Buscar

Resenha Crítica - Direito Civil V

Prévia do material em texto

Universidade Estácio de Sá - Graduação em Direito 
Professora: 
 
 
Aluno(a):__________________________________________ Matrícula:____________________ 
DATA: 11/05/2020 
 
 
AVALIAÇÃO RESENHA CRÍTICA – DIREITO CIVIL V 
TEMA: Família e entidades familiares. 
 
Conceitue família e disserte sobre entidades familiares, após diga, qual o seu posicionamento sobre 
os novos modelos de família. 
Você entende que a família não pode se enquadrar mais em uma moldura rígida, com um suposto 
rol taxativo (numerus clausus), como aquele constante do Texto Maior? Fundamente. Por fim, comente 
sobre a família mosaico, ela deve ser reconhecida como entidade familiar? 
 
 É notório que nos dias atuais diversas famílias foram surgindo e com elas as 
pergunta, mas o que é família afinal? Seria a família limitada apenas ao conceito da 
Constituição, dos tribunais superiores, dos doutrinadores, somente eles tem realmente 
a capacidade de definir o que vem a ser de fato a família? É estranho pensarmos que 
família seria só o que está escrito na Constituição, ascendes e descentes, se levarmos 
em consideração que vivemos em uma sociedade que está em constante mudança, 
limitarmo-nos a um conceito muito vago não seria um retrocesso e não um avanço. 
Logo surge a necessidade de uma ação em conjunto em prol da necessidade humana 
em busca de respostas concretas do que seja família. 
 Então os doutrinadores exercem um papel importante na interpretação da carta 
Magna e complementam o que vem a ser família, ou entidades familiares. Podemos 
dizer que família é formada por genitores e seus filhos, mas também por pessoas que 
tenham um vínculo de afeto com o outro, não necessariamente de sexos opostos, tendo 
por base o amor que norteia toda entidade familiar, não ficando limitada apenas ao 
conceito seco da Constituição ou de qualquer outro dispositivo legal. 
 Com o surgimento da modernidade, surgem diversas entidade familiares de suma 
importância para a sociedade desde a tradicional decorrente do casamento, aquela vista 
pelos mais conservadores como o padrão de família, até as mais informais como uma 
união estável por exemplo, onde há séculos passados seria praticamente impossível 
ser aceito na sociedade “elitizada”, por ferir a moral e os bons costumes da época. 
União homoafetiva então, nem pensar que seria aceito na época dos nossos avós ou 
bizavós, as pessoas falavam que eles tinham problemas de cabeça ou invés de aceitar 
que os seres humanos tem gostos diferentes uns dos outros e que pelo simples fato de 
gostar de se relacionar com pessoas do mesmo sexo não os transformam em monstros 
ou doentes mentais. Devemos levar em consideração e observar que muito mais 
importante do que definir o que é isso ou aquilo, é respeitar que as entidades familiares 
estão protegidas pelos princípios da dignidade da pessoa humana, justamente para que 
se tenha humanidade e dignidade em respeitas o próximo, buscando proteger o ser 
humano. Além de respeitarmos o princípio da autonomia da vontade onde as vontades 
humanas devem ser respeitas pelos demais e pelo Estado, Estado esse que deve 
respeitar também o princípio da intervenção mínima onde limita o Estado interferir 
somente no que seja necessário para garantir a ordem e o bem estar dos entes 
familiares. Temos também o princípio da afetividade que é a relação de amor e afeto 
nas entidades familiares e que esse afeto é de extrema importância para o ser humano. 
Nesse sentindo entendo que os novos modelos que surgiram de entidades familiares 
são extremante importe para regular as relações humanas, pois não supre as 
necessidades dos envolvidos com também as necessidades do Estado, pois conflitos 
aparecem a todo momento e tendo um norte para onde se olhar, quando surgir uma 
lide ficará muito mais fácil de se resolver se você já tem definido que aquele convívio 
era sim uma relação familiar e que como todas as relações surgem direitos e deveres 
que devem ser respeitos por todos sem exceção. 
 Diante do exposto, entendo que os moldes familiares não podem ser taxativos 
como nos tempos de outrora, pois a sociedade em que vivemos hoje não comporta 
mais esses pensamentos passados, levando em consideração a evolução atual e que 
com a evolução surge a necessidade de adaptação que por mais que alguns não 
concordem se faz necessário, inclusive até o STJ já reconheceu que duas irmãs que 
moram juntas constituem uma entendida familiar, não ficando engessado a um rol 
taxativo de família. É o caso por exemplo da família mosaico/pluriparentais, onde os 
filhos havidos de casamentos passados ou união estável ou relacionamentos tem todo 
o direito de serem reconhecidos como família por aqueles que os deu a vida, ou por 
acaso a mãe deixa de ser mãe de um filho por separou-se do seu atual marido e casou 
com outra pessoa? Ou o pai deixa de ser pai por que separou-se da atual esposa com 
quem era casado, e casou novamente com outra? Os filhos deixaram de ser filhos de 
uma hora para outra? Deixaram de ser a família do seus pais, porque estes não vivem 
mais em uma relação conjugal? É óbvio que não, por esse motivo sem qualquer sombra 
de dúvida que a família mosaico não só pode como deve ser reconhecida como entidade 
familiar, estamos tratando de afeto, de amor, de repersonalização, é pessoa e não coisa 
e como pessoa todos devem ser tratados com dignidade e retirar esse direito que essas 
pessoas tem de ter uma identidade familiar reconhecida, não é só imoral é desumano.

Mais conteúdos dessa disciplina