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DISTRIBUIÇÃO DA RIQUEZA EMPRESARIAL EM PERÍODO PANDÊMICO 
Anailsa Duarte da Silva Soares1 
Ailza Silva de Lima2 
RESUMO 
A Demonstração do Valor Adicionado (DVA) tem como objetivo principal evidenciar a 
riqueza gerada por uma entidade e é uma ferramenta da contabilidade para auxiliar 
ainda mais na tomada de decisão, levando em consideração que a DVA é uma 
demonstração que utiliza informações de outras demonstrações, porém, de forma mais 
detalhada. Sendo assim, diante do cenário atual no mundo, surgiu à problemática de 
como este período de pandemia impactou na geração e distribuição da riqueza das 
empresas. E através da pesquisa e análise de dados foi comprovado que de fato, existiu 
um impacto significativo na economia como um todo, e também nos resultados das 
empresas abordadas, ressaltando que algumas foram mais afetadas que outras, 
dependendo do seu setor de atuação. 
Palavras Chave: Demonstração do Valor Adicionado; Pandemia; Setor de Atuação. 
ABSTRACT 
The Demonstration of Value Added (DVA) has as main objective to evidence the 
wealth generated by an entity and is an accounting tool to furthrt assist in decision 
making, statements, however, in more detail. Therefore, in view of the current scenario 
in the world, the problem arose of how this pandemic period impacted the generation 
and distribution of companies’ wealth. And through research and data analysis it was 
proven that, in tact, there eas a significant impact on the economy as whole, and also on 
the results of the companies addressed, pointing out that some were more affected than 
others, depending on their sector of activity. 
 
1 Acadêmico (a) do curso de Ciências Contábeis oferecido pelo Centro Universitário de João Pessoa – 
UNIPÊ. E-mail: anailsa599@gmail.com 
2 Mestre em Ciências Contábeis pelo Programa Multiinstitucional UnB-UFPB-UFRN. Bacharel em 
Ciências Contábeis pelo Centro Universitário de João Pessoa - UNIPÊ. E-mail: ailza.lima@unipe.edu.br 
 
 
 
Key Words: Demonstration of Value Added; Pandemic; Sector of Activity. 
1. INTRODUÇÃO 
 O Brasil e o mundo enfrentam um adversário em comum, o Covid-19, vírus que 
surgiu na China e logo se alastrou por todo o mundo, destruindo não só vidas, mas 
também toda a economia de países ao redor do mundo todo. Desde o início da pandemia 
716.000 empresas fecharam as portas no Brasil, do total 4 em cada 10 empresas (total 
de 522.000) encerraram as atividades temporária ou definitivamente devido aos 
impactos causados pela pandemia. (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E 
ESTATISTICA - IBGE, 2020). 
 Situações adversas, que impactam uma nação, pode influenciar a criação de 
riqueza das organizações. A distribuição da riqueza empresarial evidencia-se através da 
Demonstração do Valor Adicionado (DVA). A DVA deve proporcionar aos usuários 
das demonstrações contábeis informações relativas à riqueza criada pela entidade em 
determinado período e a forma como tais riquezas foram distribuídas. (CPC 09). 
De uma forma geral, a distribuição do valor adicionado busca demonstrar como 
o valor adicionado a distribuir foi dividido entre os agentes participantes, que são: 
pessoal, tributação, remuneração de capital de terceiros, remuneração de capital próprio. 
Outro ponto benéfico da DVA é que através da mesma é possível constatar como a 
atividade empresarial contribui com os vários grupos envolvidos. Possibilitando fazer 
comparações em empresas de diferentes setores e sendo útil para diversos usuários, 
como órgãos do governo, sindicatos, entre outros. (SAPORITO, 2013) 
É através da DVA que a entidade pode distinguir a colaboração econômica de 
cada segmento, ou seja, é por meio da Demonstração do Valor Agregado que se percebe 
a parcela de contribuição da empresa para cada setor com que ela se relaciona, e assim, 
é constituído no Produto Interno Bruto (PIB), gerado pela empresa. (KROETZ, 2000) 
Todos os segmentos empresariais sentiram os impactos (alguns setores mais que 
outros) da pandemia em diversos aspectos, seja na produtividade, receita, quadro de 
funcionários, entre outros. Logo, estes impactos podem causar alterações em como foi 
distribuída a riqueza das entidades nesse período, e este artigo busca responder o 
questionamento: Como foi distribuída a riqueza empresarial durante 2019 a 2020? 
 
 
 Por se tratar de um cenário atípico para todos os segmentos, é de suma 
importância levantar um estudo sobre como as empresas se comportaram quanto a sua 
distribuição de riqueza neste cenário, com objetivo principal de analisar e comparar a 
distribuição da riqueza empresarial em empresas dos setores de serviços, comércio e 
agronegócios nos anos de 2019 e 2020. 
2. REFERENCIAL TEÓRICO 
2.1.Demonstrações Financeiras 
 Segundo Jonhson, Squier, Towbin e Vance (2010), para se compreender as 
demonstrações contábeis, é necessário um entendimento sobre métodos contábeis. O 
método que mantém os registros contábeis em equilíbrio é o método das partidas 
dobradas, o mesmo diz que: para cada débito existirá um crédito. Os créditos 
aumentarão as contas de natureza credora (passivos e patrimônio líquido) e diminuirão 
as contas de natureza devedora (ativos), já os débitos farão o inverso, consecutivamente, 
o total de débitos será o mesmo de créditos e o valor do ativo será o igual o do passivo. 
(apud GRAHAN e MEREDITH, 1937). 
 O produto final gerado pela contabilidade são as demonstrações financeiras, que 
também podem ser chamadas de demonstrações contábeis ou relatórios contábil-
financeiros. É possível notar que a contabilidade está presente em diversos setores e em 
diversas etapas da vida da entidade, desde o registro da mesma até o controle do 
patrimônio, geração de informações e no auxílio à tomada de decisão. As informações 
contábeis são evidenciadas através destas demonstrações, e são elaboradas conforme os 
fundamentos dos registros contábeis da empresa. As informações contábeis mais 
relevantes são aquelas que buscam evidenciar fatores como: posicionamento financeiro, 
desempenho, fluxo de caixa, variações do patrimônio e também origem e aplicação da 
riqueza gerada pela empresa. Para cada tipo de informação existe uma demonstração 
correspondente: 
 Balanço Patrimonial: apresenta o posicionamento financeiro; 
 Demonstração do Resultado (DRE): apresenta o desempenho financeiro; 
 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC): apresenta a movimentação das contas 
caixa e equivalentes; 
 
 
 Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido: apresenta as 
movimentações dos recursos da empresa; 
 Demonstração do Valor Adicionado: apresenta como foi gerada e onde foi 
aplicada a riqueza empresarial. 
 Além dessas existem outras demonstrações exigidas em casos específicos, como 
a Demonstração de Lucros ou Prejuízos acumulados – DLPA. (RIBEIRO, 2018). A 
NBC TG (R5) 26 - Apresentação das Demonstrações Contábeis, item 9 diz que: 
“As demonstrações contábeis são uma representação estruturada da 
posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade. O 
objetivo das demonstrações contábeis é o de proporcionar informação 
acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos 
fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de 
usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. As 
demonstrações contábeis também objetivam apresentar os resultados 
da atuação da administração, em face de seus deveres e 
responsabilidades na gestão diligente dos recursos que lhe foram 
confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis 
proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: (a) ativos; 
(b) passivos; (c) patrimônio líquido; (d) receitas e despesas, incluindo 
ganhos e perdas; (e) alterações no capital próprio mediante 
integralizações dos proprietários e distribuições a eles; e (f) fluxos de 
caixa. Essas informações, juntamente com outras informações 
constantes das notasexplicativas, ajudam os usuários das 
demonstrações contábeis na previsão dos futuros fluxos de caixa da 
entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração.” 
 As informações obtidas através das demonstrações contábeis são utilizadas para 
auxiliar na tomada de decisão por partes dos seus usuários. (RIBEIRO, 2018). 
2.1.1. Usuários da Informação – CPC 00 
Os usuários das informações contábeis podem ser pessoas físicas ou jurídicas 
que direta ou indiretamente tenha interesse no controle, situação econômico-financeira e 
desempenho de determinada entidade, seja ela empresa individual ou societária. 
Os usuários são divididos em internos e externos. Os usuários internos são 
compostos por: sócios, acionistas e investidores, pois tem interesse no retorno de seus 
investimentos e segurança das aplicações; funcionários, pois a entidade é a sua fonte de 
renda; e administradores, pois utilizam das informações para planejamento, orçamento, 
etc. 
 
 
Já os usuários externos são compostos por: sindicatos, pois analisam através da 
informação contábil a produtividade dos setores, que é um dos fatores relevantes para 
reajustes de benefícios e salários; governo, uma das formas de utilização da informação 
contábil por parte do governo, é para verificar se a empresa esta cumprindo 
corretamente suas devidas obrigações fiscais; bancos, pois é através de indicadores 
gerados pelas informações contábeis que o banco pode verificar a capacidade de 
pagamento da entidade, etc.; fornecedores, uma das serventias da informação contábil 
para os fornecedores é para analisar se a entidade tem poder aquisitivo para honrar suas 
obrigações com os mesmos. (RIBEIRO, 2018) 
2.1.2. Características da Informação Contábil 
O objetivo principal das demonstrações contábeis é gerar informações para 
auxiliar na tomada de decisão por parte dos usuários dessa informação. As 
características das informações contábeis servem como um pilar para estruturar a 
qualidade da informação, ou seja, essas características definem como deve ser uma 
informação contábil para que não traga prejuízos futuros. As características das 
informações contábeis são denominadas qualitativas e são divididas entre características 
qualitativas fundamentais e de melhorias. (CPC 00 R2) 
De acordo com o CPC 00 (R2), as características qualitativas fundamentais são: 
relevância e representação fidedigna. Uma informação relevante diz respeito a uma 
informação que represente algum impacto na tomada de decisão, ou seja, para a 
informação ser relevante ela tem que de alguma forma influenciar ou fazer diferença na 
tomada de decisão, para a informação ser capaz de influenciar nas decisões, a mesma 
tem que ter valor confirmatório, preditivo, ou os dois. Outro aspecto aliado à relevância 
da informação é a materialidade, que diz respeito ao que influenciará mais ou menos 
levando em consideração a realidade de cada entidade. Apesar de a informação contábil 
ter vários usuários com necessidades diferentes, o fato dos mesmos considerarem 
informações diferentes, não faz com que a mesma perca sua relevância. 
 Quanto à representação fidedigna, esta característica menciona que além de 
relevante a informação contábil tem que representar fidedignamente o fato a que se 
propõe, e para maximizar a qualidade desta informação é necessário que a mesma seja: 
completa, neutra e livre de erros. Completa, porque a mesma tem que deter todas as 
informações necessárias para retratar o sucedido da melhor forma para o usuário. 
 
 
Neutra, pois a informação não deve ter peso influenciável para um fator ou outro, de 
forma que interfira na decisão do usuário, ou seja, a mesma deve ser imparcial. E livre 
de erros, significa que a informação não possui erros nem falhas. 
Já as características qualitativas de melhoria são: comparabilidade, 
verificabilidade, tempestividade e compreensibilidade. A comparabilidade é uma 
característica que permite que os usuários comparem as semelhanças e diferenças, entre 
entidades do mesmo setor ou entre períodos, por exemplo, fazendo com que a 
informação se torne mais útil ao usuário. A verificabilidade auxilia de forma que 
usuários distintos possam chegar a um consenso em relação àquela informação, ou seja, 
diferentes usuários podem verificar esta informação e chegar à mesma conclusão. A 
tempestividade diz respeito à disponibilidade da informação, em outras palavras, a 
informação tem que esta a disposição do usuário em tempo hábil. E a 
compreensibilidade esta relacionada ao entendimento da informação, a informação deve 
ser compreendida por diversos usuários de níveis diferentes. (CPC 00 R2) 
2.2.Demonstração da Riqueza Gerada (DVA- Demonstração do Valor 
Adicionado) 
O Pronunciamento Técnico – CPC 09 trata sobre a Demonstração do Valor 
Adicionado (DVA), demonstração que representa um dos componentes do Balanço 
Social, a mesma tem como objetivo evidenciar a criação e distribuição de riqueza da 
entidade. 
Grande parte dos dados necessários para elaboração da DVA são retirados da 
Demonstração do Resultado (DRE), e a entidade deve entregar a DVA ao final de cada 
exercício juntamente com as suas outras demonstrações contábeis. A promulgação da 
Lei nº 11.638/07 (que introduziu alterações a Lei nº 6.404/76), tornou a DVA 
obrigatória no Brasil, para as companhias abertas. 
A DVA é baseada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar a 
parcela da entidade de contribuição na formação do Produto Interno Bruto (PIB). A 
mesma evidencia também o valor agregado aos insumos adquiridos de terceiros e aos 
que são vendidos ou consumidos durante certo período. No entanto, existem diferenças 
no cálculo do valor adicionado, enquanto para calcular o PIB a ciência econômica se 
baseia na produção, a contabilidade se baseia no regime contábil de competência. 
 
 
Quanto à utilização da DVA os usuários como, por exemplo, investidores podem 
ter o conhecimento das informações geradas por esta demonstração e assim, ter a 
possibilidade de analisar melhor as atividades da empresa dentro da sociedade em que 
esta inserida. Outra serventia da DVA é para auxiliar no recebimento de investimento, 
seja por um Município, Estado ou Federação, esta demonstração é utilizada como 
ferramenta de grande utilidade, com informações que outras demonstrações como, por 
exemplo, a DRE sozinha não pode disponibilizar. No caso da DVA produzida por 
segmento, a mesma pode evidenciar informações de grande utilidade para elaborações 
de previsões. 
As entidades comerciais e industriais utilizam um modelo de DVA (I), enquanto 
as entidades de intermediação financeira e de seguros utilizam outros modelos 
específicos (II e III). 
Na primeira parte da DVA (modelo I), é apresentada de forma minuciosa a 
riqueza que foi gerada pela empresa, os elementos mais relevantes são: 
Quadro 1 – Primeira parte da DVA: 
a. Receitas: 
 Vendas de mercadorias, produtos e serviços; 
 Outras receitas; 
 Provisão para créditos de liquidação duvidosa; 
b. Insumos adquiridos de terceiros: 
 Custo dos produtos, das mercadorias e dos serviços vendidos; 
 Materiais, energia, serviços de terceiros e outros; 
 Perda e recuperação de valores ativos; 
 
 
 Depreciação, amortização e exaustão. 
c. Valor adicionado recebido em transferência: 
 Resultado de equivalência patrimonial; 
 Receitas financeiras; 
 Outras receitas. 
Fonte: Elaboração própria. 
A segunda parte da DVA (modelo I) detalha como a riqueza gerada foi 
distribuída, os elementos mais relevantes são: 
Quadro 2 – Segunda parte da DVA: 
A. Pessoal: 
 Remuneração direta; 
 Benefícios; 
 Fgts; 
B. Impostos, taxas e contribuições: 
 Federais; 
 Estaduais; 
 Municipais. 
C. Remuneração de capitais de terceiros: 
 
 
 Juros; 
 Aluguéis; 
 Outras. 
D. Remuneração de capitais próprios: 
 Juros sobre o capital próprio; 
 Lucros retidos e prejuízos do exercício; Quantias destinadas aos sócios e acionistas na forma de juros sobre 
capital próprio. 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2020. 
 
2.3.Contexto Macroeconômico de 2019-2020 
“Macroeconomia é o ramo das ciências econômicas que estuda os agregados 
econômicos como: produto, renda, consumo, investimento, exportações, importações, 
seus comportamentos e as relações que guardam entre si.” (BACHA, 2004, p.13). 
O aumento dos preços, produtos e serviços é chamado de Inflação. O seu cálculo 
é feito através dos índices de preços, chamados também de índices de inflação. Os dois 
índices utilizados pelo IBGE são o IPCA – Índice Nacional de Preços ao Consumidor 
Amplo (considerado índice oficial pelo Governo Federal) e INPC – Índice Nacional de 
Preços ao Consumidor, os objetivos dos dois são iguais: calcular a variação de preços de 
um conjunto de produtos e serviços consumidos pela população, seus resultados trazem 
se os preços aumentaram ou diminuíram de um período para outro. A diferença entre 
ambos é a sua abrangência, o IPCA abrange uma fração maior da população (famílias 
com renda mensal de 1 e 40 salários mínimos), já o INPC abrange apenas grupos com 
renda mensal de 1 a 5 salários mínimos. Como o IPCA é o índice oficial do Governo 
Federal, ele é utilizado como base para as metas de inflação e para os ajustes nas taxas 
de juros. 
 
 
O desemprego refere-se a pessoas com idade de trabalhar, ou seja, acima de 14 
anos que não estão trabalhando, porém estão em busca de um trabalho. A taxa de 
desemprego em 2019 foi de 11,9%, já em 2020 com todos os fatores existentes mais a 
pandemia, a taxa estava em 13,8% no trimestre encerrado em julho, a maior taxa desde 
o ano de 2012. (IBGE, 2020) 
O IBGE através da Pesquisa Pulso Empresa busca mensurar os impactos da 
pandemia nas entidades. Segundo a pesquisa, a pandemia afetou negativamente 64,2% 
dos 2,8 milhões de empresas que estavam funcionando até junho de 2020. As empresas 
de pequeno porte foram as mais afetadas, sendo o setor de serviços o com maior taxa de 
impacto negativo (65,5%), seguido pelo comércio que foi o segundo setor mais afetado. 
Já no setor do agronegócio, apesar da crise causada pela pandemia o setor 
resistiu bem aos impactos negativos, e projeta-se que o setor feche o ano em expansão, 
um dos fatores que influenciam nesse crescimento é a exportação, principalmente para a 
China. (G1, 2020) 
2.4.Estudos Correlatos 
Segundo Ricarte (2005), existem várias formas de mensurar o desempenho das 
empresas, podem ser social, econômica ou financeiramente, que se complementam na 
busca de uma maior e melhor evidenciação do desempenho em geral. Nesse contexto, a 
Demonstração do Valor Adicionado podendo trazer a geração e distribuição da riqueza 
de uma entidade, contribui de forma que a medida que a mesma desenvolve suas 
atividades empresariais e produz fluxo de natureza econômica mediante o confronto de 
receitas e despesas, é possível determinar o excedente produzido durante o período. 
Cosenza (2003) argumenta que: 
“A Demonstração do Valor Adicionado é parte integrante deste novo 
grupo de relatórios desenvolvidos pela contabilidade para assistir 
melhor essas necessidades emergentes, visando, principalmente, a 
evidenciar o papel social das empresas, apresentando claramente a 
riqueza gerada, para que toda a sociedade conheça sua função positiva 
na criação de valor para a comunidade.” 
Costa, Guimarães e Mello (2013), concluíram através de pesquisas que a 
publicação da Demonstração do Valor Adicionado pelas entidades de capital aberto no 
Brasil, traz pontos positivos, sendo esses, a comparação dos indicadores entre empresas 
 
 
do mesmo setor; o auxílio a mensurar o PIB e a geração de um aumento das 
informações das entidades dispostas aos seus usuários e interessados. 
 3. METODOLOGIA 
3.1. Classificações da Pesquisa 
 Quanto ao objetivo, trata-se de uma pesquisa exploratória, por ser um tema 
pouco abordado, ou seja, trata-se de um tema novo. Uma pesquisa exploratória busca 
trazer um maior entendimento sobre o problema, tendo como objetivo torna-lo 
compreensível ou de formar hipóteses, esta pesquisa envolve análises que estimulam o 
entendimento. (GIL, 2009) 
Quanto aos procedimentos, refere-se a uma pesquisa bibliográfica e descritiva. 
Bibliográfica, pois foi desenvolvida através de dados secundários, e descritiva, pois 
busca descrever acontecimentos relacionados ao tema abordado. Segundo Gil, 2009, 
uma pesquisa é bibliográfica quando é construída através de materiais já tratados, sendo 
esses livros, artigos, e nos dias de hoje, materiais encontrados em sites da internet. Já 
Triviños, 1987 diz que para uma pesquisa ser descritiva ela precisa descrever fatos e 
fenômenos da realidade abordada. 
Quanto à abordagem, trata-se de uma pesquisa quantitativa, pois, para a análise 
dos resultados serão necessários números e cálculos para analisá-la e classificá-la. Este 
tipo de abordagem refere-se a tudo que pode ser exposto através de números, opiniões e 
informações para sua análise e classificação, pode ser necessário uso de recursos e 
técnicas estatísticas. (SILVA; MENEZES, 2005) 
3.2 População e Amostra 
 Uma população é um grupo formado por casos que atendem a determinadas 
especificações. (Selltiz et al., 1980). A população deste estudo são as empresas de 
capital aberto listados no site da Ibovespa. 
A população é um grupo definido por suas características, já a amostra é um 
subgrupo de elementos que pertencem a esse grupo. (COLLADO, LUCIO e 
SAMPIERI, 2013). A amostra foi por conveniência e é não probabilística. Foram 
utilizados dados do 1º e 2º trimestre dos anos de 2019 e 2020. 
 
 
A amostra que será analisada são empresas dos setores de comércio, serviços e 
agronegócios. Sendo elas: 
 Lojas Renner que foi fundada em 1965, atualmente seu portfólio conta com 
diversas marcas, e além de ser uma empresa consolidada no Brasil, em 2017 iniciou seu 
processo de internacionalização, inaugurando filiais fora do país; 
Lojas Marisa que foi fundada em 1948, e desde então, passou por diversas 
transformações até chegar ao modelo conhecido atualmente, principalmente pelo seu 
estilo voltado ao público feminino. Hoje em dia a Marisa é a maior rede de moda 
feminina, e uma das maiores redes de vestuário do país; 
CVC, que foi fundada em 1972, e nos dias atuais é a maior operadora de turismo 
da América Latina. Conhecida pelo seu conceito de atendimento em shoppings e 
hipermercados; 
Azul, companhia aérea que suas operações foram iniciadas em 2008, e hoje em 
dia conta com a maior malha aérea do país. Atualmente detém um terço do mercado 
brasileiro de aviação civil no quesito decolagens e é a terceira maior companhia aérea 
do país; 
Camil, empresa fundada em 1963, inicialmente começou com a distribuição de 
arroz e atualmente é uma das maiores empresas de alimentos do Brasil e da América 
Latina, com portfólio diversificado entre: grãos, açúcar e pescados e; 
M. Dias Branco, que conta com mais de 65 anos de história e esta presente em 
todo o Brasil. Atualmente uma das maiores indústrias de alimentos do país e líder 
nacional nos mercados de massas e biscoitos, estando entre as maiores do mundo nestes 
segmentos. 
3.3 Instrumentos de Coleta e Análise de Dados 
 São denominados dados secundários os dados que são coletados por meio de 
análise documental, documentos escritos, relatórios, livros, sites, etc. (MARCONI e 
LAKATOS, 2019) 
Serão utilizados dados secundários extraídos em sites financeiros das empresas 
em estudos e da Ibovespa. Quanto à análise de dados, será comparada a distribuição da 
 
 
riqueza empresarial das empresas em questão, levando em consideração seus setores de 
atuação. 
 4. ANÁLISE DOS RESULTADOS 
 4.1 Análise da Riqueza Gerada das Lojas Renner 
 Conforme o Quadro 3, o Valor Adicionado Total a Distribuir de 01 de janeiro a 
30 de junho de 2020 correspondeu a 58,53% das receitaslíquidas da empresa. Enquanto 
que no mesmo período em 2019, o Valor Adicionado Total a Distribuir correspondeu a 
45,41% das receitas líquidas. Evidenciando que houve um aumento na Distribuição da 
Riqueza Gerada no ano de 2020. 
 Quadro 3 – DVA Lojas Renner (adaptado) 
 
 
Conta 
 
 
Descrição 
1º e 2º 
Trimestre 
2020 
1º e 2º 
Trimestre 
2019 
 
% 
2020 
 
% 
 2019 
07.01 Receitas 3.792.840 5.220.604 
07.07 Valor Adicionado Total 
a Distribuir 
2.220.105 2.370.603 58,53% 45,41% 
07.08.01 Pessoal 515.474 578.210 23,21% 24,39% 
07.08.02 Impostos, Taxas e 
Contribuições 
669.219 1.136.756 30,14% 47,95% 
07.08.03 Remuneração de 
Capital de Terceiros 
210.224 268.921 9,46% 11,34% 
07.08.04 Remuneração de 
Capitais Próprios 
825.188 386.716 37,16% 16,31% 
 Fonte: Dados da Pesquisa,2020. 
Na análise apresentada no Quadro 3, percebe-se que o Valor Adicionado a 
Distribuir em 2020 ficou concentrado em Remuneração de Capitais Próprio, 
representando 37,16% do Valor Adicionado Total a Distribuir. Enquanto que em 2019, 
 
 
a concentração do Valor Adicionado a Distribuir ficou em Impostos, Taxas e 
Contribuições, com o percentual de 47,95%. 
Quanto ao que foi destinado esse valor gerado, podemos notar a diminuição da 
receita líquida de um ano para outro, consequentemente, houve mudanças na 
distribuição da riqueza gerada. Na parte do pessoal, o valor diminui em 1,18%, 
diminuição que pode ser causada por cortes no quadro de funcionários, por exemplo. Já 
os impostos, taxas e contribuições diminuiram consideravelmente, um percentual de 
17,81%. E tratando-se de Remuneração de Capitais, tanto em Capital Próprio quanto em 
Capital de Terceiros, houve mudanças, porém enquanto na distribuição para Capitais de 
Terceiros diminuiu, a distribuição para Capital Próprio aumentou. 
4.2 Análise da Riqueza Gerada das Lojas Marisa 
Como mostrado abaixo no Quadro 4, não houve grande variação na receita 
líquida da empresa comparando os dois anos, porém, no que diz respeito ao Valor 
Adicionado Total a Distribuir é notório uma significativa diminuição no percentual. Nos 
primeiros trimestres de 2019 o valor representou 40,52% das receitas líquidas, enquanto 
que no mesmo período em 2020 o percentual cai para 4,43%. 
 Quadro 4 – DVA Lojas Marisa (adaptado) 
 
Conta 
 
Descrição 
1º e 2º 
Trimestre 
2020 
1º e 2º 
Trimestre 
2019 
 
% 
2020 
 
% 
 2019 
07.01 Receitas 1.045.284 1.626.694 
07.07 Valor Adicionado Total 
a Distribuir 
46.299 659.198 4,43% 40,52% 
07.08.01 Pessoal 178.177 225.745 384,83% 34,24% 
07.08.02 Impostos, Taxas e 
Contribuições 
116.970 425.230 252,64% 64,50% 
07.08.03 Remuneração de 
Capital de Terceiros 
29.967 77.371 64,72% 11,73% 
07.08.04 Remuneração de 
Capitais Próprios 
-278.815 -69.148 -602,20% -10,48% 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2020. 
 
 
 
4.3 Análise da Riqueza Gerada da Empresa Camil 
Apesar das dificuldades que foram enfrentadas no ano de 2020, alguns setores 
do mercado conseguiram manter ou aumentar seus resultados, como já foi mostrado 
anteriormente. É o caso da Empresa Camil, como mostra o Quadro 5, no ano de 2020 
suas receitas líquidas aumentaram em aproximadamente 46,52% em relação ao mesmo 
período de 2019. 
Quadro 5 – DVA Empresa Camil (adaptado) 
 
Conta 
 
Descrição 
1º e 2º 
Trimestre 
2020 
1º e 2º 
Trimestre 
2019 
 
% 
2020 
 
% 
 2019 
07.01 Receitas 3.887.999 2.653.425 
07.07 Valor Adicionado Total 
a Distribuir 
975.579 578.986 25,09% 21,82% 
07.08.01 Pessoal 246.048 183.500 25,22% 31,69% 
07.08.02 Impostos, Taxas e 
Contribuições 
313.928 202.961 32,17% 35,05% 
07.08.03 Remuneração de 
Capital de Terceiros 
167.507 102.616 17,17% 17,72% 
07.08.04 Remuneração de 
Capitais Próprios 
248.096 89.909 25,43% 15,52% 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2020. 
 Em relação ao valor distribuído, tanto em 2019 quanto em 2020 a maior 
concentração ficou em Impostos, Taxas e Contribuições. No Pessoal houve uma 
diminuição, já em Remuneração de Capital de Terceiros houve uma estabilidade, 
percentualmente se manteve na mesma proporção. Enquanto que em Remuneração de 
Capital Próprio houve um aumento de aproximadamente 10% em relação ao mesmo 
período de 2019. 
 4.4 Análise da Riqueza Gerada da Empresa M. Dias Branco 
 
 
 Na Empresa M. Dias Branco, como podemos ver abaixo no Quadro 6, existiu 
um aumento na receita líquida comparando os anos de 2019 e 2020, porém houve uma 
diminuição de cerca de 4,5% no Valor Total Adicionado a Distribuir. 
Quadro 6 – DVA Empresa M. Dias Branco (adaptado) 
 
Conta 
 
Descrição 
1º e 2º 
Trimestre 
2020 
1º e 2º 
Trimestre 
2019 
 
% 
2020 
 
% 
 2019 
07.01 Receitas 4.360.272 3.395.431 
07.07 Valor Adicionado Total 
a Distribuir 
1.302.128 1.163.303 29,86% 34,26% 
07.08.01 Pessoal 578.558 538.753 44,43% 46,31% 
07.08.02 Impostos, Taxas e 
Contribuições 
375.512 328.694 28,83% 28,25% 
07.08.03 Remuneração de 
Capital de Terceiros 
58.672 138.303 4,50% 11,88% 
07.08.04 Remuneração de 
Capitais Próprios 
58.935 14.639 4,52% 1,25% 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2020. 
 Conforme mostrado no Quadro 6, as maiores variações de valores são em 
Remuneração de Capitais, tanto Capitais de Terceiros quanto Capitais Próprios, houve 
uma diminuição e um aumento, respectivamente. Em relação ao Pessoal e Impostos, 
Taxas e Contribuições não houve muita variação e o percentual manteve-se basicamente 
o mesmo. 
 4.5 Análise da Riqueza Gerada da Empresa CVC 
 Conforme evidenciado na pesquisa, o setor de serviços foi um dos mais afetados 
no ano de 2020, e podemos ver no Quadro 7 os reflexos dessa situação nos resultados da 
Empresa CVC. A receita líquida em 2020 diminuiu em mais de 50% em relação ao 
mesmo período do ano anterior. 
Quadro 7 – DVA Empresa CVC (adaptado) 
 1º e 2º 
Trimestre 
1º e 2º 
Trimestre 
 
% 
 
% 
 
 
Conta Descrição 2020 2019 2020 2019 
07.01 Receitas 353.990 1.000.193 
07.07 Valor Adicionado Total a 
Distribuir 
-180.793 674.021 -51,07% 67,39% 
07.08.01 Pessoal 228.469 202.342 64,54% 20,23% 
07.08.02 Impostos, Taxas e 
Contribuições 
365.061 136.746 103,13% 13,67% 
07.08.03 Remuneração de Capital 
de Terceiros 
629.370 254.278 177,79% 25,42% 
07.08.04 Remuneração de Capitais 
Próprios 
-1.403.693 80.665 -396,53% 8,06% 
Fonte: Dados da Pesquisa, 2020 
 Em relação ao Pessoal, cresceu em percentual porém em valores a variação não 
foi tão grande. Houve um aumento na Remuneração de Capital de Terceiros, já na de 
Capital Próprio houve um prejuízo. 
 4.6 Análise da Riqueza Gerada da Empresa Azul 
 A Empresa Azul também sentiu os impactos negativos existentes no ano de 
2020. Podemos ver no Quadro 8 que sua receita líquida diminuiu significativamente em 
relação ao mesmo período do ano de 2019. 
Quadro 8 – DVA Empresa Azul (adaptado) 
 
Conta 
 
Descrição 
1º e 2º 
Trimestre 
2020 
1º e 2º 
Trimestre 
2019 
 
% 
2020 
 
% 
 2019 
07.01 Receitas 3.320.515 5.308.375 
07.07 Valor Adicionado Total a 
Distribuir 
-825.034 1.758.519 -24,85% 33,13% 
07.08.01 Pessoal 596.741 774.785 -72,32% 44,05% 
07.08.02 Impostos, Taxas e 
Contribuições 
-44.354 166.640 5,37% 9,47% 
07.08.03 Remuneração de Capital 
de Terceiros 
7.913.616 356.590 -959,18% 20,27% 
 
 
07.08.04 Remuneração de Capitais 
Próprios 
-9.291.037 460.504 1.126,13% 26,18% 
 Fonte: Dados da Pesquisa, 2020. 
 
 5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
Através dos dados evidenciados é notório o alcance ao objetivo proposto por 
esta pesquisa. Objetivo esse que foi analisar e comprar a riqueza gerada por empresas de 
diversos setores de atuação durante o período de pandemia. Esse objetivo foi alcançado 
através de pesquisas e evidenciado na Análise dos Resultados. 
Portanto, a partir dos dados analisados, foi reforçado aquilo que já havia sido 
dito, e esmiuçado como ocorreu. Foi concluído que houve um impacto em diversos 
setores do mercado, que refletiu diretamente na Distribuiçãode Riqueza das entidades. 
Sendo impactadas negativamente as do setor de serviços e comércio, porém o setor de 
serviços foi o mais afetado. Já as outras foram afetadas positivamente, como é o caso 
das Empresas M. Dias Branco e Camil, que mesmo com as dificuldades enfrentadas 
neste período conseguiram manter ou até aumentar seus resultados. Os motivos desses 
diferentes impactos foram citados ao decorrer da pesquisa. 
Houveram algumas limitações durante a pesquisa como: Curto tempo escolhido, 
poucas empresas utilizadas na amostra, e o fato de ser um tema recente e pouco 
estudado. Quanto as sugestões para futuras pesquisas, sugere-se que o tema seja 
abordado considerando um maior número de empresas na amostra, e também em um 
intervalo de tempo maior. 
 6. REFERÊNCIAS 
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Statements, 1937. In: Johnson, Harold T.; Squier, B Albert P.; Towbin, Belmont; 
Vance, Eric C. A Interpretação das Demonstrações Financeiras. São Paulo: Ed. 
Saraiva, 2010. 
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em: 19/10/2020. 
BACHA, Carlos J. C. Macroeconomia Aplicada à Análise da Economia Brasileira, 
2004. São Paulo: Ed. Universidade de São Paulo, 2004. 
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CONTÁBEIS, Disponível em: https://www.contabeis.com.br/artigos/4001/usuarios-da-
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e%20os%20usu%C3%A1rios%20externos. Acesso em: 19/10/2020. 
 
USUÁRIOS DA INFORMAÇÃO CONTÁBIL. PORTAL EDUCAÇÃO, Disponível 
em: https://siteantigo.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/contabilidade/usuarios-
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COMITÊ D. P. C. CPC 09 – Demonstração do Valor Adicionado, 2008. Disponível 
em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamentos/Pronunciamento?Id=40. Acesso em 19/10/2020. 
 
COMITÊ D. P. C. CPC 00 R2 – Estrutura Conceitual para Relatório Financeiro, 2019. 
Disponível em: http://www.cpc.org.br/CPC/Documentos-
Emitidos/Pronunciamento/Pronunciamento?Id=80. Acesso em 19/10/2019. 
 
RIBEIRO, Osni Moura. Demonstrações Financeiras: Mudanças nas Lei das 
Sociedades por Ações: Como Era/Como Ficou, 2018. São Paulo: Ed: Saraiva, 2018. 
DESEMPREGO. IBGE, Disponível em: 
https://www.ibge.gov.br/explica/desemprego.php. Acesso em: 22/10/2020 
 
PESQUISA PULSO EMPRESA: Impacto da Covid-19 nas Empresas, IBGE, 
Disponível em: https://covid19.ibge.gov.br/pulso-empresa/ Acesso em: 22/10/2020 
 
IBGE: 62,4% das Empresas Foram Afetadas Negativamente pela Pandemia, 
AGÊNCIA BRASIL, Disponível em: 
https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-07/ibge-624-das-empresas-
foram-afetadas-negativamente-pela-pandemia Acesso em: 22/10/2020 
 
AGRONEGÓCIO RESISTE AO IMPACTO DA PANDEMIA DE CORONA VÍRUS, 
G1, Disponível em: https://g1.globo.com/jornal-
nacional/noticia/2020/09/02/agronegocio-resiste-ao-impacto-da-pandemia-de-
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Disponível em: http://revista.crcsc.org.br/index.php/CRCSC/article/view/1137 Acesso 
em: 23/10/2020. 
 
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KROETZ, César Eduardo Steverns. Balanço Social, Teoria e Prática. São Paulo: 
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Metodologia de Pesquisa. Porto Alegre: Penso, 2013. 
 
 
LAKATOS, Eva M.; MARCONI, Marina D. A. Fundamentos de Metodologia 
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Elaboração de Dissertação. Florianópolis: Laboratório de Ensino a Distância da 
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GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4ed. São Paulo: Atlas, 2009. 
COSTA, C. L. O.; GUIMARÃES, T. R.; MELLO, L. C. B. B. Os possíveis benefícios 
gerados pela obrigatoriedade da publicação da Demonstração do Valor Adicionado 
pelas empresas de capital aberto. Revista de Contabilidade do Mestrado em Ciências 
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SAPORITO, Antonio. Análise e Estrutura das Demonstrações Contábeis. Curitiba: 
Ed. Intersaberes, 2013.

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