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EF 9º ANO_FILOSOFIA_LIVRO DE ATIVIDADES_VOLUME 4 (PROFESSOR)

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Filosofia
Livro do professor
Livro de
atividades
9o. ano
Volume 4
4 Viver com justiça 2Viver 
©Shutterstock/Cienpie
s Design 
2 Livro de atividades 
4
Viver com justiça
Em que mundo vivemos?
A palavra “mundo” pode ser usada em diversos con-
textos. Mas quando pensamos em justiça, estamos nos 
referindo, mais especificamente, ao “mundo social”, porque 
é nele que estabelecemos relações com as pessoas e as ins-
tituições.
No século XVII, o filósofo alemão Gottfried Wilhelm Leibniz acreditava 
que este é o melhor dos mundos possíveis, não podendo ser diferente do 
que é. Isso porque as pessoas são dotadas de livre-arbítrio e podem escolher 
entre praticar o bem e praticar o mal.
Voltaire, um pensador francês que viveu 
no mesmo período que Leibniz, discordou 
do “otimismo metafísico” do alemão, pois 
acreditava que aceitar o mundo como ele é 
levaria as pessoas a não agir para melhorá-lo. 
Assim, Voltaire propôs outra forma de otimis-
mo, que fosse prático e solidário. No romance 
filosófico Cândido ou o otimismo, ele escre-
veu sobre isso.
Olhares sobre a guerra
A guerra é um tema presente em obras de arte e nas reflexões filosóficas. Ela se caracteriza por ser uma 
forma de conflito violento entre pessoas, povos e países, geralmente com uso de armamentos. Os motivos que 
levam à guerra variam muito e há casos em que a justificativa usada é a busca da justiça, mas, com frequência, 
ela simboliza a disputa pelo poder de uns sobre os outros.
O MUNDO EM QUE 
VIVEMOS É O MELHOR DOS 
MUNDOS POSSÍVEIS!
PARA VIVERMOS NO 
MELHOR DOS MUNDOS 
POSSÍVEIS, PRECISAMOS 
AGIR EM BUSCA DO BEM, 
DE FORMA SOLIDÁRIA!
• Nossa sociedade é justa?
• Que injustiças existem no mundo em que vivemos?
• Qual é o papel de cada um para tornar a sociedade mais justa?
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3 Filosofia – 9o. ano – Volume 4
Em que mundo queremos viver?
Embora existam leis, documentos e acordos entre as nações para estabelecer igualdade de direitos, ainda é 
possível verificar inúmeros exemplos de desigualdade e injustiça no mundo social. Por isso, muitos pensadores 
se dedicaram a refletir sobre o mundo em que vivemos e o mundo em que queremos viver.
Olhares sobre a paz
Podemos ver a paz como uma conquista social, participativa, que exi-
ge manutenção e cuidado. E, com ela, é provável encontrarmos os termos 
“tolerância”, “respeito”, “empatia” e “diálogo”.
A tolerância é um valor que contribui para a convivência pacífica 
entre pessoas, povos e nações. Por isso, ela deve ser cultivada e pra-
ticada sempre que houver oportunidade.
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Essa tal de política...
Não somos apenas indivíduos com interesses particulares, mas cidadãos, com interesses coletivos. Em 
nome desses interesses é que devemos escolher e eleger nossos governantes. Mas não se engane: fazer política 
não é só “coisa de político”, mas de cada um de nós por meio de nossas escolhas e ações.
• John Rawls – Estados Unidos, 
século XX
• Thomas More – Inglaterra, século XVI
AUSÊNCIA DE 
PROPRIEDADE PRIVADA: 
UMA UTOPIA!
• Jean-Jacques Rousseau – França, século XVIII
TEMOS DIFERENÇAS 
NATURAIS, MAS A 
DESIGUALDADE SOCIAL 
FOI CRIADA PELOS SERES 
HUMANOS!
SE VOCÊ NÃO SOUBESSE QUAIS SERIAM SUAS 
CONDIÇÕES NATURAIS E O LUGAR QUE OCUPARIA 
NO MUNDO SOCIAL, GOSTARIA DE VIVER EM UMA 
SOCIEDADE QUE OFERECESSE OPORTUNIDADES 
IGUAIS OU DESIGUAIS PARA SEUS MEMBROS?
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• John Rawls – Estados Unidos, 
século XX
4 Livro de atividades 
1. A família é o primeiro grupo do qual fazemos parte e com o qual aprendemos a conviver com os 
outros. Já o mundo social é aquele que encontramos não apenas dentro de casa, mas também, e 
principalmente, fora dela. O texto a seguir trata do mundo social dentro da cidade.
Atividades
Da aldeia para as cidades
Se você quiser entender melhor como é que passamos da convivência em aldeias e em espaços 
protegidos – como a família – para a vida em comunidades maiores e, especialmente, em grandes 
conglomerados urbanos, terá de percorrer um túnel do tempo para chegar ao surgimento das grandes 
cidades europeias no século XVIII. Principalmente Paris e Londres, para onde se dirigiam pessoas 
de todos os locais em busca de novas oportunidades de vida e trabalho. Essa grande movimentação 
de gente criou um ambiente novo e tornou obrigatória a convivência com pessoas estranhas e de 
hábitos desconhecidos.
A nova paisagem urbana trouxe um importante avanço: obrigou as pessoas a deixarem de lado 
suas preferências, suas personalidades, para conhecer o Outro. Cada um teve de se comportar de 
uma maneira amigável, para atrair e não afastar o novo conhecido.
Nessa época surgiu, na França, o termo cosmopolita: “é um homem que se movimenta despreo-
cupadamente em meio à diversidade, que está à vontade em situações sem nenhum vínculo nem 
paralelo com aquilo que lhe é familiar. [...] O Cosmopolita tornou-se um homem público perfeito”. 
(Richard Sennet. O declínio do homem público: as tiranias da humanidade).
Para promover a convivência entre pessoas diferentes no espaço público, uma espécie de “más-
cara social” tornou-se necessária, como resultado de um longo processo civilizador para que cada 
pessoa aprendesse a controlar seus comportamentos (inibindo algumas manifestações espontâneas, 
como soltar pum em público, ou arrotar à mesa, e refreando seus impulsos, como sair xingando 
pessoas na cara).
É daí que nasce a noção de “civilidade”: ‘conjunto de formalidades, de palavras e atos que os 
cidadãos adotam entre si para demonstrar mútuo respeito e consideração; boas maneiras, cortesia, 
polidez”. (Antonio Houaiss. Dicionário da Língua Portuguesa.)
ARAUJO, Leusa. Convivendo em grupo: almanaque de sobrevivência em sociedade. São Paulo: Moderna, 2015. p. 25.
a) De acordo com o texto, o mundo social é o local onde encontramos diversidade de pessoas e 
ideias. Na sua opinião, o que é ser diferente no mundo social?
Sugestão de resposta: Diferenças étnicas, religiosas, culturais, de orientação sexual, etc.
b) Ser cosmopolita significa:
( ) viver em grandes cidades sem se dar conta da diversidade de pessoas e ideias que convi-
vem ali.
( ) valorizar apenas a própria personalidade e os próprios valores.
( X ) aceitar as diferenças e conviver com elas.
( ) fechar os olhos para as diferenças que existem na cidade.
5 Filosofia – 9o. ano – Volume 4
c) Que máscaras sociais você considera necessárias para ser um(a) cosmopolita?
Pessoal, justificada com argumentos.
d) Cite três exemplos de civilidade que possibilitam uma convivência saudável no mundo social.
Sugestão de resposta: Regras de etiqueta (boas maneiras), leis, acordos entre pessoas e grupos (conjuntos de formalidades), prática 
do respeito (ceder lugar para pessoas idosas ou com necessidades especiais em espaços públicos e privados), perguntar se alguém 
precisa de ajuda (cortesia).
2. O embate de ideias entre Voltaire e Leibniz gerou reflexão sobre o modo como encaramos o mundo, 
se de forma otimista ou pessimista e as possíveis consequências de cada uma. Pensando nisso, leia o 
diálogo.
Chinelo direito e chinelo esquerdo
– Ei, chinelo, daqui a pouco seremos calçados. Chinelo direito 
– E não teremos tanto frio. Chinelo esquerdo 
– Seremos esmagados. Chinelo direito 
– Assistiremos televisão. Chinelo esquerdo 
– Ficaremos fedidos. Chinelo direito 
– Tomaremos um ar na sacada de janela. Chinelo esquerdo 
– Teremos frio de novo. Chinelo direito 
– Olharemos as estrelas. Chinelo esquerdo 
– Só se não chover. Chinelo direito 
– Isso não vai acontecer. Chinelo esquerdo 
– Lá vem ela! Chinelo direito 
– Pezinho de donzela. Chinelo esquerdo– Chulé de mortadela. Chinelo direito 
EDOUAR, Gilles. Diálogos interessantíssimos. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 2003. p. 19.
a) Releia o texto e identifique as falas do chinelo direito e as do chinelo esquerdo.
b) Qual chinelo é otimista e qual é pessimista? Por quê?
O chinelo esquerdo é otimista, porque vê o lado bom de ser calçado pela mulher, e o chinelo direito é pessimista, porque só vê o 
lado negativo dessa situação.
6 Livro de atividades 
c) Com qual deles você mais se identifica? Por quê?
Pessoal, embasada em argumentos.
3. A biografia a seguir é de uma menina que presenciou os horrores da Segunda Guerra Mundial. Ela 
ficou conhecida no mundo todo porque escreveu um diário enquanto vivia em um esconderijo em 
Amsterdã, na Holanda. 
[...]
Anne Frank nasceu a 12 de junho de 1929, na cidade alemã de Frankfurt am Main, lugar onde 
a família do seu pai já vivia por várias gerações. A irmã de Anne, Margot, é três anos e meio mais 
velha que ela. A crise económica, a ascensão de Hitler ao poder e o crescimento do antissemitismo 
põem fim à vida tranquila da família. Otto Frank e a sua mulher Edith decidem, como vários outros 
judeus, deixar a Alemanha.
Otto consegue estabelecer um negócio em Amsterdão e a família encontra uma casa em 
Merwedeplein. As filhas vão para a escola, Otto trabalha muito no seu negócio e Edith cuida da 
casa. À medida que a ameaça de guerra cresce na Europa, Otto e a sua família tentam emigrar para 
a Inglaterra e Estados Unidos, porém, estas tentativas falham. [...]
A 10 de maio de 1940, as tropas alemãs invadem a Holanda. Cinco dias depois a Holanda rende-
-se. Com o país ocupado, rapidamente são aplicadas leis contra os judeus. Tais leis impõem, cada 
vez mais, restrições que afetam tanto a vida pessoal de Otto e sua família, como o seu negócio. 
Otto tenta emigrar com sua família para os EUA mas não consegue. Fica cada vez mais claro que a fa-
mília terá que se esconder. É preparado então o  esconderijo, no prédio onde fica a empresa de Otto.
A 5 de julho de 1942, Margot Frank recebe uma convocação para se apresentar para o campo 
de trabalho forçado na Alemanha. Logo no dia seguinte, a família Frank vai para o esconderijo. A 
família Van Pels vai para lá uma semana depois e em novembro de 1942 chega uma oitava pessoa ao 
esconderijo, o dentista Fritz Pfeffer. Eles ficam a morar no Anexo Secreto durante dois anos.
As pessoas no esconderijo têm que se manter em silêncio, frequentemente sentem medo e, bem 
ou mal, passam o tempo uns com os outros. Eles são ajudados pelos funcionários do escritório [...] 
além do marido de Miep Gies, Jan Gies, e do gerente do armazém Johannes Voskuijl, o pai de Bep. 
Esses ajudantes tratam não somente de trazer alimentos, roupas e livros; eles também significam o 
contato com o mundo exterior para as pessoas no esconderijo.
[...]
A HISTÓRIA de Anne Frank. Anne Frank House. Disponível em: <https://web.annefrank.org/pt/Anne-Frank/O-resumo-da-historia/>. Acesso em: 18 
nov. 2018.
a) De acordo com o texto, por qual motivo a família de Anne foi perseguida na Segunda Guerra 
Mundial? Que princípios básicos da convivência foram desrespeitados nessa situação?
A família de Anne Frank foi perseguida pelos nazistas por ser da religião judaica. Os princípios desconsiderados nesse contexto 
foram a tolerância e o respeito.
7 Filosofia – 9o. ano – Volume 4
b) Sublinhe com caneta vermelha os trechos que mostram intolerância e desrespeito com a família 
de Anne durante a guerra. Sublinhado simples.
c) Sublinhe com caneta azul o trecho que mostra valores como tolerância e respeito com as pessoas 
que viviam no esconderijo. Sublinhado duplo.
4. Imagine um mundo perfeito em que não houvesse injustiças e desigualdades, como fez Thomas 
More. Escreva um texto descrevendo como seria viver nesse lugar e qual nome ele teria. 
 
5. O mundo social é regido por regras que organizam a convivência entre as pessoas. Leia o texto a 
seguir para responder às questões propostas.
Igualdade. Respeito à diferença. Tolerância.
Dá um nó quando a gente pensa que as regras de boa convivência precisam promover igualdade 
entre as pessoas e, ao mesmo tempo, considerar as diferenças de condição física, de situação social, 
de religião e de jeitos de pensar o mundo. Resumindo: as regras que ajudam bilhões de criaturas a 
se entender neste planeta requerem uma grande dose de tolerância.
Quer um exemplo? Para assistir ao filme do ano, você terá de – como todo mundo – enfrentar 
uma fila no cinema. Não é empurrando o seu companheiro da frente que a fila vai andar mais de-
pressa. Ao contrário, isso provocaria um tumulto danado. Esperar a sua vez, vamos e venhamos, é 
um bom exemplo de regra democrática, baseada na igualdade.
Mas, para organizar bem a fila, há outras situações a considerar. A sua bisavó de 89 anos, por 
exemplo, pode passar à frente e ir para uma fila de avôs, avós, mulheres com bebês de colo, gestantes 
e pessoas com alguma dificuldade física. Claro, você não ia deixar a sua bisa, que se queixa dia e 
noite de dor na coluna, esperando lá no final! Ia?
Pois a fila preferencial é um bom exemplo de código que leva em conta a diferença entre con-
dição física das pessoas sem, no entanto, ferir a igualdade da maioria que, como você, continua a 
esperar a vez.
[...]
ARAUJO, Leusa. Convivendo em grupo: almanaque de sobrevivência em sociedade. São Paulo: Moderna, 2015. p. 12.
a) No trecho lido, constam duas regras de convivência: as de igualdade e as de respeito às diferenças. 
Explique cada uma delas. 
As regras de igualdade consideram as pessoas iguais, mesmo diante da diversidade. Já as regras de respeito às diferenças consideram 
as condições especiais de algumas pessoas para destinar atendimento preferencial a elas. 
 
8 Livro de atividades 
b) Preencha a tabela com as informações solicitadas.
Regras de 
convivência Exemplo do texto Cite outro exemplo 
De igualdade Esperar a vez na fila sem causar tumultos. Sugestão de resposta: receber atendimento cortês em qualquer estabelecimento, independentemente de sua condição.
De respeito às 
diferenças
Filas preferenciais. Sugestão de resposta: acessibilidade em locais públicos, sistema de cotas.
6. Este texto apresenta alguns significados da palavra “política”. Leia-o.
A palavra política tem vários significados. Um deles é o ato de governar, de administrar e cuidar 
das instituições públicas, ou seja, do Estado. O povo paga impostos e esse dinheiro deve ser aplica-
do para o bem de todos, como, por exemplo, para a construção de escolas, creches, universidades, 
hospitais, estradas e casas; ou para contratar policiais para manter a segurança pública, professores 
para ensinar as crianças e os jovens, e médicos para cuidar da nossa saúde.
Enfim, se o nosso dinheiro não for bem empregado, não teremos os bens e serviços que preci-
samos para viver bem. E quem administra o dinheiro dos nossos impostos são os políticos, pessoas 
escolhidas por todos nós, brasileiros com mais de 16 anos, durante as eleições.
[...]
A palavra política pode ser usada também para se referir à organização e administração de qual-
quer instituição privada, como as empresas, as escolas, os sindicatos, etc. Sempre que alguém tem 
o poder de dirigir outras pessoas, podemos falar que há uma relação política entre as partes, entre o 
que dirige e os que obedecem.
Até as famílias têm a sua política própria. Por exemplo, as regras na sua casa podem ser diferentes 
daquelas da casa do seu amiguinho da escola. E quando você não aceita essas regras, quer mudá-las 
e tenta fazer uma negociação com seus pais, você também está fazendo política, pois está reivindi-
cando o que você acha que sejam os seus direitos de criança e de filho.
[...]
ELEIÇÕES. O que é política? Turminha do MPF. Disponível em: <http://www.turminha.mpf.mp.br/eleicoes/o-que-e-politica-1>. Acesso em: 23 nov. 2018.
 Escreva um exemplo do cotidiano que represente cada um dos significados da palavra “política” 
mencionadosno texto.
a) Ato de governar: 
Sugestão de resposta: votar leis, fiscalizar o cumprimento delas, administrar o dinheiro público.
b) Organização e administração de qualquer instituição privada:
Sugestão de resposta: ao matricular um aluno em uma escola, a família e o aluno concordam com as regras da instituição. 
c) Política familiar:
Sugestão de resposta: divisão de tarefas domésticas, horário das refeições, para estudar, jogar, passear. 
 
Filosofia
Livro de
atividades Gabaritos e 
comentários
9o. ano
Volume 4
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4. Viver com justiça
Encerrando o ciclo de estudos de Filosofia nessa etapa escolar, o presente volume aborda os temas: justi-
ça, igualdade, guerra, paz, tolerância e política, além de subtemas transversais. O intuito dessa abordagem é 
mostrar aos alunos a condição natural do ser humano como “animal político”, como afirmava Aristóteles. Assim, 
pretendemos esclarecer que, para fazer política, não é preciso necessariamente ser um eleitor, como é o caso 
dos alunos dessa faixa etária, que ainda não podem votar. Antes, e em especial, é preciso saber que todas as 
escolhas e decisões individuais que tenham impacto na vida social são, em essência, atitudes políticas. Dessa 
forma, trazemos o tema para situações que fazem parte do cotidiano de jovens e adolescentes, promovendo a 
conscientização da nossa condição essencialmente política, mesmo nos momentos mais descontraídos.
Para tal abordagem, são apresentados os pensamentos de Leibniz e a crítica contundente de Voltaire ao 
otimismo metafísico do pensador alemão, que acreditava que vivemos no melhor dos mundos possíveis. Sub-
temas como otimismo e pessimismo são abordados em um texto lúdico, que traz um pouco de humor para 
temas mais sérios, como os deste capítulo.
Em seguida, a questão da guerra e da paz é problematizada, no sentido de trazer a reflexão para situações 
em que a paz é desrespeitada e os motivos pelos quais isso pode acontecer. Valores de igual relevância, como 
tolerância e respeito, são abordados, ainda que no sentido da falta ou da ausência deles. Para trabalhar com es-
ses aspectos, propomos uma atividade sobre a história de uma jovem judia e de sua família durante a Segunda 
Guerra Mundial.
Ao falar acerca do mundo que desejamos para viver, enfocamos os pensamentos de Thomas More, Jean-
-Jacques Rousseau e John Rawls, que propuseram ideias a respeito de um mundo melhor. Como atividade 
relacionada, solicitamos a redação de um texto em que os alunos devem descrever um mundo ideal e os valores 
que o regem. Essa reflexão pode ser ampliada para uma visão crítica das possibilidades de concretização desse 
ideal, conforme orientações da atividade. 
Finalizando os temas do capítulo, enfatizamos a política em seus diversos aspectos, desde aqueles mais 
simples do cotidiano até o papel dos governantes e da importância da conscientização política da população.
Atividades 
1. O texto proposto tem o objetivo de levar os alunos a refletir sobre as interações sociais realizadas 
nos espaços privado e público, enfatizando o segundo – pois é nele que encontramos a diversidade 
de ideias e pensamentos, de credos e ideologias. A cidade é apresentada como o espaço privilegiado 
em que essas diversidades coexistem e precisam ser reconhecidas e respeitadas. A autora do texto 
apresenta ideias do período iluminista, em que Leibniz e Voltaire viveram, quando surgiram o termo 
“cosmopolita” e as primeiras noções de civilidade que orientam nossas práticas na atualidade. Dessa 
forma, o aluno é conduzido a refletir sobre as concessões e inibições necessárias para construir más-
caras sociais saudáveis, desenvolvendo valores como cortesia, polidez, respeito mútuo e boas manei-
ras (subtemas). A atividade pode ser realizada como tarefa de casa e apresentada por voluntários nos 
minutos iniciais da aula seguinte.
a) Para além do respeito às diferenças, você pode ampliar a questão para o direito de igualdade. 
b) Ser cosmopolita significa aceitar as diferenças e conviver com elas.
 Para as respostas da questões c e d, considerar valores como cortesia, polidez, respeito mútuo, con-
sideração e boas maneiras. 
2. O texto transcrito difere dos demais, por ser lúdico e metafórico, com a intenção de trabalhar temas 
filosóficos por meio da diversidade textual. Os temas da atividade são o otimismo e o pessimismo, 
representados pela conversa entre o chinelo direito e o chinelo esquerdo. O primeiro, sempre pessi-
mista, só vê o lado negativo da experiência de ser calçado por sua dona; já o segundo está sempre 
2 Livro de atividades – Gabaritos e comentários
satisfeito de sair de sua condição “inanimada” para realizar diferentes tarefas, ainda que estas só de-
pendam da vontade da dona dele. O objetivo dessa abordagem é mostrar não apenas as diferenças 
de pontos de vista, mas também as consequências de cada um e a relevância de conciliar aspectos 
positivos e negativos para não ser idealista nem pessimista demais. A atividade pode ser realizada 
como tarefa de casa e corrigida coletivamente no início da próxima aula.
a) Para identificar as falas dos chinelos direito e esquerdo, pode ser utilizado o título do texto como 
guia, considerando que o chinelo direito é mencionado primeiro. Assim, é possível deduzir que 
ele é o primeiro a falar nesse diálogo. É importante que os alunos identifiquem esse aspecto im-
plícito para responder às questões seguintes. 
b) A questão solicita aos alunos que identifiquem qual chinelo é otimista (esquerdo) e qual é pessi-
mista (direito).
c) A resposta é pessoal, mas deve ser sustentada por argumentos consistentes. 
3. A atividade apresenta a biografia de Anne Frank, jovem judia que sofreu perseguição durante a 
Segunda Guerra Mundial, com sua família e alguns amigos. Valores como respeito e tolerância são 
abordados, ainda que pela falta de ambos nesse contexto. O objetivo é trazer para os alunos um 
pouco da realidade de se viver em tempos de guerra e da arbitrariedade de alguns critérios adota-
dos, inclusive politicamente, pelo Estado e pelos governantes para justificar atitudes inaceitáveis no 
mundo social. Assim, outras questões podem ser apontadas sobre o tema, em especial na atualidade. 
Sugerimos que a atividade seja feita como tarefa de casa e corrigida de forma coletiva no início da 
aula seguinte.
4. A atividade solicita a redação de um texto em que os alunos devem propor um mundo ideal que 
eles gostariam que existisse. O gênero textual da redação fica a critério deles: história em quadrinhos, 
texto narrativo, diálogo, entre outros. A atividade pode ser feita como tarefa de casa e apresentada 
por alguns voluntários no início da aula seguinte, para uma breve troca de ideias. A seu critério, a 
produção pode ser passada a limpo em folha avulsa e entregue em data previamente estipulada, 
compondo a avaliação processual do capítulo. Se julgar oportuno, você pode fazer uma votação a 
fim de eleger a melhor redação da turma para ser exposta no mural da escola.
 Como ampliação, realize uma leitura crítica da atividade anterior. Verifique a maturidade dos alunos 
para fazer e receber críticas, lembrando que esse exercício é fundamental para praticar os valores 
aprendidos no capítulo e ao longo do ano escolar. Troque as redações entre os alunos, de forma que 
ninguém fique com a própria produção textual. Cada um lê o texto do colega e produz uma nova 
redação com ênfase nos pontos positivos, negativos e críticos da sociedade idealizada, propondo 
soluções alternativas e viáveis de se concretizarem. Em data previamente estipulada, promova um 
debate com a turma, em que alguns alunos da primeira redação (sociedade ideal) apresentam suas 
ideias e os alunos da segunda redação (que fizeram a leitura crítica da anterior) expõem suas críticas. 
Não há necessidade de todos os alunos exibirem suas ideias. Você pode sortear alguns nomes para a 
apresentação da redação crítica e estes deverão chamar os respectivos autoresda redação idealizada. 
5. O texto reproduzido nessa atividade expressa uma dúvida muito comum quando pensamos em 
igualdades no mundo social, sabendo que existem diferenças e que elas precisam ser respeitadas. 
Assim, o trecho selecionado mostra que existem situações em que se aplicam regras de igualdade, 
como esperar pacientemente na fila para assistir à estreia de um filme, e regras de respeito às diferen-
ças, considerando a situação da bisavó nessa mesma fila. 
 Os alunos devem descrever as características de cada uma dessas regras (item a) e citar exemplos 
delas mencionados no texto e retirados da vida cotidiana (item b). 
 A atividade pode ser feita como tarefa de casa e apresentada e corrigida coletivamente na aula 
seguinte. Havendo possibilidade de ampliá-la, você pode sugerir a confecção de cartazes com infor-
mações sobre os dois tipos de regras mencionados, com exemplos e justificativas para cumpri-las. 
3 Filosofia – 9o. ano – Volume 4
Assim, mais do que “impor” regras, é necessário compreender por que elas existem, quais suas fun-
ções e por que devemos segui-las ou criticá-las. 
6. Para concluir o capítulo, a atividade exibe um texto sobre os vários significados da palavra “política”. 
Ele mostra que ela pode ser tanto o ato de governar e de fiscalizar o governo quanto as formas de 
organizar e administrar instituições públicas e privadas e até mesmo as regras de casa. Mais uma vez, 
os alunos devem mencionar exemplos do cotidiano para cada um dos significados presentes no 
texto, de modo que eles identifiquem a presença da política nas diversas esferas da vida.
 Sugerimos que a atividade seja feita como tarefa de casa e corrigida coletivamente no início da aula 
seguinte. 
Anotações
 
 
4 Livro de atividades – Gabaritos e comentários

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