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1 ESTRUTURA CRISTALINA DE CERÂMICAS Ligações Químicas em Cerâmicas 2 Pode ter caráter iônico ou covalente % de caráter iônico aumenta com a diferença na eletronegatividade dos átomos Adapted from Fig. 2.7, Callister & Rethwisch 8e. (Fig. 2.7 is adapted from Linus Pauling, The Nature of the Chemical Bond, 3rd edition, Copyright 1939 and 1940, 3rd edition. Copyright 1960 by Cornell University.) SiC: pequeno CaF2: grande Estáveis Estrutura Cristalina Pode ser definida pela: magnitude da carga elétrica de cada íon; os tamanhos relativos dos cátions e ânions; Cerâmicas estáveis : todos os ânions estão em contato com os cátions. Instável 4 Fatores que determinam a estrutura cristalina Manutenção da neutralidade de carga: - Carga elétrica resultante deve ser zero. - Refletido na fórmula química: CaF 2 : Ca 2+ cátion F - F - ânions + A m X p m, p valores para obtenção da neutralidade de carga Número de coordenação e Raio iônico 5 • Número de coordenação aumenta com: Adapted from Table 12.2, Callister & Rethwisch 8e. 2 r cátion r ânion N° Coord < 0.155 0.155 - 0.225 0.225 - 0.414 0.414 - 0.732 0.732 - 1.0 3 4 6 8 linear triangular tetraedral octaedral cúbico Adapted from Fig. 12.2, Callister & Rethwisch 8e. Adapted from Fig. 12.3, Callister & Rethwisch 8e. Adapted from Fig. 12.4, Callister & Rethwisch 8e. ZnS (blenda de zinco) NaCl (cloreto de sódio) CsCl (Cloreto de cesio) r cátion r ânion Quantos ânions devem rodear um cátion para formar uma estrutura estável? A relação rc/ra pode ser calculada por meio de uma análise geométrica simples: NC = 3 Cálculo da razão mínima entre os raios do cátion e do ânion 7 Cálculo da razão mínima entre os raios do cátion e do ânion Determine a mínima rcátion/rânion para um sítio octaedral (C.N. = 6) a = 2rânion ânioncátionânion 2222 rrr = ânioncátionânion 2rrr = ânioncátion )12( rr = arr 222 cationanion = 414.012 ânion cátion == r r Estrutura cristalina : Como determinar? Técnica da translação (NC = 6 ou 8): Corpo Centrado: 0 0 0; ½ ½ ½; Face Centrada: 0 0 0; 0 ½ ½ ; ½ 0 ½ ; ½ ½ 0; Base Centrada: 0 0 0; ½ ½ 0 Exemplo: Cs Br Por exclusão: rede cúbica simples (CS) 9 Estruturas Cristalinas do Tipo AX 939.0 181.0 170.0 Cl Cs == r r Adapted from Fig. 12.3, Callister & Rethwisch 8e. Estrutura do Cloreto de Césio: Desde que 0.732 < 0.939 < 1.0, Sítios cúbicos são preferidos Para cada Cs + há 8 vizinhos Cl - Estruturas Cristalinas do tipo AX incluem: NaCl, CsCl, e a blenda de zinco rc = rCs = 0,170 nm ra = rCl = 0,181 nm NC = 8 Testando as translações: CS 10 Estrutura do Sal Gema (ou NaCl) – Tipo AX Exemplo: Estrutura do NaCl (sal gema) Outras cerâmicas com a mesma estrutura: MgO, MnS, LiF e FeO rNa = 0.102 nm rNa/rCl = 0.564 NC = 6 cátions (Na+) preferem sítios octaedrais Adapted from Fig. 12.2, Callister & Rethwisch 8e. rCl = 0.181 nm Testando as translações: CFC Duas redes CFC que se interpenetram Exemplo: Predição da estrutura cristalina do FeO 11 • Com base no razão dos raios iônicos, que estrutura cristalina seria prevista para o FeO? 550.0 140.0 077.0 ânion cátion = = r r Baseado nesta razão, - N° coord = 6 porque 0.414 < 0.550 < 0.732 - Estrutura cristalina do NaCl Data from Table 12.3, Callister & Rethwisch 8e. Raio iônico(nm) 0.053 0.077 0.069 0.100 0.140 0.181 0.133 Cátion Ânion Al 3+ Fe 2 + Fe 3+ Ca 2+ O 2- Cl - F - 12 MgO O2- rO = 0.140 nm Mg2+ rMg = 0.072 nm rMg/rO = 0.514 cátions preferem sítios octaedrais Para cada Mg2+ (ou Fe2+) há 6 átomos vizinhos de oxigênio Adapted from Fig. 12.2, Callister & Rethwisch 8e. MgO também apresenta estrutura NaCl Estrutura cristalina do tipo AX : Blenda de Zinco rc = rZn = 0,074 nm ra = rS = 0,184 nm rc/ra = 0,40 NC = 4 Rede tetraédrica Outras cerâmicas: - ZnTe - SiC 14 Estruturas Cristalinas do Tipo AX2 • Fluorita de Cálcio (CaF2) • Cátions em sítios cúbicos • UO2, ThO2, ZrO2, CeO2 Adapted from Fig. 12.5, Callister & Rethwisch 8e. Estrutura da Fluorita rc = rCa = 0,100 nm ra = rF = 0,133 nm rc/ra = 0,75 NC = 8 Testando as translações: CS 15 Estrutura Cristalina do Tipo ABX3 Adapted from Fig. 12.6, Callister & Rethwisch 8e. • Estrutura Perovskita Ex: óxido complexo BaTiO3 16 Cálculo de Densidade para Cerâmicas A AC )( NV AAn C = Número de unidades de fórmula/célula unitária Volume da célula unitária Número de Avogadro = soma dos pesos atômicos de todos os ânions da fórmula AA AC = soma dos pesos atômicos de todos os cátions da fórmula Cerâmicas à base de silicato Composta principalmente de Si e O; Estrutura básica: SiO4 (tetraedro); A ligação Si-O é bastante covalente, mas a estrutura básica tem carga -4: SiO4 -4; Várias estruturas de silicatos – diferentes maneiras dos blocos de SiO4 -4 se combinarem; A ligação atômica em cerâmicas é do tipo mista: covalente + iônica. Sílica Cada átomo de oxigênio é compartilhado por um tetraedro adjacente; Pode ser cristalina ou amorfa, como na forma de vidros. As formas polimórficas da SiO2 (silica) são quartzo, cristobalita, e tridimita As fortes ligações entre Si-O levam a altos pontos de fusão para este material (1710ºC) Vidros à base de sílica A maioria desses vidros é produzida pela adição de óxidos (CaO e Na2O) à estrutura básica SiO4 -4 – chamados modificadores da rede; Estes óxidos quebram a cadeia de tetraedros e o resultado são vidros com ponto de fusão menor, mais fáceis de dar forma; Alguns outros óxidos (TiO2 e Al2O3) substituem o silício e se tornam parte da rede – chamados óxidos intermediários. 20 Formas Polimórficas do Carbono Diamante Ligação tetraedral do carbono (covalentes) Material mais duro conhecido Baixa condutividade elétrica Alta condutividade térmica Monocristais grandes – pedras preciosas Pequenos cristais – usados para polir ou cortar outros materiais Filmes finos Recobrimento de alta dureza – usados para ferramentas de corte, dispositivos médicos, etc. Adapted from Fig. 12.15, Callister & Rethwisch 8e. 21 Formas Polimórficas do Carbono Grafite Estrutura em camadas – arranjos hexagonais paralelos de átomos de carbono Forças de ligação fracas do tipo de van der Waal’s entre as camadas planos deslizam facilmente uns sobre os outros – bom lubrificante Adapted from Fig. 12.17, Callister & Rethwisch 8e. 22 Formas Polimórficas do Carbono Fulerenos e Nanotubos Fulerenos (1985) – aglomerado esférico e oco de 60 átomos de carbono, C60 A superfície molecular exibe a simetria de uma bola de futebol Nanotubos de Carbono – única lâmica de grafite enrolada na forma de um tubo (diâmetros da ordem de 100 nm ou menos) Extremidades fechadas com hemiesferas de fulereno Adapted from Figs. 12.18 & 12.19, Callister & Rethwisch 8e.