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Módulo 4 3. LICENCIAMENTO AMBIENTAL E LEGISLAÇÃO 3.1 RESOLUÇÕES DO CONAMA a) Resolução 001 de 1986 Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, e do IBAMA em caráter supletivo, o licenciamento de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como: • Estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento. • Ferrovias. • Portos e terminais de minério, petróleo e produtos químicos. • Aeroportos. • Oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos sanitários. • Linhas de transmissão de energia elétrica. • Obras hidráulicas para exploração de recursos hídricos. • Extração de combustível fóssil (petróleo, xisto, carvão). • Extração de minério. • Aterros sanitários, processamento e destino final de resíduos tóxicos ou perigosos. • Usinas de geração de eletricidade. • Complexo e unidades industriais e agroindustriais. • Distritos industriais e zonas estritamente industriais – ZEI. • Exploração econômica de madeira ou de lenha. • Projetos urbanísticos. • Qualquer atividade que utilize carvão vegetal. Dependerá de elaboração de estudo de impacto ambiental e respectivo RIMA, a serem submetidos à aprovação do IBAMA, o licenciamento de atividades que, por lei, seja de competência federal. Os órgãos ambientais competentes e os órgãos setoriais do SISNAMA deverão compatibilizar os processos de licenciamento com as etapas de planejamento e implantação das atividades modificadoras do meio Ambiente, respeitados os critérios e diretrizes estabelecidos por esta Resolução e tendo por base a natureza o porte e as peculiaridades de cada atividade. b) Resolução 001 de 1986 A localização, construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de outras licenças legalmente exigíveis. A licença ambiental para empreendimentos e atividades consideradas efetiva ou potencialmente causadoras de significativa degradação do meio dependerá de prévio estudo de impacto ambiental e respectivo relatório de impacto sobre o meio ambiente (EIA/RIMA), ao qual dar-se-á publicidade, garantida a realização de audiências públicas, quando couber, de acordo com a regulamentação. O órgão ambiental competente, verificando que a atividade ou empreendimento não é potencialmente causador de significativa degradação do meio ambiente, definirá os estudos ambientais pertinentes ao respectivo processo de licenciamento. O Poder Público, no exercício de sua competência de controle, expedirá as seguintes licenças: I - Licença Prévia (LP) - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação. II - Licença de Instalação (LI) - autoriza a instalação do empreendimento ou atividade de acordo com as especificações constantes dos planos, programas e projetos aprovados, incluindo as medidas de controle ambiental e demais condicionantes, da qual constituem motivo determinante. III - Licença de Operação (LO) - autoriza a operação da atividade ou empreendimento, após a verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as medidas de controle ambiental e condicionantes determinados para a operação. As licenças ambientais poderão ser expedidas isolada ou sucessivamente, de acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade. O CONAMA definirá, quando necessário, licenças ambientais específicas, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação. Os estudos necessários ao processo de licenciamento deverão ser realizados por profissionais legalmente habilitados, às expensas do empreendedor. O órgão ambiental competente definirá, se necessário, procedimentos específicos para as licenças ambientais, observadas a natureza, características e peculiaridades da atividade ou empreendimento e, ainda, a compatibilização do processo de licenciamento com as etapas de planejamento, implantação e operação. Poderá ser admitido um único processo de licenciamento ambiental para pequenos empreendimentos e atividades similares e vizinhos ou para aqueles integrantes de planos de desenvolvimento aprovados, previamente, pelo órgão governamental competente, desde que definida a responsabilidade legal pelo conjunto de empreendimentos ou atividades. Deverão ser estabelecidos critérios para agilizar e simplificar os procedimentos de licenciamento ambiental das atividades e empreendimentos que implementem planos e programas voluntários de gestão ambiental, visando a melhoria contínua e o aprimoramento do desempenho ambiental. O custo de análise para a obtenção da licença ambiental deverá ser estabelecido por dispositivo legal, visando o ressarcimento, pelo empreendedor, das despesas realizadas pelo órgão ambiental competente. Facultar-se-á ao empreendedor acesso à planilha de custos realizados pelo órgão ambiental para a análise da licença. O órgão ambiental competente poderá estabelecer prazos de análise diferenciados para cada modalidade de licença (LP, LI e LO), em função das peculiaridades da atividade ou empreendimento, bem como para a formulação de exigências complementares, desde que observado o prazo máximo de 6 (seis) meses a contar do ato de protocolar o requerimento até seu deferimento ou indeferimento, ressalvados os casos em que houver EIA/RIMA e/ou audiência pública, quando o prazo será de até 12 (doze) meses. O órgão ambiental competente, mediante decisão motivada, poderá modificar os condicionantes e as medidas de controle e adequação, suspender ou cancelar uma licença expedida, quando ocorrer: • Violação ou inadequação de quaisquer condicionantes ou normas legais. • Omissão ou falsa descrição de informações relevantes que subsidiaram a expedição da licença. • Superveniência de graves riscos ambientais e de saúde. c) Resolução 006 de 1987 Na hipótese dos empreendimentos de aproveitamento hidroelétrico, respeitadas as peculiaridades de cada caso, a Licença Prévia (LP) deverá ser requerida no início do estudo de viabilidade da Usina; a Licença de Instalação (LI) deverá ser obtida antes da realização da Licitação para construção do empreendimento e a Licença de Operação (LO) deverá ser obtida antes do fechamento da barragem. O estudo de impacto ambiental, a preparação do RIMA, o detalhamento dos aspectos ambientais julgados relevantes a serem desenvolvidos nas várias fases do licenciamento, inclusive o programa de acompanhamento e monitoragem dos impactos, serão acompanhados por técnicos designados para este fi m pelo(s) órgão(s) estadual(ais) competente(s). Conheça um pouco mais sobre as resoluções referentes a licenciamento ambiental: d) Resolução CONAMA 001/86 -Estabelece as definições, as responsabilidades, os critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental; e) Resolução CONAMA 006/87 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental de obras do setor de geração de energia elétrica; f) Resolução CONAMA 005/88– Dispõe sobre o licenciamento de obras de saneamento. g) Resolução CONAMA 009 e 010/90 – Dispõe sobre normas específicas para o licenciamento ambiental de extração mineral. h) Resolução CONAMA 023/94 – Dispõe sobre atividades de exploração e lavra de jazidas de combustíveis líquidos e gás natural. i) Resolução CONAMA 010/96 – Dispõe sobre licenciamento de empreendimentos ou atividades em praias onde ocorre a desova de tartarugas marinhas. j) Resolução CONAMA 237/97 – Licenciamento ambiental. k) Resolução CONAMA 273/00 – Dispõe sobre Postos de combustíveis e serviços. l) Resolução CONAMA 279/01 – Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental simplificado de empreendimentos elétricos com pequeno potencial de impacto ambiental. m) Resolução CONAMA 284/01 – Dispõe sobre o licenciamento de empreendimentos de irrigação. n) Resolução CONAMA 286/01 – Empreendimentos nas regiões endêmicas de malária. o) Resolução CONAMA 305/02 – Dispõe sobre Licenciamento Ambiental, Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto no Meio Ambiente de atividades e empreendimentos com Organismos Geneticamente Modificados e seus derivados. p) Resolução CONAMA 312/02 – Dispõe sobre o licenciamento de empreendimentos de carcinicultura na zona costeira. q) Resolução CONAMA 313/02 – Dispõe sobre o inventário nacional de resíduos sólidos industriais. r) Resolução CONAMA 316/02 – Dispõe sobre procedimentos e critérios para sistema de tratamento térmico de resíduos. s) Resolução CONAMA 334/03 – Estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens vazias de agrotóxicos. t) Resolução CONAMA 335/03 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental de Cemitérios. u) Resolução CONAMA 347/04 – Dispõe sobre o patrimônio espeleológico. v) Resolução CONAMA 349/04 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental de empreendimentos ferroviários de pequeno potencial de impacto ambiental. w)Resolução CONAMA 350/04 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental de aquisição de dados sísmicos marítimos e em zonas de transição. x) Resolução CONAMA Nº 369/2006 - "Dispõe sobre os casos excepcionais, de utilidade pública, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a intervenção ou supressão de vegetação em Área de Preservação Permanente-APP". y) Resolução CONAMA 377/06 – Dispõe sobre o licenciamento ambiental de Sistemas de esgotamento sanitário. z) Resolução CONAMA 385/06 – Estabelece procedimentos a serem adotados para o licenciamento ambiental de agroindústrias de pequeno porte e baixo potencial de impacto ambiental. a1) Resolução CONAMA 404/08 – Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos. b1) Resolução CONAMA 406/09 - Estabelece parâmetros técnicos a serem adotados na elaboração, apresentação, avaliação técnica e execução de Plano de Manejo Florestal Sustentável – PMFS com fins madeireiros, para florestas nativas e suas formas de sucessão no bioma Amazônia. c1) Resolução CONAMA 410/09 - Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões de lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº 357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3º da Resolução nº 397, de 3 de abril de 2008. d1) Resolução CONAMA 411/09 - Dispõe sobre procedimentos para inspeção de indústrias consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos florestais madeireiros de origem nativa, bem como os respectivos padrões de nomenclatura e coeficientes de rendimento volumétricos, inclusive carvão vegetal e resíduos de serraria. e1) Resolução CONAMA 412/09 - Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental de novos empreendimentos destinados à construção de habitações de Interesse Social. f1) Resolução CONAMA 413/09 - Dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências. g1) Resolução CONAMA 416/09 - Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras providências. h1) Resolução CONAMA 420/09 - Dispõe sobre critérios e valores orientadores de qualidade do solo quanto à presença de substâncias químicas e estabelece diretrizes para o gerenciamento ambiental de áreas contaminadas por essas substâncias em decorrência de atividades antrópicas. i1) Resolução CONAMA 425/10 - Dispõe sobre critérios para a caracterização de atividades e empreendimentos agropecuários sustentáveis do agricultor familiar, empreendedor rural familiar, e dos povos e comunidades tradicionais como de interesse social para fins de produção, intervenção e recuperação de Áreas de Preservação Permanente e outras de uso limitado. j1) Resolução CONAMA 428/10 - Dispõe, no âmbito do licenciamento ambiental sobre a autorização do órgão responsável pela administração da Unidade de Conservação (UC), de que trata o § 3º do artigo 36 da Lei nº 9.985 de 18 de julho de 2000, bem como sobre a ciência do órgão responsável pela administração da UC no caso de licenciamento ambiental de empreendimentos não sujeitos a EIA-RIMA e dá outras providências. k1) Resolução CONAMA 432/11 - Estabelece novas fases de controle de emissões de gases poluentes por ciclomotores, motociclos e veículos similares novos, e dá outras providências; l1) Resolução CONAMA 436/11 - Estabelece os limites máximos de emissão de poluentes atmosféricos para fontes fixas instaladas ou com pedido de licença de instalação anteriores a 02 de janeiro de 2007. m1) Resolução CONAMA 458/13 - Estabelece procedimentos para o licenciamento ambiental em assentamento de reforma agrária, e dá outras providências. n1) Resolução CONAMA 459/13 - Altera a Resolução nº 413/2009 que dispõe sobre o licenciamento ambiental da aquicultura, e dá outras providências. o1) Resolução CONAMA 465/14 - Dispõe sobre os requisitos e critérios técnicos mínimos necessários para o licenciamento ambiental de estabelecimentos destinados ao recebimento de embalagens de agrotóxicos e afins, vazias ou contendo resíduos. p1) Resolução CONAMA 470/15 - Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental dos aeroportos regionais.