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Séries Magmáticas – Definição: O conceito de séries magmáticas remete a um conjunto de rochas que se distinguem no campo e que compartilham características mineralógicas e químicas, mostrando nos diagramas de variação composicional, numa relação genética entre as rochas mais primitivas e as rochas mais evoluídas. Temos como séries principais: ▪ Alcalina ▪ Subalcalina: ▪ Toleítica ▪ Calcoalcalina ▪ Shoshonitica Termodinâmica da Cristalização Magmática ▪ O destino de um elemento durante a cristalização magmática está relacionado a sua concentração no magma e a natureza dos retículos estruturais que este possa se formar ▪ Os elementos Litófilos restantes são os que não substituem os elementos de maior importância porque existe uma grande diferença nos raios iônicos e nas cargas iônicas Basalto – Definição: ➢ Rocha ígnea de granulação fina, afanítica, isto é, os cristais não são vistos a olho nu, podendo ainda conter grandes quantidades, ou ser constituído de vidro (material amorfo). Esta rocha é constituída principalmente de plagioclásio e piroxênio, e em muitos casos de olivina. Como minerais acessórios, encontram-se principalmente óxidos de ferro e titânio. ➢ A definição mais simples de um basalto é: rocha ígnea máfica de granulação fina composta essencialmente de augita + plagioclásio cálcico. ▪ Magma ▪ Extrusiva: Basalto [Possuem composição química igual ▪ Intrusiva: Gabro mas se diferem em relação a granulometria] ▪ Estudos ▪ Dados geofísicos ▪ Xenólitos: Inclusões em rochas ígneas durante a colocação e erupção do magma. Fragmento de rocha que é envolvido por uma rocha maior durante o desenvolvimento. ▪ Petrologia experimental Origem de Fusão ▪ Manto → Normalmente ▪ Astenosférico ▪ Litosférico ▪ Crosta inferior → Ocorre em alguns casos ▪ Aumento de temperatura → Basalto rico ▪ Alívio de pressão confinante → Basalto pobre ▪ Variação na quantidade de fluido → Rico/Pobre, vai depender do processo de subducção. Os minerais serão desidratados aumentando os fluidos no sistema e diminuindo a temperatura de fusão do manto. Basalto tipo MORB: Geralmente ocorrem como fluxo de lavas, provavelmente como consequência de seu baixo conteúdo em voláteis e relativamente baixa viscosidade. Fonte: Fusão parcial do manto. Diversidade de basaltos: ▪ Diferentes fontes no manto; ▪ Diferentes porcentagens de fusão parcial; ▪ Cristalização fracionada; ▪ Contaminação crustal. Séries Magmáticas ▪ Basalto subalcalino (toleítico) e alcalinos; ▪ Magma primário basáltico: ▪ Formados em profundidade; ▪ Basalto: ▪ Rocha vulcânica mais abundante da Terra; ▪ Teor de SiO2 em média de 48 e 52%; ▪ Mineralogia Ca-plagioclásio e clinopiroxênio (augita e diopsídio); Magma primário: Magma primário basáltico critérios: Número de magnésio: 100 × 𝑀𝑔 (𝑀𝑔+𝐹𝑒) Mg# 66 – 75 → tem que estar entre estes valores p/ ser caracterizado como magma primário Maior teor de Mg Teor de Cr > 1000 ppm Teor de Ni > 400 – 500 ppm →OBS: Ambientes mantélicos apresentam em grande proporção elementos calcófilos. Petrologia Experimental ▪ Toleítico (Subalcalino) ▪ 25 – 45% (muita fusão parcial) ▪ Pouca profundidade ▪ Alcalino ▪ 0,5 – 25% (pouca fusão parcial) [Motivo pelo qual existem ▪ Alta profundidade minerais máficos como Mg e Fe] Diferença Petrográfica →OBS: Minerais de forma anédrica indicam formação tardia. Norma CIPW Três tipos de basaltos podem ser reconhecidos com base no seu grau de saturação em sílica. ▪ Quartzo-hiperistênio normativo ▪ Quartzo toleítico ▪ Olivina-hiperistênio normativo ▪ Olivina toleítico ▪ Nefelina normativa ▪ Basalto alcalino Série Magmática – Toleítica ▪ Mostra um trend com fonte enriquecida em ferro nos estágios iniciais de diferenciação ▪ Enriquecimento inicial em ferro, resultado da separação da olivina ▪ Tem baixo teores de potássio, de elementos incompatíveis e de ETR. ▪ Ocupa uma posição proximal ao arco de ilha ▪ Menor profundidade e maior quantidade de fusão parcial. Série Magmática – Calcio-alcalino ▪ O trend da série cálcio-alcalino corta diretamente o diagrama AFM, como consequência da depressão em ferro dos líquidos residuais dada a cristalização inicial de oxido de ferro. ▪ Supressão do enriquecimento em ferro (Fe2O3 + FeO) devido a cristalização precoce dos óxidos de Fe – Ti. ▪ Cristalização precoce de óxidos porque o ambiente é relativamente oxidante, uma vez que é saturado em H2O. Shoshonítica; Características geoquímicas: ▪ Associadas geograficamente a série cálcio-alcalina; ▪ Em transição desta última; ▪ Se caracteriza pelo seu alto conteúdo em potássio; ▪ Empobrecida em Al, Ca, Ti, Zr e elementos terras raras; ▪ Abundancia em minerais como sanidina, leucita, biotita, flogopita; ▪ Margem continental ativa; ▪ Arcos insulares; Ambientação: Característica Séries Margem de Placa Intra –Placa Convergente Divergente Oceânica Continental Alcalina X X X Toleítica X X X X Calcio – alcalina X Basaltos: ▪ Anfibólios não são comuns em basaltos pois são estáveis em baixa pressão e temperaturas acima de 1100ºC. ▪ Quando existem são muito particionados ▪ As cadeias de ilhas são invariavelmente mais jovens do que a crosta oceânica em que estão. ▪ As partes inferiores dos edifícios vulcânicos se acredita ser formada predominantemente por basalto toleítico, enquanto as partes superiores são basalto alcalinos enriquecidos em Na e K, e em comparação com MORB tem concentrações superiores de Fe, Ti, Ba, Zr, e os elementos terras raras. ▪ A sua composição é compatível com a mistura de material do manto. ▪ MORB – Depletado em Ba, Th, K e ETRL ▪ Maior La/Yb do que sua fonte mantélica ▪ Subducção: ▪ Andesito ▪ Depletado em Nb e Ta (retenção em minerais refratários – óxido de titânio). ▪ Invasão de líquidos de desidratação da placa subductada. ▪ OIB ▪ Enriquecido em elementos incompatíveis ▪ Th, U, Ce, Zr, Hf, Nb, Ta e Ti ▪ Reciclagem da antiga crosta oceânica ▪ Zr/Nb < 10. ▪ OIB e MORB: Múltiplos ciclos de convecção, ascensão e subducção Basaltos - Evolução: Magma primário Toleítico: Basalto (gabro) → andesito (diorito) → dacito (granodiorito) → riolito (granito) Magma primário Alcalino basáltico: Álcali olivina basalto (álcali olivina gabro) → tefrito (nefelina monzonito) → fonolito (nefelina sienito), ou de álcali olivina basalto (álcali olivina gabro) → havaiito (monzodiorito) → mugeuarito (monzonito) → traquito (álcali sienito). Basaltos OIB: ▪ Mais viscoso que o MORB ▪ Mais enriquecido em Nb e Ta ▪ Fonte: Manto enriquecido ▪ Havaí: ▪ Olivina toleiíto – Fe–Rich quartzo toleiíto – álcali basalto. OIB Alcalino: ▪ Subsaturado – produto final da diferenciação: fonolitos com nefelina (são mais comuns) ▪ Toleíticas (Islândia) ▪ Medianamente alcalino – sobressaturado de ascensão ▪ Fortemente alcalino potássico – subsaturado ▪ Sobressaturado – diferenciação final: riolito alcalino Série Alcalina: ▪ Os feldspatos possuem a composição intermediária entre sílica e feldspatóides e, portanto, podem coexistir tanto com minerais de sílica quanto com feldspatóides. ▪ Para um magma de composição de NaAlSi3O8, a cristalização de albita (um feldspato; NaAlSi3O8) é mais estável do que a de quartzo (SiO2) e nefelina (um feldspatóides; NaAlSiO4) separados. ▪ Isto é, uma barreira térmica de feldspatos separa as composições saturada e subsaturada em sílica. ▪ Devido a mesma razão, os feldspatóides e ortopiroxênios são incompatíveis. Isto é, as rochas originadas dos magmas da série alcalina não possuem minerais de sílica e ortopiroxênio, como quartzo e hiperstênio. ▪ Si/Al alta ▪ Piroxênio sódico (egirito – NaFeSi2O6) ▪ Anfibólio sódico ▪ Si/Al baixa▪ Nefelina (NaAlSiO4) ▪ Leucita (KAlSi2O6) Rochas Equíriticas: Deficiência em alumina (Na2O + K2O > Al2O3). Desta forma o alumínio não é suficiente para o consumo de todo o Na e K na produção de feldspatos e micas, sobrando (Na e K) que é incorporado aos minerais máficos sódicos, egirina (clinopiroxênio) e riebeckita (anfibólio). Rochas Miasquíticas: Deficiência em sílica para o consumo total de Na e K na formação dos feldspatos (Na2O + K2O > 1/6 SiO2). Desta forma ocorrerá a formação de minerais deficientes em sílica: nefelina, leucita e sodalita. Rochas Agpaíticas: Deficiencia em sílica e alumínio. Ocorrerão os dois casos anteriores, com a formação de minerais máficos sódicos e feldspatóides: egirina, riebeckita, nefelina, leucita e sodalita.