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Ações de Responsabilidade do Fornecedor de Produtos e 
Serviços 
INTRODUÇÃO 
Este relatório revisará o assunto Ações de responsabilidade do fornecedor de produtos e 
serviços, que faz parte dos seus estudos para a preparação da prova de Direito do 
Consumidor para o cargo de escriturário do BRB. 
Ao longo do relatório vamos ver os principais aspectos teóricos e práticos dos institutos; 
exemplos de aplicação; o modo como a banca cobra os assuntos em prova, com análise 
pormenorizada de diversas questões. 
ANALISE ESTATÍSTICA 
Foram analisadas as provas realizadas entre os anos de 2010 a março de 2019, realizadas 
pela sua banca, o que corresponde apenas 8 questões das matérias previstas no edital, 
referentes a concursos públicos de cargos de mesmo nível do seu concurso e não foram 
identificadas questões dentro desse assunto. Os assuntos abordados nesse período foram: 
 
 
% de Cobrança Importância do Assunto 
Até 2,9% Baixa a Mediana 
De 3% a 6,9% Média 
12,50%
25,00%
25,00%
37,50%
0,00% 5,00% 10,00% 15,00% 20,00% 25,00% 30,00% 35,00% 40,00%
%
Disposições Gerais Elementos da relação de consumo Proteção contratual Direitos básicos
Thaís de Cássia Rumstain
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quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a 
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, 
da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as 
variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a 
substituição das partes viciadas. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
Gabarito: “c”. 
 
2. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis 
a) respondem, cada qual por sua parte, pelos vícios de qualidade. 
b) respondem solidariamente pelos vícios de qualidade. 
c) optam pela substituição do produto por outro da mesma espécie em perfeitas condições 
de uso ou pelo abatimento proporcional do preço no caso de haver vício de qualidade. 
d) optam entre a substituição do produto ou a restituição imediata da quantia paga no caso 
de haver vício de qualidade. 
e) são obrigados a sanar o vício de qualidade do produto no prazo máximo improrrogável de 
vinte dias. 
A resposta corresponde ao artigo 18 do CDC: 
Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não 
duráveis respondem solidariamente pelos vícios de qualidade ou 
quantidade que os tornem impróprios ou inadequados ao consumo a 
que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, 
da embalagem, rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as 
variações decorrentes de sua natureza, podendo o consumidor exigir a 
substituição das partes viciadas. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
(...) 
§ 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo 
previsto no parágrafo anterior, não podendo ser inferior a sete nem 
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superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de adesão, a cláusula de 
prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de 
manifestação expressa do consumidor. 
Gabarito: B 
 
3. O prazo para reclamar por vício aparente do serviço ou do produto é de natureza 
a) oculta, revelando-se quando da percepção do vício. 
b) prescricional. 
c) decadencial, mas que pode ser alterado pela vontade das partes. 
d) prescricional, mas que pode ser alterado pela vontade das partes. 
e) decadencial. 
Essa questão parece fácil, mas pode ser uma pegadinha! Não confunda VÍCIO DO PRODUTO 
com FATO DO PRODUTO: 
Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil 
constatação caduca em: 
(...) 
§ 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no 
momento em que ficar evidenciado o defeito. 
 
 Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento 
do dano e de sua autoria. 
Gabarito: E 
 
4. Com relação a um vício de quantidade de um determinado produto ou serviço, é correto 
afirmar: 
a) Em se tratando de prestação do serviço em menor quantidade, não pode o fornecedor 
complementá-lo oferecendo trabalho de terceiro. 
b) Não se pode reparar com o abatimento proporcional do preço. 
c) A forma de ressarcimento independe da concordância do consumidor. 
d) Ao fornecedor caberá voltar-se contra o fabricante, mesmo que o produto tenha sido 
pesado em equipamentos de seu comércio. 
e) Há responsabilidade solidária entre os fornecedores. 
É necessário o conhecimento de dois artigos para solucionarmos a questão: 
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Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de 
quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
I - o abatimento proporcional do preço; 
II - complementação do peso ou medida; 
III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou 
modelo, sem os aludidos vícios; 
IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
§ 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem 
ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os 
padrões oficiais. 
 
Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade 
que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim 
como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações 
constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor 
exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros 
devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor. 
§ 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os 
fins que razoavelmente deles se esperam, bem como aqueles que não 
atendam as normas regulamentares de prestabilidade. 
Gabarito: E 
 
5. Quando o serviço não fornece a segurança que o consumidor pode esperar, levando-se 
em consideração as circunstâncias relevantes como o modo de seu fornecimento, o 
resultado e os riscos que dele normalmente se esperam e a época em que foi fornecido, é 
serviço chamado de 
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a) incompleto. 
b) obsoleto. 
c) defeituoso. 
d) inseguro. 
e) insalubre. 
Vejamos o que dispõe o artigo 14 do CDC: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existênciade culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição 
e riscos. 
§ 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o 
consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as 
circunstâncias relevantes, entre as quais: 
I - o modo de seu fornecimento; 
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
III - a época em que foi fornecido. 
§ 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas 
técnicas. 
§ 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando 
provar: 
I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação de culpa. 
Gabarito: C 
 
ORIENTAÇÃO DE ESTUDO (CHECKLIST) E PONTOS A DESTACAR 
 As ações coletivas para defesa do consumidor em juízo estão dispostas no Capítulo IV - Da 
Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos. 
 É essencial que você faça a leitura dos dispositivos legais e assimile os seguintes assuntos: 
 O que é fato do produto e do serviço 
 Quem são os responsáveis pelo fato do produto e do serviço 
 Quem pode ser considerado vítima 
 O que é vício do produto e do serviço 
 Responsabilidade por vício do produto e do serviço 
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LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990. 
CAPÍTULO IV 
Da Qualidade de Produtos e Serviços, da Prevenção e da Reparação dos Danos 
SEÇÃO I 
Da Proteção à Saúde e Segurança 
 Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não acarretarão riscos à 
saúde ou segurança dos consumidores, exceto os considerados normais e previsíveis em 
decorrência de sua natureza e fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a 
dar as informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
 § 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar as informações a que 
se refere este artigo, através de impressos apropriados que devam acompanhar o produto. 
 § 2º O fornecedor deverá higienizar os equipamentos e utensílios utilizados no fornecimento 
de produtos ou serviços, ou colocados à disposição do consumidor, e informar, de maneira 
ostensiva e adequada, quando for o caso, sobre o risco de contaminação. 
 Art. 9° O fornecedor de produtos e serviços potencialmente nocivos ou perigosos à saúde 
ou segurança deverá informar, de maneira ostensiva e adequada, a respeito da sua nocividade 
ou periculosidade, sem prejuízo da adoção de outras medidas cabíveis em cada caso concreto. 
 Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que 
sabe ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou 
segurança. 
 § 1° O fornecedor de produtos e serviços que, posteriormente à sua introdução no mercado 
de consumo, tiver conhecimento da periculosidade que apresentem, deverá comunicar o fato 
imediatamente às autoridades competentes e aos consumidores, mediante anúncios 
publicitários. 
 § 2° Os anúncios publicitários a que se refere o parágrafo anterior serão veiculados na 
imprensa, rádio e televisão, às expensas do fornecedor do produto ou serviço. 
 § 3° Sempre que tiverem conhecimento de periculosidade de produtos ou serviços à saúde 
ou segurança dos consumidores, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão 
informá-los a respeito. 
 Art. 11. (Vetado). 
SEÇÃO II 
Da Responsabilidade pelo Fato do Produto e do Serviço 
 Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador 
respondem, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
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fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus produtos, bem como por 
informações insuficientes ou inadequadas sobre sua utilização e riscos. 
 § 1° O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se 
espera, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
 I - sua apresentação; 
 II - o uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi colocado em circulação. 
 § 2º O produto não é considerado defeituoso pelo fato de outro de melhor qualidade ter 
sido colocado no mercado. 
 § 3° O fabricante, o construtor, o produtor ou importador só não será responsabilizado 
quando provar: 
 I - que não colocou o produto no mercado; 
 II - que, embora haja colocado o produto no mercado, o defeito inexiste; 
 III - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo anterior, quando: 
 I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem ser identificados; 
 II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, produtor, construtor 
ou importador; 
 III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
 Parágrafo único. Aquele que efetivar o pagamento ao prejudicado poderá exercer o direito 
de regresso contra os demais responsáveis, segundo sua participação na causação do evento 
danoso. 
 Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela 
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos 
serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos. 
 § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode 
esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais: 
 I - o modo de seu fornecimento; 
 II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam; 
 III - a época em que foi fornecido. 
 § 2º O serviço não é considerado defeituoso pela adoção de novas técnicas. 
 § 3° O fornecedor de serviços só não será responsabilizado quando provar: 
 I - que, tendo prestado o serviço, o defeito inexiste; 
 II - a culpa exclusiva do consumidor ou de terceiro. 
 § 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a 
verificação de culpa. 
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 Art. 15. (Vetado). 
 Art. 16. (Vetado). 
 Art. 17. Para os efeitos desta Seção, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do 
evento. 
SEÇÃO III 
Da Responsabilidade por Vício do Produto e do Serviço 
 Art. 18. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis ou não duráveis respondem 
solidariamente pelos vícios de qualidade ou quantidade que os tornem impróprios ou 
inadequados ao consumo a que se destinam ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles 
decorrentes da disparidade, com a indicações constantes do recipiente, da embalagem, 
rotulagem ou mensagem publicitária, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, 
podendo o consumidor exigir a substituição das partes viciadas. 
 § 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
 I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso; 
 II - a restituição imediata da quantiapaga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 § 2° Poderão as partes convencionar a redução ou ampliação do prazo previsto no parágrafo 
anterior, não podendo ser inferior a sete nem superior a cento e oitenta dias. Nos contratos de 
adesão, a cláusula de prazo deverá ser convencionada em separado, por meio de manifestação 
expressa do consumidor. 
 § 3° O consumidor poderá fazer uso imediato das alternativas do § 1° deste artigo sempre 
que, em razão da extensão do vício, a substituição das partes viciadas puder comprometer a 
qualidade ou características do produto, diminuir-lhe o valor ou se tratar de produto essencial. 
 § 4° Tendo o consumidor optado pela alternativa do inciso I do § 1° deste artigo, e não 
sendo possível a substituição do bem, poderá haver substituição por outro de espécie, marca 
ou modelo diversos, mediante complementação ou restituição de eventual diferença de preço, 
sem prejuízo do disposto nos incisos II e III do § 1° deste artigo. 
 § 5° No caso de fornecimento de produtos in natura, será responsável perante o consumidor 
o fornecedor imediato, exceto quando identificado claramente seu produtor. 
 § 6° São impróprios ao uso e consumo: 
 I - os produtos cujos prazos de validade estejam vencidos; 
 II - os produtos deteriorados, alterados, adulterados, avariados, falsificados, corrompidos, 
fraudados, nocivos à vida ou à saúde, perigosos ou, ainda, aqueles em desacordo com as 
normas regulamentares de fabricação, distribuição ou apresentação; 
 III - os produtos que, por qualquer motivo, se revelem inadequados ao fim a que se destinam. 
 Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de quantidade do produto 
sempre que, respeitadas as variações decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for 
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inferior às indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de mensagem 
publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - o abatimento proporcional do preço; 
 II - complementação do peso ou medida; 
 III - a substituição do produto por outro da mesma espécie, marca ou modelo, sem os 
aludidos vícios; 
 IV - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos. 
 § 1° Aplica-se a este artigo o disposto no § 4° do artigo anterior. 
 § 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem ou a medição e o 
instrumento utilizado não estiver aferido segundo os padrões oficiais. 
 Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem 
impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da 
disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
 I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível; 
 II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos; 
 III - o abatimento proporcional do preço. 
 § 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, 
por conta e risco do fornecedor. 
 § 2° São impróprios os serviços que se mostrem inadequados para os fins que razoavelmente 
deles se esperam, bem como aqueles que não atendam as normas regulamentares de 
prestabilidade. 
 Art. 21. No fornecimento de serviços que tenham por objetivo a reparação de qualquer 
produto considerar-se-á implícita a obrigação do fornecedor de empregar componentes de 
reposição originais adequados e novos, ou que mantenham as especificações técnicas do 
fabricante, salvo, quanto a estes últimos, autorização em contrário do consumidor. 
 Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, concessionárias, permissionárias ou 
sob qualquer outra forma de empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, 
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. 
 Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou parcial, das obrigações referidas 
neste artigo, serão as pessoas jurídicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, 
na forma prevista neste código. 
 Art. 23. A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos 
produtos e serviços não o exime de responsabilidade. 
 Art. 24. A garantia legal de adequação do produto ou serviço independe de termo expresso, 
vedada a exoneração contratual do fornecedor. 
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 Art. 25. É vedada a estipulação contratual de cláusula que impossibilite, exonere ou atenue 
a obrigação de indenizar prevista nesta e nas seções anteriores. 
 § 1° Havendo mais de um responsável pela causação do dano, todos responderão 
solidariamente pela reparação prevista nesta e nas seções anteriores. 
 § 2° Sendo o dano causado por componente ou peça incorporada ao produto ou serviço, 
são responsáveis solidários seu fabricante, construtor ou importador e o que realizou a 
incorporação. 
SEÇÃO IV 
Da Decadência e da Prescrição 
 Art. 26. O direito de reclamar pelos vícios aparentes ou de fácil constatação caduca em: 
 I - trinta dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos não duráveis; 
 II - noventa dias, tratando-se de fornecimento de serviço e de produtos duráveis. 
 § 1° Inicia-se a contagem do prazo decadencial a partir da entrega efetiva do produto ou 
do término da execução dos serviços. 
 § 2° Obstam a decadência: 
 I - a reclamação comprovadamente formulada pelo consumidor perante o fornecedor de 
produtos e serviços até a resposta negativa correspondente, que deve ser transmitida de forma 
inequívoca; 
 II - (Vetado). 
 III - a instauração de inquérito civil, até seu encerramento. 
 § 3° Tratando-se de vício oculto, o prazo decadencial inicia-se no momento em que ficar 
evidenciado o defeito. 
 Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos causados por fato 
do produto ou do serviço prevista na Seção II deste Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo 
a partir do conhecimento do dano e de sua autoria. 
 Parágrafo único. (Vetado). 
SEÇÃO V 
Da Desconsideração da Personalidade Jurídica 
 Art. 28. O juiz poderá desconsiderar a personalidade jurídica da sociedade quando, em 
detrimento do consumidor, houver abuso de direito, excesso de poder, infração da lei, fato ou 
ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração também será 
efetivada quando houver falência, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da 
pessoa jurídica provocados por má administração. 
 § 1° (Vetado). 
 § 2° As sociedades integrantes dos grupos societários e as sociedades controladas, são 
subsidiariamente responsáveis pelas obrigações decorrentes deste código. 
 § 3° As sociedades consorciadas são solidariamente responsáveis pelas obrigações 
decorrentes deste código. 
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 § 4° As sociedades coligadas só responderão por culpa. 
 § 5° Também poderá ser desconsiderada a pessoa jurídica sempre que sua personalidade 
for, de alguma forma, obstáculo ao ressarcimento de prejuízos causados aos consumidores. 
 
 RESPONSABILIDADE 
 
Fato do produto ouserviço
• corresponde aos acidentes de consumo
• equivalem ao dano do produto/serviço a saúde ou a segurança do consumidor
• danos causados por defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção,
montagem, fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento dos produtos,
bem como por informações insuficientes ou inadequadas
Vício do produto ou serviço
• vícios de qualidade ou quantidade dos produtos ou serviços
• produtos ou serviços impróprios ou inadequados ao consumo a que se destinam ou
lhes diminuam o valor assim como aqueles decorrentes da disparidade, com as
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou mensagem
publicitária
• O fornecedor responde, independentemente da existência de culpa, pela
reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços
• A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada
mediante a verificação de culpa.
• São responsáveis pelo dever de indenizar pelo fato do produto todos os
participantes da cadeia de produção, isto é, o fabricante, o produtor, o
construtor e o importador.
• O comerciante também será responsável, mas de maneira subsidiária,
pelo dano causado ao consumidor pelo fato do produto.
• Exceção: se não for possível identificar o fabricante, produtor, e
importador dos produtos que causaram o dano; se o produto não trouxer
identificação clara ou se o mesmo não conservar adequadamente os
produtos perecíveis, o comerciante será responsabilizado de forma
solidária.
FATO DO PRODUTO OU SERVIÇO
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QUESTIONÁRIO DE REVISÃO 
 
QUESTIONÁRIO – SOMENTE PERGUNTAS 
1. No fato do serviço, a responsabilidade civil dos profissionais liberais somente existe se 
houver culpa por parte desses profissionais, ou seja, a responsabilidade civil, nesses casos, 
é subjetiva? 
2. Juliane é proprietária de uma padaria no Município de São José. Na padaria ela também 
vende frios e utiliza um instrumento de pesagem que não aufere corretamente o peso dos 
produtos, segundo os padrões oficiais. Nesse caso, pode-se dizer que a responsabilidade da 
Juliane, como comerciante, pelo vício de quantidade será solidária entre todos os 
envolvidos com o fornecimento? 
3. Giovana compra com frequência sua cerveja preferida no comércio que fica próximo ao 
seu trabalho. Nos últimos dias notou que a cerveja estava com um gosto estranho, além de 
ter percebido que imediatamente após o consumo começava a sentir-se enjoada e com 
dores de cabeça. Ao questionar o dono do estabelecimento, descobriu que a cerveja não 
estava sendo acondicionada da forma correta, causando variações no produto. Questiona-
se se o caso se trata de fato do produto/serviço ou de vício do produto/serviço e qual seria 
a responsabilidade do proprietário do estabelecimento. 
• A responsabilidade pelos vícios do produto e do serviço configura-se a partir
da detectação de vícios de qualidade ou quantidade dos produtos ou serviços.
• São responsáveis pelo dever de indenizar pelo vício do serviço todos os
participantes da cadeia de produção e distribuição do serviço.
• A responsabilidade dos fornecedores é SOLIDÁRIA.
• O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, e o importador
respondem, independentemente da existência de culpa.
• O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa,
pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à
prestação dos serviços.
• A ignorância do fornecedor sobre os vícios de qualidade por inadequação dos
produtos e serviços não o exime de responsabilidade.
• Exceção: A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada
mediante a verificação de culpa.
VÍCIO DO PRODUTO OU SERVIÇO
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4. Suyan é uma advogada de grande prestígio na comarca em que trabalha. No dia de uma 
importante audiência consumiu um produto industrializado que não continha as 
informações apropriadas e, por ser intolerante a lactose, passou muito mal, foi 
hospitalizada e não pode comparecer à audiência, o que acarretou um enorme prejuízo 
para o seu cliente e para sua imagem profissional. Questiona-se se de acordo com o Código 
de Defesa do Consumidor a Suyan poderá tomar alguma medida contra o fornecedor desse 
produto? 
5. Cassiana é uma triatleta e às vésperas de um campeonato comprou uma bicicleta nova 
na loja mais renomada do município de Carazinho/RS, para usar na competição. No dia da 
prova, a bicicleta apresentou defeito, Cassiana caiu no chão e quebrou seu frequencímetro, 
os óculos de sol próprios para corrida e seu cronometro. Por sorte ela não se machucou. 
Cassiana teve um prejuízo avaliado em R$ 5.000,00 reais. Questiona-se em face de quem 
Cassiana poderá pleitear a indenização pelos danos materiais? 
6. Se o produto adquirido apresentar defeito em até sete dias a contar da data da aquisição, 
o consumidor terá direito à imediata substituição por outro produto da mesma espécie, em 
perfeitas condições de uso? 
7. Beatriz comprou um pacote de viagem na agência de turismo “De Biguaçu para o 
Mundo”, para passar sua lua de mel na cidade de Nova Iorque. Ocorre que na cidade onde 
Beatriz mora não há voos diretos para Nova Iorque, a agência de turismo informou que ela 
teria que fazer uma conexão na cidade do Rio de Janeiro, o que já estava incluso no preço 
do pacote. No dia da viagem, o voo que levaria Beatriz e o marido até o aeroporto do Rio 
de Janeiro atrasou demasiadamente, fazendo com que o casal perdesse o voo que iria para 
Nova Iorque. A agência de turismo poderá ser responsabilizada pelo atraso do voo que 
estava incluído no pacote de viagem ou apenas a empresa aérea que deu causa ao atraso 
responderá pelo dano sofrido? 
QUESTIONÁRIO – PERGUNTAS E RESPOSTAS 
1. No fato do serviço, a responsabilidade civil dos profissionais liberais somente existe se 
houver culpa por parte desses profissionais, ou seja, a responsabilidade civil, nesses casos, 
é subjetiva? 
Sim, não confunda a regra geral, prevista no caput do artigo 14, com a exceção do parágrafo 
4º do CDC: 
Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da 
existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos 
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem 
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição 
e riscos. 
§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada 
mediante a verificação de culpa. 
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2. Juliane é proprietária de uma padaria no Município de São José. Na padaria ela também 
vende frios e utiliza um instrumento de pesagem que não aufere corretamente o peso dos 
produtos, segundo os padrões oficiais. Nesse caso, pode-se dizer que a responsabilidade da 
Juliane, como comerciante, pelo vício de quantidade será solidária entre todos os 
envolvidos com o fornecimento? 
Não. Nesse caso, o fornecedor imediato será o responsável: 
Art. 19. Os fornecedores respondem solidariamente pelos vícios de 
quantidade do produto sempre que, respeitadas as variações 
decorrentes de sua natureza, seu conteúdo líquido for inferior às 
indicações constantes do recipiente, da embalagem, rotulagem ou de 
mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, 
alternativamente e à sua escolha: 
(...) 
§ 2° O fornecedor imediato será responsável quando fizer a pesagem 
ou a medição e o instrumento utilizado não estiver aferido segundo os 
padrões oficiais. 
 
3. Giovana compra com frequência sua cerveja preferida no comércio que fica próximo ao 
seu trabalho. Nos últimos dias notouque a cerveja estava com um gosto estranho, além de 
ter percebido que imediatamente após o consumo começava a sentir-se enjoada e com 
dores de cabeça. Ao questionar o dono do estabelecimento, descobriu que a cerveja não 
estava sendo acondicionada da forma correta, causando variações no produto. Questiona-
se se o caso se trata de fato do produto/serviço ou de vício do produto/serviço e qual seria 
a responsabilidade do proprietário do estabelecimento. 
Trata-se de fato do produto: 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, 
e o importador respondem, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus 
produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua utilização e riscos. 
A responsabilidade do proprietário do estabelecimento comercial, na qualidade de 
comerciante será objetiva: 
 Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo 
anterior, quando: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem 
ser identificados; 
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II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
 
4. Suyan é uma advogada de grande prestígio na comarca em que trabalha. No dia de uma 
importante audiência consumiu um produto industrializado que não continha as 
informações apropriadas e, por ser intolerante a lactose, passou muito mal, foi 
hospitalizada e não pode comparecer à audiência, o que acarretou um enorme prejuízo 
para o seu cliente e para sua imagem profissional. Questiona-se se de acordo com o Código 
de Defesa do Consumidor a Suyan poderá tomar alguma medida contra o fornecedor desse 
produto? 
O artigo 8º, parágrafo 1º impõe ao fabricante o dever de prestar as informações que deverão 
acompanhar o produto: 
Art. 8° Os produtos e serviços colocados no mercado de consumo não 
acarretarão riscos à saúde ou segurança dos consumidores, exceto os 
considerados normais e previsíveis em decorrência de sua natureza e 
fruição, obrigando-se os fornecedores, em qualquer hipótese, a dar as 
informações necessárias e adequadas a seu respeito. 
§ 1º Em se tratando de produto industrial, ao fabricante cabe prestar 
as informações a que se refere este artigo, através de impressos 
apropriados que devam acompanhar o produto. 
No artigo 12, fica estabelecida a responsabilidade objetiva do fabricante em razão das 
informações insuficientes ou inadequadas: 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, 
e o importador respondem, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus 
produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua utilização e riscos. 
Assim, dentro do prazo prescricional de 05 anos, a Suyan poderá pleitear a reparação de 
danos em razão deste fato: 
Art. 27. Prescreve em cinco anos a pretensão à reparação pelos danos 
causados por fato do produto ou do serviço prevista na Seção II deste 
Capítulo, iniciando-se a contagem do prazo a partir do conhecimento 
do dano e de sua autoria. 
 
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5. Cassiana é uma triatleta e às vésperas de um campeonato comprou uma bicicleta nova 
na loja mais renomada do município de Carazinho/RS, para usar na competição. No dia da 
prova, a bicicleta apresentou defeito, Cassiana caiu no chão e quebrou seu frequencímetro, 
os óculos de sol próprios para corrida e seu cronometro. Por sorte ela não se machucou. 
Cassiana teve um prejuízo avaliado em R$ 5.000,00 reais. Questiona-se em face de quem 
Cassiana poderá pleitear a indenização pelos danos materiais? 
Na responsabilidade pelo fato do produto o fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou 
estrangeiro, e o importador respondem solidariamente, já o comerciante responderá 
subsidiariamente: 
Art. 12. O fabricante, o produtor, o construtor, nacional ou estrangeiro, 
e o importador respondem, independentemente da existência de 
culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por 
defeitos decorrentes de projeto, fabricação, construção, montagem, 
fórmulas, manipulação, apresentação ou acondicionamento de seus 
produtos, bem como por informações insuficientes ou inadequadas 
sobre sua utilização e riscos. 
Art. 13. O comerciante é igualmente responsável, nos termos do artigo 
anterior, quando: 
I - o fabricante, o construtor, o produtor ou o importador não puderem 
ser identificados; 
II - o produto for fornecido sem identificação clara do seu fabricante, 
produtor, construtor ou importador; 
III - não conservar adequadamente os produtos perecíveis. 
 
6. Se o produto adquirido apresentar defeito em até sete dias a contar da data da aquisição, 
o consumidor terá direito à imediata substituição por outro produto da mesma espécie, em 
perfeitas condições de uso? 
Não. O prazo de 7 dias diz respeito ao direito de arrependimento e não ao prazo de 
substituição do produto, quando não sanado o vício: 
Artigo 18. 
§ 1° Não sendo o vício sanado no prazo máximo de trinta dias, pode o 
consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha: 
I - a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas 
condições de uso; 
II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, 
sem prejuízo de eventuais perdas e danos; 
III - o abatimento proporcional do preço. 
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7. Beatriz comprou um pacote de viagem na agência de turismo “De Biguaçu para o 
Mundo”, para passar sua lua de mel na cidade de Nova Iorque. Ocorre que na cidade onde 
Beatriz mora não há voos diretos para Nova Iorque, a agência de turismo informou que ela 
teria que fazer uma conexão na cidade do Rio de Janeiro, o que já estava incluso no preço 
do pacote. No dia da viagem, o voo que levaria Beatriz e o marido até o aeroporto do Rio 
de Janeiro atrasou demasiadamente, fazendo com que o casal perdesse o voo que iria para 
Nova Iorque. A agência de turismo poderá ser responsabilizada pelo atraso do voo que 
estava incluído no pacote de viagem ou apenas a empresa aérea que deu causa ao atraso 
responderá pelo dano sofrido? 
Finalizamos os estudos com uma questão mais difícil e que envolve a posição da 
jurisprudência sobre o tema. Não se preocupe se você não soube responder a essa pergunta, 
ela está aqui exatamente para você aprofundar um pouco mais os estudos e agora você já 
sabe a resposta! 😊 
Vamos lá! O entendimento do STJ é de que as agências de viagem podem ser 
responsabilizadas pelos atrasos e cancelamentos de voos, quando se trata da comercialização 
de pacotes de viagens e responderão, independentemente da culpa, pelos danos que 
causarem aos consumidores. (AgRg no REsp 1453920/CE, Rel. Ministro RICARDO VILLAS BÔAS 
CUEVA, TERCEIRA TURMA, julgado em 09/12/2014, DJe 15/12/2014) 
ANEXO – LISTA DE QUESTÕES 
1. De acordo com a Lei n° 8.078/1990, se o vício de um produto não for sanado ou reparado 
no prazo máximo de 30 dias, o consumidor pode 
a) negociar, obrigatoriamente no prazo de sete dias, a substituição do produto por um outro 
qualquer, à escolha do fornecedor, em perfeitas condições de uso. 
b) exigir, à escolha do fornecedor, somente a substituição por outro da mesma espécieou a 
restituição da quantia paga no prazo máximo de 30 dias, com prejuízo de eventuais perdas e 
danos. 
c) exigir a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de 
eventuais perdas e danos. 
d) negociar a restituição, no prazo máximo de 15 dias, da quantia paga, sem atualização 
monetária, com prejuízo de eventuais perdas e danos. 
e) solicitar somente o abatimento proporcional do preço, cujo percentual será definido pelo 
fornecedor, com prejuízo de eventuais perdas e danos. 
 
2. Os fornecedores de produtos de consumo duráveis 
a) respondem, cada qual por sua parte, pelos vícios de qualidade. 
b) respondem solidariamente pelos vícios de qualidade. 
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c) optam pela substituição do produto por outro da mesma espécie em perfeitas condições 
de uso ou pelo abatimento proporcional do preço no caso de haver vício de qualidade. 
d) optam entre a substituição do produto ou a restituição imediata da quantia paga no caso 
de haver vício de qualidade. 
e) são obrigados a sanar o vício de qualidade do produto no prazo máximo improrrogável de 
vinte dias. 
 
3. O prazo para reclamar por vício aparente do serviço ou do produto é de natureza 
a) oculta, revelando-se quando da percepção do vício. 
b) prescricional. 
c) decadencial, mas que pode ser alterado pela vontade das partes. 
d) prescricional, mas que pode ser alterado pela vontade das partes. 
e) decadencial. 
 
4. Com relação a um vício de quantidade de um determinado produto ou serviço, é correto 
afirmar: 
a) Em se tratando de prestação do serviço em menor quantidade, não pode o fornecedor 
complementá-lo oferecendo trabalho de terceiro. 
b) Não se pode reparar com o abatimento proporcional do preço. 
c) A forma de ressarcimento independe da concordância do consumidor. 
d) Ao fornecedor caberá voltar-se contra o fabricante, mesmo que o produto tenha sido 
pesado em equipamentos de seu comércio. 
e) Há responsabilidade solidária entre os fornecedores. 
 
5. Quando o serviço não fornece a segurança que o consumidor pode esperar, levando-se 
em consideração as circunstâncias relevantes como o modo de seu fornecimento, o 
resultado e os riscos que dele normalmente se esperam e a época em que foi fornecido, é 
serviço chamado de 
a) incompleto. 
b) obsoleto. 
c) defeituoso. 
d) inseguro. 
e) insalubre. 
GABARITO 
1.C 2.B 3.E 4.E 5.C 
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