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SILVESTRES CONTENÇÃO CONTENÇÃO FÍSICA É caracterizada como sendo a abolição mecânica dos movimentos, de modo que o animal permaneça suficientemente contido para permitir a intervenção dos procedimentos veterinários necessários, como por exemplo,efetuar exames clínicos, coleta de material para exames laboratoriais e vacinação. O fator mais relevante é a segurança com que o procedimento é realizado. - Segurança - ANIMAL x MANIPULADOR - Equipamentos e materiais - Equipe treinada e de confiança - Conhecer as particularidades - Eficiência e rapidez IMPORTANTE: ● Conhecimento do comportamento ● Vulnerabilidade ao estresse ● Prever reações ● Domínio de técnicas e equipamentos ● Pensar em todos os detalhes! EQUIPAMENTOS: Gancho: equipamento empregado para a contenção de serpentes. É composto de um cabo de madeira ou ferro e em uma de suas extremidades possui uma haste de ferro na forma de “L” ou de “C” para dar sustentação ao corpo do animal ou mesmo para conter a cabeça da serpente para posterior contenção com as mãos ou com tubo de PVC. Pinças: é utilizado para o manejo de serpentes e consiste em uma haste com uma pinça articulada na ponta acionada por gatilho para o pinçamento de tais animais. É mais empregado para serpentes agressivas e perigosas. Tomando o cuidado de não colocar pressão demais ao animal para evitar lacerações de pele, luxações e fraturas de vértebras e costelas. Luvas de raspas de couro: utilizadas para a proteção das mãos na contenção direta de um animal ou mesmo em associação a outro equipamento de contenção física. Empregada para uma grande variedade de espécies de aves, répteis e mamíferos, potencialmente pouco agressivos e que não possuam grande capacidade de produzir ferimentos, se já por mordedura,arranhadura ou outros meios de defesa, e cujo comportamento possibilite uma maior aproximação do indivíduo que realiza a captura. Salienta-se que o uso de tais luvas diminui a sensibilidade do manipulador , desta forma ponderar com cautela o quanto de pressão irá ser feita contra o animal contido para ao mesmo tempo não sufocá-lo e também não deixá-lo fugir ou morder Puçás: equipamento utilizado para a captura e contenção de várias espécies de aves, mamíferos e até alguns répteis, principalmente, para animais que impossibilitam a aproximação do manipulador, e que são potencialmente pouco agressivos. É composto de um cabo de madeira ou ferro, possuindo em uma de suas extremidades um aro de metal que pode ser quadrado, redondo ou triangular e que sustenta uma rede de corda ou um saco de pano fechado onde o animal ficará contido. Redes: geralmente confeccionadas e m cordas de fibras naturais ou sintéticas, podendo ser empregadas de diferentes formas na contenção e captura de uma grande variedade de espécies de aves e mamíferos. Cambões: equipamento utilizado para a captura e a contenção de várias espécies, principalmente os mamíferos e alguns répteis, como lagartos mais agressivos e jacarés de porte pequeno a médio. Existem vários modelos e todos utilizam o princípio do laço ao redor do pescoço e de um dos membros torácicos para a captura, onde um cabo de madeira ou outro material serve de guia para um laço feito com tira de couro ou corda de material sintético que pode ser manejado pela outra extremidade do equipamento para apertar ou afrouxar o laço. CONTENÇÃO DE MAMÍFEROS Na maioria dos mamíferos os dentes representam o maior perigo. Outros animais ainda possuem as unhas e podem dar coices, bater com a cauda ou nadadeira para se defender. O tamanho do animal não deve ser considerado para estimar maior ou menor facilidade na contenção. Xenarthras: englobam os tamanduás, preguiças e tatus e por não apresentarem muitos dentes, à exceção dos tamanduás que não apresentam nenhum dente, podem ser enquadrados como animais fáceis de conter, mas jamais devem ser subestimados. ● O grande perigo dos tamanduás são suas longas unhas que agem como alavancas e tem uma força considerável. O animal no ataque fica de pé sobre os membros pélvicos e abraça a vítima, perfurando-a com suas unhas. Por isso a contenção visa primeiramente nesses animais fechar a alavanca das unhas dobradas, passando fita adesiva em volta das mesmas, para não poder se enganchar. Lembrar que os tamanduás possuem membros muito fortes e uma contenção nunca deve ser feita por uma única pessoa. 2 pessoas cada uma segurando 2 membros com cordas ou luva de couro. ● O mesmo procedimento deverá ser efetuado para as preguiças, não esquecendo que esses animais possuem dentes e podem morder forte. ● Já os tatus se defendem com as unhas dos membros com os quais eles podem arranhar as pessoas. A contenção deverá então ser feita pela lateral do corpo desses animais. Primatas: tais animais independentemente do seu tamanho, defendem -se principalmente pela mordida e, no caso do gorila e chimpanzé, também por socos e compressões. Os sagüis que são primatas pequenos são muito ágeis para escapar, podem arranhar com suas unhas e morder. Apesar de terem uma boca pequena, os dentes incisivos e caninos são muito afiados e duros, pois apresentam uma dupla camada de esmalte sendo usados para roer e morder galhos de árvores obtendo a seiva de que se alimentam. ● Primatas menores contenção deve então ser feita com o uso de luvas de couro, segurando com uma mão atrás da cabeça firmando com o dedo indicador e o polegar as mandíbulas e com a outra mão segurar os membros pélvicos. ● Primatas maiores como o macaco-prego dependendo do seu comportamento só deverão ser pegos se estiverem previamente sedados com o uso de puçás onde poderá ser injetado o sedativo ou por gaiolas de parede móvel, e a contenção deve-se iniciar juntando os membros torácicos e puxando-os para trás e conter os membros pélvicos com a outra mão. Grandes mamíferos: são animais como grandes primatas, antas e ursos que pelo tamanho ou pela agressividade não permitem uma aproximação prévia, devem ser sedados para posterior manipulação. Roedores: tais animais apresentam como defesa os dentes incisivos, e mesmo os pequenos, como camundongos, hamsters e gerbil podem morder e causar graves lesões. ● Roedores grandes como ratão-do-banhado e capivara, uma mordida pode ter conseqüências irreparáveis, assim o uso de cambão para contenção é recomendado. ● A contenção de cobaias, conhecidos também como porquinhos-da-índia, deve ser feita com as duas mãos, uma segura a cabeça e os membros torácicos e a outra mão segura juntos os membros pélvicos . Não exceder no tempo de contenção pois tais animais podem sofrer de colapso fatal. ● No caso do gerbil, ratos e camundongos que são muito ágeis, deve -se tirar os animais do recinto ou da gaiola pelo terço médio da cauda e apoiá-los no chão. Assim que estiverem no chão deve-se segurar o corpo inteiro com a mão, com o indicador e o dedo médio em volta do pescoço, pois se o animal virar a cabeça ele poderá morder . ● Em roedores pequenos apenas , como o hamster, também se pode conter o animal puxando a pele dorsalmente entre as escápulas impossibilitando assim os movimentos da cabeça. ● No caso de chinchilas nunca conter o animal pelo rabo, pois poderá haver rompimento de alguns vasos sanguíneos e traumatismo grave, nem pelos pêlos do dorso. Desta forma deve -se conter com o indicador e o dedo médio de uma mão ao redor do pescoço e com a outra mão apoiar o restante do corpo para impedi-lo que se debata; ● O ouriço-cacheiro que também é um roedor além de morder e apresenta o corpo coberto por espinhos e alguns pêlos. Tais espinhos nunca são lançados voluntariamente pelo animal, mas caso se encoste à ponta estes ficam espetados e se soltam do corpo do animal. Como na ponta possuem um gancho fixam dentro da pele do adversário e doem quando são arrancados. Alémda ferida ocasionada pelo espinho existe também o risco de contaminação com agentes secundários. O transporte do animal de um lugar próximo a outro poderá ser feito pela ponta da cauda, região esta que quase não apresenta espinhos, utilizando luvas de couro. Salientado que se passar a mão no sentido craniocaudal em cima dos espinhos estes não machucam, porém se passar no sentido caudo cranial machucam muito. A porção ventral do animal praticamente não tem espinhos. Lagomorfo: neste grupo encontram-se os coelhos e as lebres considerados também como roedores e apresentam os dentes incisivos que possuem certo perigo durante a manipulação. Como possuem unhas compridas nos membros pélvicos podem arranhar de forma grave o operador. Dessa forma, a contenção também deve ser feita com as duas mãos. Quando for um animal menor, uma das mãos segura a pele a o redor do pescoço, nunca se gurando esses animais pelas orelhas, e a outra mão contém os membros pélvicos, porém separando-os com um dedo. Marsupiais: englobam animais como gambás e cuícas que se defendem pela sua mordida e podem ser transportados de um lugar para o outro pendurados pelo terço médio da cauda usando luvas de couro. Para uma contenção mais adequada deve-se segurar atrás da cabeça do animal logo que possível com as luvas de couro ou com um cambão. Lembrando que a outra forma de defesa dos gambás são as glândulas de cheiro, localizadas próximas ao ânus. Em momentos de perigo ou estresse tais animais expiram um líquido amarronzado que pode entrar em contato com a pele e causar alergias ou feridas. O uso de máscaras e óculos de proteção é recomendável. Cervídeos: stresse, sempre que precisar química. Felídeos, canídeos, procionídeos e mustelídeos: englobam animais como tigres, lobos-guarás, quatis e iraras, respectivamente. Deve-se manejá-los cautelosamente devido a sua grande potência na mordida. Assim uma sedação prévia através de zarabatanas para os animais maiores e o uso de puçás, cambões ou de gaiolas de contenção é fundamental para manipular esses animais. ● Os pequenos carnívoros adultos e os filhotes de espécies maiores podem ser capturados com o auxílio de puçás, e a partir desses procedimentos alguns animais permitem a contenção manual com o uso de luvas de couro. No caso de ferrets que são mustelídeos, considerados já domésticos, uma contenção pela pele entre as escápulas e elevação do animal já o imobiliza de forma adequada, sendo o mesmo procedimento utilizado para gatos domésticos ● Para os carnívoros de grande porte mesmo contido deve -se colocar uma mordaça em volta do focinho para prevenção de possíveis incidentes. Da mesma forma, em felinos é importante o uso de botas de esparadrapo em volta dos membros, pois os animais apresentam garras retráteis muito afiadas e que podem causar lesões. CONTENÇÃO DE AVES O local onde ocorrerá a contenção deve ser um lugar fechado para evitar fugas. Os ventiladores ou exaustores de ar devem estar desligados para evitar ferimentos à ave. A sala também não pode ter muitos objetos e det lhes para que o animal não fuja e se refugie dificultando assim a contenção, além de aumentar o estresse do mesmo. Esta sala deve ser de fácil limpeza e higienização e bem iluminada. No que tange às características anatômicas de tais animais é fundamental ter em mente que não possuem diafragma funcional e que o esterno e os músculos intercostais participam dos movimentos respiratórios, desta forma qualquer contenção que impeça a movimentação do esterno por pressão deve ser evitado sob risco de morte ao animal. As aves já contidas, independentemente da espécie, não devem ser seguradas de cabeça para baixo. A técnica básica da contenção física de aves: as paredes das gaiolas servem como limite de fuga do animal e são aproveitados para capturar a ave. Inicialmente com o auxílio do pano deve-se fixar a cabeça por trás segurando com o dedo indicador na região dorsal da cabeça e com o dedão e o dedo médio nas laterais da cabeça, onde está o osso maxilar que permite um apoio maior. Pode -se também segurar a cabeça apenas com dois dedos o indicador e o dedão, um em cada um dos maxilares. Cuidado para não apertar com os dedos em cima dos globos oculares. O restante da palma da mão serve como apoio para o corpo ou pescoço da ave, dependendo de seu tamanho. Nunca segurar uma ave pelo pescoço deixando a cabeça solta, pois a ave poderá bicar e poderá sufocar o animal e lesionar os anéis cartilaginosos da traquéia. Passeriformes: aves pequenas como os passeriformes em geral podem ser contidos sem maiores equipamentos. Deve-se ter cuidado especial para não fazer força desnecessária na contenção, comprimindo o tórax, e dessa maneira impedindo os movimentos respiratórios da ave, tendo em vista que não possuem diafragma. A contenção deverá ser a mais rápida possível e realizada quando estritamente necessária, pois tais animais tendem a morrer facilmente por choque durante a contenção, principalmente quando já estão debilitadas. A técnica baseia-se em imobilizar a cabeça colocando o dedo indicador e o dedo médio ao redor da cabeça da ave e com os demais dedos e a palma da mão envolver o restante do corpo da ave para sua estabilização e sustentação. Psitaciformes: os psitaciformes podem bicar e machucar as mãos de quem os contém de forma inadequada. Os Lóris, um grupo de psitaciformes que se alimentam principalmente de néctar , além de bicarem também apresentam um comportamento reflexo de vômito quando são contidos. Logo, deve-se dar atenção a esse reflexo para que o animal contido não se asfixie com o vômito e, ao mesmo tempo, que não entre em contato com as mucosas das pessoas , pois poderá acarretar uma irritação. ● A técnica consiste em segurar o animal envolto com a toalha e adequar à posição correta da mão, que deverá consistir em posicionar o polegar e o dedo médio de ao lado da mandíbula da ave e o indicador em cima da cabeça, para imobilizar as possíveis bicadas, enquanto os demais dedos ficam ao redor do restante do corpo. ● Os exemplares maiores como papagaios, araras, cacatuas, maritacas etc, devem ser contidos com panos, toalha ou luvas d e couro.estando com a s luvas de couro imobiliza -se o animal com as duas mãos contra a parede da gaiola ou de outra maneira sem machucar o machucar, e ao retirá-lo contido da gaiola inicia-se o posicionamento correto dos dedos . Em que o polegar e o dedo médio de uma mão deverão ficar ao lado da mandíbula da ave e o indicador em cima da cabeça, ou o polegar e os demais dedos em volta do pescoço sem pressionar em demasia, e com a outra mão posiciona-se o polegar em cima dos dois tibiotarsos e o restante dos dedos envolve as pontas das duas asas junto a parte mais caudal da ave. Rapinantes: as atenções ao se manejar animais como falcão, águia, coruja e gavião devem focar primeiramente para as garras e depois para o bico. Já o contrário ocorre com os urubu s que possuem um fortíssimo bico para agredir seus oponentes. Geralmente quando se inicia o manejo os animais podem se deitar de costas para o chão e tentar agredir com as garras para cima, nesses casos deve-se aguardar alguns minutos para prosseguir com a contenção imobilizando a cabeça e os pés, tendo sempre cuidado em conter acima das garras para evitar acidentes. No caso de pequenos rapinantes, pode-se ainda contê-los imobilizando as pernas junto das asas somente, visto o bico não ser um perigo, e elevando-se a ave e normalmente quando bem contidas tais animais nem fazem menção em bicar. No caso do s urubus estes também se defendem lançando seu vômito que contém ácidos fortes e muitas bactérias, o que pode representar perigo quando em contato com as mucosas das pessoas. Galliformes: englobam aves como as galinhas, faisões, pavões e jacus. São capturados com o uso de redes ou puçás e contidosmanualmente, mantendo as asas e pernas junto ao corpo. Captura deve ser feita com ave no chão ou no poleiro Anseriformes: são aves relativamente fáceis de serem manipuladas e contidas. Sua forma de defesa é o bico e as asas. Em animais maiores podem ocorrer injúrias significativas ao operador pelas batidas das asas.O mais comum é o uso de rede para a captura e a contenção em que se contém o animal apenas pelas asas junto ao corpo salienta-se que este tipo de método só poderá ser realizado em animais leves. Aves maiores como patos, cisnes, gansos e marrecos também podem ser contidos com o auxílio de toalhas para imobilizar mais facilmente suas asas ou, dependendo da situação, usando puçás e redes. Devendo apoiar no antebraço a ave, com a mão do mesmo braço segurar os tarsos e por trás das costas conter o pescoço com a mão livre. Ratitas: neste grupo encontramos os avestruzes, emas, casuares e emus. A contenção de tais animais quando filhotes com até aproximadamente um ano pode ser feita diretamente sem toalhas. Já nos adultos deve-se lembrar que esses animais costumam dar coices para frente e que podem machucar muito e até derrubar uma pessoa , principalmente os avestruzes que são agressivos além de pesarem até 150 Kg. Dependendo do seu tamanho, em especial os adultos, necessitam inicialmente serem conduzidas com um gancho ou escudos de proteção para um local apropriado onde um capuz preto é colocado por cima da sua cabeça e então fixar o corpo do mesmo. CONTENÇÃO DE RÉPTEIS Serpentes venenosas ou não: tem como defesa a mordida o u picada e, dependendo d a espécie, a constrição ou enforcamento da presa. Serpentes como as jibóias, pítons e sucuris não possuem veneno, mas detém uma capacidade rápida de envolver o braço, a mão, a perna ou outras partes do corpo da pessoa que a segurar. Para lidar com as serpentes faz-se necessário o uso de gancho, um instrumento bem simples e de fácil manipulação. Este equipamento é utilizado para erguer a serpente do solo e transportá -la como for conveniente. Além do gancho, existem as pinças d e longo alcance, equipamentos que seguram firmemente as serpentes mediante o acionamento de uma espécie de gatilho, sendo ideais para animais agitadas Pode-se ainda empregar tubos plásticos de PVC, de preferência que sejam transparentes, de diâmetro equivalente ao do animal a ser manipulado e fazê-lo entrar por dentro deste. Este tubo deve ter a sua extremidade oposta à abertura cerrada com uma tampa removível. Nestes tubos, a serpente ao entrar não deverá conseguir se virar para trás e fazer meia-volta, sendo obrigada a seguir até o final deste. Quando adentrar mais do que sua metade para dentro do tubo ela pode ser segurada com a mão, na altura da entrada do tubo de modo a impedir seu retrocesso. Quando se faz necessário manipular a cabeça de uma serpente, pressiona-se firmemente, com o auxílio do gancho, o crânio do animal, na base da cabeça, sobre uma superfície relativamente macia, como, por exemplo, um carpete. Existem duas técnicas básicas para se segurar a cabeça destes animais: ● A primeira é destinada às serpentes não venenosas, a técnica dos dois dedos, o dedo indicador se posicionará sob as mandíbulas do animal enquanto o dedo polegar pressiona o crânio deste animal pela sua base, contra o apoio do dedo indicador. Nesta técnica o animal fica bem firme e geralmente mantém a boca fechada, mas se a serpente possuir presas solenóglifas(venenosas) ela poderá manipular seu osso maxilar e projetar suas presas para fora da boca, podendo atingir o dedo indicador sob a mandíbula. ● A técnica dos três dedos é destinada à contenção das serpentes solenóglifas, geralmente venenosas. Primeiro, o dedo indicador se apóia sobre a cabeça da serpente, acima dos olhos; em seguida, o dedo médio e o polegar são apoiados em oposição, um de cada lado, logo sobre o osso quadrado, desta forma forçando -se o osso quadrado de cada lado a serpente é obrigada a abrir a boca e ao mesmo tempo nenhum dedo fica sob a cabeça do animal, dificultando um eventual acidente . Nesta técnica o animal não fica tão bem seguro quanto na técnica anterior. Quelônios: geralmente não apresentam grandes dificuldades para a sua contenção. Há de se considerar a grande força muscular que estes animais possuem principalmente os jabutis. Para se manipular a cabeça destes animais que muitas vezes pode estar retraída para dentro da carapaça, podem-se empurrar gentilmente os membros pélvicos para dentro como forma de estímulo para a exposição d a cabeça. Para limitar o movimento destes animais por um período de tempo, para se realizar radiografias, por exemplo, podemos simplesmente apoiar sob seu plastrão um pedestal, de modo que ele não toque o solo, ou ainda simplesmente conter seus membros dentro de suas carapaças envolvendo-as com fitas adesivas. Geralmente os jabutis não mordem, ao contrá rio dos cágados e tartarugas-marinhas. Em vez de dentes todos os quelônios possuem placas córneas na cavidade bucal. O bico formado por material córneo é muito afiado e pode representar perigo na contenção, principalmente em tartarugas aquáticas, que são mais agressivas. Para a contenção dos quelônios deve-se segurar ao mesmo tempo o plastrão e a carapaça lateralmente ou pela porção caudal, tomando sempre o cuidado para que animais que tenham o pescoço mais flexível não consigam atingir a mão e mordê-la. Lagartos: pequenos de uma maneira geral não apresentam grandes dificuldades de contenção física. Pode-se lançar sobre eles uma toalha molhada ou não, aproximar-se devagar e capturá-lo, pela base do pescoço e pela cintura pélvica, procurando manter os membros pélvicos esticados para trás junto ao corpo. Deve-se tomar cuidado, pois estes animais podem possuir unhas afiadas e cortantes, podendo ferir o manipulador, principalmente com os membros pélvicos. Nunca devendo segurar um lagarto apenas pela cauda, pois a maior parte deles pode desprender a cauda como mecanismo de defesa , a chamada autotomia. No caso de lagartos maiores pode-se utilizar o cambão, envolvendo o pescoço e um dos membros torácicos, tomando cuidado com a cauda que possui grande força muscular. Crocodilianos: estes podem ser capturados com um cambão. Quando não são tão grandes, até cerca de 40 kg, pode -se passar uma corda pelo pescoço e sob uma das axilas para se evitar o enforcamento. Segurar firmemente, pois tais animais possuem o hábito de girar sobre seu próprio eixo com grande força. Quando maiores, esta explosão de energia pode arrancar o cambão das mãos de um homem, desta forma, é recomendável que se lace firmemente a boca do animal. Assim se permite que ele gire livremente, mantendo tensa a corda, até que ele se canse e pare. Em seguida, um segundo homem joga uma toalha molhada sobre seus olhos, para que o animal não consiga fixar o olhar num alvo, e salta -se sobre o dorso do animal, colocando seu peso sobre a cintura torácica e sobre a cabeça com as mãos. Pressiona-se então a cabeça contra o solo por detrás para que a boca fique fechada e então é passado ao redor d a mesma bandagens ou fitas adesivas impedindo que o animal abra a cavidade oral . Depois se prende os membros pélvicos que devem ser trazidos para cima da base da cauda e, finalmente, os membros torácicos que também devem ser flertidos para cima do tronco por meio de cordas. Tomando sempre cuidado com a cauda que é muito forte e poderá ocasionar graves lesões se for negligenciada no momento da contenção. CONTENÇÃO QUÍMICA As contenções usadas para acalmar (tranqüilizantes) e capturar (imobilizantes) animais são similares àquelas usadas na prática humana. Essas drogas e suas combinações atuam em diversos pontos do cérebro e normalmente empregado quandoalguma característica do animal física - anatômica, fisiológica, social ou comportamental e ainda, no caso de acesso que precise ser utilizado requeira esta ação , podendo se querer apenas a sedação. Também por uma questão temporal para reduzir o stress e por fim em casos de cirurgia ou de tratamento de regiões com sensibilidade dolorosa (analgesia). Isto afetará a escolha do fármaco. Estresse: é o conjunto de reações de um organismo frente a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras capazes de perturbar a homeostase. O stress é um fenômeno adaptativo, uma resposta cumulativa resultante da interação do animal com o ambiente, mediado por receptores. Miopatia de captura: Também conhecida como miopatia por stress ou esforço, é uma doença muscular degenerativa de prognóstico extremamente reservado. Pode apresentar-se sob a forma aguda (1 a 12 horas), subaguda (7 a 14 dias) ou crônica (semanas). É observada principalmente nos bovídeos (antílopes, bisões), cervídeos (cervos e veados) e eqüídeos (zebra, cavalo, asno e anta). A anóxia localizada, devido à contratura de massas musculares é o fator determinante. Acidose grave, choque e óbito, necrose de músculos esqueléticos e necrose cardíaca (devido à acidose). ● A patogenia: a alteração do pH e a hipóxia tecidual; levando fibras musculares à morte e liberando potássio, mioglobina e lactato, substâncias que desempenham importante papel na gênese da enfermidade. O potássio age na musculatura cardíaca produzindo fibrilação, e a hiperpotassemia explicaria a morte por insuficiência cardíaca. A hipermioglobinemia, devido à extrema toxicidade da mioglobina, leva a necrose tubular aguda que por sua vez induz a insuficiência renal aguda. A acidose devida a altos níveis de lactato reduz o pH ocasionando choque e falência geral. ● Os sinais clínicos: insuficiência cardíaca e morte, enrijecimento do dorso, ancas e membros posteriores, paresia → paralisia → ataxia→ prostração, trauma de membros, dispnéia e taquicardia, mioglobinúria. ● As principais alterações laboratoriais: são acidose, elevação da creatinina fosfoquinase e de desidrogenase láctica, sendo menos freqüente a hiperpotassemia. Prevenção: Evitar dias e recintos quentes, evitar ruídos e movimentos bruscos, monitorar temperatura corporal do animal, evitar nova contenção em até 14 dias. Tratamento: 1. Oxigenação 2. Bicarbonato de sódio: 4 a 6 mEq/kg 3. Prognóstico: reservado a desfavorável Aplicação: ● Avaliação física ● Coleta de amostras para exames ● Captura ● Transporte ● Tratamento ● Pesquisa Preparação: ● Sexoeidade ● Condiçõesfísicasepsicológicas ● Ambienteehorário ● Separar materiais a serem utilizados ● Monitoração do paciente(emergências) ● Margem de segurança das doses Equipamentos especiais: 1. Zarabatanas (curtas distâncias): De confecção artesanal, as zarabatanas e os dardos (feitos a partir de seringas descartáveis), são práticas, baratas e de fácil reposição. O impacto do dardo da zarabatana sobre o animal é sensivelmente menor que o promovido pelo dardo da espingarda e os riscos de acidentes são reduzidos. O tiro da zarabatana é silencioso. Suas grandes limitações são o volume disponível do dardo (cerca de 5 ml) e a distância de alcance (cerca de 15 metros no máximo). O operador deve ser experiente e manter- se continuamente em treinamento pois as variáveis de tiro são diversas (diferentes pesos dos dardos em conformidade com o volume da droga, interferência dos ventos, tamanho do animal-alvo, distâncias). Alumínio ou policarbonato 2. Armas de arremesso de dardos: Todos têm no entanto uma grande desvantagem, são importados e o processo de importação é difícil e custoso. Além da arma, os acessórios como dardos, agulhas, tufos, borrachas e especialmente as diferentes espoletas (de arremesso do dardo e de impulsão do êmbolo) são também importadas e necessitam de constante reposição. As armas permitem tiros a longa distância (mais de 100 m) e volumes relativamente grandes de drogas a serem aplicadas (cerca de 20 ml). O operador do equipamento deve ser um atirador experimentado. Para diferentes distâncias são utilizados diferentes espoletas de arremesso dos dardos e para diferentes tamanhos de dardos são utilizados diferentes espoletas de impulsão do êmbolo. O erro na utilização das espoletas pode promover acidentes graves e até fatais. Outro inconveniente é o de fazerem muito barulho. • Polietileno (plástico) ou alumínio (metal) • Propulsão: ar comprimido gás butano → reações químicas pólvora • Caseiro ou comercial 3. Bastão de aplicação (curtas distâncias) 4. Pistolas de ar comprimido (médias distâncias) a. Esta pistola de CO 2 comprimido Distinj ect®, modelo 35, utilizada para lançamento de dardos com anestésico é um exemplo. 5. Rifle de dardos (longas distâncias): pólvora (dardos de alumínio ou náilon) Qualquer que seja o meio empregado para conter o animal deve obrigatoriamente: ● Permitir plena segurança para o paciente; ● Permitir plena segurança para a equipe envolvida; PRINCIPAIS MEDICAMENTOS: Agonistas alfa- 2- adrenérgicos - Xilazina, detomidina e dexmedetomidina - Antagonistas = ioimbina e atipamezole - Sedação, hipnose, relaxamento muscular, ataxia e analgesia - Efeitos adversos: depressão do sistema cardiovascular (arritmia) depressão do sistema respiratório, timpanismo (ruminantes e hipotensão Benzodiazepínicos - Midazolam, Zolazepame, Diazepam - Antagonista: Flumazenil - Efeito: ansiolítico, sedação, tranquilizante, hipnótico e miorrelaxante - Efeitos adversos depressão respiratória - Sem ação analgésico Dissociativos - Cetaminae, Tiletamina - Efeitos: analgesia somática - Efeitos adversos: hipertonicidade muscular, excitação, salivação (primatas, roedores e felinos), convulsões, recuperação agitada - SEM ANTAGONISTA Fenotiazínicos - Acepromazina, levopromazina ou clorpromazina - Efeitos: depressão do SNC, sonolência, relaxamento muscular - Efeitos adversos: crises convulsivas, alterações no pulso e respiração - SEM ANTAGONISTA Butirofenona - Azaperone - Efeitos: tranquilização, relaxamento muscular, diminuição do comportamento de fuga e locomotora. - Efeitos adversos :hipotensão, hipotermia, catalepsia - SEM ANTAGONISTA Bloqueadores musculares: - Succinilcolina (despolarizante); atracúrio (não despolarizante) - Antagonista: neostigmina - Efeitos: paralisia muscular temporária - Efeitos adversos: morte por paralisia da musculatura relacionada à respiração - Cuidado em répteis e aves = ausência do diafragma Inalatório - Isoflurano:mais recomendada para aves e roedores - Coelhos pode dar apneia - Répteis: apneia prolongada MONITORIZAÇÃO DO PACIENTE: Frequência cardíaca: ● Aves = 200 bpm ● Répteis = doppler Frequência respiratória: ● Testudines difícil Temperatura retal ou cloacal: ● répteis = temperatura ambiente ● aves = 39 a 42oC ● Termômetro comum = > 32oC Tempo de preenchimento capilar (TPC) Coloração das mucosas Pressão arterial → Grandes felídeos avaliar local: água, altura → Primatas animais ágeis e extremamente inteligentes EXTRAPOLAÇÃO ALOMÉTRICA Extrapolação alométrica ou dosagem metabólica se baseia no princípio de que a quantidade de princípio ativo a ser administrada um animal está relacionada à sua taxa metabólica em relação ao seu volume corporal. - Animais ferramentas metabólicas do que animais maiores NO GERAL: ● A conexão entre um caráter orgânico e o tamanho corporal não é linear ● A relação entre a taxa metabólica e a massa corporal = 0,75 ● 0,75 é o padrão para cálculo da taxa metabólica basal PARA RÉPTEIS É DIFERENTE!!! ● Animal modelo ● Massa corporal (M) ● Taxa metabólica basal = K x M0,75 ● K = constante de proporção baseada na temperatura corporal média ● K sempre será em Kcal/24 horas/1Kg PRATICA: Anestesia de onça de 68,5 kgcom tiletamina + zolazepam Dose para o cão = 10 mg/kg Massa corporal do cão = 10 kg Passo 1: Calcular taxa metabólica basal (TMB) do animal modelo e da onça TMBcão = TMBonça = A TMB é a base para extrapolação alométrica e é dada pela fórmula: Anestesia de onça de 68,5 kg com tiletamina + zolazepam Dose para o cão = 10 mg/kg Massa corporal do cão = 10 kg → DOSE TOTAL = 10 X 10 = 100 MG Taxa Metabólica Específica (TME): menor taxa metabólica ppor unidade de massa, em animais endotérmicos. Valor é obtido pela divisão da TMB pela massa do animal. A FREQUÊNCIA? 1. Calcular TME animais alvo e modelo. 2. [TME modelo (Kcal) X Intervalo adm modelo (horas)] / TME animal alvo Biosseguridade e Manejo em Zoológicos Os zoológicos contemporâneos brasileiros são regidos por instruções normativas , que visam a conservação das espécies silvestres, além de propiciar pesquisas científicas e trabalhos educativos e socioculturais, expostos a visitação pública. → ZOOLÓGICO: Qualquer coleção de animais silvestres mantidos vivos, em cativeiro ou em semiliberdade, e expostos à visitação pública. → JARDIM ZOOLÓGICO: Empreendimento de pessoa jurídica, constituído de coleção de animais silvestres mantidos vivos em cativeiro ou em semiliberdade e expostos a visitação pública, para atender a finalidades científicas, conservacionistas, educativas e socioculturais. LEGISLAÇÃO: - LEI No 7.173, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983: Dispõe sobre o estabelecimento e funcionamento de jardins zoológicos e de outras providencias; - INSTRUÇÃO NORMATIVA N° 04 DE 04 DE MARÇO DE 2002: Critérios para obtenção do registro de jardins zoológicos Requisitos mínimos de recintos específicos para espécies; - INSTRUÇÃO NORMATIVA No 169, DE 20 DE FEVEREIRO DE 2008: (revogada) Instituir e normatizar as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro em território brasileiro; - INSTRUÇÃO NORMATIVA IBAMA No 7, de 30 de abril de 2015: Institui e normatiza as categorias de uso e manejo da fauna silvestre em cativeiro, e define, no âmbito do Ibama, os procedimentos autorizativos para as categorias estabelecidas. JARDINS ZOOLÓGICOS - CATEGORIA C I. Area totalmente cercada (mínimo 1,8 m) e inclinação na parte superior II. Setor extra III. Programa de quarentena IV. Instalação adequada para preparo da alimentação do animal V. Possuir biotério VI. Tratadores permanentes VII. Segurança VIII. Placas informativas IX. Sanitários e bebedouros para o uso do público; X. Laboratório para análises clínicas e patológicas ou contratos/acordos XI. ambulatório veterinário XII. Sala de necropsia XIII. Programas de educação ambiental XIV. Conservar áreas de flora nativa e sua fauna remanescente XV. Programas oficiais de reprodução das espécies ameaçadas JARDINS ZOOLÓGICOS - CATEGORIA B Todos requisitos de ”C”, mais: I. Programas de estágio supervisionado II. Literatura especializada disponível para o público JARDINSZOOLÓGICOS - CATEGORIA A Todos requisitos de “B” e “C”, mais: I. Programas de pesquisa em conservação das espécies II. Auditório III. Coleção de peças biológicas em exposição pública IV. Setor de paisagismo e viveiro de plantas V. Setor interno de manutenção VI. Promover intercâmbios técnicos nacional(is) e internacional(is) MELHORES ZOOLÓGICOS DO MUNDO: ● 1o - Loro Parque - Puerto de la Cruz (Espanha) ● 2o - San Diego, EUA ● Gramado Zoo, Brasil ESTRUTURAÇÃO DOS ZOOLÓGICOS: Quadro de funcionários com, no mínimo: ● Tratadores ● 1 veterinário ● 1 biólogo ● Seguranças LEI No 7.173, DE 14 DE DEZEMBRO DE 1983. É PERMITIDO AOS ZOOLÓGICOS: cobrança de ingressos dos visitantes e venda de objetos E venda de seus exemplares da fauna exótica, vedadas quaisquer transações com espécies da fauna indígena EXCEPCIONALMENTE, PERMITE-SE MEDIANTE AUTORIZAÇÃO PRÉVIA DO IBAMA: venda do excedente de animais pertencentes à fauna nativa, nascido em cativeiro no zoológico. Permutação com indivíduos de instituições afins do país e do exterior Como os animais chegam no zoológico? Apreensões da natureza ou retenção ou doação de cidadãos SETORES: Dispõe sobre: ● Tipos de recintos ● Densidade de acordo com o tamanho do animal ● Características específicas de acordo com a espécie - Profundidade mínima de espelhos d’água ● Procedimentos de segurança de espécies que apresentam potencial risco à saúde humana Setor de visitação: Recintos com placas informativas: Nomes comum e científico das espécies, distribuição geográfica. Indicação quando se tratar de espécies ameaçadas de extinção. Sanitários e bebedouros para o uso do público. Estruturas do Recinto: Recinto é o local onde se mantém um animal e todos os componentes integrantes do mesmo. Este pode apresentar uma série de estruturas que variam conforme a espécie para a qual existem exigência mínimas de metragem e conteúdo, podendo ainda serem mais ou menos sofisticados. Por mais esforço e custos que se façam não há recinto ideal, certamente a liberdade seria melhor, assim como em seu habitat natural se encontram todos os elementos de que ele necessita tanto físicos quanto psicológicos. OBSERVAÇÕES IMPORTANTES: ● O recinto deveria imitar o ambiente natural. ● Deve fornecer abrigo e sombra. ● Área de serviço. ● Área para prender os animais para limpeza do recinto (cambiamento). ● Tanque com água, quando necessário Substrato: ○ Grama: difícil de limpar e a depender do tipo requer mais cuidados, mas amortece algum impacto,reduz atrito e em termos de ambientação é satisfatório. ○ Concreto: muito artificial e abrasivo mas fornece uma higiene perfeita. ○ Areia: menos abrasivo que o concreto, fácil para limpar fezes e restos alimentares, podendo ser até removida em parte, porém por absorver umida de e retê-la pode constituir em substrato para proliferação de microorganismos e parasitas ○ Folhiço: para alguns animais fornece umidade e proteção visual e contra o ressecamento, contudo constitui em meio para a proliferação de insetos e fungos. ESTRUTURAS: ABRIGO: Local que oferece proteção contra os rigores do sol, chuva ou do vento, destinado ao descanso dos animais. Local que oferece proteção contra as intempéries, destinado ao descanso dos animais. PONTOS/ÁREA DE FUGA: Obstáculo que não permita ao animal saber que está sendo observado e faz com que este se sinta escondido. Um local que ofereça segurança psicológica ao animal. CAMBIAMENTO: Local de confinamento, para facilitar diversos tipos de manejo e a retirada do animal do recinto. CORREDOR OU CÂMARA DE SEGURANÇA: Área adjacente à área de manejo do recinto. Deverá ser telada, gradeada ou murada, vedada com tela ou grade na parte superior, com o objetivo de aumentar a segurança contra fuga. ESPELHO D‟ÁGUA: Tanque de pequena profundidade, com água corrente ou renovável. Um dos lados com rampa 40o AFASTAMENTO DO PÚBLICO: Barreiras físicas que evitem a aproximação do público ao recinto dos animais. Mínimo 1,50 m, exceto quando há vidros. Grades,cercas,redes RÉPTEIS: ● Aberto: solário ( lugar exposto à luz solar e qu e propor cione ao animal banhos de sol) e local sombreado ● Fechado: iluminação artificial com lâmpadas especiais ● Substrato próprio: grama, troncos, folhiços. ● Fundo de tanques lisos ● Espécie arborícola: galhos ● Crocodilianos: vegetação RÉPTEIS PEÇONHENTOS: Segurança:vedação externa tota lpara evitar fugas Recintos ou caixas: 2 fichas (1 móvel e 1 fixa): ● Réptil Peçonhento (escrito em vermelho) ● Nome Vulgar e Científico ● Tipo de antiveneno Antiveneno: 3 acidentados. → Traduzir bulas de antivenenos de espécies exóticas. AVES: ● Divididos em famílias ● Água renovável ● Poleiros, ninhos ou substratos para a confecção dos ninhos ● Alambrado: mínimo 2 (dois) metros de altura ● Densidade máxima de ocupação: soma das DO dasfamílias ● Solário: luz direta ao menos um período do dia ● Recinto de imersão: percurso delimitado MAMÍFEROS Espécies arborícolas: abrigo no estrato superior do recinto Espécies ameaçadas: recomendações dos Comitês “Nível de Segurança” (NS): I. O tratador pode entrar estando o animal solto no recinto. II. Deve-se prender o animal para o tratador entrar. III. Além de prender o animal no cambiamento com trava e cadeado, deverá haver corredor ou câmara de segurança ESTRUTURA HOPITALAR ● Ambulatório ou Hospital veterinário: Isolado das áreas de visitação e estrategicamente localizado Local de tratamento clínico, cirúrgico. Presença de laboratório ou sala de exames complementares. ● Setor de Necropsia: Com câmara fria ● Setor de internação ● Setor de Sustentação: Cozinha, lavanderia, almoxarifado ● Berçário e Maternidade ● Medicina Preventiva: Exames periódicos para detecção de enfermidades (Hemograma e bioquímica anuais), Coproparasitológicos (semestral ou anual) deve ter 3 exames consecutivos negativos (intervalo 7 dias), Avaliação física geral, Exames complementares . ● QUARENTENA: Visa minimizar a contaminação de animais sadios em um plantel estabilizado de animais selvagens, pela entrada de novos indivíduos , preconiza-se, então a instalação de um Programa abrangente de "Quarentena" que inclua instalações e procedimentos adequados, mão -de-obra capacitada, sensibilizada e constantemente treinada. Procedimentos: ● Identificação do animal ● Determinação do tempo de quarentena ● Exames clínicos e laboratoriais ● Vermifugação e vacinação Instalações: ● Área isolada com parede de alvenaria de no mínimo 2 metros de altura não devendo ser ultrapassada pelas dimensões dos recintos do quarentenário. ● Estar adequada às normas vigentes da vigilância epidemiológica e sanitária. ● Quanto às construções, paredes e pisos devem apresentar revestimento de fácil limpeza e higienização, com sistema de drenagem e esgoto independente, além de pontos de energia elétrica. ● Em cada recinto deve conter abrigos, comedouros, bebedouros, poleiros removíveis, solários, área de segurança compatível com as espécies alojadas e equipamentos de higiene exclusivos. ● Apresentar área específica para a limpeza e desinfecção dos utensílios e materiais de contenção. QUARENTENA DE RÉPTEIS E ANFÍBIOS: ● Mínimo 30 dias ● Exame coproparasitológico ● Vermifugação profilática ● Caixas e aquário. QUARENTENA DE AVES: ● De 30 a 40 dias ● Sexagem ● Exame coproparasitológico ● Vermifugação profilática ● Gaiolas ou canis QUARENTENA DE MAMÍFEROS: ● Maioria 30 a 60 dias ● Primatas de 60 a 90 dias ● Exames coproparasitológico ● Hemograma, bioquímico ● Exames complementares necessário ● Vermifugação profilática ● Vacinação ● Gaiolas, canis ou recintos maiores SETOR EXTRA É obrigatória a sua existência em zoológicos e criadouros conforme está disposto na lei Destinado a receber o excedente dos recintos de um zoológico, não devendo ser utilizado como quarentena e vice-versa. A permanência do animal deve ser temporária, devendo o mesmo ser encaminhado a um recinto novo, para permuta, doação para instituições de ensino e pesquisa ou a museus, ou ainda a depender do grau de adaptação ao cativeiro ao IBAMA para reintrodução na natureza (soltura) ou através deste órgão destinado a criadouros. BIOSSEGURIDADE x BIOSSEGURANÇA BIOSSEGURIDADE: Implementação de um conjunto de políticas e normas operacionais rígidas que terão função de proteger os animais selvagens contra a introdução de qualquer de agente infeccioso (vírus, bactéria, fungos, parasitas).” BIOSSEGURANÇA: “Refere-se quase que exclusivamente a assuntos de saúde humana e pode ser definido como “prevenção” à exposição a agentes de enfermidades e/ou a produtos biológicos capazes de produzir doenças em seres humanos também esta relacionado à estrutura física laboratorial, prédios e equipamentos.” “7 elos” 1. Higiene e desinfecção 2. Armazenamento e qualidade dos alimentos 3. Controle de animais sinantrópicos 4. Controle parasitário 5. Destino de lixo, excretas e carcaças (Residuos, solidos, organicos, hospitalares, perfuro-cortantes e químicos). 6. Qualidade ambiental e vazio sanitário (mínimo 7 dias) 7. Erradicação de doenças (vacinas, barreira sanitária, controle de animais domésticos errantes, acompanhamente de animais silvestres soltos). BEM ESTAR ANIMAL Condicionamento Operante: Tem como objetivo minimizar o estresse frente a procedimentos segurança dos animais e dos técnicos envolvidos atividades para visitantes (educação) enriquecimento (aumento da cognição e atividade). Deve-se: ● Conhecer a teoria da aprendizagem animal ● Conhecer a história natural da espécie ● Conhecer as particularidades de cada indivíduo Treinamento: entrada em bretes, caixas de transporte e de contenção, Cooperação emexame e tratamentos. Tipos de aprendizagem: ● Habituação Não associativa ● Associativa: ○ Condicionamento clássico (pavloviano): chaveiro com alimentação; projetos de reintrodução ○ Condicionamento operante ou instrumental: braço para injeção em troca de fruta ENRIQUECIMENTO AMBIENTAL Na prática o enriquecimento ambiental consiste na introdução de variedades criativas nos recintos a fim de contribuir com o bem-estar dos animais cativos. Como os animais se beneficiam de enriquecimento? ● Aumenta extremamente de bem-estar dos animais, fornecendo todos os estímulos físicos e psicológicos. ● Oferece oportunidades para espécies expressarem comportamento típico. ● Oferece oportunidades de escolha e controle sobre o ambiente. ● Alivia o tédio e comportamentos estereotipados. ● Promove a atividade. É de suma importância ressaltar que o tipo de enriquecimento utilizado deve ser apropriado a espécie em questão, para garantir não só a segurança dos animais como do público. Sendo assim, as diferentes técnicas de enriquecimento utilizadas podem ser divididas em cinco grandes grupos , podendo haver interação entre os mesmos com determinado elemento enriquecedor: FÍSICO: Está relacionada à estrutura física do recinto, ao ambiente onde os animais estão inseridos. Desta maneira consiste na introdução de aparatos que deixem os recintos semelhantes ao habitat de cada uma das espécies. SENSORIAL: Amplamente utilizado este tipo de enriquecimento consiste na estimulação dos cinco sentidos dos animais: visual, auditivo, olfativo, tátil e gustativo são exemplos de enriquecimento ambiental sensorial que podem ainda ser fornecidos estímulos amplos que atinjam o máximo possível de sentidos . COGNITIVO: Dispositivos mecânicos (“quebra-cabeças”) para os animais manipularem são maneiras de estimular suas capacidades intelectuais e manuais. Procurar/ investigar: a adição de árvores comestíveis, plantas, videiras e flores.O estímulo pode ser pendurado em uma árvore, escondido em um brinquedo ou um alimentador especializado e escondida entre outros itens, como ramos ou pilhas de folhas. SOCIAL: Consiste na interação intra-específica ou interespecífica que pode ser criada dentro de um recinto. Os animais têm a oportunidade de interagir com outras espécies que naturalmente conviveriam na natureza ou com indivíduos de mesma espécie. ALIMENTAR: Alimentos que não constam na dieta habitual do cativeiro podem ser oferecidos aos animais esporadicamente, como frutas da época, por exemplo. Variações na maneira como estes alimentos são oferecidos (inteiros, escondidos ou congelados), na freqüência (diariamente ou não) e no horário (manhã, tarde ou noite) são maneiras de se enriquecer animais em zoológicos. REPTEIS CARACTERÍSTICAS GERAIS: • Ausência de diafragma; • Respiração pulmonar sendo promovida pela musculatura intercostal (nos quelônios pelos movimentos dos membros) ; • Hemácias nucleadas; • Ausência de pêlos, penas , glandulasmamárias e sudoríparas; • Corpo coberto por escamas; • Fertilização interna ; • Reprodução através de ovos (ovíparos ), neonatos ( vivíparos) ou partenogênese (reproduçã o assexuada); • Resistencia maior a dor, mas, ainda sentem dor.; • Crescimento rápido nos primeiros anos e lento nos últimos, sendo capazes de crescer durante toda a vida; • Excreção de sais de urato e ácido úrico na urina ( uricotélicos). Esqueleto: 1 côndilo Occiptal - ANAPSIDA: este tipo craniano é considerado o mais primitivo e não apresenta qualquer abertura temporal, possuindo apenas aberturas para os principais órgãos dos sentidos. Como representantes atuais, temos apenas aproximadamente 300 espécies de tartarugas, cágados e jabutis, incluídos na Ordem Testudines (ou Chelonia), com duas sub-ordens: Cryptodira (que retrai a cabeça em linha reta) e Pleurodira (que retrai a cabeça lateralmente). - DIAPSIDA: com duas aberturas temporais, representa o grupo de maior sucesso evolutivo entre os répteis, pois foi o tipo craniano presente em todos os dinossauros, inclusive aqueles que originaram as Aves. Atualmente, este tipo ocorre em três Ordens: ● Sphenodontia ● Crocodylia ● Squamata Tegumento: A pele é seca e recoberta por escamas, escudos ou placas córneas; ocorrem mudas periódicas (ecdise perda do estrato córneo por descamação/escalonada (em pedaços) como nos lagartos, ou uma troca inteira, como em serpentes. Em cascavéis (gênero Crotalus), a cada muda de pele, ocorre deposição de um anel córneo na ponta da cauda, originando uma estrutura denominada “chocalho”. Os cromatóforos participam da estruturação da cor da pele dos répteis e têm função de proteção, dimorfismo sexual, alterações na época reprodutiva e mudanças de temperatura ou mesmo na muda. ● Epiderme:estrato córneo: beta e alfa queratina ● Derme: cromatóforos e esqueleto dérmico Termorregulação: Os répteis são considerados animais ectotérmicos, ou seja, dependem de calor externo para atingir a temperatura ideal, otimizar seus processos fisiológicos e realizar suas atividades diárias. Assim, atingem e mantém em grande parte do dia uma temperatura constante (relativa homeotermia), revezando o tempo de exposição direta ao sol com incursões a locais sombreados. Podem também se aquecer por convecção, ou seja, recebem o calor indireto de outras fontes, como a areia e rochas. Mudanças de postura do corpo em relação ao sol e ao substrato, além de abertura da boca (ofegação) e alterações fisiológicas em determinadas partes do corpo como a vasodilatação e vasoconstrição são alternativas de termorregulação utilizadas pelos répteis. Sentidos: ● Órgão vomeronasal: presente nas serpentes e alguns lagartos, é também chamado de Órgão de Jacobson; possui epitélio olfatório responsável pela interpretação das partículas de cheiro, capturadas pela língua bífida. ● Visão: é desenvolvida. Olhos com membrana nictante ou nictitante ossículos esclerais. Em lagartos a acomodação visual ocorre por movimentação da forma do cristalino, e em serpentes por movimentação do cristalino em relação à retina. Alguns lagartos têm movimentação independente dos olhos: Chamaleonidae. ● Olho parietal: epitelial com lente dorsal e retina ventral Presente em Testudines e Lagartos também conhecido como terceiro olho ou olho da glândula pineal, é uma parte do epitálamo presente em algumas espécies de animais. O olho é fotoreceptivo e está associado com a glândula pineal, que regula o ritmo circadiano, a produção de hormônio para termorregulação, Mudança de cor,Comportamento e Reprodução. Circulação: O coração é tricavitário na maioria dos répteis, com dois átrios e um ventrículo. Nos crocodilianos já se observa uma nítida separação entre os ventrículos, sendo o coração considerado tetracavitário. Em todos os répteis, o átrio direito é completamente separado do átrio esquerdo. Mesmo assim, o sangue arterial e o venoso não se misturam (shunts) e todos os répteis possuem dupla circulação. No coração dos escamados e tartarugas, o ventrículo funciona como três cavidades. Uma crista muscular divide parcialmente o ventrículo em dois espaços: cavum pulmonar e cavum venosa. O terceiro compartimento (cavum arteriosa) se comunica com a cavum venosa através de um canal intraventricular. O sangue entra no coração pelo átrio direito e esquerdo, sai do coração pela artéria pulmonar e pelos arcos aórticos direito e esquerdo. O átrio direito recebe sangue venoso do corpo e o átrio esquerdo recebe sangue arterial dos pulmões. O fluxo de sangue no coração segue os seguintes passos: 1) Com os átrios contraídos, o sangue do átrio esquerdo passa para a cavum arteriosa. O sangue do átrio direito para a cavum venosa, e em seguida, para a cavum pulmonar. 2) Quando o ventrículo se contrai, o sangue começa a fluir pelo circuito pulmonar antes de fluir pelo circuito sistêmico, pois a resistência é mais baixa no circuito pulmonar. Durante a contração do ventrículo, o sangue pobre em oxigênio flui para fora da cavum pulmonar pela artéria pulmonar e a parede muscular fecha a passagem do sangue entre a cavum venosa e a cavum pulmonar. 3) Então, o sangue oxigenado da cavum arteriosa flui para a cavum venosa e sai pelos arcos aórticos. FISIOLOGIA CARDÍACA Ventrículo esquerdo: ● A. Aorta direita ● A. subclávia D e E Ventrículo direito: ● A. Pulmonar D e E ● A. Aorta esquerda → Crocodilianos: possuem coração tetracavitário com dois átrios e dois ventrículos separados (sem shunts). Forame de Panizza: é a intercomunicação do arco aórtico sistêmico direito e esquerdo do coração dos répteis crocodilianos. Esta estrutura permite grandes vantagens de sobrevivência desses répteis nos meios em que eles habitam uma vez que irá regular a mistura do sangue pobre em oxigênio e o sangue rico em oxigênio, que será enviado para o corpo, quando esses se encontram em apnéia. Essa mistura tem também como função desviar sangue rico em gás carbônico para o sistema gastrointestinal, otimizando a digestão, através da produção de altas taxas de secreção ácido gástrica Quelônios, crocodilianos e alguns lagartos podem fazer “desvios circulatórios”, ou seja, a emissão de sangue desoxigenado novamente para a circulação sistêmica, evitando o trajeto pulmonar e otimizando a termorregulação. Estabilizar a concentração de oxigênio do sangue durante períodos de apneia, o desvio direita para a esquerda é responsável pelo aumento do fluxo sanguíneo no circuito sistêmico, que os répteis usam durante o aquecimento; e também desvia o sangue dos pulmões durante o período de apneia. Respiração: ● Ausência de epiglote ● Traqueia ○ Testudines: anéis completos ○ Serpentes: anéis incompletos ○ Crocodilianos e lagartos: completos e incompletos ● Ausência do diafragma ● Sacos aéreos ● Fenda palatina (menos crocodilianos). ● Entrada e saída de ar ○ Mecanismos ativos ○ Musculatura ● Cavidade celomática como as aves!!! Répteis não possuem o músculo diafragma, e apenas os músculos costais e abdominais atuam na expiração e inspiração. Na maioria dos répteis um mecanismo de pressão negativa é responsável pela ventilação dos pulmões. Um movimento das costelas e da parede corporal expande a cavidade torácica, diminuindo a pressão nos pulmões e puxando o ar para dentro deles. O ar é expelido pelo movimento para frente das costelas e da parede corporal, o que comprime os pulmões. Movimento respiratório: ● diafragma rudimentar (crocodilianos) ● glote (testudines) ● mm. Intercostais (squamata e crocodilianos) mm. Abdominais (squamata) ● mm. Peitoral (testudines) O parênquima pulmonar é simples, possuindo um formato de saco e apresentando alvéolos semelhantes a favos de mel, os quais são as unidades reptilianas de trocas gasosas . Mas diferente dos alvéolos dos mamíferos, os alvéolos são estruturas fixas que não se expandem oucontraem. Em quelônios a contração das vísceras empurra o pulmão para cima, realizando a expiração, o peso dos órgãos traciona o pulmão para baixo, expandindo suas câmaras e alvéolos. O uso dos músculos do tronco para a respiração cria um problema para os lagartos durante a locomoção, de forma que eles não podem respirar e correr ao mesmo tempo. Assim, eles precisam parar para respirar enquanto se deslocam. Alguns lagartos resolveram esse problema enchendo de ar a região gular da garganta e forçando ar para os pulmões. Assim podem manter as trocas gasosas durante o movimento. Alguns quelônios aquáticos conseguem retirar pequenas quantidades de oxigênio da água, em atividade chamadas de “respiração cloacal” e “respiração faríngea”, realizadas pela cloaca e faringe, respectivamente. Urinário: Os rins são metanéfricos, não apresentam a pelve nem a pirâmide renal. E a s alças de Henle também estão ausente s, o que conseqüentemente promove aos répteis a incapacidade de concentrar a urina além de seus valores osmóticos do plasma sanguíneo. Assim o néfron reptiliano consiste em um glomérulo, um longo e espesso túbulo contornado proximal, um curto e fino segmento intermediário e um curto túbulo distal. Excretam ácido úrico. A vantagem do ácido úrico é a de que, sendo insolúvel, pode ser excretado com uma mínima perda de água, tendo em vista que não é filtrado. A glândula de sal: os répteis não possuem glândulas sudoríparas ou qualquer método de perda de sal por sua pele. Todavia, muitas espécies apresentam uma glândula de sal extra renal para excretar ativamente o potássio e o sódio e conservar água. Esta glândula varia em sua localização , mas é geralmente encontrada próximo a o olho ou às passagens nasais. Sistema Porta-Renal: O rim dos répteis possui dois suprimentos sanguíneos aferentes consistindo nas artérias renais e na veia porta renal, a qual surge próximo à confluência das veias epigástricas e ilíacas externas. Esta veia não passa pelo glomérulo renal e entra nos rins ao nível do túbulo renal , onde desempenha um papel na secreção dos uratos. O sistema porta renal pode desempenhar uma função também na conservação da água , porque quando a taxa de filtração glomerular diminui durante a desidratação este sistema irá manter a perfusão nos túbulos renais para prevenir necrose. CLOACA Comum aos sistemas urinário, digestivo e reprodutor. ● Coprodeo: (cranial) recebe o reto ● Urodeo: recebe os ureteres ○ aberturas urogenitais (dorsal) ○ uretra (conecta a bexiga) ● Proctodeo: (caudal) depósito de fezes e urina ● Abertura: ○ Testudines: redonda ○ Squamata e Sphenodontia: transversal ○ Crocodylia: longitudinal DENTIÇÃO Dentes ausentes: Lâmina queratinizadas: Testudines Ranfoteca Polifiodontes: ● Acrodontes: dente preso na gengiva (camaleão) ● Pleurodontes: dente superficial na mandíbula (teiú) ● Tecodontes: alvéolos (serpentes e crocodilianos) Reprodução: ● Fecundação interna ● Macho: hemipênis ou falo ○ Rincocephalia: ausente ● Partenogênese ● Ovíparos (ausência da chalaza) ● Vivíparos Em todos os répteis ocorre a fecundação interna, sendo que os quelônios e crocodilianos machos apresentam uma estrutura copuladora única, protraída da cloaca, denominada pênis. Squamata (lagartos e serpentes), este órgão é duplo, emergindo como dois apêndices nas laterais da cloaca, sendo por isto denominado como hemipênis. Os Sphenodontia não apresentam órgão copulador; as cloacas de macho e fêmea entram em contato e o esperma é transferido. Grande maioria dos répteis é ovípara (todos os quelônios e crocodilianos). O cuidado parental é mais acentuado em crocodilianos. sendo este comportamento bastante complexo, envolvendo a construção de ninhos, e proteção ativa aos ovos e filhotes. Alguns Squamata fazem ninhos e incubam ovos, e pesquisas recentes têm demonstrado a presença de cuidado parental com os filhotes em alguns lagartos e serpentes. DETERMINAÇÃO DO SEXO DOS FILHOTES ● Serpentes = DNA ● Partenogênese ● Crocodilianos: termodependente (7o a 21o dia de incubação) Caiman latirostris = 31 a 33oC (machos) F:M:F ● Testudines = termodependente (M: I: F) ou DNA ● Lagartos = depende da espécie. XX e XY ou ZW e ZZ → Temperatura de incubação = regula a expressão da aromatase ou a diferenciação direta das gônadas Testudines: Testudines é uma ordem de répteis caracterizada pela presença de uma carapaça. Por vezes são referidos como quelônios, quelónios ou testudíneos. Esses animais apresentam placas ósseas dérmicas, que se fundem originando uma carapaça dorsal e um plastrão ventral rígidos, que protegem o corpo. As vértebras e costelas fundem-se a essas estruturas. Carapaça = dorsal Plastrão = ventral Os ossos da carapaça são recobertos por escudos córneos de origem epidérmica. Não possuem dentes, mas apresentam lâminas córneas usadas para arrancar pedaços de alimentos.São todos ovíparos. Os testudines são animais ovíparos e não apresentam cuidado parental. O sexo dos indivíduos da prole é determinado, na maioria das vezes, pela temperatura a que os ovos são expostos – altas temperaturas de incubação produzem o sexo de maior porte. Cryptodira, cujos representantes possuem condições de retrair a cabeça para dentro do casco e Pleurodira, onde os representantes curvam o pescoço horizontalmente para retrair a cabeça. Cryptodira: ● Retração retilínea da cabeça ● Ausência de escudo intergular (exceto marinhas) Terrestre, dulcícola ou marinha ● Carapaça x pelve: ligamentos Pleurodira ● Retração lateral da cabeça ● Presença de escudo intergular ● Lacustres ● Carapaça x pelve: fusionadas ● Hemisfério Sul Cágados ou tartarugas: - hábitos semi-aquáticos - "assoalhamento" Tartarugas marinhas: - origem terrestre - terra = desova Dimorfismo sexual: Abertura cloacal: . No caso dos machos está localizado na cauda, no exterior da carapaça, enquanto nas fêmeas está mesmo protegido dentro da carapaça, ainda que na base da cauda também. A cauda dos machos é mais comprida em grossa do que a cauda das fêmeas. Plastão:No caso dos machos o plastrão é côncavo para facilitar o acasalamento, já que assim permite um melhor “encaixe” do plastrão à zona superior da carapaça da tartaruga fêmea. Nas fêmeas o plastrão já são planos ou mesmo convexos, mas isso já dependerá da espécie. Mas nunca côncavo. SQUAMATA: Representados principalmente por lagartos e serpentes . Os animais dessa ordem possuem todo o corpo coberto por escamas e se subdividem em três subordens , são elas : lacertílios ou sáurios (lagartos em geral ); amphisbaena ( cobra-de-duas -cabeças) serpentes ou ofídios (cobras). Serpentes: Caracterizam-se pelo corpo alongado, ausência de patas, corpo revestido por escamas, maxilas ligadas fracamente, que associadas a presença de elementos móveis do crânio, possibilita que possuam uma abertura da boca de grande diâmetro, alimentando-se de grandes presas. Pulmão esquerdo rudimentar, pulmão traqueal, presença se sacos aéreos, ausência de ceco. Reprodução: hemipênis ● Determinação do sexo: DNA (ZW e ZZ) ● Cópula: primavera ● Espermateca ● 1 a 80 filhotes Constritora ou peçonhenta (Padrão das escamas) Podem ser venenosas, como espécies de Colubridae, ou peçonhentas, apresentando glândulas de veneno associadas a um dente inoculador. O veneno é utilizado para matar e digerir suas presas, podendo ter função secundária de defesa. Possui órgãos internos, como fígado, rins e estômago alongados. Seu revestimento epidérmico (escamas) sofrem constantes trocas, processo conhecido como muda,onde suas escamas ficam mais esbranquiçadas e seus olhos se tornam mais opacos antes da substituição. O padrão de coloração das serpentes é extremamente variado, relacionados ao tipo de ambiente que ela habita, podendo possuir a função de proteção, como camuflagem e advertência, ou para controle térmico (tons escuros permitem maior absorção de calor). Alterações na variedade de cores também ocorre ao longo da vida, entre juvenis e adultos de uma mesma espécie por exemplo, assim como podem surgir diferenças individuais, provenientes de quantidade de pigmentação ou nos padrões de desenhos. Essas mudanças, levadas ao extremo, podem acarretar em variações como albinismo (ausência de pigmentos) e melanismo (excesso do pigmento melanina). Os dentes das serpentes são afilados e curvados para trás. O padrão de dentição é essencial para o reconhecimento de espécies peçonhentas, podendo ser classificados como: As serpentes não apresentam tímpano ou ouvido externo, captando vibrações do substrato para auxiliar sua audição. Seus olhos geralmente também são pouco desenvolvidos (com exceção de espécies arborícolas), apresentando portanto uma visão pouco efetiva. Contudo, possuem seus próprios órgãos sensoriais característicos. O olfato é um de seus principais sentidos, onde a interpretação das informações ocorre no órgão de Jacobson, por intermédio das partículas odoríferas capturadas no ambiente pela língua bifurcada (bífida), constantemente projetada para o lado de fora da boca. Tais partículas serão depositadas na coana e levadas até o órgão para seu processamento. Algumas espécies de Boídeos e a família dos Viperídeos apresenta, respectivamente, fossetas labiais (fenda na margem ou centro das placas labiais) e fossetas loreais (cavidade na região loreal- entre narina e olho), que permitem a percepção de variações mínimas de temperaturas, atuando como órgão termo-orientador, o que permite melhor localização de presas endotérmicas durante períodos noturnos. Sauria: De modo geral, apresentam corpos alongados e recobertos por escamas, quatro membros com cinco dígitos cada, cauda longa, pálpebras móveis e ouvido externo com tímpano. Assim como as serpentes, realizam muda - trocam o revestimento epidérmico. A grande variedade de habitats e nichos ocupados pelos lagartos influencia a diversidade do grupo. Seus representantes então presentes desde florestas tropicais até desertos, e com uma única espécie atingindo o Círculo Ártico.Possuem dentes com reposição constante. Língua: ● Olfação (bífida): ○ o. Vomeronasal ● Alimentação ● Lubrificar o olho A diversidade deste grupo também se deve a várias adaptações para locomoção que variam de família para família, como: garras, dedos adesivos e dedos franjados ● As garras estão presentes em todos os lagartos com exceção dos gekkonídeos. São utilizadas para escaladas verticais - subir em árvores ou rochas. ● Os dedos adesivos, característicos de lagartixas e outros gekkonídeos também são utilizados para escalar, mas diferente das garras, estes são eficazes em superfícies mais lisas. ● Por fim, os dedos franjados apresentam grandes escamas franjadas na ponta. Estes dedos estão associados com a capacidade de natação, como ocorre nas iguanas marinhas; correr sobre areia e até mesmo correr na superfície da água, como o basilisco. Outra adaptação para locomoção está relacionada a habilidade de planar de uma árvore a outra, presente em lagartos arborícolas do gênero Draco. Para isso, estes animais apresentam membranas em forma de asas, uma em cada lado do corpo. Há casos mais especializados como o do Draco cornutus que apresenta costelas móveis dando suporte para as membranas, assim as asas podem ser dobradas quando não estão em uso como as de um pássaro. Defesa: ● Mordidas ● Unhas ● “Chicote” ● Espirram sangue ● Veneno? Assim como as serpentes, o padrão de coloração dos lagartos é extremamente variado tendo funções como camuflagem, comunicação, termorregulação e também dimorfismo sexual. A camuflagem pode ser: ● criptica (faz com que o animal seja difícil de ser visto) ● mimética (imita algum outro animal ou objeto), ambas presentes em lagartixas do gênero Uroplatus. No caso de camaleões, o padrão de coloração pode ser mudado ativamente para se camuflar ao ambiente ou se comunicar. Quanto ao dimorfismo, os machos são o sexo mais chamativo. Desse modo, os machos mais coloridos e com display mais atrativo são escolhidos pelas fêmeas e conseguem se reproduzir passando tal característica para seus descendentes. Como exemplo temos os lagartos Anolis com seu papo colorido, geralmente avermelhado. Poros cloacais, femorais e bulbo peniano - MACHO FAMÍLIA GEKKONIDAE - Pequenos - “Ausência” de pálpebras - Ovíparos - Insetívoros (maioria) - Lamelas digitais FAMÍLIA AGAMIDAE - Diurnos - Sem feixes para autotomia - Onívoro FAMÍLIA IGUANIDAE - Arborícolas - Ovíparas - Herbívoros (maioria) FAMÍLIA TEIIDAE - Carnívoros ou onívoros - Terrícolas - Ovíparos Crocodylia Os crocodilianos ou crocodilos são os répteis da ordem Crocodilia (ou Crocodylia), na qual existem 24 espécies vivas e numerosos fósseis. São répteis maioritariamente grandes, predadores e semiaquáticos. Pertencem a esta ordem: ● os crocodilos (família Crocodylidae), ● os aligátores e caimões (ambos da família Alligatoridae) ● os gaviais (da família Gavialidae). A forma do focinho dos crocodilianos varia segundo a espécie. Os crocodilos podem apresentar focinhos magros ou largos, enquanto que os aligátores possuem focinhos predominantemente largos. Os gaviais têm focinhos muito alongados e magros. Répteis de grande porte, compactos e com forma corporal que lembra os lagartos, os crocodilianos apresentam focinhos longos e achatados, caudas comprimidas lateralmente e olhos, ouvidos e narinas voltados para o topo da cabeça. São bons nadadores e em terra podem caminhar naturalmente, com "passo alto" (levantando o corpo do chão) ou com "passo baixo" (perto do chão), e as espécies menores são até mesmo capazes de galopar. A sua pele é grossa e coberta de escamas que não se sobrepõem. Os dentes são cónicos e possuem uma mordida muito poderosa. O coração dos crocodilianos apresenta quatro câmaras; tal como as aves, possuem um sistema unidirecional de ventilação ao redor dos pulmões e, conforme outros répteis não avianos, são ectotérmicos. Alguns escudos contêm um único poro chamado órgão sensorial tegumentário. Os crocodilos e gaviais têm estes escudos em grande parte dos seus corpos, enquanto que os aligátores e caimões só os possuem na cabeça. Não se sabe qual é concretamente a sua função, mas sugere-se que possam ser órgãos mecano-sensoriais. CARACTERÍSTICAS GERAIS ● Língua pouco móvel ● Prega gular ou haldas ● Ausência de ceco ● Rim mesonéfrico ● Crocodilianos: amônio-uricotélicos ● Aligatorídeos: amoniotélicos ● Narinas e ouvidos com sistema de proteção CLÍNICA DE REPTEIS Perguntas que você não faria na clínica de cães/gatos: ● - Data da última alimentação ● - Frequência da alimentação ● - Data da defecação ● - Troca de pele (Ecdise) ● - Afunda na água Avaliação Física: Olhos ● - Abertos ● - Brilhantes ● - Sem secreção ● - Movimento de pálpebras As pálpebras inchadas indicam alterações!! OLHOS SERPENTES ● - Brilhantes ● - Pigmentação característica da espécie UNHAS - comprimento CASCO/CARAPAÇA ● rigidez/reformações ● perfurações ● rachaduras ● descamação PELE ● Ao redor do pescoço e nos membros posteriores e anteriores: ● hidratação ● descamação ● feridas ● cicatrizes ● ectoparasitas CAVIDADE ORAL ● Coloração da mucosa ● Estomatites ● Tumores RÉPTEIS E AVES PRODUZEM SOMENTE PUS CASEOSO!!! (Ausência de lisozima) Disecdise: é caracterizada como sendo a retenção da muda de pele, que geralmente está associada à desidratação , infecções, ectoparasitas,presença de lesões , baixa temperatura e umidade do recinto, bem como também à ausência de substratos abrasivos para a serpente poder remover sua pele . Para o tratamento deve-se hidratar o animal e corrigir a umidade do ambiente, e caso necessário fazer banhos de imersão em água morna com glicerina para remover de forma cuidadosa a pele, manejo alimentar e recinto. Doença cutânea vesicular: Muitos problemas em serpentes são causados por manejo errado e a dermatite vesicular (ou doença da bolha) é um dos mais comuns. Se a serpente não é mantida limpa e seca, esta doença é quase inevitável (se ela vive em um local muito úmido e sujo as escamas apodrecem e necrosam). Como previnir: Manter seu animal em ambiente ventilado, limpo e seco. Observe a serpente frequentemente para ver se não há sinais da doença da bolha. Sinais clínicos: 1. Bolhas com líquido claro dentro. 2. Bolhas se contaminam com bactérias. 3. Pele ao redor das bolhas apodrecem e necrosam. 4. Ulcerações no local da bolha. 5. Bactérias podem se disseminar para os órgãos internos do animal causando septicemia e morte. Tratamento: tratamento imediato é essencial, drenagem, desinfecção, ambiente. As escamas necrosadas são retiradas, o local é limpo e a serpente é tratada com antibiótico. Limpar gaiola, durante o tempo de recuperação trocar o substrato por toalhas. Correção do manejo. Alterações no casco: Causas: ● Problemas nutricionais ● Temperatura e umidade ● Afecções infecciosas como fungos, bactérias ● Manejo alimentar e ambiental ● Antifúngicos ou antibióticos Doenças Fúngicas: Geralmente secundárias. Possui lesões na pele e no casco Tratamento: Manejo, Cetoconazol tópico, Itraconazol 5 a 10 mg/kg VO, sid Fluconazol 5 mg/kg, VO, sid. Sã infecções normalmente secundários às infecç õ es bacterianas ou a fatores que desencadeiam uma queda no sistema imune , como estresse, ma ne jo incorreto , má alimentação e uso prolongado de antibióticos. Prevalecendo comumente as micoses superficiais que apresentam como agentes os fungos saprófitas, o u seja , aqueles encontrados no solo ou em plantas, como por exemplo, Traumas: FRATURAS DE CASCO (Atropelamentos, Ataque de cães, Quedas). Limpeza: sol. Fisiológica aquecida 1:40 clorexidine, depois fazer Curativo wet-to-dry Bandagem. Tomar cuidado com miíase einfecção Cicatrização total : 2 a 30 meses Ceftazidima: 20 mg/kg, IV ou IM, a cada 72 horas Analgesia Doenças bacterianas: Existe uma predominância de agentes gram- negativo s em todos os répteis por serem constituintes da flora bacteriana normal , como já mencionado, mas quando ocorre um desequilíbrio uma proliferação exacerbada dessas bactérias é observada. SEPSE ● Gram negativas ● Tratamento: Ceftazidima 20 mg/kg Pneumonia: Pode ser dividida em primária e secundária a outras doenças concomitantes ou mesmo à imunodeficiência do animal, Hipovitaminose A . Nas pneumonias as bactérias gram-negativas são os agentes mais comuns por conta de serem habitantes normais do trato respiratório desses animais, seguido dos vírus, fungos e parasitas. Em muitos casos os sinais clínicos apenas são percebidos quando a doença se encontra em um nível avançado sendo o prognóstico desfavorável. Entre os sinais incluem-se apatia, letargia, mucosas cianóticas (azuladas), dispnéia, respiração com a boca aberta, Não afunda na água, Secreção nasa,l cabeça e pescoço distendidas, secreção nasal e perda de equilíbrio na água em cágados. Tratamento: Nebulização ATB (Enrofloxacina 5 a 10 mg/kg, IM, sid, 7 dias) Realizar raio X: Latero-lateral e Cranio-cauda. Salmonelose: Tem-se sugerido que grande parte dos répteis, se não todos são portadores assintomáticos d e Salmonella sp., mas isso apenas tende a ocorrer para animais em cativeiro porque os de vida livre até então examinados não apresentaram tal bactéria em sua flora normal. Sugerindo-se que o isolamento deste agente está relacionado com as condições de manejo impostas aos animai s. Devido ao seu potencial zoonótico, ou seja , de transmissão aos seres humanos preconiza-se a adoção de medidas de higiene como forma de profilaxia. Geralmente sem sinais clínicos nos répteis. ZOONOSE. Enfermidade clínica: Invasão de tecidos extra-entéricos. Queda de imunidade = Estresse!!! Sintomas: sepse → diarreia, anorexia, perda de peso e letargia, dermatites, abscessos, Osteomielite e Pneumonia. Diagnóstico: cultura microbiológica de fezes Swabs cloacais (não confiáveis). Hemocultura + sinais clínicos Tratamento: Altamente resistente - antibiograma. Somente com sintomas clínicos ● Enrofloxacina 10 mg/kg, IM, sid ● Ceftiofur 2 a 5 mg/kg, IM ou SC, sid ● Gentamicina 2,5 a 5 mg/kg, IM, q72 horas Estomatite: Causada por fungos, vírus ou bactérias, a estomatite atinge, além das serpentes, diversas outras espécies de répteis. Geralmente, a doença está relacionada a fatores como estresse, manejo inadequado, má nutrição ou mau uso de medicamentos. O sinal mais comum da estomatite é quando o animal não quer se alimentar. “A falta de apetite pode causar anemia. Os outros sintomas são secreções na cavidade oral, inflamações e lesões na boca e na língua e, em casos mais graves, pode ocorrer abscessos, gengivites e perda dentárias.” O tratamento : será feita a limpeza da cavidade oral com produtos e medicamentos específicos durante alguns dias. Durante todo o tratamento, as serpentes com estomatite devem receber o alimento via sonda e soro. Caso necessário, o animal será anestesiado para remoção dos abscessos”, explica a especialista. Ectoparasitas: Normalmente o que se observa é a presença de ácaros denominados de “piolhos de cobra” os quais são hematófag os e e m casos de graves infestações podem levar a disecdises (alteração na troca de pele), anemia e debilidade do animal, além também de servirem como vetores para a bactéria Aeromonas hydrophila . Os carrapatos são também muito comuns, principalmente o Amblyoma rotundatum , podendo ocasionar danos à pele, anemia e transmissão de hemoparasitas . Estes são freqüentemente encontrados ao redor dos olhos e da cavidade oral. Tratamento: Carrapto: ● Neguvon® (Triclorfon) ● Triclorfon 0,2% ● Fipronil Banhos de imersão com intervalo de 15 dias (2 banhos) Acaro: DICA: Passar escova na pele ● Banho com acaricidas ● Aplicação de piretroides Cheyletus eruditus (Taurrus®) Endoparasitas: O animal contaminado apresentará sinais de regurgitação , anorexia , apatia, perda de peso e diarréia. Salienta-se que os protozoários d e forma geral são encontrados em animais sadios fazendo parte da flora normal, mas quando ocorre imunossupressão por diversos motivos esses parasitas se tornam patogênicos. ● - Coccidiose: Sulfametazina + sulfaquinoxalina 40 mg/kg, VO, 7 dias ● - Helmintose: Mebendazole 20 a 25 mg/kg, VO Febendazole 50 a 100 mg/kg, VO Albendazole ● - Trematódeos Prolapso de pênis: traumas penianos , separação forçada durante a cópula, infecção peniana, deficiência muscular ou neurológica do músculo retrator do pênis ou em esfíncter cloacal. Para prolapsos recentes recomenda -se um tratamento conservador que consiste na limpeza, aplicação de compressas frias para reduzir o edema, lubrificação e reposição do pênis para dentro da cloaca novamente , com posterior sutura em bolsa de tabaco para evitar reincidências , a qual deverá permanecer até que o pênis tenha retornado ao seu tamanho normal. Mas q ua nd