica da contenção física de aves: ​ as paredes das gaiolas servem 
como limite de fuga do animal e são aproveitados para capturar a ave. Inicialmente 
com o auxílio do pano deve-se fixar a cabeça por trás segurando com o dedo 
indicador na região dorsal da cabeça e com o dedão e o dedo médio nas laterais da 
cabeça, onde está o osso maxilar que permite um apoio maior. Pode -se também 
segurar a cabeça apenas com dois dedos o indicador e o dedão, um em cada um dos 
maxilares. Cuidado para não apertar com os dedos em cima dos globos oculares. 
O restante da palma da mão serve como apoio para o corpo ou pescoço da ave, 
dependendo de seu tamanho. Nunca segurar uma ave pelo pescoço deixando a 
cabeça solta, pois a ave poderá bicar e poderá sufocar o animal e lesionar os 
anéis cartilaginosos da traquéia. 
 
 
Passeriformes:​ aves pequenas como os passeriformes em geral podem ser 
contidos sem maiores equipamentos. Deve-se ter cuidado especial para não fazer força 
desnecessária na contenção, comprimindo o tórax, e dessa maneira impedindo os 
movimentos respiratórios da ave, tendo em vista que não possuem diafragma. A 
contenção deverá ser a mais rápida possível e realizada quando estritamente 
necessária, pois tais animais tendem a morrer facilmente por choque durante a 
contenção, principalmente quando já estão debilitadas. A técnica baseia-se em 
imobilizar a cabeça colocando o dedo indicador e o dedo médio ao redor da cabeça da 
ave e com os demais dedos e a palma da mão envolver o restante do corpo da ave 
para sua estabilização e sustentação. 
 
Psitaciformes: ​ os psitaciformes podem bicar e machucar as mãos de quem 
os contém de forma inadequada. Os Lóris, um grupo de psitaciformes que se 
alimentam principalmente de néctar , além de bicarem também apresentam um 
comportamento reflexo de vômito quando são contidos. Logo, deve-se dar atenção a 
esse reflexo para que o animal contido não se asfixie com o vômito e, ao mesmo 
tempo, que não entre em contato com as mucosas das pessoas , pois poderá 
acarretar uma irritação. 
● A técnica consiste em segurar o animal envolto com a toalha e 
adequar à posição correta da mão, que deverá consistir em posicionar o 
polegar e o dedo médio de ao lado da mandíbula da ave e o indicador em cima 
da cabeça, para imobilizar as possíveis bicadas, enquanto os demais dedos 
ficam ao redor do restante do corpo. 
 
● Os exemplares maiores como papagaios, araras, cacatuas, maritacas etc, 
devem ser contidos com panos, toalha ou luvas d e couro.estando com a s luvas 
de couro imobiliza -se o animal com as duas mãos contra a parede da gaiola ou 
de outra maneira sem machucar o machucar, e ao retirá-lo contido da gaiola 
inicia-se o posicionamento correto dos dedos . Em que o polegar e o dedo médio 
de uma mão deverão ficar ao lado da mandíbula da ave e o indicador em cima 
da cabeça, ou o polegar e os demais dedos em volta do pescoço sem pressionar 
em demasia, e com a outra mão posiciona-se o polegar em cima dos dois 
tibiotarsos e o restante dos dedos envolve as pontas das duas asas junto a parte 
mais caudal da ave. 
 
Rapinantes: ​as atenções ao se manejar animais como falcão, águia, coruja e gavião 
devem focar primeiramente para as garras e depois para o bico. Já o contrário 
ocorre com os urubu s que possuem um fortíssimo bico para agredir seus oponentes. 
Geralmente quando se inicia o manejo os animais podem se deitar de costas para o 
chão e tentar agredir com as garras para cima, nesses casos deve-se aguardar alguns 
minutos para prosseguir com a contenção imobilizando a cabeça e os pés, tendo 
sempre cuidado em conter acima das garras para evitar acidentes. No caso de 
pequenos rapinantes, pode-se ainda contê-los imobilizando as pernas junto das asas 
somente, visto o bico não ser um perigo, e elevando-se a ave e normalmente quando 
bem contidas tais animais nem fazem menção em bicar. No caso do s urubus estes 
também se defendem lançando seu vômito que contém ácidos fortes e muitas 
bactérias, o que pode representar perigo quando em contato com as mucosas das 
pessoas. 
Galliformes:​ englobam aves como as galinhas, faisões, pavões e jacus. São 
capturados com o uso de redes ou puçás e contidosmanualmente, mantendo as asas 
e pernas junto ao corpo. Captura deve ser feita com ave no chão ou no poleiro 
 
 
Anseriformes: ​são aves relativamente fáceis de serem manipuladas e 
contidas. Sua forma de defesa é o bico e as asas. Em animais maiores podem 
ocorrer injúrias significativas ao operador pelas batidas das asas.O mais comum é o 
uso de rede para a captura e a contenção em que se contém o animal apenas pelas 
asas junto ao corpo salienta-se que este tipo de método só poderá ser realizado em 
animais leves. Aves maiores como patos, cisnes, gansos e marrecos também 
podem ser contidos com o auxílio de toalhas para imobilizar mais facilmente 
suas asas ou, dependendo da situação, usando puçás e redes. Devendo apoiar 
no antebraço a ave, com a mão do mesmo braço segurar os tarsos e por trás 
das costas conter o pescoço com a mão livre. 
 
Ratitas: ​neste grupo encontramos os avestruzes, emas, casuares e emus. A 
contenção de tais animais quando filhotes com até aproximadamente um ano 
pode ser feita diretamente sem toalhas. Já nos adultos deve-se lembrar que 
esses animais costumam dar coices para frente e que podem machucar muito e 
até derrubar uma pessoa , principalmente os avestruzes que são agressivos além 
de pesarem até 150 Kg. Dependendo do seu tamanho, em especial os adultos, 
necessitam inicialmente serem conduzidas com um gancho ou escudos de 
proteção para um local apropriado onde um capuz preto é colocado por cima da 
sua cabeça e então fixar o corpo do mesmo. 
 
CONTENÇÃO DE RÉPTEIS 
 
Serpentes venenosas ou não:​ tem como defesa a mordida o u picada 
e, dependendo d a espécie, a constrição ou enforcamento da presa. Serpentes 
como as jibóias, pítons e sucuris não possuem veneno, mas detém uma 
capacidade rápida de envolver o braço, a mão, a perna ou outras partes do 
corpo da pessoa que a segurar. Para lidar com as serpentes faz-se necessário o uso 
de gancho, um instrumento bem simples e de fácil manipulação. Este equipamento é 
utilizado para erguer a serpente do solo e transportá -la como for conveniente. Além do 
gancho, existem as pinças d e longo alcance, equipamentos que 
seguram firmemente as serpentes mediante o acionamento de uma espécie de 
gatilho, sendo ideais para animais agitadas 
Pode-se ainda empregar tubos plásticos de PVC, de preferência que 
sejam transparentes, de diâmetro equivalente ao do animal a ser manipulado e 
fazê-lo entrar por dentro deste. Este tubo deve ter a sua extremidade oposta à 
abertura cerrada com uma tampa removível. Nestes tubos, a serpente ao entrar não 
deverá conseguir se virar para trás e fazer meia-volta, sendo obrigada a seguir até 
o final deste. Quando adentrar mais do que sua metade para dentro do tubo ela pode 
ser segurada com a mão, na altura da entrada do tubo de modo a impedir seu 
retrocesso. 
Quando se faz necessário manipular a cabeça de uma serpente, 
pressiona-se firmemente, com o auxílio do gancho, o crânio do animal, na base 
da cabeça, sobre uma superfície relativamente macia, como, por exemplo, um 
carpete. 
Existem duas técnicas básicas para se segurar a cabeça destes animais: 
● A primeira é destinada às serpentes não venenosas, a técnica dos dois dedos, o 
dedo indicador se posicionará sob as mandíbulas do animal enquanto o dedo 
polegar pressiona o crânio deste animal pela sua base, contra o apoio do dedo 
indicador. Nesta técnica o animal fica bem firme e geralmente mantém a boca 
fechada, mas se a serpente possuir presas solenóglifas(venenosas) ela poderá 
manipular seu osso maxilar e projetar suas presas para fora da boca, podendo 
atingir o dedo indicador sob a mandíbula. 
● A técnica dos três dedos é destinada à contenção das serpentes solenóglifas, 
geralmente venenosas. Primeiro, o dedo indicador se apóia sobre a cabeça da 
serpente, acima dos olhos; em seguida, o dedo médio e o polegar são apoiados 
em oposição, um de cada lado, logo sobre o osso quadrado, desta forma 
forçando -se o osso quadrado de cada lado a serpente é obrigada a abrir a boca 
e ao mesmo tempo nenhum dedo fica sob a cabeça do animal, dificultando um 
eventual acidente . Nesta técnica o animal não fica tão bem seguro quanto na 
técnica anterior. 
 
Quelônios: ​geralmente não apresentam grandes dificuldades para a sua contenção. 
Há de se considerar a grande força muscular que estes animais possuem 
principalmente os jabutis. Para se manipular a cabeça destes animais que muitas 
vezes pode estar retraída para dentro da carapaça, podem-se empurrar 
gentilmente os membros pélvicos para dentro como forma de 
estímulo para a exposição d a cabeça. Para limitar o movimento destes animais por um 
período de tempo, para se realizar radiografias, por exemplo, podemos simplesmente 
apoiar sob seu plastrão um pedestal, de modo que ele não toque o solo, ou ainda 
simplesmente conter seus membros dentro de suas carapaças envolvendo-as com fitas 
adesivas. 
Geralmente os jabutis não mordem, ao contrá rio dos cágados e tartarugas-marinhas. 
Em vez de dentes todos os quelônios possuem placas córneas na cavidade bucal. O 
bico formado por material córneo é muito afiado e pode representar perigo na 
contenção, principalmente em tartarugas aquáticas, que são mais agressivas. 
Para a contenção dos quelônios deve-se segurar ao mesmo tempo o plastrão e a 
carapaça lateralmente ou pela porção caudal, tomando sempre o cuidado para que 
animais que tenham o pescoço mais flexível não consigam atingir a mão e mordê-la. 
 
Lagartos: ​ pequenos de uma maneira geral não apresentam grandes dificuldades de 
contenção física. Pode-se lançar sobre eles uma toalha molhada ou não, aproximar-se 
devagar e capturá-lo, pela base do pescoço e pela cintura pélvica, procurando manter 
os membros pélvicos esticados para trás junto ao corpo. Deve-se tomar cuidado, pois 
estes animais podem possuir unhas afiadas e cortantes, podendo ferir o manipulador, 
principalmente com os membros pélvicos. Nunca devendo segurar um lagarto apenas 
pela cauda, pois a maior parte deles pode desprender a cauda como mecanismo de 
defesa , a chamada autotomia. No caso de lagartos maiores pode-se utilizar o cambão, 
envolvendo o pescoço e um dos membros torácicos, tomando cuidado com a cauda 
que possui grande força muscular. 
 
Crocodilianos:​ estes podem ser capturados com um cambão. Quando não são 
tão grandes, até cerca de 40 kg, pode -se passar uma corda pelo pescoço e 
sob uma das axilas para se evitar o enforcamento. Segurar firmemente, pois tais 
animais possuem o hábito de girar sobre seu próprio eixo com grande força. 
Quando maiores, esta explosão de energia pode arrancar o cambão das mãos 
de um homem, desta forma, é recomendável que se lace firmemente a boca do 
animal. Assim se permite que ele gire livremente, mantendo tensa a corda, até que ele 
se canse e pare. Em seguida, um segundo homem joga uma toalha molhada sobre 
seus olhos, para que o animal não consiga fixar o olhar num alvo, e salta -se sobre o 
dorso do animal, colocando seu peso sobre a cintura torácica e sobre a cabeça com as 
mãos. Pressiona-se então a cabeça contra o solo por detrás para que a boca fique 
fechada e então é passado ao redor d a mesma bandagens ou fitas adesivas 
impedindo que o animal abra a cavidade oral . Depois se prende os membros pélvicos 
que devem ser trazidos para cima da base da cauda e, finalmente, os membros 
torácicos que também devem ser flertidos para cima do tronco por meio de cordas. 
Tomando sempre cuidado com a cauda que é muito forte e poderá ocasionar graves 
lesões se for negligenciada no momento da contenção. 
 
 
 
 
CONTENÇÃO QUÍMICA 
As contenções usadas para acalmar (tranqüilizantes) e capturar (imobilizantes) 
animais são similares àquelas usadas na prática humana. Essas drogas e suas 
combinações atuam em diversos pontos do cérebro e normalmente empregado quandoalguma característica do animal física - anatômica, fisiológica, social ou 
comportamental e ainda, no caso de acesso que precise ser utilizado requeira esta 
ação , podendo se querer apenas a sedação. Também por uma questão temporal para 
reduzir o stress e por fim em casos de cirurgia ou de tratamento de regiões com 
sensibilidade dolorosa (analgesia). Isto afetará a escolha do fármaco. 
 
Estresse: ​é o conjunto de reações de um organismo frente a agressões de ordem 
física, psíquica, infecciosa e outras capazes de perturbar a homeostase. O stress é um 
fenômeno adaptativo, uma resposta cumulativa resultante da interação do animal com 
o ambiente, mediado por receptores. 
 
Miopatia de captura: 
Também conhecida como miopatia por stress ou esforço, é uma doença muscular 
degenerativa de prognóstico extremamente reservado. Pode apresentar-se sob a forma 
aguda (1 a 12 horas), subaguda (7 a 14 dias) ou crônica (semanas). É observada 
principalmente nos bovídeos (antílopes, bisões), cervídeos (cervos e veados) e 
eqüídeos (zebra, cavalo, asno e anta). A anóxia localizada, devido à contratura de 
massas musculares é o fator determinante. Acidose grave, choque e óbito, necrose de 
músculos esqueléticos e necrose cardíaca (devido à acidose). 
 
● ​A patogenia: a alteração do pH e a hipóxia tecidual; levando fibras musculares à 
morte e liberando potássio, mioglobina e lactato, substâncias que desempenham 
importante papel na gênese da enfermidade. O potássio age na musculatura 
cardíaca produzindo fibrilação, e a hiperpotassemia explicaria a morte por 
insuficiência cardíaca. A hipermioglobinemia, devido à extrema toxicidade da 
mioglobina, leva a necrose tubular aguda que por sua vez induz a insuficiência 
renal aguda. A acidose devida a altos níveis de lactato reduz o pH ocasionando 
choque e falência geral. 
● Os sinais clínicos: insuficiência cardíaca e morte, enrijecimento do dorso, ancas 
e membros posteriores, paresia → paralisia → ataxia→ prostração, trauma de 
membros, dispnéia e taquicardia, mioglobinúria. 
● As principais alterações laboratoriais: são acidose, elevação da creatinina 
fosfoquinase e de desidrogenase láctica, sendo menos freqüente a 
hiperpotassemia. 
Prevenção: Evitar dias e recintos quentes, evitar ruídos e movimentos bruscos, 
monitorar temperatura corporal do animal, evitar nova contenção em até 14 dias. 
Tratamento: 
1. Oxigenação 
2. Bicarbonato de sódio: 4 a 6 mEq/kg 
3. Prognóstico: reservado a desfavorável 
Aplicação: 
● Avaliação física 
● Coleta de amostras para exames 
● Captura 
● Transporte 
● Tratamento 
● Pesquisa 
 
Preparação: 
● Sexoeidade 
● Condiçõesfísicasepsicológicas 
● Ambienteehorário 
● Separar materiais a serem utilizados 
● Monitoração do paciente(emergências) 
● Margem de segurança das doses 
Equipamentos especiais: 
1. Zarabatanas (curtas distâncias): 
De confecção artesanal, as zarabatanas e os dardos (feitos a partir de seringas 
descartáveis), são práticas, baratas e de fácil reposição. O impacto do dardo da 
zarabatana sobre o animal é sensivelmente menor que o promovido pelo dardo da 
espingarda e os riscos de acidentes são reduzidos. O tiro da zarabatana é silencioso. 
Suas grandes limitações são o volume disponível do dardo (cerca de 5 ml) e a distância 
de alcance (cerca de 15 metros no máximo). O operador deve ser experiente e manter- 
se continuamente em treinamento pois as variáveis de tiro são diversas (diferentes 
pesos dos dardos em conformidade com o volume da droga, interferência dos ventos, 
tamanho do animal-alvo, distâncias). Alumínio ou policarbonato 
 
2. Armas de arremesso de dardos: 
Todos têm no entanto uma grande desvantagem, são importados 
e o processo de importação é difícil e custoso. Além da arma, os acessórios como 
dardos, agulhas, tufos, borrachas e especialmente as diferentes espoletas (de 
arremesso do dardo e de impulsão do êmbolo) são também importadas e necessitam 
de constante reposição. 
As armas permitem tiros a longa distância (mais de 100 m) e volumes 
relativamente grandes de drogas a serem aplicadas (cerca de 20 ml). O operador do 
equipamento deve ser um atirador experimentado. Para diferentes distâncias são 
utilizados diferentes espoletas de arremesso dos dardos e para diferentes tamanhos de 
dardos são utilizados diferentes espoletas de impulsão do êmbolo. O erro na utilização 
das espoletas pode promover acidentes graves e até fatais. Outro inconveniente é o de 
fazerem muito barulho. 
• Polietileno (plástico) ou alumínio (metal) 
• Propulsão: ar comprimido gás butano 
→ reações químicas pólvora 
• Caseiro ou comercial 
 
3. Bastão de aplicação (curtas distâncias) 
 
4. Pistolas de ar comprimido (médias distâncias) 
a. Esta pistola de CO 2 comprimido Distinj ect®, modelo 35, utilizada para 
lançamento de dardos com anestésico é um exemplo. 
 
5. Rifle de dardos (longas distâncias): pólvora (dardos de alumínio ou náilon) 
 
Qualquer que seja o meio empregado para conter o animal deve obrigatoriamente: 
● Permitir plena segurança para o paciente; 
● Permitir plena segurança para a equipe envolvida; 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS MEDICAMENTOS: 
 
Agonistas alfa- 2- adrenérgicos 
- Xilazina, detomidina e dexmedetomidina 
- Antagonistas = ioimbina e atipamezole 
- Sedação, hipnose, relaxamento muscular, ataxia e analgesia 
- Efeitos adversos: ​depressão do sistema cardiovascular (arritmia) depressão do 
sistema respiratório, timpanismo (ruminantes e hipotensão 
Benzodiazepínicos 
- Midazolam, Zolazepame, Diazepam 
- Antagonista: Flumazenil 
- Efeito: ansiolítico, sedação, tranquilizante, hipnótico e miorrelaxante 
- Efeitos adversos depressão respiratória 
- Sem ação analgésico 
Dissociativos 
- Cetaminae, Tiletamina 
- Efeitos: analgesia somática 
- Efeitos adversos: hipertonicidade muscular, excitação, salivação (primatas, 
roedores e felinos), convulsões, recuperação agitada 
- SEM ANTAGONISTA 
Fenotiazínicos 
- Acepromazina, levopromazina ou clorpromazina 
- Efeitos: depressão do SNC, sonolência, relaxamento muscular 
- Efeitos adversos: crises convulsivas, alterações no pulso e respiração 
- SEM ANTAGONISTA 
Butirofenona 
- Azaperone 
- Efeitos: tranquilização, relaxamento muscular, diminuição do comportamento de 
fuga e locomotora. 
- Efeitos adversos :hipotensão, hipotermia, catalepsia 
- SEM ANTAGONISTA 
 
 
Bloqueadores musculares: 
- Succinilcolina (despolarizante); atracúrio (não despolarizante) 
- Antagonista: neostigmina 
- Efeitos: paralisia muscular temporária 
- Efeitos adversos: morte por paralisia da musculatura relacionada à respiração 
- Cuidado em répteis e aves = ausência do diafragma 
 
Inalatório 
- Isoflurano:mais recomendada para aves e roedores 
- Coelhos pode dar apneia 
- Répteis: apneia prolongada 
 
MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE: 
Frequência cardíaca: 
● Aves = 200 bpm 
● Répteis = doppler 
Frequência respiratória: 
● Testudines difícil 
 
Temperatura retal ou cloacal: 
● répteis = temperatura ambiente 
● aves = 39 a 42oC 
● Termômetro comum = > 32oC 
 
Tempo de preenchimento capilar (TPC) 
Coloração das mucosas 
Pressão arterial 
→ Grandes felídeos avaliar local: água, altura 
→ Primatas animais ágeis e extremamente inteligentes 
EXTRAPOLAÇÃO ALOMÉTRICA 
 
Extrapolação alométrica ou dosagem metabólica se baseia no princípio de que a 
quantidade de princípio ativo a ser administrada um animal está relacionada à sua taxa 
metabólica em relação ao seu volume corporal. 
- Animais ferramentas metabólicas do que animais maiores 
 
NO GERAL: 
● A conexão entre um caráter orgânico e o tamanho corporal não é linear 
● A relação entre a taxa metabólica e a massa corporal = 0,75 
● 0,75 é o padrão para cálculo da taxa metabólica basal 
PARA RÉPTEIS É DIFERENTE!!! 
 
● Animal modelo 
● Massa corporal (M) 
● Taxa metabólica basal = K x M0,75 
● K = constante de proporção baseada na temperatura corporal média 
● K sempre será em Kcal/24 horas/1Kg 
 
 
PRATICA: 
Anestesia de onça de 68,5 kgcom tiletamina + zolazepam Dose para o cão = 10 mg/kg 
Massa corporal do cão = 10 kg 
 
Passo 1: Calcular taxa metabólica basal (TMB) do animal modelo e da onça 
TMBcão = 
TMBonça = 
A TMB é a base para extrapolação alométrica e é dada pela fórmula: 
 
Anestesia de onça de 68,5 kg com tiletamina + zolazepam 
Dose para o cão = 10 mg/kg 
Massa corporal do cão = 10 kg → DOSE TOTAL = 10 X 10 = 100 MG 
 
 
 
Taxa Metabólica Específica (TME): menor taxa metabólica ppor unidade de massa, 
em animais endotérmicos. Valor é obtido pela divisão da TMB pela massa do animal. 
 
A FREQUÊNCIA? 
1. Calcular TME animais alvo e modelo. 
2. [TME modelo (Kcal) X Intervalo adm modelo (horas)] / TME animal alvo 
 
 
 
Biosseguridade e Manejo em Zoológicos 
Os zoológicos contemporâneos brasileiros são regidos por instruções normativas , que 
visam a conservação das espécies silvestres, além de propiciar pesquisas científicas e 
trabalhos educativos e socioculturais, expostos a visitação pública. 
→ ​ZOOLÓGICO: Qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos, em cativeiro 
ou em semiliberdade, e expostos à visitação pública. 
→ JARDIM ZOOLÓGICO: Empreendimento de pessoa jurídica, constituído de coleção 
de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos a 
visitação pública, para atender a finalidades científicas, conservacionistas, educativas e 
socioculturais. 
 
LEGISLAÇÃO: 
 
- LEI No 7.173, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983: Dispõe sobre o estabelecimento 
e funcionamento de jardins zoológicos e de outras providencias; 
- INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 04 DE 04 DE MARÇO DE 2002: Critérios para 
obtenção do registro de jardins zoológicos Requisitos mínimos de recintos 
específicos para espécies; 
- INSTRUÇÃO NORMATIVA No 169, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2008: 
(revogada) ​Instituir e normatizar as categorias de uso e manejo da fauna 
silvestre em cativeiro em território brasileiro; 
- INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA No 7, de 30 de abril de 2015: Institui e 
normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro, e 
define, no âmbito do Ibama, os procedimentos autorizativos para as categorias 
estabelecidas. 
 
JARDINS ZOOLÓGICOS - CATEGORIA C 
I. Area totalmente cercada (mínimo 1,8 m) e inclinação na parte superior 
II. Setor extra 
III. Programa de quarentena 
IV. Instalação adequada para preparo da alimentação do animal 
V. Possuir biotério 
VI. Tratadores permanentes 
VII. Segurança 
VIII. Placas informativas 
IX. Sanitários e bebedouros para o uso do público; 
X. Laboratório para análises clínicas e patológicas ou contratos/acordos 
XI. ambulatório veterinário 
XII. Sala de necropsia 
XIII. Programas de educação ambiental 
XIV. Conservar áreas de flora nativa e sua fauna remanescente 
XV. Programas oficiais de reprodução das espécies ameaçadas 
 
JARDINS ZOOLÓGICOS - CATEGORIA B 
Todos requisitos de ”C”, mais: 
I. Programas de estágio supervisionado 
II. Literatura especializada disponível para o público 
 
JARDINSZOOLÓGICOS - CATEGORIA A 
Todos requisitos de “B” e “C”, mais: 
I. Programas de pesquisa em conservação das espécies 
II. Auditório 
III. Coleção de peças biológicas em exposição pública 
IV. Setor de paisagismo e viveiro de plantas 
V. Setor interno de manutenção 
VI. Promover intercâmbios técnicos nacional(is) e internacional(is) 
 
 
 
MELHORES ZOOLÓGICOS DO MUNDO: 
● 1o - Loro Parque - Puerto de la Cruz (Espanha) 
● 2o - San Diego, EUA 
● Gramado Zoo, Brasil 
ESTRUTURAÇÃO DOS ZOOLÓGICOS: 
Quadro de funcionários com, no mínimo: 
● Tratadores 
● 1 veterinário 
● 1 biólogo 
● Seguranças 
LEI No 7.173, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983. 
É PERMITIDO AOS ZOOLÓGICOS: cobrança de ingressos dos visitantes e venda de 
objetos E venda de seus exemplares da fauna exótica, vedadas quaisquer transações 
com espécies da fauna indígena 
EXCEPCIONALMENTE, PERMITE-SE MEDIANTE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO 
IBAMA: venda do excedente de animais pertencentes à fauna nativa, nascido em 
cativeiro no zoológico. Permutação com indivíduos de instituições afins do país e do 
exterior 
 
Como os animais chegam no zoológico?​ ​Apreensões da natureza ou retenção ou 
doação de cidadãos 
SETORES: 
Dispõe sobre: 
● Tipos de recintos 
● Densidade de acordo com o tamanho do animal 
● Características específicas de acordo com a espécie - Profundidade mínima de espelhos 
d’água 
● Procedimentos de segurança de espécies que apresentam potencial risco à saúde 
humana 
Setor de visitação: ​Recintos com placas informativas: Nomes comum e científico das 
espécies, distribuição geográfica. Indicação quando se tratar de espécies ameaçadas 
de extinção. Sanitários e bebedouros para o uso do público. 
Estruturas do Recinto: 
Recinto é o local onde se mantém um animal e todos os componentes integrantes do 
mesmo. Este pode apresentar uma série de estruturas que variam conforme a espécie 
para a qual existem exigência mínimas de metragem e conteúdo, podendo ainda serem 
mais ou menos sofisticados. Por mais esforço e custos que se façam não há recinto 
ideal, certamente a liberdade seria melhor, assim como em seu habitat natural se 
encontram todos os elementos de que ele necessita tanto físicos quanto psicológicos. 
 
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: 
● O recinto deveria imitar o ambiente natural. 
● Deve fornecer abrigo e sombra. 
● Área de serviço. 
● Área para prender os animais para limpeza do recinto (cambiamento). 
● Tanque com água, quando necessário 
Substrato: 
○ Grama: difícil de limpar e a depender do tipo requer mais cuidados, mas 
amortece algum impacto,reduz atrito e em termos de ambientação é 
satisfatório. 
○ Concreto: muito artificial e abrasivo mas fornece uma higiene perfeita. 
○ Areia: menos abrasivo que o concreto, fácil para limpar fezes e restos 
alimentares, podendo ser até removida em parte, porém por absorver 
umida de e retê-la pode constituir em substrato para proliferação de 
microorganismos e parasitas 
○ Folhiço: para alguns animais fornece umidade e proteção visual e contra 
o ressecamento, contudo constitui em meio para a proliferação de insetos 
e fungos. 
 
 
ESTRUTURAS: 
ABRIGO:​ Local que oferece proteção contra os rigores do sol, chuva ou do vento, 
destinado ao descanso dos animais. Local que oferece proteção contra as intempéries, 
destinado ao descanso dos animais. 
PONTOS/ÁREA DE FUGA​: Obstáculo que não permita ao animal saber que está 
sendo observado e faz com que este se sinta escondido. Um local que ofereça 
segurança psicológica ao animal. 
CAMBIAMENTO:​ Local de confinamento, para facilitar diversos tipos de manejo e a 
retirada do animal do recinto. 
CORREDOR OU CÂMARA DE SEGURANÇA​: Área adjacente à área de manejo do 
recinto. Deverá ser telada, gradeada ou murada, vedada com tela ou grade na parte 
superior, com o objetivo de aumentar a segurança contra fuga. 
ESPELHO D‟ÁGUA: ​Tanque de pequena profundidade, com água corrente ou 
renovável. Um dos lados com rampa 40o 
AFASTAMENTO DO PÚBLICO: ​Barreiras físicas que evitem a aproximação do público 
ao recinto dos animais. Mínimo 1,50 m, exceto quando há vidros. ​Grades,cercas,redes 
 
R​ÉPTEIS: 
● Aberto: solário ( lugar exposto à luz solar e qu e propor cione ao animal banhos 
de sol​) e local sombreado 
● Fechado: iluminação artificial com lâmpadas especiais 
● Substrato próprio: grama, troncos, folhiços. 
● Fundo de tanques lisos 
● Espécie arborícola: galhos 
● Crocodilianos: vegetação 
 
RÉPTEIS PEÇONHENTOS: 
Segurança:vedação externa tota lpara evitar fugas 
Recintos ou caixas: 
2 fichas (1 móvel e 1 fixa): 
● Réptil Peçonhento (escrito em vermelho) 
● Nome Vulgar e Científico 
● Tipo de antiveneno 
Antiveneno: 3 acidentados. → Traduzir bulas de antivenenos de espécies exóticas. 
 
AVES: 
● Divididos em famílias 
● Água renovável 
● Poleiros, ninhos ou substratos para a confecção dos ninhos 
● Alambrado: mínimo 2 (dois) metros de altura 
● Densidade máxima de ocupação: soma das DO dasfamílias 
● Solário: luz direta ao menos um período do dia 
● Recinto de imersão: percurso delimitado 
 
MAMÍFEROS 
Espécies arborícolas: abrigo no estrato superior do recinto 
Espécies ameaçadas: recomendações dos Comitês 
“Nível de Segurança” (NS): 
I. O tratador pode entrar estando o animal solto no recinto. 
II. Deve-se prender o animal para o tratador entrar. 
III. Além de prender o animal no cambiamento com trava e cadeado, deverá 
haver corredor ou câmara de segurança 
ESTRUTURA HOPITALAR 
● Ambulatório ou Hospital veterinário: Isolado das áreas de visitação e 
estrategicamente localizado Local de tratamento clínico, cirúrgico. Presença de 
laboratório ou sala de exames complementares. 
● Setor de Necropsia: ​Com câmara fria 
● Setor de internação 
● Setor de Sustentação: Cozinha, lavanderia, almoxarifado 
● Berçário e Maternidade 
● Medicina Preventiva:​ Exames periódicos para detecção de enfermidades 
(Hemograma e bioquímica anuais), Coproparasitológicos (semestral ou anual) 
deve ter 3 exames consecutivos negativos (intervalo 7 dias), Avaliação física 
geral, Exames complementares . 
 
● QUARENTENA: 
Visa minimizar a contaminação de animais sadios em um plantel estabilizado de 
animais selvagens, pela entrada de novos indivíduos , preconiza-se, então a instalação 
de um Programa abrangente de "Quarentena" que inclua instalações e procedimentos 
adequados, mão -de-obra capacitada, sensibilizada e constantemente treinada. 
 
Procedimentos: 
● Identificação do animal 
● Determinação do tempo de quarentena 
● Exames clínicos e laboratoriais 
● Vermifugação e vacinação 
Instalações: 
● Área isolada com parede de alvenaria de no mínimo 2 metros de altura não 
devendo ser ultrapassada pelas dimensões dos recintos do quarentenário. 
● Estar adequada às normas vigentes da vigilância epidemiológica e sanitária. 
● Quanto às construções, paredes e pisos devem apresentar revestimento de fácil 
limpeza e higienização, com sistema de drenagem e esgoto independente, além 
de pontos de energia elétrica. 
● Em cada recinto deve conter abrigos, comedouros, bebedouros, poleiros 
removíveis, solários, área de segurança compatível com as espécies alojadas e 
equipamentos de higiene exclusivos. 
● Apresentar área específica para a limpeza e desinfecção dos utensílios e 
materiais de contenção. 
 
QUARENTENA DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS: 
● Mínimo 30 dias 
● Exame coproparasitológico 
● Vermifugação profilática 
● Caixas e aquário. 
QUARENTENA DE AVES: 
● De 30 a 40 dias 
● Sexagem 
● Exame coproparasitológico 
● Vermifugação profilática 
● Gaiolas ou canis 
 
QUARENTENA DE MAMÍFEROS: 
● Maioria 30 a 60 dias 
● Primatas de 60 a 90 dias 
● Exames coproparasitológico 
● Hemograma, bioquímico 
● Exames complementares necessário 
● Vermifugação profilática 
● Vacinação 
● Gaiolas, canis ou recintos maiores 
 
SETOR EXTRA 
É obrigatória a sua existência em zoológicos e criadouros conforme está disposto na lei 
Destinado a receber o excedente dos recintos de um zoológico, não devendo ser 
utilizado como quarentena e vice-versa. A permanência do animal deve ser temporária, 
devendo o mesmo ser encaminhado a um recinto novo, para permuta, doação para 
instituições de ensino e pesquisa ou a museus, ou ainda a depender do grau de 
adaptação ao cativeiro ao IBAMA para reintrodução na natureza (soltura) ou através 
deste órgão destinado a criadouros. 
 
BIOSSEGURIDADE x BIOSSEGURANÇA 
BIOSSEGURIDADE: Implementação de um conjunto de políticas e normas 
operacionais rígidas que terão função de proteger os animais selvagens contra a 
introdução de qualquer de agente infeccioso (vírus, bactéria, fungos, parasitas).” 
BIOSSEGURANÇA: “Refere-se quase que exclusivamente a assuntos de saúde 
humana e pode ser definido como “prevenção” à exposição a agentes de enfermidades 
e/ou a produtos biológicos capazes de produzir doenças em seres humanos também 
esta relacionado à estrutura física laboratorial, prédios e equipamentos.” 
“7 elos” 
1. Higiene e desinfecção 
2. Armazenamento e qualidade dos alimentos 
3. Controle de animais sinantrópicos 
4. Controle parasitário 
5. Destino de lixo, excretas e carcaças (Residuos, solidos, organicos, hospitalares, 
perfuro-cortantes e químicos). 
6. Qualidade ambiental e vazio sanitário (mínimo 7 dias) 
7. Erradicação de doenças (vacinas, barreira sanitária, controle de animais 
domésticos errantes, acompanhamente de animais silvestres soltos). 
 
 
 
 
 
BEM ESTAR ANIMAL 
 
Condicionamento Operante: ​Tem como objetivo minimizar o estresse frente a 
procedimentos segurança dos animais e dos técnicos envolvidos atividades para 
visitantes (educação) enriquecimento (aumento da cognição e atividade). 
Deve-se: 
● Conhecer a teoria da aprendizagem animal 
● Conhecer a história natural da espécie 
● Conhecer as particularidades de cada indivíduo 
Treinamento: entrada em bretes, caixas de transporte e de contenção, Cooperação 
emexame e tratamentos. 
Tipos de aprendizagem: 
● Habituação 
 Não associativa 
● Associativa: 
○ Condicionamento clássico (pavloviano): chaveiro com alimentação; 
projetos de reintrodução 
○ Condicionamento operante ou instrumental: braço para injeção em troca 
de fruta 
 
ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL 
Na prática o enriquecimento ambiental consiste na introdução de variedades criativas 
nos recintos a fim de contribuir com o bem-estar dos animais cativos. Como os animais 
se beneficiam de enriquecimento? 
● Aumenta extremamente de bem-estar dos animais, fornecendo todos os 
estímulos físicos e psicológicos. 
● Oferece oportunidades para espécies expressarem comportamento típico. 
● Oferece oportunidades de escolha e controle sobre o ambiente. 
● Alivia o tédio e comportamentos estereotipados. 
● Promove a atividade. 
É de suma importância ressaltar que o tipo de enriquecimento utilizado deve ser 
apropriado a espécie em questão, para garantir não só a segurança dos animais 
como do público. Sendo assim, as diferentes técnicas de enriquecimento utilizadas 
podem ser divididas em cinco grandes grupos , podendo haver interação entre os 
mesmos com determinado elemento enriquecedor: 
 
FÍSICO: Está relacionada à estrutura física do recinto, ao ambiente onde os animais 
estão inseridos. Desta maneira consiste na introdução de aparatos que deixem os 
recintos semelhantes ao habitat de cada uma das espécies. 
 
SENSORIAL: Amplamente utilizado este tipo de enriquecimento consiste na 
estimulação dos cinco sentidos dos animais: visual, auditivo, olfativo, tátil e gustativo 
são exemplos de enriquecimento ambiental sensorial que podem ainda ser fornecidos 
estímulos amplos que atinjam o máximo possível de sentidos . 
 
COGNITIVO: Dispositivos mecânicos (“quebra-cabeças”) para os animais manipularem 
são maneiras de estimular suas capacidades intelectuais e manuais. 
Procurar/ investigar: a adição de árvores comestíveis, plantas, videiras e flores.O 
estímulo pode ser pendurado em uma árvore, escondido em um brinquedo ou um 
alimentador especializado e escondida entre outros itens, como ramos ou pilhas de 
folhas. 
 
SOCIAL: Consiste na interação intra-específica ou interespecífica que pode ser criada 
dentro de um recinto. Os animais têm a oportunidade de interagir com outras espécies 
que naturalmente conviveriam na natureza ou com indivíduos de mesma espécie. 
ALIMENTAR: 
Alimentos que não constam na dieta habitual do cativeiro podem ser oferecidos 
aos animais esporadicamente, como frutas da época, por exemplo. Variações na 
maneira como estes alimentos são oferecidos (inteiros, escondidos ou 
congelados), na freqüência (diariamente ou não) e no horário (manhã, tarde ou 
noite) são maneiras de se enriquecer animais em zoológicos. 
 
 
 
 
REPTEIS 
CARACTERÍSTICAS GERAIS: 
• Ausência de diafragma; 
• Respiração pulmonar sendo promovida pela musculatura intercostal (nos quelônios 
pelos movimentos dos membros) ; 
• Hemácias nucleadas; 
• Ausência de pêlos, penas , glandulasmamárias e sudoríparas; 
• Corpo coberto por escamas; 
• Fertilização interna ; 
• Reprodução através de ovos (ovíparos ), neonatos ( vivíparos) ou partenogênese 
(reproduçã o assexuada); 
• Resistencia maior a dor, mas, ainda sentem dor.; 
• Crescimento rápido nos primeiros anos e lento nos últimos, sendo capazes de 
crescer durante toda a vida; 
• Excreção de sais de urato e ácido úrico na urina ( uricotélicos). 
 
Esqueleto: ​1 côndilo Occiptal 
- ANAPSIDA: ​este tipo craniano é considerado o mais primitivo e não apresenta 
qualquer abertura temporal, possuindo apenas aberturas para os principais 
órgãos dos sentidos. Como representantes atuais, temos apenas 
aproximadamente 300 espécies de tartarugas, cágados e jabutis, incluídos na 
Ordem Testudines (ou Chelonia), com duas sub-ordens: ​Cryptodira​ (que retrai 
a cabeça em linha reta) e ​Pleurodira​ (que retrai a cabeça lateralmente). 
 
- DIAPSIDA: ​com duas aberturas temporais, representa o grupo de maior 
sucesso evolutivo entre os répteis, pois foi o tipo craniano presente em todos os 
dinossauros, inclusive aqueles que originaram as Aves. Atualmente, este tipo 
ocorre em três Ordens: 
● Sphenodontia 
● Crocodylia 
● Squamata 
 
Tegumento: 
A pele é seca e recoberta por escamas, escudos ou placas córneas; ocorrem mudas 
periódicas (ecdise perda do estrato córneo por descamação/escalonada (em pedaços) 
como nos lagartos, ou uma troca inteira, como em serpentes. 
Em cascavéis (gênero Crotalus), a cada muda de pele, ocorre deposição de um anel 
córneo na ponta da cauda, originando uma estrutura denominada “chocalho”. 
Os cromatóforos participam da estruturação da cor da pele dos répteis e têm função 
de proteção, dimorfismo sexual, alterações na época reprodutiva e mudanças de 
temperatura ou mesmo na muda. 
● Epiderme:estrato córneo: beta e alfa queratina 
● Derme: cromatóforos e esqueleto dérmico 
Termorregulação: 
Os répteis são considerados animais ectotérmicos, ou seja, dependem de calor 
externo para atingir a temperatura ideal, otimizar seus processos fisiológicos e realizar 
suas atividades diárias. Assim, atingem e mantém em grande parte do dia uma 
temperatura constante (relativa homeotermia), revezando o tempo de exposição direta 
ao sol com incursões a locais sombreados. Podem também se aquecer por convecção, 
ou seja, recebem o calor indireto de outras fontes, como a areia e rochas. 
Mudanças de postura do corpo em relação ao sol e ao substrato, além de abertura da 
boca (ofegação) e alterações fisiológicas em determinadas partes do corpo como a 
vasodilatação e vasoconstrição são alternativas de termorregulação utilizadas pelos 
répteis. 
 
Sentidos: 
● Órgão vomeronasal: ​presente nas serpentes e alguns lagartos, é também 
chamado de Órgão de Jacobson; possui epitélio olfatório responsável pela 
interpretação das partículas de cheiro, capturadas pela língua bífida. 
● Visão:​ é desenvolvida. Olhos com membrana nictante ou nictitante ossículos 
esclerais. Em lagartos a acomodação visual ocorre por movimentação da forma 
do cristalino, e em serpentes por movimentação do cristalino em relação à 
retina. Alguns lagartos têm movimentação independente dos olhos: 
Chamaleonidae. 
● Olho parietal:​ epitelial com lente dorsal e retina ventral Presente em 
Testudines e Lagartos também conhecido como terceiro olho ou olho da 
glândula pineal, é uma parte do epitálamo presente em algumas espécies de 
animais. O olho é fotoreceptivo e está associado com a glândula pineal, que 
regula o ritmo circadiano, a produção de hormônio para termorregulação, 
Mudança de cor,Comportamento e Reprodução. 
Circulação: 
O coração é tricavitário na maioria dos répteis, com dois átrios e um ventrículo. Nos 
crocodilianos já se observa uma nítida separação entre os ventrículos, sendo o coração 
considerado tetracavitário. Em todos os répteis, o átrio direito é completamente 
separado do átrio esquerdo. Mesmo assim, o sangue arterial e o venoso não se 
misturam (shunts) e todos os répteis possuem dupla circulação. 
No coração dos escamados e tartarugas, o ventrículo funciona como três cavidades. 
Uma crista muscular divide parcialmente o ventrículo em dois espaços: cavum 
pulmonar e cavum venosa. O terceiro compartimento (cavum arteriosa) se comunica 
com a cavum venosa através de um canal intraventricular. 
O sangue entra no coração pelo átrio direito e esquerdo, sai do coração pela artéria 
pulmonar e pelos arcos aórticos direito e esquerdo. O átrio direito recebe sangue 
venoso do corpo e o átrio esquerdo recebe sangue arterial dos pulmões. O fluxo de 
sangue no coração segue os seguintes passos: 
1) Com os átrios contraídos, o sangue do átrio esquerdo passa para a cavum 
arteriosa. O sangue do átrio direito para a cavum venosa, e em seguida, para a 
cavum pulmonar. 
2) Quando o ventrículo se contrai, o sangue começa a fluir pelo circuito pulmonar 
antes de fluir pelo circuito sistêmico, pois a resistência é mais baixa no circuito 
pulmonar. Durante a contração do ventrículo, o sangue pobre em oxigênio flui 
para fora da cavum pulmonar pela artéria pulmonar e a parede muscular fecha a 
passagem do sangue entre a cavum venosa e a cavum pulmonar. 
3) Então, o sangue oxigenado da cavum arteriosa flui para a cavum venosa e sai 
pelos arcos aórticos. 
FISIOLOGIA CARDÍACA 
Ventrículo esquerdo: 
● A. Aorta direita 
● A. subclávia D e E 
Ventrículo direito: 
● A. Pulmonar D e E 
● A. Aorta esquerda 
 
→ Crocodilianos:​ possuem coração tetracavitário com dois átrios e dois ventrículos 
separados (sem shunts). 
Forame de Panizza: ​é a intercomunicação do arco aórtico sistêmico direito e 
esquerdo do coração dos répteis crocodilianos. Esta estrutura permite grandes 
vantagens de sobrevivência desses répteis nos meios em que eles habitam uma 
vez que irá regular a mistura do sangue pobre em oxigênio e o sangue rico em 
oxigênio, que será enviado para o corpo, quando esses se encontram em 
apnéia. Essa mistura tem também como função desviar sangue rico em gás 
carbônico para o sistema gastrointestinal, otimizando a digestão, através da 
produção de altas taxas de secreção ácido gástrica 
Quelônios, crocodilianos e alguns lagartos podem fazer “desvios circulatórios”, ou seja, 
a emissão de sangue desoxigenado novamente para a circulação sistêmica, evitando o 
trajeto pulmonar e otimizando a termorregulação. ​Estabilizar a concentração de 
oxigênio do sangue durante períodos de apneia, o desvio direita para a esquerda é 
responsável pelo aumento do fluxo sanguíneo no circuito sistêmico, que os répteis 
usam durante o aquecimento; e também desvia o sangue dos pulmões durante o 
período de apneia. 
Respiração: 
● Ausência de epiglote 
● Traqueia 
○ Testudines: anéis completos 
○ Serpentes: anéis incompletos 
○ Crocodilianos e lagartos: completos e incompletos 
● Ausência do diafragma 
● Sacos aéreos 
● Fenda palatina (menos crocodilianos). 
● Entrada e saída de ar 
○ Mecanismos ativos 
○ Musculatura 
● Cavidade celomática como as aves!!! 
Répteis não possuem o músculo diafragma, e apenas os músculos costais e 
abdominais atuam na expiração e inspiração. ​Na maioria dos répteis um mecanismo de 
pressão negativa é responsável pela ventilação dos pulmões. Um movimento das 
costelas e da parede corporal expande a cavidade torácica, diminuindo a pressão nos 
pulmões e puxando o ar para dentro deles. O ar é expelido pelo movimento para frente 
das costelas e da parede corporal, o que comprime os pulmões. 
Movimento respiratório: 
● diafragma rudimentar (crocodilianos) 
● glote (testudines) 
● mm. Intercostais (squamata e crocodilianos) mm. Abdominais (squamata) 
● mm. Peitoral (testudines) 
O parênquima pulmonar é simples, possuindo um formato de saco e 
apresentando alvéolos semelhantes a favos de mel, os quais são as unidades 
reptilianas de trocas gasosas . Mas diferente dos alvéolos dos mamíferos, os 
alvéolos são estruturas fixas que não se expandem oucontraem. 
Em quelônios a contração das vísceras empurra o pulmão para cima, realizando a 
expiração, o peso dos órgãos traciona o pulmão para baixo, expandindo suas câmaras 
e alvéolos. ​O uso dos músculos do tronco para a respiração cria um problema para os 
lagartos durante a locomoção, de forma que eles não podem respirar e correr ao 
mesmo tempo. Assim, eles precisam parar para respirar enquanto se deslocam. Alguns 
lagartos resolveram esse problema enchendo de ar a região gular da garganta e 
forçando ar para os pulmões. Assim podem manter as trocas gasosas durante o 
movimento. 
Alguns quelônios aquáticos conseguem retirar pequenas quantidades de oxigênio da 
água, em atividade chamadas de “respiração cloacal” e “respiração faríngea”, 
realizadas pela cloaca e faringe, respectivamente. 
Urinário: 
Os rins são metanéfricos, não apresentam a pelve nem a pirâmide renal. E a s alças 
de Henle também estão ausente s, o que conseqüentemente promove aos 
répteis a incapacidade de concentrar a urina além de seus valores osmóticos do 
plasma sanguíneo. Assim o néfron reptiliano consiste em um glomérulo, um 
longo e espesso túbulo contornado proximal, um curto e fino segmento 
intermediário e um curto túbulo distal. Excretam ácido úrico. 
A vantagem do ácido úrico é a de que, sendo insolúvel, pode ser excretado 
com uma mínima perda de água, tendo em vista que não é filtrado. 
A glândula de sal: os répteis não possuem glândulas sudoríparas ou qualquer 
método de perda de sal por sua pele. Todavia, muitas espécies apresentam uma 
glândula de sal extra renal para excretar ativamente o potássio e o sódio e 
conservar água. Esta glândula varia em sua localização , mas é geralmente 
encontrada próximo a o olho ou às passagens nasais. 
Sistema Porta-Renal: O rim dos répteis possui dois suprimentos sanguíneos 
aferentes consistindo nas artérias renais e na veia porta renal, a qual surge 
próximo à confluência das veias epigástricas e ilíacas externas. Esta veia não 
passa pelo glomérulo renal e entra nos rins ao nível do túbulo renal , onde 
desempenha um papel na secreção dos uratos. O sistema porta renal pode 
desempenhar uma função também na conservação da água , porque quando a 
taxa de filtração glomerular diminui durante a desidratação este sistema irá 
manter a perfusão nos túbulos renais para prevenir necrose. 
CLOACA 
Comum aos sistemas urinário, digestivo e reprodutor. 
● Coprodeo: (cranial) recebe o reto 
● Urodeo: recebe os ureteres 
○ aberturas urogenitais (dorsal) 
○ uretra (conecta a bexiga) 
● Proctodeo: (caudal) depósito de fezes e urina 
● Abertura: 
○ Testudines: redonda 
○ Squamata e Sphenodontia: transversal 
○ Crocodylia: longitudinal 
DENTIÇÃO 
Dentes ausentes: Lâmina queratinizadas: Testudines Ranfoteca 
Polifiodontes: 
● Acrodontes: dente preso na gengiva (camaleão) 
● Pleurodontes: dente superficial na mandíbula (teiú) 
● Tecodontes: alvéolos (serpentes e crocodilianos) 
Reprodução: 
● Fecundação interna 
● Macho: hemipênis ou falo 
○ Rincocephalia: ausente 
● Partenogênese 
● Ovíparos (ausência da chalaza) 
● Vivíparos 
Em todos os répteis ocorre a fecundação interna, sendo que os quelônios e 
crocodilianos machos apresentam uma estrutura copuladora única, protraída da cloaca, 
denominada pênis. Squamata (lagartos e serpentes), este órgão é duplo, emergindo 
como dois apêndices nas laterais da cloaca, sendo por isto denominado como 
hemipênis. Os Sphenodontia não apresentam órgão copulador; as cloacas de macho e 
fêmea entram em contato e o esperma é transferido. 
 Grande maioria dos répteis é ovípara (todos os quelônios e crocodilianos). O cuidado 
parental é mais acentuado em crocodilianos. sendo este comportamento bastante 
complexo, envolvendo a construção de ninhos, e proteção ativa aos ovos e filhotes. 
Alguns Squamata fazem ninhos e incubam ovos, e pesquisas recentes têm 
demonstrado a presença de cuidado parental com os filhotes em alguns lagartos e 
serpentes. 
DETERMINAÇÃO DO SEXO DOS FILHOTES 
● Serpentes = DNA 
● Partenogênese 
● Crocodilianos: termodependente 
(7o a 21o dia de incubação) 
Caiman latirostris = 31 a 33oC (machos) F:M:F 
● Testudines = termodependente (M: I: F) ou DNA 
● Lagartos = depende da espécie. XX e XY ou ZW e ZZ 
→ Temperatura de incubação = regula a expressão da aromatase ou a diferenciação 
direta das gônadas 
 
 
 
 
 
Testudines: 
Testudines é uma ordem de répteis caracterizada pela presença de uma carapaça. Por 
vezes são referidos como quelônios, quelónios ou testudíneos. 
Esses animais apresentam placas ósseas dérmicas, que se fundem originando uma 
carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos, que protegem o corpo. As vértebras e 
costelas fundem-se a essas estruturas. 
Carapaça = dorsal 
Plastrão = ventral 
Os ossos da carapaça são recobertos por escudos córneos de origem epidérmica. Não 
possuem dentes, mas apresentam lâminas córneas usadas para arrancar pedaços de 
alimentos.São todos ovíparos. 
 
Os testudines são animais ovíparos e não apresentam cuidado parental. O sexo dos 
indivíduos da prole é determinado, na maioria das vezes, pela temperatura a que os 
ovos são expostos – altas temperaturas de incubação produzem o sexo de maior porte. 
Cryptodira, cujos representantes possuem condições de retrair a cabeça para dentro do 
casco e Pleurodira, onde os representantes curvam o pescoço horizontalmente para 
retrair a cabeça. 
Cryptodira: 
● Retração retilínea da cabeça 
● Ausência de escudo intergular (exceto marinhas) Terrestre, dulcícola ou marinha 
● Carapaça x pelve: ligamentos 
Pleurodira 
● Retração lateral da cabeça 
● Presença de escudo intergular 
● Lacustres 
● Carapaça x pelve: fusionadas 
● Hemisfério Sul 
Cágados ou tartarugas: 
- hábitos semi-aquáticos 
- "assoalhamento" 
​Tartarugas marinhas: 
- origem terrestre 
- terra = desova 
 
 
Dimorfismo sexual: 
Abertura cloacal: ​. No caso dos machos está localizado na cauda, no exterior da 
carapaça, enquanto nas fêmeas está mesmo protegido dentro da carapaça, ainda que 
na base da cauda também. ​A cauda dos machos é mais comprida em grossa do que a 
cauda das fêmeas. 
Plastão:​No caso dos machos o plastrão é côncavo para facilitar o acasalamento, já 
que assim permite um melhor “encaixe” do plastrão à zona superior da carapaça da 
tartaruga fêmea. Nas fêmeas o plastrão já são planos ou mesmo convexos, mas isso já 
dependerá da espécie. Mas nunca côncavo. 
SQUAMATA: 
Representados principalmente por lagartos e serpentes . Os animais dessa 
ordem possuem todo o corpo coberto por escamas e se subdividem em três 
subordens , são elas : lacertílios ou sáurios (lagartos em geral ); amphisbaena ( 
cobra-de-duas -cabeças) serpentes ou ofídios (cobras). 
Serpentes: 
Caracterizam-se pelo corpo alongado, ausência de patas, corpo revestido por 
escamas, maxilas ligadas fracamente, que associadas a presença de elementos 
móveis do crânio, possibilita que possuam uma abertura da boca de grande diâmetro, 
alimentando-se de grandes presas. Pulmão esquerdo rudimentar, pulmão traqueal, 
presença se sacos aéreos, ausência de ceco. 
Reprodução: hemipênis 
● Determinação do sexo: DNA (ZW e ZZ) 
● Cópula: primavera 
● Espermateca 
● 1 a 80 filhotes 
 
 
Constritora ou peçonhenta (Padrão das escamas) 
Podem ser venenosas, como espécies de Colubridae, ou peçonhentas, apresentando 
glândulas de veneno associadas a um dente inoculador. O veneno é utilizado para 
matar e digerir suas presas, podendo ter função secundária de defesa. Possui órgãos 
internos, como fígado, rins e estômago alongados. Seu revestimento epidérmico 
(escamas) sofrem constantes trocas, processo conhecido como muda,onde suas 
escamas ficam mais esbranquiçadas e seus olhos se tornam mais opacos antes da 
substituição. 
O padrão de coloração das serpentes é extremamente variado, relacionados ao tipo de 
ambiente que ela habita, podendo possuir a função de proteção, como camuflagem e 
advertência, ou para controle térmico (tons escuros permitem maior absorção de calor). 
Alterações na variedade de cores também ocorre ao longo da vida, entre juvenis e 
adultos de uma mesma espécie por exemplo, assim como podem surgir diferenças 
individuais, provenientes de quantidade de pigmentação ou nos padrões de desenhos. 
Essas mudanças, levadas ao extremo, podem acarretar em variações como albinismo 
(ausência de pigmentos) e melanismo (excesso do pigmento melanina). 
Os dentes das serpentes são afilados e curvados para trás. O padrão de dentição é 
essencial para o reconhecimento de espécies peçonhentas, podendo ser classificados 
como:
 
 
As serpentes não apresentam tímpano ou ouvido externo, captando vibrações do 
substrato para auxiliar sua audição. 
Seus olhos geralmente também são pouco desenvolvidos (com exceção de espécies 
arborícolas), apresentando portanto uma visão pouco efetiva. Contudo, possuem seus 
próprios órgãos sensoriais característicos. 
O olfato é um de seus principais sentidos, onde a interpretação das informações ocorre 
no ​órgão de Jacobson​, por intermédio das partículas odoríferas capturadas no 
ambiente pela língua bifurcada (bífida), constantemente projetada para o lado de fora 
da boca. Tais partículas serão depositadas na coana e levadas até o órgão para seu 
processamento. Algumas espécies de Boídeos e a família dos Viperídeos apresenta, 
respectivamente, fossetas labiais (fenda na margem ou centro das placas labiais) e 
fossetas loreais (cavidade na região loreal- entre narina e olho), que permitem a 
percepção de variações mínimas de temperaturas, atuando como órgão 
termo-orientador, o que permite melhor localização de presas endotérmicas durante 
períodos noturnos. 
Sauria: 
De modo geral, apresentam corpos alongados e recobertos por escamas, quatro 
membros com cinco dígitos cada, cauda longa, pálpebras móveis e ouvido externo com 
tímpano. Assim como as serpentes, realizam muda - trocam o revestimento epidérmico. 
A grande variedade de habitats e nichos ocupados pelos lagartos influencia a 
diversidade do grupo. Seus representantes então presentes desde florestas tropicais 
até desertos, e com uma única espécie atingindo o Círculo Ártico.Possuem dentes com 
reposição constante. 
Língua: 
● Olfação (bífida): 
○ o. Vomeronasal 
● Alimentação 
● Lubrificar o olho 
A diversidade deste grupo também se deve a várias adaptações para locomoção que 
variam de família para família, como: garras, dedos adesivos e dedos franjados 
● As garras estão presentes em todos os lagartos com exceção dos gekkonídeos. 
São utilizadas para escaladas verticais - subir em árvores ou rochas. 
● Os dedos adesivos, característicos de lagartixas e outros gekkonídeos também 
são utilizados para escalar, mas diferente das garras, estes são eficazes em 
superfícies mais lisas. 
● Por fim, os dedos franjados apresentam grandes escamas franjadas na ponta. 
Estes dedos estão associados com a capacidade de natação, como ocorre nas 
iguanas marinhas; correr sobre areia e até mesmo correr na superfície da água, 
como o basilisco. 
Outra adaptação para locomoção está relacionada a habilidade de planar de uma 
árvore a outra, presente em lagartos arborícolas do gênero Draco. Para isso, estes 
animais apresentam membranas em forma de asas, uma em cada lado do corpo. Há 
casos mais especializados como o do Draco cornutus que apresenta costelas móveis 
dando suporte para as membranas, assim as asas podem ser dobradas quando não 
estão em uso como as de um pássaro. 
Defesa: 
● Mordidas 
● Unhas 
● “Chicote” 
● Espirram sangue 
● Veneno? 
Assim como as serpentes, o padrão de coloração dos lagartos é extremamente variado 
tendo funções como camuflagem, comunicação, termorregulação e também dimorfismo 
sexual. A camuflagem pode ser: 
● criptica (faz com que o animal seja difícil de ser visto) 
● mimética (imita algum outro animal ou objeto), ambas presentes em lagartixas 
do gênero Uroplatus. 
No caso de camaleões, o padrão de coloração pode ser mudado ativamente para se 
camuflar ao ambiente ou se comunicar. 
Quanto ao dimorfismo, os machos são o sexo mais chamativo. Desse modo, os 
machos mais coloridos e com display mais atrativo são escolhidos pelas fêmeas e 
conseguem se reproduzir passando tal característica para seus descendentes. Como 
exemplo temos os lagartos Anolis com seu papo colorido, geralmente avermelhado. 
Poros cloacais, femorais e bulbo peniano - MACHO 
FAMÍLIA GEKKONIDAE 
- Pequenos 
- “Ausência” de pálpebras - Ovíparos 
- Insetívoros (maioria) 
- Lamelas digitais 
FAMÍLIA AGAMIDAE 
- Diurnos 
- Sem feixes para autotomia 
- Onívoro 
FAMÍLIA IGUANIDAE 
- Arborícolas 
- Ovíparas 
- Herbívoros (maioria) 
FAMÍLIA TEIIDAE 
- Carnívoros ou onívoros 
- Terrícolas 
- Ovíparos 
Crocodylia 
Os crocodilianos ou crocodilos são os répteis da ordem Crocodilia (ou Crocodylia), na 
qual existem 24 espécies vivas e numerosos fósseis. São répteis maioritariamente 
grandes, predadores e semiaquáticos. Pertencem a esta ordem: 
● os crocodilos (família Crocodylidae), 
● os aligátores e caimões (ambos da família Alligatoridae) 
● os gaviais (da família Gavialidae). 
A forma do focinho dos crocodilianos varia segundo a espécie. Os crocodilos podem 
apresentar focinhos magros ou largos, enquanto que os aligátores possuem focinhos 
predominantemente largos. Os gaviais têm focinhos muito alongados e magros. 
Répteis de grande porte, compactos e com forma corporal que lembra os lagartos, os 
crocodilianos apresentam focinhos longos e achatados, caudas comprimidas 
lateralmente e olhos, ouvidos e narinas voltados para o topo da cabeça. São bons 
nadadores e em terra podem caminhar naturalmente, com "passo alto" (levantando o 
corpo do chão) ou com "passo baixo" (perto do chão), e as espécies menores são até 
mesmo capazes de galopar. A sua pele é grossa e coberta de escamas que não se 
sobrepõem. Os dentes são cónicos e possuem uma mordida muito poderosa. O 
coração dos crocodilianos apresenta quatro câmaras; tal como as aves, possuem um 
sistema unidirecional de ventilação ao redor dos pulmões e, conforme outros répteis 
não avianos, são ectotérmicos. 
Alguns escudos contêm um único poro chamado órgão sensorial tegumentário. Os 
crocodilos e gaviais têm estes escudos em grande parte dos seus corpos, enquanto 
que os aligátores e caimões só os possuem na cabeça. Não se sabe qual é 
concretamente a sua função, mas sugere-se que possam ser órgãos 
mecano-sensoriais. 
CARACTERÍSTICAS GERAIS 
● Língua pouco móvel 
● Prega gular ou haldas 
● Ausência de ceco 
● Rim mesonéfrico 
● Crocodilianos: amônio-uricotélicos 
● Aligatorídeos: amoniotélicos 
● Narinas e ouvidos com sistema de proteção 
 
CLÍNICA DE REPTEIS 
​Perguntas que você não faria na clínica de cães/gatos: 
● - Data da última alimentação 
● - Frequência da alimentação 
● - Data da defecação 
● - Troca de pele (Ecdise) 
● - Afunda na água 
Avaliação Física: 
Olhos 
● - Abertos 
● - Brilhantes 
● - Sem secreção 
● - Movimento de pálpebras 
As pálpebras inchadas indicam alterações!! 
OLHOS SERPENTES 
● - Brilhantes 
● - Pigmentação característica da espécie 
UNHAS - comprimento 
CASCO/CARAPAÇA 
● rigidez/reformações 
● perfurações 
● rachaduras 
● descamação 
PELE 
● Ao redor do pescoço e nos membros posteriores e anteriores: 
● hidratação 
● descamação 
● feridas 
● cicatrizes 
● ectoparasitas 
CAVIDADE ORAL 
● Coloração da mucosa 
● Estomatites 
● Tumores 
RÉPTEIS E AVES PRODUZEM SOMENTE PUS CASEOSO!!! (Ausência de lisozima) 
Disecdise: é caracterizada como sendo a retenção da muda de pele, que 
geralmente está associada à desidratação , infecções, ectoparasitas,presença 
de lesões , baixa temperatura e umidade do recinto, bem como também à 
ausência de substratos abrasivos para a serpente poder remover sua pele . 
Para o tratamento deve-se hidratar o animal e corrigir a umidade do ambiente, 
e caso necessário fazer banhos de imersão em água morna com glicerina para 
remover de forma cuidadosa a pele, manejo alimentar e recinto. 
Doença cutânea vesicular:​ ​Muitos problemas em serpentes são causados por 
manejo errado ​e a dermatite vesicular (ou doença da bolha) é um dos mais comuns. 
Se a serpente não é mantida limpa e seca, esta doença é quase inevitável (​se ela vive 
em um local muito úmido e sujo as escamas apodrecem e necrosam​). 
Como previnir: Manter seu animal em ambiente ventilado, limpo e seco. Observe a 
serpente frequentemente para ver se não há sinais da doença da bolha. 
Sinais clínicos: 
1. Bolhas com líquido claro dentro. 
2. Bolhas se contaminam com bactérias. 
3. Pele ao redor das bolhas apodrecem e necrosam. 
4. Ulcerações no local da bolha. 
5. Bactérias podem se disseminar para os órgãos internos do animal causando 
septicemia e morte. 
Tratamento:​ tratamento imediato é essencial, drenagem, desinfecção, ambiente. 
As escamas necrosadas são retiradas, o local é limpo e a serpente é tratada com 
antibiótico. Limpar gaiola, durante o tempo de recuperação trocar o substrato por 
toalhas. Correção do manejo. 
 
Alterações no casco: 
Causas: 
● Problemas nutricionais 
● Temperatura e umidade 
● Afecções infecciosas como fungos, bactérias 
● Manejo alimentar e ambiental 
● Antifúngicos ou antibióticos 
Doenças Fúngicas: ​Geralmente secundárias. Possui lesões na pele e no casco 
Tratamento: Manejo, Cetoconazol tópico, Itraconazol 5 a 10 mg/kg VO, sid Fluconazol 
5 mg/kg, VO, sid. Sã infecções normalmente secundários às infecç õ es bacterianas 
ou a fatores que desencadeiam uma queda no sistema imune , como estresse, 
ma ne jo incorreto , má alimentação e uso prolongado de antibióticos. 
Prevalecendo comumente as micoses superficiais que apresentam como 
agentes os fungos saprófitas, o u seja , aqueles encontrados no solo ou em 
plantas, como por exemplo, 
Traumas: ​FRATURAS DE CASCO (Atropelamentos, Ataque de cães, Quedas). 
Limpeza: sol. Fisiológica aquecida 1:40 clorexidine, depois fazer Curativo wet-to-dry 
Bandagem. Tomar cuidado com miíase einfecção 
Cicatrização total : 2 a 30 meses 
Ceftazidima: 20 mg/kg, IV ou IM, a cada 72 horas 
Analgesia 
Doenças bacterianas: ​ Existe uma predominância de agentes gram- negativo s 
em todos os répteis por serem constituintes da flora bacteriana normal , como já 
mencionado, mas quando ocorre um desequilíbrio uma proliferação exacerbada 
dessas bactérias é observada. 
SEPSE 
● Gram negativas 
● Tratamento: Ceftazidima 20 mg/kg 
Pneumonia: Pode ser dividida em primária e secundária a outras doenças 
concomitantes ou mesmo à imunodeficiência do animal, Hipovitaminose A . Nas 
pneumonias as bactérias gram-negativas são os agentes mais comuns por 
conta de serem habitantes normais do trato respiratório desses animais, seguido 
dos vírus, fungos e parasitas. Em muitos casos os sinais clínicos apenas 
são percebidos quando a doença se encontra em um nível avançado sendo o 
prognóstico desfavorável. Entre os sinais incluem-se apatia, letargia, mucosas 
cianóticas (azuladas), dispnéia, respiração com a boca aberta, Não afunda na 
água, Secreção nasa,l cabeça e pescoço distendidas, secreção nasal e perda de 
equilíbrio na água em cágados. 
Tratamento: Nebulização ATB (Enrofloxacina 5 a 10 mg/kg, IM, sid, 7 dias) 
Realizar raio X: Latero-lateral e Cranio-cauda. 
 Salmonelose:​ Tem-se sugerido que grande parte dos répteis, se não todos são 
portadores assintomáticos d e Salmonella sp., mas isso apenas tende a ocorrer 
para animais em cativeiro porque os de vida livre até então examinados não 
apresentaram tal bactéria em sua flora normal. Sugerindo-se que o isolamento 
deste agente está relacionado com as condições de manejo impostas aos 
animai s. Devido ao seu potencial zoonótico, ou seja , de transmissão aos 
seres humanos preconiza-se a adoção de medidas de higiene como forma de 
profilaxia. Geralmente sem sinais clínicos nos répteis. ZOONOSE. 
Enfermidade clínica: Invasão de tecidos extra-entéricos. Queda de imunidade = 
Estresse!!! 
Sintomas: sepse → diarreia, anorexia, perda de peso e letargia, dermatites, 
abscessos, Osteomielite e Pneumonia. 
Diagnóstico: cultura microbiológica de fezes Swabs cloacais (não confiáveis). 
Hemocultura + sinais clínicos 
Tratamento: Altamente resistente - antibiograma. Somente com sintomas clínicos 
● Enrofloxacina 10 mg/kg, IM, sid 
● Ceftiofur 2 a 5 mg/kg, IM ou SC, sid 
● Gentamicina 2,5 a 5 mg/kg, IM, q72 horas 
 
Estomatite: Causada por fungos, vírus ou bactérias, a estomatite atinge, além das 
serpentes, diversas outras espécies de répteis. Geralmente, a doença está relacionada 
a fatores como estresse, manejo inadequado, má nutrição ou mau uso de 
medicamentos. O sinal mais comum da estomatite é quando o animal não quer se 
alimentar. “A falta de apetite pode causar anemia. Os outros sintomas são secreções 
na cavidade oral, inflamações e lesões na boca e na língua e, em casos mais graves, 
pode ocorrer abscessos, gengivites e perda dentárias.” 
 
O tratamento : será feita a limpeza da cavidade oral com produtos e medicamentos 
específicos durante alguns dias. Durante todo o tratamento, as serpentes com 
estomatite devem receber o alimento via sonda e soro. Caso necessário, o animal será 
anestesiado para remoção dos abscessos”, explica a especialista. 
 
Ectoparasitas: Normalmente o que se observa é a presença de ácaros 
denominados de “piolhos de cobra” os quais são hematófag os e e m casos de 
graves infestações podem levar a disecdises (alteração na troca de pele), 
anemia e debilidade do animal, além também de servirem como vetores para 
a bactéria Aeromonas hydrophila . Os carrapatos são também muito comuns, 
principalmente o Amblyoma rotundatum , podendo ocasionar danos à pele, 
anemia e transmissão de hemoparasitas . Estes são freqüentemente encontrados 
ao redor dos olhos e da cavidade oral. 
Tratamento: 
Carrapto: 
● Neguvon® (Triclorfon) 
● Triclorfon 0,2% 
● Fipronil 
Banhos de imersão com intervalo de 15 dias (2 banhos) 
Acaro: DICA: Passar escova na pele 
● Banho com acaricidas 
● Aplicação de piretroides Cheyletus eruditus (Taurrus®) 
 
Endoparasitas: ​O animal contaminado apresentará sinais de regurgitação , 
anorexia , apatia, perda de peso e diarréia. Salienta-se que os protozoários d e 
forma geral são encontrados em animais sadios fazendo parte da flora normal, 
mas quando ocorre imunossupressão por diversos motivos esses parasitas se 
tornam patogênicos. 
● - Coccidiose: Sulfametazina + sulfaquinoxalina 40 mg/kg, VO, 7 dias 
● - Helmintose: Mebendazole 20 a 25 mg/kg, VO Febendazole 50 a 100 mg/kg, 
VO Albendazole 
● ​- Trematódeos 
Prolapso de pênis:​ traumas penianos , separação forçada durante a cópula, 
infecção peniana, deficiência muscular ou neurológica do músculo retrator do 
pênis ou em esfíncter cloacal. Para prolapsos recentes recomenda -se um 
tratamento conservador que consiste na limpeza, aplicação de compressas frias 
para reduzir o edema, lubrificação e reposição do pênis para dentro da cloaca 
novamente , com posterior sutura em bolsa de tabaco para evitar reincidências , 
a qual deverá permanecer até que o pênis tenha retornado ao seu tamanho 
normal. Mas q ua nd

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