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UNINASSAU – JP CURSO DE FARMÁCIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO II Docente: MSc. Rayanne Hellen do Nascimento Silva João Pessoa, 2020 ENSAIOS CLÍNICOS POR QUE PRECISAMENTOS DE NOVOS FÁRMACOS? ENSAIOS CLÍNICOS FASES DE DESENVOLVIMENTO DE MEDICAMENTOS ENSAIOS CLÍNICOS https://pt.slideshare.net/institutooncoguia/ppt-renato TEMPO PARA DESENVOLVER UM MEDICAMENTO ENSAIOS CLÍNICOS h ttp s ://s lid e p la y e r.c o m .b r/s lid e /3 8 1 2 7 8 / ORIGEM DA DESCOBERTA DE NOVOS FÁRMACOS ENSAIOS CLÍNICOS Ao acaso Extração de Produtos Naturais Planejamento Racional https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2020/02/03/parcerias- que-aceleram-descoberta-de-novos-medicamentos FONTE DE COMPOSTOS NATURAIS Produtos Naturais Compostos sintéticos Química combinatória ENSAIOS CLÍNICOS • Plantas • Animais • Minerais Ácido acetilsalicílico Salix alba (Salgueiro branco) Heparina (Extraída da mucosa intestinal suína ou bovina) Morfina (Papaver somniferum) FONTE DE COMPOSTOS NATURAIS Descobertas ao acaso ENSAIOS CLÍNICOS Penicilina (1929) – Antibiótico β-lactâmico Sildenafil - Viagra® (Disfunção erétil) Cultura de Staphylococcus aureus inibida por um contaminante (fungos) Penicillium notatum Pfizer (Campbell et al., 1996) OBS: Anti-hipertensivo e antianginal (baixa eficácia) MODIFICAÇÃO MOLECULAR Maior probabilidade de se obter derivados com propriedades superiores ao composto protótipo Menor custo e tempo de produção Estudar a relação estrutura e atividade (SAR) Elucidar o grupo farmacofórico ENSAIOS CLÍNICOS MODIFICAÇÃO MOLECULAR Maior potência Menos efeitos colaterais Ação que pode ser prolongada Maior estabilidade física e química Síntese simplificada ENSAIOS CLÍNICOS Objetivos FASE PRÉ-CLÍNICA Teste das substâncias em laboratórios e animai de experimentação Precede os testes em seres humanos Verifica como a substância atua no organismo Segue normas de proteção aos animais Eliminação de >90% dos compostos estudados nesta fase ENSAIOS CLÍNICOS ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO LEGISLAÇÃO BRASILEIRA Primeira legislação 1934 Normas para práticas didático científicas 1978 Lei n° 11.794/08 (Lei Arouca) 2008 ENSAIOS CLÍNICOS • Criou a CONCEA (Conselho Nacional de controle de experimentação Animal) • Constituição das CEAUs (Comissões de Ética no uso de animais) – Obrigatória em instituições com atividades de ensino ou pesquisa com animais https://brasilescola.uol.com.br/animais/animais- laboratorio.htm Sequência padrão a ser seguida ENSAIOS CLÍNICOS FASE PRÉ-CLÍNICA Fase de testes em seres humanos Descobrir ou verificar Etapas sucessivas ENSAIOS CLÍNICOS FASE CLÍNICA • Efeitos clínicos farmacológicos (Farmacocinética e farmacodinâmica) • Efeitos indesejáveis • Fase clínica I • Fase clínica II • Fase clínica III • Fase clínica IV Características ENSAIOS CLÍNICOS FASE CLÍNICA DO DESENVOLVIMENTO DE UM MEDICAMENTO • Conduzidos em sequencia de acordo com objetivos bem definidos • Cada fase tem por base os resultados da fase anterior • A segurança dos doentes não deve ser colocada em risco Testa o medicamento pela primeira vez em humanos Avalia a segurança do produto analisado Pequenos grupos (20 – 80 pessoas) Geralmente voluntários sádios ENSAIOS CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS Fase I • Exceções câncer ou HIV-AIDS Número de pacientes maior (faixa de 100) Avalia a eficácia da medicação Obter informações mais detalhadas sobre a segurança do medicamento ENSAIOS CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS Fase II • Toxicidade Comparação com tratamentos já utiliados Aumenta o número de pacientes Estudos randomizados Monitora efeitos colaterais ENSAIOS CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS Fase III • Segurança e eficácia Pesquisas realizadas após comercialização do novo medicamento Objetivos ENSAIOS CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS Fase IV (Farmacovigilância) • Restabelecer o valor terapêutico • Identificar o surgimento de novas reações adversas • Confirmação da frequência de surgimento das reações já conhecidas • Avaliar as estratégias de tratamento Aspectos mercadológicos ENSAIOS CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS Fase IV (Farmacovigilância) • Estudos de suporte ao marketing • Novas formulações (palatabilidade, facilidade de ingestão) ENSAIOS CLÍNICOS TESTES CLÍNICOS IND (Novo protótipo a fármaco em investigação) NDA (Pedido de Medicamento Novo) Testes de comparação de uma medicação ou outro tratamento clínico x placebo, outras medicações, ou tratamento padrão para a condição do paciente Aplica-se a qualquer forma de experimento planejado ENSAIOS CLÍNICOS ENSAIOS CLÍNICOS • Envolve pacientes • Visa elucidar o tratamento mais apropriado para futuros pacientes com uma dada condição clínica ENSAIOS CLÍNICOS POPULAÇÃO ANÁLISE DOS DADOS População ENSAIOS CLÍNICOS POPULAÇÃO População ANÁLISE DOS DADOS *Comparação da incidência dos efeitos. Cálculo de Risco Relativo (RR) a b c d Estudos onde as condições são especificadas pelo pesquisador (comparações não enviesadas) Grupos características semelhantes Controle: grupo para comparação entre o tratamento experimental e convencional Randomização Processo de decisão que permite que os grupos de tratamento e controle sejam alocados de forma aleatória (Evita viés) ENSAIOS CLÍNICOS CARACTERÍSTICAS Amostras Testes estatísticos Estudos comparativos Ensaios cego Confiabilidade ENSAIOS CLÍNICOS CARACTERÍSTICAS Entre tratamentos e ausência de tratamentos (usar placebo) Entre novos tratamentos e tratamentos tradicionais Entre tratamentos alternativos Cego: Paciente não sabe que tratamento recebeu (Single-blind) Duplamente cego: Dupla ocultação, médico/pesquisador e paciente não sabem quem recebeu o tratamento (Double-blind) Triplamente cego: tripla ocultação, médico/pesquisador, analisador e paciente não sabem quem recebeu o tratamento Limitações ENSAIOS CLÍNICOS CARACTERÍSTICAS Longa e alto custos Idade Sexo https://expresso.pt/sociedade/2017-08-19-Somos-cobaias.-E-depois- Pesquisador e equipe Paciente Patrocinador Autoridades regulatórias ENSAIOS CLÍNICOS QUEM SÃO OS ENVOLVIDOS NA PESQUISA CLÍNICA? Princípios éticos expressos na Declaração de Helsinque Comitê de ética em Pesquisa (CEP): Aprova a realização do estudo em um determinado Centro de Pesquisa Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (CONEP): Aprova a realização do estudo no Brasil Segunda Guerra Mundial O código de Nuremberg (1947) BR (1996) – Conselho Nacional de Saúde (Resolução 196/96 CNS/MS) ENSAIOS CLÍNICOS QUE PROTEÇÃO TEM O PARTICIPANTE DE PESQUISA? Participação voluntária Norma internacional: ICH (International Conference on harmonization) GCP (Good Clinical Pratice ou Boas Práticas Clíniicas) Criação dos CEPs e CONEP Pesquisa cadastrada na Plataforma Brasil CEP Formação CONEP ENSAIOS CLÍNICOS CEP E CONEP Sete membros de diferentes formações Um representante de usuário Comissão do Conselho Nacional de Saúde – Ministério da Saúde que regulamenta a Pesquisa com Seres Humanos no Brasil Formação: treze membros titulares e treze suplentes Critérios de inclusão e exclusão para seleção dos participantes Número de consultas que serão realizadas Os exames que serão realizados e com quefrequência A medicação que será estudada, a dose e forma de administração Quais possíveis efeitos colaterais e como contorná-los Duração do estudo ENSAIOS CLÍNICOS PROTOCOLO DE PESQUISA 1. Privacidade (anonimato) 2. Esclarecimento 3. Informação 4. Autonomia: decidir se quer participar 5. Recusa inócua 6. Desistência 7. Indenização: dano por causa do estudo 8. Ressarcimento: nenhuma parte do estudo pode será custeada pelo paciente ENSAIOS CLÍNICOS DIREITO DO PARTICIPANTE DE PESQUISA 9. Acesso ao pesquisador e ao CEP (Comitê de Ética em Pesquisa) 10. Salvaguarda de integridade: Os testes realizados nenhum pode causar danos para o participante, o Pesquisador precisa sempre ter cautela para que o estudo clínico tenha os riscos sempre inferiores aos benefícios ENSAIOS CLÍNICOS DIREITO DO PARTICIPANTE DE PESQUISA Informações sobre participante (linguagem clara e compreensível) Informações obrigatórias ENSAIOS CLÍNICOS TERMO DE CONSETIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE) • Importância da pesquisa • Como será realizado o estudo • Benefícios esperados • Responsabilidades • Confidencialidade das informações • Riscos ENSAIOS CLÍNICOS ENSAIOS CLÍNICOS https://www.youtube.com/watch?v=SnpW6u1zFLk CLOROQUINA Cloroquina (quinona) Impede o crescimento da cadeia de DNA e RNA • Impede o pareamento de Adenina-Timina • Usada como antineoplásico, antimalárico OBS: Em Estudos como inibidor do Coronavírus (COVID-19), segurança de tratamento ainda não comprovada Hidroxicloroquina pode inibir eficientemente a infecção por SARS-CoV-2 in vitro. Em combinação com sua função anti-inflamatória, o medicamento tem um bom potencial para combater a doença Aguarda confirmação por testes clínicos, embora o HCQ seja menos tóxico que o CQ, o uso prolongado e de overdose ainda pode causar envenenamento E o IS é relativamente baixo do HCQ requer concepção e condução cuidadosas de ensaios clínicos para alcançar o controle eficiente e seguro da infecção por SARS-CoV-2 “Resultados revelam que o remdesivir e a cloroquina são altamente eficaz no controle da infecção 2019-nCoV in vitro. Uma vez que estes compostos foram utilizados em pacientes humanos com uma faixa de segurança registro e demonstrou ser eficaz contra várias doenças, nós sugerem que eles devem ser avaliados em pacientes humanos que sofrem da nova doença de coronavírus.” João Pessoa, 2020 rayanne_nasci@hotmail.com ENSAIOS CLÍNICOS UNINASSAU – JP CURSO DE FARMÁCIA ESTÁGIO SUPERVISIONADO II